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Londrina acolhe a tocha de braços abertos com presença de medalhistas olímpicos

 
Primeira cidade a receber o revezamento da tocha no Paraná, Londrina mostrou sua cultura de grande influência japonesa e a força do esporte com os medalhistas olímpicos do vôlei Giba e Elisângela nesta terça-feira (28.6). Segunda maior colônia japonesa no Brasil, atrás apenas de São Paulo, Londrina abraçou a chama olímpica e seus campeões do voleibol com uma multidão nas ruas e uma calorosa celebração com o acendimento da pira pelo narrador esportivo Galvão Bueno.
 
Animados com a chegada da chama olímpica no estado, os paranaenses se mobilizaram para ver a passagem da tocha nas mãos de 60 condutores. Com um percurso de 12 quilômetros, a cidade do norte do Paraná escolheu o Centro Cívico para o início do revezamento, que começou com o gari Edivino Correia e muitos curiosos. Foi assim que as histórias dos conterrâneos, anônimos ou famosos, se juntaram com a da própria cidade e deram boas-vindas as Jogos Olímpicos no Brasil.
 
Maior ídolo esportivo local, o ex-jogador Giba foi um dos condutores na sua cidade natal. Considerado um dos melhores atletas da história do vôlei mundial, o londrinense conquistou com a Seleção Brasileira nada menos que oito títulos da Liga Mundial, três Mundiais e três medalhas olímpicas: ouro em Atenas-2004, prata em Pequim-2008 e Londres-2012. "É muito especial conduzir este símbolo na cidade onde eu conheci a modalidade", revela.
 
Confira galeria de imagens do revezamento em Londrina:

Revezamento da Tocha - LondrinaRevezamento da Tocha - Londrina

Aos 39 anos e agora na função apenas de comentarista, Giba disse estar feliz com o reconhecimento das pessoas com o que ele fez dentro de quadra e para o Brasil. "De alguma maneira, estamos mostrando o que fizemos no esporte e as pessoas reconhecem isso. Hoje estamos sendo protagonistas fora das quadras, porque vamos ajudar a contar uma nova história, que é a primeira edição dos Jogos Olímpicos na América Latina", festeja. Carregar a tocha traz ainda outras lembranças para Giba que, além do ouro, teve um dos melhores momentos da sua vida em Atenas. "Minha filha nasceu na Grécia durante os Jogos e ainda fui eleito o melhor jogador da competição. Imagina a emoção que eu senti", conta.
 
A expressão "Giba Neles" também nasceu em Atenas. Coincidentemente o narrador Galvão Bueno foi quem acendeu a pira às margens do Lago Igapó. Uma parceria de anos que continua hoje com trabalho de Giba como comentarista na Rede Globo, a mesma emissora de televisão de Galvão. "Foram várias histórias em uma única Olimpíadas. Muita gente ainda fala a expressão do Galvão quando me vê ou pergunta sobre o meu bigode", sorri o ex-jogador, que exibiu um longo bigode durante a final dos Jogos de Atenas.
 
Mais uma estrela do vôlei
Os fãs do ex-ponteiro da Seleção Brasileira não estavam apenas nas ruas esperando por fotos e sorrisos. No ponto de coleta, no bairro Jardim Leonor, onde os condutores se encontram para a retirada dos uniformes e uma breve orientação, estava outra grande fã: Elisângela. Medalhista olímpica em Sydney-2000, a conterrânea fez questão de enfatizar a importância do jogador para o voleibol. "Sou amiga e meia fã. Para mim ele sempre será o melhor do mundo. Nunca vi ninguém jogar igual", confessa.
 
Desde criança, Elisângela sonhava em participar de uma Olimpíada e vestir a camisa da seleção de vôlei. "Assisti aos Jogos pela primeira vez em Barcelona-1992 e meus olhos brilhavam com as atuações do Marcelo Negrão e do Maurício", recorda a londrinense, que se aposentou das quadras neste ano.
 
Conduzir a chama no Paraná foi para a ex-jogadora um filme de toda a sua dedicação ao vôlei. "Estar com a tocha é reviver um pouco a minha vida inteira no esporte", afirma Elisângela. "Acho que a passagem da tocha nacionaliza, valoriza e divulga os jogos. Toda cidade poderia ter esse contato que vem por meio da tocha. Todos se comovem e os meus conterrâneos estão vivendo esse sentimento olímpico por um dia".
 
Elisângela acredita que os brasileiros saberão dividir isso dos Jogos. "Espero que possamos separar o momento de crise no país e que respeitem a história dos Jogos. É uma festa, vamos aproveitar, porque vai acontecer de qualquer jeito e nunca mais teremos essa oportunidade", ressalta.
 
Carisma, hospitalidade e educação. Tudo o que a medalhista olímpica quer ver do Brasil além do pódio do vôlei. "Estou confiante que o voleibol do Brasil suba no pódio", aposta a ex-jogadora, que voltou para Londrina e criou um projeto social para ajudar crianças carentes e desenvolver o vôlei na região. "Espero retribuir um pouco tudo o que eu conquistei como atleta e dar chances para as crianças saírem das ruas, praticarem esportes e terem sonhos", concluiu.
 
 
Influência japonesa
O nome da cidade explica as origens da pequena Londres, colonizada pelos ingleses da Companhia de Terras Norte do Paraná. A névoa característica da mata da região lembrou a neblina da capital britânica e, por isso, a homenagem. Entretanto, o primeiro terreno agrícola comprado em Londrina foi de um japonês, como lembra Kimiko Yoshii, uma das condutoras da tocha. "Nosso povo sempre procura terra de qualidade e, na época do café, muitos imigrantes saíram de São Paulo em busca de novas oportunidades. Encontraram aqui a terra roxa e ficaram", explica.
 
A praça Tomi Nakagawa foi construída exatamente para homenagear esses pioneiros e foi lá que a sansei (neta de japonês) conduziu o fogo olímpico. "A tocha simboliza a força, a transformação, energia. Pegar um pedacinho dela é uma honra muito grande e jamais pensei em ter esse privilégio na minha vida", explica Kimiko. Nascida em Assai (nome originária da palavra Asahi - sol nascente), Kimiko mudou para Londrina com os pais e orgulha-se das conquistas e legados da comunidade japonesa na cidade. "Dizem que quando tem três japoneses juntos, eles fundam uma escola. E assim foi em Londrina, com custeio do próprio bolso", conta.
 
Com parte da vida dedicada ao trabalho social, ela é diretora da instituição que fundou com o marido, o Instituto Atsushi e Kimiko Yoshii, que trabalha com jovens em situação de vulnerabilidade social. "Nós os preparamos como menores aprendizes e temos uma parceria com mais de 500 empresas que dão a chance do primeiro emprego. Não dizemos não para nenhum jovem porque acreditamos que o melhor caminho é a educação".
 
Quarta geração dos imigrantes japoneses e sobrinho de Kimiko, o publicitário Lucas Muraguchi foi um dos pioneiros no resgate da cultura nipônica ao fundar o grupo Ishindaiko, que em português significa tambores de um só coração. Por isso foi convidado para conduzir a chama. "A tocha olímpica une as pessoas e os povos, o mundo inteiro numa energia só. E o taiko (tambor) também tem esse objetivo, unir todo mundo no mesmo som. Enquanto a tocha queima, o tambor vibra, está tudo interligado", afirma ele.
 
