Grand Prix: Brasil sofre no primeiro e quarto sets, mas vence a Itália por 3 a 1
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- Última atualização em Sexta, 10 Junho 2016 13:43
- Publicado em Quinta, 09 Junho 2016 17:12
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O Brasil começou nervoso o jogo contra Itália, pela primeira rodada do Grand Prix, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A equipe anfitriã perdeu o primeiro set, mas recuperou-se e venceu a partida por 3 a 1 (23/25, 25/15, 25/15 e 27/25). Esta foi a 21ª vitória do Brasil em 25 confrontos com a Itália em edições da competição.
Na busca pelo 11º título do torneio e, sobretudo, em preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a seleção enfrentou um time jovem e ousado, mas que errou muito também. "Elas são novas, não têm nada a perder, é bola subindo o tempo todo. A gente já sabia que ia ser assim", comentou a central Fabiana.
No segundo e terceiro sets, o Brasil foi se acalmando em quadra e venceu com folga. No quarto set, a equipe relaxou e a Itália entrou com tudo para tentar levar a partida para o tiebreak, chegando ao primeiro set point. Mas pesou a camisa bicampeã olímpica e, com tranquilidade, o Brasil conseguiu virar o placar e encerrar a partida.
“É importante ter serenidade e cabeça no jogo, que foi o que a gente conseguiu fazer nesse finalzinho. A gente focou no acerto, nas ações positivas. A equipe como um todo cresce nesses momentos de dificuldade, é importante conseguir sair deles”, destacou a ponteira Fernanda Garay.
Para o técnico José Roberto Guimarães, a ansiedade no início é normal, ainda mais em uma estreia, e para um time que ainda precisa ganhar ritmo de jogo. Mas ele não gostou da atitude da equipe na quarta parcial. Para o treinador, o time relaxou e passou um "perrengue" desnecessário, que não é admissível.
"Eu já sabia que a Itália ia arriscar, que é um time que já está jogando, que tem atacantes boas e bolas altas, eu não gostei foi da atitude do meu time. O time estava nervoso no primeiro set, e ainda pode soar como desculpa, porque é estreia, mas depois de ter ganho o segundo e o terceiro sets da forma como a gente ganhou, foi questão de baixar um pouco a guarda e o time do lado de lá cresceu, estava com espírito diferente. Espírito e atitude nesse jogo têm um componente muito sério. A gente sofreu no quarto set sem precisar porque nosso time não estava com a postura e a atitude adequada", avaliou.
O jogo
O Brasil, tenso no início do jogo, começou errando passes e ataques, e a Itália abriu vantagem de três pontos, até que Sheilla virou a primeira bola para o time da casa. O Brasil chegou ao tempo técnico na frente: 8/7. Paola Egonu, de apenas 17 anos, começou a mostrar a eficiência do seu jogo, com bom saque e ataque efetivo. Explorando o bloqueio, levou as italianas a um empate em 12/12, mas o Brasil foi para o segundo tempo técnico novamente na frente (16/14).
Lá estava Egonu no saque para desestabilizar mais uma vez a recepção brasileira e chegar a 17/18. Zé Roberto parou o jogo. A tensão e o equilíbrio continuaram. Fê Garay foi bloqueada e o 21/23 fez o técnico brasileiro parar pela segunda vez a partida. Sylla levou a Itália ao set point, mas errou o saque na sequência: 23/24. Zé Roberto fez a inversão do 5-1 com Tandara entrando no lugar de Dani Lins e Roberta substituindo Sheilla. Roberta sacou bem, mas Egonu encerrou a primeira parcial: 23/25.
Mais tranquilas
As anfitriãs se tranquilizaram em quadra na segundo parcial e o voleibol das bicampeãs olímpicas foi surgindo com naturalidade. Juciely, que luta por uma vaga entre as centrais para a convocação olímpica, não deu chance para as italianas e ajudou a abrir 17/9. A defesa brasileira cresceu, o bloqueio ficou efetivo e o placar chegou a 20/10. O Brasil não demorou a liquidar o set em 25/15, com direto a ace de Fê Garay. O terceiro set seguiu script similar ao do segundo, com o Brasil superior em quadra. A equipe de José Roberto Guimarães abriu 18/8 e, num bloqueio, liquidou a parcial nos mesmos 25/15.
