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Enriquecimento cultural e medalhas na bagagem: o balanço da participação do Brasil nos Jogos da CPLP

Mais que medalhas, uma competição de desporto escolar rende intercâmbio cultural e amizades aos participantes. E foi este o espírito da 11ª edição dos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizados de 21 a 28 de julho em São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe. Os oito pódios alcançados pelos jovens atletas brasileiros ficarão na memória de cada um deles, além do convívio com pessoas das outras oito nações que compartilham o idioma: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e os anfitriões são-tomenses.

Equipes de basquete 3x3, atletismo, vôlei de praia e futebol: medalhas em todas as modalidades. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brEquipes de basquete 3x3, atletismo, vôlei de praia e futebol: medalhas em todas as modalidades. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

A Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) enviou uma delegação de 29 atletas sub-17, divididos em atletismo (3), basquete 3x3 (4), futebol (18) e vôlei de praia (4). O Brasil conquistou medalhas em todas as modalidades que disputou. A equipe de taekwondo não conseguiu chegar a São Tomé devido à série de cancelamentos de voos em São Paulo na semana anterior à competição. No quadro final de medalhas, Portugal ficou à frente.

Como forma de colaborar com a organização - trata-se do primeiro evento multiesportivo internacional realizado no país -, o Brasil doou para São Tomé e Príncipe kits com equipamento para montagem de quadras de vôlei de praia, com fitas para demarcar o campo, redes, antenas, bolas e placares.

Flávio Azevedo, árbitro de vôlei de praia no Rio de Janeiro, viajou a São Tomé a convite da CBDE para compartilhar sua experiência com a ainda incipiente federação local. "Ficamos com o tempo curto para fazer aulas teóricas e práticas, mas passamos todas as informações durante os dias de competições. Os são-tomenses estavam muito atentos a tudo que ensinamos. Eles trabalharam bem durante os jogos, não erraram as marcações. O que faltou, por conta da inexperiência, foi postura, especialmente aos juízes de linha", explicou Azevedo. "A viagem foi muito proveitosa para todos os lados. No fim, estabelecemos uma rede de contatos para que eu possa compartilhar informações com eles após o fim dos jogos", acrescentou o árbitro.

Como as entidades esportivas ainda engatinham em São Tomé e Príncipe - um país cuja independência de Portugal se deu em 1975 -, a missão brasileira também proferiu palestras sobre organização de eventos escolares e sobre dopagem para os responsáveis pelas delegações nacionais e técnicos de futebol. O chefe de missão do Brasil em São Tomé e presidente da Federação Cearense de Desporto Escolar Átila Bessa explicou o funcionamento do sistema CBDE e o formato de competições e seleção de atletas. "O contato com todos esses países enriquece os dois lados, pois todos participam desse intercâmbio. Pudemos falar um pouco sobre nosso modelo de trabalho e como o desporto escolar se desenvolve no Brasil", explicou Bessa.

O médico da CBDE, José Roberto Barros, falou para os delegados dos países da CPLP sobre a origem, o controle, a prevenção e as complicações do uso de drogas ilícitas no esporte. "Um atleta escolar hoje pode ser um atleta olímpico amanhã. A orientação que nós fazemos é direcionada à formação de pessoas, que futuramente estarão no esporte de alto rendimento", ressaltou Barros. 

Mesmo antes da realização do evento, a cooperação brasileira no país mostra a importância da prática de atividade física para o desenvolvimento de mais de geração de crianças e jovens. Um projeto brasileiro iniciado em 2010 para treinamento de professores de capoeira e incentivo à modalidade mudou a vida de centenas deles. Hoje, a capoeira de São Tomé e Príncipe conta com organização formal em uma federação e dezenas de academias. O número de adeptos da expressão cultural brasileira que teve seu embrião vindo da África só perde para os aficionados por futebol.

O Brasil doou equipamentos de vôlei de praia para fomentar a modalidade nas ilhas. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brO Brasil doou equipamentos de vôlei de praia para fomentar a modalidade nas ilhas. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Leia também: 

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» Jovem atleta do vôlei de praia ganha ouro e homenageia irmão gêmeo que está na UTI

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Confira como foi a participação dos brasileiros nos Jogos da CPLP

Atletismo

Com apenas três atletas, a delegação de atletismo conseguiu quatro medalhas. A paulista Vitória Jardim ficou com o ouro nas provas de 100m e 200m. Igor Clemente, do Rio Grande do Norte, levou a prata nos 200m. E a catarinense Larissa Lucio chegou em terceiro nos 800m. Além da viagem para a competição, o trio aproveitou o intercâmbio cultural e ainda teve a oportunidade de conhecer uma lenda do atletismo mundial: o angolano João Ntyamba, único atleta masculino a participar de seis edições de Jogos Olímpicos no atletismo, esteve em São Tomé e Príncipe para acompanhar de perto a nova geração de atletas de seu país. Como fez carreira no Brasil - especialmente em Belo Horizonte, onde competiu pelo Cruzeiro -, João fez questão de se aproximar da delegação e se enturmar com todos os brasileiros e contar histórias sobre seus amigos Joaquim Cruz, Zequinha Barbosa, Vanderlei Cordeiro de Lima e outros ídolos do atletismo brasileiro com quem conviveu.

