Ministério do Esporte Bororo vence Xavante de virada e conquista título do futebol feminino
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Bororo vence Xavante de virada e conquista título do futebol feminino

"Bödö ruture di", gritava a torcida xavante, no dialeto Jê, da etnia. O alerta era proposital. "O tempo é curto", traduzia em desespero o índio Lúcio, um dos animadores da imensa torcida que ocupou na manhã desta sexta-feira o Tênis Clube de Campo Grande. Em campo, Bororo x Xavante, na grande final do futebol feminino. O título ficou com as meninas Bororo, que venceram a partida, de virada, pelo placar de 2 x 1. Com o resultado, a equipe Bororo sagrou-se tricampeã dos Jogos dos Povos Indígenas. Na primeira partida do dia, a equipe Gavião venceu o time da etnia Erikbatsa, pelo placar de 3 x 0, terminando, assim, na terceira colocação da competição. É da equipe Bororo também a artilheira da competição. O recorde de gols do torneio foi da jogadora Gilda, que marcou oito gols, quatro deles em uma mesma partida. Gilda foi destaque na goleada de 10 x 0 das meninas Bororo contra a equipe Karajá, marcando quatro gols. "Não tivemos tempo de treinar a equipe, mas o futebol é muito praticado na nossa aldeia", comemorava a artilheira. De fato, na aldeia Meruri, localizada no planalto central de Mato Grosso, o futebol é o esporte preferido pelas mulheres da etnia. Em um terreno de terra batida, mulheres de todas as idades praticam a modalidade com paixão. "Todo mundo queria estar na equipe", revelou a jogadora Flávia, 16 anos, "vascaína doente", como se diz na língua dos homens brancos. "Comecei a torcer pelo Vasco por causa do Edmundo. Ele é brigão, mas tem muita garra". Em dia de comemoração por mais um título de futebol para a equipe Bororo, houve até disputa pela bola utilizada na grande final. Depois de um acordo, entre brancos e índios, coube a Carlos Terena, coordenador dos IV Jogos dos Povos Indígenas, a honra de ficar com a disputada lembrança, naturalmente depois de coletar as assinaturas das meninas integrantes das equipes finalistas. "A bola agora faz parte da memória indígena", explicou Carlos Terena.
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