Lucas fundou o grupo há 13 anos e disse que foi tudo muito natural. "O meu primeiro contato com os tambores foi durante festivais tradicionais aqui mesmo na cidade. Eu ouvia aqueles sons e me sentia bem, queria tocar. Até que tive uma aula com um professor japonês e não parei mais". Da mesma forma aconteceu com as composições, o jovem yonsei (bisneto de japonês) se viu obrigado a compor músicas para poderem participar de competições. Muraguchi explica que a modalidade é mais do que uma expressão musical. "Precisamos mostrar a obra completa: o som, a coreografia, a energia, a expressão, o espírito do tocador, tudo tem que ser bom".
 
Lorena Castro e Lilian Amaral - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 

COB reúne mais de 100 atletas em encontro do Programa de Integração Time Brasil 2016

Foto: Rafael Bello/COBFoto: Rafael Bello/COB
 
Honra, responsabilidade, foco e orgulho são algumas das palavras que permeiam o pensamento dos atletas do Time Brasil a pouco mais de um mês para os Jogos Rio 2016. Essas virtudes ficaram claras no quinto encontro do Programa de Integração Time Brasil 2016, promovido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e que aconteceu pela primeira vez em São Paulo, nesta terça-feira (28.06). O COB reuniu mais de 100 atletas classificados ou com chances de representar o Brasil nos Jogos Rio 2016 no basquete (feminino e masculino), futebol (feminino), boxe, esgrima, natação, polo aquático (feminino) e rúgbi (feminino e masculino) com o objetivo de informar os preparativos para a Missão Brasileira e promover a troca de experiências entre eles.
 
“A proposta desse encontro é antecipar a experiência olímpica, esclarecer dúvidas, alinhar as expectativas e reforçar o canal de comunicação com os atletas classificados para os Jogos”, explicou Adriana Behar, gerente de planejamento esportivo do COB. “O objetivo é levantar temas importantes para os atletas nessa reta final de preparação para os Jogos Olímpicos”, disse Adriana, duas vezes medalhista olímpica no vôlei de praia.
 
O evento também contou com um painel com o bicampeão olímpico Giovane Gávio, medalhista de ouro em Barcelona 1992 e Atenas 2004, que passou sua experiência em Jogos Olímpicos aos atletas do Time Brasil e como eles podem tirar proveito dessa experiência para ajudar na ambientação para os Jogos Rio 2016. O ator Fabio Porchat, padrinho do Time Brasil, também conversou com os atletas e passou uma mensagem de incentivo a eles. 
 
Foto: Rafael Bello/COBFoto: Rafael Bello/COB
 
“Acho sensacional essa oportunidade de antecipar aos atletas tudo o que pode acontecer durante os Jogos Olímpicos. A partir do momento em que os atletas começam ter mais conhecimento e informações sobre o que irão encontrar, a tendência é que se sintam mais seguros e protegidos. Ações como essa fazem que o atleta se sinta mais à vontade para encarar o desafio de disputar uma edição de Jogos Olímpicos em casa e usem isso como um fator positivo”, disse Giovane, lamentando não ter tido essa experiência quando atleta. “Esse tipo de ação surge com a profissionalização da gestão esportiva no Brasil. Hoje o atleta está tendo a atenção condizente com o papel que ele representa para a sociedade”, disse Giovane, com quatro participações olímpicas.
 
O encontro de integração apresenta aos atletas todos os detalhes da Missão Brasileira, organizada pelo COB, aos atletas. Além de assuntos como Vila Olímpica e bases de apoio, entrega de uniformes, Cerimônia de Abertura, Ingressos e Mídias Sociais, entre outros, o evento conta com uma dinâmica em que os atletas colocam em palavras o que significa representar o Time Brasil e os mais de 200 milhões de torcedores. Honra, responsabilidade, foco, e orgulho foram as mais citadas.
 
Mesmo com a experiência de quem joga na Liga Americana de Basquete (NBA) e já disputou uma edição de Jogos Olímpicos, Marcelinho Huertas achou o encontro muito válido. “Fundamental ter visto e ouvido muita coisa em primeira mão, conhecer a estrutura da Vila Olímpica, saber os acessos e a quem a gente deve recorrer quando tiver necessidade. Deu para ter uma ideia bastante próxima do que vamos encontrar daqui a pouco”, disse Huertas, elogiando a palestra de Giovane Gávio. “Foi muito legal ouvir a experiência do Giovane que foi a várias edições olímpicas e conquistou duas medalhas de ouro em momentos distintos da carreira. São lições que a gente tem que pensar com carinho porque podem nos ajudar lá na frente”, completou Huertas. 
 
A pivô Erika, com três participações olímpicas, elogiou o suporte dado aos atletas do Time Brasil. “É como se fosse uma lapidação nessa reta final de preparação. Eu nunca recebi esse tipo de atenção e suporte antes de uma edição de Jogos Olímpicos. Achei ótimo, super importante. Até me emocionei durante a palestra do Giovane”, disse Erika.
 
Foto: Rafael Bello/COBFoto: Rafael Bello/COB
 
Contando com o evento em São Paulo, mais de 250 atletas já participaram dos encontros de integração promovidos pelo COB desde o seu início, há pouco mais de três meses. Na próxima quinta-feira, dia 30, será realizado outro encontro, agora no Rio de Janeiro. Participarão as equipes de hóquei sobre grama e handebol feminino. 
 
Sede dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Brasil contará com uma delegação recorde na competição. Nesse momento, o país já tem 449 vagas garantidas.
 
Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Seleção permanente e disciplina tática: os trunfos para o ouro inédito no gramado

O ouro no Pan de Toronto foi o ponto alto da fase de preparação para os Jogos Olímpicos. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)O ouro no Pan de Toronto foi o ponto alto da fase de preparação para os Jogos Olímpicos. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

A seleção brasileira de futebol feminino está em ritmo acelerado de treinamento para disputar os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Após dois amistosos no Canadá contra as donas da casa no início do mês, a maior parte das jogadoras já se reapresentou em Itu para a reta final de preparação. A caminhada foi vitaminada pela criação de uma seleção permanente, com atletas que se dedicam exclusivamente à equipe nacional. A exceção são as jogadores que atuam fora do país e ainda não foram liberadas pelos clubes. Elas se juntarão ao plantel às vésperas do início das Olimpíadas.

“É claro que se a equipe estivesse treinando completa seria mais confortável. De qualquer forma, nossas atletas estão evoluídas e entrosadas, mesmo as que não estão na seleção permanente”, afirma o técnico Vadão.  “Temos padrão de jogo, estamos treinados nos quesitos de variações táticas, bola parada, jogadas ensaiadas. Vai faltar só a lapidação final, que faremos na data possível, com todas reunidas. Tudo para buscar esse ouro”, completa.

Subir ao topo do pódio, aliás, é uma quase obsessão entre as meninas. Para ajudá-las nesse desafio, Vadão se reinventou, após passar grande parte da carreira na vertente masculina do futebol. “Esse foi um novo oxigênio para a minha vida. Por mais que o futebol seja dinâmico e que em cada momento você esteja defendendo um clube, uma hora você acaba ficando viciado naquela rotina”, fala.

