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Pista de ciclismo BMX do Rio 2016 tem 82% do trabalho concluído

As obras na pista de Ciclismo BMX, na região de Deodoro, superaram os 82% de conclusão, segundo informações divulgadas pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Na fase atual, estão sendo concluídas a rampa de largada e os arremates de paisagismo e revestimento da pista. Em paralelo, está sendo finalizada a estrutura do prédio administrativo que vai atender tanto o ciclismo BMX quanto a canoagem slalom.



A previsão de conclusão completa é para o primeiro trimestre de 2016, mas a pista já estará operacional para o evento-teste da modalidade, em outubro de 2015. Durante os Jogos Olímpicos, a instalação terá espaço para 7.500 lugares temporários.

A Região de Deodoro receberá 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas. Como já recebeu os Jogos Pan-Americanos de 2007 e os Jogos Mundiais Militares de 2011, já tinha 60% das áreas de competição permanentes construídas. As intervenções são coordenadas pela prefeitura e realizadas com recursos do governo federal.
 
Após os Jogos, o circuito de canoagem slalom e a pista de BMX farão parte do Parque Radical. Com cerca de 500 mil metros quadrados, o parque será o segundo maior da cidade (atrás do Parque do Flamengo). As instalações esportivas terão uso combinado como centro olímpico de treinamento de atletas de alto rendimento e lazer da população.

Fonte: brasil2016.gov.br
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Em Fortaleza, secretário de Futebol debate calendário e se reúne com representantes de clubes cearenses

Foto: Rafael Brais/ MEFoto: Rafael Brais/ MEO secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Rogério Hamam, cumpriu agenda em Fortaleza nesta segunda-feira (24.08), onde conheceu as estruturas do Fortaleza Esporte Clube e do Ceará Sporting Club e participou, na Assembleia Legislativa do Ceará, do Seminário sobre o Calendário do Futebol Brasileiro.

 

Foto: Rafael Brais/ MEFoto: Rafael Brais/ MEDurante a visita ao Fortaleza, o secretário conheceu as dependências do estádio Alcides Santos e, em reunião com o 1º vice-presidente Enio Ponte Mourão e com outros dirigentes, ressaltou a importância do Profut, suas implicações e contrapartidas. Além disso, tratou dos investimentos no futebol feminino, modalidade na qual o clube da capital cearense tem tradição e interesse em reativar o time.

“Uma das vantagens de aderir ao Profut é a possibilidade de regularizar a documentação do clube e, dessa forma, ter acesso, por exemplo, a benefícios do governo federal, como a Lei de Incentivo ao Esporte", explicou Hamam.

Na agenda na sede do Ceará, Hamam visitou o campo de treinamento e as instalações do clube, como centro médico e academia. Em encontro com o presidente do clube, Evandro Leitão, o secretário tratou de assuntos ligados ao futebol e ratificou que a sanção do Profut vai trazer novas possibilidades para os times brasileiros. Leitão mostrou interesse em aderir à nova lei de refinanciamento.

Foto: Rafael Brais/ MEFoto: Rafael Brais/ ME

Calendário

No início da tarde, Hamam participou do Seminário sobre o Calendário do Futebol Brasileiro, na Assembleia Legislativa. O evento serviu para debater temas como os horários das partidas, intervalo entre os jogos, salários, direitos e deveres dos atores do futebol e reuniu representantes de clubes, dos treinadores, dos jogadores, além de parlamentares e convidados.

Segundo o secretário, é preciso que todos os envolvidos contribuam com esse tema tão importante. "Discutir o calendário do futebol brasileiro é sempre uma missão complexa. O aperfeiçoamento é sempre constante e necessário", disse.

Para ele, o aspecto social é uma das principais preocupações do Ministério do Esporte. "O que preocupa o Ministério e o governo federal é o grande número de pessoas que integram a cadeia produtiva do futebol e que ficam sem atividades após os campeonatos regionais. Temos que pensar no esporte como um todo". 

Rafael Brais, de Fortaleza

Ascom - Ministério do Esporte

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Pista de atletismo do Sesi Blumenau receberá melhorias

O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta segunda-feira (24) a prorrogação de vigência do convênio firmado entre o Sesi (Serviço Social da Indústria) de Blumenau, Santa Catarina, e o Ministério do Esporte para reformar a pista de atletismo do Complexo Bernardo Werner. Com nova data, a entidade pode gerenciar os recursos até o dia 5 de junho de 2016.

O clube celebrou convênio de R$ 5.749.568,87 para equipar e fomentar o esporte de alto rendimento. O prazo anterior de vigência era de até o dia 5 de julho deste ano. O Sesi solicitou o ajuste do Plano de Trabalho para utilizar o saldo remanescente do convênio, decorrente de economia na licitação durante a aquisição de equipamentos esportivos. A reforma da pista de atletismo contará também com recursos do orçamento direto do Sesi-SC.

Ascom - Ministério do Esporte
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Com três sedes, segunda etapa da Liga de Desenvolvimento de Basquete começa nesta terça

Arena Minas, em Belo Horizonte, será um dos palcos da segunda etapa da LDB 2015 (Orlando Bento/LNB)Arena Minas, em Belo Horizonte, será um dos palcos da segunda etapa da LDB 2015 (Orlando Bento/LNB)

A bola vai voltar a subir na Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB) 2015. Nesta terça-feira (25) terá início a segunda etapa do maior campeonato de base da modalidade no país e as partidas acontecerão simultaneamente em três sedes: Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, Ginásio ITE, em Bauru, e Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte.

A LDB é um campeonato brasileiro de base organizado pela Liga Nacional de Basquete (LNB) em parceria com o Ministério do Esporte e chancelado pela Confederação de Basketball (CBB).

Depois de disputarem sete partidas durante a primeira etapa, realizada no final do mês de julho, no Praia Clube, em Uberlândia (MG), as 24 equipes participantes, oriundas de nove Estados Brasileiros mais o Distrito Federal, farão mais quatro jogos e seguirão construindo suas campanhas na fase de classificação da competição para garotos de até 22 anos.

De acordo com o regulamento da LDB, os 24 times jogam entre si em turno único durante a primeira fase (dividida em cinco etapas) e os oito melhores se classificarão para o octogonal final, que será disputado nos mesmos moldes dos anos anteriores - dois grupos e os dois melhores de cada lado avançando ao Final Four - e novamente contará com transmissão ao vivo por meio do site da LNB.

“A gente sempre pensou em trazer uma etapa para o Pinheiros e conseguimos logo na segunda. Jogar em casa é sempre melhor, não só pela questão do planejamento, mas também para os jogadores terem um descanso melhor. Temos uma alta demanda de jogos, por conta das partidas do Campeonato Paulista também, e jogar em casa nessa etapa ficou interessante para nós”, disse o treinador César Guidetti, do Pinheiros.

“Temos a expectativa sempre de ficar entre os primeiros e esses quatro jogos em casa vão ser muito importantes para continuarmos construindo uma boa campanha. Temos que pensar jogo a jogo e nosso foco está no Basquete Curitiba, que será um teste duro logo no primeiro jogo. Vamos com uma equipe forte, apesar de seis atletas do nosso Sub-17, alguns deles até efetivos no Sub-22, terem sido chamados para defender a Seleção nessa etapa”, completou o comandante pinheirense.

Cada uma das três sedes da segunda etapa receberá oito equipes. Em São Paulo estarão o anfitrião Pinheiros (SP), Paulistano/Unimed (SP), Palmeiras (SP), Internacional de Regatas/Santos (SP), Grêmio Náutico União (RS), Associação Concordinense de Basquetebol/ACOB (SC), AABJ/Joinville (SC) e Basquete Curitiba/Círculo Militar do Paraná (PR).

Já as equipes que jogarão no interior do Estado de São Paulo serão o Paschoalotto/Bauru, mandante, Rio Claro Basquete (SP), Franca (SP), Winner/Limeira (SP), UniCEUB/BRB/Brasília (DF), Unitri/Praia Clube (MG), Campo Mourão (PR) e Seleção Brasileira Sub-17.

Para finalizar, a sede realizada em Belo Horizonte terá, além do anfitrião Minas Tênis Clube (MG), Solar Cearense (CE), Sport Clube do Recife (PE), Pequeninos Rhema Basketball/Campina Grande (PB), Flamengo (RJ), Botafogo (RJ), Macaé Basquete (RJ) e São José Basketball (RJ).

Pinheiros, do armador Georginho, terá a oportunidade de jogar em casa e tentará se manter invicto (João Neto/LNB)Pinheiros, do armador Georginho, terá a oportunidade de jogar em casa e tentará se manter invicto (João Neto/LNB)

“Temos as expectativas de nos manter invicto e fazer valer o mando de quadra. Sabemos que teremos adversários difíceis pela frente, mas nosso time tem muita qualidade e nosso pensamento é seguir com 100% de aproveitamento na competição”, disse o ala/pivô Léo Demétrio, do Minas, dono da segunda maior marca de pontos em um só jogo da primeira etapa, ao anotar 34 pontos contra o Grêmio Náutico União.

Até o momento três equipes - Pinheiros, Minas e Limeira - estão invictas na competição. Como os três times estão em sedes diferentes e não se enfrentarão nesta leva de jogos, a LDB 2015 pode continuar com três representantes com 100% de aproveitamento ao final da segunda etapa.

“Conquistamos o objetivo traçado para a fase de Uberlândia, agora vamos para Bauru buscando quatro vitórias. Sabemos das diferenças que vamos encontrar lá, por isso, temos que manter o foco e a intensidade de jogo”, disse o ala-pivô Dú Sommer, um dos grandes destaques do invicto Limeira na LDB 2015.

Confira os jogos da rodada inicial da segunda etapa da LDB 2015:

25/08 (terça-feira)

- Esporte Clube Pinheiros (São Paulo)
09h - Paulistano/Unimed (SP) x AABJ/Joinville (SC)
11h - Pinheiros (SP) x Basquete Curitiba/Círculo Militar do Paraná (PR)
13h - Internacional de Regatas/Santos (SP) x Grêmio Náutico União (RS)
15h - Palmeiras (SP) x Associação Concordinense de Basquetebol/ACOB (SC)

- Minas Tênis Clube (Belo Horizonte)
10h - Sport Club do Recife (PE) x Macaé Basquete (RJ)
12h - Solar Cearense (CE) x Flamengo (RJ)
14h - Minas Tênis Clube (MG) x Botafogo (RJ)
16h - Pequeninos Rhema (PB) x São José Basketball (SP)

- Ginásio ITE (Bauru)
14h - Franca Basquete (SP) x Seleção Brasileira Sub-17
16h - Paschoalotto/Bauru (SP) x Campo Mourão Basketball (PR)
18h - Rio Claro Basquete (SP) x Unitri/Praia Clube (MG)
20h - Winner/Limeira x UniCEUB/BRB/Brasília (DF)

Fonte: LNB
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Em Cingapura, começa nesta segunda-feira à noite o Mundial Junior de natação

Nesta segunda-feira (24/08), a partir das 23h, começa do 5º Campeonato Mundial Junior de Natação, disputado Cingapura. Com eliminatórias às 10 e finais às 18h, no horário local (23h e 7h, no hora de Brasília, respectivamente), o torneio segue até o dia 30/08, com seis dias de muita natação em alto nível. A competição é disputada por atletas de 14 a 17 anos, no feminino, e 15 a 18, no masculino. 
 
Logo na primeira manhã de competição, seis nadadores do Brasil nadarão as eliminatórias de suas provas individuais. O primeiro deles será Guilherme Costa, nos 400m livre. No feminino, Maria Luiza Pessanha, nos 100m costas, também fará sua primeira apresentação no torneio.
 
