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Vôlei de praia do Brasil conquista três medalhas no Grand Slam da Polônia

As duplas brasileiras de vôlei de praia conquistaram três medalhas no Grand Slam de Olsztyn, na Polônia. No masculino, Alison e Bruno Schmidt ficaram com a prata, enquanto Guto e Saymon (RJ/MS) conquistaram o bronze neste domingo. Já no feminino, Larissa e Talita levaram o vice-campeonato, no sábado. Os jogadores recebem o patrocínio do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.  
 
Os campeões mundiais e representantes olímpicos brasileiros Alison e Bruno Schmidt foram superados na decisão do torneio europeu pelos letões Samoilovs e Smedins, por 2 sets a 0 (21/19 e 21/15), em 37 minutos de jogo. Já Guto e Saymon levaram a medalha de bronze ao vencerem os norte-americanos Gibb e Patterson por 2 sets a 1 (21/15, 19/21 e 15/11), em 48 minutos de partida.
 
Alisson e Bruno Schmidt ficam com a prata na Polônia (Foto: Adam Nurkiewicz/Getty Images for FIVB)Alisson e Bruno Schmidt ficam com a prata na Polônia (Foto: Adam Nurkiewicz/Getty Images for FIVB)
 
"Estava muito quente, mas foi um grande espetáculo para todos. Essa vitória foi um resultado muito importante para nossa dupla. Motivou-nos muito. Estamos crescendo, evoluindo. Uma dupla jovem e queremos melhorar cada vez mais para representar bem o país", disse Saymon após o bronze.
 
As bicampeãs brasileiras e representantes olímpicas Larissa e Talita chegaram à final no sábado, mas foram superadas apenas no tie-break pelas alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst. Vitória das europeias por 2 sets a 1 (18/21, 21/15 e 10/15), em 41 minutos de partida.
 
Duda e Elize Maia, eliminadas pelas alemãs na semifinal, acabaram derrotadas na disputa da medalha de bronze. Elas foram superadas por 2 sets a 0 (22/20 e 21/14) pelas eslovacas Natalia Dubovcova e Dominika Nestarcova, em 36 minutos. 
 
O Brasil soma agora 19 medalhas no Circuito Mundial 2016, sendo seis de ouro, oito de prata e cinco de bronze (veja quadro completo abaixo). Esta é a 13ª vez que Alison/Bruno Schmidt sobe ao pódio em uma etapa do tour internacional. Já Guto e Saymon conquistam a quarta medalha da dupla, a primeira delas em uma etapa Grand Slam.
 
A próxima parada do Circuito Mundial é no Major Series de Porec, na Croácia, de 28 de junho a 2 de julho. Antes dos Jogos Olímpicos ocorrerão ainda outras duas etapas. O Major Series de Gstaad, na Suíça, e o Major de Klagenfurt, na Áustria.
 
Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte 

Brasil conquista o tricampeonato do Pan-Americano Masculino

Em um belo aquecimento para os Jogos Olímpicos, a Seleção Masculina de Handebol subiu ao lugar mais alto do pódio neste domingo (19.06). A equipe conquistou o tricampeonato do Pan-Americano da modalidade, depois de vencer o Chile. 
 
Durante a final contra os chilenos, o placar não foi tranquilo em nenhum momento para a equipe brasileira, que terminou com uma vantagem de quatro gols. No final, fechou o jogo em 28 a 24, após 15 a 12 no primeiro tempo.
 
O início foi bastante tenso, digno de uma grande decisão. Depois de mais de dois minutos sem que ninguém fizesse gol, o Brasil abriu o placar com José Guilherme. Após garantir três gols de vantagem, a equipe cometeu erros no ataque e perdeu vários gols, alguns cara a cara com o goleiro. Trabalhando melhor os contra-ataques, o Brasil conseguiu chegar mais efetivo na área adversária e avançou no placar. Terminou o primeiro tempo com uma diferença de três gols e levou isso para a etapa seguinte. 
 
 
O técnico da seleção brasileira Jordi Ribera apontou alguns fatores que poderiam ter saído melhores durante a final e semifinal, mas elogiou a consistência do grupo. “Acho que fizemos um bom campeonato. Talvez não tenhamos jogado tão bem na final. Tivemos alguns apuros no ataque, como também tivemos contra a Argentina. Isso possivelmente se deva ao fato de que tivemos partidas muito fáceis durante a fase de grupos, que não nos permitiu treinar situações de seis contra seis com mais fluidez. Também pode ser que tenhamos sentido um pouco a pressão, pois temos jogadores muito jovens, que em outros momentos não tiveram essa capacidade de finalização. Fomos merecedores do título. Ganhamos sete jogos que disputamos. Mostramos em todos eles que fomos superiores e estou contente com o grupo que fez um bom trabalho”, elogiou.
 
O armador José Guilherme Toledo disse que a concentração da equipe foi fundamental durante o campeonato. “Foi um torneio muito duro e estamos muito contentes. Entramos em todos os jogos com muita concentração e respeito com todos os adversários. Demos o máximo na quadra sempre e isso funcionou”, disse.
 
O ponta Fábio Chiuffa, artilheiro do Brasil, com 43 gols, apontou a defesa como uma grande arma do grupo. “Acredito que nossa defesa está muito bem, muito sólida e compacta. Para mim foi tudo muito ótimo. Consegui jogar bem esse campeonato e estou muito feliz. Espero seguir treinando e evoluindo para fazer bem as coisas no Rio”, projetou o jogador. 
 
Com folga na próxima semana, a Seleção Masculina volta a se reunir para uma fase de treinamentos no Brasil e depois segue para a Dinamarca, onde irá enfrentar a Seleção da casa em dois amistosos. O passo seguinte já será a reunião para a disputa dos Jogos Olímpicos. 
 
O campeonato premiou a equipe ideal e o Brasil foi destaque também. O melhor ponta esquerda foi Felipe Borges e o melhor ponta direita, Fábio Chiuffa. Sebastián Simonet, da Argentina, foi o melhor central, Rodrigo Salinas, do Chile, o armador direito, o pivô foi Estaban Salinas, do Chile, Matias Schulz, da Argentina o melhor goleiro e o melhor jogador e armador esquerdo Minik Hoegh, da Groenlândia.
 
Fonte: CBHb
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Com 100% de bolsistas, Seleção Brasileira de levantamento de peso é convocada para o Rio 2016

A Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos (CBLP) definiu os cinco integrantes da Seleção Brasileira que disputará os Jogos Rio 2016. Os convocados são Fernando Saraiva Reis, categoria acima de 105 kg; Mateus Felipe Gregório Machado, categoria 105 kg; Welisson Rosa Silva, categoria 85 kg; Jaqueline Antônia Ferreira, categoria 75 kg; e Rosane dos Reis Santos, categoria 53 kg. Todos os atletas recebem o patrocínio do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. 
 
A equipe conta com três atletas do programa Bolsa Pódio: Fernando Reis, Mateus Felipe Gregório e Jaqueline Ferreira. Já Welisson Rosa Silva e Rosane dos Reis recebem a Bolsa Internacional. A confederação conta com patrocínio da Petrobras. 
 
Fernando Reis vai para a segunda olimpíadas (Foto: divulgação)Fernando Reis vai para a segunda olimpíadas (Foto: divulgação)
 
 
Para definir os donos das cinco vagas olímpicas, três no masculino e duas no feminino, garantidas ao Brasil por ser a sede da competição, a confederação utilizou como critério técnico a média do índice Sinclair dos três melhores resultados obtidos pelos atletas em cinco competições: Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, Campeonato Mundial 2015 e Campeonato Brasileiro 2015, Campeonato Sul-Americano/Evento-teste Rio 2016 e Campeonato Pan-Americano 2016.
 
A fórmula Sinclair é adotada pela Federação Internacional de Levantamento de Pesos (IWF – International Weightlifting Federation, em inglês) e consiste na comparação do desempenho entre os atletas de diferentes pesos corporais, visando determinar o melhor desempenho qualitativo dos atletas em relação ao peso levantado.
 
