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São Paulo confirma força e conquista Brasileiro Caixa Sub-20 de atletismo

Os atletas de São Paulo confirmaram o amplo favoritismo e conquistaram o título do Campeonato Brasileiro Caixa Sub-20 Interseleções de Atletismo, encerrado na tarde deste domingo (12.06) na novíssima pista da Sogipa, em Porto Alegre. A seleção paulista conquistou 58 medalhas, sendo 26 de ouro, 19 de prata e 13 de bronze.
 
Santa Catarina ficou novamente com a segunda colocação, comprovando seu trabalho eficiente na revelação e desenvolvimento de talentos no esporte, com 25 medalhas (6 ouros, 11 pratas e 8 bronzes), seguida do Paraná, com 15 (6 ouros, 3 pratas e 6 bronzes).
 
 
O evento também marcou a definição dos atletas que representarão o País no Campeonato Mundial de Bydgoszcz, na Polônia, de 19 a 24 de julho. Nos próximos dias, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciará a convocação oficial. 
 
Em Porto Alegre, dez atletas garantiram vaga na competição. Eberson Matucari, do salto em distância, deve ser cortado por contusão. Há a possibilidade de a CBAt convocar outros atletas para levar a equipe masculina de revezamento 4x100 m.
 
Na tarde deste domingo, aliás, Paulo André Camilo de Oliveira (ES), que já havia garantido vaga nos 100 m, assegurou também nos 200 m no Mundial. Ele venceu a prova, com o tempo de 21.12 (1.1). "Agora fica a expectativa de o Brasil participar também do 4x100 m. Temos um grupo forte de velocistas e acho que poderemos brigar por uma medalha", disse o paulista, radicado na cidade de Vila Velha.
 
Outro atleta que garantiu vaga em Bydgoszcz foi Murillo Albuquerque Santos (SP), que venceu o salto triplo, com 15,55 m (1.5). Ele havia conseguido o índice em maio, em São Bernardo do Campo (SP), quando saltou 15,81 m (0.9). "Estou no Mundial de verdade", disse, aliviado, assim que saiu da pista da Sogipa. "Você só pode comemorar quando confirma na última competição", completou o atleta de 17 anos, que treina com Ricardo Barros, no Centro Olímpico, em São Paulo.
 
Mesmo sem índice para o Mundial, alguns competidores brilharam no Campeonato. Mirna Marques da Silva (SP), por exemplo, deixa Porto Alegre com três medalhas de ouro. Venceu os 100, os 200 e o 4x100 m. "Os índices individuais estão difíceis, mas estou muito feliz com minha participação no torneio", comemorou a paulistana de 19 anos.
 
Nos 10.000 m, Daniel Ferreira do Nascimento, que havia vencido os 3.000 m com obstáculos pela manhã, conquistou o ouro à tarde, com 30:40.59. "Corri para ajudar a seleção de São Paulo. Meu objetivo era buscar o índice nos 3.000 m, mas infelizmente não deu", disse Daniel.
 
Os melhores 
Derick de Souza Silva (RJ) e Alexandra Maria Pimenta da Silva (SP) foram eleitos os melhores atletas do Campeonato Brasileiro Caixa Sub-20 Interseleções de Atletismo. Derick venceu os 100 m, com o tempo de 10.33 (1.9), e Alexandra ganhou o lançamento do dardo, com 49,14 m, ambos na primeira etapa, no sábado pela manhã.
 
Os dois atletas estão qualificados para o Campeonato Mundial Sub-20 da Polônia e foram escolhidos por uma comissão de treinadores eleita durante o Congresso Técnico do evento, realizado na última sexta-feira (10), no Anfiteatro da Sogipa.
 
A classificação completa da competição tanto no geral, como nas categorias masculina e feminina pode ser conferida no endereço:
 
 
Fonte: CBAt
Ascom – Ministério do Esporte
 

Tatiele de Carvalho faz índice nos 10.000 m para os Jogos do Rio 2016

Foto: Divulgação/CBAtFoto: Divulgação/CBAt
 
Mais uma atleta brasileira obteve a qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Tatiele Roberta de Carvalho garantiu a vaga para disputar a prova dos 10.000 m. A classificação veio no Meeting de Portland, nos Estados Unidos, onde terminou a prova em segundo lugar, com o tempo de 32:09.14. Tatiele faz parte do programa Bolsa Atleta do Ministério do esporte. 
 
Assim, Tatiele, de 26 anos, marcou novo recorde pessoal, fez o quarto melhor tempo na história da prova por atletas sul-americanas e superou o índice exigido para a Olimpíada do Rio, que é 32:15.00.
 
O primeiro lugar foi obtido pela norte-americana Natosha Rodgers, com 32:06.82. A informação consta dos sites da Federação dos Estados Unidos (http://www.sheltoninvite.com/lr/16611/) e da Confederação Sul-Americana (http://consudatle.org/tatiele-carvalho-nombre-los-juegos/) e está sujeita à homologação pela CBAt.
 
Fonte: CBAt
Ascom - Ministério do Esporte
 

Com segunda vitória, Brasil se mantém na liderança do grupo no Pan masculino

O Brasil conquistou a segunda vitória no Pan-Americano Masculino de handebol, neste domingo (12.06). Diante de Porto Rico, a equipe teve um pouco de dificuldade no primeiro tempo, mas ainda assim dominou o jogo o tempo todo e fechou o placar em 38 a 24 (20 a 15 no primeiro tempo). Somado ao triunfo na estreia contra o Paraguai, o Brasil segue na liderança do grupo B. 
 
Com velocidade no ataque, Porto Rico surpreendeu no início da partida, impondo fortes contra-ataques e desestabilizando a defesa brasileira. O técnico Jordi Ribera precisou pedir tempo e mudar algumas vezes o sistema de jogo para não permitir uma aproximação mais perigosa dos porto-riquenhos no placar. 
 
Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação
 
Os goleiros César Bombom e Rangel Rosa foram bastante acionados e, muitas vezes 'salvaram a pátria', mantendo a equipe verde e amarela na frente. Apesar das falhas, também houveram muitos pontos positivos como as trocas realizas pelo treinador. Os jogadores que estavam no banco, não deixaram o ritmo cair. 
 