Suando para encerrar
No quarto set, a Itália estava decidida a não facilitar a vida do Brasil, que entrou relaxado em quadra. Sheilla, explorando o bloqueio, fez 6/5, mas Natália errou o saque e deixou tudo igual. Juciely, atacando e bloqueando bem, fez 8/7. As brasileiras cometeram erros bobos e a Itália fez 9/12. Zé Roberto pediu tempo. Fabiana, em ataque e bloqueio, reduziu a diferença. Sylla fez o paredão e ampliou para 11/15. A Itália estava na frente também no tempo técnico (13/16).
Uma pancada de Natália levou o placar a 14/18. A Itália, concentrada, ampliou para 15/19 com Chirichella. Spirito entrou para sacar, mas Fê Garay virou bem, deixando em 18/21. Sylla, em busca do tiebreak, fez 18/22. Diouf atacou pra fora e reduziu a diferença para 20/22. Sylla, novamente com ataque eficaz, deu o set point à Itália (24/21). A arbitragem marcou invasão de Guerra atacando do fundo, e o jogo foi a 23/24. Pesou a experiência. Com dois bloqueios triplos, o Brasil empatou e passou à frente (25/24). Também com bloqueio a Itália empatou, mas Juciely virou de novo e Diouf atacou pra fora, O Brasil encerrou o set em 27/25 e o jogo em 3 sets a 1.
Próximo desafio
Encerrada a estreia, a equipe brasileira já pensa no Japão, adversário desta sexta-feira. As asiáticas têm um estilo de jogo completamente diferente, conforme destacou Fabiana.
"Elas jogam muito rápido, é outra velocidade. Às você está lá em cima e a bola passa no seu sovaco. É jogo de muita paciência, de muito contra-ataque. E elas defendem muito, tem muita habilidade. Hoje a gente estava em bolas altas, estourando para o fundo, amanhã é tudo baixinho, você tem que subir pouco. Às vezes você assimilar isso é chato. Mas você tem que conseguir", explicou a capitã brasileira.
"Agora já estreou, já passou aquela coisa, é um novo jogo.O Japão é um time que exige mais do sistema defensivo, e tecnicamente trabalha mais a bola. Requer mais atenção, principalmente porque a bola é mais rápida", acrescentou José Roberto Guimarães.
O treinador explicou que vai dar oportunidades a várias jogadoras ao longo da competição. Na posição de central, que protagoniza a disputa mais acirrada entre as atletas na busca pela convocação olímpica, começaram jogando contra a Itália Fabiana e Juciely. Na partida, contra o Japão, iniciam a partida Thaísa e Juciely, adiantou Zé Roberto.
"Uma disputa onde tem cinco grande jogadoras (Thaísa, Fabiana, Adenízia, Carol e Juciely) na mesma briga, a gente tem que sempre fazer o melhor, você sabe que amanhã pode ser outra mostrando um pouco mais. Vou correr atrás para me apresentar cada vez melhor. Tem que ser uma disputa saudável, com feedback de fora. Hoje a Thaísa me deu vários toques, e elas (Fabiana e Thaísa) são um espelho", disse Juciely.
Japão vence a Sérvia
Ainda na tarde desta quinta, o Japão venceu a Sérvia por 3 sets a 0 (31/29, 25/18 e 28/26). Após a partida, o técnico japonês, Masayoshi Manabe, comentou o próximo jogo, contra o Brasil. "É sempre um dos melhores times do mundo. Então vamos dar o nosso melhor, tentar o nosso melhor. É o que temos de fazer".
Confira os demais confrontos desta primeira rodada na Arena Carioca 1:
10.06 (sexta-feira)
14h10 – Brasil x Japão
17h15 – Itália x Sérvia
12.06 (domingo)
10h05 – Brasil x Sérvia
12h30 – Itália x Japão
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
A ilimitada capacidade de reinvenção de Verônica Hipólito
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- Última atualização em Quinta, 09 Junho 2016 17:04
- Publicado em Quinta, 09 Junho 2016 16:47
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“Acabei de fazer 20 anos e acho que, em intensidade, vivi mais do que muita gente.” É assim que a velocista Verônica Hipólito faz uma rápida autoavaliação. De fato, é inegável que ela passou por anos intensos desde 2013, quando começou a competir no atletismo paralímpico. Logo no primeiro ano foi chamada para representar o país no Mundial. Em Lyon, na França, a então adolescente voltou para casa com o ouro nos 200m e a prata nos 100m, ambos na classe T38. Ali nasceu uma das principais esperanças de medalha para o país nos Jogos Rio 2016.