“O índice Sinclair e as cinco competições que seriam consideradas para definir a convocação foram critérios estabelecidos pela Coordenação Técnica da CBLP, no início do ciclo olímpico, em 2013”, esclarece o presidente da CBLP, Enrique Montero Dias, acrescentando que, confirmados os nomes da Seleção Olímpica, o momento agora é de foco nos Jogos Rio 2016. “Estaremos competindo em casa e, com o apoio da torcida brasileira, nossos atletas terão um incentivo a mais para buscar os melhores resultados de suas carreiras”.
 
Entenda o Levantamento de Pesos
O levantamento de pesos é uma modalidade olímpica composta por duas provas: arranco e arremesso. Na primeira, o atleta deve erguer a barra acima da cabeça em apenas um movimento. Já no arremesso, o atleta primeiramente apoia a barra sobre os ombros para depois erguê-la sobre a cabeça.
 
Os atletas têm três tentativas em cada prova. O objetivo é obter o melhor total, que é a soma do maior peso levantado nas duas provas. O levantamento de pesos é dividido em 15 categorias de peso corporal: oito masculinas e sete femininas.
 
Homens – 56 kg, 62 kg, 69 kg, 77 kg, 85 kg, 94 kg,  105 kg, +105 kg
Mulheres –  48 kg, 53 kg, 58 kg, 63 kg, 69 kg, 75 kg, +75 kg.
 
Reta final
 Na fase final de preparação para as Olimpíadas, a Seleção Brasileira Olímpica de Levantamento de Pesos ficará concentrada no Centro de Treinamento da Unimed, no bairro de Guaratiba, no Rio de Janeiro. A competição da modalidade nos Jogos Rio 2016 acontecerá entre os dias 6 a 16 de agosto, no Riocentro – Pavilhão 2.  
 
Confira o perfil dos atletas da Seleção Brasileira Olímpica: 
 
Fernando Saraiva Reis (categoria acima de 105 kg)
26 anos (10/03/1990). 1,85m. Natural de São Paulo/SP.
– Bicampeão dos Jogos Pan-americanos – Guadalajara/2011 e Toronto/ 2015
– Medalha de ouro (arranco) no Campeonato Sul-americano/Evento-teste Rio 2016
– 11º lugar no Campeonato Mundial Adulto – Houston/EUA – 2015
– Campeão brasileiro 2015
– 12º lugar nos Jogos Olímpicos de Londres/2012
 
Mateus Felipe Gregório Machado (categoria até 105 kg)
22 anos (05/07/1993). 1,88m. Natural de Viçosa/MG.
– Medalha bronze no Campeonato Sul-americano/Evento-teste Rio 2016
– Medalha de bronze (arranco) no Campeonato Pan-americano 2016
– Medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de Toronto/2015
– Medalha de prata no Campeonato Sul-americano 2015 (+105 kg)
– Vice-campeão brasileiro 2015 (+105 kg)
 
Welisson Rosa Silva (categoria 85 kg)
32 anos (22/11/1983). 1,60m. Natural de Viçosa/MG.
– Medalha de bronze (arremesso) no Campeonato Pan-americano 2016
– Campeão brasileiro 2015
– 22º lugar no Campeonato Mundial Adulto 2015
– 18º lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008
– 11 vezes campeão brasileiro
 
Jaqueline Antônia Ferreira (categoria 75 kg)
29 anos (05/03/1987). 1,66m. Natural de Duque de Caixas/RJ.
– Medalha de bronze no Campeonato Sul-americano/Evento-teste Rio 2016
– Única brasileira medalhista (bronze no arranco) no Campeonato Pan-americano/Pré-olímpico das Américas 2016
– Medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos 2015 – Toronto/Canadá
– Campeã brasileira 2015
– 11º lugar no Campeonato Mundial Adulto 2015 – Houston/EUA
– 8º lugar nos Jogos Olímpicos de Londres/2012
 
Rosane dos Reis Santos (categoria 53 kg)
28 anos (20/06/1987). 1,62m. Natural do Rio de Janeiro/RJ.
– Medalha de ouro no Campeonato Sul-americano/Evento-teste Rio 2016
– 4º lugar nos Jogos Pan-americanos de Toronto /Canadá  2015
– Campeã brasileira 2015
– Medalha de ouro no Campeonato Sul-americano 2015
 
 Fonte: CBLP
Ascom – Ministério do Esporte
 

Salto de paraquedas sobre comunidade indígena marca a passagem da tocha por Roraima

 
Desde que aterrissou em solo brasileiro, em 3 de maio, a chama dos Jogos Olímpicos Rio 2016 já protagonizou experiências inusitadas: surfou no mar de Pernambuco; desfilou em carro de boi e desceu de toboágua em Goiás; desceu um pico nas mãos de um piloto de parapente em Minas Gerais. Neste sábado (18.06), o símbolo máximo dos Jogos Olímpicos adicionou mais uma experiência à sua lista de aventuras: saltou de paraquedas de uma altura de 10 mil metros e sobre uma comunidade indígena em Roraima.
 
O autor da façanha é o paraquedista e videomaker Luigi Cani. Há 20 anos, o curitibano transformou o paraquedismo, até então um hobby, em profissão. Ele foi aos Estados Unidos estudar e acabou arrumando estágio em um produtora especializada em produção de imagens aéreas e viu a oportunidade de associar a paixão pelo voo a um produto midiático. Apelidado de Homem Voador, Cani tornou-se celebridade internacional em seu meio e desenvolveu uma carreira calcada em desafios, recordes mundiais e superação de limites. Ele é o recordista mundial de velocidade em queda livre (552 km/h sem auxílio de motor) e de salto e pouso com o menor e mais veloz paraquedas do mundo, além de ter participado da maior formação de wingsuit (traje especial semelhante às asas de um morcego) do mundo.
 
Desde o início do dia, moradores da comunidade indígena Campo Alegre, nas terras indígenas São Marcos, a 60 km da capital, estavam eufóricos com a manobra do piloto. Arqueiros faziam demonstrações de sua habilidade com a flecha, homens e mulheres exibiam suas pinturas e adornos de dias de festa, crianças corriam de um lado para o outro e reagiam com gritos sempre que um helicóptero cruzava o céu da comunidade.
 
O tempo não ajudou e, em minutos, o calor amazônico se transformou em céu encoberto, com constantes pancadas de chuva. As nuvens encobriam o avião que levava o paraquedista e a tocha, o que exigiu dez sobrevoos e muitas missões abortadas. No início da tarde, no entanto, o piloto encontrou uma brecha entre a nebulosidade e cruzou o horizonte da aldeia, em uma queda livre de 300 km/h, em um voo rápido e instável, que deixou a plateia apreensiva. Visivelmente cansado, o piloto comemorou o plano bem sucedido e a oportunidade de conduzir o fogo sagrado do esporte. "As Olimpíadas são um dos eventos mais importantes do mundo e ter uma microparticipacão neles é emocionante", afirmou.
 
 
Em terra firme, ele entregou a chama para a líder indígena Lourdes dos Santos Sampaio, 56 anos. Atuante na agricultura comunitária e especialista em culinária indígena, Lourdes é uma espécie de articuladora e conselheira dos Macuxi que ali vivem. Durante três anos foi tuxaua (administradora) de Campo Alegre, onde vivem 378 indígenas. "Para nós, essa festa traz união. Muitas pessoas de outras comunidades, que têm rádio ou televisão, ficaram sabendo e vieram acompanhar a festa", destaca.
 
Assim que cruzou o pátio central da aldeia, escoltada por arqueiros, a indígena entrou em um semicírculo e se posicionou no centro de uma roda feita por crianças da comunidade, que dançaram a parixara. "É uma dança para quando estamos esperando por alguma coisa, ficamos felizes e resolvemos dançar a nossa alegria", ensina Lourdes.
 

Revezamento Tocha - Boa vistaRevezamento Tocha - Boa vista

Rota Urbana 
Em Boa Vista, o trajeto teve início na Praça das Águas. Recentemente revitalizado, o espaço agora une tradição e inovação. Os painéis de azulejo assinados pelo escultor pernambucano Francisco Brennand foram mantidos. Mas a praça ganhou um sistema de fontes abastecidas por águas renováveis que ganham iluminação noturna e se movem conforme o ritmo da música executada. O espetáculo, diário, começa quando o sol se põe. A orla da cidade, a Igreja da Matriz, o Rio Branco, que banha a capital roraimense, e a Vila Olímpica da cidade fizeram parte do percurso, de 32 quilômetros, percorridos por 125 condutores.
 