“Hoje eu me sinto extremamente feliz porque aprendi e aprendo muito aqui na seleção feminina. Às vezes a gente acha que depois de certa idade não vai aprender mais nada, mas isso não é verdade. Se amanhã eu voltar para o futebol masculino, certamente estarei melhor porque pude absorver muito mais conhecimento”, analisa o treinador, que completará 60 anos em 21 de agosto, dia do encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.

Vadão na Granja Comary, em Teresópolis: para ele, a seleção permanente significou avanços na variação tática e no leque de jogadas da equipeVadão na Granja Comary, em Teresópolis: para ele, a seleção permanente significou avanços na variação tática e no leque de jogadas da equipe

Seleção permanente
A seleção feminina permanente foi criada no início de 2015. As atletas convocadas desligaram-se de seus clubes e foram contratadas pela CBF para se dedicar exclusivamente à equipe nacional. “Foi a solução mais interessante que poderíamos ter tomado em busca de um time competitivo”, afirma Vadão.

Nessa entrega total à seleção, as jogadoras contam com estrutura completa de treinamento e preparação na Granja Comary: campos, academia, alojamento, refeitório, equipe integral de médicos, fisioterapeutas, psicólogos, fisiologistas e salário mensal.

“A evolução é evidente. Durante esse ano e meio já conquistamos, invictos, o ouro no Pan de Toronto, fomos campeões do Torneio Internacional em Natal, tivemos jogos importantes com grandes seleções. Isso chamou a atenção de outros países”, contabiliza Vadão.

Em função dessa visibilidade das brasileiras, atualmente 16 atletas estão jogando fora do País e, conforme a liberação de seus clubes, vão se apresentando à seleção para a preparação final.

Treinamento se divide entre períodos em Teresópolis e outros no CT de Itu, que foi usado pelo Japão na Copa de 2014. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)Treinamento se divide entre períodos em Teresópolis e outros no CT de Itu, que foi usado pelo Japão na Copa de 2014. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Reinvenção de métodos
Para o técnico, trabalhar com as mulheres foi, além de uma nova vivência profissional, uma experiência de vida. Ele cita que tem duas mulheres em casa – esposa e filha –, mas que lidar com um grupo de 30 ao mesmo tempo é desafiador.

“A mulher tem mais necessidade de se expressar, de expor sentimentos. Logo que cheguei, tive cautela. Eu ficava me perguntando como seria esse convívio, procurava não falar palavrões, mas as meninas me deixaram muito à vontade e foi rápido o entrosamento”.

Mais táticas
Com relação aos treinamentos técnicos e táticos, Vadão explica que existe, de fato, uma grande diferença entre o futebol feminino e o masculino. “Dentro de campo, fisicamente falando, nitidamente o homem é mais forte. Alguns aspectos precisam ser adaptados nos treinos. São raras as jogadoras, por exemplo, que conseguem fazer um lançamento mais longo, virar o jogo num cruzamento, porque a mulher não bate na bola com tanta força. Então esse tipo de jogada precisa ser adaptado, você tem que mexer na disposição das atletas”, ensina.

Sobre as jogadas aéreas, por exemplo, usadas estrategicamente contra o Brasil por conta da altura das brasileiras, a zaga é toda envolvida tecnicamente para compor uma linha mais alta na tentativa de evitar o gol adversário. A intenção do treinador é que uma bola nunca seja disputada na pequena área.

» Símbolo de longevidade e garra, Formiga está pronta para a sexta participação olímpica

Já no plano tático, Vadão afirma que as meninas são mais determinadas que os homens. “Isso porque um moleque já cresce orientado para o futebol. Ele faz escolinha, joga em clube, tem lastro de boleiro. As mulheres só conseguem essa orientação, basicamente, na fase pré-adulta. Então elas se disciplinam para absorver o máximo de conhecimento. Nossas meninas têm uma vontade de aprender muito grande”, argumenta o professor.


Bagagem de prata
Até aqui são duas medalhas de prata, conquistadas em Atenas 2004 e Pequim 2008, ambas em derrotas para os Estados Unidos. A segunda prata teve o gosto um pouco mais amargo. O jogo foi disputadíssimo e a decisão só veio na prorrogação. Alguns atribuem ao nervosismo que tomou conta do time canarinho no tempo extra.

“Foi uma derrota injusta. Por merecimento teríamos levado a melhor naquele jogo”, desabafa a meio campista Formiga. “Mas quem sabe Deus não tenha reservado essa coroação tão importante para acontecer aqui na nossa casa?”, afirma confiante a veterana, presente em todas as edições dos Jogos desde que o futebol feminino entrou no programa olímpico, em Atlanta 1996.

“Eu não tenho dúvida de que essa seleção tem condições de brigar por medalha. Dirigentes de várias equipes do mundo comentam que a qualidade técnica do Brasil está muito melhor após a formação da seleção permanente. Não à toa que muitas das nossas atletas estão sendo contratadas por clubes de diversos países”, afirma Vadão. “Nós sabemos que é difícil porque serão as 12 melhores seleções do mundo. Todas querem vencer. Todas querem o ouro. Mas estamos confiantes e bem preparados para essa Olimpíada”, conclui Vadão, otimista.

Investimentos
Além da Granja Comary, as meninas se concentram no centro de treinamento de Itu. O local, que abrigou a seleção do Japão na Copa do Mundo de 2014, recebeu investimento do Ministério do Esporte e tem uma área de 140 mil metros quadrados, com dois campos oficiais, hotel, restaurante, academia, espaço de convenções, áreas para tratamento médico e fisioterapia.

Para ajudar a consolidar a modalidade, o Ministério do Esporte intensificou o empenho na realização de torneios nacionais e internacionais e deu destaque para a formação de atletas nas categorias de base, em campeonatos escolares sub 17 e na Copa Brasil Universitária. A primeira edição da CBUFF ocorreu em 2014 e contou com incentivo do Governo Federal de mais de R$ 2 milhões. Em 2015, o apoio cresceu e os recursos aplicados no torneio foram de R$ 2.475 milhões.

Outro apoio do Ministério do Esporte que contempla o futebol feminino se dá pelo Bolsa Atleta, que atualmente beneficia 137 jogadoras. Esse número representa R$ 2,3 milhões voltados para os atletas por ano. Pelo Plano Brasil Medalhas, as 22 atletas da seleção são beneficiadas.

Adicionalmente, por meio da Lei de Incentivo, foi aprovado o projeto para a construção do Centro de Excelência de Futebol Feminino em Foz do Iguaçu (PR). A instalação será a “casa oficial” da seleção feminina e receberá outras equipes para treinamento.

Valéria Barbarotto, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Divulgada a equipe de canoagem velocidade que vai defender o Brasil nos Jogos

Com o bicampeão mundial Isaquias Queiroz e o campeão mundial Erlon Souza como seus principais canoístas, a equipe brasileira de canoagem velocidade para os Jogos Olímpicos Rio 2016 foi divulgada nesta terça-feira (28.06) pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa). Além dos dois, a lista também conta com Ana Paula Vergutz, Gilvan Ribeiro e Edson Silva. As provas da modalidade serão disputadas entre os dias 15 e 20 de agosto, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Com a definição do Comitê de Canoagem Velocidade da CBCa, os cinco canoístas darão continuidade à preparação intensa de treinos para os Jogos. Isaquias Queiroz e Erlon Souza seguem com o treinamento com o técnico espanhol Jesus Morlán em Lagoa Santa (MG), enquanto Ana Paula Vergutz, Gilvan Ribeiro e Edson Silva concentram-se com os técnicos Rui Fernandes e Lauro de Souza Jr na raia da Universidade de São Paulo, na capital paulista. A equipe que segue para os Jogos no Rio também será composta pelo Chefe de Equipe, Alvaro Koslowski.