Ntyamba (ao centro), os jovens atletas brasileiros e a treinadora Ana Fidelis: oportunidade de conhecer uma lenda do atletismo mundial. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brNtyamba (ao centro), os jovens atletas brasileiros e a treinadora Ana Fidelis: oportunidade de conhecer uma lenda do atletismo mundial. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Basquete 3x3

No basquete 3x3, o Brasil ficou com a medalha de prata. Na final, Brendha Leise, Maria Eduarda Maciel, Anna Julia Gonçalves e Lavínia Macedo, estudantes do 1o ano do Ensino Médio em Foz de Iguaçu (PR), perderam para Angola em uma partida muito apertada. "Devido à dificuldade de se encontrar passagens para vir até São Tomé, só pudemos chegar no dia anterior ao primeiro dia competições. Foi uma viagem muito cansativa, com escalas longas. E logo de cara, elas tiveram que fazer quatro jogos em um dia só. Elas mostraram evolução e se superaram no segundo dia", explicou Cláudio Lisboa, treinador da equipe. Na primeira fase, quando todos os países se enfrentaram, o Brasil ficou em terceiro (com derrotas para Angola e Portugal e vitórias sobre Cabo Verde e São Tomé e Príncipe). Na semifinal, as meninas enfrentaram novamente Portugal e, mais descansadas, levaram a melhor.

Além de garantirem uma medalha na primeira competição internacional que participam, o quarteto curtiu a experiência de convívio com pessoas tão diversas. "Cada país tem uma cultura diferente. Foi muito interessante conversar com tanta gente de países que não conhecemos e que falam a nossa língua, mesmo que de uma maneira diferente. Todo mundo se entendeu bem", disse Brendha Leise, 16 anos, que sonha em ser pivô de basquete profissional. "São Tomé e Príncipe tem praias lindas - e nós conhecemos a praia da Lagoa Azul e adoramos. O povo daqui está sempre disposto a ajudar todo mundo e, mesmo com uma realidade mais difícil, estão sempre sorrindo", acrescentou Brendha.

Claudio, Brenda, Maria Eduarda, Anna Júlia e Lavínia: de Foz do Iguaçu para a África. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brClaudio, Brenda, Maria Eduarda, Anna Júlia e Lavínia: de Foz do Iguaçu para a África. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Futebol

No futebol, o Brasil conquistou a medalha de bronze ao bater os portugueses na disputa pelo terceiro lugar. Na primeira fase, os brasileiros ficaram em segundo no grupo B, com uma derrota (para Cabo Verde), um empate (com Moçambique) e uma vitória (diante do Timor-Leste). Como o regulamento não previa disputa de semifinais, os líderes dos grupos se enfrentaram pelo ouro (com Angola derrotando Cabo Verde) e os segundos colocados jogaram pelo bronze.

O lugar ao pódio só foi resolvido nos pênaltis, após um empate de 1 x 1. O goleiro Marcos Paulo defendeu uma cobrança e um atleta português chutou por cima do travessão - todos os brasileiros acertaram seus chutes.

O time é formado por atletas de até 16 anos da Associação Desportiva Confiança, de Aracaju. "Foi nossa primeira viagem internacional. Muitos do time mal tinha saído de Sergipe. Gostamos muito de conhecer um novo país e um novo continente. O melhor de tudo foi ter essas descobertas ao mesmo tempo que fazemos o que mais gostamos, que é jogar futebol", disse o zagueiro Gustavo Soares, 16 anos, capitão da equipe. "Sobre a competição, posso dizer que começamos mal, ao perdermos para Cabo Verde. Estávamos cansados da viagem, pois só chegamos no dia anterior e o jogo foi de manhã. Também ficamos um pouco nervosos. Depois, todo mundo melhorou e conseguimos jogar melhor. Hoje, contra Portugal, poderíamos ter ganhado no tempo normal", acrescentou o jovem.

O primeiro tempo da partida foi tenso, com entradas ríspidas dos dois times. "Todo mundo queria ganhar essa medalha e o jogo ficou mais pegado. Aqui fora do campo, somos amigos. O convívio com todos os países foi ótimo lá no alojamento", contou Gustavo. As delegações dos noves países ficaram alojadas no Liceu Nacional, uma das poucas escolas de ensino médio da capital do país africano. O local foi reformado com orçamento destinado para tal fim pelo governo de Portugal para a CPLP.

Brasil e Portugal decidiram o bronze no futebol. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brBrasil e Portugal decidiram o bronze no futebol. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Vôlei de praia

Os dois ouros da modalidade estão na bagagem do Brasil - e foram conquistados sem uma derrota sequer. No feminino, as cariocas Maria Clara Carvalhaes e Letícia Holanda derrotaram a dupla portuguesa na final. No masculino, Isac Adolfo e Federico Mieszkowski, de João Pessoa, protagonizaram um momento emocionante ao vencerem os angolanos na final. Eles fizeram questão de levar à cerimônia das medalhas a camisa de Ismael Adolfo, irmão gêmeo e campeão mundial escolar ao lado de Isac, que encontra-se internado na UTI em tratamento para encefalite autoimune.