Jordi fez uma análise positiva, levando em conta o atual momento que a Seleção está vivendo na preparação para os Jogos Olímpicos. "Temos que ir pouco a pouco. Estamos também em um período de muita carga de treinamento e isso pesa um pouco. Se nota que em alguns momentos estamos um pouco pesados, mas também temos que levar em conta o momento de treinamento em que estamos. Conseguimos colocar todo mundo para jogar. Colocamos em prática algumas coisas interessantes que podem nos ajudar no futuro", frisou. 
 
O ponta esquerda Felipe Borges, apontou falhas, mas acredita também que isso faça parte do processo pelo qual o Brasil está passando. "O jogo de hoje foi um pouco mais complicado do que esperávamos. No começo do primeiro tempo tivemos algumas falhas na defesa, que são coisas que não podemos ter durante esse campeonato. No segundo tempo, já tivemos uma postura melhor e conseguimos garantir mais contra-ataques, permitindo a vitória do Brasil", pontuou. 
 
"Estamos nos adaptando às novas regras e aprimorando o ataque. Com certeza, vai ser uma das armas que vamos utilizar nas Olimpíadas e daqui pra frente. Estamos fazendo isso bem e vendo o resultado. Às vezes erramos um pouco, mas é normal. Para o próximo jogo vamos tentar melhorar o que fizemos hoje. Não estivemos no nosso nível e concentrados nos 60 minutos. Acredito que para o próximo jogo, vamos chamar mais atenção de todo o time e melhorar", encerrou Borges. 
 
O Brasil, que amanhã enfrenta a Colômbia às 17h, está na liderança do grupo B com quatro pontos, mesmo número do Uruguai que vem em segundo. A vantagem brasileira está no saldo de gols, 17 a mais que os vizinhos uruguaios. Além da liderança em grupo, os brasileiros também estão muito bem nas estatísticas individuais. Fábio Chiuffa é, até agora, o artilheiro do campeonato, com 18 gols. 
 
Gols do Brasil: Chiuffa (7), Lucas (6), Léo (6), Alemão (4), Oswaldo (4), Teixeira (3), Borges (2), João Pedro (2), Haniel (2), Diogo (1) e Vinícius (1). Gols do Paraguai: Hiraldo (5), Nazario (5), Ceballos (3), Arroyo (2), Garcia (2), Mercado (1), Rodríguez (1), Brito (1), Báez (1), López (1), Ramos (1) e Torres (1).
 
Fonte: CBHb 
Ascom – Ministério do Esporte
 

Na capital maranhense, beijo da tocha vira pedido de casamento

Os poetas que tanto falavam do romantismo de São Luis, e deram origem ao título de Ilha do Amor, tiveram mais uma cena para justificar a fama da cidade neste domingo (12.06). O revezamento da tocha, que iniciou a rota aérea, chegou cedo ao aeroporto da capital maranhense e percorreu ao longo do dia 40 quilômetros, passando pelas mãos de 143 condutores, entre cidadãos anônimos, atletas e celebridades. Mas no Dia dos Namorados, quem chamou atenção foi o condutor Romeu Matos, que achou o momento ideal para pedir a companheira em casamento.
 
Juntos há cinco anos, Romeu e Samya Silva têm uma filhinha de quatro anos, Ana Cecília. Há um ano, a pequena foi diagnosticada com Comunicação Interatrial (CIA), um defeito congênito no coração em que a parede que separa os átrios esquerdo e direito não fecha completamente. O caso era cirúgico e delicado. "Fomos pegos de surpresa e naturalmente ficamos muito tristes, mas ela não. Meu coração valente, como chamo ela, estava o tempo todo alegre, então a gente não poderia desanimar", emociona-se.
 

Romeu conta que criaram uma princesa que tinha feito cirurgia e que Ana Cecília seria igual a ela, o que ajudou na aceitação e na recuperação da garotinha. "Os médicos ficaram impressionados como o organismo dela reagiu de imediato, até as dores naturais da cirurgia foram amenas", explica. A história do pai comoveu a organização do evento que o convidou para ser um dos condutores da chama olímpica em sua cidade natal.
 
Foi aí que surgiu outra ideia: pedir a companheira em casamento. "Eu lembrei que seria Dia dos Namorados, na Ilha do Amor, de tantos poetas. Pensei que seria a melhor hora para oficializar nosso casamento. Escrevi para os responsáveis e eles amaram a ideia". Foram dois meses de preparo para a surpresa: adereços, alianças e famílias convocadas. Só faltava a Samya, que foi convidada para ser condutora no último momento sob a justificativa de que tinha ganhado um sorteio entre os nomes indicados pelos condutores já selecionados.
 
O momento
Tudo pronto. Grande dia. Ele, nervoso, olhando o relógio a cada minuto. Ela mandando mensagens perguntando por ele e reclamando que não tinha respostas. Ana Cecília, só alegria, sem entender direito, mas sabendo que as alianças presas num chapéu de São João eram da mamãe e que o papai ia carregar a tocha. Família em peso, sogras, cunhados, tios, amigos e curiosos. Até que Samya, a primeira a conduzir, recebeu o fogo sagrado e viu o tio tocando sanfona, mas nem percebeu que era a marcha nupcial anunciando que viria algo inesperado.
 
 
Romeu surge do meio de uma multidão, com gravata borboleta e um plaquinha: "Samya, quer casar comigo", ao mesmo tempo em que entregavam um buquê na mão da pretendente e colocavam um véu em sua cabeça. Ajoelhou-se, pegou as alianças e fez novamente o pedido. Ela não acreditava, mas nem pensou duas vezes antes de gritar um sim, junto com todos que estavam por perto, jogando grãos de arroz. Os 200 metros que se seguiram foram com os dois juntos e uma única tocha. "A tocha significa união entre os povos e essa é a minha união com ela. Agora vamos formalizar, juntamente com nossa filha, nosso elo de amor", diz Romeu. Ela confirmou que nem desconfiava. "Fui traída, não fazia ideia. Mas foi perfeito".
 
