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Trabalho da ABCD é debatido em congresso pan-americano de medicina esportiva

Os conceitos e resultados do trabalho da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) foram tema de uma mesa-redonda nesta quinta-feira (14.09) durante o Congresso Pan-Americano de Medicina do Esporte, no Rio de Janeiro. Critérios para formação de oficiais, passaporte biológico, exames fora de competição, regras para uso de substâncias, criação do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJDAD) e estatísticas recentes foram apresentados e debatidos.

Presidente da Presidente da Comissão de Autorização de Uso Terapêutico da ABCD, o cardiologista José Kawazoe Lazzoli explica os conceitos do trabalho. Foto: rededoesporte.gov.brPresidente da Presidente da Comissão de Autorização de Uso Terapêutico da ABCD, o cardiologista José Kawazoe Lazzoli explica os conceitos do trabalho. Foto: rededoesporte.gov.br

Diretor de operações da ABCD, Alexandre Nunes explicou que um dos desafios atuais é formar oficiais de controle de dopagem em várias regiões do país. “Havia uma concentração grande no Rio de Janeiro e em São Paulo”. De maio para cá, a entidade investiu na capacitação de profissionais de controle de amostras em Porto Alegre, Brasília, Recife e Manaus. João Pessoa (PB) é a próxima no roteiro.

Segundo Nunes, desde abril de 2017, quando voltou oficialmente a ficar em conformidade com a Agência Mundial Antidoping (Wada), a ABCD realizou 2.937 controles. Desses, 2008 ligados ao futebol e os demais distribuídos entre diversas modalidades, olímpicas, paralímpicas e não olímpicas. O percentual de casos adversos nessa amostragem foi de 1,6%.

Uso terapêutico

Presidente da Comissão de Autorização de Uso Terapêutico (AUT) da ABCD, o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, explicou os critérios para que atletas possam fazer uso controlado e em condições especiais de substâncias a princípio não permitidas pela Wada. "É necessário comprovar uma condição clínica aguda ou crônica, mostrar que o uso terapêutico da substância não produzirá melhora adicional no desempenho do atleta e não haver alternativa razoável", disse.

“E é importante que a indicação clínica seja baseada em evidências científicas. Não cabe mais, no patamar da medicina que temos hoje, aquele argumento tipo 'na minha experiência', ou 'acho que' ou 'sempre fiz desse jeito'”, ressaltou.

De acordo com o cardiologista, desde 15 de abril deste ano, houve 68 solicitações de Autorização de Uso Terapêutico para diferentes substâncias. Dessas, 27 foram consideradas desnecessárias, em geral por tratar de substâncias que são permitidas em certas dosagens. Outras 27 foram negadas, 14 concedidas e há uma pendente.

“É um departamento que tem se pautado por decisões técnicas, ágeis e transparentes. Dessas 68 solicitações, 29 foram respondidas no mesmo dia. Outras 19, em até 24 horas. Temos uma média de resposta de 1,4 dia. A Wada nos coloca um prazo de até 30 dias”, comentou Kawazoe. Segundo o especialista, a premissa é que o atleta é responsável direto por qualquer substância que for encontrada em seu organismo.

Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte e titular da ABCD até o fim de junho de 2017, Rogério Sampaio esteve no evento representando o secretário da ABCD, professor Luiz Celso Giacomini.

“Os números apresentados nos dão a certeza de termos acertado na ampliação da Comissão de Autorização Terapêutica. Ampliamos porque sabíamos que o número de testes realizados no futebol ia aumentar e, com isso, também a demanda por AUT. Na minha visão de ex-atleta, a AUT tem de ser exceção”, afirmou o campeão olímpico no judô nos Jogos de 1992, em Barcelona, na Espanha.

“É necessário que os atletas e profissionais de medicina que trabalham com eles busquem informações sobre substâncias proibidas. A repercussão para a vida esportiva e pessoal de um caso de doping é devastadora. Por isso, ações como essa no congresso de medicina do esporte são importantes”, comentou Sampaio.

Justiça Antidopagem

A criação do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem por parte do governo brasileiro foi determinante para que a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) anunciasse, em 12 de abril, a volta à conformidade da ABCD.

Uma das nove integrantes do tribunal, Fernanda Bini fez questão de enfatizar que o tribunal não tirou a relevância dos tribunais de justiça desportiva antigos. “Com a criação da ABCD, o estado puxou para si a responsabilidade de lidar com as questões de doping de forma unificada. Os Tribunais de Justiça Desportiva continuam existindo, mas para outras questões que não tenham a ver com doping”, explicou.

Os primeiros julgamentos do novo tribunal ocorreram em 29 e 30 de agosto. Foram quatro casos: três da canoagem (um na canoagem slalom olímpica e outros dois em modalidades não olímpicas: canoagem descida e canoagem oceânica) e um do judô. Dentro dos preceitos legais, as penalidades previstas para os atletas pegos com substâncias dopantes são punições que podem chegar a até oito anos de afastamento da modalidade ou, em casos mais graves, o banimento, além da suspensão de bolsas, de programas de incentivo, a devolução de prêmios, pontos, medalhas e valores.

Rededoesporte.gov.br

 
 

Jovens do sertão baiano revelam paixão pelo atletismo nos Jogos Escolares da Juventude, em Curitiba

A história do professor Ferreirinha, como é conhecido Antônio Ferreira Bonfim Filho, da Escolinha de Atletismo no povoado de Flamengo, no município de Jaguarari, no interior da Bahia, emocionou o país ao ser contada em um programa de televisão em rede nacional. A iniciativa começou em 2006, quando Ferreirinha largou tudo para ensinar o atletismo para a sua filha Návine. Não demorou para que outras crianças batessem na porta do professor para experimentar o esporte.