Campões mundiais escolares, os brasileiros confirmaram o favoritismo e saíram invictos dos Jogos da CPLP. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brCampões mundiais escolares, os brasileiros confirmaram o favoritismo e saíram invictos dos Jogos da CPLP. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

 

 

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Mais sobre São Tomé e Príncipe

As ilhas de São Tomé e Príncipe foram descobertas, ainda desabitadas, por navegadores portugueses em 1470. Localizado no Golfo da Guiné, na costa oeste da África sub-saariana, é formado por duas ilhas principais (Ilha de São Tomé e Ilha do Príncipe) e ilhotas, com população de pouco mais de 200 mil habitantes. Está próximo às costas do Gabão, Guiné Equatorial, Camarões e Nigéria. A linha do Equador passa em seu território: há um marco no Ilhéu das Rolas, um local de praias paradisíacas. 

Do século XV à década de 1970, foi uma colônia portuguesa. A independência ocorreu em 12 de julho de 1975. As principais atividades econômicas estão ligadas à agricultura e à pesca. Embora com um potencial turístico evidenciado por praias de águas cristalinas e temperatura agradável, o país ainda carece de infraestrutura para aumentar a quantidade de visitantes.

Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.brFotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

 

Abelardo Mendes Jr, de São Tomé, em São Tomé e Príncipe - rededoesporte.gov.br

 

CPB apresenta planejamento estratégico para Tóquio 2020 e Paris 2024 e assina acordo de parceria com a cidade japonesa de Hamamatsu

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) apresentou, nesta quinta-feira, em um evento realizado no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, seu planejamento estratégico para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e de Paris 2024. A cerimônia também marcou a assinatura de um termo de parceria entre a entidade e a cidade de Hamamatsu, que será a casa da delegação brasileira durante o período de aclimatação dos atletas para as Paralimpíadas no Japão.

O termo foi assinado pelo presidente do CPB, Mizael Conrado, e pelo prefeito de Hamamatsu, Yasumoto Suzuki. O governador de São Paulo, Márcio França, foi representado por Linamara Rizzo Battistella, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

Localizada a 260 quilômetros ao sul de Tóquio, Hamamatsu, que também será uma das sedes do país para parte da delegação dos Jogos Olímpicos, abriga a maior colônia brasileira no Japão, motivo considerado como um dos principais no interesse de receber a delegação paralímpica do Brasil.

“Hoje, temos essa oportunidade de celebrar a parceria entre o CPB e a cidade de Hamamatsu. O presidente Mizael tem se esforçou muito para que isso se tornasse realidade e agradecemos a ele e a toda a diretoria do CPB”, afirmou o prefeito Yasumoto Suzuki. “O Japão está se preparando para 2020 e o governo japonês pensou em um sistema em que a cidade não só recebe a delegação de um país, mas procura aprofundar o relacionamento com aquele país. A cidade de Hamamatsu terá a honra de receber a delegação brasileira e nós nos sentimos muito felizes e orgulhosos por isso”, prosseguiu o prefeito.

Top 10

Oitavo colocado no quadro geral de medalhas durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, com 72 medalhas, o Brasil tem como meta se manter entre os top 10 tanto em Tóquio quanto em Paris. Para isso, o CPB projeta que os atletas conquistem entre 60 e 75 medalhas em Tóquio 2020 e entre 70 e 90 em Paris 2024.

“A elaboração do planejamento estratégico 2017-2024 é um marco para o Comitê Paralímpico Brasileiro e deixa claro o compromisso que temos de estabelecer um caminho bem definido para alcançarmos as metas nele definidas”, declarou Mizael Conrado. “O objetivo é consolidar o Brasil como uma das dez potências do mundo paralímpico e que ele nunca mais saia desse posto”, continuou o dirigente, que entregou o planejamento estratégico a Simone Rocha Camargo, presidente do Conselho de Atletas do CPB.

“É com muita alegria e com muita esperança que eu recebo esse planejamento estratégico. O que eu posso desejar a esse Comitê é que tudo o que está aqui se concretize e que nosso país possa se tornar um lugar melhor para as pessoas com deficiência”, agradeceu Simone.

Participação feminina e capacitação

O planejamento estratégico do CPB também prevê uma participação cada vez maior das mulheres nas delegações brasileiras e, para isso, foram criados indicadores. O planejamento projeta que, nos Jogos Para-Panamericamos de Santiago 2023, 38% da delegação seja formada por mulheres.

Mizael ainda falou sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência na força de trabalho e destacou os esforços que o CPB tem feito no sentido da capacitação profissional dos atletas para que eles tenham uma carreira após encerrarem suas trilhas no esporte de alto rendimento.

“O plano inicial era ter até 2021 30% de todos os funcionários com alguma deficiência fazendo parte do quadro do CPB. Hoje já temos mais de 50% do quadro com pessoas com deficiência e esperamos que isso possa ser um exemplo para as empresas incluírem as pessoas com deficiências em seu quadro”, afirmou Mizael. Ele revelou ainda que o CPB vai lançar em breve um edital que vai garantir 300 bolsas de estudos no ensino superior para os atletas ligados ao CPB e às confederações.

Em outra frente no esforço de inclusão das pessoas com deficiência, o CPB tem com objetivo capacitar, até 2020, ao menos 2.500 profissionais que vão atuar em diferentes segmentos no esporte voltado para crianças, jovens e adultos com deficiência. A meta principal é capacitar 100 mil professores de educação física da rede de ensino para trabalhar com pessoas com deficiência.

“Sabemos que o esporte é uma das principais ferramentas da inclusão das pessoas na sociedade. Pretendemos capacitar, até 2025, 100 mil professores da rede pública, pensando na inclusão das pessoas com deficiência”, encerrou Mizael Conrado.