"Cada competição é importante e esta é muito, estou um pouco nervosa ainda, mas isto também faz parte. Amanhã vou nadar umas das provas que mais gosto e me sinto preparada. Nossa equipe está bem unida e somos um time só", comentou Maria Luiza, que ainda vai participar das provas de 100 e 200m costas, além dos 200m borboleta, nas provas individuais.
Ainda na primeira manhã serão disputadas as eliminatórias dos revezamentos, 4x100m livre, masculino e 4x200m livre, no feminino. Estes dois revezamentos estão em alta na natação brasileira adulta também. No masculino, a “briga” para fazer parte deste revezamento nos Jogos Olímpicos de 2016 está cada vez mais disputada e ainda tem mais gente querendo participar.
 
(Divulgação)(Divulgação)
 
Na competição júnior o Brasil também vem forte e o balizamento revela dois brasileiros entre os dez melhores tempos de inscrição na prova individual. São eles: Felipe Souza (49s16), com o segundo tempo e Pedro Spajari (49s87), com a melhor décima marca. "O primeiro dia é o melhor, porque a vontade de querer nadar é muito grande e é a nossa hora de mostrar tudo que treinamos. Nadar o revezamento é importante para o time todo, porque representamos a equipe e precisamos do incentivo de cada um. É importante começar bem e vamos buscar um excelente resultado para o Brasil", analisou Pedro Spajari, que disputa seu segundo mundial junior.
 
As únicas duas provas sem presença do Brasil, nesta primeira manhã, são as versões femininas dos 50m peito e 400m medley.
 
Os atletas brasileiros participam do 5º Mundial Junior FINA de Natação com recursos dos Correios - Patrocinador Oficial dos Desportos Aquáticos Brasileiros, e ainda do Bradesco/Lei de Incentivo Fiscal, Lei Agnelo/Piva - Governo Federal - Ministério do Esporte, Sadio, Speedo e Universidade Estácio de Sá.
 
Delegação do Brasil
Atletas: Gabrielle Roncatto, Luisa Braga, Maria Luiza Pessanha, Maria Paula Heitmann, Rafaela Raurich, Sarah Marques, Brandonn Almeida, Felipe de Souza, Guilherme da Costa, Guilherme Basseto, Nathan Bighetti, Vinicius Lanza, Henrique Painhas, Kauê Carvalho, Caio Pumputis, Pedro Spajari, Victor Furtado, Victor dos Santos, Giovanny Lima e Eduardo Amaral. 
 
Comissão Técnica: Chefe de Equipe: Felipe Domingues. Treinadores: Adriana Mitidieri, Carlos Matheus, Tiago da Silva, Waldemyr Saldanha. Médico: Marcus Bernhoeft. Fisioterapeuta: Tiago Cosenza. Massoterapeuta: Wagner Nascimento. Biomecânico: Manoel de Moraes
 
Fonte: Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
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Kitadai e Nathália Brigida terminam em quinto lugar no Mundial do Cazaquistão

Os judocas brasileiros Felipe Kitadai e Nathália Brigida fizeram boas campanhas no Mundial de Judô de Astana 2015 e terminaram na quinta colocação em suas categorias. O medalhista de bronze em Londres venceu quatro das suas seis lutas, mas acabou fora do pódio ao sofrer o ippon do japonês Toru Shishime, algoz do também brasileiro Eric Takabatake nas oitavas de final.
 
Nathália Brigida, estreante em Mundiais sênior, também fez uma excelente campanha, chegando até as semifinais, mas sofreu duas derrotas seguidas para as japonesas Haruna Asami e Ami Kondo e terminou em quinto. Sarah Menezes também competiu nesta segunda-feira (24.08), mas não resistiu à belga Charline Van Snick e ficou fora da disputa por medalhas.
 
O Mundial realizado na capital do Cazaquistão continua na madrugada desta terça-feira (25.08) e o Brasil terá dois atletas em ação: os meio-leves Charles Chibana e Érika Miranda. As disputas por medalhas começam às 2h e o bloco final (a partir das quartas de final) às 8h.
 
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Uenia Fernandes comemora vitória conquistada neste domingo (23) na Itália

(Anton Voz)(Anton Voz)
O Brasil voltou a brilhar na Itália neste domingo (23), durante a disputa do GP Citta di Rossano, que teve como campeã a ciclista Uenia Fernandes, representante da equipe Ale Cipollini. A competição foi válida pelo calendário italiano e percorreu 85 quilômetros pelas estradas de Veneto, reunindo grandes nomes do ciclismo mundial feminino.   
 
A brasileira largou inspirada e ainda nos primeiros quilômetros lançou uma forte arrancada, sendo acompanhada por apenas sete ciclistas. Com o ritmo cada vez mais forte e um percurso rigoroso, as atletas foram sentindo o desgaste, enquanto Uenia Fernandes demonstrava sinais que o dia seria de vitória.
 
Faltando 25 quilômetros para o final, a brasileira lançou um segundo ataque fulminantes e não foi mais acompanhada por nenhuma adversária, cruzando a linha de chegada isolada para comemorar a vitória. Na segunda colocação, a 35s, terminou a colombiana Serika Ortiz, da equipe Aromitalia/Fondriest, seguida da italiana Beatrice Rossato, da Ale Cipollini, com o mesmo tempo.
 
“Hoje foi um dia daqueles que o vento sopra a favor da nossa vitória. Tudo acabou dando certo e estava me sentindo muito bem. O trabalho de equipe também foi fundamental para conquistar a primeira colocação. Fiz a prova como preparação para a copa do mundo, dia 29, e também para o Tour del Ardeche, que é o meu maior objetivo. Estou muito feliz”, declarou Uenia.
 
Fonte: Confederação Brasileira de Ciclismo
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Prova feminina da maratona aquática fecha eventos-teste de agosto no Rio

(Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)(Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
Sétimo evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016 e última competição deste tipo do mês de agosto, o Aquece Rio Evento Internacional de Maratona Aquática terminou neste domingo (23.08) com a prova feminina. Disputada no percurso olímpico de 10km montado ao lado do Forte de Copacabana – o mesmo utilizado no sábado (22.08) na prova masculina vencida pelo baiano Allan do Carmo –, a disputa entre as mulheres reuniu 25 atletas, de oito países (Brasil, Japão, Grã-Bretanha, França, China, Canadá, Itália e Alemanha).
 
A competição terminou com vitória da britânica Keri Anne Payne (2h12min18s7). A brasileira Ana Marcela Cunha, em ótima fase, chegou em segundo (2h12min19s9), seguida pela alemã Isabelle Harle (2h12min23s). Com a prova, a maratona aquática se junta ao vôlei, ao triatlo, ao remo, ao hipismo, ao ciclismo de estrada e à vela, todos com eventos-teste já realizados no Rio de Janeiro.
 
Como não valia pontos para o ranking mundial ou colocava em jogo vaga para os Jogos Olímpicos de 2016, o evento-teste da maratona aquática teve como principal objetivo permitir que os atletas conhecessem o percurso de competição e as condições de clima e do mar que eles podem encontrar no ano que vem na capital fluminense.
 
(Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)(Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
 
Ainda assim, o evento contou com feras da modalidade, como a francesa Aurelie Muller, campeã mundial dos 10km no Mundial de Kazan (Rússia), disputado neste mês; a britânica Keri Anne Payne, bicampeã mundial (2009 e 2001) e prata nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008; a italiana Rachele Bruni, líder do ranking mundial em 2015); a alemã Isabelle Harle, ouro por equipes nos 5km no Mundial de Kazan; além, é claro, das brasileiras Ana Marcela Cunha – campeã nos 25km (prova não olímpica), prata nos 5km por equipe (ao lado de Allan do Carmo e Diogo Villarinho) e bronze nos 10km em Kazan – e Poliana Okimoto.
 
Apesar de o mar estar bem mais tranquilo do que na prova masculina, no sábado, a temperatura da água, de 18 graus (o mínimo permitido para a prova são 16 graus), dificultou a vida das atletas. Tanto que algumas favoritas, como Aurelie Muller e Poliana Okimoto, abandonaram na segunda volta. Poliana sentiu dores na virilha e, para não agravar a lesão, já que ainda tem provas importantes neste semestre, preferiu não continuar.
Estreia no mar
 
Em 2016, a disputa da maratona aquática nos Jogos Olímpicos será marcada foi uma situação inédita para a modalidade: pela primeira vez a prova será disputa no mar, em águas abertas, ao contrário das outras edições olímpicas, realizadas em raias de remo ou lagos artificiais.
 
Por conta disso, para a organização o Aquece Rio Evento Internacional de Maratona Aquática para competição deste fim de semana envolveu questões referentes não só ao percurso ou à condição do mar. Cerca de 400 pessoas estiveram envolvidas na preparação e o acompanhamento da competição mobilizou 42 embarcações, entre botes, jet skis, barcos, lanchas, caiaques e o veleiro utilizados pelos profissionais de imprensa, de arbitragem, pelas equipes de alimentação (hidratação dos atleta) e times de resgate. No total, as operações na água e na areia mobilizaram cerca de 100 pessoas.
 
Ao final, Gustavo Nascimento, diretor de gestão de instalações do Rio 2016, avaliou que, no geral, o evento-teste foi um sucesso. Ele frisou que apenas ajustes finos terão que ser feitos para organizar a prova de maratona aquática para 2016.
 
(Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br) (Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br) O principal desafio para os Jogos Olímpicos é trabalhar as operações no mar com os barcos para que os atletas possam ter as melhores condições de prova possíveis. Tanto Ana Marcela Cunha quanto Allan do Carmo relataram dificuldades principalmente com os barcos de alimentação por conta das condições do mar.
 
“Estou muito feliz. Foi muito positivo estar aqui para testar a prova. Muitos ajustes são necessários, mas a gente teve condição de mar mexido, uma temperatura um pouco mais fria e ficamos satisfeitos por poder testar nessas condições para garantir que nossa equipe estará pronta para realizar o evento no ano que vem”, declarou Gustavo.
 
“Queria agradecer muito ao Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, que fez a operação de resgate na água, embora não tenha precisado entrar em ação. Nós viemos testar a área de competição e o sistema de resultados. Testamos o que queríamos testar e estamos muito satisfeitos”, continuou. Segundo ele, até a competição olímpica diversos treinamentos com os pilotos dos barcos serão feitos para que eles possam se adaptar ao máximo às condições do mar para permitir que a estabilidade seja a melhor possível em 2016 no atendimento aos atletas.
 
Ao contrário do evento de vela, encerrado no sábado (22.08), em que houve algumas ressalvas às condições da água na Baía de Guanabara, no evento-teste da maratona aquática os estrangeiros não fizeram qualquer tipo de ponderação negativa às águas de Copacabana.
 
No sábado, O japonês Yasunari Hirai (segundo colocado) e o italiano Simoni Ruffini, (quarto lugar), que pela primeira vez competiram no Rio de Janeiro, elogiaram a qualidade da água e, neste domingo, a campeã Keri Anne Payne foi taxativa.
 
“As pessoas falam demais sobre a qualidade da água... Eu nadei aqui por quatro dias seguidos e não fiquei doente e nem nada. Acho que estão exagerando. Aqui em Copacabana não tem nada de errado com a água”.
A britânica não poupou elogios ao cenário da prova deste domingo. “É uma área de competição brilhante. Eu tive que tentar me concentrar nas voltas quando olhava para o lado e via o Corcovado me dizendo ‘bem-vinda’. A Praia de Copacabana é um lugar tão icônico para nadar. O dia estava lindo hoje, todo mundo na rua, e acho que vai ser perfeito em 2016”.
 
Embora tenha levantado questões sobre os barcos de alimentação, Ana Marcela Cunha (que acabou de voltar de férias de 15 dias e, portanto, não estava no auge da forma), também avaliou de forma positiva o evento-teste.
 
