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Badminton projeta estrear “pela porta da frente” nos Jogos Olímpicos

Modalidade presente em Jogos Olímpicos desde Barcelona 1992, o  badminton terá representante brasileiro em quadra pela primeira vez no Rio 2016. Por ser sede, a equipe anfitriã tem direito de levar um atleta para a disputa de simples no feminino e outro para o masculino. Mas o grande objetivo da equipe é se garantir pelo ranking.

“Queremos conquistar as vagas independentemente de ser sede. Estamos muito perto desse objetivo. Não queremos estrear pela porta dos fundos, queremos entrar pela porta da frente nos Jogos”, disse o diretor técnico da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd), José Roberto Santini Campos.

A janela de pontuação para a classificação começou em 4 de maio de 2015 e termina em 1º de maio deste ano. Estarão garantidos nos Jogos os 38 atletas que estiverem mais bem colocados no ranking que considera especificamente a corrida olímpica (“Race to Rio”), tanto no masculino quanto no feminino.

Os países podem levar dois atletas no mesmo gênero apenas se eles estiverem entre os 16 melhores. Levando isso em conta, neste momento, o Brasil teria Fabiana da Silva (26ª) e Ygor Coelho (32º ) classificados. Lohaynny Vicente – cinco posições abaixo de Fabiana no ranking mundial - e Daniel Paiola -  quarenta posições abaixo de Ygor – também estão correndo atrás.

Ygor Coelho durante o evento-teste do badminton, em 2015: esperança de classificação pelo ranking. (Foto: Pedro Martins/BWF)Ygor Coelho durante o evento-teste do badminton, em 2015: esperança de classificação pelo ranking. (Foto: Pedro Martins/BWF)

“Existe uma disputa pessoal para ver quem vai estar na Olimpíada. Vamos disputar seis campeonatos em março e abril, mas abrimos a possibilidade de os atletas disputarem outros torneios em fevereiro, por conta deles, para conseguir mais pontos, desde que isso não comprometa a programação. Meu objetivo não é saber qual atleta vai estar lá, mas que haja um atleta (em cada gênero) classificado pelo ranking”, disse o técnico da seleção, o português Marco Vasconcelos.

A série de competições agendada para a seleção tem início em 9 de março, com o Desafio Internacional de São Paulo. No dia 13, a equipe viaja para a Europa, para disputar três torneios: um Grand Prix Gold em Basel, na Suíça (15 a 20.03), e dois Desafios Internacionais, em Varsóvia, na Polônia (21 a 25.03), e em Orleans, na França (31.03 a 03.04). Em abril, a seleção participa de outro Desafio Internacional em Lima, no Peru (13 a 17.04), e do Pan-Americano que será realizado em Campinas – cidade que sedia o Centro de Treinamento da Confederação – de 25 de abril a 1º de maio.

“Nesses torneios, a meta é conseguir o melhor posicionamento possível no ranking, porque isso ajuda no processo de definição das chaves. A partir daí, a meta é ganhar uma partida. Se conseguirmos ganhar uma partida, o objetivo final  - e que fecharia com chave de ouro  o ciclo - é passar da fase de grupos. Mas sabemos que é muito difícil”, explicou Beto Santini.

Duplas femininas

A Confederação sonha ainda com uma terceira vaga nos Jogos. A chance é  na disputa de duplas femininas, com as irmãs Lohaynny e Luana Vicente, reveladas no projeto Miratus da  Comunidade da Chacrinha, assim como Ygor Coelho. As irmãs Vicente hoje estão em 36º no ranking mundial de duplas. Classificam-se as 16 primeiras, sendo que um país só pode levar dois times se eles estiverem entre os oito primeiros. Seguindo esse critério, e segundo cálculos da confederação, as brasileiras precisam estar no top 25 no ranking até 1º de maio. Outra possibilidade seria tornar-se a dupla pan-americana mais bem colocada, mas há um forte time dos Estados Unidos no meio do caminho.

“A gente quer no mínimo terminar o ranking em segundo das Américas, porque pode acontecer algo, como uma desistência ou uma repescagem, e a dupla brasileira ser chamada. Estamos investindo nas meninas. Queremos terminar como primeira ou segunda reserva na lista final de classificação para os Jogos. No badminton, isso (de ser chamado) é possível de acontecer”, explicou o diretor técnico da CBBd.

As irmãs Irmãs Lohayny e Luana Vicente durante evento-teste do badminton, realizado em um dos pavilhões do Riocentro. (Foto: Pedro Martins/BWF)As irmãs Irmãs Lohayny e Luana Vicente durante evento-teste do badminton, realizado em um dos pavilhões do Riocentro. (Foto: Pedro Martins/BWF)

A dupla norte-americana à frente das irmãs Vicente no ranking é Eva Lee e Paula Lynn, exatamente o time que derrotou as brasileiras na final do Pan de Toronto, no ano passado. Mas o resultado da equipe no Canadá é um dos maiores motivos de confiança da seleção. Pela primeira vez, o Brasil alcançou as finais por duplas, tendo ficado também com a prata na disputa de duplas masculina, com Daniel Paiola e Hugo Arthuso. A equipe faturou ainda um bronze nas duplas mistas, com Alex Yuwan e Lohaynny Vicente.

A experiência no Pan foi um aperitivo do que Marco Vasconcelos vai viver na estreia como técnico nos Jogos Olímpicos. Ele participou de três edições de Jogos (Sydney 2000, Atena 2004 e Pequim 2008) como atleta de badminton por Portugal e está animado para comandar o Brasil no Rio 2016.