De São Paulo – Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte

Pan Universitário segue até domingo com atletas de 13 países, em nove modalidades

O Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo é o palco da primeira edição do FISU America Games. A competição pan-americana, voltada para o esporte universitário, teve início no dia 19 e segue até o próximo domingo (29.07), com a participação de 13 países do continente.

Durante o evento, os atletas representam suas instituições de ensino e seus países. Além do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Chile, Colômbia, Argentina, Costa Rica, Venezuela, Peru, Paraguai, Honduras, México e Uruguai participam. Ao todo, as delegações somam cerca de 1.500 pessoas, entre atletas e comissão técnica, para a disputa de atletismo, basquete, futebol, futsal, vôlei, judô, natação, tênis e tênis de mesa.

Delegação brasileira na cerimônia de abertura da competição. Foto: CBDU/DivulgaçãoDelegação brasileira na cerimônia de abertura da competição. Foto: CBDU/DivulgaçãoA competição também tem a participação de atletas paralímpicos universitários. Entre os brasileiros, são 129 alunos-atletas nas modalidades adaptadas de tênis de mesa, atletismo e natação. Um dos destaques ficou por conta de Ádria Santos, maior medalhista paralímpica do Brasil, com 13 medalhas em seis edições dos Jogos Paralímpicos. A velocista começou a cursar educação física no ano passado e resolveu disputar o torneio universitário.

"Depois que encerrei carreira, estava só fazendo corrida de rua para manter o físico. Resolvi participar do regional em Santa Catarina, isso me motivou a voltar a treinar e consegui a vaga para estar aqui", conta a atleta, que perdeu totalmente a visão em 1994. Ádria, agora competindo em novas categorias, deixa o FISU America Games com duas medalhas de ouro, no lançamento de disco e nos 1.500 metros. O Brasil também já conquistou medalhas em outras modalidades em São Paulo, como no judô e no tênis de mesa.

O torneio é uma realização da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) e da Federação Internacional do Esporte Universitário (FISU) América, além da Federação Universitária Paulista de Esportes (FUPE). "Para o Brasil e para a CBDU, é uma honra sediar o primeiro Pan-Americano Universitário. A CBDU tem tido a satisfação de ser pioneira em alguns eventos do calendário internacional do esporte universitário, como o Mundial de Futsal e o Beach Games Internacional, duas modalidades que começaram no Brasil e depois ganharam o cenário internacional. E agora temos mais uma vez a oportunidade de sediar os primeiros Jogos Universitários Pan-Americanos", afirmou o presidente da CBDU, Luciano Cabral.

Rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) 

 

Corrida para uma vida melhor: experiência em outro país ajuda na formação de novos talentos do atletismo

Três brasileiros, quatro pódios nos Jogos da CPLP: Igor, a técnica Ana Fidelis, Vitória e Larissa em São Tomé. Foto; Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.brTrês brasileiros, quatro pódios nos Jogos da CPLP: Igor, a técnica Ana Fidelis, Vitória e Larissa em São Tomé. Foto; Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Sol, suor, esforço e dificuldades são parte da rotina de um promissor velocista potiguar de apenas 16 anos. Não foi diferente na primeira viagem de Igor Clemente para fora do país para representar o Brasil em um evento esportivo. Sob calor e vento forte na África, o jovem não esmoreceu ao ser desclassificado no momento da largada de sua primeira prova nos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O evento está sendo disputado na cidade de São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, nação insular no Golfo da Guiné, na costa oeste da África. As competições tiveram início em 21 de julho e seguem até o dia 28, com disputas em cinco modalidades de desporto escolar (sub-17): atletismo, basquete 3x3, futebol, taekwondo e vôlei de praia. Os três estudantes brasileiros que estiveram na competição obtiveram quatro medalhas.

Na bateria classificatória dos 100m, estreia do atleta em pistas fora do Brasil, uma inusitada situação o deixou sem ação. "Nas competições que já disputei antes, o juiz que dá início fala: 'aos seus lugares', depois de todos na posição, ele fala 'prontos' e dá um tempinho para respirarmos e puxarmos o ar antes de disparar", explicou. Em São Tomé, o tiro da pistola veio imediatamente após o primeiro aviso. "Foi 'prontos' e pá! Eu estava ainda ajustando uma das mãos e não larguei".

A decepção durou pouco, mas retornou em seguida. A organização permitiu que ele participasse da segunda bateria e ele venceu a eliminatória e garantiu a vaga na final. Horas depois, minutos antes da corrida pelas medalhas, um dos países participantes entrou com recurso e, após discussões, mudou-se o entendimento e Igor viu-se novamente eliminado. "Sabe, não foi bom, mas pelo menos aprendi a ficar mais atento e ganhei uma experiência a mais", contou.

No dia seguinte, correu os 200m sem enfrentar o mesmo problema. Chegou com folga na primeira colocação de sua bateria. No entanto, o vento forte o atrapalhou na final e não conseguiu chegar na frente de um atleta de Cabo Verde. "Uma medalha de prata na primeira competição internacional é bom demais!", comemorou.