“A nossa passagem pelo o lounge dos atletas foi muito rápida. Assim, sobrou muito tempo para colocar a roupa. Achei tudo bem organizado. Não precisamos caminhar até o local da competição, viemos com o carrinho, e foi tudo bem tranquilo”, destacou. “A única coisa que a gente fica mais ou menos assim é com a alimentação e com o pórtico (local de chegada). Precisamos tomar mais cuidado com o pórtico e com os pontos de alimentação, porque o barco não fica parado o tempo inteiro. Temos que tomar cuidado para o barco não ficar de lado, porque alguns atletas têm dificuldade quanto a isso. Mas, de resto, estava bem tranquilo. O percurso estava bom, tínhamos o barco guia e, então, não ficávamos perdidos. Todo mundo sabe que é difícil (uma prova) no mar. Mas acho que agora os atletas têm de passar um feedback para a organização do que a gente sentiu para a gente poder fazer uma boa prova aqui em 2016”, declarou a nadadora, que ficou muito satisfeita com a medalha de prata.
 
“Estou bem contente com a forma como eu nadei. Tive paciência e por mais que todo mundo ache que é difícil, há 20 dias eu nadei 25km (quando ganhou o ouro no Mundial de Kazan). Então, quando a gente nada cinco horas, nadar duas, mesmo depois das férias, é uma coisa que a gente encara de um modo um pouco mais fácil”, encerrou Ana Marcela.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br, do Rio de Janeiro
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Fabiana Murer está na final do Mundial de Atletismo

(Getty Images)(Getty Images)Fabiana Murer classificou-se na manhã desta segunda-feira (24.08), em Pequim, noite de domingo (23), em Brasília, para a final da prova do salto com vara do Campeonato Mundial de Atletismo, no Estádio Nacional, o Ninho de Pássaro. A brasileira saltou 4,55m, na única tentativa que fez. A final será disputada na quarta-feira (26.08), a partir das 19h locais (8h de Brasília).
 
A brasileira, campeã mundial em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011, faz parte do grupo de 14 atletas qualificadas. Além de Fabiana, apenas a norte-americana Jennifer Suhr, ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, começou a 4,55 m. A representante dos Estados Unidos, porém, precisou de duas tentativas.
 
Na zona mista do estádio, onde os atletas encontram-se com os jornalistas, Fabiana respondeu a pergunta inevitável, mesmo de repórteres de outros países. "Você já esqueceu de 2008?" Numa referência ao sumiço de uma das varas da atleta na Olimpíada, disputada no mesmo palco. A resposta foi sucinta: "Estou tão focada na disputa que nem penso nisso, o que houve ficou para trás." Projeções para a final? "A única coisa certa é que será uma disputa difícil, com várias saltadoras em busca do pódio."
 
Nos 400 m, Geisa Coutinho não avançou para as semifinais. Ela terminou em 6º lugar na série 2 da preliminar, com 52.72. O melhor resultado da fase foi obtido pela jamaicana Stephenie-Ann McPherson, com 50.34.
 
No salto em distância, Higor Silva Alves e Alexsandro Nascimento Melo não passaram para a final. Higor saltou 7,60 m (0.5) e ficou na 27ª colocação no geral. Já Alexsandro queimou as três tentativas a que tinha direito e não marcou. O norte-americano Jeff Henderson conseguiu o primeiro lugar, com 8,36 m (0.7).
 
No lançamento do disco, Andressa de Oliveira Morais e Fernanda Borges também não garantiram vaga na final. Andressa terminou em 19º lugar, com 59,08 m, enquanto Fernanda ficou em 26º, com 56,74 m. A cubana Denia Caballero foi o destaque da prova de qualificação, com 65,15 m.
 
Nesta terça-feira (25) mais dois brasileiros vão à pista do Ninho do Pássaro, ambos na preliminar dos 200 m: Bruno Lins, na série 2, às 19:37, e Aldemir Gomes da Silva Júnior, na série 7, às 20:12.
 
Fonte: CBAt
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Ministro quer Sistema Nacional do Esporte inclusivo e com acesso a todos

“Um Sistema Nacional do Esporte inclusivo, que todos tenham acesso para a vida toda e que contemple as necessidades de todos os segmentos da sociedade”. Esse é o desejo do ministro do Esporte, George Hilton, que abriu nesta sexta-feira (21.08) a terceira reunião do Grupo de Trabalho (GT), responsável pela elaboração do texto que vai consolidar o esporte como política pública estruturante e duradoura no Brasil.

O ministro conclamou unidade em torno das propostas para o novo Sistema Nacional do Esporte, considerando as especificidades e particularidades dos segmentos que compõem o mundo do esporte brasileiro. Ele disse ainda: “Sejam firmes, sejam constantes, não podemos nos furtar em construir o melhor Sistema de Esporte do Brasil”, enfatizou, ao dirigir aos integrantes do grupo, composto por diversos segmentos da área esportiva do país presentes à reunião.

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

“A construção do Sistema Nacional do Esporte será uma das grandes marcas que pretendo deixar para a sociedade brasileira. A concretização desse projeto de lei vai ajudar a melhorar e desenvolver o esporte, desde a base até o alto rendimento. Temos de oportunizar o acesso da população ao esporte para toda a vida. Temos a responsabilidade de deixar um legado para esse país". concluiu o ministro, entusiasmado com o novo sistema.

A expectativa da presidenta Dilma Rousseff, do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e de outras autoridades é muito grande em relação a essa nova lei. Os ministérios do Esporte e da Educação precisam de planos permanentes para combater o índice de sedentarismo no país - constatado no Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte) -, que abrange 45,9% dos brasileiros.

Segundo Cássia Damiani, presidente do GT, a proposta é apresentar os níveis e serviços do sistema de uma forma organizada que defina claramente as atribuições dos entes federativos (União, estados e municípios), entidades privadas, do terceiro setor, serviços sociais autônomos, ONGs, institutos para que não haja sobreposição de ações e recursos para o fortalecimento e desenvolvimento do esporte, enfrentando as desigualdades regionais.

“Na reunião desta sexta-feira se estabeleceu consenso sobre o financiamento para o SNE, o qual apontou para a criação de um Fundo Nacional do Esporte”, ressaltou Cássia, ao confirmar a entrega do documento para a Casa Civil, no próximo mês de setembro.

Cleide Passos
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Canoagem brasileira faz história e conquista ouro em prova olímpica no Mundial 2015

(Foto: Divulgação/CBCa)(Foto: Divulgação/CBCa)

A dupla formada por Isaquias Queiroz e Erlon Souza conquistou neste fim de semana o título Mundial de canoagem velocidade na prova C2 1000m. No Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem 2015, em Milão, na Itália, os canoístas – que fazem parte do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte – garantiram o primeiro ouro na história da canoagem brasileira em prova que compõe o programa olímpico.

Até então, os títulos mundiais conquistados pelo baiano Isaquias foram na C1 500m, prova não olímpica. “Alguns anos atrás achávamos que era impossível essa conquista, mas graças a Deus deu tudo certo”, lembrou Erlon. Isaquias também comemorou muito o resultado. “Estou muito feliz. Depois de uma boa eliminatória e uma semifinal, sabíamos que o ouro poderia vir com certeza”, comemorou.  

Com uma largada forte, os brasileiros mantiveram o ritmo até o final da prova. O ouro veio com o tempo de 3min38s508. A prata ficou com os húngaros Henrik Vasbanyai e Robert Mike, com 3min38s836, e o bronze com os poloneses Piotr Kuleta e Marcin Grzybowski, com 3min39s305.

Isaquias Queiroz também subiu ao pódio em prova individual. Na C1 200m, o brasileiro cruzou a linha de chegada em terceiro lugar, com o tempo de 38s915. A prova foi vencida pelo bielo-russo Artsem Kozyr, com 38s605, e o segundo lugar ficou com o chinês Qiang Li, com 38s815.

Brasil no Mundial
No quadro geral de medalhas, após o término de 38 provas disputadas no Mundial 2015, o Brasil encerrou a participação na quarta posição geral. Foram nove medalhas, sendo quatro de ouro e quatro de bronze nas provas olímpicas e paralímpicas. O primeiro lugar ficou com a Alemanha, seguida por Bielo-Rússia e Austrália.

No balanço da competição, o Brasil garantiu também duas vagas para disputar os Jogos Olímpicos do Rio 2016 –C1 200m e C2 1000m, ambas no masculino. Por ser país-sede, o Brasil já tinha garantidas as vagas no C1 1000m masculino, K1 1000m masculino e K1 500m masculino.

Os brasileiros terão outra oportunidade para ampliar o número de vagas olímpicas. O próximo desafio será durante o Campeonato Pan-Americano de Canoagem Velocidade 2016, que acontece em maio, nos Estados Unidos.

Paracanoagem
A Paracanoagem Brasileira se despediu do Mundial com ótimos resultados. Além de duas vagas garantidas (KL1 e KL2 Masculinos) para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 e a vaga no feminino assegurada por ser país-sede dos Jogos, o Brasil voltou de Milão com sete medalhas na bagagem, sendo três ouros e quatro bronzes.
 
“Saímos muito satisfeitos com os resultados obtidos aqui na Itália, mas ressalto que ainda temos chances de nos classificar em mais uma vaga no masculino (KL3) e nas três do feminino (KL1, KL2 e KL3) no Mundial de 2016, que será disputado, em maio, na Alemanha, além das demais vagas olímpicas no Campeonato Pan-Americano de Canoagem Velocidade nos Estados Unidos”, ressaltou João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.
 
A equipe brasileira que disputou o Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem 2015, em Milão, na Itália, tem apoio do BNDES – patrocinador oficial da Canoagem Brasileira, GE (General Electric), Comitê Olímpico do Brasil, Comitê Paralímpico Brasileiro, Ministério do Esporte por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e Seguros Unimed.

Fonte: CBCa
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Quadra externa do complexo de tênis do Rio 2016 já tem pintura no piso

Centro Olímpico de Tênis em agosto de 2015. (Foto: André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)Centro Olímpico de Tênis em agosto de 2015. (Foto: André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br)

Imagens captadas em 18 de agosto de 2015 retratam o andamento das intervenções no Centro Olímpico de Tênis, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. No estágio atual das obras é possível visualizar, inclusive, a pintura de uma das quadras auxiliares do complexo.

Na arena principal, a primeira etapa da construção da estrutura de concreto da arquibancada foi concluída. A montagem da estrutura metálica da cobertura está na fase final – a área que será coberta está pronta e foi iniciada a colocação das telhas. A segunda camada asfáltica da quadra da arena principal foi colocada.

Centro Olímpico de Tênis em agosto de 2015. Foto: André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.brCentro Olímpico de Tênis em agosto de 2015. Foto: André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br

A previsão é de que a obra seja concluída no terceiro trimestre de 2015. Ao todo, o complexo terá 19.750 lugares. Desses, 10 mil na quadra principal, 5 mil na Quadra 2 e 3 mil na Quadra 3. Completam a soma outras sete quadras com 250 lugares cada, além de seis de treino e aquecimento. A instalação receberá partidas de tênis nos Jogos Olímpicos e do tênis em cadeira de rodas e do futebol de 5 (para pessoas com deficiência visual) nos Jogos Paralímpicos.

Centro Olímpico de Tênis em agosto de 2015. Foto: André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.brCentro Olímpico de Tênis em agosto de 2015. Foto: André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br

Fonte: brasil2016.gov.br
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Ministério do Esporte visita institutos de ensino para informar sobre edital da Rede Cedes

Os técnicos da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) do Ministério do Esporte estão com uma agenda de trabalho especial. Os gestores farão visitas técnicas aos Institutos de Ensino Superior (IES) para esclarecer dúvidas dos pesquisadores referentes ao edital de chamada pública da Rede Cedes.

As entidades terão até o dia 29 de agosto para encaminhar as propostas de projetos de apoio à estruturação e ao funcionamento de até 27 Centros de Desenvolvimento de Pesquisas em Políticas de Esporte e Lazer da Rede Cedes.

Estão agendadas visitas nos estados do Piauí, Acre, Tocantins, Sergipe, Amapá, Roraima e Pará. A ação visa ampliar a publicidade da chamada pública e esclarecer as eventuais dúvidas dos pesquisadores.

Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal encaminharam as dúvidas por e-mail e/ou telefone.

Os institutos que desejarem receber a visita dos técnicos do Ministério do Esporte devem fazer a solicitação pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

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NBA 3X traz entretenimento da liga norte-americana a Brasília no fim de semana

(Foto: Divulgação/NBA)(Foto: Divulgação/NBA)

Brasília recebe neste fim de semana sua primeira edição do NBA 3X, evento da liga norte-americana de basquete que visa promover a modalidade no país. Depois de passar por Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, o NBA 3X chega à capital federal com o campeonato de 3 x 3 e diversas ações voltadas ao público que for prestigiar o evento, no estacionamento do Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade.

O evento captou R$ 1,33 milhão por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e conta com 52 equipes inscritas no torneio. São atletas de Brasília e do entorno que vão jogar entre si nas categorias sub-13, sub-16, sub-18 e acima de 18 anos. Os vencedores do torneio adulto, masculino e feminino, se classificam para o Desafio dos Campeões, no Rio de Janeiro, que será disputado entre 16 e 18 de outubro.

“Nossa ideia desde o início foi tentar levar este evento para o maior número de cidades possível. Brasília era um lugar que a gente tinha vontade de vir pela cultura de basquete que existe na cidade. A gente tenta sempre casar essas cidades que têm o interesse pelo basquete e que a gente pode fazer um evento diferente. A tendência para o futuro é tentar levar para outras cidades. No ano que vem, dando tudo certo, queremos ampliar nossa presença para mais duas praças”, explicou Daniel Soares, gerente de operações da NBA no Brasil.

Para a liga norte-americana, o evento contribuiu para a divulgação e a massificação do basquete no país. A NBA aumenta a cada ano seu investimento no mercado brasileiro, um dos principais da liga fora dos Estados Unidos. Recentemente, a liga firmou parceria com o Novo Basquete Brasil (NBB).

(Foto: Vagner Vargas/ME)(Foto: Vagner Vargas/ME)

“Nosso compromisso desde o início foi de ajudar a desenvolver o basquete. Esta plataforma, apesar de ter um foco no basquete 3 x 3, tem muito mais entretenimento do que o normal. O basquete acaba sendo um detalhe dentro do evento. Toda essa parte de entretenimento serve para conquistar o novo fã. Isso faz parte da ideia da NBA, mostrar que o basquete é divertido, um esporte agradável e que todo mundo pode praticar”, comentou Soares.

Para atrair o público, o NBA 3X vai promover diversas ações neste sábado (22.08) e domingo (23.08). Quem for assistir aos jogos terá a oportunidade de acompanhar e participar do evento. Ações como o Desafio de 3 Pontos e o Desafio de Habilidades, no mesmo formato utilizado pelos profissionais, estarão disponíveis ao público. Haverá ainda a presença das dançarinas do Brooklyn Nets e do mascote do Indiana Pacers, ambas franquias da NBA.

Além disso, o evento contará com a presença do ex-jogador Horace Grant. O ala-pivô foi tetracampeão da NBA, tendo conquistado três títulos pelo Chicago Bulls e um pelo Los Angeles Lakers. Ele atuou ao lado de jogadores como Michael Jordan, Scottie Pippen, Kobe Bryant e Shaquille O’Neal e estará em Brasília participando da festa e dando autógrafos. “Queremos que as pessoas saiam daqui falando que o basquete é interessante e legal de se praticar”, disse Daniel Soares.

Vagner Vargas
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Para Fernando Fernandes, 2016 será o ano da canoagem brasileira

A canoagem é mais do que um esporte para Fernando Fernandes. É um estilo de vida. A modalidade que trouxe a sensação de liberdade ao tetracampeão mundial de canoagem paralímpica faz parte do cotidiano do esportista há seis anos. O atleta volta para casa do Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem 2015, em Milão, na Itália, com a medalha de bronze na categoria KL 1 masculino e a certeza de que o esporte mudou de patamar no país.

A canoagem entrou na vida de Fernando Fernandes de forma lúdica, durante o processo de reabilitação durante o período no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. O primeiro contato foi em dezembro de 2009 e, em agosto do ano seguinte, o canoísta disputou o Campeonato Mundial de Canoagem, na Polônia.

Nesta edição do evento, o atleta fez parte da delegação nacional que se despede de Milão com a melhor participação da história dos mundiais: com sete medalhas e duas vagas para os Jogos Paralímpicos Rio.

Em 2016, a canoagem vai estrear nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, junto com o paratriatlo. Assim, Fernando – que recebe o benefício do programa Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte – acredita que o próximo ano será especial para o esporte.  

“A canoagem ganhou uma proporção inimaginável. Quando eu olho para traz, vejo a diferença e a evolução. Hoje, tanto a paracanoagem quanto a canoagem olímpica tomaram uma proporção maior, com destaque na mídia e lutando por medalhas. Em 2016 todo mundo vai querer brilhar”, diz, ao analisar o cenário da canoagem brasileira.

Nos últimos anos, a canoagem brasileira ganhou estrutura, com a implementação de três centros de treinamento, além dos apoios diretos aos atletas. “Quando eu comecei era tudo tão difícil. Hoje, tenho tudo do melhor: barco, remo e profissionais do meu lado. Quando você trabalha com amor o retorno é certo. Pode não ser a medalha de ouro, mas será a sua vitória pessoal, porque você está fazendo o seu melhor todos os dias”, afirma o atleta.

O canoísta acredita que os resultados dentro d’água são fruto de um esforço conjunto para que os canoístas brasileiros deem orgulho para a nação nos Jogos do Rio. “Mais do que os atletas, o que garantirá o nosso sucesso é a estrutura com que contamos atualmente. É a estrutura de comissão técnica e o respaldo financeiro dos patrocinadores. Isso dá tranquilidade para a gente poder treinar e para brilhar em 2016”, explica.

Equipe nacional teve resultado histórico no mundial 2015 (Foto: Divulgação/CBCa)Equipe nacional teve resultado histórico no mundial 2015 (Foto: Divulgação/CBCa)

Esporte paralímpico
A evolução dos atletas brasileiros em Jogos Paralímpicos é grande e rápida. O país saltou da 37ª colocação nos Jogos de Barcelona, em 1992, para o sétimo lugar nos Jogos Olímpicos de 2012. Para 2016, a meta é subir mais dois degraus, passando para o quinto lugar geral no quadro geral de medalhas.

Breno Barros
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Na terceira atualização, Matriz de Responsabilidade do Rio 2016 apresenta 96% dos projetos com valores e prazos definidos

A Autoridade Pública Olímpica (APO), em parceria com a União, o Estado do Rio de Janeiro e o município do Rio de Janeiro, divulgou, nesta sexta-feira (21.08), a terceira atualização da Matriz de Responsabilidades dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O documento engloba os compromissos assumidos pelos entes governamentais associados exclusivamente à organização e realização dos Jogos Rio 2016 – ou seja, que não aconteceriam se os Jogos não fossem realizados – e relaciona projetos e responsabilidades pela execução e aporte de recursos.

No documento estão incluídos 46 projetos, dos quais 44 (96%) estão com contrato assinado e obras encaminhadas, sendo que 11 foram concluídos. Os valores somam R$ 6,67 bilhões.

Confira a íntegra do documento (arquivo PDF)

Os projetos de energia temporária e instalações complementares foram agrupados no tema “multirregião”, mantendo o mesmo nível de maturidade. Por esse motivo, os projetos passaram de 56 (listados na segunda atualização) para 46. Com isso, as quatro regiões olímpicas – Barra, Deodoro, Copacabana e Maracanã – apresentam todos os projetos com valores e prazos definidos.

“Na verdade fizemos um aperfeiçoamento. A matriz é um documento dinâmico. Entendemos que existe um conjunto de projetos que tem a mesma natureza e aglutinamos em uma área chamada multirregião, na qual também incluímos as instalações temporárias”, explicou o presidente em exercício da APO, Marcelo Pedroso, sobre a redução no número de projetos listados nesta terceira atualização da Matriz de Responsabilidade.

“Além disso, tivemos a saída do Julio DeLamare (o estádio aquático deveria receber competições do polo aquático, mas por conta da obra não ter sido iniciada as provas foram transferidas para o Centro Aquático Maria Lenk) e também em relação às quadras (de aquecimento) do Maracanãzinho, que vão ser feitas com instalações temporárias”, acrescentou Pedroso.

Para balizar a terceira atualização da Matriz, importantes obras foram concluídas, como as redes de água, luz e esgoto e de energia elétrica do Parque Olímpico da Barra, além da linha de alimentação de energia do campo de golfe. Depois dos Jogos, a subestação de energia do Parque Olímpico, entregue em maio de 2015, será usada para fornecer energia a parte da Barra e arredores, beneficiando cerca de 40 mil habitantes.

A maior parte dos investimentos (R$ 4,24 bilhões) continua sendo financiada pelo setor privado. Os projetos que ainda não foram licitados são de curto prazo de execução, com licitação programada para data mais próxima ao evento.

Atualizações
Divulgada pela primeira vez em 28 de janeiro de 2014, no Rio de Janeiro, pela APO, a Matriz de Responsabilidade teve sua primeira atualização apresentada em 29 de julho do mesmo ano. Na ocasião, os recursos totais destinados aos projetos na Região Barra, Região Deodoro, Região Copacabana e Região Maracanã, as quatro áreas que receberão competições durante os Jogos Rio 2016, somavam R$ 6,5 bilhões.

No dia 28 de janeiro de 2015, foi divulgada a segunda atualização. O documento relacionava 56 projetos associados exclusivamente à organização e realização dos Jogos Rio 2016, dos quais 42 (75%) estavam com valores e prazos definidos que somavam R$ 6,6 bilhões.

Na segunda, a Matriz de Responsabilidade apresentava como principais destaques os avanços na construção e adequação de instalações do Complexo Esportivo de Deodoro e em projetos de energia dos Jogos. À época, 86% dos projetos da Matriz apresentaram evolução no nível de maturidade ou na definição de responsável pelos recursos.

Comparação
Na comparação com janeiro de 2015, quando foi divulgada a segunda atualização do documento, houve uma variação de R$ 70 milhões no valor dos projetos, decorrente, em grande parte, da aquisição de equipamentos para instalações esportivas do Parque Olímpico da Barra e de reformas no Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas. A próxima divulgação da Matriz de Responsabilidades está prevista para janeiro de 2016.

Marcelo Pedroso ainda ressaltou o papel dos eventos-testes no processo de preparação para os Jogos Rio 2016, destacando que o Comitê Olímpico Internacional (COI) tem acompanhado de perto essas competições e que o resultado tem sido bastante satisfatório.

Eventos-teste
Desde julho, eventos-testes têm sido realizados no Rio de Janeiro em locais que receberão os Jogos Olímpicos de 2016. Até o momento, foram realizadas competições do vôlei, triatlo, remo, hipismo e ciclismo de estrada. O evento-teste da vela fará suas últimas regatas neste sábado (22.08) e a maratona aquática realizará suas provas no sábado e domingo (23.08).

“Esses avanços que refletem a evolução da Matriz e o COI pôde atestar isso na ultima reunião. Com os eventos-testes, fica evidenciado a nossa capacidade de entrega de acordo com os padrões internacionais e a gente tem tido excelentes resultados, atendendo de forma necessária as expectativas do COI, Isso reforça que a nossa capacidade de realizar os Jogos é evidente”, declarou o presidente em exercício da APO.