Tudo corria bem até o ano passado. Verônica, que foi diagnosticada com um tumor no cérebro em 2008 e depois sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que afetou os movimentos do lado direito do corpo, viveu o momento mais delicado da carreira às vésperas do Parapan de Toronto 2015.
A velocista descobriu que tinha uma síndrome rara chamada Polipose Adenomatosa Familiar e que teria que passar por uma cirurgia para retirar o intestino grosso. Ela optou por adiar o procedimento para competir no Canadá. Mesmo diante do desafio emocional e de saúde, a brasileira trouxe de Toronto três ouros (nos 100m, 200m e 400m T3), uma prata (no salto em distância T20/37/38) e três recordes: dois Parapan-Americanos (100m e 200m) e um das Américas (400m).
“Eu só pensava assim: ‘Não quero que me vejam como alguém doente, como a menina que vai fazer cirurgia’. Queria que vissem a atleta, as marcas. As ordens interferem muito. Eu falo até hoje que foi uma excelente competição e fico pensando como teria sido no Mundial. Mas já foi. Agora penso como vai ser nos Jogos Paralímpicos”, conta, lembrando que não pôde participar do Mundial do Catar meses depois.
Uma semana de nove meses
Passado o Parapan, Verônica Hipólito teve que enfrentar a realidade da cirurgia. “Achei que ia ser fácil, rápido, mas foi um dos momentos mais difíceis que tive de passar. Fui pensando que o difícil ia durar uma, duas semanas. Durou nove meses. Não estava preparada para isso”.
Depois do procedimento, ela perdeu peso, não conseguia recuperar, e teve que voltar ao hospital várias vezes por conta da anemia e das dores. Adicionalmente, teve de lidar com a possibilidade de ter que operar a cabeça, já que o tumor havia crescido. A outra opção era aumentar a dose dos medicamentos, caminho pelo qual optou.
“O ponto era: se eu ficasse com o remédio, estava comprometendo minha vida. Se ficasse com a cirurgia, poderia comprometer minha vida e os Jogos. De um jeito ou de outro, era da minha vida que a gente estava falando”, lembra.
A adaptação ao aumento de dose do remédio foi complicada e demorada, o que atrasou ainda mais o retorno às pistas e chegou a colocar a carreira em dúvida. “Fiquei com medo de não voltar. Sempre pensei que se você tem o problema, mas tem a solução, está tudo bem. Só que às vezes não é tão fácil. Estava com dor, perdendo peso, vomitava quase todos os dias. Cheguei a pensar que seria melhor operar e não ir aos Jogos, mas meus pais, meu irmão, meu namorado e meus amigos entraram em cena. Foi um dos momentos mais críticos”, conta.
O suporte dos campeões
O retorno à rotina de atleta ainda teria mais um obstáculo no caminho. Logo que voltou a treinar, entre fevereiro e março de 2016, Verônica, ainda muito fraca, sofreu uma ruptura no músculo da coxa. Mais um momento emblemático que afetou a autoestima da velocista. “Cheguei ao centro de treinamento da seleção magra, fraca, com o psicológico lá embaixo, estressada e com a lesão na coxa”, diz.
A partir de então, a recuperação envolveu mais do que o problema muscular. Com apoio dos colegas de seleção, dos amigos e dos psicólogos, o trabalho foi árduo para trazê-la de volta. Neste processo, a decisão de não pedir dispensa da seleção, como estava habituada a fazer, foi fundamental.
“Sempre surgia a convocação e eu pedia dispensa para continuar treinando no clube (SESI/SP)”, afirma Verônica, sem saber explicar direito o porquê de ter mudado desta vez. “Não sei, de verdade. Sei que fui criando laços. Não queria chegar nos Jogos e pensar ‘e se eu tivesse feito?’ Não me arrependo.”
No ambiente da seleção, Verônica passou a conviver diariamente com campeões mundiais e paralímpicos, como Terezinha Guilhermina e Yohansson Nascimento. Um contato com a experiência de quem já passou por dificuldades que também ajudou na recuperação.