Revezamento
A chama olímpica foi acesa na Praça Dom Pedro II no centro histórico de São Luís, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, ao som de manifestações culturais, especialmente o Bumba Meu Boi, que é referência no estado e esteve presente em diversos pontos da cidade ao longo do dia.
 
O primeiro beijo do revezamento aconteceu na Igreja da Sé entre Jaqueline Caldas, 12, e Guilherme Brito, 16, que fazem parte do Projeto Movimento e Resgate Esportivo da cidade. A tocha seguiu para os bairros de Cohatrac e Turu na parte da tarde e, por fim, percorreu a avenida dos Holandeses até a Praça Maria Aragão, local de celebração, passando pela Avenida Litorânea, Espigão Costeiro e Lagoa da Jansen.
 
 
Celebridade da web, Thaynara OG ''digital influencer' de São Luís acendeu a pira. Com mais de um milhão de seguidores, a advogada contou sobre a emoção: "Trouxe a chama da Grécia, mas este momento é muito mais especial, pois estou na minha cidade". Ela revelou ainda que sua torcida vai para o vôlei masculino. "Quero ver mais um ouro dos meninos, mas espero assistir a outras modalidades, como a ginástica e o nado sincronizado", disse.
 
O revezamento da tocha segue para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses nesta segunda-feira (13.06). A semana começará com uma programação de aventuras e belas paísagens, incluindo a Lagoa Azul e o pequeno povoado de Vassouras.
 
Lilian Amaral e Lorena Castro 
Ascom - Ministério do Esporte

Chama olímpica entra na Região Norte por Palmas, a mais jovem das capitais brasileiras

Depois de percorrer 148 municípios de 11 estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do Brasil, a chama olímpica aterrissou, neste sábado (11.06), na mais nova das capitais brasileiras. Às margens do Rio Tocantins, Palmas recebeu em suas largas e planas avenidas, um revezamento da tocha que se estendeu por 32 quilômetros e levou às ruas 155 condutores – muitos deles responsáveis por mudar e melhorar a vida dos moradores por meio do esporte.

Tarcizo e os meninos do Arne 64. (Foto: Ivo Lima/ ME)Tarcizo e os meninos do Arne 64. (Foto: Ivo Lima/ ME)O tocantinense Tarcizo Lima, de 49 anos, é um deles. Há 14 anos ele criou um projeto para levar o futebol à criançada da cidade. O batizou de Arne 64, uma referência ao primeiro endereço de sua iniciativa. De lá pra cá, passou de 27 para 200 alunos, recebeu olheiros de times nacionais interessados em seus talentos, venceu campeonatos na Região Norte e hoje, em seu pequeno quarto, não há mais espaço para enfileirar os 108 troféus acumulados nessa trajetória. "Mas o primeiro presente que a gente ganha é o respeito da criança e da sua família e, em segundo lugar, a transformação na qualidade de vida dessas pessoas", admitiu ele.

A família, por sinal, é a base do trabalho comandado por Tarcizo. Para seguir no projeto é preciso que as crianças tenham boas notas na escola e que os pais acompanhem o dia-a-dia dos seus filhos, participando ativamente das decisões. "Não tenho filho biológico, mas costumo dizer que hoje tenho 200 filhos", disse, sorridente.

O brasiliense Inácio Almeida, de 10 anos, faz parte da família da bola. Recém chegado a Palmas, o garoto disputou um amistoso contra outros meninos do Arne 64. Uma semana depois, integrava a equipe. "Além de gratuito, o projeto dá a todo mundo a chance de jogar. Somos recebidos como família ", contou Inácio. A mãe, a autônoma Soraia Almeida, de 46 anos, reforça as palavras do menino. "O projeto vai além do futebol, promove uma integração entre as famílias. Há uma grande mobilização nossa para levarmos tudo isso adiante."

Quando o professor desceu do ônibus de condutores, encontrou parte da turma na calçada da avenida, de faixa empunhada, uniforme do time e com grito de guerra ensaiado: naquele lugar passaria um campeão, Tarcizo Lima, de tocha na mão! Empolgados, sob a supervisão dos pais, eles seguiram correndo ao lado do técnico, entre gritos e fotos.

Ao descer do ônibus dos condutores da tocha, Tarcizo foi cercado por crianças de seu time de futebol. Foto: Ivo Lima/ MEAo descer do ônibus dos condutores da tocha, Tarcizo foi cercado por crianças de seu time de futebol. Foto: Ivo Lima/ ME

Dedicar-se ao bem estar do outro parece ser uma missão dada à educadora física Soraia Tomaz. E, aos 50 anos, ela aplica sem perder o sorriso constante – e a determinação de seguir. À frente da Reviver, associação que leva cultura e esporte a crianças e jovens com algum tipo de deficiência, a professora tem conseguido transformar a vida de paratletas de Palmas. Basquete sobre cadeira de rodas, bocha, aulas de idiomas e música são apenas algumas das atividades praticadas por lá. Em breve, ela pensa em implantar o vôlei sentado para quem não tem mobilidade nas pernas. "Quando cheguei aqui tinha um plano de aulas, mas percebi que precisava me adaptar aos meus alunos e transformar a maneira ortodoxa de ensinar. Deu certo", lembrou ela.

Uma de suas alunas é Rhailma de Sousa, de 19 anos. A garota começou a praticar esportes na Apae. Em 2014, a ex-treinadora Gleice Souza identificou nela o potencial para o arremesso de peso. De lá pra cá, a paratleta já conquistou três títulos nacionais na modalidade e 15 medalhas, ao todo.

A deficiência intelectual é superada a cada dia com a disposição de Rhailma e, assistida pela instituição, ela passou a viajar o país em competições nacionais. O esporte levou tranquilidade à sua rotina, emocionando-a a cada medalha conquistada."Carregar a tocha é uma felicidade, uma coisa boa que não dá pra explicar." Para preparar a aluna para a condução, a professora Soraia fez uma réplica da chama olímpica e ensaiou com Rhailma seu grande momento. Não deu outra. Nos 200 metros que percorreu, ela correu tão rápido que chegou a dar uma canseira na preparada guarda da Força Nacional.

