Ministro abre Encontro Nacional do Pintando a Liberdade

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Publicado em Terça, 30 Março 2004 20:16

Brasília 30/03/2004 (Ascom/ME) - O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz abriu na manhã de hoje, o Encontro Nacional de Coordenadores do Programa Pintando a Liberdade. Durante a solenidade, no auditório do próprio Ministério, em Brasília, Agnelo fez um balanço positivo do programa que promove a ressocialização de 12.700 presos de 62 unidades prisionais do País com a fabricação de material esportivo. Em seguida, anunciou uma parceria com a Petrobrás que garantirá a implantação de 20 novas fábricas. "Serão 10 núcleos para de produção de bolas e 10 núcleos para confecção de uniformes". A pareceria entre o Ministério do Esporte (ME) e a Petrobrás foi firmada no final de 2003. A ação permitirá um investimento de R$ 5 milhões no programa. Recursos esses, segundo o ministro Agnelo, capazes de gerar 6 mil novos empregos, uma média de 300 vagas para mão-de-obra direta para cada nova fábrica instalada nos presídios de estados brasileiros que ainda não têm o projeto. "Nossa meta é no segundo semestre de 2004, todas as 20 fábricas sejam inauguradas", previu. Uma delegação de Moçambique, coordenada por Adamo Bacar participa do encontro que encerrará dia 02 de abril. Ruy Albassin e Armed Sindad, este último, empresário moçambicano que fará treinamento no Brasil também marcaram presença. "O Pintando a Liberdade em meu país recebeu o nome de Moçambique em Movimento. Iniciará em maio deste ano atendendo cerca de 200 presidiários", revelou Adamo. Os estados de Pernambuco e Tocantins serão os primeiros contemplados com as novas fábricas do Pintando a Liberdade. A ampliação do projeto em Feira de Santana, Bahia, que já atende 23 mil crianças também faz parte dos novos investimentos do Ministério. Todo material produzido pelo Pintando a Liberdade é doado para escolas públicas do pais e para entidades e organizações não governamentais parceiras do Programa Segundo Tempo. O projeto estimula a prática de atividades esportivas de jovens carentes. Além do material esportivo doado pelo Pintando a Liberdade, garante também alimentação e reforço escolar em período oposto ao turno escolar. Durante a solenidade, Agnelo Queiroz foi homenageado. Os instrutores e ex-detentos, Eliane Gisele Knoll (Goiás) e Isolino Perereira (Paraná) presentearam o ministro com uma escultura em pedra confeccionada por presidiários. "Por sua contribuição em transformar o esporte num fator de inclusão social ele merece essa homenagem", disse Eliane. Condenado a 35 anos de reclusão em regime fechado, Isolino teve sua pena reduzida para 13 anos, tendo apresentado bom comportamento e graças a sua atuação no Pintando a Liberdade. "O projeto é Máquina Quente. Graças "a ele minha vida mudou", declarou Isolino, atualmente responsável pelo monitoramento de 80 detentos em Curitiba. Além de receber uma remuneração por cada bola costurada, os detentos têm um dia abatido de sua pena a cada três dias trabalhados, conforme determina a lei. Além de ocupar seu tempo, ele adquire uma profissão. "Trabalhamos com a auto-estima do preso porque ele sabe que o fruto de seu trabalho beneficiará inúmeras crianças carentes", justifica Agnelo. Carla Belizária
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