A maturidade e desenvoltura no jeito de falar e a maneira como explica sua realidade são equivalentes à velocidade que Igor alcança na pista. Ele conta que, na infância, não sonhava em ser velocista. A paixão era o futebol. Aos 13 anos, durante as aulas e partidas de futsal, o professor de educação física notou que o menino conseguia sair do ataque para a defesa em velocidade bastante superior à dos companheiros de time. "E, no contra-ataque, eu chegava lá na frente de novo para receber a bola antes dos meninos do time adversário conseguirem voltar", brinca.

Igor Clemente (D) durante as provas do atletismo nos Jogos da CPLP. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.brIgor Clemente (D) durante as provas do atletismo nos Jogos da CPLP. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Daí em diante, a busca por chegar na frente passou a ser diária. "O professor me levou para correr na praia. Eu gostava, mas era um tipo de piso muito pesado. Até que um dia fui a uma pista de atletismo. Foi um dos maiores prazeres da minha vida", contou o estudante da Escola Estadual Anísio Teixeira, em Natal.

Igor enxerga longe e vê o esporte além de um projeto pessoal. "O sonho da minha vida é ajudar minha família a ter condições financeiras melhores. Quero fazer de tudo para ser um atleta de alto nível e conseguir melhorar a vida da minha mãe, que é faxineira".

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 tiveram impacto positivo na vida do garoto. "Quando assisti aos Jogos do Rio pela televisão, fiquei muito mais entusiasmado e empolgado para participar de uma Olimpíada. Ver o Usain Bolt fazer o que fez, e ainda por cima no meu país, foi incrível. Quero estar lá um dia".

Antes disso, porém, a realidade é de duas horas diárias de ônibus na ida e vinda de casa, no bairro Rocas, para os treinos na pista da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. "Ainda bem que tenho apoio de uma bolsa para treinar. Pago a condução e consigo guardar para passagens e competições".

» Confira galeria de fotos dos Jogos da CPLP

Ele diz que o esforço compensa, até mesmo em termos sociais. "Como estudo de manhã, tenho certeza que estou usando bem o meu tempo ao treinar à tarde. Eu moro em uma favela e correria o risco de entrar para alguma facção ou para um mundo mais violento. O esporte me ajuda nisso também".

Mesmo tão jovem, ele já serve de exemplo para outros meninos da vizinhança. "Alguns garotos de lá me falaram que me veem como inspiração. Eles falam: 'Poxa, nunca pensei que um adolescente da minha idade poderia viajar para a África e representar o país em uma competição'. E tenho orgulho disso".

Ao fim da conversa com a reportagem da rededoesporte.gov.br, Igor pediu para falar uma frase, que diz ser sua inspiração. "Deus me deu um dom de correr. E eu quero correr para uma vida melhor".

Vitória Jardim foi ouro nos 100m e 200m nos Jogos da CPLP. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.brVitória Jardim foi ouro nos 100m e 200m nos Jogos da CPLP. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Mais medalhas

As outras duas integrantes da delegação do atletismo do Brasil nos Jogos da CPLP tiveram muito o que comemorar. Vitória Jardim, de 16 anos, levará duas medalhas de ouro na mochila. Ela venceu os 100m e os 200m. Larissa Lúcio, de 15 anos, foi bronze nos 800m.

"A seleção dos estudantes foi feita pelo ranking da idade deles na Confederação Brasileira de Atletismo", explicou a treinadora Ana Fidelis, responsável pelo trio. "Aqui em São Tomé não tivemos uma competição com nível muito alto, mas os meninos aprenderam muito. De início, a viagem foi longa. Quase 20 horas até chegar aqui e o fuso horário aumenta o cansaço. Tiveram que superar isso também", afirmou.

No passaporte, a catarinense de Nova Veneza Larissa já tem os carimbos de Marrocos, onde disputou a Gymnasiade, e da França, onde esteve no Mundial Escolar. Em São Tomé, obteve seu melhor tempo (2min17s90), mesmo depois de uma viagem longa e apenas um dia para descanso antes de competir.

A experiência com tantos estudantes de países que falam a mesma língua é inédita. "Aqui todos nós podemos conversar facilmente e está sendo interessante. É bom também fazer amizade com o pessoal das outras modalidades, tanto do Brasil quanto de outros países. No alojamento, sempre ficamos conversando e trocando experiências", contou Larissa.

Experiências que, para a paulista Vitória Jardim, vão além do cultural. Passam também, pela curiosidade em conhecer a gastronomia dos lugares por onde viaja. "Em competições, já estive no Paraguai, no Marrocos e no Equador. Como após minha vida de atleta eu quero seguir uma carreira na gastronomia, aproveito para conhecer novas culturas, maneiras diferentes de se conviver e respeitar os outros e, claro, fico de olho em quais ingredientes usam nas comidas dos locais e quais são os sabores. É uma experiência dupla".

Em São Tomé, a simpatia dos moradores é o que mais impressionou Vitória. "Todos são prestativos, sempre estão com um sorriso no rosto. Querem te ajudar em tudo e a gente percebe que é de coração, sem pedirem nada em troca", finalizou.

Jogos da CPLP

Os noves países lusófonos enviaram delegações sub-17 para a 11ª edição dos Jogos da CPLP. Além dos anfitriões de São Tomé e Príncipe, estudantes de Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e Timor-Leste participam das competições. Em 2020, o evento será realizado em Díli, capital do Timor-Leste.

