Ministério do Esporte Etnia Umutina tem a melhor zagueira da semifinal de futebol dos Jogos Indigenas
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Etnia Umutina tem a melhor zagueira da semifinal de futebol dos Jogos Indigenas

Para ela cuidar dos afazeres da casa, do marido Cleomar Umutina, 18, e da filha Teula, 2, é tão fácil quanto driblar atletas dentro do campo de futebol e emplacar várias vezes a bola no gol das adversárias. A autora dos dois golaços (2X0) que desclassificou o time Kuikuro, é a estudante e dona-de-casa, Edilene Mozina Umutina, 17. A jovem também sagrou-se a melhor zagueira na semifinal do campeonato de futebol dos Jogos Indígenas, desta quarta-feira (28), no Campo da Torre, em Recife (PE). A vitória garantida por Edilene foi motivo de grande comemoração pelos 30 integrantes da delegação Umutina presente aos Jogos dos Povos Indígenas. "Ela é uma pessoa muito participativa na aldeia. Integrante do movimento cultural da comunidade de seu povo, ela se destaca como ativista junto a ações populares indígenas que visam revitalizar a cultura tradicional e a língua Macrogê", revela o jogador de futebol, Isac Umutina. Mais que isso. Quando o assunto é fazer planos para o futuro, a jogadora sonha longe e supera desafios da mesma forma que dribla as adversárias no campo. Edilene pretende cursar faculdade de Agronomia. A idéia é aprimorar técnicas para ajudar na agricultura do seu povo, que habita o município de Barra do Bugres (MT). O desempenho esportivo de Edilene tem contrariado, inclusive, as previsões do próprio marido que desconhecia seu potencial esportivo. "Muitas vezes a chamei de perna-de-pau. Agora ela me surpreendeu. Estou muito orgulhoso de minha mulher", disse. Esta é a primeira vez na história do esporte nacional que a etnia Umutina participa dos Jogos dos Povos Indígenas. "Estamos muito felizes por estar aqui nas cidades de Olinda e Recife (PE), e também por conhecer o mar. Nosso povo não acreditava que existia água salgada", revela a jogadora ao destacar a motivação da torcida organizada de seu povo. Na semi-final da quarta-feira, o futebol masculino Umutina também foi vitorioso derrotando por 3 X 2, o time do povo Pareci-halati. Quando essa etnia ganha o jogo canta no idioma Macrogê o canto do pássaro Catanã, que é a andorinha. Enfileirados, homens e mulheres imitam com os braços o vôo de um pássaro enquanto cruzavam o campo de futebol conclamando: "a andorinha é um pássaro sagrado. Ela é uma ave muito bonita e seu canto alegra nosso povo. Ela é igual a nós. Ele também pesca". A semifinal masculina e feminina de futebol está programada para as 9h, desta sexta-feira (30), também no Campo da Torre, em Recife (PE). Outras informações sobre os Jogos dos Povos Indígenas no site www.jogosindigenaspe.com.br Os jogos acontecem até o próximo domingo (2), nas cidades pernambucanas de Recife e Olinda. Cerca de mil indígenas de 44 etnias brasileiras participam dos campeonatos de 10 modalidades esportivas. Foto: Aldo Dias Texto: Carla Belizária Ascom - Ministério do Esporte

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