Agora, após 11 anos de dedicação, Ferreirinha participa, em Curitiba, pela sexta vez, dos Jogos Escolares da Juventude. Quatro jovens do projeto disputam esta edição – que reúne mais de quatro mil estudantes, com idade entre 12 e 14 anos – na modalidade que é sinônimo de esperança no sertão baiano.

Os alunos da Escolinha de Atletismo do povoado de Flamengo: do interior da Bahia para os Jogos Escolares da Juventude em Curitiba. Foto: Breno Barros/Ministério do EsporteOs alunos da Escolinha de Atletismo do povoado de Flamengo: do interior da Bahia para os Jogos Escolares da Juventude em Curitiba. Foto: Breno Barros/Ministério do Esporte

A primeira participação dos jovens baianos nos Jogos Escolares da Juventude foi em 2011. De lá para cá muitos estudantes passaram pelo projeto. Uns largaram o esporte e outros persistem na busca do sonho de viver exclusivamente do atletismo. Na edição dos Jogos Escolares de Curitiba não é diferente.

Os alunos, considerados como filhos pelo professor, circulam com olhar de curiosidade, sem esconder a alegria por participar de um evento esportivo nacional. A afilhada Lucinelma Ferreira da Silva, 12 anos, é uma das mais empolgadas do grupo. “É a minha primeira vez nos Jogos Escolares. Nunca tinha imaginado um dia visitar Curitiba. É tudo lindo”, vibra a jovem, que estuda na Escola Municipal de Produção.

“Não posso deixar esses jovens, pois criei um compromisso com a modalidade. Eu não posso deixar o projeto acabar. Plantei essa semente do atletismo no meu povoado com a escolinha. Hoje, atendemos cerca de 100 crianças, com idade entre 5 e 18 anos”, diz Ferreirinha.

Para o professor, cada edição dos Jogos Escolares da Juventude renova a esperança dos jovens do povoado, pois as crianças têm acesso a uma realidade diferente daquela que experimentam no sertão baiano. “Eu acho muito legal eles virem para os Jogos Escolares. A visão deles no povoado é muito pequena. Quando eles chegam aqui, eles nem acreditam que existe tudo isso. Em 2011, quando eu vim pela primeira vez, fiquei impressionado, porque é muito diferente do que a gente vê na televisão”, completou o professor.

A jovem Lucinelma se mudou para casa de Ferreirinha para poder treinar com o padrinho. “Eu amo o atletismo. Se eu não fosse morar com o meu padrinho, não teria como eu ir andando da minha casa, no interior, para treinar no Flamengo. Aí, fui morar na casa dele para poder ficar mais perto do esporte”, conta Lucinelma.

O professor Ferreirinha e a afilhada Lucinelma Ferreira: paixão pelo atletismo. Foto: Breno Barros/Ministério do EsporteO professor Ferreirinha e a afilhada Lucinelma Ferreira: paixão pelo atletismo. Foto: Breno Barros/Ministério do Esporte

Além de Lucinelma, outros três jovens do povoado participam dos Jogos Escolares. Maiara Santos, de 12 anos, está iniciando a sua trajetória no esporte. Jane Alves, de 13 anos, participa pela segunda vez do evento. Já o garoto Jefferson Oliveira, de 12 anos, disse que pretende competir em todas as edições do evento até os 17 anos.

Revelando Talentos

A Escolinha de Atletismo Flamengo já vem colhendo frutos do trabalho com muita dedicação do professor Ferreirinha. A jovem Ticiane Souza Bonfim, de 15 anos, que faz parte da Escolinha, foi convocada pela Seleção Brasileira de Atletismo para disputar a segunda edição dos Jogos Sul-Americanos da Juventude, que será disputada em Santiago, no Chile, entre os dias 6 a 8 de outubro.

Ticiane foi vice-campeã Brasileira dos 2000 metros com obstáculos, no último mês de junho, na competição disputada em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. “Tivemos também outra menina que venceu uma prova nos Jogos Escolares do ano passado e que ganhou uma bolsa para estudar em Recife e treinar com mais estrutura. Tivemos outras duas crianças que alguns técnicos de São Paulo estão querendo levar para treinar no atletismo”, revela o professor.

Os Jogos Escolares da Juventude são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), com apoio do Ministério do Esporte e Grupo Globo, com patrocínio da Coca-Cola e apoio da Estácio, da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Estado do Paraná.

De Curitiba, Breno Barros – Ministério do Esporte
 

Estudantes encaram provas de atletismo em pista com padrão internacional nos Jogos Escolares da Juventude

A pista da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em que as provas de atletismo são disputadas nos Jogos Escolares da Juventude, em Curitiba, é um verdadeiro sonho para muitos jovens estudantes. Sonho realizado, por exemplo, pelo jovem Luis Ricardo, 14 anos, que mora no município de Codó, no interior do Maranhão. Pela primeira vez na vida ele correu em um espaço com oito raias de piso sintético, blocos de partida, área para saltos e lançamentos.

“Como eu sou do interior do Maranhão, para mim já é uma vitória competir aqui. Eu nunca tinha disputado uma prova em uma pista como esta. Nós não temos todas as oportunidades na vida e fazemos o impossível com o que a gente tem acesso. Eu treino na minha cidade no estádio municipal. Corro no asfalto com quatro raias e é uma reta só, sem curta”, conta Luis Ricardo, que conquistou medalha de prata na prova dos 75m.