Uma delas, a cantora Euterpe, nome artístico de Andressa Nascimento, 30 anos, era só orgulho por representar a classe artística do estado. "Estou muito emocionada. Logo eu que tenho esse nome: Euterpe é o nome de uma das nove musas da Mitologia Grega", destacou.
 
Investimentos
Boa Vista, única capital brasileira localizada no hemisfério norte, receberá um Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), com ginásio reversível e pista de atletismo, orçado em R$ 4,1 milhão. A reforma da Vila Olímpica Roberto Marinho é fruto de uma parceria entre Ministério do Esporte e Prefeitura Municipal. O Governo Federal também está investindo R$ 9 milhões na construção de uma pista oficial de atletismo no Parque Anauá, em Boa Vista. Seis atletas do estado recebem recursos do Bolsa Atleta.
 
Mariana Moreira, de Boa Vista
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Com atuação de alto nível, Brasil bate os EUA e encerra rodada da Liga Mundial invicto

Foi um confronto válido pela Liga Mundial de vôlei, mas Brasil e Estados Unidos, neste sábado (18.06), teve clima olímpico. A Arena Carioca 1 será palco do basquete nos Jogos Rio 2016, mas o cenário do Parque Olímpico da Barra, a vibração do público de 9.573 espectadores e o horário da partida, que teve início às 23h10, criaram a atmosfera da partida, que se repetirá pelo Grupo A das Olimpíadas, entre duas equipes favoritas ao ouro.

“Acho que o time se saiu muito bem, manteve um nível alto de jogo e se ambientou ao clima de Olimpíada que foi formado”, avaliou o central Eder. “Hoje pode ter sido uma prévia da final olímpica. A gente sabe que os Estados Unidos são um time de muita qualidade, que vêm demonstrando isso ao longo dos anos. Foi muito bom ter conseguido essa vitória. É importante para a moral do grupo”, prosseguiu.

Os saques de Eder foram decisivos para a virada do Brasil no quarto set. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)Os saques de Eder foram decisivos para a virada do Brasil no quarto set. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Se foi uma prévia do que teremos em agosto, o torcedor brasileiro pode ficar otimista. A seleção impôs um ritmo forte de jogo, superou situações adversas, lidou bem com a pressão e conquistou a vitória por 3 sets a 1, com parciais de 25/19, 25/15, 22/25 e 25/22, em 2h03min de partida. Wallace foi o maior pontuador do Brasil, com 18.

Para o levantador Bruninho, a equipe está em evolução para buscar manter a mesma intensidade mostrada nas duas primeiras parciais contra os Estados Unidos em todos os sets. “A gente conseguiu ver que o time está jogando bem. Jogar no nível dos dois primeiros sets o jogo todo não é fácil, mas a gente busca isso. Se jogarmos com essa intensidade, seremos um time difícil de ser batido”, projeta.

Mesmo a derrota na terceira parcial, quando a seleção chegou a ficar sete pontos em desvantagem e reagiu no final do set, foi valorizada por Bruninho. “A gente também precisa passar por dificuldades. Ganhar por 3 sets 0 e não sentir um momento de tensão, de repente, não ia ser tão importante quanto foi a partida de hoje. Depois dos dois primeiros sets que a gente dominou amplamente, a gente teve que suar muito”.

Campanha 100%
O Brasil sai com um saldo positivo nesta primeira rodada da Liga Mundial, disputada no Rio de Janeiro. Foram duas vitórias de 3 sets a 0, contra Irã e Argentina, e uma por 3 sets a 1, contra os Estados Unidos. Todas as equipes estão classificadas para os Jogos Rio 2016. “Acredito que Argentina e Irã são times que não brigam por medalha de ouro, mas vão incomodar, possivelmente vão tirar o jogo de algum time grande nas Olimpíadas e os Estados Unidos são candidatos ao título. Foram três bons testes para a gente. São times com volume de jogo, que defendem muito, você tem que ter paciência para rearmar o mesmo ponto várias vezes”, disse Bruninho.

O técnico Bernardinho também pôde fazer experiências e iniciou as partidas com três formações diferentes. Contra os Estados Unidos entraram o ponta Lipe e o central Eder. Posições que haviam sido testadas com Douglas e Murilo, além de Maurício Souza e Isac, respectivamente, nas partidas anteriores.

Na próxima semana, a seleção embarca para a Sérvia, onde enfrenta os donos da casa na quinta-feira (23.06), novamente o Irã, na sexta-feira (24.06), e a Bulgária, no sábado (25.06). Os jogos serão válidos pela segunda rodada da Liga Mundial.

Lipe, que faz aniversário neste domingo, foi uma das experiências de Bernardinho no jogo contra os EUA. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)Lipe, que faz aniversário neste domingo, foi uma das experiências de Bernardinho no jogo contra os EUA. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Horário
Na primeira fase das Olimpíadas, o Brasil fará sua estreia contra o México, no dia 7 de agosto, às 11h35. Depois, a equipe dirigida pelo técnico Bernardinho enfrentará Canadá, no dia 9; Estados Unidos, no dia 11; Itália, no dia 13; e França no dia 15, sempre às 22h35. Os quatro jogos noturnos obrigarão os atletas a mudarem a rotina de alimentação e descanso, como foi no confronto deste sábado.

“A gente se adaptou. Fizemos o treino da manhã mais tarde, por volta das 12h30. Atrasamos tudo, o café da manhã foi mais tarde, o almoço... Descansamos um pouco à tarde, para chegar na hora do jogo com o organismo mais ‘acordado’. Jantamos antes do jogo, que é uma coisa fora do normal, mas a adaptação foi boa”, descreveu Eder.

Os dois fatores que mais afetam os jogadores são manter um nível de atenção elevado – a partida desta noite começou em uma hora que os atletas costumam estar descansando – e conseguir dormir após as partidas, quando o nível de adrenalina ainda está alto. “Esta é uma preocupação grande em relação às Olimpíadas, porque a gente vai terminar um jogo nesse horário, lá no Maracanãzinho. Até voltar (a Vila dos Atletas fica na Barra da Tijuca), se alimentar, baixar a adrenalina...”, analisa Eder, que conta com o cafezinho para se manter mais ligado antes dos jogos noturnos.

Outras estratégias menos convencionais devem ser implementadas na seleção. Óculos com luz branca que retarda a diminuição da temperatura corporal, mantendo o atleta mais desperto, e uma máquina que faz o processo inverso, para ajudar no sono, foram apresentados aos jogadores.

“A gente até teve palestras sobre sono, formas de atrasar o sono e de dormir após o jogo. Estão vendo ferramentas para isso. Tem uma máquina que a gente segura e abaixa a temperatura da mão, não de forma extrema. Assim o organismo manda sangue para a mão e diminui o ritmo cardíaco, o que acelera o processo do sono”, descreve Eder.

Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, recebeu mais de nove mil torcedores na partida entre Brasil x EUA. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, recebeu mais de nove mil torcedores na partida entre Brasil x EUA. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Homenagem
No intervalo entre o segundo e o terceiro sets, a Arena Carioca 1 parou para reverenciar 78 atletas que defenderam a seleção masculina de vôlei nos Jogos Olímpicos. Desde 1964, em Tóquio, quando a modalidade foi incluída no programa olímpico, o Brasil participou de todas as edições, conquistou três pratas (Los Angeles 1984, Pequim 2008 e Londres 2012) e dois ouros (Barcelona 1992 e Atenas 2004). “Todo mundo viu seus maiores ídolos. O Gustavo sempre foi um cara em quem me espelhei muito. Ele estava ali, assistindo ao jogo. A gente sabe o quanto eles estão torcendo”, celebrou Eder.

Já o levantador Bruninho tentou evitar acompanhar muito a homenagem para não se emocionar e desconcentrar. “Foi incrível. Naquele momento ali, tentei até não olhar muito, porque você acaba se emocionando, tantos craques ali que foram seus ídolos, pessoas que abriram as portas para a gente, foram pioneiros. Você vê o ginásio lotado, muito porque eles se sacrificaram lá atrás. Hoje a gente tem Centro de Treinamento bacana, coisas que o vôlei, depois de tantas conquistas, merece, graças a eles”. Além da festa pela homenagem e pela vitória, ao fim do jogo a torcida ainda cantou os parabéns para o ponta Lipe, aniversariante do dia.