“Eles têm uma bagagem absurda que me ajudou a continuar. Quando passo por uma lesão, sei que não é o fim do mundo. Eles já passaram por isso e sempre conversam, brincam e me aconselham. Sou grata a eles e aos fisioterapeutas”.
Um “filho” no Engenhão
“Eu estava com medo”, revela Verônica Hipólito, quando questionada sobre o sentimento de competir no Open Internacional de atletismo, no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro, em maio. A primeira vez da velocista em um torneio oficial em 2016 foi no palco dos Jogos Paralímpicos, contra algumas de suas maiores rivais no cenário mundial.
Apesar do receio de não conseguir repetir as boas marcas do passado, o Open foi o último passo rumo à recuperação completa. Nos 100m, ela completou a prova em primeiro, em 13s27, uma das três melhores marcas do mundo na temporada. Nos 400m, venceu mais uma vez, em 1min04s95.
“Quando passei a linha de chegada, pareceu que tinha sido melhor do que eu esperava. Passaram literalmente dois ou três minutos e a Verônica voltou. Eu falei assim: ‘Não foi bom, quero mais’. Isso é o que eu sou”, exclama.
Os bons resultados no Engenhão tiraram um peso das costas da atleta e devolveram algo fundamental para o Rio 2016. “Eu tive um “filho” nesse Open. O filho foi ter a autoestima de volta. Melhor que o meu tempo hoje, só o recorde mundial. Então eu penso: por que não pensar na medalha de ouro?”
Sonho do ouro compartilhado
Passada a difícil recuperação física e psicológica, Verônica Hipólito já pensa no próximo passo: os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Para ela, uma experiência inédita na carreira. “Eu ganhei uma medalha de ouro no Mundial adulto com 16 para 17 anos e estou indo para a primeira Paralimpíada como uma das favoritas com 20. É algo que continua sendo fantástico para mim", comenta.
Embora saiba que ainda não está 100% física e mentalmente, a velocista já se vê entrando no Engenhão em condições de confirmar as expectativas dela e dos treinadores. “Consigo ver aquele estádio cheio e me ver chegando até antes do árbitro falar ‘às suas marcas’. Depois, vejo flashes do que pode acontecer”, diz.
Sobre a ansiedade de participar dos Jogos pela primeira vez, ela tenta transformar tudo em positividade. Ciente de que será uma experiência única depois de conversar com os colegas de seleção que já estiveram lá, Verônica vai atrás de um lugar no pódio para agradecer a todos que a ajudaram. “Cada vez mais estou transformando essa ansiedade em energia boa. Tem muita gente que eu quero fazer chorar de orgulho”, diz, sorrindo.
Se a medalha vier, a velocista já sabe o que vai fazer: chamar cada pessoa que a ajudou na recuperação e colocar a medalha no peito. “Quero que entendam: não será só minha, nunca foi. Será de todo mundo que me apoiou”, diz.
Se o pódio não vier, ela assegura também estar preparada. “Antes, eu treinava para ganhar uma medalha de ouro. Hoje é para dar o meu melhor. Se o meu melhor for uma medalha de ouro, vou ficar muito feliz e, se não for, não vou reclamar”, afirma.
Mas, diante das decisões e histórias de vida para alguém tão jovem, o maior desejo de Verônica sai de sua boca com uma facilidade e maturidade distantes da pouca idade que tem: “Em intensidade vivi mais do que muita gente e espero continuar vivendo.”
Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Medalhas comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos são lançadas
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Jogos Rio 2016 são aprovados pela maioria dos brasileiros
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Rio 2016 coloca à venda ingressos para cerimônias de abertura e encerramento
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Sobral "ensina" à chama olímpica as "fórmulas" de uma educação inclusiva
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Venilton Teixeira: de programa social ao tatame Olímpico do taekwondo
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Em encontros na ONU, ministro do Esporte destaca o legado olímpico da prática esportiva
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- Última atualização em Quarta, 08 Junho 2016 19:03
- Publicado em Quarta, 08 Junho 2016 18:57
- Escrito por Antônia Emília Santos Andrade
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O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, manteve vários encontros nesta quarta-feira (08.06) com autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Ele falou dos preparativos do Rio de Janeiro para as Olimpíadas e as Paralimpíadas. Picciani assegurou que as obras estão praticamente prontas, demonstrou que há um combate efetivo ao Zika vírus e explicou que o Brasil enxerga o evento como uma oportunidade para incentivar a prática esportiva, deixando um legado não apenas para a cidade do Rio, mas para todo o país.
