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Bororo Boe e Pataxó são campeões do futebol masculino e feminino dos Jogos Indígenas
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- Publicado em Sexta, 30 Novembro 2007 20:00
No campo de futebol não faltaram garra, determinação, dribles, tombos, gols e comemoração seguida de confraternização por parte dos jogadores e suas delegações que levaram até torcidas organizadas. A final do campeonato de futebol do IX Jogos dos Povos Indígenas nesta sexta-feira, no Campo da Torre, em Recife foi marcada pelo espírito de celebração entre as etnias participantes. No feminino, a equipe Pataxó foi campeã vencendo o time Umutina por 6 X 0. No masculino, o vencedor foi a etnia Bororo Boe que venceram os Umutina por 3 x 1. Em 18 anos essa é a primeira vez que a delegação Bororo Boe é campeã do futebol nos Jogos Indígenas. O centro-avante Jacson Bororo Boe, 17, disse estar satisfeito com o resultado da competição. Apesar dos treinamentos do time terem ocorrido para a modalidade do futebol de campo, o futebol de praia não prejudicou o desempenho dos guerreiros. "Ganhamos, mesmo assim, num campo de areia", argumenta. De acordo com a liderança indígena, Paulinho Bororo Boe o título de campeão era tudo o que o povo de sua aldeia queria. "Sempre ensinei aos meus irmãos de sangue que assim como na vida e no esporte eles têm que lutar sempre e desistir jamais", ensinou. Por outro lado, o líder disse que os jogos são uma ferramenta de intercâmbio cultural. 'Tivemos a oportunidade de mostrar o que os Bororo Boe tem em suas aldeias e de aprender a tradição de outros povos. . "Assim como os indígenas, os homens brancos também têm uma cultura riquíssima. Aprendemos a dançar o forró durante as atividades culturais." Ele lembra ainda que no Mato Grosso, o ritmo do rasqueado misturado com a lambada marcou a assimilação da cultura indígena à cultura do povo cuiabano "que os indígenas também aprenderam a cultuar", explica. Segundo lugar Nem só do primeiro lugar vivem os atletas vitoriosos. Vice-campeã no masculino e no feminino de futebol, a delegação Umutina comemorou com muito orgulho o grande feito. "Essa é a primeira vez que participamos dos jogos e chegamos às semifinais. O resultado foi além das expectativas", confessa a zagueira, Edilene Umutina, ao ressaltar que mais importante que competir, é celebrar. Carla Belizária Ascom - Ministério do Esporte