O Jogo
Brasil e Estados Unidos começaram o duelo equilibrado, como era previsto, com muitos erros de saque, até o placar de 4 x 4. A partir daí, a seleção brasileira mostrou mais intensidade, forçou os erros do adversário e com ataques rápidos chegou no primeiro tempo técnico em vantagem de 8 x 5, aumentou a diferença no segundo tempo técnico para 16 x 10 e fechou o set em 25 x 19, em 27 minutos. Foram 12 pontos de ataque, três de bloqueio e dez com erros dos Estados Unidos.

No segundo set, a seleção brasileira começou arrasadora, aproveitou novamente os erros de saque dos adversários e chegou ao primeiro tempo técnico com 8 x 3 no placar. Com um ace de Eder, bloqueio de Lucão e ataques de Lucarelli e Wallace, a vantagem no segundo tempo técnico era de 16 x 6. Depois, a equipe administrou o jogo para fechar em 26 minutos por 25 x 15. Foram dez pontos de ataque, quatro de bloqueio, três aces e oito por erros do oponente.

Wallace sobe contra o bloqueio norte-americano. Atacante foi o principal pontuador brasileiro, com 18. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)Wallace sobe contra o bloqueio norte-americano. Atacante foi o principal pontuador brasileiro, com 18. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

O terceiro set começou disputado ponto a ponto e com alguns ralis. Os norte-americanos chegaram ao primeiro tempo técnico um ponto na frente. Com o ataque e o bloqueio funcionando, a vantagem aumentou para 16 x 10 no segundo tempo técnico. O Brasil ainda esboçou reação, fez sete pontos contra dois dos adversários e encostou no placar: 17 x 19. O marcador seguiu equilibrado, mas com dois erros seguidos dos brasileiros, os Estados Unidos fecharam em 25 x 22, em 35 minutos. O Brasil fez 16 pontos de ataque, um de bloqueio e cinco com erros do adversário.

O Brasil chegou com a vantagem de apenas um ponto no primeiro tempo técnico do quarto set. O equilíbrio seguiu e os Estados Unidos mostravam que não venderiam barato a derrota, chegando ao segundo tempo técnico na frente: 16 x 15. Os norte-americanos abriram dois pontos em 18 x 16 e Bernardinho pediu tempo. O placar estava em 20 x 18 quando Eder foi para o saque. Em uma sequência incrível, o Brasil virou o placar para 22 x 20, com direito a dois aces de Eder. A torcida se levantou e a seleção foi virando as bolas até fechar o set em 25 x 22, em 35 minutos. Foram 12 pontos de ataque, quatro de bloqueio, três aces e seis por erros dos adversários.

Na primeira partida da noite, o Irã derrotou a Argentina por 3 sets a 2, com parciais de 25/22, 25/20, 21/25, 13/25 e 15/11, em outro duelo que irá se repetir nas Olimpíadas, desta vez, pelo Grupo B. Ao fim do jogo, os iranianos fizeram questão de agradecer à torcida brasileira, que adotou o time contra norte-americanos e argentinos. “Estou muito feliz. Ontem foi igual. Os brasileiros gostam dos iranianos, não sei por que, mas estou muito feliz que neste ginásio todos torceram pelo Irã”, elogiou o líbero Farhad Zarif.

Ebadipour Milad se surpreendeu com o apoio. “Estou muito feliz com o público, porque a gente não acreditava que todos estavam gritando Irã. Obrigado aos brasileiros”. Ele espera que a torcida se repita nos Jogos Rio 2016. “Espero que seja como hoje, todos gritando Irã”.

Tabela Liga Mundial 2016

Grupo B


16.06 (Quinta-feira)
14h10 - Brasil 3 x 0 Irã
17h15 - Argentina 1 x 3 EUA

17.06 (Sexta-feira):
14h10 - Brasil 3 x 0 Argentina
17h15 - EUA 3 x 1 Irã

18.06 (Sábado):
20h30 - Irã 3 x 2 Argentina
23h10 - Brasil 3 x 1 EUA

Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro - Brasil2016.gov.br

Na peróla do Tapajós, tocha olímpica vence o calor e muda o dia de Alter do Chão e Santarém

Foto: Ivo Lima/ MEFoto: Ivo Lima/ ME

Quando se descreve um cenário no Brasil com águas cristalinas e mornas, areia branca, céu azul quase sem nuvens e um nascer e pôr-do-sol num cenário deslumbrante, logo se pensa no litoral nordestino. Mas estamos no norte do país, no interior do Pará, onde o mar não chega. O calor é de rachar e uma de suas praias de água doce recebeu o título de mais linda do mundo por uma publicação estrangeira. Bem-vindos a Alter do Chão, distrito de Santarém. Nesta sexta-feira (17.06), os pouco mais de seis mil habitantes do distrito não se intimidaram com o forte calor e acompanharam o revezamento da tocha olímpica dos Jogos Rio 2016.

Os relógios ainda não marcavam 7h30 ainda e um sol forte despontado minutos antes num céu azul do oeste paraense dava a impressão de que o dia de calor seria intenso. As praias de água doce, banhadas pelo rio Tapajós, formavam um cenário paradisíaco. Lá, 22 moradores deram início à condução do símbolo olímpico até levá-lo a Santarém, onde outros 77 mantiveram o revezamento. Foram 20 quilômetros em terra - além dos 35 quilômetros fluviais - pelos quais a vibração paraense despontada em Belém, dois dias antes, se manteve.

Damiles Borari. (Foto: Ivo Lima/ brasil2016.gov.br)Damiles Borari. (Foto: Ivo Lima/ brasil2016.gov.br)Damiles tem o sobrenome Borari, que quer dizer flecha envenenada. Da tribo indígena de Alter do Chão, a índia do Pará se produziu especialmente para ver a tocha passar. "Viemos nos fazer representar na passagem da chama por aqui", contou a jovem, sem esconder o entusiamo.

Partida
O Arco do Sairé - símbolo da tradicional festa do Sairé que mistura o religioso e o profano em Alter - foi instalado especialmente para dar as boas vindas à chama olímpica. Logo na entrada do vilarejo, personagens ornamentados se instalaram para colorir a festa, enquanto a disputa entre os Botos Cor de Rosa e os Tucuxi - nos moldes da rivalidade dos bois Garantido e Caprichoso em Parintins - dançavam na praça 7 de Setembro, às margens do Rio Tapajós.

Dali partiu o primeiro condutor. Iure Dias, aos 22 anos, já coleciona títulos nacionais e regionais no triatlon. O esporte entrou em sua vida ainda em 2008 e, dois anos depois, ele já havia tirado o primeiro lugar em uma competição fora do Pará. O reconhecimento local o fez ser indicado ao Revezamento da Tocha em Alter do Chão. "Há aqui a representação do meu povo e me encho de emoção por participar desse momento tão importante para o país", lembrou o atleta.

Nilson Serrão destaca o trabalho de preservação ambiental nas praias de Alter do Chão. (Foto: Ivo Lima/ brasil2016.govb.br)Nilson Serrão destaca o trabalho de preservação ambiental nas praias de Alter do Chão. (Foto: Ivo Lima/ brasil2016.govb.br)

Ao fim do percurso por terra, catraieiros formaram um corredor de canoas no Lago Verde para a saída da tocha rumo a Santarém. Um deles era Nilson Serrão, que nesta sexta-feira não trabalhou, mas empunhou a tocha até a embarcação da Marinha. De lá, a chama seguiria pelo rio Tapajós até Santarém. "Representar a minha categoria é um orgulho. Aqui atendemos turistas e ajudamos na preservação ambiental de Alter", disse ele. No vilarejo são 100 catraieiros, responsáveis por, todas as sexta-feiras, tirar sujeiras das praias. "Quem não colabora no final de semana seguinte é proibido de trabalhar", contou.

