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Rúgbi paralímpico: atenção especial com as cadeiras de rodas

As colisões podem assustar quem não está acostumado com o jogo, mas elas são fundamentais para a estratégia das equipes e garantem boa parte da adrenalina de praticar ou assistir a uma partida de rúgbi em cadeira de rodas. Construídas especialmente para o esporte, as cadeiras são customizadas individualmente de acordo com as necessidades de cada atleta e precisam de manutenção constante. “Elas precisam ser bem protegidas e muitas cadeiras são até temperadas. Ela é fabricada e depois colocada no forno para ter mais resistência. Tudo para aguentar o impacto”, explicou o capitão da seleção brasileira da modalidade, Alexandre Taniguchi.

Soldadora está disponível em oficina para reparar estragos nas cadeiras de rodas dos atletas. (Foto: Buda Mendes/GEtty Images/Ottobock)Soldadora está disponível em oficina para reparar estragos nas cadeiras de rodas dos atletas. (Foto: Buda Mendes/GEtty Images/Ottobock)

No Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, evento-teste da modalidade disputado na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, havia uma oficina dentro da instalação para providenciar serviços e reparos nos equipamentos dos atletas, área que está sendo testada pela primeira vez para os Jogos Rio 2016.

“A gente está vendo o que a gente realmente precisa: se o material que a gente trouxe é suficiente, se a rede elétrica está conforme a gente precisa para a soldadora, se o espaço que a gente tem é adequado. A partir daí a gente pode passar informações para o Comitê Olímpico.  E a infraestrutura está totalmente dentro do que a gente precisa, estamos felizes”, disse Thomas Pfleghar, da empresa responsável pelos reparos. Ele será diretor-técnico do setor nos Jogos Rio 2016.

Thomas Pfleghar (E) auxilia atleta na oficina instalada na Arena Carioca 1. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)Thomas Pfleghar (E) auxilia atleta na oficina instalada na Arena Carioca 1. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)

Thomas explica que, durante os Jogos, haverá uma oficina principal de sete mil metros quadrados instalada na Vila Olímpica, onde serão feitos os principais reparos. Outras 13 oficinas menores serão distribuídas pelas instalações. Serão 77 técnicos, de 28 países, dos quais dez brasileiros. “Vamos ficar abertos 16 horas por dia e em cada turno a gente terá em torno de 20 pessoas trabalhando. Além disso, nas instalações a gente terá uma minioficina que só vai atender as pessoa que estiverem jogando”, contou.

Além de consertos em cadeiras de rodas, os técnicos farão reparos em próteses e órteses. “Se tiver algum problema no encaixe da prótese, o encaixe que entra o membro residual do atleta, a gente tem condições de fazer outro totalmente novo, do zero. A gente tira o molde, a medida, e faz um novo. Se há problema na lâmina de corrida, uma rachadura, aí tem que trocar. A gente tem possibilidade de fazer reparo no hidráulico, no sistema inteiro e, se não tem como reparar, a gente troca por uma nova”, explicou Thomas.

Durante os Jogos Paralímpicos, os trabalhos de manutenção de equipamentos para atletas serão feitos pela empresa alemã Ottobock. A estimativa é de sejam realizados cerca de dois mil reparos no período. Nove toneladas de equipamentos, aproximadamente 15 mil peças, virão da Alemanha.

Bob Hirshfield, do Canadá, troca as rodas da cadeira de um atleta durante partida do evento-teste. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)Bob Hirshfield, do Canadá, troca as rodas da cadeira de um atleta durante partida do evento-teste. (Foto: Buda Mendes/Getty Images/Ottobock)

Ajuda durante as partidas
A oficina de reparos complementa o trabalho que é feito pelos mecânicos de cada equipe. Cada seleção conta com um time de profissionais especializados em fazer a manutenção e consertar as cadeiras de rodas. No caso do rúgbi, a atuação dos técnicos é fundamental em caso de problemas durante os jogos.  “Temos que trocar os pneus e também reparar as cadeiras enquanto o jogo está correndo. Depois dos jogos, também temos que fazer alguns reparos nas cadeiras”, contou o chefe da equipe de mecânica do Canadá, Bob Hirshfield.  

Para Bob, a importância dos mecânicos para o time é comparável à dos treinadores. Quando a equipe sai vitoriosa ou ganha uma medalha, a sensação de conquista é compartilhada pelos mecânicos. “Eu me sinto muito próximo dos atletas. Eu cuido para que tudo esteja certo com as cadeiras e tudo que eles precisam se preocupar é em jogar. Isso é o que faz eu me sentir bem. Quando eles vencem, também me sinto parte da vitória”, afirmou.

Mateus Baeta, do Rio de Janeiro - brasil2016.gov.br

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Evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas termina com vitória britânica e evolução brasileira

Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
 
Com três das melhores equipes do mundo na competição, o Brasil não conseguiu vencer uma partida durante o Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas, mas o evento-teste da modalidade, disputado neste fim de semana na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, terminou neste domingo (28.02) com saldo positivo dentro e fora de quadra.
 
Tanto os atletas estrangeiros – do Canadá, Austrália e Reino Unido – quanto os brasileiros foram unânimes em elogiar a estrutura do evento e, principalmente, o nível de acessibilidade alcançado não só no ginásio, mas também no hotel e durante os trajetos entre aeroporto, local de hospedagem e instalação.
 
