Ministro traça planos para o esporte em Moçambique na inauguração de fábrica brasileira de bolas

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Publicado em Sexta, 19 Junho 2009 18:38

Ao inaugurar nesta sexta-feira (19), em Maputo, a primeira fábrica de bolas de Moçambique com maquinário e matéria-prima doados pelo governo brasileiro, o ministro do Esporte do Brasil, Orlando Silva, disse que a ação é o primeiro passo na cooperação do Brasil para massificar o esporte no país africano. A meta é levar o esporte de inclusão às 12 províncias moçambicanas atendidas por um programa nacional desportivo do governo da nação que envolve escolas públicas, clubes desportivos e entidades que trabalham com o desporto social. Antes da solenidade, Orlando Silva reuniu-se com seu colega ministro da Juventude e Desportos de Moçambique, Fernando Sumbana Junior, que pediu apoio para desenvolvimento do esporte junto às pessoas com necessidades especiais. No encontro ficou decidido que as duas pastas do Esporte iriam estabelecer um plano de trabalho em parceria, envolvendo diversas ações como o desenvolvimento do esporte paraolímpico. "A ferramenta do esporte é fundamental para promover a inclusão de portadores de deficiências", defendeu Orlando Silva. A doação da fábrica brasileira resulta em um investimento de U$ 160 mil, cerca de R$ 300 mil. A iniciativa reflete na geração de emprego e renda para 56 costuradores que receberam formação do ministério brasileiro. Na fábrica será confeccionado um total de 7.500 bolas, ou seja, serão produzidas 2.500 bolas por mês nas modalidades de basquete, futsal, vôlei, handebol e futebol. Outro pedido de Sumbana Junior teve como foco a seleção brasileira de futebol. Ele pediu a Orlando Silva que o time passe seu período de aclimatação para a Copa de 2010 em Maputo. O ministro respondeu que essa é uma decisão técnica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "Pedirei a ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que avalie essa possibilidade", prometeu. O ministro brasileiro afirmou, em seu discurso na cerimônia, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem apreço especial pela África, motivo pelo qual dá grande ênfase ao estreitamento das relações de cooperação com o continente. "É o presidente brasileiro que mais visitas realizou à África, mesmo somando todas as viagens feitas pelos seus antecessores", afirmou Orlando Silva. A fábrica foi transportada do Brasil para Moçambique num cargueiro da mineradora brasileira Vale, em outubro de 2008. Dezessete toneladas de equipamentos, entre maquinária (formas de correção, compressores e laboratório serigráfico para impressão e máquinas de corte) e matéria-prima (laminados de PVC, câmaras, tintas, agulhas e fios de costura). As máquinas têm qualidade e padrão industrial para o corte de mais de 100 bolas a cada 10 minutos, ou seja, 17 mil bolas/mês, todas elas desenvolvidas no Brasil. A remessa de material para produção inicial é suficiente para os moçambicanos adquirirem conhecimento da tecnologia para fazer bolas. Já está em pleno funcionamento, uma diretriz de produção que muda a matriz natural que é a bola brasileira sintética com base de PVC para a matriz de couro animal que é abundante e barata na região. Marizete Mundim Foto: Cintia Mana Ascom - Ministério do Esporte