Organizado pelo Comitê Intertribal Indígena, os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: “O importante não é competir, e sim, celebrar”. A primeira edição dos jogos ocorreu em 1996 e tem como objetivo a integração das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração dessas culturas tradicionais.
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Release Geral
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- Última atualização em Quinta, 31 Outubro 2013 22:54
- Escrito por Breno Barros Pereira
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Entre os dias 8 e 16 de novembro, a cidade de Cuiabá se transformará na capital indígena das Américas. No Jardim Botânico, região do Sucuri, a 15 minutos do centro, estarão reunidos cerca de 1,6 mil representantes indígenas de 48 etnias brasileiras, entre homens, mulheres, jovens e sábios, para a 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas. Também se espera a presença de representações de 18 países amigos.
Organizados pelo Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC) e idealizados como uma iniciativa indígena, os Jogos são patrocinados pelo Ministério do Esporte e, neste ano, contam com o envolvimento dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Cultura, da Justiça e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, além de Infraero, Universidade Federal do Mato Grosso, governo do Mato Grosso e prefeitura de Cuiabá.
Criados em 1996, com apoio do então ministro do Esporte, Pelé, os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte lema: “O importante não é competir, sim celebrar”.
Dois aspectos inéditos deverão ocorrer paralelamente aos jogos tradicionais, por sugestão dos coordenadores indígenas do ITC. O primeiro é a realização da 1ª Feira Nacional de Produtos Agrícolas Tradicionais Indígenas, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em que acontecerá a Arca das Letras, com leitura de histórias relacionadas à alimentação e ao respeito à Mãe Terra, além de intercâmbio de sementes tradicionais como mensagem de soberania alimentar. A outra manifestação inédita será o lançamento da 1ª edição dos Jogos Mundiais Indígenas, após três dias de debates – de 11 a 13 de novembro –, com a instalação de uma comissão de organização e a indicação da sede no Brasil em 2015. Três cidades já demonstraram interesse em receber os Jogos Mundiais: Rio de Janeiro, Palmas e São Paulo.
Os Jogos dos Povos Indígenas promovem a celebração de uma Olimpíada Verde, focada no binômio homem/natureza, e a integração internacional indígena. Países em que se fala o idioma francês, como Guiana Francesa; o espanhol, como Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Chile, Costa Rica, Venezuela, Panamá, Guatemala, Nicarágua, Peru, México e Paraguai; o inglês, como Canadá e Estados Unidos; e até um representante europeu, a Noruega, estarão presentes.
A abertura tradicional indígena será feita durante o pôr-do-sol, no dia 8 de novembro. Estarão presentes todos os participantes, em uma cerimônia espiritual de Acendimento do Fogo Sagrado, promovida pelos líderes espirituais indígenas.
No dia 9, haverá a abertura oficial, com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais, além de embaixadas de países amigos. A solenidade será às 17h, com apresentação das delegações indígenas e o acendimento da Pira Oficial da 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas.
A realização dessa atividade do esporte tradicional indígena brasileiro foi concebida para durar uma semana, em uma arena construída para recepcionar diariamente cerca de 8 mil pessoas, desenhada em função de um conceito tradição/tecnologia. A ação inclui um leque de oportunidades e atividades culturais, igualdade racial, tecnologia da informação, troca de saberes por meio de sementes e um legado de relacionamento para o bem comum entre índios e não-índios.
Fonte: Ascom ITC