O estudante Luis Ricardo, 14 anos, que vive no município de Codó, no interior do Maranhão, ficou maravilhado com a qualidade da pista da Universidade Federal do Paraná. Foto: Breno Barros/Ministério do EsporteO estudante Luis Ricardo, 14 anos, que vive no município de Codó, no interior do Maranhão, ficou maravilhado com a qualidade da pista da Universidade Federal do Paraná. Foto: Breno Barros/Ministério do Esporte

Os alunos que disputam o maior evento estudantil do país têm a oportunidade de encarar as provas de atletismo em uma pista com certificação nível 2 pela IAAF Associação Internacional de Federações de Atletismo (em inglês, International Association of Athletics Federations). A edição dos Jogos Escolares é o primeiro grande evento disputado no equipamento construído com investimento de cerca de R$ 7 milhões do Ministério do Esporte na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Para o cubano Vidal Palacios Calderón, professor de atletismo no Departamento de Educação Física da UFPR, receber jovens de diferentes realidades na universidade representa uma nova fase na construção da cultura esportiva na cidade de Curitiba. “Os Jogos Escolares são o primeiro grande evento que recebemos aqui na pista nova. Penso que a partir desse momento demos um impulso e já podemos pensar em receber outras competições desse nível no futuro. Quem sabe receberemos um dia as provas de atletismo dos Jogos Universitários”, diz o professor.
Nos últimos anos, o Ministério do Esporte investiu na construção e recuperação de 47 pistas oficiais de atletismo com padrões olímpicos em 39 cidades de norte a sul do país. Os projetos receberam investimentos da ordem de R$ 301,8 milhões do Governo Federal.

Ao olhar para os jovens disputando as provas nos Jogos Escolares, o professor Vidal recorda do tempo em que a instituição oferecia somente um espaço de terra aos alunos. “Naquela época, tínhamos somente um local antigo, de terra, e sem condições de receber competições dessa magnitude. Com essa novidade, os alunos e os atletas estão felizes com o equipamento de ponta. Assim, conseguimos trazer novos alunos interessados em praticar a modalidade”, ressalta.

A pista na UFPR conta com uma agenda cheia durante a semana. Atualmente, são desenvolvidos cinco projetos da modalidade no equipamento esportivo: a Equipe Representativa da UFPR; a Escolinha de Triathlon do Paraná, desenvolvida pelo Colégio da Polícia Militar do Estado; o Projeto de Alto Rendimento da Federação Paranaense de Desportos Universitários; o Projeto Atletismo uma Opção, desenvolvido pela Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag; e a iniciativa que atende aos atletas da iniciação esportiva e da equipe permanente de Curitiba, desenvolvida pela Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Madrinha dos Jogos Escolares, Fabiana Murer observa a pista da UFPR. Foto: Wander Roberto/Exemplus/COBMadrinha dos Jogos Escolares, Fabiana Murer observa a pista da UFPR. Foto: Wander Roberto/Exemplus/COB

Além das atividades de atletismo, o equipamento esportivo serve também como apoio para outros quatro projetos, entre eles o “Sem Fronteiras”, voltado para atividades corporais para pessoas a partir de 50 anos, além dos idosos. Segundo a Universidade, 120 pessoas participam da iniciativa. Está em implantação o projeto “Prestação de Serviços e Projeto Extensionista”, que deve alcançar outras 60 pessoas. A ideia é oferecer a prática orientada e sistematizada da caminhada e da corrida.

O professor Vidal aproveitou a semana com movimento atípico na Universidade para envolver seus alunos e fazer com que eles aproveitem as disputas dos Jogos Escolares. “Convidei os alunos para ter uma vivência real com o atletismo durante os dias de competições. Espero que eles aproveitem esse momento para, quem sabe, se motivar a continuar com a prática esportiva”, completa o professor.

De Curitiba, Breno Barros – Ministério do Esporte
 

Aviso de pauta: em bate-papo pela internet, atletas paralímpicos relembram Jogos Rio 2016

O coordenador-geral do programa Bolsa Atleta, Mosiah Rodrigues, participa nesta sexta-feira (15/09) de um bate-papo online com atletas sobre um ano da realização dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. A conversa será às 15h, transmitida via Facebook do Ministério do Esporte e também pelo Instagram, no perfil @minesporte, exclusivamente pelo celular.

Participam do bate-papo os atletas Phelipe Rodrigues (natação), Verônica Hipólito e Yohansson Nascimento (ambos do atletismo). Todos responderão perguntas enviadas pelo Facebook.

Bate-papo sobre um ano dos Jogos Paralímpicos
Data: sexta-feira (15.09)
Horário: 15h
Local: Facebook do Ministério do Esporte
https://www.facebook.com/MinisteriodoEsporte
Instagram: @minesporte

 
 

Nos Jogos Escolares, ações educativas da ABCD disseminam conscientização ao #JogoLimpo no esporte

O Departamento de Informação e Educação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) promove, durante os Jogos Escolares da Juventude em Curitiba, a campanha #JogoLimpo. O trabalho de conscientização é realizado de forma lúdica para os estudantes com idade entre 12 e 14 anos. No estande montado no Centro de Convivência, no Ginásio de Tarumã, os atletas aprendem sobre os valores éticos e morais do esporte, o respeito aos adversários, a honestidade e a disciplina.

Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.brFoto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

Os estudantes têm a oportunidade conhecer o trabalho realizado tanto pelo Ministério do Esporte quanto pela ABCD. O espaço conta com mesa de operação, que serve para explicar todo o processo de controle de dopagem e mostra como são feitos os processos de coleta das amostras de sangue e de urina dos atletas. As funcionárias explicam também quando atleta é notificado, o preenchimento de formulários e o envio do material para o laboratório.