Os representantes da ONU informaram que o secretário-geral Ban Ki-Moon comparecerá à abertura das Olimpíadas, e o representante do secretário-geral da ONU para a Juventude, Ahmad Alhendawi, afirmou que gostaria de contar com o apoio brasileiro para um evento de celebração do Dia Mundial da Juventude, a ser comemorado em 12 de agosto, quando os Jogos estarão em andamento.
O ministro ressaltou que as Olimpíadas e as Paralimpíadas servem de inspiração não apenas para a prática de esporte, mas também para difundir valores como amizade e cultura da paz. "Temos certeza de que o Rio e o Brasil estão preparados para receber a todos. A presença do secretário-geral da ONU será muito importante. Estamos num momento crucial para os Jogos, e o Brasil se preparou com muita seriedade para este momento", declarou o ministro.
A subsecretária da ONU para Comunicação e Informação Pública, Cristina Gallach, disse que a ONU apoia as Olimpíadas e quer ser parceira do Brasil na realização do evento. "Estamos convencidos de que os Jogos serão um grande sucesso para a cidade, para o país e para o mundo inteiro", disse. Ao saber que Gallach é natural de Barcelona, o ministro Picciani destacou que os Jogos de 1992 foram um modelo de legado, com a revitalização de áreas degradadas na cidade espanhola. "O Rio segue esse exemplo ao renovar a região portuária, onde a cidade surgiu."
Alhendawi acentuou que a ONU quer aproveitar a oportunidade das Olimpíadas a favor da juventude. "Os Jogos são um momento de esperança para o mundo, que enfrenta muitos problemas", declarou.
Já o responsável pelo Desenvolvimento Esportivo e pela Paz da ONU, Eric Dienes, acredita que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos podem inspirar jovens e crianças a praticar esportes. "É um momento histórico não apenas para o Brasil, mas para a América do Sul, que sedia pela primeira vez uma edição dos Jogos."
O ministro Picciani observou que, mais do que os resultados no quadro de medalhas, o Brasil precisa tratar o esporte como inclusão social. "O mais importante é a agenda como um todo, sobretudo a inclusão social e a possibilidade de demonstrar ao mundo uma mensagem de paz. O Rio e o Brasil estão prontos para os Jogos."
Chico de Gois e Paulo Rossi, de Nova York
Ascom - Ministério do Esporte
Seleção feminina de handebol encerra com vitória série de amistosos na Europa
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- Última atualização em Quarta, 08 Junho 2016 18:04
- Publicado em Quarta, 08 Junho 2016 17:57
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A seleção feminina de handebol encerrou com vitória a série de amistosos que fez na Europa como forma de preparação para os Jogos Rio 2016. Nesta quarta-feira (08.06), as brasileiras derrotaram a Eslováquia na casa das adversárias, por 23 a 21.
Após ser superado no primeiro tempo por 9 a 8, o Brasil voltou melhor e conseguiu reverter o marcador. No jogo de hoje, o grande diferencial das brasileiras foi a defesa, que se portou muito bem dentro de quadra. A artilheira da partida foi a pivô Daniela Piedade, com sete gols.
O confronto desta quarta-feira encerra a série de amistosos que a equipe fez na Europa. No jogo de ontem, também contra a Eslováquia, as brasileiras foram superadas por 26 a 25. No domingo (05.06), venceram a Argentina por 27 a 15 em jogo-treino disputado na Áustria. Já no fim de maio, quando esteve na Dinamarca, o Brasil teve dois encontros com as donas de casa, um com resultado negativo (26 a 24) e outro positivo (23 a 17). A seleção segue concentrada na Europa até a sexta-feira (10.06).
Brasil
Goleiras - Bárbara Arenhart (Nykobing F. Handboldklub- Noruega), Jéssica Oliveira (São Caetano-SP) e Mayssa Pessoa (CSM Bucaresti-Romênia).
Armadoras - Deonise Fachinello (CSM Bucaresti-Romênia), Eduarda Amorim "Duda" (Gyor Audi ETO KC-Hungria), Jaqueline Anastácio (SG BBM Bietigheim-Alemanha) e Juliana Malta (MKS Zaglebier Lubin-Polônia).
