Ministério do Esporte Segundo Tempo beneficia mais de 100 crianças portadoras de hemofilia
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Segundo Tempo beneficia mais de 100 crianças portadoras de hemofilia

O Programa Segundo Tempo chega aos hemofílicos como uma ferramenta de promoção de saúde e superação de preconceitos. O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, lançou hoje (25/05), no Hospital de Apoio, em Brasília, o Segundo Tempo para 100 crianças portadoras de coagulopatias. No local, os jovens contemplados e mais 550 pacientes de diversas idades e regiões do país fazem tratamento. Para Agnelo Queiroz, os benefícios da prática esportiva vão além da melhora clínica. Segundo ele, a implantação de um programa sócio-esportivo irá ocupar o tempo livre das crianças com hábitos saudáveis, promovendo a saúde e o desenvolvimento integral dos portadores de hemofilia. "É uma honra muito grande fazer do hospital um local de resgate da cidadania. Essa educação esportiva assegurada pelo Segundo Tempo é o recurso mais moderno, barato e eficaz para garantir qualidade de vida e integração de um paciente crônico com a sociedade", disse. A ação é uma parceria do Ministério do Esporte com a Associação dos Voluntários e Pesquisadores de Coagulopatias (Ajude). Todos os pacientes beneficiados com o programa de inclusão social são estudantes dos ensinos fundamental e médio, que vão praticar natação, capoeira, futebol e vôlei. O Ministério do Esporte assegura, ainda, reforço escolar e alimentar. Em clima de festa, a solenidade contou com a participação de autoridades locais, médicos, enfermeiros, familiares de pacientes e estudantes contemplados. Em seguida, foi a vez da roda de capoeira fazer uma apresentação com integrantes da Associação Brasileira de Capoeira (parceiro local) e jovens hemofílicos. A dona-de-casa Vânia Lúcia Lopes tem um histórico de hemofilia na família. Não bastasse o bisavô, um irmão e dois sobrinhos, os filhos Vinícius, 13 anos, e Victor, 10 anos, também manifestaram a doença. Ela, o marido e os dois filhos mudaram-se do Rio de Janeiro para Brasília em busca do tratamento adequado. "Vinícius teve hemorragia cerebral aos quatro anos de idade", conta a mãe, acrescentando que na época não houve seqüelas porque o filho teve um pronto-atendimento na antiga Casa do Hemofílico, no Rio de Janeiro. Para Vinícius, o Segundo Tempo é uma forma de voltar à vida normal. "Antigamente, eu era obrigado a ficar o tempo todo dentro de casa, não podia jogar bola, andar de bicicleta ou patinar. Agora, com o Segundo Tempo, posso fazer tudo. Posso praticar diversos esportes porque tenho o acompanhamento dos médicos daqui". Mantida por doações nacionais e internacionais, a Ajude disponibiliza no Hospital de Apoio uma equipe multidisciplinar com mais de 60 profissionais, oferecendo gratuitamente serviços clínicos, médicos ortopedistas, enfermeiros, dentistas e exames laboratoriais clínicos e radiológicos periódicos. A entidade atua ainda na busca de equipamentos, fundos e tratamentos alternativos para a doença. Para a coordenadora da Ajude e presidente do Centro Internacional de Tratamento em Hemofilia Brasília-Brasil, Jussara Santa Cruz, o esporte é uma ferramenta de superação de preconceitos. "Considerados deficiente físicos, os hemofílicos são pessoas produtivas que, por meio do esporte, conseguem resgatar a auto-estima, respeitar seu corpo e o do próximo e aprendem a valorizar o que têm de melhor: a vida", explica a hematologista. Para superar os problemas de saúde é necessário que os portadores de coagulopatias façam o acompanhamento constante da doença. É justamente nessa hora que a Ajude entra em ação com sua experiência, realizando visitas domiciliares para avaliar a adesão ao tratamento tanto pelo paciente quanto por seus familiares. "A ação se baseia em conferir se criança hemofílica entende realmente o que ela tem e como a família está conduzindo o problema (direitos e deveres)", explica a pedagoga Celene Santa Cruz, coordenadora das visitas. Medicação - O governo brasileiro faz a distribuição gratuita do concentrado de fatores de coagulação industrializado para diversos centros de tratamento de hemofilia do país. O Brasil é o país em desenvolvimento que tem a melhor política pública nessa área. Segundo a hematologista Jussara Santa Cruz, o Brasil tornou-se destaque mundial por efetuar a maior compra do mundo em quantidade (45 mil unidades ano para cada paciente), tendo incluído a profilaxia primária como política pública. Destaque internacional - Com base na experiência positiva da realização da 1ª edição das Olimpíadas Latino-americana de Hemofilia, em junho de 2004, a expectativa é que o Segundo Tempo seja um atrativo a mais para o tratamento dos pacientes do Hospital de Apoio. Com apoio do Ministério do Esporte, a Olimpíada de Hemofílicos reuniu, em Brasília, no ano passado, cerca de 250 atletas da Venezuela, Uruguai, Argentina e Brasil. O evento foi um sucesso de operacionalização e de resultados, com os mesmos índices praticados pelas Federações de Natação, de Atletismo, de Ginástica Olímpica e de Futebol. "A ação pioneira levou a Federação Mundial de Hemofilia a acatar a realização da Olimpíada Mundial de Hemofílicos em 2006, em Brasília, uma proposta do ministro e médico Agnelo Queiroz", esclarece Jussara. Carla Belizária

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