» Conheça a estrutura para a Canoagem Velocidade

Foto: CBCaFoto: CBCa

» Confira os perfis dos canoístas:

Isaquias Queiroz
Nascido em 1994, em Ubaitaba, sul da Bahia, o bicampeão mundial Isaquias descobriu a canoagem aos 11 anos,  por meio do projeto “Segundo Tempo”, do Ministério do Esporte. O que começou como brincadeira logo revelou um talento e chamou a atenção dos técnicos. A evolução veio rápido e, aos 22 anos, o menino se transformou em uma das apostas brasileiras para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

 A expectativa é fruto dos resultados conquistados em competições internacionais desde o início de sua carreira. Na Alemanha, em 2011, ele voltou com a prata na C1 500m e o inédito título de campeão mundial júnior na prova C1 200m. Em 2013, com a conquista do Mundial da Alemanha na prova C1 500m, o atleta começou a escrever seu nome na história do esporte. O bicampeonato veio no ano seguinte, na Rússia, juntamente com um bronze na C2 200m, conquistado ao lado de Erlon Souza.

As conquistas continuaram em 2015. Na Copa do Mundo da Alemanha, ele saiu com um ouro na C1 500m e uma prata na C1 1000m. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, Isaquias ganhou duas medalhas de ouro (C1 1000m e C1 200m) e uma de prata ao lado de Erlon (C2 1000m). O atleta encerrou seu ano pré-olímpico com mais duas medalhas no Campeonato Mundial da Itália: ouro na C2 1000m ao lado de Erlon e bronze na C1 200m.



Erlon Souza
O calado Erlon Souza nasceu na cidade de Ubatã, na Bahia, em 1991. Descobriu a canoagem aos 14 anos também por meio do projeto “Segundo Tempo”. As primeiras conquistas internacionais vieram em 2010, com a parceria com o atleta Ronilson de Oliveira. Na Copa do Mundo da Alemanha, a dupla ganhou um bronze na C2 200m, mesma prova na qual garantiram uma prata no Pan de Guadalajara no ano seguinte.

Em 2012, o atleta aumentou seu quadro de medalhas ao conquistar a prata na C2 200m em todas as etapas da Copa do Mundo, ocorridas na Polônia, Alemanha e Rússia. Os resultados levaram o atleta a fechar o ano com a participação nos Jogos Olímpicos de Londres. Em 2013, Erlon voltou à Polônia para disputar a terceira etapa da Copa do Mundo e garantiu o ouro na C2 200m e a prata na C2 500m, novamente com Ronilson.

No Campeonato Mundial da Rússia, em 2014, o baiano ganhou sua primeira medalha ao lado de Isaquias Queiroz: bronze na C2 200m. Na Copa do Mundo da Itália, realizada no mesmo ano, Erlon voltou a competir com Ronilson e conquistou a prata na C2 200m, prova que garantiu também o primeiro bronze de 2016, na Copa do Mundo da Alemanha.



Ana Paula Vergutz
A canoísta paranaense nascida em Cascavel (PR), em 1989, começou a praticar o esporte aos dez anos de idade, ao ser convidada por uma equipe para treinar no lago perto da sua casa. O fechamento do clube fez com que a atleta ficasse afastada do esporte por sete anos, retornando só aos 18 anos.

De lá para cá foram só conquistas. Ana Paula foi a primeira mulher da canoagem brasileira a ganhar uma medalha em Jogos Pan-Americanos: um bronze inédito no K1 500m em Toronto, no Canadá, e já conquistou mais de dez títulos brasileiros.

 Ela vai ser a primeira brasileira a disputar uma Olimpíada na canoagem velocidade. A prova é a do K1 500m. “É um sonho para mim. Desde criança, sempre acompanhei e esperava ansiosa as Olimpíadas, e agora poder participar de uma edição é inexplicável. Espero representar bem o Brasil, fazendo uma ótima prova, e fazer o melhor tempo possível”.



Edson Isaías Freitas da Silva
Mais conhecido como “Edinho”, o canoísta é gaúcho, nascido em 1982, na cidade de Porto Alegre. Morando em Guaíba desde 1991, teve seu primeiro contato com a canoagem aos 13 anos de idade, num projeto social da cidade, na Associação de Canoagem de Guaíba.

A partir deste dia, o amor pelo esporte só aumentou e o sonho de chegar aos Jogos Olímpicos o acompanhou por toda sua caminhada. Integrante da Seleção Brasileira desde 2000, entre muitas vitórias e medalhas, sua principal conquista foi o ouro no K4 500m, ao lado de Roberto Maehler, Carlos Augusto Pimenta de Campos e Sebastián Cuattrin, nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio. Edinho também conquistou a prata no K1 200m e o bronze no K2 200m, ao lado de Hans Heinrich Mallman, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015.

 Especialista em provas de 200m, o canoísta conquistou vaga para os Jogos Olímpicos nas provas de K1 200m e K2 200m, durante o Campeonato Pan-Americano da modalidade este ano, nos Estados Unidos. No K2, sua parceria é com o atleta Gilvan Ribeiro, com quem treina há cinco meses.

“Os Jogos Olímpicos são o ápice de um atleta, onde ele realmente quer estar e participar de um evento como este aqui no Brasil. É um marco para todos que vão estar representando o nosso país, me sinto realizado com esta conquista. Espero garantir uma vaga na final ou quem sabe brigar por uma medalha”.



Gilvan Bitencourt Ribeiro
Gaúcho, nascido em Cruz Alta, mas morador de Santa Maria, Gilvan tem 27 anos. O atleta começou no esporte aos 12 anos de idade, por influência do seu irmão Givago, que já competia. No primeiro momento seu objetivo era apenas praticar uma atividade esportiva, mas logo o gosto pela canoagem velocidade o levou ao treinamento de alto rendimento.

 Em 2005 foi convocado pela primeira vez para integrar a seleção brasileira, e durante anos de treinamento acumulou muitos títulos e conquistas, como a medalha de prata no K4 com Roberto Maehler, Vagner Junior Souta e Celso Dias de Oliveira Junior, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, e a quarta colocação no K1 500m, na Copa do Mundo de Portugal em 2015.

 Atualmente Gilvan treina em Curitiba, local de treinamento e concentração permanente da Seleção Brasileira de canoagem velocidade. Ele disputará nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro a prova de K2 200m, junto com seu companheiro o atleta Edson Silva.

“Será minha primeira participação nos Jogos Olímpicos. Em Londres a vaga escapou por meio segundo. A sensação de poder representar o país no maior evento do mundo é inexplicável, já posso sentir essa energia nos treinamentos. E por se tratar de uma competição em casa, será com certeza mais especial. Sempre sonhei alto e agora não será diferente”.



Fonte: Confederação Brasileira de Canoagem
Ascom - Ministério do Esporte

Confira como ficaram os grupos do rúgbi para os Jogos Olímpicos Rio 2016

O Brasil conheceu nesta terça-feira (28.06) seus adversários no rúgbi nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A modalidade estreante no evento terá 12 equipes no masculino e 12 no feminino. Entre as mulheres, o Brasil ficou no Grupo C, ao lado de Canadá, Grã-Bretanha e Japão. Já entre os homens, o time está no Grupo A, com Fiji, Estados Unidos e Argentina.
 