Centrais - Ana Paula Rodrigues (CSM Bucaresti-Romênia), Deborah Hannah (Pinheiros-SP), Francielle Gomes da Rocha "Fran" (Hypo Nö-Áustria) e Mayara Moura (Pinheiros-SP).
Pontas - Alexandra Nascimento "Alê" (Baia Mare-Romênia), Célia Costa Coppi (Metodista/São Bernardo-SP), Fernanda França (CSM Bucaresti-Romênia), Jéssica Quintino (MKS Selgros Lublin-Polônia), Larissa Araújo (AAU - Handebol Concórdia-SC) e Samira Rocha (OGC Nice-França).
Pivôs - Daniela Piedade "Dani" (Siofok KC-Hungria), Fabiana Diniz "Dara" (SG BBM Bietigheim-Alemanha) e Tamires Morena (Gyor Audi ETO KC-Hungria).
Fonte: CBHb
Ascom - Ministério do Esporte
Seleção feminina de futebol perde amistoso para Canadá
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- Última atualização em Quarta, 08 Junho 2016 18:05
- Publicado em Quarta, 08 Junho 2016 17:33
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Em preparação para os Jogos Olímpicos, a seleção feminina de futebol enfrentou o Canadá nesta terça-feira (07.06), no TD Place, em Ottawa, e acabou sendo derrotada pelo placar de 1 a 0. Mesmo na casa das adversárias, diante de 23.568 espectadores, as brasileira buscaram a vitória do início da fim. O único gol do confronto saiu já aos 48 minutos do segundo tempo, com Janine Beckie.
Este foi o segundo encontro entre Brasil e Canadá nos últimos dias. No sábado (04.06), a seleção derrotou as canadenses, no BMO Fiel, em Toronto, por 2 a 0. Marta marcou os dois gols do confronto.
Nos Jogos Rio 2016, o Brasil estreia dia 03 de agosto contra a China, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Já o Canadá faz o primeiro jogo contra a Austrália, na Arena Corinthians, em São Paulo, na mesma data.
» Confira o apoio do Governo Federal ao futebol feminino
O jogo
Logo aos três minutos, o Brasil teve boa chance para abrir o placar com Andressa Alves, mas a bola saiu por cima do gol. Aos 23, o Canadá chegou ao ataque com Rose, mas Barbara saiu bem do gol e, no rebote, Bruna Benites deu um carrinho e conseguiu afastar o perigo. Aos 39, as brasileiras chegaram bem novamente com chute de Darlene. A bola saiu passando muito perto da trave direita.
Na etapa final, aos 11 minutos, Barbara fez boa defesa em cobrança de falta de Sinclair. Onze minutos depois, o Brasil respondeu com Andressa Alves, em chute que saiu rente ao travessão. Aos 31, Andressa Alves foi ao fundo pela esquerda e cruzou para área. Raquel conseguiu finalizar, mas parou na goleira adversária. Quando o resultado já se encaminhava para o empate, aos 48 minutos, Janine Beckie apareceu bem no ataque e conseguiu marcar o gol que deu a vitória ao Canadá.
Brasil: Bárbara (Luciana), Poliana, Bruna Benites, Erika e Rafaelle (Tamires); Thaísa e Andressinha; Debinha (Marta), Darlene (Raquel), Cristiane (Fabiana) e Andressa Alves.
Ascom - Ministério do Esporte
Capital do Humor fala sobre coisa séria durante a passagem da chama olímpica
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- Última atualização em Quarta, 08 Junho 2016 14:29
- Publicado em Quarta, 08 Junho 2016 14:16
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Conhecido mundialmente pelas belas praias e nacionalmente pelo bom humor do povo, o Ceará recebeu o fogo sagrado pela primeira vez nesta terça-feira (07.06). O dia do comboio se encerrou em Fortaleza, mas não terminou com nenhuma piada típica dos humoristas cearenses. A cidade reconheceu a força da mulher e a coragem do povo nordestino, que se assemelham ao espírito olímpico, e contou com a presença da Maria da Penha no acendimento da pira na Praia de Iracema.
A chama, que se despediu do Rio Grande do Norte após uma cerimônia em Mossoró, entrou no Ceará por Aracati e seguiu para Aquiraz, a primeira capital do estado. A Cacique Pequena, primeira chefe mulher de uma etnia na América Latina, foi uma das condutoras em Aquiraz, que tem nome de origem tupi-guarani. Conhecida como guardiã da memória, a índia já anunciava que o dia do revezamento traria histórias de superação e pioneirismo.