De São Tomé, em São Tomé e Príncipe, Abelardo Mendes Jr. - rededoesporte.gov.br

 

Reunidos em São Tomé e Príncipe, ministros de Esporte das nações lusófonas confirmam Timor-Leste como sede dos Jogos da CPLP em 2020

Representantes dos governos dos nove integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estiveram reunidos em São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, na quinta (20.07) e na sexta-feira (21.07) para a XI Conferência de Ministros da Juventude e do Desporto. O encontro na ilha da África Ocidental teve como principais objetivos expandir os programas multilaterais de cooperação, fortalecer a união das nações lusófonas e buscar propostas para resoluções de problemas enfrentados pelos jovens nas áreas de educação, emprego, empreendedorismo, integração social e participação política.

 

Foto: Abelardo Mendes Jr/MEFoto: Abelardo Mendes Jr/ME

Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste assinaram um documento final que traz resoluções como as seguintes:

- Declaração de 2019 como Ano da CPLP para a Juventude;

- Confirmacão de Timor Leste, na Ásia, como país-sede da 12a edição dos Jogos Desportivos da CPLP, em 2020;

- Confirmação de Angola como país-sede da IX Bienal de Jovens Criadores da CPLP, em 2019;

- Reforço às conclusões da XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada esta semana na Ilha do Sal, em Cabo Verde, relativas à importância da mobilidade e circulação - com mecanismos facilitadores para a população jovem - no espaço da Comunidade, enquanto instrumento para o melhor conhecimento mútuo dos países e da progressiva construção de uma cidadania lusófona;

- Apoio da Conferência de Ministros a Portugal diante da organização dos Jogos Mundiais do Desporto para Todos, em Lisboa, em 2020;

- Passagem da presidência da Conferência do ministro da Educação de Portugal, Tiago Brandão Rodrigues, para o ministro da Juventude e Desportos de São Tomé e Príncipe, Marcelino Leal Sanches.

"Agradeço a cada um de nós presentes aqui nesta reunião, e também ao conjunto de pessoas que trabalharam durante os últimos anos para o desenvolvimento do desporto e em prol dos Jogos da CPLP, a serem realizados nos próximos dias aqui em São Tomé. Felicito São Tomé e Príncipe e hoje podemos confirmar que o país é, sim, capaz de realizar eventos esportivos. As dificuldades e barreiras eram muitas, mas estamos mostrando que é possível. Agora precisamos usufruir desses Jogos", afirmou o ministro português Tiago Brandão Rodrigues.

Marcelino Sanches destacou que seu país trabalhará com afinco nos próximos anos. "Com determinação de sempre, estou certo que São Tomé e Príncipe ajudará a encontrar boas soluções para superar os obstáculos. Sobre os Jogos da CPLP, posso dizer que verdadeiramente o que importa é o convívio entre a juventude. Esta festa desportiva da lusofonia celebra o fortalecimento de amizade e solidariedade entre a juventude dos estados-membros", afirmou o ministro são-tomense.

"Estamos há dois anos neste debate e vimos o esforço de São Tomé e Príncipe. A solidariedade entre os países foi uma das maneiras encontradas para superar as barreiras citadas pelo ministro português. E todos nós estamos contentes por participarmos com nossas delegações dos Jogos da CPLP, que pela primeira vez estão sendo realizados em São Tomé. Sozinhos talvez sejamos fracos, mas juntos certamentes somos fortes", afirmou Leandro Cruz, ministro do Esporte do Brasil.

Jogos da CPLP

 

São Tomé também recebe a 11ª edição dos Jogos Desportivos da CPLP, com atletas sub-17 dos nove países em disputas de cinco modalidades: vôlei de praia, atletismo, futebol, basquete 3x3 e taekwondo - sendo que também haverá provas paralímpicas de atletismo. Neste sábado, a partir de 18h (14h de Brasília) será realizada a cerimônia de abertura do evento. O Brasil participará das competições de atletismo, futebol, vôlei de praia e basquete 3x3.

» Acompanhe a cobertura dos Jogos da CPLP na rededoesporte.gov.br

Abelardo Mendes Jr, de São Tomé
Ministério do Esporte 

CT Paralímpico recebe primeira edição do Pan e Parapan-Americano Universitários

Pela primeira vez, as Américas do Norte, Central e do Sul estarão reunidas em uma competição esportiva universitária. O Pan e Parapan-Americano Universitário começam nesta sexta-feira (20.09) e vão até o dia 29 julho, em São Paulo. O evento será disputado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro e no Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo.

Além de representar seus países e suas instituições de ensino, os atletas terão a oportunidade de viver uma experiência única de intercâmbio cultural durante os jogos. Na capital paulista, o evento reúne 1.500 membros de delegações de 13 países: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Chile, Colômbia, Argentina, Costa Rica, Venezuela, Peru, Paraguai, Honduras, México e Uruguai.

Os estudantes irão disputar no atletismo, basquete, futebol, futsal, vôlei, judô, natação, tênis e tênis de mesa. As provas paralímpicas acontecerão simultaneamente, com a participação de 129 atletas, no tênis de mesa, atletismo e natação adaptados.

"É uma honra para o Brasil sediar o primeiro pan-americano universitário. A CBDU tem tido a satisfação de ser pioneira em alguns eventos do calendário internacional do esporte universitário, como o Mundial de Futsal e o Beach Games Internacional, que foram duas modalidades que começaram no Brasil e depois ganharam o cenário internacional. Temos mais uma vez a oportunidade de sediar os primeiros Jogos Universitários Pan-Americanos. Estamos nos organizando, nos preparando para receber todos os países filiados à FISU América e realizarmos uma edição inesquecível", Luciano Cabral, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU).

