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A três anos do Rio 2016, COB investe na qualificação técnica dos atletas brasileiros
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- Publicado em Segunda, 05 Agosto 2013 16:00
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) está trabalhando intensamente para colocar o esporte de alto rendimento do país em um patamar inédito. Daqui a três anos, quando o Time Brasil entrar no estádio do Maracanã para a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, um complexo planejamento terá sido colocado em prática para que o país chegue ao Top 10 no quadro geral de medalhas, meta do COB para a competição. Para alcançar o objetivo, os principais focos de investimento do COB têm sido para a qualificação técnica dos atletas brasileiros, a partir da contratação e capacitação de treinadores de ponta, dos serviços oferecidos por equipes multidisciplinares e da intensificação da utilização das Ciências do Esporte, entre outros.
"O COB já vem realizando, entre outras ações, um acompanhamento individualizado em cerca de 200 atletas, com a oferta de suporte em várias áreas das Ciências do Esporte, tais como fisiologia, psicologia, nutrição, cinemática, biomecânica e fisioterapia entre outras, além de maior apoio às equipes técnicas dos atletas. Este é esse o caminho: investir no detalhe que faz a diferença", disse Marcus Vinicius Freire, diretor-executivo de Esportes do COB.
O planejamento do COB e das Confederações Brasileiras Olímpicas visa a ampliação para cerca de 13 modalidades com conquistas de medalhas, superando a média histórica de oito que o Brasil vem alcançando. Nas últimas edições olímpicas, ser Top 10 é conquistar algo em torno de 26 e 28 medalhas. Em Londres 2012, o 10º colocado foi a Ucrânia com 28 medalhas, e em Pequim foi a Itália com 27. O Brasil ganhou 17 medalhas em Londres, alcançando a 16ª colocação.
O Brasil vem evoluindo qualitativamente no desempenho em Jogos Olímpicos nas últimas edições. Entre 1920 e 1992 (16 edições) o país ganhou 39 medalhas (9 de ouro, 10 de prata e 20 de bronze). Uma média de 2,4 medalhas por Jogos. Já entre 1996 e 2012 (5 edições) foram 69 medalhas (14 de ouro, 20 de prata e 35 de bronze), o que dá uma média de 13,8 medalhas por Jogos
Em parceria com as Confederações Brasileiras Olímpicas e o Ministério do Esporte, o COB tem o objetivo de executar o Programa Estratégico Olímpico 2016, que é um conjunto de projetos criteriosos e detalhados, elaborados pelo COB para cada modalidade. "Para alcançarmos o Top 10, temos que ampliar o número de atletas capazes de conquistar medalhas; aumentar o número de medalhas nas modalidades em que já temos tradição de conquistas olímpicas, estratégia que já funcionou em 2012 quando vôlei e judô ganharam quatro medalhas cada uma, e conquistar medalhas em novas modalidades, como já ocorreu no boxe, ginástica artística e pentatlo moderno em Londres", destacou Marcus Vinicius.
Um ano após o fim dos Jogos Olímpicos Londres 2012, os últimos resultados em competições internacionais demonstram que o esporte olímpico brasileiro está no estágio planejado. O primeiro ano do ciclo olímpico tem mostrando um indicativo positivo da situação brasileira no cenário internacional. "Surpresas positivas têm aparecido neste primeiro ano do ciclo olímpico. Estamos administrando essa preparação junto com as Confederações, principalmente em relação aos Campeonatos Mundiais, que têm demonstrado um crescimento do Brasil. Hoje temos mais atletas individuais classificados entre os 20 melhores do mundo em todas as modalidades que estarão no Rio 2016 do que tínhamos antes de Londres 2012 no mesmo momento. É uma curva crescente, que tinha que acontecer. Temos em torno de 200 atletas que atendemos cirurgicamente em cada uma de suas necessidades", observou Marcus Vinicius.
"Estamos a pouco mais de 1.000 dias para os Jogos de 2016 e para fazer atletas medalhistas é preciso de tempo. Estamos cientes desse desafio e trabalhando arduamente para cumpri-lo", completou o diretor-executivo de Esportes do COB.
Fonte: COB