Presentes no sorteio realizado no Rio de Janeiro, os atletas da seleção Edna Santini e Daniel Gregg comentaram a posição do Brasil e falaram sobre a expectativa de estrear em casa no Rio 2016.
 
Foto: Divulgação/CBRuFoto: Divulgação/CBRu
 
 
“É um grupo bem interessante”, afirmou Edna, uma das principais jogadoras da seleção. “Tem o Canadá, que é uma potência do rúgbi, mas temos um empate contra elas. A Grã-Bretanha também será difícil e o Japão está de igual para igual. É uma boa chave e esperamos sair com um bom resultado”, avaliou.
 
No masculino, os brasileiros caíram na chave de Fiji, atual campeão da Série Mundial e um dos favoritos ao título no Rio de Janeiro. “A gente acabou ficando no grupo deles, dos Estados Unidos, que vem se preparando muito para as Olimpíadas, e da Argentina, uma potência sul-americana e mundial. Não vai ter jogo fácil, mas o Brasil está preparado”, comentou Gregg.
 
Um dos trunfos do Brasil para ir longe no rúgbi é justamente o fator casa e a presença da torcida brasileira na arquibancada. “É uma grande alegria. É o sonho de todo atleta participar dos Jogos, ainda mais sendo no Brasil”, declarou Edna. “O diferencial aqui é a torcida, a energia que eles põem nos jogos. Acho que vai ser a grande diferença”, apostou Daniel Gregg.
 
Confira como ficaram os grupos do rúgbi para o Rio 2016:
 
Feminino
 
Grupo A
 
Austrália
Estados Unidos
Fiji
Colômbia
 
Grupo B
 
Nova Zelândia
França
Espanha
Quênia
 
Grupo C
 
Canadá
Grã-Bretanha
Brasil
Japão
 
Masculino
 
Grupo A
 
Fiji
Estados Unidos
Argentina
Brasil
 
Grupo B
 
África do Sul
Austrália
França
Espanha
 
Grupo C
 
Nova Zelândia
Grã-Bretanha
Quênia
Japão
 
Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 

Bolsistas do badminton competem no Canadá em confrontos preparatórios para o Rio 2016

Ygor Coelho e Lohaynny Vicente: mais um teste, desta vez no Canadá, antes dos Jogos Rio 2016. Foto: Arquivo CBBdYgor Coelho e Lohaynny Vicente: mais um teste, desta vez no Canadá, antes dos Jogos Rio 2016. Foto: Arquivo CBBd
 
Na reta final da preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, os atletas do badminton Ygor Coelho e Lohaynny Vicente, que defenderão o país em agosto na capital fluminense, estão no Canadá, onde disputam o Yonex Canada Open, evento internacional que começa nesta terça-feira (28.6) e prossegue até o domingo (3.7), no Markin Macphail Centre, em Calgary. Os dois jogadores recebem o patrocínio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. 
 
A dupla acabou de participar de uma clínica pré-game, na Europa, onde, durante vários dias, participaram de atividades de treinamentos, culturais e de relacionamento com atletas de outras nações como parte de uma estratégia de preparação especial para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
 
Ygor Coelho e Lohaynny Vicente jogam somente nas categorias simples masculino e simples feminino, as mesmas em que foram classificados para as Olimpíadas. No Canadá, ele se juntam a rivais do badminton de todo o mundo.
 
Fonte: CBBd
Ascom - Ministério do Esporte 

Presidente Prudente reforça vocação para formar velocistas no tour da tocha

 
Presidente Prudente ganhou mais um capítulo na história dos Jogos Olímpicos. Após ter sua bandeira nas mãos do velocista Claudinei Quirino em Sydney-2000, quando o Brasil surpreendeu o mundo com a prata no revezamento 4x100m, a cidade do interior paulista recebeu nesta terça-feira (27.06) o revezamento da tocha. Quirino e André Domingos reviveram o momento de 16 anos atrás da forma que mais gostam: correndo. Desta vez trocaram o bastão pela chama olímpica na cidade que escolheram viver.
 
O revezamento começou aos pés do Cristo Redentor, na entrada da capital do Oeste Paulista, com o atleta de badminton Enzo Azai. E foi o garoto de 13 anos que passou a chama para Claudinei Quirino. "Nem consegui dormir direito. Parece que hoje estou numa final de Olimpíada. Você levanta cedo, fica se preparando, faz aquele ritual todo", disse Quirino. 
 
Segundo o velocista, em Sydney os brasileiros não eram favoritos e se classificaram mal no dia anterior para a final. "Serviu para vermos que não podíamos errar. Eu me lembro na final peguei o bastão do André, olhei para o lado esquerdo e vi Freddy Mayola (o cubano). No lado direito, vi o campeão do mundo Maurice Greene, o cara mais rápido do planeta na época. Foquei no cubano, encostei do lado dele e consegui passar um pouquinho. Não me lembro um dia tão feliz como esse", recorda. "Tinhámos um técnico muito bom, que era nosso cérebro. Ele dizia que deveríamos primeiro treinar e depois reclamar", comenta ao descrever a pista da época, com piso inapropriado e gasto. Por isso, costumavam treinar num espaço usado para festas de peão na cidade vizinha, Alvares Machado.
 
Medalhista olímpico no revezamento em Sydney (2000), Claudinei Quirino conduz a tocha na cidade que adotou para viver com a família. Foto: Francisco Medeiros/MEMedalhista olímpico no revezamento em Sydney (2000), Claudinei Quirino conduz a tocha na cidade que adotou para viver com a família. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
As adversidades fizeram parte da história do menino de Lençóis Paulista, que morou em um orfanato até os 17 anos e mudou para Presidente Prudente em 1992. "Quando cheguei na cidade, morava no ginásio. Eu sonhava crescer e já em 1995 fui para o campeonato mundial. Os meus maiores feitos foram aqui em Prudente", afirma, ao justificar porque optou por continuar na região. "Desde quando morava no orfanato, eu queria uma família e aqui consegui: casei e tenho meus filhos", completa. Não tão longe das pistas, Claudinei trabalha hoje no projeto social Talentos Olímpicos, com foco em democratizar e popularizar a prática esportiva, especialmente o atletismo. Atualmente, cerca de 850 crianças e jovens de bairros da periferia são atendidos pelo programa.
 
Parceiro do Claudiei na conquista da prata em Sydney, André Domingos encerrou o revezamento do dia com o acendimento da pira no Parque do Povo. "Tem muita gente que vai conduzir a tocha que eu não conhecia e isso é muito legal. São pessoas anônimas, com histórias incríveis, que hoje vão passar a ser conhecidas por causa dessa chama", afirma.
 
Arquiteto de formação, o ex-atleta diz que continua ativo no atletismo por meio do projeto André Domingos Velozes em Ação, e que o fogo sagrado vem para reforçar a mensagem que passam diariamente para as crianças. "Espero delas que sejam grandes campeãs na vida. A chama tem que estar inserida dentro de cada um". Para André, o esporte é um instrumento de superação e usa a própria vida como exemplo. "Passei fome, pedi esmola e ajudava minha mãe, que trabalhava em três empregos. Eu tive as portas abertas para entrar no mundo da criminalidade, mas não fui porque o esporte me deu essa oportunidade".
 