O trabalho lúdico é promovido por meio de jogos interativos. Os jovens participam de palavras cruzadas, com histórico da dopagem, e do Quiz da Wada (Agência Mundial Antidopagem, na sigla em inglês). Ao participar das brincadeiras, os alunos recebem brindes, como caneta, pin, copo, toalha e camiseta. Os jovens ainda podem tirar foto no painel com a hashtag #JogoLimpo para ser compartilhada nas redes sociais.

A partir do próximo sábado (16.09), a ação da ABCD nos Jogos Escolares será voltada para os alunos que competirão nos esportes coletivos. A abordagem será diferente, pois o tema dopagem será tratado de forma direta, detalhando as substâncias, os hormônios que podem causar malefícios à vida dos atletas e as consequências do uso de anabolizantes para a saúde.

Fabiana Murer (alto); Lígia Silva e Jéssica Maier; e Tiago Camilo tiraram fotos para a campanha #JogoLimpo da ABCD. Fotos: Breno Barros /rededoesporte.gov.brFabiana Murer (alto); Lígia Silva e Jéssica Maier; e Tiago Camilo tiraram fotos para a campanha #JogoLimpo da ABCD. Fotos: Breno Barros /rededoesporte.gov.br

Divulgação da Bolsa Atleta

Nesta edição, o estande da ABCD conta ainda com um espaço dedicado ao programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. O coordenador do programa, o ex-atleta da ginástica Mosiah Rodrigues, divulga e tira possíveis dúvidas dos estudantes sobre os benefícios.

Considerado o maior programa de patrocínio esportivo individual e direto do mundo, a ação é uma das iniciativas do Governo Federal que têm contribuído para a formação de atletas que representem o país em competições de nível nacional e internacional.

Desde a criação do programa, em 2005, cerca de 23 mil atletas brasileiros foram patrocinados, por meio de 52 mil bolsas. O investimento ultrapassa a marca de R$ 897 milhões. No exercício de 2016, 7.297 atletas foram patrocinados, destes, 6.217 eram de modalidades olímpicas/paralímpicas.

De Curitiba, Breno Barros – Rededoesporte.gov.br

Jovens mesatenistas têm a oportunidade de enfrentar atleta olímpica nos Jogos Escolares em Curitiba

Foi só a mesatenista Lígia Silva pegar na raquete para que uma fila se formasse no Centro de Convivência dos Jogos Escolares, em Curitiba. Com três experiências olímpicas na bagagem e cinco Jogos Pan-Americanos na carreira, a jogadora, nascida em Manaus, mostrou à nova geração do esporte brasileiro a força da família do tênis de mesa. Jovens de todo o país aproveitaram para trocar bolas com a atleta olímpica, além de trocar informações e pegar dicas para melhorar a técnica no jogo.

Lígia troca bola com a meninada: É sempre muito especial conviver com a nova geração. Foto: Breno Barros/rededoesoprte.gov.brLígia troca bola com a meninada: É sempre muito especial conviver com a nova geração. Foto: Breno Barros/rededoesoprte.gov.br

"O tênis de mesa é um esporte muito família. Os atletas não podem ver uma mesa que logo já forma uma fila. Eles têm poucas oportunidades de ver os atletas da seleção atuando, pois eles estão sempre disputando o Circuito Mundial. É sempre muito especial conviver com a nova geração. Estou tentando ao máximo ter esse contato e passar a minha experiência para eles", disse Lígia.

Lígia Silva participou dos Jogos Olímpicos de Sidney 2000, Atenas 2004 e Londres 2012. A manauara representou também o Brasil nos Jogos Pan-Americanos em cinco edições, de Winnipeg-1999 até Toronto-2015.

Experiência única

O brasiliense João Vitor de Almeida, 14 anos, não perdeu a oportunidade de duelar contra uma atleta com a experiência de Lígia. "Para quem sempre se espelhou nela, ter a oportunidade de jogar contra é um privilégio. Os Jogos são uma forma bem legal de incentivar a prática esportiva no país. Estou adorando", analisou.

Pedro Vitor não escondeu a felicidade em dividir a mesa com a atleta olímpica. O jovem de Caxias, no Maranhão disputa pela primeira vez os Jogos Escolares. "Eu sempre quis jogar com uma atleta olímpica assim. O mais importante, eu consegui ganhar dela", brincou Pedro.

Montado no ginásio do Tarumã, o Centro de Convivência garante aos jovens acesso a uma programação recreativa especial. Os estudantes podem ver a exposição de medalhas, troféus, Tocha Olímpica, além de experimentação de esportes.

» Leia mais notícias sobre os Jogos Escolares no rededoesporte.gov.br
 

O espaço conta com lan house, biblioteca, exposição de medalhas, troféus, Tocha Olímpica e uniformes do Time Brasil, uma atração interativa denominada "Formando campeões", clínica de dança, um painel interativo de LED, estandes da Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) com ações sobre o jogo limpo, da ONU mulher, da Rede Globo, e um espaço com mesas de totó e uma mesa de tênis de mesa.

"Os jovens experimentarão novos esportes, participarão de desafios no palco como quiz sobre os nossos Embaixadores, sobre sustentabilidade, sobre os Jogos Olímpicos, assistirão apresentações culturais e folclóricas, terão a oportunidade de interagir com atletas olímpicos e pan-americanos de destaque internacional", explicou a gerente de atividades complementares dos Jogos Escolares da Juventude, Paula Hernandez.

