Rede Nacional de Treinamento
» Lei nº 12.395, de 16 de março de 2011
» Portaria nº 248, de 20 de julho de 2016
» Portaria nº 01, de 1º de agosto de 2016
» Modelos de ofícios (entidades públicas e privadas)
» Modelo de Relatório de Projetos e Programas Desenvolvidos
» Formulário de adesão à RNT (Partes 1 e 2)
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A Rede Nacional de Treinamento, aposta do governo federal como legado de infraestrutura esportiva e de nacionalização dos efeitos dos Jogos Rio 2016, pretende interligar as diversas instalações existentes ou em construção em todo o país. A Rede contará com diferentes padrões de estruturas e atenderá dezenas de modalidades, desde a fase de detecção e formação de talentos até o treinamento de atletas e equipes olímpicas e paralímpicas.
Parceria entre o governo federal, estados, municípios e Confederações, a Rede foi instituída pela nova Lei 12.395/ 2011. A ação também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas.
O objetivo é criar um caminho para o atleta desde a sua entrada na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as instalações terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento, garantindo a formação da base para além de 2016, até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções nacionais, com toda a qualificação que isso requer. Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões.
Centros Olímpicos de Treinamento
No topo da Rede estão os Centros Olímpicos de Treinamento (COT), que foram construídos no Rio de Janeiro para receber os Jogos 2016 – Parques Olímpicos da Barra e de Deodoro. São espaços criados para atletas de alto rendimento e que vão passar a servir de suporte para treinos de seleções, eventos nacionais e internacionais e para a qualificação de profissionais que integram a cadeia produtiva do esporte, como técnicos, fisioterapeutas, fisiologistas, profissionais de educação física e nutricionistas.
Integram o Centro Olímpico de Treinamento as Arenas Cariocas 1, 2 e 3, o Centro Olímpico de Tênis e o Velódromo, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Completam essa estrutura as instalações da região de Deodoro, casos do Centro Nacional de Tiro Esportivo, do Centro Nacional de Hipismo, do Centro de Pentatlo Moderno, do Centro de Hóquei sobre a Grama, da Arena Deodoro, do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom e do Centro Olímpico de BMX.
O Ministério do Esporte destinou R$ 820,9 milhões para reformas em instalações já existentes em Deodoro. No Parque Olímpico da Barra, foram investidos R$ 393,1 milhões na construção de instalações esportivas que serão permanentes: Centro Olímpico de Tênis (R$ 194 milhões); Velódromo Olímpico (R$ 140,6 milhões) e; climatização das Arenas Cariocas 1, 2 e 3 (R$ 58,5 milhões). Para as estruturas temporárias foram aplicados R$ 365,4 milhões: Arena do Handebol (R$ 140,1 milhões), que será usada na construção de quatro escolas públicas e; Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos (R$ 225,3 milhões), que terá a estrutura desmontada e destinada a entes públicos interessados.
Outros R$ 159,2 milhões foram destinados para a construção das primeiras linhas de transmissão de alimentação do Parque Olímpico da Barra, para a subestação de energia elétrica e para a primeira linha de alimentação do campo de golfe.
» Navegue pelo mapa completo da Rede Nacional de Treinamento no link abaixo:
Centros Nacionais
A descentralização dos benefícios esportivos gerados pelos Jogos Rio 2016 se materializa nos Centros Nacionais de Treinamento. Estes locais representam a última etapa do encadeamento da carreira dos atletas e abrigam a preparação das seleções de diferentes modalidades. Há espaços como o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza (CE), com capacidade para atender até 26 esportes olímpicos, paralímpicos e não-olímpicos e o Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP), que contempla 15 modalidades.