Fonte: CBDU
 

Ministros do Esporte dos países de língua portuguesa se reúnem em São Tomé e Príncipe

Representantes governamentais dos membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) se reúnem nesta sexta-feira (20.07), em São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, na costa ocidental da África, para a Conferência de Ministros da Juventude e Desporto da CPLP.

Na pauta dos principais assuntos estão: cooperações esportivas entre os países; conclusões do Fórum Juventude da CPLP e Ibero-América e plano de ação conjunto com o Organismo Internacional de Juventude para a Ibero-América (OIJ); aprovação do Plano de Ação do Desporto 2018-2020; apresentação da Proposta dos Regulamentos dos Jogos de Disciplina e do Caderno de Encargos dos Jogos Desportivos da CPLP.

A Comissão de Desporto se reuniu nesta quinta para finalizar a pauta do encontro de ministros. Foto: Abelardo Mendes Jr/MEA Comissão de Desporto se reuniu nesta quinta para finalizar a pauta do encontro de ministros. Foto: Abelardo Mendes Jr/ME

Os ministros, secretários e diretores discutirão também questões ligadas à ação conjunta na luta contra a dopagem nos países-membros e, em parceria com o Conselho da Europa, estudarão medidas para a promoção da ética e do fair-play no esporte, além do combate à combinação de resultados em competições.

As reuniões e debates seguem até sábado. O Brasil é representado pelo ministro do Esporte, Leandro Cruz, e pelo diretor do Departamento de Acompanhamento e de Políticas e Programas Intersetoriais de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Rafael Azevedo.

A conferência antecede a 11ª edição dos Jogos Desportivos da CPLP, com início marcado para sábado (21.07). Serão disputadas cinco modalidades com jovens atletas estudantis: vôlei de praia, atletismo, futebol, basquete 3x3 e taekwondo - sendo que também haverá disputas paralímpicas de atletismo.

 

» Mais informações sobre os Jogos da CPLP

» Confira a página da Conferência de Ministros da Juventude e Desporto da CPLP no Facebook
 

Língua como união

Criada em 1996, a CPLP é integrada por nove países: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Na terça e quarta (17 e 18), a Ilha do Sal, em Cabo Verde, recebeu a 12ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Na ocasião, o Brasil transmitiu a presidência rotativa da comunidade para Cabo Verde. O comando da CPLP é rotativo.

A presidência do Brasil na CPLP começou em novembro de 2016, com o tema "A CPLP e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável". Houve 13 reuniões ministeriais no Brasil, além de encontros de técnicos e autoridades nas áreas de saúde, educação, cultura, governo digital e meio ambiente.

De São Tomé, Abelardo Mendes Jr

 

Hortência é a sucessora de Zico na presidência da Comissão Nacional de Atletas

Foto: Marco SennaFoto: Marco Senna
 
A 18ª reunião da Comissão Nacional de Atletas (CNA), realizada nesta terça-feira (17.07) no Parque Olímpico da Barra, marcou a despedida de Arthur Antunes Coimbra, o Zico, como seu presidente. De partida para o Japão, onde vai trabalhar novamente no Kashima Antlers - clube no qual atuou ao longo de mais de 10 anos -, ele anunciou a saída, por conta do compromisso profissional, e agradeceu a todos pela colaboração e empenho enquanto esteve à frente da CNA. Uma eleição foi feita, e a ex-jogadora de basquete Hortência acabou sendo eleita a nova presidente da comissão, tendo como vice Virgílio Filho, do triatlo.
 
Antes de passar o bastão a Hortência, Zico fez um breve discurso de despedida: “Foi uma honra e um privilégio poder ter trabalhado ao lado de todos vocês. Conseguimos grandes conquistas e tenho a certeza de que darão sequência a essa importante missão da CNA”. Ele deixa a presidência, mas seguirá como membro da comissão.
 
Surpresos por terem sido escolhidos, após indicação do então vice-presidente da comissão, Lars Grael - acatada por todos os participantes do encontro -, Hortência e Virgílio se mostraram dispostos a arregaçar as mangas e dar continuidade ao trabalho da CNA.
 
“É uma grande responsabilidade, mas vamos tocar o trabalho com a ajuda de todos os companheiros”, comentou Hortência. A dupla já assumiu com novas ideias. Enquanto Virgílio sugeriu criar uma ouvidoria para ser um canal direto com atletas e ex-atletas, Hortência deseja colocar a comissão nas redes sociais para dar visibilidade às ações.
 
Outra decisão foi manter Lars Grael (ex-velejador) e Luísa Parente (ex-ginasta) como os representantes da CNA no Conselho Nacional do Esporte (CNE).
 
Marco Senna, do Rio de Janeiro

CNA apoia a decisão de revisar a Medida Provisória 841

Foto: Marco Senna/MEFoto: Marco Senna/ME
 
Reunida nesta terça-feira (17.07) no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, a Comissão Nacional de Atletas (CNA) comemorou a decisão do governo federal de revisar o texto da Medida Provisória 841, que, ao redistribuir os recursos das loterias para financiar a segurança pública, acabou impactando diretamente áreas como esporte e cultura. A CNA foi unânime em apoiar a decisão de editar uma nova MP, o que está previsto para o próximo dia 31.
 