Maria da Penha
Símbolo nacional da luta contra a violência às mulheres, Maria da Penha foi escolhida para o momento mais importante da chama Fortaleza: o acendimento da pira, no momento de celebração da tocha na cidade. Violentada pelo marido e paraplégica por causa de agressões, ela usou o sentimento de injustiça para começar a fazer história e deu nome à Lei nº 11.340, que, no mesmo mês de abertura dos Jogos Rio 2016, completará dez anos. "É um momento muito importante para dar visibilidade a nossa causa. O esporte pode ser um instrumento para ajudar muitas mulheres a terem conhecimento dos seus direitos", afirmou.
Maria explicou que a Lei não é contra os homens, mas sim contra os agressores e que a mudança só é possível com educação cidadã. Para ela, esta é uma responsabilidade do gestor público e das vivências em família. "Trazemos conosco experiências da infância. A cultura de paz que tanto sonho começa dentro de casa", reforçou.
Ela também falou da luta das pessoas com deficiência e lembrou do tempo que praticava esportes. "Na universidade eu jogava volêi. Depois que fiquei paraplégica passei a competir em tênis de mesa. Só parei por conta da agenda. E é essa a mensagem que deixo. A tocha leva de Fortaleza um grande espetáculo e a conscientização de superação", completa.
Maria da Penha recebeu a chama da jornalista Juliana de Faria, a nova geração na luta pelos direitos da mulher. "A palavra que me vem na cabeça é coragem e estar rodeada por mulheres que a coragem permeiou a vida com tanta força, como a Maria da Penha, é uma grande honra", diz. Natural de São Paulo, Juliana é uma das fundadoras da organização Think Olga, com foco no empoderamento feminino por meio da informação.
Lição de vida
Antes de Juliana, o condutor da chama foi Cícero Cruz. Nascido em Barbalha, também no Ceará, o educador físico começou a vida como cortador de cana. Em busca dos sonhos se mudou para a capital Fortaleza. Trabalhou em vários ramos até virar marceneiro. Aproveitou o tempo livre para treinar kung fu e se tornou mestre. Várias crianças começaram a procurá-lo para treinar a modalidade. "De uma hora para outra eu já tinha quase 50 alunos. Todos os dias a gente tirava as máquinas da minha marcenaria e dava aula de graça", lembra Cícero, que foi voluntário na Copa do Mundo 2014.
Pouco depois ele recebeu uma doação de equipamentos usados e os alunos o ajudaram a construir sua própria academia. Empolgado, Cícero quis realizar mais um sonho. "Resolvi estudar educação física à noite. Pegava seis ônibus diariamente até a cidade vizinha Caucaia", conta.
O esforço foi recompensado. Hoje Cícero lidera o ABC Cajueiro Torto, projeto social que atende cerca de 2 mil pessoas em vulnerabilidade social no bairro Santa Fé e Castelão e outras seis cidades do Ceará - nessas com a direção de ex-alunos. "Já se passaram 20 anos e minha família só aumenta. Nosso projeto vive de doação e da comunidade", sorri.
Sobre a emoção de conduzir a tocha no seu estado, Cícero revela que tudo é fruto do amor pelo trabalho. "Postei na rede social que fui escolhido para conduzir a tocha e teve mais de 5 mil comentários das pessoas dizendo que foi o trabalho que a gente fez no passado que está sendo reconhecido hoje. A emoção que senti foi toda amor pelo o que eu faço", concluiu.
Revezamento
Cícero, Juliana e Maria foram os últimos condutores e levaram a chama olímpica ao Aterro da Praia de Iracema. O show de encerramento ficou por conta do cantor Tiaguinho e da banda Aviões do Forró, que também conduziu a chama.
O percurso de 35 quilômetros na capital cearense foi dividido em três rotas e começou dentro de um dos maiores símbolos esportivos na cidade e palco de muitos clássicos, a Arena Castelão. Após presenciar os jogos da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014, foi a vez do estádio testemunhar o primeiro beijo da tocha em Fortaleza com Carlos Maciel, campeão brasileiro paralímpico da natação - classe SB8 - e o lutador de jiu-jitsu Relter Filho.