Revezamento Tocha - Santarém PARevezamento Tocha - Santarém PA

Santarém
Da apaixonante Ilha do Amor em Alter do Chão, a tocha olímpica partiu para Santarém conduzida pelo campeão de canoagem Hiel Gesã. Foram pouco mais de 2 horas de transição até passar pelo encontro das águas - momento em que os rios Amazonas e Tapajós seguem juntos. As águas azul-esverdeadas do Rio Tapajós com as barrentas do Rio Amazonas seguem lado a lado por uma longa extensão, sem nenhuma mistura, devido à diferença de temperatura e densidade das águas. O fenômeno virou patrimônio cultural de natureza imaterial do Pará em 2014. "Um dos meus principais trechos de treinamento é aqui. A densidade da água água no Amazonas me proporciona bons resultados, enquanto aqui em Alter o visual é deslumbrante", dizia Hiel, orgulhoso.

Já em Santarém o show da condução ficou a cargo de Ricardo Chahini. Campeão brasileiro de futebol freestyle, Ricardinho do Freestyle, como é conhecido, deu um show a parte na suà condução, fazendo malabarismos, equilíbrios e movimentos curiosos com a bola, sempre com a tocha acesa em uma das mãos. "Foi muito legal ter feito isso aqui no meu estado e ainda mais interessante e diferente ser em Santarém, onde mantenho minha identidade paraense em um lugar que ainda não conhecia."

No começo da noite, a festa de encerramento, montada na Praça Barão de Santarém, foi recheada de diversas apresentações culturais que iam de uma banda de música local a um grupo de carimbó.

Hédio Ferreira Júnior, de Alter do Chão e Santarém (PA)

Ascom - Ministério do Esporte

Trio mais jovem mostra serviço e Brasil vence Argentina na Liga Mundial

Há pouco mais de dois anos, Douglas Souza integrava a seleção masculina de vôlei infanto-juvenil. Hoje, ele disputa uma vaga para estar nas Olimpíadas com a equipe principal. Aos 20 anos, o atleta fez sua estreia na 27ª edição da Liga Mundial nesta sexta-feira (17.06), na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro. Com 1h19 de jogo, o Brasil fez 3 sets a 0 na Argentina, com parciais de 25/21, 25/13 e 26/24.
 
O ponta soube no vestiário que iria iniciar o jogo e revelou a surpresa: “Fiquei em choque! Foi engraçado, não esperava muito. Achei que essa primeira etapa eu não fosse jogar, mas está servindo como um teste, foi importante”. Apesar do nervosismo no início da partida, Douglas conseguiu se soltar nos outros sets e mostrar o seu jogo.
 
Para o caçula da seleção, as oportunidades na carreira têm surgido de forma rápida.  “Em um ano eu estava no Mundial infanto-juvenil, no outro estava no Pan-Americano (Toronto 2015), no pódio, e no seguinte estou aqui com a seleção adulta disputando uma vaga para a Olimpíada”. Nem por isso ele se abala com a pressão e mostra a vontade de poder subir mais um degrau na carreira. “É uma chance real, estou com unha e dente cravado nessa vaga. Estou confiante”, conta.
 
Douglas ataca por cima do bloqueio argentino. Mais jovem da seleção teve boa atuação. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)Douglas ataca por cima do bloqueio argentino. Mais jovem da seleção teve boa atuação. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
 
Caçula é uma posição no grupo que há pouco tempo ainda pertencia a Lucarelli, 24 anos, maior pontuador contra a Argentina, com 19 bolas no chão. Outro destaque da equipe, o central Isac também está na mesma faixa etária, 25 anos. Ele recorda do nervosismo da estreia e sabe que a tendência do companheiro é se soltar e crescer. “Lembro quando entrei na seleção adulta, em um torneio na Polônia, nunca é fácil jogar lá. Acredito que ele está tendo essa chance. Jogou o primeiro jogo. Já foi. Agora é relaxar e pensar na frente”.
 
Uma geração que está sendo preparada para manter o Brasil no topo da modalidade por muito tempo. “Ele (técnico Bernardinho) está fazendo uma renovação para ver como vai ficar a seleção daqui a alguns anos. Lucarelli e Isac ele já conhece muito bem, aliás a todos nós, mas tem que ver ali na hora da pressão como é que vai funcionar”, avaliou Douglas.
 
Mais experiente do grupo, Serginho, 40 anos, entende a situação do novato do grupo. “Eu fico pensando o que deve estar passando na cabeça do Douglas, com 20 anos, com condição de poder jogar uma Olimpíada aqui no Brasil. Uma pressão grande de não poder errar. Ele sabe que é um jogador que precisa passar, atacar e fazer todos os fundamentos”.
 
Mesmo assim, o líbero, que tem na bagagem três medalhas olímpicas – um ouro e duas pratas -, confia na capacidade dos mais jovens e valoriza a disputa por uma vaga na seleção para os Jogos Rio 2016. “A briga está muito boa nas posições. Esse problema é do Bernardo. Ele que resolva. A preparação a gente vem fazendo o que sempre fez. A Liga Mundial serve de teste, mas um teste no qual a gente tem responsabilidade de ganhar também. Vamos atrás do título. Querendo ou não, as peças vão ser testadas, como o Douglas foi testado hoje, o Isac também, porque a briga entre os centrais está forte”.
 
Opinião de quem tem moral para cobrar os companheiros, como foi no confronto contra os argentinos, quando Serginho orientou bastante a equipe em quadra. “A gente brinca que ele é o chefe, quem manda. Se ele está falando, querendo jogo, a gente tem que ir junto”, revelou Isac, que treinou separado do grupo e era dúvida para a Liga Mundial por conta de um desgaste nas costas.
 
Bernardinho orienta Douglas, que estreou na Liga Mundial e sonha com uma vaga no grupo que vai disputar os Jogos Rio 2016. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)Bernardinho orienta Douglas, que estreou na Liga Mundial e sonha com uma vaga no grupo que vai disputar os Jogos Rio 2016. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
 
Próximo confronto
Após a segunda vitória por 3 sets a 0, em dois jogos desta Liga Mundial, o Brasil vai se preparar para enfrentar os Estados Unidos neste sábado (18.06), às 23h10. Horário diferente do que os jogadores estão mais acostumados, o que muda a rotina de alimentação e descanso. Contra Irã e Argentina, as partidas foram às 14h10, por exemplo. “É um horário que a gente não está acostumado a jogar, bem tarde da noite, em que estaríamos descansando. A gente tem que ter atenção para estar ligado o tempo todo”, afirmou Isac.
 
Os Estados Unidos estrearam com vitória por 3 sets a 1 contra a Argentina e serão um adversário direto do Brasil no Grupo A das Olimpíadas. “É um adversário pesado. Depois da Liga Mundial do ano passado, a gente fez uma excursão por lá, alguns amistosos, sempre foi jogo duro. É difícil jogar contra os Estados Unidos. Eles jogam bem taticamente, têm jogadores bons, será um jogo digno de Olimpíada. Vamos ver se a gente faz a terceira vitória para viajar bem”, avaliou Serginho, já projetando as próximas rodadas da Liga Mundial.
 
Após os três jogos no Rio de Janeiro, o Brasil vai até a Sérvia, onde enfrentará os donos da casa, o Irã e a Bulgária, e depois à França, para duelar contra os franceses, a Polônia e a Bélgica. A fase final da competição será na Polônia, entre 13 e 17 de julho.
 
Lucarelli se prepara para atacar. Seleção Brasileira não perdeu nenhum set na competição. Foram duas vitórias por 3 a 0, sobre Irã e Argentina. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)Lucarelli se prepara para atacar. Seleção Brasileira não perdeu nenhum set na competição. Foram duas vitórias por 3 a 0, sobre Irã e Argentina. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
 
O jogo
Brasil e Argentina iniciaram a partida se alternando no placar. Poucas vezes no primeiro set alguma equipe abriu dois pontos de vantagem. No primeiro tempo técnico, os brasileiros foram em vantagem por 8 x 7, enquanto no segundo a Argentina chegou na frente: 16 x 15. O saque brasileiro, que havia feito diferença desde o início contra o Irã, demorou um pouco mais a entrar contra os argentinos. Mas foi na volta do segundo tempo técnico que a seleção conseguiu emplacar uma sequência de seis pontos, com saques fortes e bloqueio efetivo. A equipe administrou a vantagem e fechou em 25 x 21 o set, que teve 25 minutos de duração. Foram 12 pontos de ataque, três de bloqueio, um ace e nove erros dos argentinos.
 