Outros locais são específicos para uma única modalidade. São os casos do Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA); do Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF); da pista do Velódromo de Indaiatuba (SP); do Centro de Canoagem Slalom, em Foz do Iguaçu (PR); do Centro de Desenvolvimento do Handebol, em São Bernardo do Campo (SP); do Centro de Treinamento de Ciclismo em Londrina (PR); de seis pistas de BMX, em fase de construção, em seis cidades; do Centro de Hipismo, em obras, na cidade de Barretos (SP); do Complexo Esportivo de Badminton, em Teresina (PI), também em construção. Para a construção dos Centros de Treinamento, o Ministério do Esporte investe mais de R$ 450 milhões.
O projeto ainda inclui a estruturação em todo o país de uma Rede Nacional de Treinamento de Atletismo, que contará com dois centros nacionais: a Arena Caixa - Centro de Treinamento de Atletismo Oswaldo Terra -, em São Bernardo do Campo (SP), entregue em 2014 e; o Centro Nacional de Treinamento de Atletismo (CNTA), em obras, na cidade de Cascavel (PR); além de mais 47 pistas oficiais de atletismo, em todas as regiões. São R$ 51,2 milhões investidos nos CTs e outros R$ 301,8 milhões nas pistas.
» Confira as instalações:
- Centro Paralímpico Brasileiro - CPB - São Paulo (SP)
- Centro de Formação Olímpica do Nordeste - Fortaleza (CE)
- Centro de Treinamento Canoagem Slalom - Canal Itaipu - Foz do Iguaçu (PR)
- Centro Pan-Americano de Judô - CPJ - Lauro de Freitas (BA)
- Centro de Excelência em Saltos Ornamentais - Brasília (DF)
- Pista do Velódromo - Indaiatuba (SP)
- Centro de Desenvolvimento do Handebol – São Bernardo do Campo (SP)
- Centro de Hipismo - Barretos (SP)
- Centro de Formação Olímpica do Nordeste - Fortaleza (CE)
- Centro de Treinamento Canoagem Slalom - Canal Itaipu - Foz do Iguaçu (PR)
- Centro Pan-Americano de Judô - CPJ - Lauro de Freitas (BA)
- Centro de Excelência em Saltos Ornamentais - Brasília (DF)
- Pista do Velódromo - Indaiatuba (SP)
- Centro de Desenvolvimento do Handebol – São Bernardo do Campo (SP)
- Centro de Hipismo - Barretos (SP)
Além da construção de novos espaços, o Governo Federal destina recursos para a compra de equipamentos para qualificar diversas instalações. A aquisição é resultado de investimentos federais que superam os R$ 350 milhões desde 2010, fruto da parceria entre o Ministério do Esporte e as confederações esportivas, e do apoio da Lei de Incentivo ao Esporte. Foram 144 convênios com as entidades, com verbas destinadas também à preparação de atletas de alto rendimento (participação em competições e treinamentos no país e no exterior), identificação e formação de novos talentos e contratação de equipes multidisciplinares.
Com a compra de equipamentos, foram beneficiados centros de treinamentos já existentes em diversas cidades, como o de lutas associadas, do taekwondo e da esgrima, todos no Rio de Janeiro (RJ), e do tiro com arco, em Maricá (RJ). Somam-se a eles 13 centros de treinamento de ginástica em 15 cidades, dentre eles: o Centro de Excelência de Ginástica, em Curitiba (PR); o Centro Regional de Ginástica do Distrito Federal, em Brasília; o Centro de Treinamento de Ginástica, em Porto Alegre (RS); o Centro Olímpico do Espírito Santo, em Vitória; o Centro Nacional de Treinamento de Ginástica Rítmica, em Aracaju (SE) e; o Centro Regional de Ginástica de Trampolim, em Goiânia (GO). Também foram equipados seis centros de treinamento de tênis de mesa olímpico e paralímpico, em seis cidades (Brasília, Piracicaba, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, São Paulo e Santos), 29 quadras de basquete em ginásios e clubes de todo o país, além de centros de judô, golfe e ciclismo.