Luiz Roberto Magalhães, do Rio de Janeiro – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Secretário de futebol se reúne com representantes dos árbitros

vice-presidente Região Centro-Oeste da Anaf, Jamir Carlos Garcêz, secretário , Rogério Hamam, e o presidente da Anaf, Marco Antônio. (Foto: Ivo Lima/ME)vice-presidente Região Centro-Oeste da Anaf, Jamir Carlos Garcêz, secretário , Rogério Hamam, e o presidente da Anaf, Marco Antônio. (Foto: Ivo Lima/ME)

O secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Rogério Hamam, recebeu nesta quinta-feira (20), em Brasília, o presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), Marco Antônio, e o vice-presidente Região Centro-Oeste da entidade, Jamir Carlos Garcêz. O encontro serviu para ratificar a preocupação do Ministério do Esporte em relação à profissionalização da arbitragem de futebol e para apresentar as justificativas técnicas do veto presidencial ao artigo que previa o direito de imagem aos profissionais na Lei nº 13.155/2015.  

“Somos sensíveis às reivindicações do setor, as necessidades apresentadas pelos árbitros visando à profissionalização e melhora nas condições de trabalho”, disse o secretário.  

Sobre o veto, Rogério Hamam esclareceu que se deu pela interpretação, entre outros pontos, no que diz respeito ao conceito de direto de arena. “São frentes diferentes de visão de uma mesma esfera. Quando falamos em fonte de atração, é sobre quem desloca o interesse do torcedor até o espaço do espetáculo. São questões como essa que deixaram, no modo de entender do governo, o inciso frágil. A falta de aprofundamento motivou o veto e não a causa da arbitragem. Os árbitros estão no seu legítimo direito de buscar os seus interesses”, explicou Hamam.      

Já o presidente da Anaf, mostrou os argumentos em defesa dos recursos que podem ser investidos no desenvolvimento dos profissionais. “Era um dinheiro que seria aplicado na arbitragem, porque é a imagem do árbitro que aparece. Assim, eles podem investir na própria carreira, na contratação de fisioterapeuta, personal training, plano de saúde. Para ele ter uma melhor qualidade de vida”, analisou Marco Antônio.

Marco Antônio acrescentou que o próximo passo a ser trabalhado pela entidade será a busca pela liberdade e independência no âmbito do futebol. “Precisamos nos organizar para que a própria arbitragem cuide dela. Para isso, é necessário que alguns artigos mudem na Lei Pelé. E trouxemos para o secretário a possibilidade de alteração para tenhamos uma nova liberdade”, disse.
 
Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil garante oitavo lugar no Mundial Juvenil Masculino de handebol

(Divulgação/CBHb)(Divulgação/CBHb)O Brasil conquistou o melhor resultado da história em um Mundial Juvenil Masculino de Handebol, nesta quinta-feira (20.08). A Seleção de jovens talentos ficou com a oitava posição do campeonato disputado em Ekaterinburg, na Rússia, depois de ser superada pela Dinamarca por 26 a 23 (16 a 14 no primeiro tempo). 
 
Ao longo da competição, a equipe fez grandes jogos, inclusive eliminando os donos da casa nas oitavas de final diante de um ginásio completamente lotado. Já nas quartas, não conseguiu passar pela Islândia, que hoje conquistou a medalha de bronze. Além disso, durante a competição enfrentou a França, medalha de ouro, e a Eslovênia, medalha de prata.
 
Na partida decisiva de hoje, os brasileiros tiveram uma boa atuação, mas ficaram sempre atrás no placar. Assim como no jogo de ontem contra a Noruega, os centrais foram peças fundamentais no ataque. Leonardo Dutra Ferreira colocou a bola na rede dez vezes, terminando como o artilheiro da partida. 
 
"Para nós foi muito importante estar entre os dez primeiros colocados novamente. Em 2013 o Brasil foi nono e agora oitavo. É bom mostrar que estamos mais competitivos ainda e o somos o único país não europeu entre os 18 primeiros", lembrou o técnico Ivan Mazieiro, o Macarrão. "Além disso, foi importante acompanhar e observar outros jogos para dar mais bagagem a nossos atletas", completou. 
 
Para o treinador, diante da Dinamarca, alguns detalhes fizeram a diferença. "Hoje tivemos mais um jogo muito forte. Fizemos uma boa partida, mas erramos algumas coisas com relação à finalização. Fizemos confrontos muito pesados esses dias e isso refletiu um pouco. O importante é ver o crescimento e amadurecimento da nossa equipe. Estamos no caminho. Ainda falta sermos mais efetivos em jogos decisivos." 
 
Macarrão afirma que o Brasil está fazendo um bom trabalho com as categorias de base e que em breve deve conseguir resultados ainda melhores. "Vamos seguir em frente, esperando dar continuidade ao trabalho de base das nossas seleções para que venham novos grupos, com mais potencial, mais competitividade. A maioria desses atletas daqui a dois anos jogará o Mundial Júnior, três permanecem no Juvenil. Esperamos poder dar mais experiência a eles e seguir com treinamentos fortes", finalizou. 
 
Os brasileiros acompanharam a partida final entre França e Eslovênia hoje, com vitória dos franceses por 33 a 26. Este ano, a França mostrou uma grande soberania ao conquistar também o título do Mundial Adulto Masculino e Júnior Masculino.  
 
Jogos do Grupo D
*Horário de Brasília
 
Sábado (8)
França 37 x 18 Argentina
Eslovênia 31 x 18 Tunísia
Brasil 28 x 23 Japão
 
Segunda-feira (10)
Argentina 15 x 29 Eslovênia
Japão 18 x 27 França
Tunísia 23 x 24 Brasil
 
Terça-feira (11)
Argentina 23 x 24 Japão
Eslovênia 34 x 27 Brasil
França 34 x 24 Tunísia
 
Quinta-feira (13)
Eslovênia 36 x 23 Japão
Brasil 27 x 23 França
Tunísia 35 x 29 Argentina
 
Sexta-feira (14)
Japão 26 x 29 Tunísia
Brasil 29 x 13 Argentina
França 32 x 32 Eslovênia
 
Oitavas de final
 
Domingo (16)
Brasil 28 x 26 Rússia
 
Quartas de final
 
Segunda-feira (17)
Brasil 27 x 32 Islândia
 
Disputa de 5º a 8º lugares
 
Quarta-feira (19)
Brasil 31 x 32 Noruega
 
Quinta-feira (20)
Brasil 23 x 26 Dinamarca
 
Seleção Juvenil Masculina
Goleiros - Marcos Vinícios Colodeti (Metodista/São Bernardo/Besni-SP) e Rangel Rosa (ACEU/Univali/FMEBC-SC).
 
Armadores - André Gonçalves de Lima Amorim (ADI/Slice/FMEL Itajaí-SC), Gabriel Ceretta Jung (EC Pinheiros-SP), Henrique José Petter Solenta (EC Pinheiros-SP), Marcos Vinícius Vieira dos Santos (CAIC/GHC/UFPI-PI) e Patrick André Toniazzo Lemos (Metodista/São Bernardo/Besni-SP).
 
Centrais - Leonardo Abrahão Silveira (EC Pinheiros-SP), Leonardo Dutra Ferreira (Handesfa Handebol-GO) e Pedro Souza Pacheco (EC Pinheiros-SP).
 
Pontas - Cauê Ceccon Baptista (EC Pinheiros-SP), Guilherme Miguel Laranjeiro Torriani (Metodista/São Bernardo/Besni-SP) e Pedro Paulo Alves Júnior (SACT/FME Criciúma-SC).
 
Pivôs - Gabriel Oliveira dos Santos Gondim (Metodista/São Bernardo/Besni-SP), Márcio Alan da Silva Naildo (ACEU/Univali/FMEBC-SC) e Matheus Francisco da Silva (EC Pinheiros-SP).
 
Fonte: CBHb
Ascom – Ministério do Esporte
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Começa credenciamento de imprensa para os 1º Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Profissionais de imprensa de todo o mundo que desejam fazer a cobertura dos 1º Jogos Mundiais dos Povos Indígenas já podem se credenciar no site oficial (www.jmpi2015.gov.br). O evento, que reunirá 1.100 indígenas nacionais e 1.100 internacionais, vindos de mais de 23 países diferentes, terá um número restrito de jornalistas – por área e país – e o credenciamento está sujeito à averiguação prévia dos dados dos interessados.
 
O primeiro passo para se credenciar é enviar uma carta timbrada do diretor da empresa de Comunicação da qual o jornalista faz parte ao diretor executivo dos I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. O documento, que será anexado no próprio site, deverá conter: a data e tipo da cobertura intencionada (jornalística, documentária, acadêmica, etc), nome dos profissionais que irão trabalhar nos Jogos e o tipo de veículo (jornal, revista, TV, web, trabalho autoral, dentre outros).
 
O Comitê Executivo dos Jogos irá analisar o pedido e enviar uma resposta. Caso seja deferido, o jornalista receberá uma senha, que dá direito a um acesso mais restrito à área de credenciamento, onde os profissionais detalharão seus dados pessoais e a cobertura pretendida. Todos os profissionais de imprensa que pretendem ter acesso à vila dos Jogos precisam, obrigatoriamente, fazer o credenciamento.
 
Cleide Passos, com informações do JMPI2015
Ascom - Ministério do Esporte
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Fonte: JMPI2015
 
 

Câmara e Ministério do Esporte discutem legado dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Foto: Salu Parente/Agência CâmaraFoto: Salu Parente/Agência Câmara

As ações, perspectivas e legado que os primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas deixarão para esse povo, e o fomento do esporte indígena no Brasil foram os temas tratados na tarde de quarta-feira (19.08), na Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados. O secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Evandro Garla, destacou a grandiosidade dos Jogos e informou que a liberação de recursos para atender as demandas das comunidades tradicionais saíram de R$ 100 mil, em 2012, e devem alcançar R$ 10 milhões até o final deste ano.

Evandro enumerou vários benefícios já executados pelo ministério para os povos indígenas, entre eles a infraestrutura esportiva e de lazer em Dourados (MS), apoio às edições nacionais dos Jogos Indígenas, Jogos Xinguanos, no Xingu, e Jogos Pataxós, em Porto Seguro, na Bahia. Além dessas ações, também foi implantado o núcleo do Programa Segundo Tempo Forças no Esporte, em São Gabriel da Cachoeira (AM), primeiro núcleo do Brasil em região de fronteira, que beneficia, hoje, cem crianças, a maioria indígena das etnias baré, baniwa e tukano.

A implantação de um núcleo de esporte recreativo e de lazer, para os povos e comunidades tradicionais, no município de Formoso do Araguaia (TO). Todas essas ações foram discutidas pelo Ministério do Esporte, em Cuiabá (MT), no Primeiro Fórum de Políticas Públicas de Esporte e Lazer para os Povos Indígenas (Foppelin), organizado pela Secretaria de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis). “O legado que o governo pretende deixar após os Jogos Mundiais, além desses benefícios é o direito de os indígenas praticarem esporte e lazer, que hoje infelizmente isso não acontece”, ressaltou Evandro Garla.

Participaram ainda da audiência o líder pataxó, Karkaju, que falou do envolvimento de sua aldeia nos Jogos Mundiais, e do trabalho forte que vem sendo feito com o seu povo a fim de resgatar e reestruturar a identidade de seu povo. “Esporte e cultura indígenas estão interligados, e o apoio do Ministério do Esporte foi um avanço muito grande para nossas conquistas”, afirmou.

O presidente da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, deputado Márcio Marinho (PRB-BA), acredita que o ‘atleta’ indígena requer especial atenção do poder público. Segundo ele, “serão materializados vários projetos, na Comissão de Esporte, projetos que irão beneficiar os indígenas, dívida que precisa ser reparada com esse povo, que tanto contribuiu para a construção do nosso país”, finalizou Márcio.

O integrante do Comitê Intertribal (ITC), Newton Marques Galache, elogiou a audiência pública e a realização dos jogos, que segundo ele é um facilitador para que os índios nas aldeias tenham mais perspectivas. “Para ver como os valores estão invertidos, os índios que foram os donos das terras, hoje são considerados invasores”, afirmou. “Precisamos do apoio dessa casa, queremos que pensem a realidade indígena de outra maneira. A partir do momento que todos conhecerem a realidade indígena vocês vão construir outra realidade sobre os indígenas”, concluiu.