Centro de convivência montado no Ginásio do Tarumã, em Curitiba. Foto: Washington Alves/COBCentro de convivência montado no Ginásio do Tarumã, em Curitiba. Foto: Washington Alves/COB

A programação inclui também duas clínicas esportivas, de modalidades que não estão entre os 13 esportes que compõem o cronograma dos Jogos Escolares da Juventude. Entre os dias 11 a 15 de setembro, os jovens conhecerão mais sobre o basquete 3 x 3, e entre os dias 16 e 20, a esgrima. Sempre com o apoio de profissionais e ex-atletas indicados pelas próprias confederações esportivas.

Os Jogos Escolares da Juventude são organizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), correalizados pelo Ministério do Esporte e Grupo Globo, com patrocínio da Coca-Cola e apoio da Estácio, da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Estado do Paraná.

De Curitiba, Breno Barros – Rededoesporte.gov.br

Representantes da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos visitam o secretário Nacional de Alto Rendimento Rogério Sampaio

Secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio recebeu, na tarde desta quarta-feira (13.09), em Brasília, o ex-jogador de vôlei Xandó, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984, e a presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), Deborah Dias de Souza.

Atual técnico da Seleção Brasileira de Surdos masculina, coordenador das seleções masculina e feminina de surdos e assessor da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), Xandó e a dirigente vieram a Brasília agradecer o apoio do Ministério do Esporte na participação do Brasil nas Surdolimpíadas, disputadas em julho, na Turquia, quando o país conquistou cinco medalhas – uma de ouro e quatro de bronze – e terminou no 28º lugar entre os 97 países participantes.

Da esquerda para a direita: a secretária da CBDS Esmeralda Oliveira, Xandó, Rogério Sampaio e a presidente da CBDS, Deborah Souza. Foto: Luiz Roberto Magalhães/MEDa esquerda para a direita: a secretária da CBDS Esmeralda Oliveira, Xandó, Rogério Sampaio e a presidente da CBDS, Deborah Souza. Foto: Luiz Roberto Magalhães/ME

A delegação brasileira nas Surdolimpíadas foi formada por 140 integrantes, dos quais 98 eram atletas, que disputaram provas em 14 modalidades: atletismo, badminton, futebol, handebol, judô, caratê, natação, tênis, tênis de mesa, taekwondo, vôlei, vôlei de praia, luta livre e luta greco-romana.

Do total, 77% competiu na Turquia tendo as passagens aéreas de ida e volta, seguro de viagem e parte da hospedagem bancados por termo de fomento firmado com o Ministério do Esporte, que disponibilizou R$ 1,5 milhão para a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos.

“A nossa ideia é estreitar essa relação com o Ministério do Esporte desde já para que a gente possa passar a programação deste novo ciclo surdolímpico com bastante antecedência. Estamos hoje aqui pensando em um campeonato que será realizado em novembro do ano que vem, que são os Jogos Sul-Americanos de Surdos (de 8 a 18 de novembro de 2018, na Argentina), para que, com a ajuda do ministério, a gente consiga evoluir, tanto tecnicamente quanto financeiramente”, declarou Xandó.

Segundo Xandó, não há dados oficiais sobre o número de pessoas surdas que praticam esportes no Brasil. “Mas calculamos que hoje cerca de trezentos mil surdos praticam esportes no Brasil. Pelo último censo, são 9,8 milhões de surdos no Brasil. Então, 300 mil praticantes de esportes é um volume muito bom. Mas é difícil realizar um calendário que atenda a todas essas pessoas porque a gente não temos recursos, não existem programas e alguns estados não têm nem federação”, prosseguiu.

Para o medalhista olímpico, o apoio do Ministério do Esporte será crucial para o desenvolvimento do desporto para surdos no país. “A parceria com o ministério foi fundamental para a participação do Brasil nas Surdolimpíadas e nós jamais teríamos conseguido levar uma delegação de 100 atletas se não fosse o apoio do ministério. Se não tivéssemos tido esse apoio para as Surdolimpíadas praticamente iríamos chegar sem nenhuma representação à Turquia. Jamais iríamos com uma delegação com quase 100 atletas. Se houve inclusive o retorno de resultados, com quatro medalhas de bronze e uma de ouro, com recorde mundial na natação – o paulista Guilherme Maia Kabbach faturou o ouro nos 200m e o bronze nos 100m, ambos no nado livre, e quebrou o recorde surdolímpico e mundial nos 200 metros – isso só foi possível devido ao apoio do ministério. Sem isso, dificilmente teríamos tido esses resultados”, ressaltou Xandó.

“O apoio do Ministério do Esporte à participação dos atletas com deficiências auditivas em competições internacionais é extremamente importante”, afirmou Rogério Sampaio. “O ministério tem a preocupação de atender a todas as camadas da sociedade e estudos apresentados pela Confederação Brasileira de Desportos de Surdos demonstram a grande quantidade de pessoas no país com deficiência auditiva. Através do esporte a gente consegue a reinserção das pessoas na sociedade e então fico extremamente feliz de ver o ministério cumprindo o seu papel”, encerrou o secretário.

Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte
 

Das braçadas no rio em Aracaju às piscinas dos Jogos Escolares

As águas calmas do rio Vaza Barris, na Orla Pôr do Sol, em Mosqueiro, Aracaju (SE), são um convite especial para quem aprecia a natureza. Lugar frequentado por turistas de todo o país, o rio é o ambiente preferido do jovem estudante Ian de Lima Veiga, 13 anos. Mesmo com o oceano Atlântico à disposição na capital sergipana, Ian encontrou nas águas do rio um refugio para o esporte que mais ama: a natação.