Paixão pelo atletismo
A professora Letícia Suarte tem uma história de luta e coragem. Há 18 anos, enfrentou uma gestação complicada de gêmeos. Um deles morreu antes mesmo de ela dar a luz. Desenganada, a filha Vitória sobreviveu, mas teve sequelas. Os médicos não deram mais do que um mês de vida à garota, que hoje é uma das jogadoras de bocha da Apae de Palmas. Aos 48 anos, Letícia dá conta de uma quádrupla jornada diária: o trabalho, os cuidados da casa, o mestrado e a prática do atletismo. E não deixa a peteca cair. "O esporte é realização e desafio. Não há desculpas para ficar parado".

O atletismo entrou em sua vida meio que por acaso. E ficou. Diariamente ela pratica a modalidade, pela qual se diz "apaixonada". Como condutora da tocha, Letícia sentiu-se honrada por representar a cidade no tour que roda o país. "Sou parte responsável por não deixar que a chama acesa na Grécia se apague. Isso por si só já é grandioso."

Letícia (E): 'O esporte é realização e desafio'. (Foto: Ivo Lima/ME)Letícia (E): 'O esporte é realização e desafio'. (Foto: Ivo Lima/ME)

História
A "caçula das capitais", um dos apelidos dados a Palmas, foi fundada há 27 anos. Até então, fazia parte do estado de Goiás. Foi na Constituição de 1988 que se criou o 26º estado brasileiro: Tocantins. A capital tocantinense de mais de 265 mil habitantes tem suas curiosidades. Uma delas é um incontável número de rotatórias, presentes em todos os cruzamentos. Outra está no planejamento urbano, semelhante ao de Brasília. A cidade também pegou emprestado da capital do país muitos dos seus nomes de ruas e logradouros, onde letras e números formam endereços muitas vezes estranhos e curiosos para a maioria dos brasileiros.

Revezamento Tocha Olímpica - Palmas TORevezamento Tocha Olímpica - Palmas TO

Incentivo ao esporte
Graças ao investimento do Governo Federal, Tocantins terá um Centro de Iniciação ao Esporte com ginásio reversível e pista de atletismo, orçado em R$ 3,9 milhões. A parceria Estado/União já entregou a primeira pista oficial de atletismo da capital, localizada na Universidade Federal do Tocantins.

As Federações de Judô e Taekwondo também receberam equipamentos, como tatames, placares, sistema de videomonitoramento e telões, como resultado de parceria com o Ministério do Esporte. Vinte e quatro atletas nascidos ou que vivem no estado receberam o Bolsa Atleta no último ano, e o nadador paralímpico Ítalo Gomes Pereira, prata e bronze no mundial de Glasgow, na Escócia, e ganhador de ouro e três bronzes no Parapan de Toronto, é beneficiário do Bolsa Pódio.

Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de Palmas - brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Brasil vence a Sérvia e encerra primeira rodada do Grand Prix com três vitórias

 Foto: Alexandre Loureiro/ Inovafoto/CBV Foto: Alexandre Loureiro/ Inovafoto/CBV

A seleção feminina de vôlei venceu a Sérvia por 3 sets a 0 (25/20, 25/18 e 25/18 ), neste domingo (12.06), na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, e terminou a primeira rodada do Grand Prix Mundial com três vitórias. Na quinta-feira (09.06), o Brasil ganhou por 3 sets a 1 das italianas, e por 3 sets a 0 das japonesas na sexta (10.06).

"Os parâmetros vão sendo dados. A quantidade de erros que a gente cometeu em saque, algumas bolas passaram no meio do bloqueio e que não poderiam ter passado. Com um sistema mais aferido, não teria acontecido. Algumas coisas eu gostei: o percentual de passe se manteve em relação ao jogo contra o Japão, a velocidade que o time está jogando. Aos poucos o time vai se entrosando, vai tendo sincronismo maior, hoje erramos muito o saque, não pode errar tanto, mas de forma geral, posso dizer que gostei", avaliou o técnico José Roberto Guimarães.

O ginásio estava bem mais cheio do que nas duas primeiras partidas, com 7.500 pessoas, o que agradou a equipe. "No momento do hino a gente já sente uma vibração muito mais forte, então a gente já teve uma prévia de como vai ser com o ginásio bem cheio nas Olimpíadas. Ficamos bem felizes", contou a central Thaísa.

O técnico José Roberto Guimarães deu oportunidade de jogo para a líbero Leia desde o início da partida, apesar de o locutor ter anunciado Camila Brait como titular. Gabi – que estava se recuperando de lesão no tornozelo esquerdo - entrou muito bem no segundo set, ficando até o fim do jogo, com participação de destaque.

"Ele tinha avisado para eu ficar preparada, mas não tinha falado se era para sacar ou para jogar. Pela forma como ele falou, imaginei que seria para jogar. Fiquei super feliz com a oportunidade, consegui mostrar um pouco mais, e o mais importante é que não senti dor nenhuma, consegui jogar solta", disse Gabi, que contribuiu com sete pontos na partida. A maior pontuadora brasileira foi Natália, com 14, seguida por Sheilla, com 11.

Ainda neste domingo, a Itália venceu o Japão por 3 sets a 2 (25/20, 25/20, 23/25, 25/27 e 15/8).

 Foto: Alexandre Loureiro/ Inovafoto/CBV Foto: Alexandre Loureiro/ Inovafoto/CBV

O jogo
A seleção embalou no início da partida e abriu 6/2, com direito a ace de Fê Garay. As brasileiras não estavam só soltando o braço: procuravam os espaços e pontuavam com largadas em vários momentos. Mas o sistema defensivo sérvio passou a funcionar melhor, a oposto Brakosevic cresceu no jogo e as europeias passaram à frente em 12/13. Zé Roberto parou o jogo. O Brasil recuperou-se e abriu 20/14, com destaque para o ataque de Natália e boas defesas da líbero Leia. As anfitriãs fecharam o set em 25/20.

O Brasil novamente abriu vantagem no início da segunda parcial: 7/1. As sérvias foram atrás do placar e chegaram a 7/5. Gabi entrou no jogo no lugar de Garay e, com belo bloqueio, deixou o Brasil na frente no segundo tempo técnico: 16/14. Com dois aces de Sheilla na sequência, e Gabi e Thaísa atacando bem, o Brasil liquidou o set em 25/18.