Na avaliação do líbero Serginho, o time errou muitos contra-ataques, principalmente no início do confronto. “Dois resultados bons (contra Irã e Argentina), mas a parte técnica, principalmente os contra-ataques, não me agradou. No primeiro set a gente criou oito contra-ataques para fazer um ponto. Não pode, temos que fazer seis, ou oito pontos. Um é muito pouco para uma seleção brasileira, que quer ganhar medalha. A gente está criando, temos que fazer”.
 
No segundo set, o Brasil acertou o saque, quebrou a recepção da Argentina e chegou ao primeiro tempo técnico com uma boa vantagem: 8 x 3. O ritmo brasileiro continuou forte, apesar de alguns saques na rede, e a diferença foi aumentando. No segundo tempo técnico o placar já mostrava 16 x 9. A partir daí, o Brasil atropelou os adversários, com variações de saque e ataques rápidos e fechou em 25 x 13, em 24 minutos. Foram 13 pontos de ataque, dois de bloqueio, dois aces e oito pontos de erros da Argentina.
 
O terceiro set foi o mais longo e disputado. Com 30 minutos de duração, o Brasil venceu o set por 26 x 24. No início as equipes se alternaram na ponta, com a Argentina fazendo 8 a 6 no primeiro tempo técnico. Os brasileiros reverteram o placar e fizeram 16 x 14 no segundo tempo técnico. Com alguns rallys e ataques fortes dos dois lados, o placar chegou a igualdade em 24. No fim, dois ataques de Lucarelli deram a vitória ao Brasil. Foram 18 pontos de ataque, dois aces e seis pontos com erros adversários no último set.
 
Isac se mostrou recuperado de desgaste nas costas e foi fundamental na vitória sobre a Argentina. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)Isac se mostrou recuperado de desgaste nas costas e foi fundamental na vitória sobre a Argentina. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
 
Com o resultado, o Brasil mantém o tabu de nunca ter perdido para os rivais na Liga Mundial, agora, são 23 vitórias. Na sequência, os Estados Unidos enfrentaram o Irã e sofreram para vencer por 3 sets a 1. Com o apoio da torcida brasileira, os iranianos venceram a primeira parcial por 25/23, mas levaram a virada: 25/13, 27/25 e 26/24, em 2h14 de partida.  
 
Tabela Liga Mundial 2016
 
Grupo B
 
16.06 (Quinta-feira)
 
14h10 - Brasil 3 x 0 Irã
17h15 - Argentina 1 x 3 EUA
 
17.06 (Sexta-feira):
 
14h10 - Brasil 3 x 0 Argentina
17h15 - EUA 3 x 1 Irã
 
18.06 (Sábado):
 
20h30 - Irã x Argentina
23h10 - Brasil x EUA
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte

Seleção olímpica finaliza semana de treinos em Pindamonhangaba

Depois de cinco dias de treinos intensos, os judocas da seleção olímpica masculina e a meio-pesado Mayra Aguiar foram ao dojo pela última vez na manhã desta sexta-feira (17). Ao longo da semana, os atletas realizaram treinos técnicos de tachi waza (luta em pé) e ne waza (luta no chão), além de simulação de lutas (randoris) e exercícios de força e potência comandados pelos senseis Luiz Shinohara, Fulvio Miyata, Yuko Fujii, Mário Sabino e Moacir Mendes apoiados por toda a comissão multidisciplinar da CBJ. Os judocas brasileiros são apoiados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.  
 
Foto: Divulgação/CBJFoto: Divulgação/CBJ
 
“O volume de treino foi muito bom e isso, para minha categoria que tem muito volume de luta, é fundamental”, destacou Rafael Buzacarini, que representará o Brasil no peso-meio-pesado no dia 11 de agosto. “Além disso, o trabalho dos ukes (judocas de apoio) também foi muito importante para que o treino rendesse”, completa o atleta que contou com a ajuda dos judocas Gustavo Assis, Gabriel Gouveia, Rubens Inocente e Renan Nunes.
 
Cada um dos oito atletas olímpicos contou com quatro parceiros de treinos. Uma oportunidade única de crescimento conjunto, segundo o peso-leve Eduardo Katsuhiro, apoio de Alex Pombo na atividade.
 
“É uma honra para a gente poder ajudar e participar desse processo para os Jogos Olímpicos”, considera. “Eu me dôo, mas também aprendo muito com o Alex. Dou dicas e ele também me corrige. Não tem rixa por sermos do mesmo peso. É muito positivo, pois é uma parceria, uma troca que beneficia a todos os envolvidos.”
 
Nos cinco dias, os atletas tiveram duas sessões diárias de treino, exceto na quarta-feira de manhã, que foi folga. Na primeira parte, foram feitas simulações de combate no mesmo horário em que os atletas lutarão nos Jogos, a partir das 10h. Após os randoris, os treinos seguiam para exercícios de ne waza com os atletas já cansados. Estratégia proposital, de acordo com o técnico Moacir Mendes, que simula melhor a realidade da luta.
 
“Trabalhamos muito a questão de defesa ativa no chão, que era um ponto mais carente para a maioria dos atletas. Colocamos os judocas em diversas situações com o grupo de apoio partindo para o ataque, tanto em situações em que luta já está no chão, quanto situações de transição. O objetivo é automatizar essas táticas de defesas no ne waza”, explica Mendes. 
 
Os judocas retornam para seus clubes na tarde desta sexta-feira. A seleção masculina voltará a se reunir para treinamento de campo no período de 4 a 8 de julho, também em Pindamonhangaba.  
 
Fonte: CBJ
Ascom - Ministério do Esporte

Brasil encaixa bons saques e derrota o Irã por 3 a 0 na estreia da Liga Mundial

O saque fez a diferença na vitória do Brasil por 3 sets a 0 contra o Irã, na estreia da Liga Mundial nesta quinta-feira (16.06), na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Além dos dez aces anotados pelos brasileiros, a quebra no passe defensivo dos adversários facilitou a vitória por parciais de 25/19, 25/16 e 28/26, em uma hora e meia de jogo. A força e precisão no fundamento são resultado, segundo jogadores e comissão técnica, da ênfase dada nos treinos.
 
“Desde o início o Bernardo colocou que a gente tem que sacar bem. Hoje, os principais times sacam muito forte e com uma consistência boa, então para jogar contra eles, a nossa equipe tem que sacar bem e acabamos treinando a recepção também. O saque é uma coisa que vai fazer a diferença”, afirmou Lucarelli, segundo maior pontuador contra o Irã, com 16 bolas, contra 17 do central Lucão.
 
 Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV
 
O ponta explica que os jogadores têm metas a serem cumpridas e que elas motivam os atletas. “Este ano a gente fez treinamentos com metas e vimos a capacidade de cada atleta. A gente tem pontuações para fazer durante o treino: dois erros consecutivos, ou três erros, perde ponto. Ace vale dois. A gente vai fazendo isso para criar um desafio”, explicou. Todos devem fazer oito pontos. “Eu tenho que sacar acima de 109 km/h para ter um ponto a mais de bônus. Passe quebrado também vale um ponto”, prosseguiu Lucarelli, que explicou a recompensa: “Sai mais cedo do treino e descansa mais”.
 
Na avaliação do levantador Bruninho, o saque forçado é um risco que a equipe tem de correr para obter mais volume de jogo. “Os dois primeiros sets a gente conseguiu ter uma boa fase de saque, bloqueio e defesa, deu bastante volume. A gente está tentando implementar essa filosofia de forçar o saque, de ser mais agressivo, como outras seleções, porque a gente sabe que no vôlei moderno o saque é um fundamento importante. A gente tem que correr riscos, saber lidar com uns erros a mais, mas a gente tem que estar forçando. Hoje deu certo em muitos momentos. A variação do saque também: saques mais curtos. Sabemos que precisamos melhorar, mas temos treinado para isso e podemos crescer em relação ao entrosamento”.
 