A organização do evento é articulada pelo Ministério do Esporte, Governo do Tocantins, Prefeitura de Palmas, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Comitê Intertribal (ITC), Casa Civil, e desde junho envolve todos os ministérios. A ideia é testar na sede dos jogos indígenas as estruturas usadas pela organização das Olimpíadas do Rio. Um exemplo disso são as oficinas temáticas, que hoje funcionam no Rio de Janeiro e em Palmas, e atuam na construção de planos de saúde e segurança.

Os Jogos Mundiais Indígenas serão realizados no período de 20 de outubro a 1º de novembro em Palmas (TO). Os jogos vão reunir 24 etnias nacionais e povos de 22 países, como os Estados Unidos, Argentina, Canadá, Colômbia, Venezuela, Rússia, Finlândia, entre outros. Dentre as modalidades estão tiro com arco e flecha, arremesso de lança, cabo de força, canoagem e corrida de velocidade rústica, e xikunahati - jogo semelhante ao futebol que permite o uso da cabeça.

Mais informações:

www.jmpi2015.gov.br



Cleide Passos
Ascom - Ministério do Esporte
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De olho nas Olimpíadas, Rio de Janeiro sediará o Aberto do Brasil de golfe

O Rio de Janeiro sediará pelo terceiro ano consecutivo o Aberto do Brasil, a mais tradicional competição do golfe profissional brasileiro. Organizado pela Confederação Brasileira de Golfe (CBG) e promovido pela IMM, o campeonato faz parte do PGA Tour Latinoamérica, que reúne os melhores golfistas do continente. O evento é realizado com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Foto: Divulgação/CBGFoto: Divulgação/CBGA competição vale pontos para o ranking mundial de golfe, lista que definirá os atletas classificados para disputar os Jogos Olímpicos. O Rio 2016 marca o retorno da modalidade às Olimpíadas depois de 112 anos de ausência. A relação dos jogadores inscritos será divulgada nas próximas semanas.

O torneio acontece de 24 a 27 de setembro no Itanhangá Golf Club, na Barra da Tijuca. Essa será a 11ª etapa da temporada 2015 do PGA Tour Lationamérica, que dá vagas para o Web.com Tour, que por sua vez é a única forma de se classificar para o PGA Tour, onde está a elite do golfe mundial.

O Aberto do Brasil será disputado em quatro dias. Após as duas primeiras rodadas, haverá um corte, e apenas os 55 melhores classificados e empatados disputarão as duas rodadas finais. A entrada do público para acompanhar de perto os melhores golfistas do continente durante as quatro rodadas será gratuita.

Fonte: CBG
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil conquista três medalhas no primeiro dia do Mundial de Milão

(Divulgação/CBCa)(Divulgação/CBCa)Começaram nesta quarta-feira (19.08) as disputas do Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem 2015, em Milão, na Itália, e o Brasil foi logo conquistando dois ouros e um bronze no maior campeonato da história com a presença de mais de 1.700 atletas de 101 países.
 
O Brasil abriu logo o leque de conquistas com Luis Carlos Cardoso ao garantir o ouro na final do VL1 Masculino com o tempo de 57.912 tornando-se bicampeão mundial da categoria. A prata ficou com polonês Jakub Tokark com 58.639 e o bronze com o húngaro Robert Suba com 1:02.919.
 
Luis Carlos, um dos principais canoístas do país, comentou a evolução da Paracanoagem Brasileira. “Quando a gente se encontra com alguma deficiência física a primeira coisa que a pensamos é que a vida acabou, mas é o contrário, a vida recomeça com uma outra história, e a Paracanoagem está aí para quem quiser praticar”, destacou.
 
(Divulgação/CBCa)(Divulgação/CBCa)
 
O segundo ouro já veio logo na segunda final do dia com Caio Ribeiro conquistando o 1o lugar do VL3 Masculino com o tempo de 50.656, em prova que prata ficou com o britânico Jonathan Young com 51.058 e o bronze com o húngaro Daniel Geri com 52.311.
 
Para finalizar o dia de ótimos resultados brasileiros, a estreante Aline Souza Lopes garantiu o bronze no VL3 Feminino com o tempo de 1:05.432, em prova que o ouro ficou com a norte-americana Anja Pierce (1:02.536) e a prata com a britânica Frances Bateman (1:03.208).
 
Para Aline Lopes a força da Paracanoagem vem do estilo do brasileiro competindo. “Essa força (da Paracanoagem) vem do brasileiro mesmo, essa vontade de vencer, essa vontade de ir em frente, sempre lutando pelo melhor e representando nosso país”, ressaltou.
 
Mais expectativa de medalhas na Paracanoagem
Além das finais disputadas hoje, os canoístas brasileiros também garantiram vagas para mais quatro Finais A do campeonato. Luciano Meirelles foi o primeiro brasileiro a se garantir na final do VL2 200m Masculino ao chegar na 3a colocação da eliminatória 1. O tetracampeão mundial Fernando Fernandes fez bonito no KL1 200m Masculino ao chegar em 1o na eliminatória 2, mesma posição de Luis Carlos Cardoso na eliminatória 3 da categoria. Fernando “Cowboy” Rufino foi outro brasileiro a garantir vaga diretamente para a final ao chegar em 1o lugar na eliminatória 2 do KL2 200m Masculino. As Finais A da Paracanoagem acontecem no período da tarde desta quinta-feira e sexta-feira.  
 
(Divulgação/CBCa)(Divulgação/CBCa)
 
O Mundial de Milão é o primeiro evento classificatório para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 – o segundo será o Mundial de 2016 em maio na Alemanha. Em Milão, os seis primeiros colocados nas provas KL1, KL2 e KL3, no masculino e feminino, garantem vaga para seu país para o Rio 2016.
 
Finais B
Além das vagas nas finais A, o Brasil também garantiu presença nas finais B da competição. Alex Pessoa chegou na 5a colocação da semifinal do KL2 Masculino e garantiu seu lugar na Final B da categoria, marcada para esta quinta-feira às 14h. No KL3 Masculino os canoístas Caio Ribeiro e Vander Pereira de Lima se classificaram para a Final B na 3a e 4a posições da semifinal, respectivamente. A Final B está marcada para sexta-feira às 14h45.
 
(Divulgação/CBCa)(Divulgação/CBCa)
 
Semifinais
Além dos brasileiros que garantiram vagas nas finais do Mundial de Paracanoagem nesta quarta-feira, outros atletas também mostraram força em águas italianas. A canoísta Debora Bevenides conseguiu chegar até à semifinal do KL2 200m Feminino, mas a 7a colocação na prova não foi suficiente para entrar na finalíssima da categoria.
No KL3 Feminino as brasileiras estreantes em Mundiais, Mari Santilli e Aline Lopes, chegaram à semifinal competindo contra as melhores atletas do mundo, contudo a 4a e 7a posições, respectivamente, não foram suficientes para passarem para a final da categoria. Andrea Pontes e Silva, com a 7a colocação na semifinal do KL1 Feminino também não passou para a final.
 
A equipe brasileira que disputa o Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem 2015, em Milão, na Itália, tem apoio do BNDES – patrocinador oficial da Canoagem Brasileira, GE (General Electric), Comitê Olímpico do Brasil, Comitê Paralímpico Brasileiro, Ministério do Esporte por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e Seguros Unimed.
 
Fonte: Confederação Brasileira de Canoagem
Ascom - Ministério do Esporte
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Evento-teste da vela ajuda a aprimorar coleta de dados meteorológicos

(Divulgação/APO)(Divulgação/APO)Todos os dias são feitos briefings para as equipes participantes e para a organização do Aquece Rio Regata Internacional de Vela, evento-teste da modalidade que está sendo realizado na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Na ocasião, são divulgadas informações sobre temperatura, maré, umidade, ventos e correntes. Os dados são gerados por cinco instituições e são organizados em uma plataforma única.
 
Os órgãos que fornecem as informações meteorológicas são o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do Ministério da Agricultura, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a  Marinha, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea-RJ), e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smac). Cabe à Autoridade Pública Olímpica (APO) o papel de coordenar esse trabalho para esportes como vela, remo, canoagem e golfe.
 
“Estamos juntando as bases de informação dos três níveis de governo. Nossa função é integrar as agências, elaborando um planejamento conjunto, garantir aquilo que é necessário de estrutura e de pessoal e atuar na articulação dessas agências”, explicou Marcelo Pedroso, presidente em exercício da APO.
 
(Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)(Carol Delmazo/brasil2016.gov.br)
 
Para esta competição, os profissionais estão trabalhando em um container (foto abaixo) montado na Marina da Glória, mas o formato da estação de trabalho durante os Jogos vai depender da necessidade de cada modalidade. Segundo Pedroso, o modelo sofrerá ajustes de forma a garantir a entrega dos dados meteorológicos da melhor forma possível nas Olimpíadas.
O evento-teste de vela de 2014 já contou com esse trabalho. Neste ano, a novidade são as duas boias cedidas pelo projeto Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande.
 
“Foram instaladas duas boias meteoceanográficas na região da Baía de Guanabara que estão aumentando a precisão dos dados na própria área de competição. No fim de semana, as boias vão coletar dados também para o evento-teste de maratona aquática, na Praia de Copacabana”, disse Pedroso.
 
Para o velejador brasileiro Robert Scheidt, os dados são importantes para se ter uma ideia geral das condições meteorológicas, mas a percepção do velejador na raia  é determinante.
 
“É importante para você ter uma noção da tendência para o dia, mas não se pode levar aquela informação a ferro e fogo. A meteorologia te dá uma noção macro, mas você está velejando em uma raia de 0,6 milha e pode acontecer uma virada de vento que não vai dar pra prever. Só na hora você vendo mesmo. O importante é ter a noção do que vai acontecer com o vento e com a corrente, mas, ao mesmo tempo, tem que ficar de pé e olhar na hora”, explicou.
 
(Divulgação/APO)(Divulgação/APO)
 
Competição
Scheidt fez uma regata de recuperação, terminou em quarto na prova desta quarta-feira (19.08), quinto dia de competições, e subiu de sexto para terceiro na classificação geral da classe Laser no Aquece Rio Regata Internacional de Vela.
 
“Tive um início não muito bom, estava mais ou menos em 15º na primeira passagem de boia, mas conseguir fazer uma boa recuperação e cheguei em quarto. Foi a regata em que eu velejei melhor até agora. Estava muito focado, muito concentrado no vento, dando meu máximo e tomando decisões certas. Cheguei na frente dos principais adversários, fora o italiano, que está fazendo uma grande competição”, disse o bicampeão olímpico, em referência ao líder até o momento,  Francesco Marrai.
 
Ricardo Winicki, o Bimba, terminou em 20º na regata desta quarta, mas esse resultado (o pior dele no campeonato) foi o descartado e ele e garantiu o 8º lugar geral, com 66 pontos perdidos, após as nove regatas classificatórias da classe RS:X masculina. Ele disputa a Regata da Medalha nesta quinta-feira (20.08).
 
Na RS:X feminina, Patrícia Freitas ficou em oitavo na disputa do dia e subiu de 13º para 11º na classificação geral. A previsão era de quatro regatas, mas, devido às condições de vento, a organização decidiu realizar apenas uma e encerrar as regatas classificatórias - o mínimo são seis por classe e já haviam sido realizadas oito provas. Dessa forma, Patrícia Freitas ficará de fora da Regata da Medalha,  já que participam somente os dez mais bem colocados.
 
“Já se sabia que as condições de vento iam ser assim, não entendo porque não começaram mais cedo (a regata estava marcada para 13h). Considero uma falha da organização”, disse a atleta.
 
O chefe de competições de vela do Comitê Rio 2016, Walter Boddener, explicou que a “janela” para a disputa das regatas começa após o fechamento do porto, quando as embarcações ficam proibidas de circular na área de competição. Mas não é de forma imediata. 
 