Centros Locais
Por fim, integram a base da Rede os Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), unidades militares, clubes e o Sistema S. Os CIEs servirão para a iniciação, identificação de talentos e formação de atletas em modalidades olímpicas e paralímpicas, mantendo conexão com escolas e núcleos de esporte social e comunitário. Estes locais poderão comportar até 13 modalidades olímpicas (atletismo, basquete, boxe, handebol, judô, lutas, tênis de mesa, taekwondo, vôlei, esgrima, ginástica rítmica, badminton e levantamento de peso), seis paralímpicas (esgrima em cadeira de rodas, judô, halterofilismo, tênis de mesa, vôlei sentado e goalball) e uma não-olímpica (futsal). Com um aporte de R$ 836 milhões, serão construídos 233 CIEs em 223 municípios do país.
O Ministério do Esporte investiu R$ 207,5 milhões em construção, reformas e adaptações de equipamentos esportivos em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ. Após 2016, essas instalações, que atenderão a diversas modalidades olímpicas e paralímpicas, serão incorporadas à Rede Nacional de Treinamento. Os investimentos foram no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Escola Naval, na Universidade da Força Aérea (Unifa), no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e no Clube da Aeronáutica (Caer).
Em 2011, uma alteração na Lei Pelé incluiu a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) como beneficiária de 0,5% do total da arrecadação das loterias da Caixa. O repasse à CBC foi uma reivindicação de clubes que tradicionalmente são formadores de atletas para o país. Para a inclusão da CBC nos repasses da Lei Agnelo/Piva, o Ministério do Esporte abriu mão de parte da porcentagem que lhe cabe das loterias. O montante acumulado entre 2011 e 2015 foi de R$ 175 milhões.
A Rede Nacional de Treinamento não contará apenas com estruturas que foram construídas recentemente. O Governo Federal investe na revitalização de instalações que fazem parte da tradição esportiva de diversas cidades. A iniciativa devolve à população importantes espaços para receber eventos e para a prática do esporte. Em quatro capitais, são R$ 74,5 milhões aplicados: ginásio Mineirinho (Belo Horizonte); ginásio Geraldo Magalhães e Centro Esportivo Santos Dumont (Recife); Vila Olímpica (Manaus); Baby Barioni e Centro de Treinamento e Pesquisa (São Paulo).
Os investimentos em ciência do esporte, com o objetivo de qualificar o desempenho dos atletas brasileiros, também farão parte da Rede Nacional de Treinamento. Três laboratórios no país receberam apoio federal para essa finalidade: o Centro de Pesquisa em Ambiente Simulado, da Universidade Federal de Santa Maria, na cidade gaúcha; o Laboratório de Pesquisa do Exercício (Lapex), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre; e o Centro Integrado de Apoio ao Atleta (CIAA), do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Mais de R$ 3 milhões em recursos federais foram destinados para a iniciativa.
Além deles, o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) contou com investimento de R$ 269,5 milhões do Governo Federal. As novas instalações do LBCD receberam investimentos de R$ 151,3 milhões (R$ 112,7 milhões do Ministério do Esporte e R$ 38,5 milhões do Ministério da Educação), somando obras e projetos. Já para a compra de novos equipamentos, materiais, insumos, mobiliário e operação foram destinados R$ 74,6 milhões (sendo R$ 60 milhões do Esporte e R$ 14,6 milhões do MEC). Há, ainda, um aporte de R$ 43,6 milhões (R$ 28,6 milhões do ME e R$ 15 milhões do MEC) exclusivo para a operação olímpica.
São objetivos da Rede Nacional de Treinamento:
- Interligar as diferentes estruturas esportivas;
- Disseminar métodos de treinamento;
- Desenvolver e aplicar ciência e medicina do esporte;
- Capacitar profissionais e expandir conhecimento esportivo;
- Detectar, desenvolver e aprimorar talentos;
- Preparar atletas da base ao alto rendimento;
- Proporcionar encadeamento de carreira ao atleta;
- Modernizar instalações esportivas;
- Viabilizar materiais adequados a cada fase de preparação do atleta.