Além do título, a Liga Mundial deste ano terá uma importância ainda maior para as equipes que disputarão os Jogos Olímpicos, como Brasil e Irã, já que será o último teste antes do megaevento. Para o oposto Wallace, a seleção mostrou que o saque será uma das virtudes da equipe na busca pelo décimo título da competição e pelo tri das Olimpíadas. “A gente vem treinando bastante. Entrou em grande parte do jogo e fez a diferença. Eles não conseguiram jogar. Essa é uma das nossas armas”, comentou. Para ele, atualmente o saque é o principal fundamento do vôlei. “Pelo menos uns 60%, 70% é saque. Se você fizer um bom saque e quebrar o passe, facilita a vida. Faz diferença. É só ver as outras equipes, não se trata só de saque flutuado, muito mais de porrada no viagem”.
 
A boa vitória contra os iranianos também serviu para o time quebrar a ansiedade da estreia, na opinião de Lucarelli. “Toda estreia a gente tem ansiedade, porque a gente treina muito para um jogo, que é o primeiro, acho que essa ansiedade acontece, é inevitável. Acho que foi muito boa essa partida para tirar esse gelo”.
 
O próximo adversário será a Argentina, nesta sexta-feira (17.06), às 14h10, na Arena Carioca 1. Para Wallace, o estilo de jogo dos nossos vizinhos é semelhante ao dos iranianos. “É um time chato de jogar, não rifam a bola, não tomam bloqueio direto. Fizemos amistosos e sabemos o modo de jogo deles. É concentrar e continuar fazendo o que temos feito nos treinos”. Em junho, o Brasil venceu os dois amistosos realizados contra a Argentina (3 x 0 e 3 x 1).
 
Foto: Gabriel Fialho/Brasil2016.gov.br/MEFoto: Gabriel Fialho/Brasil2016.gov.br/ME
 
Clima olímpico
Com a primeira rodada do Grupo B da Liga Mundial sendo disputada no Rio de Janeiro, os atletas da seleção puderam sentir um pouco do clima olímpico, com a presença dos torcedores.  “A gente pensa no dia a dia, mas quando pisamos no Parque Olímpico, hoje, no primeiro jogo oficial, com torcida do lado, foi uma maneira de sentir esta prévia. Bacana sentir nosso público”, comentou Bruninho. A seleção fez três treinos na Arena Carioca 1 antes da estreia.
 
“Todos os atletas sabem da importância e da felicidade de participar de uma Olimpíada em casa e nem todos terão essa oportunidade um dia e a gente tem que aproveitar da melhor maneira”, completou Lucarelli.
 
Estudantes de seis Vilas Olímpicas da capital fluminense integraram os 3.950 torcedores presentes nesta tarde na Arena Carioca 1. O projeto da prefeitura oferece a estrutura esportiva e os profissionais para que diversas comunidades tenham acesso ao esporte. Os irmãos gêmeos Ruan e Rian Mendes, dez anos, comemoraram o fato de verem pela primeira vez um torneio deste nível, ainda mais no local das Olimpíadas. “Eu acho que vou gostar mais ainda de vôlei”, contou Ruan.
 
Eles integram a Vila do bairro Encantado, uma das 22 estruturas na cidade. “Eles praticam vôlei e nunca tiveram a oportunidade de ver um jogo, com certeza isso incentiva a fazer mais esporte”, contou Rodrigo Carvalho, professor de educação física dos irmãos Ruan e Rian. Crianças que um dia podem ser como os ídolos em quadra e terem a oportunidade de disputar uma Olimpíada.
 
Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBVFoto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV
 
 
O jogo
O Brasil começou a partida imprimindo um forte ritmo de jogo e chegou ao primeiro tempo técnico com três pontos de vantagem. Com o central Lucão muito bem no saque, quando a equipe chegou a fazer sete pontos seguidos, a seleção dobrou a vantagem no segundo tempo técnico: 16x10. Enquanto o saque dificultava a recepção adversária, os ataques potentes de Lucarelli e Wallace prosseguiram e os brasileiros fecharam em 28 minutos e por 25/19 o primeiro set. Foram 17 pontos de ataque, quatro de bloqueio, um ace e três erros dos iranianos.
 
No segundo set, o Irã tentou equilibrar as ações até os 13 x 12 para o Brasil, quando novamente Lucão foi para o saque. Foram mais quatro pontos seguidos para os brasileiros, sequência repetida entre o vigésimo e o vigésimo terceiro pontos. No final, 25/16 para o Brasil, em 26 minutos. Foram 12 pontos de ataque, dois de bloqueio, quatro aces e sete erros dos adversários.
 
O mais longo e disputado set foi fechado pelos brasileiros em 36 minutos. O Irã melhorou na defesa, o Brasil também cometeu mais erros, com alguns saques na rede, e a parcial foi disputada ponto a ponto. Pela primeira vez, os iranianos chegaram a um tempo técnico na frente: 8 x 7. Mas, no segundo tempo técnico, o Brasil havia revertido a vantagem em 16 x 15. Na volta, mais dois pontos para a seleção que deram tranquilidade.
 
No entanto, quando chegou o match point brasileiro e o placar apontava 24 x 22, o Irã segurou o ataque de Evandro em duas oportunidades e empatou. Em seguida, mais uma bola no chão e os asiáticos viraram: 25 x 24. O Brasil empatou com uma bola pelo meio, enquanto os adversários fizeram 26 x 25 com um saque na rede de Bruninho.
 
O novo empate veio com um ataque de Lucarelli, que tocou no bloqueio e foi para fora. O toque só foi comprovado pelo desafio de vídeo. Em seguida, o próprio Lucarelli foi para o saque, que tocou na fita e caiu na quadra adversária: 27 x 26 e match point. No último ponto, mais uma bomba de Lucarelli que complicou a defesa do Irã. Final 28 x 26, com 15 pontos de ataque, um de bloqueio, cinco aces e sete erros dos iranianos.
 
Com o resultado, o Brasil iguala o histórico no confronto direto contra o Irã na Liga Mundial, agora são três vitórias para cada lado. Em seguida, Argentina e Estados Unidos se enfrentaram, com vitória dos norte-americanos por 3 sets a 1, parciais de 26/24, 25/23, 22/25 e 25/22.
 
Tabela Liga Mundial 2016
 
Grupo B
 
16.06 (Quinta-feira)
 
14h10 - Brasil 3 x 0 Irã
17h15 - Argentina 1 x 3 EUA
 
Gabriel Fialho
Ascom - Ministério do Esporte

Chama olímpica passeia entre os hemisférios Sul e Norte em Macapá

Nem pense em ir de carro. Cercada pelo Rio Amazonas e por densas florestas, a capital do Amapá, Macapá, só é acessível de barco ou avião. Assim, a cidade acaba sendo um segredo bem guardado da região amazônica e uma de suas características mais marcantes é pouco conhecida da maioria dos brasileiros: Macapá é a única capital atravessada pela Linha do Equador. Nesta quinta-feira, porém, os hemisférios Norte e Sul se uniram como espectadores de um show olímpico – a passagem da chama dos jogos Rio 2016 pela cidade.
 
Ao todo, foram 24 quilômetros, percorridos por 125 condutores. Antes de entrar na capital, a chama passou por Curiaú, povoado quilombola nos arredores da cidade. Apesar do sol a pino e das altas temperaturas, a população local repetiu a tendência que vem se criando no Norte, de multidões acompanhando a passagem do fogo pelas ruas da capital.
 
Jader Souza, ouro no Pan de Santo Domingo e representante do Amapá nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004), conduz a tocha em Macapá. Foto: Iano Andrade/brasil2016.gov.brJader Souza, ouro no Pan de Santo Domingo e representante do Amapá nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004), conduz a tocha em Macapá. Foto: Iano Andrade/brasil2016.gov.br
 
Nas portas das escolas, a criançada se aglomerava e armava uma gritaria ao menor sinal de alteração na rotina. De celulares na mão, moradores registravam o momento. Durante a espera, espiavam a vida passar em cadeiras nas calçadas, enquanto tomavam sorvetes, açaís, e sucos de frutas congelados no saquinho, no Amapá batizados de chopp de frutas.
 