“Tudo foi perfeito, todos ajudaram bastante, e a cidade é absolutamente linda. O estádio é fantástico e mal posso esperar para ver esse lugar lotado durante os Jogos”, disse Jim Roberts, artilheiro da competição com 136 gols marcados e campeão com o time do Reino Unido. “Está tudo nos conformes, tudo bacana. O ginásio e o Parque Olímpico estão bem acessíveis”, completou o brasileiro Lucas Junqueira.
 
Para Lucas, uma emoção ainda maior do que jogar na instalação que será utilizada durante os Jogos Rio 2016 foi sentir de perto o apoio da torcida. “É um orgulho jogar dentro de casa, ter uma torcida dessa empurrando a gente. Foi uma oportunidade muito diferente que nós pudemos experimentar. Minha família teve a oportunidade de vir conhecer, de ver um jogo de alto nível, então foi muito emocionante para mim, sentir a galera empurrando. Houve momentos em que a gente estava brigando para tentar fazer um ponto ou bloquear e a torcida empurrando foi algo muito significativo para mim”, disse Junqueira.
 
Apesar de o Brasil ter perdido as seis partidas que disputou – duas vezes para cada time da competição -, o atleta enxerga uma evolução no jogo da Seleção Brasileira. “Nós sentimos uma evolução. São equipes que a gente não costuma enfrentar, então foi uma oportunidade de conhecê-los melhor, entende a tática de jogo deles. A nossa principal meta era diminuir a diferença de gols, e a gente conseguiu fazer isso, principalmente contra o Canadá, o que foi excelente”, afirmou Lucas. “O Brasil melhorou muito desde que jogamos pela última vez, acho que faz dois anos. Eles evoluíram bastante”, concordou o britânico Jim Roberts.
 
Durante três dias, as seleções do Brasil, Canadá, Austrália e Reino Unido se enfrentaram em turno e returno. No final, a equipe britânica conquistou o primeiro lugar, com a Austrália em segundo e o Canadá em terceiro.
 
Miriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.brMiriam Jeske/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
 
Balanço
Quinto evento-teste realizado na Arena Carioca 1, o campeonato de rúgbi em cadeira de rodas teve foco na acessibilidade e não registrou grandes problemas durante os três dias de competição. Atletas, membros das comissões técnicas e dirigentes do Comitê Rio 2016 saíram satisfeitos com o trabalho e previram poucos ajustes para os Jogos Paralímpicos 2016.
 
“O transporte é um dos itens que foi testado quanto à acessibilidade. Eles estão operando com rampas não somente no aeroporto, mas no hotel e na instalação, para mensurar tempo de embarque e desembarque e para poder projetar isso numa dimensão maior. Posso adiantar que foi um sucesso e que o pessoal gostou bastante”, afirmou Augusto Fernandes, coordenador de acessibilidade do Comitê Rio 2016.
 
Para ele, os principais ajustes que precisam ser feitos são em relação à sinalização para pessoas com necessidades especiais. “A gente tem algumas melhorias a serem feitas, principalmente a sinalização, que não é a mesma que será usada nos Jogos. A gente tem observado que isso traz falhas de comunicação, então precisamos ajustar para a informação correta seja transmitida da melhor maneira possível”, explicou.
 
Na avaliação de Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Comitê Rio 2016, o único problema detectado durante o evento-teste foi em relação à alimentação. “A gente não teve nenhuma grande questão, só um probleminha operacional de alimentação. As equipes são responsáveis por sua própria alimentação, mas a gente tem que prover a estrutura para que eles possam se alimentar. A gente tem food trucks na instalação e um deles teve um problema, mas a gente já remediou. Isso é parte da operação de um evento, evento-teste acontece isso mesmo, e assim a gente pode melhorar não só a nossa operação, mas também a dos nossos fornecedores”, disse.
 
Garcia destacou as melhorias em acessibilidade em relação ao evento-teste do basquete em cadeira de rodas. “Embora a arena tenha sido testada várias vezes, a equipe de gerenciamento da competição é outra. A acessibilidade em quadra a gente modificou um pouquinho, e foi legal, melhorou bastante nesse ponto. Alguns ajustes na parte de estrutura também foram realizados com sucesso. Mas o mais importante para a gente é poder estar aqui e ver atletas desse nível, campeões olímpicos, mundiais, jogando com o Brasil, uma grande oportunidade para que a equipe brasileira possa vivenciar esse ambiente. Para a gente, é uma satisfação imensa receber o retorno desses atletas”, completou.
 
Augusto Fernandes lembrou que a acessibilidade não é importante apenas para os atletas, mas também para os espectadores, voluntários e profissionais que vão assistir aos jogos ou trabalhar nas instalações. “É muito importante que a gente saiba os fluxos de cada área funcional. Apesar de não ser um evento com foco em espectador, é importante a gente observar isso”, explicou.
 
Um exemplo dessa preocupação é a implantação de boxes para pessoas com mobilidade reduzida nos banheiros. Esses boxes servem para os idosos que têm dificuldade, para os obesos. “As pessoas acham que aqueles boxes são destinados aos cadeirantes, mas na verdade o box dos cadeirantes é fora do banheiros coletivos, para não gerar nenhum problema de fluxo”, disse Augusto, lembrando que o evento-teste do rúgbi em cadeira de rodas foi o que teve maior número de cadeirantes voluntários, com seis no total. “Isso é um ganho. A gente tem que se preocupar com a acessibilidade para os voluntários também”.
 
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