Pintando a Liberdade distribui material esportivo a escolas públicas do Baixo Guandu (ES)

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Publicado em Segunda, 14 Maio 2007 18:00

No estado do Espírito Santo, 600 detentos que atuam na parceria entre o Programa Pintando a Liberdade e o Instituto de Readaptação Social de Vila Velha (ES) são responsáveis pela produção anual de 100.900 itens esportivos. Além de aprenderem uma profissão confeccionando bolas, redes e uniformes, que são destinados às crianças do Segundo Tempo - programa inclusão de estudantes carentes -, eles ocupam o tempo ocioso, recebem por produção e têm, a cada três dias trabalhado, um dia abatido na pena. A mais recente ação dos detentos do sistema carcerário capixaba resultou na produção quatro mil conjuntos de uniformes, 600 bolas e 30 redes, que foram distribuídos neste mês aos alunos da rede pública do município do Baixo Guandu. Os internos atuam em três unidades de produção do Pintando a Liberdade, distribuídos nas penitenciárias de Vila Velha e de Segurança Média II, no município de Viana. O material foi entregue aos estudantes da rede municipal de ensino do Baixo Guandu, beneficiados pelo programa Segundo Tempo. Entre as autoridades presentes esteve o secretário de Estado da Justiça, Ângelo Roncalli de Ramos Barros o prefeito Lastênio Luiz Cardoso, a diretora de Ressocializaçao da Sejus, Quésia da Cunha e o coordenador estadual do projeto 'Pintando a Liberdade?, Marcelo Gouveia. Em seu discurso, Ângelo Roncalli reafirmou os conceitos do Pintando a Liberdade, de que "é preciso abrir as portas para a educação e para a inclusão social dessas pessoas por meio da educação e da qualificação profissional". Os estudantes Jéferson Pereira, 11, e Marcos Vinicius Rodrigues, 11, demonstraram alegria com a entrega do material. "Estamos muito felizes, vamos brincar muito com essas bolas e praticar esportes. A gente aprende muita coisa com esse projeto", declararam. Dentre as bolas produzidas pelo Pintando a Liberdade no Espírito Santo 20% destinam-se ao Governo do Estado. O material é repassado às escolas públicas, entidades filantrópicas e até mesmo a unidades prisionais. Os 80% restantes são enviados ao Ministério do Esporte, que promove a mesma destinação, só que aos núcleos do Segundo Tempo, no âmbito Nacional. O Segundo Tempo é o programa de inclusão social do Ministério do Esporte. Desde a sua criação em 2003 foram atendidos cerca de 1,9 milhão de estudantes. Atualmente cerca de 700 mil crianças e adolescentes dos ensinos médio e fundamental têm assegurado no período oposto ao que estudam, a prática esportiva, o reforço escolar e alimentar. Eles recebem também, gratuitamente, o material esportivo e o uniforme, confeccionados pelo Pintando a Liberdade. Essa ação é uma parceria entre os ministérios do Esporte e da Justiça. No Brasil cerca de 12 mil detentos participam da Pintando a Liberdade em fábricas distribuídas nas penitenciárias estaduais. Carla Belizária Ascom - Ministério do Esporte