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Projeto Ajudôu utiliza Lei de Incentivo para dar ippon na desigualdade social
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- Publicado em Segunda, 13 Fevereiro 2012 17:00
O faixa preta de judô Júlio César Lana Jaques decidiu dar um ippon, em 1995, na desigualdade social na cidade de Timóteo, em Minas Gerais. Iniciativa que fez a diferença no município. As aulas da arte marcial no projeto Ajudôu, que eram inicialmente voltadas para crianças da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), se expandiram e nos 16 anos de história já atenderam a mais de 4,5 mil crianças e adolescentes. Nos últimos três anos, a iniciativa passou a contar com outro suporte: os incentivos fiscais provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte, que possibilitaram a manutenção e a ampliação das aulas.
"Por meio da Lei de Incentivo, garantimos a manutenção e a sobrevivência do projeto. Assim, melhoramos as possibilidades de capitação de recursos. Antes, quando não tinha a lei, era muito difícil convencer as empresas a investirem em inclusão social na cidade. Agora, todos ganham, nós com os investimentos e as empresas com os incentivos fiscais", explica Júlio César, fundador do projeto.
Nas quase duas décadas de funcionamento, o Ajudôu já formou uma geração de judocas nas cidades de Timóteo e Nova Era. Atualmente, cerca de 350 alunos, de 7 a 17 anos, praticam judô em aulas de uma hora por dia, duas vezes por semana.
A iniciativa já descobriu talentos da arte marcial, mas o foco principal é promover a inclusão social entre os adolescentes. "Quando uma criança que enxerga perfeitamente bem vai brincar com outra que tem uma deficiência visual, ela passa a valorizar e respeitar as limitações do próximo. Assim, levamos a disciplina, amizade e o respeito, valores do judô", diz.
"Nos seis primeiros anos, o objetivo do projeto era apenas educacional: proporcionar um ambiente saudável para as crianças e adolescentes por meio do esporte. Com o tempo, começamos a nos destacar", revela. Dois dos destaques que saíram do tatame mineiro, foram os judocas Fagner Fernando, atleta do Minas Tênis Clube, e Letícia Stanciolli, duas vezes vice-campeã brasileira.
Breno Barros
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte
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