O jovem faz parte da delegação de 15 nadadores de Sergipe que disputa os Jogos Escolares 207 em Curitiba – são oito meninos e sete meninas. Aluno do colégio Coesi, Ian Veiga é dos poucos atletas que treinam no rio, com foco nas provas de longa distância, tanto na natação quanto nas águas abertas.

"Comecei na natação e sempre gostei de provas longas. Foi natural o caminho para as águas abertas, onde comecei a fazer as travessias no rio em Aracaju. Gostei muito do desafio de nadar no rio e continuei praticando o esporte", disse o jovem sergipano.

Ian começou a encarar o esporte há três anos e no último vem se dedicando às travessias na Orla Pôr do Sol. "Vivo praticamente em função da natação. Amo esse esporte. Tenho como ídolos o Brandonn Almeida, de provas longas de natação, e o Alan do Carmo, das maratonas aquáticas. Também tenho admiração grande por Gregorio Paltrinieri", listou, numa referência ao nadador italiano que conquistou o ouro olímpico nos 1.500m nas Olimpíadas Rio 2016.

As provas de natação dos Jogos Escolares de Curitiba estão sendo disputadas no Clube Curitibano. Os alunos-atletas brigam por medalha até a próxima sexta-feira (15.09). Muitos dos que disputam o evento participam pela primeira vez de um campeonato com atletas de todo o país.

Vitor (E) e Ian. Um velocista, o outro especialista nas provas de fundo. Ambos em busca de chegar ao patamar de seus ídolos olímpicos. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.brVitor (E) e Ian. Um velocista, o outro especialista nas provas de fundo. Ambos em busca de chegar ao patamar de seus ídolos olímpicos. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

O estudante Vitor Alvan, de 14 anos, faz parte do grupo que pisou pela primeira vez na região Sul do país. Estudante da Escola Bom Pastor, o sergipano é um dos destaques da natação nordestina. Os primeiros contatos com o esporte foram por precaução dos pais, que tinham receio de o garoto se afogar. "Eu tinha medo de água. Já vi pessoas se afogando e isso me traumatizou. Assim, comecei a nadar para curar o trauma. Com o tempo fui treinando, ficando forte e passei a disputar competições na minha cidade. Hoje estou com chance de ficar entre os três melhores do Brasil", revelou.

Vitor vai competir nas provas de 50m e 100m borboleta. "Admiro muito o Bruno Fratus e a Etiene Medeiros. Já participei de outras competições e é sempre legal ter essa experiência e conhecer pessoas de outros estados. Quem sabe algum técnico de um clube importante goste do meu desempenho e possa me levar para outros lugares para nadar", disse.

Tayná Gois nada desde os três anos, mas não perde o foco no sonho de ser médica. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.brTayná Gois nada desde os três anos, mas não perde o foco no sonho de ser médica. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

Sonho de médica e natação por diversão

Ao contrário dos colegas sergipanos que sonham em seguir a carreira de alto rendimento, Tayná Gois Santana, de 13 anos, quer ser médica. Até chegar aos Jogos Escolares, ela já percorreu um grande caminho na natação. Teve os primeiros contatos com a modalidade aos três anos.

"Não quero levar a natação como profissão. Quero nadar para melhorar minha saúde, me divertir e conhecer pessoas. Como não tenho nenhuma obrigação além dos estudos, consigo me dedicar mais ao esporte. Agora, quando chegar no tempo do vestibular, vou me dedicar para realizar o sonho de fazer medicina. Meu desejo é ter a natação como diversão", disse.

A jovem vai encarar as provas de 100m e 200m costas, além dos 50m, 100m e 200m peito. "O meu pai me colocou na natação para não ter risco de me afogar. Lembro que comecei a gostar do esporte, passei a treinar todos os dias e até hoje não parei. Já competi várias vezes fora da minha cidade", relembra.

Para o técnico da delegação de natação de Sergipe, Antônio Santos, de 28 anos, a equipe que disputa os Jogos Escolares conta com jovens com diferentes propósitos, mas tendo o esporte como interesse comum. "A natação em Sergipe é forte na região do Norte e Nordeste. Muitos jovens estão aqui pela primeira vez. Será uma semana que ficará marcada na vida de todos", ressaltou.

De Curitiba, Breno Barros – rededoesporte.gov.br

 

Com recorde de alunos e tradição de revelar atletas olímpicos, Jogos Escolares têm início em Curitiba

Importante fonte de revelação de atletas para o país, os Jogos Escolares da Juventude têm início nesta terça-feira, em Curitiba, na etapa para alunos entre 12 e 14 anos. Com recorde de delegações, o evento reúne mais de 4 mil adolescentes para disputar a principal competição escolar do país em 13 modalidades: atletismo, badminton, basquete, ciclismo, ginástica rítmica, handebol, judô, luta olímpica, natação, tênis de mesa, vôlei, xadrez e futsal.

Emanuel, Fabiana Murer, Etiene e Tiago Camilo: ídolos olímpicos como embaixadores e referências para a nova geração. Foto: Gaspar Nobrega/Exemplus/COBEmanuel, Fabiana Murer, Etiene e Tiago Camilo: ídolos olímpicos como embaixadores e referências para a nova geração. Foto: Gaspar Nobrega/Exemplus/COB

Desde a edição de 2005, quando os Jogos passaram a ser promovidos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), o evento de Curitiba é o maior já realizado. A competição vai ser disputada por 28 delegações, que representam os 26 Estados mais o Distrito Federal e a delegação da cidade-sede. As instituições públicas respondem por grande parte das 1.401 escolas, com representantes de 475 cidades. São 501 instituições estaduais, 14 federais, 334 municipais e 552 particulares.

