Ministério do Esporte Liquidação de índio
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Liquidação de índio

No último dia de eventos dos IV Jogos dos Povos Indígenas (27), em Campo Grande, homem branco fez a festa. Pra variar, pechinchou. Deu o tradicional jeitinho e acabou levando desconto no artesanato dos índios. Lukukui Karajá, de 33 anos, dois filhos, não pensou duas vezes. Modernizou-se também. De punho próprio, pegou uma folha de papel e escreveu, em letra de forma: "PROMOÇÃO TOTAL". Depois, foi à sala da assessoria de imprensa e pediu, educadamente: "Queria colocar isso em computador". Com o cartaz pronto, pregou o aviso em cima das peças, expostas na entrada de uma barraca, no Parque das Nações. Não deu outra. Choveu gente atrás das promoções de Lukukui. Pelo menos não faltou gente para conferir os preços. Colar que custava dois reais, passou pra um. Arco e fecha, de cinco baixou para dois e cinqüenta. Cocar tinha dos mais variados preços - tudo com desconto. E ainda havia uma superpromoção. Quem levasse 20 peças, teria um desconto de cinqüenta por cento. Descontaço de índio... Imperdível. Valeu tudo para não sair no prejuízo. Mas, mesmo dando desconto para homem branco e vendendo razoavelmente, Lukukui reclamou. "Nos Jogos em Marabá vendi tudo. Deu pra levar mais de 2 mil reais pra aldeia. Aqui tá fraco. O pessoal passa, olha, pergunta o preço e vai embora sem comprar. Tô vendendo pouco. Até agora só fiz uns 150 reais." À noite, Lukukui, junto com os índios da sua tribo, embarcou para a aldeia Santa Isabel, em Tocantins. Levou ainda algumas peças que não conseguiu vender. Viajou com planos: "Ano que vem, nos próximos jogos, quero vender mais". Que assim seja... Marcelo Abreu
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