“Para o evento-teste, 11h é horário que foi acordado para o fechamento do porto. Após isso, existem algumas regras para liberar os velejadores em terra, e o tempo necessário para começar a regata depende de cada raia. Por exemplo: para a raia do Pão de Açúcar, você precisa de pelo menos meia hora, então daria pra largar 11h30. A preocupação da Marinha é a segurança dos velejadores”, explicou.
 
A Federação Internacional de Vela (Isaf, na sigla em inglês) decidiu antecipar as provas desta quinta-feira. A primeira é a Regata da Medalha da RS:X masculina, a partir de 12h, na raia Pão de Açúcar. No mesmo local, às 12h45, será realizada a Regata da Medalha da RS:X feminina. As outras 27 provas previstas para as outras classes ainda são classificatórias.
 
Martine Grael e Kahena Kunze, da 49er FX, haviam ficado em 16º na regata desta quarta, mas um protesto fez a dupla subir para 14º. No resultado total, as brasileiras ocupam a segunda colocação.
 
Na classe 470 masculina, Henrique Haddad e Bruno Bethlem queimaram largada, receberam bandeira preta, foram desclassificados na quinta regata e agora estão em 13º geral. Na 470 feminina, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan terminaram em décimo na única prova do dia e caíram para 12º geral.
 
Jorge Zarif, na Finn, participou de duas regatas nesta quarta e agora está em 14º. Na Laser Radial, Fernanda Decnop ocupa a oitava posição geral após mais uma regata. Samuel Albrecht e Isabel Swan fizeram a pior (16º)  e a melhor regata (8º ) do campeonato e passaram para 15º na classificação final.
 
As regatas do Aquece Rio Regata Internacional de Vela prosseguem até o próximo sábado (22.08).
 
Confira os resultados dos brasileiros, por classe, às 22h de quarta (19.08)*
 
» 470 masculino, após cinco regatas: Henrique Haddad e Bruno Bethlem – 13º
» 470 feminino, após cinco regatas: Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan – 12º
» 49er, após seis regatas: Marco Grael e Gabriel Borges – 11º
» 49er FX, após sete regatas: Martine Grael e Kahena Kunze – 2º
» Finn, após cinco regatas: Jorge Zarif – 14º
» Laser, após sete regatas: Robert Scheidt – 3º
» Laser radial, após sete regatas: Fernanda Decnop – 8º
» Nacra 17, após oito regatas: Samuel Albrecht e Isabel Swan – 15º
» RS: X masculino, após as nove regatas classificatórias: Ricardo Winicki – 8º - dentro da Regata da Medalha  
» RS: X feminino, após as oito regatas classificatórias: Patrícia Freitas – 11º - fora da Regada da Medalha
 
*Protestos de atletas podem mudar a classificação geral à medida que forem divulgadas as decisões da Comissão de Protestos
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Confederação de atletismo divulga ações para presente e futuro da modalidade

Dar a melhor preparação disponível no mercado mundial para os atletas de nível olímpico com vistas aos Jogos do Rio 2016. Paralelamente, consolidar um programa de médio e longo prazos, tendo como meta a formação de atletas para os ciclos olímpicos seguintes, especialmente de 2020 e 2024. Esses foram os compromissos assumidos pelos dirigentes da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), a partir de decisões do Fórum e Assembleia Geral, com a presença de representantes de todos os segmentos da comunidade atlética nacional.



Para isso, todos os esforços foram feitos para atender as solicitações dos atletas e seus treinadores, a partir dos recursos recebidos do governo federal, via o Programa Bolsa Pódio, do patrocínio da CAIXA e de parcerias com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Graças aos patrocínios e parcerias, a CBAt pôde atender as solicitações e realizar 14 Campings de Treinamento e Competição, até este mês de agosto. Foram campings de provas individuais e de revezamentos, nos Estados Unidos, Cuba, Colômbia, Portugal, Itália, Espanha, Suécia.

Os Jogos Pan-Americanos, disputados em Toronto, e o Mundial, programado para Pequim, foram as metas deste ano. E claro, tendo como objetivo central fazer os atletas chegarem na melhor forma à Olimpíada de 2016. Nas pistas houve respostas. No salto com vara masculino, Thiago Braz superou duas vezes o recorde sul-americano, até chegar a 5,92 m e colocar-se entre os top 5 do Ranking Mundial. No feminino, Fabiana Murer quebrou seu recorde indoor ao saltar 4,83 m. Ao ar livre fez 4,80 m e é a quarta do mundo.

Toronto 2015
Nos Jogos Pan-Americanos, assim como nas Olimpíadas, o torneio de Atletismo reflete os resultados gerais dos Jogos. É o esporte que mais distribui medalhas (141 no total), mas também é o que tem maior número de competidores, tornando mais difícil a busca de um lugar na final e, mais ainda, no pódio. Tanto que 34 países tiveram finalistas, 23 colocaram atletas no pódio e 12 fizeram campeões. Estados Unidos e Canadá ficaram com as duas primeiras posições na tabela de pontos e no quadro geral de medalhas.

O Brasil colocou atletas em 39 finais (entre os oito primeiros). Foi o terceiro na classificação geral, com 168 pontos, atrás apenas de Estados Unidos (1º) e Canadá (2º). E á frente de potências, como Cuba (4º) e Jamaica (5º). No total, com 13 pódios, o País manteve a terceira posição.

No Campeonato Mundial o Brasil terá 58 atletas, devidamente qualificados conforme os índices internacionais, obtidos nos prazos definidos pela IAAF. Assim como nas demais participações da Seleção, os atletas contarão com o apoio da comissão técnica e da equipe multidisciplinar.

Futuro Olímpico
Ao mesmo tempo, todo o cuidado foi tomado com os atletas das categorias de base. Além dos Campeonatos nacionais e os torneios sul-americanos, as equipes que foram ao Pan Juvenil em Edmonton e ao Mundial de Menores em Cáli tiveram os profissionais de apoio, e obtiveram várias medalhas e finais.

Os atletas que demonstram aptidão são acompanhados, assim com seus treinadores. Por isso, os que obtêm resultados de nível internacional, dentro de suas categorias de idade, entram no Programa CAIXA de Apoio a Jovens Talentos, assim como treinadores que atuam na base.

Esse apoio é fundamental, porque o que temos atualmente é um bom grupo de atletas que estiveram no Pan e com algumas mudanças estará no Mundial e Pequim e nos Jogos do Rio. Para os ciclos olímpicos seguintes, são os jovens atletas de hoje que estarão na Seleção principal, é preciso acompanhá-los.

Outra preocupação é com formação, reciclagem e aperfeiçoamento técnico de treinadores e árbitros. Em 2015 foram ministrados 10 cursos para treinadores no padrão da IAAF, oito para o nível I e dois para o nível II. Houve quatro clínicas de MiniAtletismo, voltadas para a iniciação, e sete cursos básicos de arbitragem.

Temporada
Ao longo de 2015, além de formar Seleções para competições oficiais (16 em 2015), a CBAt organiza diretamente os Campeonatos Brasileiros (13 no ano), além de apoiar eventos regionais, como os torneios Norte-Nordeste das várias categorias e o Troféu Centro-Oeste de Mirins. São supervisionadas cerca de 45 corridas (36 até julho). Entre mais de 1.000 corridas supervisionadas pelas Federações.

Outro programa importante da Confederação é o que garante apoio financeiro a atletas e treinadores. Há o Programa Bolsa Pódio, Atletas de Alto Nível, Jovens Talentos, Corredores de Elite e de Treinadores, ao todo 147 atletas e treinadores são beneficiados.

Ao mesmo tempo segue o trabalho da Comissão Nacional Antidopagem (CONAD), da CBAt, com as ações de combate ao doping, com especialistas realizando testes durante as competições e também exames-surpresa. O trabalho da CONAD tem sido considerado um modelo pela ABCD (Autoridade Brasileira de Combate ao Doping).

(Foto: Danilo Borges/ME)(Foto: Danilo Borges/ME)

Outro ponto importante é a disponibilidade atual de pistas oficiais. O Brasil conta com 27 pistas certificadas pela IAAF: oito para classe 1, para eventos internacionais, e 19 para classe 2, para competições regionais e nacionais.

Existe também o acompanhamento e direcionamento administrativo/financeiro em todas as Federações de Atletismo da União, enviando todo tipo de apoio de gestão para que possam desenvolver seu trabalho e focar no futuro para o desenvolvimento da modalidade.

Fonte: CBAt
Ascom - Ministério do Esporte
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UnB e Ministério do Esporte lançam 27º Encontro Nacional de Recreação e Lazer

Brasília foi palco nesta terça-feira (18.08) da cerimônia de lançamento do 27º Encontro Nacional de Recreação e Lazer (Enarel), evento formado por meio de uma parceria entre o Ministério do Esporte e a Universidade de Brasília (UnB). O lançamento reuniu autoridades do mundo esportivo, além do reitor da UnB, Ivan Marques de Toledo e Evandro Garla, secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte.

Foto: Divulgação/César TadeuFoto: Divulgação/César TadeuO Enarel será realizado entre os dias 4 e 6 de novembro, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Com expectativa de 600 participantes, entre brasileiros e estrangeiros, o encontro terá como públicos-alvo estudiosos, pesquisadores, profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação de diversas áreas do conhecimento e intervenção que interagem no vasto campo interdisciplinar e multiprofissional do lazer.

A Faculdade de Educação Física (FEF/UnB), por meio do Laboratório de Pesquisa sobre Gestão de Esporte (Gesporte) é a responsável pela organização do evento que contou com investimentos de R$ 536,7 mil, repassado pelo Ministério do Esporte.

“A parceria com a Universidade de Brasília (UnB) para a realização desse encontro, se soma a várias parcerias já efetivadas com sucesso entre a UnB e o Ministério do Esporte. Apoiar o Enarel é reafirmar e reconhecer a importância do tema lazer nas políticas públicas de esporte”, afirmou Evandro Garla.

O secretário ressaltou ainda algumas prioridades do ministro George Hilton, e destacou o Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte) – pesquisa que detalha as informações sobre a cultura esportiva do país, como forma de aperfeiçoar as políticas públicas de esporte – e o Sistema Nacional de Esporte (SNE), demanda das três Conferências Nacionais do Esporte já realizadas, que tornou-se uma prioridade.

 “Gestão Estratégica das Experiências de Lazer” foi o tema escolhido para essa edição do Enarel. A escolha do tema visa fortalecer a missão do evento, tendo em vista a sua própria história do contexto atual dos estudos e pesquisas e da intervenção profissional no campo do lazer. Ao mesmo tempo se solidifica o processo de animação sociocultural por intermédio da Associação Brasileira de Recreadores (ABRE), a geração de conhecimentos e sua difusão por meio da recém-criada Associação Brasileira de Pesquisa e Pós Graduação em Estudos do Lazer (ANPEL), potencializa-se a necessidade de se ampliar o escopo do Enarel na direção da qualificação da ação profissional.

História
Entre 1989 e 2014, ocorreram 26 edições, anuais e ininterruptas, sediadas em diferentes estados, promovendo discussões que demonstraram o crescimento das preocupações com o lazer em diferentes âmbitos, envolvendo profissionais de áreas de formação diversificadas, instituições de ensino superior, representantes dos governos federal e estadual, das prefeituras municipais, ONGs e empresas privadas.