Na trilha de Jader
Já no primeiro ponto de condução na cidade, as calçadas estavam tomadas por espectadores. Uma delas era a empresária Nazaré Pantoja, 32 anos. De óculos escuros e abrigada debaixo de um poste para escapar do sol, ela estava acompanhada dos dois filhos, os três devidamente trajados com camisetas do Brasil. "Quando fui buscá-los na escola, ninguém queria nem almoçar. Os dois só queriam ver a tocha".
 
A poucos metros da família, o nadador Jader Souza, 34 anos, se preparava para conduzir a chama dos Jogos Rio 2016. Ganhador do ouro no revezamento 4 x 100m livre no Pan de Santo Domingo, em 2003, Souza foi o primeiro atleta a representar seu estado natal em uma Olimpíada (ele disputou os Jogos de Atenas, em 2004). O atleta se sentiu tão envolvido pelo espírito esportivo irradiado pela passagem da chama que resolveu se inscrever por conta própria no concurso de uma das empresas patrocinadoras do revezamento. Mas nem foi preciso esperar pelo resultado: a Prefeitura logo o incluiu na lista de indicados. "Esse revezamento não é só para desportista, mas para todos os segmentos. Por isso me inscrevi como cidadão ", esclareceu.
 
Marco Zero, em Macapá (Foto: Iano Andrade/Brasil2016.gov.br)Marco Zero, em Macapá (Foto: Iano Andrade/Brasil2016.gov.br)
 
Jader abriu a trilha e já há um sucessor para o posto de atleta olímpico representante do Amapá. Nascido em família humilde, criado com 17 irmãos, Venilton Teixeira, 20 anos, descobriu o Taekwondo em um projeto social. Em agosto, representará o esporte no jogos do Rio 2016. Ano passado, ele ficou em terceiro lugar no Mundial disputado na Rússia e já faturou diversos campeonatos internacionais. "Fiz empréstimos, estou pagando até hoje, mas os diversos benefícios, entre ele o Bolsa Pódio, me ajudaram a driblar as dificuldades", afirma. Teixeira já construiu uma casa para a mãe e pensa em investir em um imóvel para si.
 
Ao longo de seu percurso, ele foi acompanhado por um mar de crianças, muitas vestindo quimonos. Durante quase todo o trajeto, a multidão gritou o nome do atleta.
 
Lá e cá
Em cerca de sete horas de percurso, a tocha visitou pontos turísticos que enfeitam a paisagem da cidade. Grandiosa, a Fortaleza de São José de Macapá cristaliza, com suas paredes de pedra, canhões e baluartes, os tempos de conflitos com os europeus. O Trapiche Eliézer Levy, espaço suspenso sobre o rio, a uma distância de quase meio quilômetro da margem, também teve destaque. Foi lá que a indígena Suzana Apalaí desceu com o fogo sagrado em uma lancha e percorreu um trecho do rio que banha Macapá.
 
Escolhido para ser o ponto final da peregrinação, o Marco Zero lidera o interesse de turistas que passam pelo estado. Afinal, do alto de uma plataforma, é possível colocar um pé de cada lado de uma linha e pisar nos dois hemisférios diferentes. Sobre a Linha do Equador, diversos truques foram inventados para atrair a atenção dos visitantes. Um deles é equilibrar um ovo em pé sobre a famosa linha. Depois de algumas tentativas, uma funcionária do espaço realmente consegue deixar o ovo em pé sobre a superfície, e sua obra fica exposta aos cliques dos visitantes. Não há explicação física unânime, mas sabe-se que, em latitude zero, a força magnética atua com mais intensidade.
 
Na região, tudo se refere ao marco imaginário que fatia o planeta em duas metades. Em frente ao monumento, por exemplo, fica localizado o Estádio Milton de Souza Corrêa. Popularmente conhecido como Zerão, ele teve a linha do meio de campo sobreposta à Linha do Equador. Ou seja: todos os embates em campo são do time do hemisfério norte contra a equipe do hemisfério sul. Até mesmo o palco montado na celebração do revezamento seguiu a lógica geográfica: a área que dá acesso ao último condutor também foi alinhada ao encontro do Norte com o Sul.
 
Vovó Iaiá
Foi sobre essa via imaginária que a condutora Aida Mendes conduziu o fogo. Conhecida como Vovó Iaiá, ela tem 107 anos de idade e arranca suspiros de admiração pela ousadia que pauta sua história. Não bastava jogar bola, dançar e jogar basquete. No aniversário de cem anos, provocada por um neto, ela decidiu saltar de paraquedas. De lá para cá, foram cinco saltos. "Agora quero surfar", avisa.
 
Investimentos
As cidades de Macapá e Santana receberão dois Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), em um investimento de R$ 7,4 milhões. A pista de atletismo do Zerão é resultado de uma parceria entre os governos estadual e federal. Além disso, a União investiu em equipamentos para modalidades como judô, taekwondo e maratonas aquáticas. Onze mil desportistas amapaenses recebem o Bolsa Atleta e o lutador Venilton Teixeira é beneficiário do Bolsa Pódio.
 
Nesta sexta-feira (17.06), a chama olímpica seguirá seu traçado pelo Norte do Brasil e voltará ao Pará, para percorrer a cidade de Santarém. No sábado (18), será a vez de Boa Vista, capital de Roraima.
 
Mariana Moreira
Ascom - Ministério do Esporte
 
 
 
 

Campeões do Ibero-Americano disputam GP Brasil Caixa de Atletismo

O Grande Prêmio Internacional Brasil Caixa de Atletismo, que será disputado no próximo domingo (19.06), a partir das 12h45, na Arena Caixa, em São Bernardo do Campo, interior paulista, reunirá dez ganhadores de medalha de ouro do Campeonato Ibero-Americano, que serviu de evento-teste para Olimpíada do Rio 2016. 
 
A Arena Caixa é uma das instalações de atletismo que fará parte da Rede Nacional de Treinamento de Atletismo que o Ministério do Esporte está montando no país. O Grande Prêmio Brasil Internacional Caixa de Atletismo é disputado desde 1985 e considerado um dos principais meetings da América Latina.  
 
Foto: Divulgação/CBAtFoto: Divulgação/CBAt
 
Entre os campeões confirmados estão os argentinos Germán Chiaraviglio (salto com vara) e Jennifer Dahlgren (lançamento do martelo), e os venezuelanos Eure Yañes (salto em altura) e Nercely Soto (200 m).
 
Do Brasil, estão Fabiana Moraes (100 m com barreiras), Eliane Martins (salto em distância), Lutimar Paes (800 m) e Altobeli Silva (3.000 m com obstáculos), todos qualificados para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos. Completam a lista dos campeões do Ibero-Americano em São Bernardo: Mateus Sá e Núbia Soares, ambos no salto triplo.
 
A 31ª edição do GP Brasil terá 15 provas e várias atrações internacionais. A prova dos 100 m, por exemplo, programada para as 14h25, ganhou mais um atleta que corre a prova em menos de 10 segundos: confirmou o norte-americano Quentin Butler, de 23 anos, que no ano passado obteve a marca de 9.96 (1.3) numa competição em Eugene, nos Estados Unidos.
 
Antes, a organização já havia anunciado dois jamaicanos que competem pelo Bahrain, ambos com marcas abaixo de 10 segundos: Kemarley Brown, que tem 9.93, e Andrew Fisher, com 9.94. Três brasileiros estão inscritos nos 100 m: Ricardo Mário de Souza, Vitor Hugo dos Santos e José Carlos Gomes Moreira, o Codó.
 
Entrada livre
A Arena Caixa fica no Centro de Atletismo Professor Oswaldo Terra, na Rua Tiradentes, 1.840, na Vila do Tanque, antiga sede do Volkswagen Clube. A entrada para o público é gratuita, não havendo necessidade de apresentação de ingresso para acesso às arquibancadas do estádio.
 
O GP Internacional Brasil Caixa de Atletismo integra o IAAF World Challenge 2016, faz parte do Programa Caixa de Competições, da CBAt, co-organizado pela Federação Paulista de Atletismo, com apoio da Prefeitura de São Bernardo do Campo e patrocínio da Caixa Econômica Federal.
 
Fonte: CBAt
Ascom – Ministério do Esporte
 
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