Porto Seguro conclui obras da sede dos VII Jogos dos Povos Indígenas

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Publicado em Quinta, 11 Novembro 2004 13:40

Brasília, 11/11/2004 (Ascom/ME) - Uma verdadeira aldeia foi construída nas proximidades da Reserva da Jaqueira, a 12 quilômetros de Porto Seguro (BA), para a realização dos VII Jogos dos Povos Indígenas, entre os dias 20 e 27 de novembro. Representantes de 60 etnias de todo o Brasil vão competir e festejar a identidade indígena no maior evento desse gênero no mundo. A infra-estrutura da aldeia que irá abrigar os 1.200 índios já está quase concluída. Foram construídas 30 ocas retangulares e quatro circulares, cada uma com 200 metros quadrados, consumindo 20 mil metros lineares de toras de eucalipto com 14 centímetros de diâmetro. Segundo o engenheiro, José Macedo, da Integral Engenharia (empresa responsável pelas obras), se as toras fôssem colocadas uma atrás da outra cobririam a distância de Porto Seguro a Santa Cruz de Cabrália: cerca de 20 quilômetros. Também estão sendo usadas 30 mil palhas de coqueiro, para cobertura das ocas retangulares, e 5 mil pentes de piaçava para cobrir as ocas circulares. As construções retangulares servirão de dormitório e as circulares vão abrigar equipamentos de apoio ao evento. Tudo feito dentro dos padrões de construção dos índios, numa demonstração de respeito à cultura nativa. Foi seguida à risca a recomendação dos promotores do evento (Ministério do Esporte e o Governo da Bahia, através da Secretaria do Trabalho e Ação Social - Setras), para a utilização da mão-de-obra local, principalmente a indígena. Cerca de 50 índios trabalham no canteiro-de-obras e outros 12 na extração das palhas de coqueiro usadas na cobertura das ocas. Antônio José da Silva Santos ("Bico-de-Fogo"), da aldeia de Coroa Vermelha, é um dos responsáveis pela arregimentação dos "parentes", como eles se tratam. As palhas do coqueiro estão sendo tiradas "sem ofender a natureza", assegura "Bico-de-Fogo", nome de um pássaro nativo do bico vermelho. O material está sendo extraído de um sítio em Coroa Vermelha. "Na verdade, estamos aproveitando para fazer uma limpeza nos coqueiros e ainda conseguimos ganhar um dinheiro", festeja. Aída Carla, com informações da Agecom/BA
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