Bronze no 4 x 100m em 1996, em Atlanta, André diz que o esforço valeu a pena. "Eu consigo lembrar a emoção quando ganhei as medalhas, mas não consigo descrever. Você treina tanto, se machuca, faz de tudo para se recuperar. De repente está nos Jogos Olímpicos com muitos países e sobe no pódio. É uma sensação louca". Natural de Santo André, o medalhista participou pela primeira vez de uma Olimpíada em Barcelona, em 1992. André recebeu a chama olímpica das mãos de outro grande nome do atletismo brasileiro, Eronildes Araújo, especialista em provas de 400m e recordista sul-americano nos 400m com barreiras.
 
Como de praxe, o revezamento mobilizou a população também em Presidente Prudente. Foto: Francisco Medeiros/MEComo de praxe, o revezamento mobilizou a população também em Presidente Prudente. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
Nova Geração
Dezesseis anos depois da prata em 2000, Presidente Prudente segue como referência para velocistas. Fã de André Domingos, Bruno Lins treina na mesma pista e com o técnico da grande conquista do atletismo brasileiro de velocidade. A pacata cidade do interior paulista já recebeu nada menos que 26 atletas olímpicos durante sua história e o número tem aumentado com a proximidade dos Jogos Rio 2016.
 
Bruno conquistou índice nos 200m e também se classificou com o time do revezamento 4x100m. O atleta acredita que os resultados inspiram os demais jovens. "A cidade é um celeiro por vários fatores, a começar por Claudinei Quirino e André Domingos. Não tenho nem o que falar da história deles. Acredito que mais gente continua vindo para cá por se espelhar nisso e devem se perguntar o que Prudente tem que esses caras correm tão bem".
 
A equipe brasileira do revezamento 4x100 de Pequim-2008 deve herdar o bronze após confirmação de doping do jamaicano Nesta Carter. "Dos quatro atletas do revezamento titulares na China, todos treinavam aqui. Isso mostra a força do atletismo na cidade", completa Bruno, que recebe a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte.
 
Com a troca de colocação do quarto lugar para o bronze, a cidade terá a terceira medalha olímpica. Mas a maior glória do atletismo brasileiro de velocidade aconteceu com o atual treinador de Bruno. Jayme Netto conquistou além do bronze no 4x100m em Atlanta-96, a prata em Sydney-2000 ao lado de Edson Luciano, Vicente Lenilson, Claudinei Quirino e André Domingos. Jayme se tornou treinador depois de uma lesão grave aos 19 anos. "Tive a oportunidade de captar talentos e fui a cinco Olimpíadas. O Claudinei e o André fizeram parte dessa história, pois vieram meninos para cá e conseguimos um grande feito para o atletismo", lembra..
 
O quarteto de prata de 2000 ainda têm a expectativa que a medalha mude de cor. O ex-velocista americano Tim Montgomery confessou a uma emissora de TV dos EUA que se dopou. "Estamos esperando a troca até hoje', revelou André. Jayme acredita que o esforço dos atletas e o estudo da comissão técnica foi a marca da conquista. "Acho que a excelência veio por conta do modelo universidade-esporte que quase não tem no Brasil e deu muito certo".
 
Enzo Azai, atleta do badminton, foi o primeiro condutor em Presidente Prudente. Foto: Francisco Medeiros/MEEnzo Azai, atleta do badminton, foi o primeiro condutor em Presidente Prudente. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
Revezamento
Antes de entrar em Presidente Prudente, a chama olímpica passou pelo Santuário Morada de Deus, na cidade vizinha de Álvares Machado. Ao longo percurso, celebridades e conduziram a chama, como o apresentador Rodrigo Faro e o ex-bbb Rogério Padovan.
 
Em uma cidade com grande tradição universitária, professores e projetos acadêmicos foram, ainda, passaporte para alguns condutores, como o professor Ricardo Oliveira. Ele criou, em 2014, a Caneta Gabarito. A invenção ajuda na hora de preencher os cartões em provas. Outro condutor inovador foi o professor Eli Cândido Júnior. Desafiado a criar algo novo para os alunos do curso de Sistema de Informação, ele criou uma competição de futebol com rôbos. "Eu sempre penso que a gente pode fazer algo mais. O campeonato é uma disputa entre dois rôbos, via aplicativo no celular", explica.
 
Nesta terça-feira (28.06), a tocha passa por Paraguaçu Paulista, Marília e Assis, em São Paulo, e entra no Paraná por Londrina, cidade celebração. Durante o dia, serão percorridos 430 quilômetros, com 120 condutores. Na Região Sul, o comboio passará por 72 cidades e o deslocamento total será de mais de 5 mil quilômetros.
 
Crianças esperam a passagem do tour, banda marcial foi convocada para animar a festa e o apresentador Rodrigo Faro, um dos condutores. Fotos: Francisco Medeiros/MECrianças esperam a passagem do tour, banda marcial foi convocada para animar a festa e o apresentador Rodrigo Faro, um dos condutores. Fotos: Francisco Medeiros/ME
 
 
Lilian Amaral e Lorena Castro - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Scheidt chega à sexta Olimpíada sem favoritismo, mas confiante: “Já fiz e dá pra repetir”

Robert Scheidt tem experiência de Jogos Olímpicos como poucos. E pouquíssimos podem se orgulhar de ter 100% de presença no pódio com cinco edições no currículo. De Atlanta 1996 a  Londres 2012, ele esteve em algum dos três degraus, sendo duas vezes no lugar mais alto. Sobre a sexta participação que se aproxima -  de volta à Classe Laser, após duas Olimpíadas na Star - o velejador costuma dizer que talvez seja a primeira em que não chega como favorito. Mas, duas décadas depois de o jovem de 23 anos, ainda solteiro e sem os dois filhos, levar pra casa o ouro de Atlanta, a vontade de vencer ainda é a mesma para o Rio 2016.
 
“Chego a essa Olimpíada sabendo que o jogo vai ser duríssimo, que eu não vou ter a vantagem competitiva que eu tinha em 1996, 2000 e 2004, onde eram dois ou três atletas muito superiores aos demais. Hoje a gente tem 10 a 12 atletas que têm um nível muito parecido. Sei que vai ser tudo na execução, vai ser tudo naquela semana, mas eu acredito na minha chance e é por isso que estou aí tentando melhorar a cada dia”, analisa o bicampeão olímpico.
 
O velejador afirma que os Jogos Olímpicos não são evento de participação e, sim, de performance. O principal, segundo Scheidt, não é se classificar. É colocar-se em condição de disputar uma medalha. E a certeza de saber como “chegar lá” gera tranquilidade.
 
Para o bicampeão olímpico, a vantagem de competir em casa diminui devido à presença constante dos principais adversários nas águas da Baía de Guanabara. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.brPara o bicampeão olímpico, a vantagem de competir em casa diminui devido à presença constante dos principais adversários nas águas da Baía de Guanabara. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br
 
“Por eu ter passado por vários momentos, ter ganhado Jogos Olímpicos, ter perdido, ter ficado em todas as posições do pódio, eu tenho a segurança do que eu posso fazer. Já fiz e dá pra repetir e isso é uma segurança a mais. Quem nunca fez ainda tem aquela dúvida se realmente dá pra chegar ou se Olimpíada é um sonho impossível. Sei que não é”, garante.
 
