Ministério do Esporte Técnicas de neurociência do esporte auxiliam na preparação do tiro esportivo
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Técnicas de neurociência do esporte auxiliam na preparação do tiro esportivo

Uma das salas de apoio do Centro Nacional de Tiro Esportivo (CNTE), sede dos Jogos Olímpicos de 2016, esconde mistérios que só a mente humana é capaz de desvendar. A imagem é lúdica: o atleta joga "videogame" com eletrodos na cabeça - e com um pequeno detalhe: sem usar as mãos. Enquanto isso, o psicólogo avalia as alterações das ondas cerebrais. Mas o jogo no Complexo Esportivo de Deodoro é coisa séria e serve como uma importante ferramenta complementar para a avaliação psicológica da equipe nacional, que se prepara para competir em casa em 2016. O método, conhecido como neurofeedback e que une técnicas de psiquiatria, psicologia e neurologia, requer disciplina e muita concentração. Afinal, neste teste, o atleta precisa mover o jogo com a força do pensamento.

O objetivo é contribuir para a precisão das ações do atleta no momento da prova, que engloba diferentes etapas de alta performance: preparação, prontidão, execução e análise. E esse percurso, apesar de parecer extenso, no caso do tiro dura em média de 15 a 20 segundos, tempo que o atleta gasta entre levantar a arma, mirar o alvo e disparar.

"O que buscamos é que, durante esse momento decisivo, a pessoa possa se desligar do universo exterior. O mundo passa a ser o atleta, o alvo e o objeto como uma extensão do seu próprio braço. É como se ele ou ela estivesse se assistindo", explica o psicólogo Silvio Aguiar, que aplica os testes no CNTE. Para isso, é utilizado o procedimento de leitura de oxigênio e glicose no cérebro. O nome é complicado: hemato-eletroencefalografia. O resultado, no entanto, simplifica as reações dos atletas de alto rendimento em situações desafiadoras. O jovem Felipe Wu, de apenas 21 anos, aprovou o mecanismo: "A técnica soma naquele detalhe que pode fazer a diferença".

No momento do teste, Felipe é orientado a "esvaziar a mente" e não julgar ou criticar a ação. Com isso, ao atender aos padrões de respostas cerebrais considerados adequados para ele, o jogo avança. "O objetivo é ajudar o competidor a treinar o subconsciente para fazer a ação automaticamente no momento da prova. Comandar a ação e interpretar o processo criticamente atrapalha seu desempenho", detalha Silvio.

O trabalho é desenvolvido em parceria com Anna Paula Rocha Maia, psicóloga que acompanha a equipe nos treinos e em competições. Anna, que considera como fatores fundamentais em todos os esportes o foco, a concentração e o equilíbrio, destaca a peculiaridade do tiro esportivo: "Por ser puramente individual, qualquer desvio cognitivo pode alterar a performance, independentemente de excelente técnica que o atleta possa ter. O tiro é de 80% a 90% mental", analisa a psicóloga.

Trabalho conjunto com incentivo do Ministério do Esporte

As atividades multidisciplinares são realizadas em Deodoro junto com os treinamentos da equipe nacional e fazem parte do trabalho de preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. Com R$ 2,5 milhões repassados pelo Ministério do Esporte via convênio, para o biênio 2013 e 2014, a confederação mantém no centro de treinamento um time de 31 funcionários.

Entre eles, além dos psicólogos do esporte, estão preparadores físicos, médicos, fisioterapeutas, auxiliares técnicos, coordenadores, entre outros profissionais que contribuem para o processo de desenvolvimento do alto rendimento. Anna Paula destaca a importância do trabalho coordenado e planejado com os atletas: "Com os recursos federais, temos um planejamento até o final de 2014, o que garante o processo contínuo de aplicação do trabalho".

Priscila Novaes, especial para o Ministério do Esporte
Foto: Divulgação/CBTE

Ascom - Ministério do Esporte
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