"É o maior evento já realizado pelo Comitê Olímpico do Brasil. Credenciamos quase 5.700 pessoas. Nós temos uma responsabilidade em relação aos jovens. Temos o apoio do Exército, junto com os governos, os patrocinadores e as confederações brasileiras que fazem com que consigamos ter esse sucesso", disse o diretor geral dos Jogos Escolares e gerente geral de juventude do COB, Edgar Hubner.

Referências

A edição na capital paranaense tem um forte time com a missão de serem embaixadores dos valores olímpicos. A equipe é formada por Fabiana Murer (atletismo), Emanuel Rego (vôlei de praia), Etiene Medeiros (natação) e o judoca Tiago Camilo.

Emanuel Rego, maior campeão da história do vôlei de praia e medalhista de ouro em Atenas-2004 e bronze Pequim-2008, espera transmitir os valores que o levaram para o alto do pódio nas principais competições do mundo. "Todos esses números que me deixam impressionado porque fui de uma geração em que o modelo dos Jogos Escolares era diferente. É um prazer ser embaixador, pois estamos aqui para celebrar e transmitir detalhes dos valores humanos, como autoestima, ética e igualdade. Eu quero como embaixador passar os exemplos para que esses pequenos atletas sejam vitoriosos, seja na carreira esportiva ou na vida", revelou.

As primeiras medalhas serão distribuídas nesta quarta-feira (13.08). Os alunos vão disputar nove modalidades: atletismo, badminton, ciclismo, judô, ginástica rítmica, luta olímpica, natação, tênis de mesa e xadrez. As modalidades coletivas serão disputadas a partir de domingo (17), com basquete, futsal, handebol e vôlei.

Primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha da natação em mundiais e recordista mundial nos 50m costas em piscina curta, Etiene Medeiros lembrou do tempo em que encarava as provas nos Jogos Escolares. "Eu competi dos 13 aos 17 anos. Neste ano fiz questão de estar aqui como embaixadora. Sei o quanto é importante para os jovens. Competi nos últimos Jogos da Juventude em 2004 e tenho certeza de que vai ser uma semana prazerosa. O evento foi importante na minha carreira e terei a oportunidade de vivenciar no outro lado, como inspiração", disse a campeã mundial.

Da delegação brasileira de 465 atletas que disputou os Jogos Olímpicos do Rio 2016, 52 deles participaram dos Jogos Escolares da Juventude. Medalhistas olímpicos como Sarah Menezes e Mayra Aguiar, o mesatenista Hugo Calderano e as velocistas do atletismo Ana Cláudia Lemos e Rosângela Santos defenderam suas escolas na competição.

Para o medalhista olímpico Tiago Camilo, prata em Sydney e bronze em Pequim, as provas escolares foram primordiais na sua carreira. "Participei dos antigos Jogos da Juventude em 1998. Foi lá que garanti a vaga para os Jogos Mundiais da Juventude que foram realizados na Rússia e conquistei o meu primeiro título mundial. Foi ali que toda a minha carreira começou no esporte. Fico feliz em participar de eventos como este, porque sei o quanto foi importante para mim o papel dos ídolos na escolha da minha vida esportiva. Sempre acreditei que o esporte deve estar unido ao estudo e educação para garantir mais oportunidades na vida", aconselhou.

A campeã mundial de salto com vara Fabiana Murer considera que o evento tem o papel de integrar e inspirar os jovens a continuarem no esporte. "É um prazer participar mais uma vez dos Jogos Escolares. No ano passado, participei da edição de 15 a 17 anos e neste ano eu quis participar dos Jogos dos estudantes mais novos. Acho importante estar presente para incentivar os jovens que estão começando. Vejo as carinhas motivadas deles e ansiosos para competir. É um prazer estar aqui para passar a minha experiência para esses jovens que um dia serão os campeões do nosso país", disse.

Os Jogos Escolares da Juventude são uma versão dos Jogos Estudantis Brasileiros (Jebs), realizados desde 1969. O evento conta com as etapas municipais e estaduais – que neste ano reuniram cerca de 40 mil alunos. O evento é organizado com recursos da Lei Agnelo/Piva - repassados pelo Ministério do Esporte. Do montante repassado, 10% é destinado ao esporte escolar, R$ 22 milhões, e 5% para o universitário.

Delegação do Acre, a primeira a chegar ao Centro de Convivência. Foto: Wander Roberto/Exemplus/COBDelegação do Acre, a primeira a chegar ao Centro de Convivência. Foto: Wander Roberto/Exemplus/COB

Impacto na cidade

Edgar Hubner ressaltou também os impactos na economia local a cada realização dos Jogos Escolares. "Estamos utilizando 28 hotéis em Curitiba, com o cálculo de 29 mil diárias de hotéis. Para se ter uma ideia, além dos atletas, temos aqui 523 técnicos, 166 dirigentes, 412 árbitros, os comitês organizadores com cerca de 100 pessoas, além de 250 voluntários e 150 pessoas de apoio. Estamos ampliando cada vez mais os Jogos Escolares. Em novembro teremos a etapa de 15 a 17 anos em Brasília, no Distrito Federal, também com as mesmas características.", explicou.

A coletiva de imprensa desta terça contou ainda com a presença do secretário de esportes do município, Marcello Richa, e do secretário de Esporte do Estado, Douglas Fabrício. O secretário estadual ressaltou os benefícios de receber o evento na cidade paranaense. "Estes Jogos para o estado representam muito pelo envolvimento de todos os municípios. A competição começa dentro da escola durante a primeira seletiva até chegar aqui. Temos a delegação do Paraná que no ano passado conquistou o título geral nesta faixa etária. Ao mesmo tempo que recebemos todos aqui no Paraná na fase final, os números da organização não deixam dúvidas, ajuda a desenvolver o estado no setor do turismo", completou Douglas Fabrício.

