Ministério do Esporte Da Cidade de Deus para o Pan
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Da Cidade de Deus para o Pan

As Olimpíadas Escolares JEBs 2006, além de serem um celeiro de novos talentos, mostram também que unir esporte e educação pode trazer o mundo ao atleta. Ou levar o atleta ao mundo. Prova disto é a história da carioca Raquel Lopes, de 17 anos - seis dedicados ao judô. Na luta de vender cosméticos de porta em porta para sustentar as duas filhas, ao lado do marido motoboy, Zenilda Lopes chegou à conclusão que queria um futuro melhor para as duas filhas. "Minha criação foi muito difícil, não tive as coisas que queria, não terminei meus estudos e minhas filhas mereciam algo melhor", diz a ex-moradora da favela carioca Cidade de Deus. O esporte foi a ferramenta que a mãe de Raquel e Rafaela achou mais atrativa. "Eu lia no jornal que eles davam ajuda de custo e que era de graça. Então matriculei as duas no judô". Boa escolha - hoje as duas meninas vêm trazendo títulos para a casa, agora na Freguesia, bairro de classe média do Rio. E Raquel, a mais velha, mostra à D. Zenilda que o esporte pode sim trazer um futuro melhor às crianças e adolescentes. Foi através do judô que Raquel virou bolsista do Colégio Santa Mônica, instituição particular na capital carioca. A judoca já traz uma bagagem boa de títulos e de experiência - já viajou todo o país e conheceu os Estados Unidos e a Bolívia. Tudo isso para levar para casa o ouro no pan-americano de judô, em 2003, três medalhas de bronze do campeonato brasileiro (2004/2005/2006), dois ouros no Campeonato Brasileiro Regional e agora o ouro nas Olimpíadas Escolares- JEBs 2006, na categoria peso leve. "Eu nem pensava em virar atleta, só ia às aulas porque não tinha nada para fazer. Quando comecei a competir - e ganhar - o judô deixou de ser um hobbie para se tornar uma profissão", diz a atleta que, cursando o 1º ano do 2º grau, já sonha em fazer faculdade de Educação Física e se tornar professora do esporte que a vem consagrando. Projeto Raquel faz parte do Instituto Reação, um projeto social nas favelas cariocas, com iniciativa do judoca Flávio Canto e de Geraldo Bernardes, técnico da seleção brasileira de judô por 24 anos e quatro olimpíadas na bagagem. O instituto atende hoje 700 crianças e, além de introduzir a comunidade carente nas lutas marciais com o apoio de seis professores, oferece ainda aos judocas que se destacam bolsa em escolas particulares, em universidades e até bolsa para o estudo de línguas na Alemanha. Para participar do projeto, todos os atletas têm que estar estudando regularmente. "A Raquel é uma menina super talentosa e esforçada. Antes do esporte, ela apresentava sérios problemas de comportamento em casa e na escola e, com o judô, conseguimos canalizar essa agressividade para a luta. Percebemos uma melhora sensível não só no comportamento, mas também nos estudos", diz Geraldo Bernardes, que acompanha a jovem desde o começo da promissora carreira. Pan Mais uma prova do talento de Raquel é que ela é uma das oito finalistas que concorrerá à vaga na seletiva para a última vaga nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007, na categoria meio leve. "Ela disputa o lugar no Pan precocemente, apenas com 17 anos. Mas nós apostamos no talento dela e, mesmo com dificuldades de apoio, estamos seguindo em frente", afirma o treinador que arca com as viagens, competições e até quimonos da atleta. Hoje, D. Zenilda vê na filha uma esperança. Cuidando da neta para ajudar na carreira da judoca - Raquel foi mãe aos 15 anos, tempo que teve interromper os treinos -, a vendedora acredita que fez uma boa aposta. "Se não fosse o esporte, ela nunca teria saído do Rio de Janeiro, quanto mais do Brasil", conta orgulhosa. Fabíola Pessoa Ascom-Ministério do Esporte Na imagem: Raquel (de azul) e colegas do esporte Crédito da imagem: Divulgação

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