A Sérvia abriu 3/5 na terceira parcial, mas o Brasil não demorou a passar à frente: no tempo técnico já estava 8/6. A distância cresceu para 14/8, mas em belo rali as europeias fizeram o nono ponto. Tranquilas e com ataque efetivo, as bicampeãs olímpicas chegaram a 19/11. Zé Roberto colocou Adenízia e Roberta e a equipe administrou a vantagem no placar e venceu o set por 25/18.

 Foto: Alexandre Loureiro/ Inovafoto/CBV Foto: Alexandre Loureiro/ Inovafoto/CBV

Jogo acelerado
Por recomendação da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), que quer que as partidas sejam mais curtas, não ultrapassando 1h50, juízes e equipes foram instruídos a acelerar o jogo: o tempo de comemoração entre um ponto e outro deve ser menor, para que a atleta da vez já se encaminhe rapidamente para o saque. Após as três primeiras partidas, as brasileiras ainda estão se acostumando com a novidade, que não agrada a maioria.

"No jogo anterior, não achei tão ruim, mas neste jogo duas ou três vezes eu estava no saque, peguei a bola e já escutei o apito. Em alguns momentos, me incomodou um pouco, acho que, se deixar três, quatro segundos a mais ninguém vai morrer. Acelerar demais acho que não é bom. E entre um set e outro, tem cinco minutos de parada. O que custa deixar uns segundos a mais pro saque pra ter concentração maior?", questionou Thaísa.

Leia, que ficou dois jogos no banco e participou de toda a partida neste domingo, disse que entrou mais preparada. "É mais pra quem saca. E a gente que está no passe, mal comemorou já tem que concentrar pra recepção. É diferente, hoje consegui me sentir mais à vontade porque vi de fora, então sabia como funcionava. Não é bom, mas a gente tem que se adaptar rápido", acrescentou.

Leia foi novidade na equipe neste domingo. (Foto: Alexandre Loureiro/ Inovafoto/CBV)Leia foi novidade na equipe neste domingo. (Foto: Alexandre Loureiro/ Inovafoto/CBV)

Homenagem
Entre o segundo e o terceiro sets, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) homenageou as 63 brasileiras que participaram da modalidade em Jogos Olímpicos entre Moscou 1980 e Londres 2012. As atletas entraram em quadra com placas indicando em quais edições estiveram presentes, enquanto imagens da seleção eram exibidas no telão da Arena Carioca 1. As brasileiras conquistaram quatro medalhas em Jogos Olímpicos: bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000 e ouro em Pequim-2008 e Londres-2012.

Sequência
Na próxima semana, o Brasil joga em Macau, na China, e terá como adversárias as donas da casa, Sérvia e Bélgica. Encerrando a fase de classificação, a equipe joga contra Itália, Bélgica e a anfitriã Turquia, em Ankara, no fim de junho. A fase final será na capital tailandesa, Bangcoc, entre 6 e 10 de julho.

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Capital do Piauí recebe chama olímpica e mostra a força da sua cultura

No encontro entre os rios Poti e o Parnaíba, uma vila de pescadores e olarias de tijolos, nasceu Teresina a capital do Piauí. A cultura enraizada do artesanato de cerâmica superou a pobreza, de casabre de palha e taipa, para se tornar hoje um polo, onde 284 famílias vivem da arte da argila. O bairro Poti Velho, primeiro da cidade, recebeu nesta sexta-feira (10.06), o revezamento da tocha olímpica que percorreu 17 quilômetros de "Terê" e terminou ao lado da ponte Estaiada - um dos mais importantes pontos turísticos piauienses.

Dos 70 condutores, Raimunda Teixeira da Silva, conhecida como Raimundinha, é a artesã que melhor representa a região. Nascida na zona rural de Teresina, no povoado de Santa Maria da Vassoura, a liderança do polo cerâmico chegou no Poti Velho há 35 anos, quando a comunidade ainda sobrevivia de pesca e produção de tijolos. "Apenas a partir da década de 60 que se iniciou a atividade do artesanato com Raimundo da Paz e ele foi passando para outros moradores", lembra a artesã que só chegou ao polo em 1985. "Venho de uma família de oito irmãos com pai lavrador e minha mãe quebrava coco. Quando chegamos minha mãe já estava viúva e com 11 anos comecei a trabalhar na olaria ficando por lá outros 22", lembra.

Mãe de dois filhos, Raimundinha passou a vender lanches no polo cerâmico. "Chegou um dia que me perguntei: que futuro eu vou dar para os meus filhos? Larguei a olaria para vender comida e pedi a uma das artesãs para me ensinar a pintura", conta. Desde então sua vida mudou. Passou a comprar as peças, fez uma prateleira e começou a pintar. Enquanto isso, a produção local crescia sendo passada de gerações. "No mesmo ano, o polo já tinha 12 oficinas de produção com 48 famílias que tentavam sobreviver do artesanato com basicamente a venda de pote, jarro, filtro e algumas peças decorativas", explica.

No revezamento, Raimunda representou os artesãos do polo de cerâmica do Poti Velho. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)No revezamento, Raimunda representou os artesãos do polo de cerâmica do Poti Velho. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)

No mesmo espírito da chama olímpica, a comunidade conseguiu se unir em torno do bem comum e criou a Associação dos Artesãos Ceramistas do Poti Velho (Acepoti). Raimundinha se destacou e virou nada menos que a presidente da associação. "Nosso maior ganho é ver o artesanato valorizado. Antes a gente ficava esperando vender uma peça no dia para comprar alimento. Hoje todo mundo tem casa digna e própria, oficina-loja e algum meio de transporte", comemora. Hoje tanto os filhos quanto o genro e a nora vivem do artesanato de cerâmica.