Na vela, ele explica, o resultado vem de uma construção paciente. “Não dá chegar com muita sede ao pote, querer definir a Olimpíada no primeiro dia. Você precisa ir construindo a Olimpíada. Primeira regata, tirou um sétimo? Está ótimo. Segundo dia, tirou um oitavo? Ótimo. Vai construindo a tua média e, se ficar entre os dez em todas as regatas,  no final você vai estar disputando a medalha”.
 
Fator-casa?
Enigmática, traiçoeira, desafiadora... Não faltam adjetivos para definir a Baía de Guanabara e os desafios que ela impõe aos velejadores. Se os brasileiros a conhecem há mais tempo do que os adversários, também é verdade que as principais equipes investiram bastante no último ciclo olímpico para ter o maior volume de informações possível sobre a baía. Além de câmeras e outros equipamentos de coleta de dados, os estrangeiros também são presença constante nas águas olímpicas nos últimos anos. Para Scheidt, o diferencial vai ser a regularidade na semana de competição.
 
“Todos os atletas que vão competir com chance de medalha já vieram aqui no mínimo dois ou três anos atrás, como a Holanda, a Inglaterra e os Estados Unidos, que já têm base aqui, já conhecem tudo sobre a raia no Rio. O Brasil ainda leva um pouco de vantagem porque passamos mais anos treinando aqui. Eu já velejo aqui há mais de 20 anos, mas o que importa no esporte é a execução, é aquela semana na Olimpíada, são 11 regatas”, diz.
 
As seis raias de competição também podem trazer realidades diferentes e, por isso, a troca de informação é frequente entre os velejadores para saber o que ocorreu em cada uma no dia a dia dos treinos. Além dos dados coletados pela equipe brasileira com auxílio da tecnologia, a base de informações vai aumentando nessas conversas com os colegas, guardadas as diferenças de efeitos de corrente e vento sobre os diversos barcos.  “Você nunca sabe exatamente o que vai acontecer, mas a gente já tem uma boa noção do que pode acontecer e o que pode dar certo e dar errado”, explica.
 
O prato que está na mesa
Para o bicampeão olímpico, quanto mais variação de condição, melhor será, de forma a enfraquecer os “especialistas” em determinada situação, como em ventos muito fortes ou fracos.
 
“Se a gente tiver todas as condições, cada dia um vento diferente vence o velejador mais all-around, que é o meu caso.  Sou um velejador que consegue se defender bem em qualquer condição de vento. Aqui no Rio, dificilmente a gente vai ter sempre vento forte ou sempre vento fraco, vai ter dia com chuva, com maré forte, e a gente tem que estar pronto. Tem que comer o prato que está na mesa, estando pronto pra tudo”, afirma.
 
Comendo um pouquinho a cada dia, ainda que o cardápio não seja o preferido, Scheidt espera chegar à sobremesa, com o doce e único sabor que só a medalha olímpica tem.
 
“O que me motiva é o amor pelo esporte, o meu espírito competitivo, o sonho olímpico, porque na Olimpíada você vive emoções únicas, só quem está ali sabe o que é, e é um pouco viciante. Quando você sobe no pódio e ouve o Hino Nacional, você quer sentir aquilo de novo. Vale todo o sacrifício, todas as manhãs acordando cedo, todos os treinos, todos os percalços, todas as derrotas, pra você chegar lá e ter a chance de brigar mais uma vez. Isso é o esporte: é você se colocar na situação de poder lutar por um objetivo. A medalha pode vir ou não, isso depende de várias circunstâncias. Mas é trabalhar para chegar lá com a melhor chance possível”, ensina.
 
Medalhas olímpicas de Robert Scheidt
 
» Ouro em Atlanta 1996 na Classe Laser
» Prata em Sydney 2000 na Classe Laser
» Ouro em Atenas 2004 na Classe Laser
» Prata em Pequim 2008 na Classe Star, com Bruno Prada
» Bronze em Londres 2012 na Classe Star, com Bruno Prada
 
Carol Delmazo, brasil 2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte 
 

Em Tocantins, Seminário tira dúvidas sobre Lei de Incentivo ao Esporte

Levar informações técnicas sobre como ter acesso aos benefícios disponibilizados pela Lei de Incentivo ao Esporte foi o objetivo do Seminário realizado nesta segunda-feira (27.06) em Palmas, Tocantins. Durante o encontro, na Assembleia Legislativa, empresários, atletas, autoridades políticas e dirigentes esportivos tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre como investir em projetos esportivos por meio da legislação que estimula o desenvolvimento de ações esportivas em todo país. O evento contou com a presença da coordenação de gestão do departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte do Ministério do Esporte.   
 
A iniciativa de promover o debate em Palmas foi do presidente da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, o deputado federal César Halum (PRB-TO). Segundo Halum, o objetivo foi levar informações específicas sobre como ter acesso aos benefícios disponibilizados pela legislação. A lei federal permite que empresas possam deduzir até 1% do Imposto de Renda devido em projetos de esporte, e até 6% para pessoas físicas.
 
Foto: divulgaçãoFoto: divulgação
 
A Lei de Incentivo ao Esporte estimula o desenvolvimento do esporte nacional por meio do patrocínio/doação para projetos desportivos e paradesportivos. “Mesmo com 10 anos de vigência desta lei, a sociedade ainda tem dúvidas quanto à sua implantação. Se por um lado, empresários não sabem utilizar a lei, por outro, as entidades deixam de ser atendidas por erro em documentação que dificulta a aprovação de seus projetos”, disse Halum.
 
De acordo com o assessor técnico do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte do Ministério do Esporte, Marcelo Heringer, Tocantins contava apenas com 41 projetos apresentados ao longo da existência da lei, sendo que apenas cinco projetos conseguiram captar recursos e serem executados. “Podemos colocar o dia de hoje, como o marco zero em relação à alteração das novas propostas do estado”, disse Marcelo.
 
O deputado federal acrescentou que o Brasil tem disponibilizado no Orçamento Geral da União R$ 400 milhões por ano para ser utilizado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, mas o máximo utilizado são R$ 247 milhões. “Isso é reflexo do desconhecimento e da falta de apresentação de projetos, precisamos levar essa lei ao conhecimento dos interessados em desenvolver o esporte brasileiro”, disse.
 
O Seminário contou com a presença do triatleta Olímpico, Juraci Moreira, o ex-árbitro de futebol, e deputado federal pelo Paraná, Evandro Roman, o representante do Ministério do Esporte, Marcelo Mota Anunciação e o Superintendente de Esportes da Seduc, Salim Milhomem. 
 
Ascom – Ministério do Esporte, com informações da Agência Câmara 
 
 

Tererê, patriotismo e influência nipônica na passagem da tocha por Dourados

Com garrafa e cuia de tererê ao lado, cadeiras de praia nas calçadas e bandeira do Brasil nas mãos, moradores de Dourados, no Mato Grosso do Sul, receberam a tocha olímpica em seu 55° dia de tour pelo Brasil. Localizada ao oeste do estado e com marcante comunidade nipônica no país, a cidade se organizou para o revezamento que se encerra em 5 de agosto com a abertura dos Jogos Rio 2016.