Presidente da CNA, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, abriu a reunião dizendo que essa foi uma grande vitória do desporto do país. “Não poderia ter melhor forma de começar este encontro. O esporte como um todo saiu mais fortalecido”, comentou. Vice-presidente da comissão, o ex-velejador Lars Grael endossou as palavras de Zico e, por ter acompanhado o desenrolar das discussões no Congresso Nacional, fez questão de salientar a ajuda de parlamentares para o êxito no resultado final.
 
Participaram também da reunião da CNA nomes que marcaram a história do esporte no país, como a ex-jogadora de basquete Hortência, o ex-surfista Rico de Souza, os ex-ginastas Luísa Parente e Mosiah Rodrigues e o ex-jogador de vôlei Rui Nascimento.
 
Os representantes dos atletas destacaram a força das entidades esportivas para o sucesso da campanha pela revisão da MP 841. Casos da própria CNA, da Confederação Brasileira do Desporto Escolar, da Confederação Brasileira do Desporto Universitário, do Comitê Brasileiro de Clubes, do Comitê Olímpico do Brasil, do Comitê Paralímpico Brasileiro, de confederações e federações. “Essas entidades foram decisivas como agentes de pressão, assim como o foram os atletas que se engajaram nessa luta”, frisou Lars.
 
Diante da atuação de parlamentares para o sucesso do movimento pela manutenção dos recursos do esporte, Hortência sugeriu que a CNA produza uma carta de agradecimento a ser enviada a cada um que atuou pela causa no Congresso. A comissão aprovou a ideia por unanimidade.
 
Marco Senna, do Rio de Janeiro

Jogos Europeus Universitários reúnem 4 mil atletas em Portugal

Foto: Paulo RossiFoto: Paulo Rossi
 
A cidade portuguesa de Coimbra, sede de uma das mais antigas universidades da Europa – criada em 1290 –, recebe desde sábado (14.07) a quarta edição dos Jogos Europeus Universitários. Quatro mil atletas de 300 universidades espalhadas por 40 países europeus competirão, até 28 de julho, em 13 modalidades esportivas.
 
A cerimônia de abertura, realizada na noite de domingo (15.07), combinou tradição e tecnologia. A história da Universidade de Coimbra, que se mistura com a do próprio país, foi projetada nos prédios históricos do Pátio das Escolas, numa produção que mescla atores com animação gráfica de última geração.
 
Coimbra é uma das três universidades do mundo consideradas pela Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – como Patrimônio Cultural da Humanidade. O governo português investiu um milhão de euros nos Jogos Europeus Universitários, que têm orçamento total de cinco milhões de euros e são o maior evento esportivo já realizado em Portugal.
 
Entre as autoridades presentes na cerimônia de abertura estavam o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o secretário do Desporto e Juventude, João Paulo Rebelo, e o ministro do Esporte do Brasil, Leandro Cruz, convidado pela Comissão Organizadora dos Jogos.
 
Tiago Brandão Rodrigues e Leandro Cruz participam nesta semana, em São Tomé e Príncipe, da XI Conferência de Ministros da Juventude e do Desporto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A ilha da costa oeste africana sediará também, de 21 a 28 de julho, os Jogos Despotivos da CPLP, grupo que congrega os nove países lusófonos: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Timor-Leste.
 
Paulo Rossi, de Coimbra (Portugal)

Em Brasília, Campeonato Mundial Júnior de Kung Fu reúne 650 atletas de 42 países

A capital federal recebe, até o próximo domingo (15), a sétima edição do Campeonato Mundial Júnior de Kung Fu. São mais de 600 atletas, de 42 países, que buscam o título mundial da categoria nos combates no Ginásio Nilson Nelson. É a primeira vez que um país da América do Sul recebe a competição que reúne jovens com idade entre seis e 17 anos. O evento, que começou na última quarta-feira (11), conta com entrada gratuita.

Campeonato Mundial reúne atletas de 42 países em Brasília. (Foto: Paulo Rossi/ME)Campeonato Mundial reúne atletas de 42 países em Brasília. (Foto: Paulo Rossi/ME)

Em Brasília, o Campeonato Mundial mobilizou cerca de 200 voluntários. Rock Neto, coordenador de voluntariado da competição, explica que a experiência proporciona que cada pessoa possa ter uma vivência internacional sem sair do Brasil.

“De todos os voluntários, 150 são alunos da Universidade de Brasília (UnB). Conseguimos abrir um projeto na universidade para os alunos ganharem crédito ao contribuírem com o evento. Então, eles estão em contato com pessoas de 42 países, acompanhando delegações, arbitragem, hotelaria e transporte. Assim, a gente consegue proporcionar aos alunos uma experiência que eles não conseguiriam dentro da universidade, experimentando na prática uma vivência de evento internacional”, conta.

Na área esportiva, um dos destaques do Brasil foi o jovem Érick de Carvalho. Oriundo de um projeto social na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, o jovem de 14 anos conquistou a medalha de bronze na categoria até 45 kg. “É uma sensação muito boa disputar um campeonato mundial. Não consegui nem a medalha de ouro, nem a de prata, mas subir ao pódio é muito bom. Estou voltando para casa muito feliz pela oportunidade de competir em um evento como este”, disse.

Ascom – Ministério do Esporte  

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