Não satisfeita com o crescimento da Associação e do corredor da cerâmica, a artesã criou com mulheres da comunidade outra instituição: a Cooperart Poti que conta com 39 artesãs que mudaram a sua história através da argila. A cooperativa ganhou até o prêmio Sebrae Top 100 do Artesanato com a coleção "Mulheres do Poti" composta por cinco peças: a mulher religiosa, a do pescador, a da olaria, a ceramista e a das continhas. "Bonecos tem em todo lugar, mas essa coleção só no Poti Velho", sorri. Sobre a possibilidade de fazer parte do revezamento da chama olímpica, Raimundinha garante: "Orgulho conduzir a tocha e representar toda a arte do nosso Piauí".

Game do Cangaço
Conhecida no Piauí por manter viva as tradições culturais da região, a artesã Raimundinha foi uma das inspirações para os jovens do Sertão Games, responsáveis pelo jogo Cangaço. A start up criada em 2011 é pioneira no segmento em Teresina e esteve representada no revezamento da tocha pela dupla de designers Wandresson Araújo e Angela da Cunha. Com cangaceiros como personagens e a caatinga como cenário, a dupla desenvolveu técnicas de pintura híbrida, que mistura arte digital com feita à mão.

"A ambientação do programa foi toda baseada em características locais, desde a fauna até os objetos que estão nas casas das nossas avós, como peças de origem até do Poti Velho", revela Angela. A ousadia dos criadores os levaram até a tocha olímpica. "É um reconhecimento do nosso trabalho árduo", acredita Van. Além de abrir portas para um novo segmento, o jogo também inovou em outras áreas, como no enredo. "Tivemos a ideia de colocar elementos da nossa cultura para que o jogador local conseguisse se identificar, mas também queríamos difundir isso para o mundo", explica. No início você escolhe o lado que quer jogar: do cangaceiro, da cangaceira ou do policial volante, os principais inimigos dos jagunços.
Mestre de capoeira Albino Veras passa a tocha olímpica para Raimundo Filho, que foi o último condutor da tocha em Teresina. (Foto: Francisco Medeiros/ME)Mestre de capoeira Albino Veras passa a tocha olímpica para Raimundo Filho, que foi o último condutor da tocha em Teresina. (Foto: Francisco Medeiros/ME)
Neta de vaqueiro, Angela diz que foi fácil pensar nos personagens que foram baseados em memórias de infância e alguns lembram parentes e amigos. "A principal personagem se parece muito comigo", conta a designer que se orgulha do jogo ter uma heroína feminina. "Os cangaceiros deram espaço para as mulheres e tiveram algumas bem importantes, como a Dadá", completa.

O processo de criação e execução durou pouco mais de um ano e teve a peculiaridade de unir tecnologia e artesanato. "Primeiro era feita a parte digital, na sequência a textura era pintada a mão com lápis de cor, bem artesanal, como na época os cangaceiros faziam. Por fim, voltava para o computador para modelagem em 3D", detalha Wan, que sempre gostou de design e programação de computadores e encontrou no mundo dos jogos a oportunidade de juntar essas duas paixões. Pare ele, "a chama olímpica vai sair de Teresina ainda mais quente, com o mesmo calor que nos dá força para perseguir os sonhos". O jogo já está disponível e pode ser adquirido em sites especializados.

Revezamento da Tocha - TeresinaRevezamento da Tocha - Teresina

Investimento esportivo
O esporte de alto rendimento passou a ter mais investimentos em infraestrutura e formação de atletas a partir do momento que o Brasil entrou na agenda mundial dos grandes eventos, como os Jogos Pan-Americanos Rio 2007. O Piauí ganhou ainda mais visibilidade após o ouro da judoca Sarah Menezes nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Única beneficiária do Bolsa Pódio do estado, a atual campeã na categoria -48 kg recebe investimento anual de R$ 180 mil. Por motivos de agenda da seleção brasileira de judô, Sarah não pôde conduzir a tocha em Teresina, mas o fez em Parnaíba, no litoral do Piauí.

Um dos frutos dessa vitória da judoca foi a parceira do Ministério do Esporte com a Prefeitura de Teresina para a criação do Centro de Treinamento do Judô, com investimento total de R$ 3,5 milhões. Assim como o judô, o badminton também foi contemplado com o Complexo Esportivo na capital do estado com uma parceria com a Universidade Federal do Piauí.

Além disso, o estado terá três Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs): Parnaíba, Picos e Teresina. Assim como duas pistas de atletismo e uma pista de ciclismo BMX. O programa Bolsa Atleta também contempla esportistas no Estado com investimento anual de R$ 792 mil para 60 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas.

Lorena Castro, Lilian Amaral e Rafael Brais - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Em evento do Comitê Olímpico dos EUA, ministro Picciani convida atletas a participarem de Jogos históricos no Rio de Janeiro

Ministro Leonardo Picciani com a ex-ginasta Nádia Comaneci durante Cerimônia do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, Road to Rio (Foto: Roberto Castro/ME)Ministro Leonardo Picciani com a ex-ginasta Nádia Comaneci durante Cerimônia do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, Road to Rio (Foto: Roberto Castro/ME)

Ícones do esporte como a ginasta romena Nadia Comaneci e os velocistas norte-americanos Michael Johnson e Jackie Joyner-Kersee participaram na noite de quinta-feira (09.06), em Washington, do evento Road to Brazil, organizado pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês). O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, que cumpre agenda internacional nesta semana no Reino Unido e nos EUA, estava entre os convidados e aproveitou para saudar os atletas norte-americanos que vão disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Picciani apresentou à chefe de Marketing do USOC, Lisa Baird, os preparativos finais dos Jogos e destacou que serão os primeiros realizados na América do Sul. Baird informou que os Estados Unidos vão enviar ao Rio uma delegação de 13 mil pessoas, entre atletas, membros das comissões técnicas, dirigentes e outros integrantes da família olímpica. O ministro também conversou com Nadia Comaneci, primeira ginasta a conquistar uma nota 10, nas Olimpíadas de Montreal, em 1976. Ela prometeu ir ao Rio de Janeiro e revelou sua admiração pelo ginasta brasileiro Arthur Zanetti, atual campeão olímpico nas argolas.