Desde o início da tarde, os moradores começaram a se encontrar pelas calçadas. Eram pais com crianças, animais de estimação, amigos pedalando. Entre eles, um grupo composto pela auxiliar contábil Alcione Oliveira, de 31 anos, e suas amigas, aguardava o desfile em cadeiras de praia no canteiro central de uma avenida. "Estamos há mais de uma semana acompanhando as notícias para saber o percurso", contou.

Cadeiras na calçada, bandeira do Brasil na mão: festa em Dourados (MS). (Foto: Ivo Lima//ME)Cadeiras na calçada, bandeira do Brasil na mão: festa em Dourados (MS). (Foto: Ivo Lima//ME)

Acompanhada do marido e do filho, a professora Virgínia Trichiz, 33 anos, esperava na região central. Para ela, a chama olímpica incentiva a cena cultural dos lugares por onde passa. "Ela faz com que as pessoas se reúnam, estejam mais próximas, cada cidade cria uma atividade cultural e todo mundo usufrui do cenário."

Dourados é segunda maior cidade do Mato Grosso do Sul, atrás da capital Campo Grande. Assim como no resto do estado, sua bebida característica é o tererê, uma espécie de chimarrão gelado que é de fácil preparo e tomado principalmente nos encontros informais entre amigos.

Seila, Maria Clara e Ezequiel: adereços patriotas saíram do armário para acompanhar o tour. (Foto: Ivo Lima/ME)Seila, Maria Clara e Ezequiel: adereços patriotas saíram do armário para acompanhar o tour. (Foto: Ivo Lima/ME)

Seila Rojas, José Ezequiel e a filha Maria Clara mudaram a rotina para não perder o revezamento que passaria na porta de casa. O carro ficou na garagem, o almoço ficou pronto mais cedo e os chapéus, corneta e bandeira do Brasil saíram do armário para equipá-los. Era um evento diferente na cidade e uma oportunidade, na avaliação deles, de mostrar um pouco de Dourados ao resto do país.

O casal chegou na cidade para trabalhar: ela vinda do interior do estado e ele de Minas Gerais. No dia anterior ao revezamento, garantiram uma foto com a réplica do símbolo olímpico em uma praça da cidade. "Ficamos ansiosos desde que soubemos que o comboio passaria em frente à nossa casa e por isso vínhamos nos preparando para que esse momento não passasse em branco, e sim em verde amarelo", brincou ele. "Estou acompanhando a tocha em Mato Grosso do Sul desde que chegou em Campo Grande. No meu grupo de família já recebi fotos em duas cidades e agora é a minha vez", completou ela.

O jornalista britânico Jonathan Bramley foi um dos primeiros condutores. (Foto: Ivo Lima/ME)O jornalista britânico Jonathan Bramley foi um dos primeiros condutores. (Foto: Ivo Lima/ME)

BBC
Um dos primeiros condutores da cidade foi o jornalista britânico Jonathan Bramley. Produtor executivo da BBC, emissora de TV inglesa, Bramley coordena, desde 1992, o núcleo responsável pela cobertura de grandes eventos esportivos. No país há dois dias para preparar o terreno e antecipar matérias exibidas durante os Jogos Rio 2016, ele foi convidado a conduzir a chama na cidade sulmatogrossense.

Bramley tem vasta experiência em coberturas olímpicas e acredita no potencial do Brasil para promover uma edição memorável. "O revezamento da chama é o primeiro contato do povo com os Jogos Olímpicos. Em Londres, em 2012, os britânicos estiveram muito animados. A julgar pela euforia dos brasileiros, teremos uma bela edição aqui ", disse.

Amélia Leite passou a adotar o esporte com mais ênfase a partir dos 60 anos. (Foto: Ivo Lima/ME)Amélia Leite passou a adotar o esporte com mais ênfase a partir dos 60 anos. (Foto: Ivo Lima/ME)

Amelinha
Pouco mais de um quilômetro à frente, no outro extremo do Parque dos Ipês, foi a vez da professora aposentada Amélia Leite, de 64 anos, viver seu momento de glória. Amelinha, como é conhecida, conquistou a vaga graças a uma campanha popular repleta de adesões, que incluem os grupos de trabalhos sociais, voluntariado e os muitos parceiros de corrida da douradense.

O esporte entrou na vida dela na época do aniversário de 60 anos. Quatro anos se passaram e Amelinha já participa das primeiras maratonas. "Nunca imaginava que um dia fosse carregar uma tocha olímpica. Esse momento chegou, aos 64 anos", dizia. Com a animação que é uma de suas características, ela atravessou os 200 metros transição entre sorrisos e acenos.

Representantes da colônia japonesa marcaram presença no tour. (Foto: Ivo Lima/ME)Representantes da colônia japonesa marcaram presença no tour. (Foto: Ivo Lima/ME)

Nipônicos
Mato Grosso do Sul é o terceiro estado em número de japoneses e descendentes no Brasil - e Dourados é a cidade com a maior concentração desses estrangeiros na região. A forte presença nipônica movimenta a economia local e alimenta uma cultura secular japonesa, onde o idioma é ensinado na escola e falado dentro de casa por essas famílias.

Estima-se que pelo menos 800 delas vivem na cidade. "Mantemos vida essa chama dos nossos ancestrais, pais e avós que vieram para o Brasil há muitos anos e constituíram famílias aqui", explicou Nélio Shigueru Kurimori, 63 anos, médico e presidente da Associação Cultural Esportiva Nipo Brasileira de Dourados.

Antes de chegar em Dourados, a chama percorreu os municípios de Sidrolândia, Maracaju, Rio Brilhante e Itaporã. Nesta segunda (27.6), encerra a rota pelo Mato Grosso do Sul nas cidades de Nova Andradina e Bataguassu, de onde segue para Presidente Prudente. Será está a primeira passagem do fogo olímpico pelo estado de São Paulo.

Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Dourados (MS)

Ascom - Ministério do Esporte

Delegação da Índia inicia preparação para Rio 2016 na Universidade Federal de Viçosa

Foto: Divulgação/UFVFoto: Divulgação/UFV

A Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, já está no clima olímpico. A universidade acolheu neste domingo (26.06) a delegação da Índia de levantamento de peso que participará de período de 29 dias de aclimatação e treinamento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. 
 
A UFV conta com uma das melhores instalações do Brasil para o levantamento de peso. A estrutura é fruto de convênios, com o Ministério do Esporte, que possibilitaram a aquisição de todo material certificado da modalidade. 
 
 
A delegação da Índia conta com cinco atletas e dois técnicos. Para o professor João Carlos Bouzas Marins, acolher atletas de outros países é uma oportunidade de intercâmbio com outros países. “Para a universidade é importante, pois permite com que os alunos de graduação possam acompanhar o treinamento de atletas de nível olímpico, fazer intercâmbio também na questão cultural e esportivo. Esta visita é resultante também do trabalho que a UFV desenvolveu na modalidade desde 2008. Outros países também manifestaram o interesse para utilizar as instalações, como o Egito e a Tunísia”, disse. 
 
A cidade de Viçosa é conhecida pela tradição no levantamento de peso. Desde a década de 1970, a UFV tem registros da prática da modalidade. O Ministério do Esporte firmou convênios com a universidade para a contratação de profissionais qualificados e aquisição de equipamentos esportivos de alto nível, fundamentais para a realização dos treinamentos das delegações estrangeiras que irão disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. 
 
Foto: Divulgação/UFVFoto: Divulgação/UFV
 
Breno Barros
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