“No Pan eu vivi um pouco dessa experiência, apesar de que não se compara com o que serão os Jogos. Temos a mesma cultura, meu trabalho foi bem recebido aqui, consegui me adaptar bem ao Brasil e quero chegar às Olimpíadas orgulhoso de ter classificado os atletas pelo ranking. Será uma oportunidade de apresentar mais do badminton para o Brasil, onde a modalidade já é mais comentada devido à evolução que conseguimos no último ciclo. Quero que seja um início com o pé direito nos Jogos. E eu vou estar muito feliz de representar a bandeira do Brasil no Rio 2016”, finalizou.

 

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

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De programa social para o esporte de elite: trajetória do canoísta Pepê inspira nova geração de atletas

Desde a infância, Pedro Henrique Gonçalves, 22 anos, tem uma relação de paixão com o esporte. Praticou capoeira, futebol e outras modalidades que apareciam pela frente. Quando a cidade de Piraju, no interior paulista, recebeu em 2003 o núcleo do programa Segundo Tempo, desenvolvido em parceria com o Ministério do Esporte, Pedro não teve dúvida: pediu para mãe para participar do projeto. Mais de dez anos depois das primeiras remadas, Pedro Henrique se consolidou como um dos principais nomes do Brasil na canoagem slalom e caminha para concretizar o sonho olímpico.
 
(Foto: Fernando Gallo)(Foto: Fernando Gallo)
 
A cidade de Piraju é cortada pelo rio Paranapanema. A proposta do programa Segundo Tempo no município era utilizar as águas do rio como sala de aula. O núcleo oferecia escolinhas de canoagem, vela e remo. Com apenas 11 anos, o jovem  escolheu o esporte como a brincadeira preferida.
 
“Era um projeto muito legal. Você ganhava uniforme, mochila, lanche e, depois das aulas, tinha palestras com dentistas, médicos, bombeiro, policial e até piquenique. O projeto era a sensação na cidade. Todas as crianças queriam fazer parte das aulas”, recorda Pepê, como é conhecido o atleta.
 
Na ocasião, a seleção olímpica de canoagem realizava a preparação para os Jogos Olímpicos de Atenas 2004 em Piraju. Com condições parecidas com as encontradas em Atenas, o treinamento era o ideal para a equipe nacional e, de quebra, uma grande inspiração para as crianças da cidade.  
 
“Eu via todos atletas da seleção treinando no rio e sentia uma vontade enorme de praticar canoagem também. Na época, a cidade também recebeu alemães, poloneses, austríacos. Era um marco ver todos aqueles atletas treinando para os Jogos olímpicos de Atenas”, lembra.
 
Assim, despertou em Pepê o desejo de defender o Brasil em competições esportivas. No programa social o atleta praticou primeiro a vela, depois a canoagem velocidade e em 2005 encontrou a canoagem slalom. “Achei sensacional usar a água a favor, usar as corredeiras. Foi paixão à primeira vista. Tinha um grupo muito legal de atletas que treinava com a gente. Todos os dias, fazia chuva ou sol”.
 
(Foto: Fernando Gallo)(Foto: Fernando Gallo)
 
“Acho que quando você é novo e recebe todas as condições para treinar, ainda mais na canoagem slalom que é um esporte caro, o jovem pode ter um futuro incrível. Com o Segundo Tempo eu conheci o esporte e com a Bolsa Atleta eu consigo me dedicar integralmente aos treinamentos e focar a minha carreira no esporte. Tudo o que eu sou tenho que agradecer ao esporte. A prática esportiva transformou e está transformando a minha vida”, ressalta.
 
O canoísta treinou até 2010 na cidade paulista. Saiu das águas do rio Paranapanema para disputar as primeiras competições nacionais e internacionais, quando se tornou o primeiro atleta júnior brasileiro a ganhar uma prova sênior de nível nacional.
 
Com o tempo, o esporte deixou de ser uma brincadeira para se transformar em algo sério. Os resultados nas corredeiras chamaram atenção dos dirigentes da confederação e o atleta recebeu um convite para trocar o interior de São Paulo por Foz do Iguaçu (PR), para treinar e se aperfeiçoar no esporte. 
 
“Em 2010 não tinha seleção brasileira em Foz do Iguaçu nem equipe permanente. Não tínhamos a estrutura que temos hoje. Mesmo assim, aceitei o convite na hora, pois sabia da importância de uma base boa em um canal artificial, que é o canal de Itaipu, primeiro canal artificial da América Latina. A minha família não tinha dinheiro, mas convenci a minha mãe que era importante fazer uma boa preparação na base e deixei claro que se não desse certo eu iria voltar”, revelou o canoísta.
 
Pedro Henrique chegou na rodoviária de Foz do Iguaçu com uma mala na mão, um barco, a cara e a coragem. “Foi o ano mais importante da minha carreira. Aprendi muito, tanto no esporte quanto na vida, pois tinha que economizar dinheiro. Tudo que eu sou hoje tem uma parcela grande por ter ido treinar em Foz do Iguaçu”, recorda
 
Atualmente, Pepê faz parte da equipe permanente da canoagem slalom e conta com um suporte completo na preparação para representar o país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Contamos com os patrocinadores e com as bolsas. No mundo todo nenhum país conta com a estrutura de treinamento que temos aqui. Hoje contamos com três técnicos internacionais, temos uma equipe técnica muito boa. Os três estão entre os melhores do mundo. A estrutura que temos no Brasil é de dar inveja a qualquer europeu”, conta.
 
(Foto: Fernando Gallo)(Foto: Fernando Gallo)
 
Breno Barros
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