Confira vídeo sobre o evento em Washington:

 

 

Paulo Rossi, de Washington
Ascom – Ministério do Esporte

Com paciência e Thaísa inspirada, Brasil vence o Japão no Grand Prix

Com atitude e, sobretudo, muita paciência, o Brasil venceu o Japão nesta sexta-feira (10.06), por 3 sets a 0 (25/20, 25/23 e 25/15), pelo Grand Prix feminino de vôlei. A partida foi realizada na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, pela primeira rodada do torneio.

Não era mais a estreia, então o nervosismo ficou pra trás. Havia ainda a lição aprendida na partida inicial contra a Itália, no dia anterior: qualquer relaxada faz o adversário crescer, então não se podia perder o foco. A bronca do treinador José Roberto Guimarães no dia anterior fez efeito, e o resultado foi um time com postura distinta em quadra.

Thaísa foi o destaque da partida contra as japonesas, com 19 pontos. (Foto: FIVB)Thaísa foi o destaque da partida contra as japonesas, com 19 pontos. (Foto: FIVB)

"Hoje o time teve mais atitude. A gente vê isso no sistema defensivo, quando você vê a relação bloqueio-defesa funcionando, a equipe tocando em bolas difíceis. Teve duas bolas na diagonal curta, com a Fernanda Garay, que ontem teriam caído. Houve também algumas defesas que conseguimos chegar, com a Camila e com a Natália. Foi diferente da atitude que tivemos ontem", disse Zé Roberto.

"A gente mostrou que pode ser diferente e fizemos uma partida com outra atitude, vibração, determinação. Foi bom para abrir os olhos, ele (José Roberto) está aí para isso, e valeu a pena esse cutucão", avaliou Thaísa, maior pontuadora da partida, com 19 pontos.

Para superar as japonesas, a equipe contou muito com a inspiração da central. A bicampeã olímpica puxou a equipe e virou quase todas as bolas, anotando 15 pontos em 21 ataques. Além disso, ela ainda contribuiu com três pontos de bloqueio e um de saque. O Brasil também conhecia bem o estilo de jogo rápido e técnico do adversário.

"Tem hora que elas fazem belas defesas, de bolas impossíveis, e eu tenho que chegar pra jogadora do meu lado e falar: 'paciência. Vamos pra próxima, fica tranquila'. Se você se preocupar que não rodou uma, você vai errar o passe, vai errar a defesa. Essas meninas pulam para cá e para lá, a cabeça chega a ferver. Vamos enfrentá-las nas Olimpíadas, então serviu como parâmetro", explicou Thaísa, em referência ao confronto com as japonesas na fase classificatória no Rio 2016, marcado para 10 de agosto.

O próximo desafio do Brasil na primeira rodada do Grand Prix é contra a Sérvia, no domingo (12.06), a partir das 10h05. "É um padrão mais próximo do nosso, em alguns momentos elas aceleram muito para a ponta, mas é um pouco mais perto do que a gente costuma jogar. Isso não quer dizer facilidade. A gente precisa sacar bem, para tentar quebrar (o passe) e jogar com mais tranquilidade", disse Thaísa.

Natália passa pelo bloqueio japonês: jogadora contribuiu com nove pontos na partida. (Foto: FIVB)Natália passa pelo bloqueio japonês: jogadora contribuiu com nove pontos na partida. (Foto: FIVB)

O jogo
Como as anfitriãs já sabiam, a defesa japonesa funcionou bem, mas a brasileira também, o que rendeu bons ralis no início da partida. Thaísa mostrou eficiência no ataque e no bloqueio e ajudou o Brasil a abrir a  17/10. As japonesas encaixaram uma sequência de bons ataques e encostaram no placar: 22/18. Mas, com paciência e o foco tão exigido por José Roberto Guimarães, o Brasil fechou o primeiro set em 25/20.

Equilíbrio
A segunda parcial foi bem equilibrada. No início, a equipe japonesa, jogando com inteligência, encontrou bem os espaços na quadra brasileira e abriu 11/7. Thaísa e Fê Garay ajudaram a diminuir a distância no placar (14/13), mas o Japão ainda estava na frente no tempo técnico: 16/13. Com belo bloqueio, Thaísa deixou tudo igual (16/16).

Quando o Japão chegou a 18/16, Zé Roberto parou o jogo. Natália e Sheilla tentavam, mas quem estava virando tudo mesmo era Thaísa: 20/20. Um belo rali terminou com bloqueio brasileiro e set point (24/23). A equipe não desperdiçou a chance e fechou com Juciely: 25/23. Este foi o único set que desagradou Zé Roberto.

"O Japão saiu na frente e tivemos que correr atrás do resultado. A gente vacilou no começo do set no sistema defensivo, a começar por erros no saque, e o Japão começou a acreditar que dava. A gente só virou acho que a partir do 22º ou 23º ponto", explicou.

Passeio e oportunidades
Na terceira e última parcial, o Brasil começou arrasador, fazendo 9/2, não dando chances para a defesa japonesa. Adenízia ganhou a oportunidade no meio-de-rede, substituindo Juciely. A esta altura, a inspiração já era coletiva, e o placar chegou a 14/4. Mari Paraíba também entrou no lugar de Fê Garay. As japonesas até tentavam correr atrás, mas a larga vantagem foi mantida e o Brasil fechou o set em 25/15, com mais um ponto de Thaísa.   

"Estou feliz com minha atuação, espero ter correspondido ao que ele (Zé Roberto) quer. Estou lutando, buscando.  O bom é que vai dar ritmo para todas, quem for para as Olimpíadas vai estar com ritmo, isso é importante pra gente", disse Adenízia, que participa da acirrada disputa no meio-de-rede por uma vaga na convocação olímpica.

Entre as ponteiras, também há briga. "Estou disputando com quatro grandes jogadoras (Fê Garay, Natália, Gabi e Jaqueline). Estou me esforçando diariamente, pra ver o que pode ser melhorado, sei que vai difícil, mas não é impossível. Eu estou correndo por fora, estou brigando acho que mais com a Jaque", avaliou Mari Paraíba.