De Curitiba, Breno Barros – Rededoesporte.gov.br

Livro "As Pegadas dos Megaeventos" é lançado no Parque Olímpico da Barra

O Livro "As Pegadas dos Megaeventos" (Mega Events FootPrints, past, present and future, no título em inglês) foi lançado, nesta segunda-feira (11.09), no Velódromo do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. A obra é uma coletânea de textos de mais de 100 especialistas. A ideia é refletir sobre a importância dos megaeventos esportivos, com análise dos Jogos Rio 2016 e das edições anteriores das Olimpíadas (verão e inverno), além da Copa do Mundo de Futebol.

Organizados pelo professor-doutor Leonardo José Mataruna-dos-Santos e pela professora-mestre Bianca Gama Pena, os textos buscam juntar insumos para que acadêmicos, gestores e a população possam refletir sobre a relevância dos grandes eventos esportivos que chamam atenção do mundo.

Segundo Mataruna, as pegadas traduzem os primeiros impactos dos megaeventos. O legado leva mais tempo para se estabelecer. Foto: Francisco Medeiros/MESegundo Mataruna, as pegadas traduzem os primeiros impactos dos megaeventos. O legado leva mais tempo para se estabelecer. Foto: Francisco Medeiros/ME

"A obra é voltada para toda sociedade e, principalmente, para o melhor uso do futuro legado. A concepção do termo FootPrints significa os primeiros impactos e rastros deixados pelos grandes eventos nos anos iniciais após a realização. Ou seja, até cinco anos após os Jogos. A gente sabe que o legado só vai ser mensurado a partir desses cinco anos. Sei que existe uma cobrança da sociedade para ver tão logo os benefícios dos Jogos, mas só vamos conhecer ao longo dos anos", disse Mataruna.

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O lançamento contou com a presença do secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio, do presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), Paulo Márcio, e do presidente do Conselho Federal de Educação Física (Confef), Jorge Steinberg.

"Fico feliz de estar aqui no lançamento deste livro, pois quando olho atualmente para a estrutura do esporte brasileiro vejo um grande avanço. E esse crescimento se deu principalmente por causa da realização da Rio 2016. O livro dá um sinal de quais serão os reflexos da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no nosso país", disse Rogério Sampaio.

Mataruna acrescenta que o Rio 2016 largou na frente de outros países que receberam os Jogos Olímpicos. "Temos cerca de 20 possibilidades diferentes de explorar o legado. Mais do que isso, temos que explorar o impacto. Já temos um grande avanço que é a abertura do Parque Olímpico da Barra a menos de um ano após o evento, o que não acontece geralmente em outros países. Em Londres, por exemplo, o Parque Olímpico foi aberto dois anos e meio depois dos Jogos. Então, cabe agora à esfera pública dar continuidade às oportunidades para a sociedade se sentir engajada nas questões dos FootPrints".

Segundo o presidente da AGLO, Paulo Márcio, falar de legado é desafiador. "A minha primeira tarefa à frente da AGLO foi construir um plano de ocupação para que em curto espaço de tempo a população do Rio de Janeiro utilizasse o equipamento. Fico feliz, pois mostramos que a gente não só é capaz de promover grandes eventos, mas estamos conseguindo entregar um legado com uma agenda consistente de utilização dos equipamentos. Temos todos os finais de semanas até o fim de 2017 tomado por eventos, competições e atividades no Parque Olímpico", revelou.

Museu Nacional

No caminho de tornar o legado sólido para a sociedade, Paulo Márcio anunciou que o Museu Nacional do Esporte será instalado dentro do Velódromo do Parque Olímpico da Barra. O projeto conta com acervo que relembra a história dos Jogos Olímpicos e de grandes nomes da história do esporte nacional. "Vamos trazer o Museu Nacional do Esporte em parceria com o professor Roberto Gesta e Lamartine da Costa . Em breve teremos aqui um acervo inestimável", revelou.

Paulo Márcio adianta que para 2018 diversos eventos estão agendados e campeonatos internacionais em negociação. "A gente aprende a cada dia como fazer um legado funcionar. Teremos agora em outubro os Jogos Universitários que serão realizados nas Arenas 1 e 2 e os Jogos Eletrônicos, que serão disputados durante o Rock in Rio nas mesmas arenas. Temos também o Esporte e Cidadania para Todos, projeto social do Ministério do Esporte, que só no Parque Olímpico atende 450 crianças, que praticam atividades em 12 modalidades esportivas. Todas as crianças de escolas públicas podem aproveitar essa realidade aqui".

Breno Barros – Ministério do Esporte

 

Ministro do Esporte parabeniza Andrew Parsons por eleição no Comitê Paralímpico Internacional

É com muita satisfação que recebo a notícia da eleição de Andrews Parsons, ex-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, como presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). A vitória do carioca na assembleia geral da entidade simboliza o reconhecimento do trabalho realizado à frente do movimento paralímpico brasileiro. Parsons foi um dos responsáveis por tornar a gestão do CPB profissional e eficiente, o que contribuiu para que o Brasil se tornasse uma potência paralímpica mundial. Parabenizo-o pela eleição com a certeza de que ele terá sucesso na missão de tornar o esporte adaptado cada vez mais inclusivo em todo o mundo, assim como está acontecendo no Brasil.
 
Ministro do Esporte, Leonardo Picciani.
 
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