Ministério do Esporte Índios Matis andam quatro dias a pé para celebrar Jogos dos Povos Indígenas em Cuiabá
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Índios Matis andam quatro dias a pé para celebrar Jogos dos Povos Indígenas em Cuiabá

Eles não são atletas profissionais e não estão competindo nos Jogos dos Povos Indígenas de Cuiabá mas, para celebrar o evento, os índios Matis fizeram uma verdadeira maratona. Eles saíram a pé do Vale do Javari, no estado do Amazonas, na fronteira com o Peru, e percorreram, durante quatro dias, quase 300km até o aeroporto da cidade amazonense de Tabatinga, onde pegaram o vôo com destino a Cuiabá.

Os índios desta etnia eram antes conhecidos como Matsés, mas o contato com os sertanistas e com os funcionários da Funai os denominou Matis, guerreiros que celebram com outras etnias os Jogos Indígenas 2013. Ainda hoje esses índios preservam o ritual do mariwin que, segundo a tradição, é uma força que vem para expurgar tudo de ruim que cada indivíduo fez ou recebeu, para castigar as crianças que se comportaram mal e também para aumentar a sorte na busca de caça. A tatuagem é um dos adereços usados por esses índios e uma forma de reafirmar sua identidade e de diferenciar-se de outros índios e dos não-índios (nawa, como são chamados os homens brancos por eles). Assim, com o corpo tatuado, eles se referem a si mesmos como mushabo (gente tatuada) ou wanibo (gente da pupunha) e os mariwin (espíritos ancestrais) aparecem em massa em todos os dias dos rituais.

Os Matis chamam a atenção no meio da multidão que se aglomera na região do Jardim Botânico de Cuiabá pelas suas características físicas, enfeites corporaisde acordo com suas crenças e culturas, que são os traços que os diferenciam de outras etnias. Para se defender dos perigos das florestas e dos inimigos, eles utilizam uma arma bastante poderosa: a zarabatana, uma espécie de flecha que tem capacidade para matar uma onça. Na ponta do instrumento é colocado um veneno que imobiliza a vítima.

Segundo Carlos Terena, um dos organizadores dos Jogos Indígenas, este ano os Matis trouxeram uma novidade para o evento: com eles vieram pela primeira vez duas mulheres, o que mostra que o convívio e a troca de experiências com outras etnias mudam o comportamento e a forma de pensar desses povos, que ainda guardam os costumes e as tradições dos seus ancestrais.

No grupo do povo Matis estão alguns jovens que vieram com a incumbência de observar essa experiência cultural e apreender os ensinamentos indígenas com os mais velhos – caciques e pajés – para reforçar a cultura das aldeias, que perderam muito dos seus costumes com o contato com a civilização.

Cleide Passos, de Cuiabá
Foto: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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