Ministério do Esporte Arco e Flecha abre IV Jogos dos Povos Indígenas
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Arco e Flecha abre IV Jogos dos Povos Indígenas

Daniel arrancou um caloroso aplauso logo na sua primeira tentativa. Não foi por menos. O atleta da etnia dos Cinta-Larga, que habita o norte do Estado do Mato Grosso, chegou bem próximo do alvo na prova de arco e flecha que abriu os IV Jogos dos Povos Indígenas, ontem (21/10), na arena do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Daniel totalizou 90 pontos e foi o primeiro classificado do dia para as finais da prova, quarta-feira, às 16h30. Além dele, outros 15 atletas passaram para a etapa final da prova. A competição teve um número recorde de inscritos, com representantes das 39 etnias. A prova, reunindo 78 atletas, dois de cada etnia, foi assistida por um entusiasmado público, que lotou a arena desde o início da tarde. Da arquibancada, as crianças vibravam bastante com as tentativas dos índios de acertar o alvo, um desenho de um peixe de pouco mais de um metro, localizado a 50 metros de distância. O arco e flecha é uma prova individual, disputada somente por homens. Cada etnia participa da prova com dois competidores e cada um deles tem direito a três tentativas para acertar o alvo. Quanto mais próximo o índio acertar a cabeça do peixe, mais pontos ganha. Neste tipo de competição, idade é o que menos conta. Ao contrário, na arena do Parque das Nações unidades, arqueiros de todas as idades demonstravam de igual para igual suas habilidades. O índio Bororo Pedro Kajadi, por exemplo, aos 75 anos foi o representante de sua etnia. E explicou: "Mais experiente, sim". "Os Jogos Indígenas têm várias características específicas e uma das mais interessantes é que não existe limite de idade, todos podem participar, desde o bêbe que dança com sua mamãe nas manifestações culturais até o ancião que compete no arco e flecha", explicou o coordenador indígena e cultural dos Jogos, Carlos Terena. O Arco e Flecha não é o forte da etnia Xavante. Mas o grupo decidiu que não queria ficar de fora da festa. Assim Lúcio Xavante, 23 anos, foi um dos escolhidos para representar a etnia na competição da modalidade. A fraca apresentação não diminuiu nem um pouco o entusiasmo da platéia, que o saudou com gritos e palmas. "Só participei porque não tinha ninguém para competir", explicou, ao totalizar apenas seis pontos dos 100 possíveis. O desconto do público se deveu, principalmente, por causa do carisma de Lúcio. Com seu maracá, um instrumento indígena, o rapaz acompanhou a cantora lírica mestiça Edneide que cantou o hino nacional na cerimônia de abertura dos Jogos. Depois voltou à arena, ainda, para compor sua equipe na exibição de corrida de tora. Prometeu também integrar a equipe no arremesso de lança e na prova de lutas. Eclético? Sim. Mas em Campo Grande o importante é celebrar.
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