Ministério do Esporte Povos indígenas se despedem do IX Jogos em emocionante cerimônia de encerramento
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Povos indígenas se despedem do IX Jogos em emocionante cerimônia de encerramento

Mais de 30 etnias participaram da festa de encerramento dos IX Jogos dos Povos Indígenas, em Olinda. O público lotou as arquibancadas nas areias da praia do Bairro Novo e viveu a realidade de uma tradição genuinamente brasileira, mas que sempre ficou oculta: a cerimônia do fogo sagrado. Líderes espirituais entraram na arena onde os jogos aconteceram, antes do por do sol, fizeram uma prece de proteção e o pajé, da etnia Paresi, entoou o canto de agradecimento. Em seguida, deu-se o acendimento do fogo sagrado, tradição passada a cada geração, seguida pelos Terena que apresentaram a dança do fogo ancestral. O Ministério do Esporte, o governo de Pernambuco e as prefeituras de Recife e Olinda enviaram representantes à cerimônia de encerramento e assistiram ao guerreiro Terena - representando todas as etnias dos povos indígenas, acender o fogo na lança, que por sua vez acendeu as demais tochas espalhadas pela arena. Os Terena são atualmente a maior etnia brasileira: mais de 20 mil indígenas vivendo em 15 aldeias. Após o acendimento do fogo sagrado, desfilaram na arena todas os povos que participaram dos Jogos. "Nesses dias em que realizamos as competições, aprendemos muito sobre esportes indígenas, mas principalmente nos foram transmitidas noções de dignidade e valores sobre respeito ao meio ambiente", ressalta Rejane Penna Rodrigues, secretária de Esporte e Lazer do Ministério do Esporte. Saudadas pelo público, todas as etnias que participaram dos IX Jogos dos Povos Indígenas entraram na arena e cumprimentaram o povo de Pernambuco. Um grupo representando duas gerações trouxe a mensagem de que é necessário sempre caminhar juntos em direção ao futuro, mas nos rastros dos antepassados. Paulo Bororo, em nome dos povos tradicionais, agradeceu ao público e aos organizadores e pediu aos pernambucanos que cuidem dos rios Beberibe e Capibaribe. "Os indígenas ouvem os rios. O Capibaribe pede socorro, é muita destruição. Os rios não são depósito de lixo e não podemos trocar nossas árvores por concreto. Peço que as lideranças levem essa mensagem para todos", disse o jovem Bororo. Num discurso emocionante, Antônio Pankararu leu a Declaração do IX Jogos dos Povos Indígenas, escrita pelos líderes durante o evento. No discurso, os povos pedem mais uma vez a ajuda aos rios de Pernambuco e clamam para que o meio ambiente não seja vendido pelo dinheiro do "homem branco". A declaração falou também sobre a solidariedade às crianças que passam fome. "Temos que lutar. Nós indígenas somos cidadãos da selva, não usamos armas de fogo, nossa fortaleza é a espiritualidade. E quando a saudade chegar, lembrem dos Jogos, lembrem destas palavras", dizia a declaração. Após o discurso e a queima de fogos, todos os participantes, voluntários e o público entraram na arena, e em um emocionante clima de despedida, trocaram abraços e gestos de amizade. Foto: Aldo Dias Ascom - Ministério do Esporte

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