Ainda nesta tarde, a partir 17h15, a Itália enfrenta a Sérvia. As duas equipes perderam a primeira partida no Grand Prix: italianas foram derrotadas pelo Brasil por 3 sets a 1 e as sérvias perderam para o Japão por 3 a 0. Confira os demais confrontos desta primeira rodada na Arena Carioca 1:

12.06 (domingo)

10h05 – Brasil x Sérvia
12h30 – Itália x Japão

Carol Delmazo, brasil.2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Brasil estreia no Pan-Americano Masculino de handebol em aquecimento para Rio 2016

Foto: Divulgação/CBHbFoto: Divulgação/CBHb
 
Depois de mais de uma semana de treinamentos em Arujá (SP) para acertar os detalhes finais, a Seleção Masculina de handebol está pronta para a estreia neste sábado (11) no Pan-Americano da modalidade em Buenos Aires, Argentina. Os primeiros adversários serão os paraguaios, às 20h, no ginásio Tecnopolis. Este ano, a competição continental será mais longa do que de costume, já que 12 países buscam as medalhas e também três vagas para o Mundial da França, em janeiro de 2017. 
 
Para o Brasil o campeonato serve como aquecimento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, daqui a menos de dois meses. A equipe verde e amarela está no grupo B, que conta também com Estados Unidos, Porto Rico, Uruguai e Colômbia. A seleção briga pelo terceiro título. No caminho até as semifinais, o Brasil pega a equipe de Porto Rico no domingo (12), a Colômbia na segunda-feira (13), os Estados Unidos na quarta-feira (15) e o Uruguai na quinta-feira (16). 
 
O técnico da Seleção Brasileira, Jordi Ribera, destaca que a principal meta do país é garantir uma vaga no Mundial. “O Pan-Americano distribui três vagas para o Mundial da França e esse é sempre o primeiro objetivo. Depois, como é normal, queremos tentar ganhar o campeonato. Nestes últimos anos sempre tivemos uma briga na final contra a Argentina. Mas, antes de chegar lá, será uma competição longa e para nós será muito importante para podermos praticar algumas coisas que temos feito durante os treinamentos”, explicou. 
 
Foto: Divulgação/CBHbFoto: Divulgação/CBHb
 
O treinador disse que a competição vai ficando cada vez mais disputada ao longo das rodadas. “Pouco a pouco vamos chegando aos jogos mais difíceis. Na parte final teremos Estados Unidos e Uruguai, que já são times um pouco mais complicados. Depois nos cruzamentos, fica ainda mais. O Chile, por exemplo, é um time que tem crescido e fez um pré-olímpico muito bom. Também podemos encontrar a Groenlândia, uma equipe que joga com um estilo bem europeu”, completou Jordi. 
 
O goleiro Maik Santos, um dos mais experientes do grupo, acredita nos jovens talentos da Seleção para garantir um bom resultado. “Estamos com uma equipe jovem e muito qualificada, que está competindo lá fora, adquirindo uma boa experiência e, com certeza, trazendo isso para a Seleção. A nossa filosofia de trabalho é outra desde a chegada do Jordi e isso fez o time crescer. O importante é acreditarmos no que temos feito”, opinou. 
 

Confira a tabela de jogos do Brasil

 
Sábado (11)
20h - Brasil x Paraguai
 
Domingo (12)
17h - Brasil x Porto Rico
 
Segunda-feira (13)
17h - Brasil x Colômbia
 
Quarta-feira (15)
17h - Estados Unidos x Brasil
 
Quinta-feira (16)
17h - Brasil x Uruguai
 
Sábado (18)
Semifinais
 
Domingo (19)
Final
 
Fonte: CBHb
Ascom – Ministério do Esporte 
 
 

Seleções de ginástica artística do Brasil convocadas para última etapa da Copa do Mundo antes do Rio 2016

Arthur Nory foi convocado para etapa da Copa do Mundo. (Foto: CBG)Arthur Nory foi convocado para etapa da Copa do Mundo. (Foto: CBG)

As seleções brasileiras de ginástica artística (masculina e feminina) participam da última etapa da Copa do Mundo antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A disputa será no Centro de Alta Performance de Anadia, em Portugal, de 23 a 26 de junho. A delegação embarca no dia 19.

No caso do masculino, os ginastas seguem para a Europa um dia após a última avaliação da equipe, que irá definir os cinco nomes para os Jogos Olímpicos. Para a etapa portuguesa, os convocados são: Arthur Nory Mariano e Sérgio Sasaki, no individual geral. Os ginastas serão acompanhados pelos técnicos Cristiano Albino e Renato Araújo.

"Essa será a nossa última Copa do Mundo antes dos Jogos Olímpicos, então será ainda mais importante. O Nory e o Sasaki têm grandes chances de estar na equipe que vai ao Rio de Janeiro, por isso eles foram convocados para essa competição. Em Anadia, faremos testes em vários aparelhos", explicou Renato. "Depois de Portugal, vamos para a Suíça para competir com todo o grupo", completou.

Já no feminino, as participantes serão Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade, com os treinadores Alexandre Carvalho e Francisco Porath Neto.

Segundo o técnico Alexandre, a competição será importante para colocar as novidades em prática. "Algumas ginastas estão treinando séries com elementos novos, que poderão ser testados já em Portugal. Depois, vamos analisar se realmente iremos colocá-los ou não nas séries olímpicas", disse.

Após a Copa do Mundo, as ginastas permanecem em Portugal para treinamentos. Logo depois, de 6 a 9 de julho, estarão na Holanda para participarem de uma competição nacional por equipe, quando irão como convidadas. Na sequência, voltam ao Brasil para a preparação final, no Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), e em Curitiba (PR).

» Delegação brasileira

Masculino
Ginastas: Arthur Nory Mariano e Sérgio Sasaki
Técnicos: Cristiano Albino e Renato Araújo
Fisioterapeuta: Ilan Gedanken
Árbitro: Sandro Brasil Santos

Feminino
Ginastas: Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade
Técnicos: Alexandre Carvalho e Francisco Porath Neto
Chefe de equipe: Alexander Alexandrov
Coreógrafo: Eduardo Junqueira
Fisioterapeuta: Júlio César Mattos
Árbitra: Jaqueline Gonçalves

Fonte: CBG

Ascom - Ministério do Esporte

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