O primeiro trecho percorreu os bairros residenciais de Boa Vista, Lagoa Sapiranga e Edson Queiroz, com direito a celebridades, como a ex-BBB Ana Paula Renault, que recebeu o beijo da tocha do portador do síndrome de down, Norton Lima em frente ao Centro de Formação Olímpica (CFO), instalação esportiva integrante da Rede Nacional de Treinamento, do Ministério do Esporte. "Estou lisonjeada em participar do revezamento da tocha, o esporte também é o futuro do Brasil", disse momentos antes de carregar a chama.
Logo depois, próximo ao Centro de Eventos do Ceará, foi a vez da Solange Almeida e Xand, vocalistas dos Aviões do Forró que deram até palhinha antes do revezamento. "Quem no mundo não gostaria de carregar essa tocha, estamos muito felizes", afirmou a dupla.
A tocha passou, ainda, pelo centro histórico de Fortaleza e visitou os principais pontos, como o Teatro José de Alencar, a Praça do Ferreira, a Catedral Metropolitana, o Mercado Central e o Centro Cultural Dragão do Mar. A avenida Beira Mar e a Feirinha de Artesanato também estiveram na rota, assim como o porto do Mucuripe.
Dupla medalhista
Inesquecível dupla do vôlei de praia, a cearense Shelda e a carioca Adriana Behar estiverem juntas no revezamento da tocha em Fortaleza. Como nos tempos das areias, Adriana passou a chama olímpica para a parceira Shelda. "Sentimento inédito conduzir a tocha. É o símbolo mais importante dos Jogos e fazer parte do revezamento no Brasil e com a Shelda é emocionante", explica Adriana que ao lado da cearense conquistou duas medalhas de prata, uma Jogos de Sydney-2000 e outra em Atenas-2004.
Adriana revelou que não poderia estar em outro lugar para conduzir a tocha. "Tudo que conquistei foi com a Shelda, ela é referência para o Ceará e no esporte mundial. Mas antes de tudo é minha referencia no esporte e na vida, além de ser a minha melhor amiga. Eu tinha que estar aqui hoje com ela", disse emocionada ao homenagear a companheira por 12 anos no vôlei de praia. A dupla que tem mais de mil vitórias e 114 títulos conquistou ainda seis vezes o Circuito Mundial, dois Mundiais e nove vezes o Circuito Brasileiro. Exemplo de superação, Shelda recorda os tempos de menina. "Minha vó sempre falava para mim ter força, coragem e vencer. Então fui à luta porque eu sabia que queria ser atleta. A gente tem que acreditar nos nossos sonhos. Querer é poder".
Legado esportivo
O Ceará sempre esteve presente no cenário esportivo nacional, fosse pelos times de futebol (Ceará, Fortaleza e Ferroviário) ou por atletas de alto rendimento, como o Márcio Araújo e Shelda do vôlei de praia. Entretanto, o estado ganhou projeção mundial ao sediar jogos da Copa do Mundo FIFA 2014. Como legado olímpico, Fortaleza firmou parcerias importantes o que resultou em construções de novas instalações esportivas e investimento em diversas modalidades.
O Centro de Formação Olímpica do Nordeste (CFO), uma das estruturas mais modernas do mundo para treinamentos e competições de 26 modalidades olímpicas e paralímpicas, é um exemplo. Parte da Rede Nacional de Treinamento, o centro é fruto de uma parceria entre governos federal e estadual e teve investimento total de R$ 250 milhões. O Ceará também foi contemplado com 14 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs) e só em Fortaleza serão três.
No estado, o investimento anual em atletas é R$ 1,2 milhão, com 89 de modalidades olímpicas/paralímpicas do estado. Da parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) foi feito investimento na construção de pista oficial em Fortaleza, ainda em obras, e a Universidade de Fortaleza (Unifor) foi contemplada com equipamentos para estruturação de um centro de treinamento de atletismo, em virtude de convênio com a CBAt.
Rota
A chama olímpica continua no Ceará nesta quarta-feira (08.06) e passa por Caucaia, Itapajé, Irauçuba e Forquilha até chegar em Sobral, cidade celebração. Serão 112 condutores durante o dia e um total de 276 quilômetros, incluindo os deslocamentos do comboio.
Lilian Amaral, Lorena Castro e Rafael Brasil - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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