Estiveram presentes ao evento Adelmir Santana - Presidente do Sistema Fecomércio-DF; André Lima - Secretário de Estado do Meio Ambiente; Antonio Carlos Bramante - Presidente do 27º Enarel; Claudionor Pedro dos Santos - Presidente do Sinlazer, representante da Confederação Brasileira de Clubes; Evandro Garla Pereira da Silva – Secretário da Snelis, Ivan Marques de Toledo Camargo - Reitor da UnB; Jake do Carmo - Diretor da Faculdade de Educação Física - FEF/DF;José Roberto Sfair Macêdo - Diretor Regional do Sesc-DF; Leila Gomes de Barros - Secretária deEsporte e Lazer do DF; Paulo Henrique Azevêdo - Coordenador do Laboratório Gesporte; Pedro Paulo Magno - Vice-presidente de Federação das AABB – FENABB; Roberto Correia - Presidente do Instituto de Desenvolvimento do Esporte

Cleide Passos
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil disputa Mundial de Judô com 18 atletas

A partir do dia 24 de agosto a seleção brasileira de judô enfrentará o Campeonato Mundial de Astana, no Cazaquistão.  A equipe conta com 18 judocas, sendo 16 beneficiados pela Bolsa Pódio e dois pelo programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte.

Com a presença de 129 países pré-inscritos, com 816 atletas, a competição será o último grande evento antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

No feminino, o Brasil contará com Sarah Menezes (48 kg), Nathália Brigida (48 kg), Érika Miranda (52 kg), Rafaela Silva (57 kg), Mariana Silva (63 kg), Maria Portela (70 kg), Mayra Aguiar (78 kg), Maria Suelen Altheman (+78 kg) e Rochele Nunes (+78 kg).

No masculino, Felipe Kitadai (60 kg), Eric Takabatake (60 kg), Charles Chibana (66 kg), Marcelo Contini (73 kg), Victor Penalber (81 kg), Leandro Guilheiro (81 kg), Tiago Camilo (90 kg), Luciano Correa (100 kg) e David Moura (+100 kg).

No primeiro dia do Mundial de Astana, quatro atletas brasileiros entram no tatame: Sarah Menezes e Nathália Brigida competem na categoria até 48 kg, enquanto Felipe Kitadai e Eric Takatabake lutam na categoria até 60 kg.

A categoria com o maior número de atletas é a leve, com 86 atletas no masculino e 61 no feminino. Caminho mais duro para Marcelo Contini e Rafaela Silva. “Esperava que a categoria fosse uma das mais cheias, mas não a mais cheia. Venho trabalhando em cima dessa possibilidade, me preparando fisicamente. Serão cinco ou seis lutas bem duras. É uma categoria bem equilibrada e nem os favoritos vão ter vida fácil. Acho que vai ser bem interessante e estou bem confiante, independentemente do número de inscritos”, avaliou Marcelo.

Por outro lado, David Moura, Maria Suelen Altheman e Rochele Nunes terão que lutar menos para chegar ao pódio. Na categoria pesado, somente 47 homens e 37 mulheres se inscreveram. “Minha preocupação não é com a quantidade e sim com a qualidade das atletas que vão estar nessa disputa. É uma competição com uma qualidade bem alta e eu estou focada para isso”, projetou Maria Suelen.

Fonte: CBJ
Ascom - Ministério do Esporte
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Secretaria de Futebol lança Chamada Pública para organizar Copa Brasil Escolar de Futebol Feminino

O Ministério do Esporte vai promover a Copa Brasil Escolar de Futebol de Campo Feminino Nacional. Com o objetivo de organizar a competição, a Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor lançou edital de Chamada Pública para selecionar a entidade que viabilizará a realização do evento.  

As entidades privadas sem fins lucrativos que apresentarem estatuto que explicite a prática do esporte de alto rendimento não-profissional, e que pertença ao Sistema Nacional do Esporte (SNE), terão até o dia 27 de agosto para inscreverem os projetos.  

Apenas serão analisadas as propostas de entidades aptas, enviadas por intermédio do Sinconv dentro do prazo estipulado na chamada pública. Os projetos apresentados deverão ter vigência de até cinco meses, abrangendo desde o período de estruturação até o cumprimento do objeto conveniado.

A Copa Brasil Escolar de Futebol de Campo Feminino Nacional contará com as 27 equipes escolares vencedoras da Etapa Estadual. Os times escolares serão formados por alunas matriculadas em instituições escolares públicas e privadas, bem como as que nasceram nos anos de 1997, 98 ou 99.

Confira os detalhes do Edital de Chamada Pública


Breno Barros
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Plano Brasil Medalhas é tema de audiência pública na Câmara

(Cynthia Ribeiro/ME)(Cynthia Ribeiro/ME)Gestores da Secretaria de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) do Ministério do Esporte detalharam nesta terça-feira (18.08), na Câmara dos Deputados, o Plano Brasil Medalhas. A iniciativa lançada em setembro de 2012 tem como meta colocar o Brasil entre os dez primeiros países nos Jogos Olímpicos, em número de medalhas, e entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos.
 
Para alcançar o objetivo, o plano assegurou R$ 1 bilhão adicional ao orçamento do Ministério do Esporte para apoiar esportes olímpicos e paraolímpicos. A proposta é formar novas gerações de atletas das modalidades e estruturar centros de treinamentos que atendam desde as equipes principais do alto rendimento até as categorias de base.
 
Entre as frentes de atuação está a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do programa Bolsa Atleta, programa que já se consolidou como o maior patrocinador individual de atletas do mundo. A Bolsa Pódio é destinada aos competidores com chances de disputar finais e medalhas nos Jogos Rio 2016. Já foram investidos R$ 287,3 milhões em 27 modalidades olímpicas e 16 paraolímpicas. Atualmente, 395 atletas são apoiados pelo Plano, sendo 238 de modalidades individuais e 157 de modalidades coletivas, olímpicas e paraolímpicas nos dois casos. 
 
(Cynthia Ribeiro/ME)(Cynthia Ribeiro/ME)
 
“Este apoio tem sido importante para o desempenho dos nossos atletas e já estamos colhendo frutos. O investimento tem sido contínuo e os atletas têm feito uma boa gestão desse patrocínio”, destacou o coordenador-geral do Bolsa Atleta, Mosiah Brentano Rodrigues, que participou da audiência pública promovida pela Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados.
 
Para se ter uma ideia, das 141 medalhas conquistadas no Pan-Americano de Toronto, 121 foram por atletas bolsistas. Entre eles estão atletas já consagrados como Thiago Pereira (atingiu a marca de 23 medalhas na história dos Jogos Pan na Natação); Arthur Zanetti (com prata na prova por equipe na Ginástica Artística e ouro nas argolas) e modalidades ainda sem tradição no país, como badminton, que conquistou prata com a dupla masculina Daniel Paiola e Hugo Arthuso; tênis de mesa, com medalha de prata com as equipes feminina e masculina; e Isaquias Queiroz, que conquistou duas medalhas de ouro na canoagem velocidade dos Jogos Pan-Americanos.
 
Nos jogos Paparan-Americanos o resultado é ainda maior: das 257 medalhas conquistadas, 254 foram por atletas que recebem apoio do governo federal. Somente a natação, em que toda delegação foi formada por atletas bolsistas, conquistou 104 medalhas na competição, sendo 38 ouros, 29 pratas e 37 bronze.
 
Infraestrura e equipamentos de ponta
Os outros R$ 473 milhões do Plano Brasil Medalhas estão sendo utilizados em construção, reforma e equipagem de centros de treinamento de várias modalidades e complexos multiesportivos pelo país. Essa infraestrutura se destina a preparar as seleções nacionais das modalidades e a, principalmente, formar novos talentos.
 
Entre os CTs já entregues estão o Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA); a Arena Caixa de Atletismo, em São Bernardo do Campo (SP); o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília (DF); a pista do Velódromo de Indaiatuba (SP); e o Centro de Canoagem, em Foz do Iguaçu (PR).
 
Fazem parte dessa rede, ainda, o Centro Paraolímpico Brasileiro, que comportará 15 modalidades e que está previsto para ser inaugurado neste ano em São Paulo (SP); o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, para 26 modalidades, com a primeira etapa entregue em 2014 e com conclusão prevista para este ano, em Fortaleza (CE); o Centro de Desenvolvimento do Handebol, a ser inaugurado em São Bernardo do Campo (SP) em 2015; o Centro de Treinamento do Ciclismo e a Pista BMX, em fase de construção, em Londrina (PR); o Centro de Hipismo, em obras, na cidade de Barretos (SP); e o Centro Nacional de Treinamento do Atletismo, em construção em Cascavel (PR).
 
Cynthia Ribeiro
Ascom - Ministério do Esporte
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Acordo irá proteger crianças e adolescentes nos Jogos Mundiais Indígenas

Foto: Lia Mara/Secom-TOFoto: Lia Mara/Secom-TO

Um aperto de mão entre representantes dos três níveis de governo marcou a cerimônia de assinatura, nesta segunda-feira (17.08), de um Termo de Adesão à Agenda de Convergência para proteger crianças e adolescentes durante a 1ª edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas, no período de 20 de outubro a 1º de novembro. O compromisso foi firmado no Palácio do Araguaia, sede do governo de Tocantins, entre o governo federal, representado pelo ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Pepe Vargas, o governador Marcelo Miranda, e o prefeito da capital, Carlos Amastha.

A agenda de Convergência representa a articulação de esforços para a proteção integral de crianças e adolescentes e de defesa de direitos humanos na realização de grandes eventos. Sendo coordenada pela (SDH/PR), a iniciativa prevê ações integradas entre as três esferas de governo, organizações não governamentais, rede de proteção e organismos internacionais.

Foto: Lia Mara/Secom-TOFoto: Lia Mara/Secom-TOO ministro Pepe Vargas lembrou que a metodologia da Agenda de Convergência já foi utilizada na Copa das Confederações e na Copa do Mundo de 2014 com muito sucesso. "Sabemos que a maioria das pessoas que participarão dos Jogos Indígenas são bem intencionadas.  Mas sabemos também que há pessoas que não são.  E nós precisamos proteger nossas crianças e adolescentes", disse.

O governador Marcelo Miranda reforçou o compromisso assinado. "Vamos mostrar para o Brasil que  Tocantins está preparado. Não apenas para receber Jogos desse porte, mas também para proteger os direitos humanos", concluiu.

1ª Conferência de Cultura Indígena
Representantes de diversas etnias estiveram presentes na abertura da 1ª Conferência de Cultura Indígena do Tocantins. O evento também aconteceu nesta segunda, às 17h. A solenidade foi realizada no Museu Histórico do Tocantins (Palacinho), em Palmas. O encontro pretende fortalecer a construção de políticas públicas culturais para os povos indígenas do estado.

Cleide Passos, com informações da SDH/PR
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Visando recorde de público, seleção de futsal joga no Estádio Castelão em Fortaleza

O dia 7 de setembro de 2014 foi histórico para o futsal nacional. Com uma quadra instalada no gramado do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela primeira vez uma partida da modalidade foi jogada em uma arena de futebol. Na ocasião, o público foi de 56 mil pessoas. Neste ano, a seleção brasileira volta a encarar o desafio visando superar o recorde de público.



O palco será o Estádio Castelão, em Fortaleza, no confronto contra a seleção de Portugal, no dia 22 de setembro. Nesta terça-feira (18.08), o presidente da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), Marcos Madeira, esteve em Brasília e convidou o ministro do Esporte, George Hilton, para presenciar mais um momento histórico para o futsal do Brasil.
 
“Montaremos uma arena no Castelão para o ‘Jogo da Independência’ e vamos tentar bater o recorde de torcedores do jogo de Brasília. O ministro gostou do convite e se comprometeu a prestigiar o evento”, disse o dirigente da CBFS.

Jogador Ciço e o ministro George Hilton (Foto: Roberto Casto/ME)Jogador Ciço e o ministro George Hilton (Foto: Roberto Casto/ME)O campeão mundial com a seleção verde e amarela Ciço se mostrou empolgado por mais um desafio. “Estava no jogo no Estádio Mané Garrincha e foi um momento único para o nosso esporte. O futsal é genuinamente brasileiro, um dos esportes mais praticados nas escolas e nas ruas. A gente espera que isso comece a virar rotina. Em Fortaleza esperamos cerca de 60 mil e mostraremos que o futsal está em evidência”, analisou.

O encontro em Brasília serviu também para mostrar a união entre os jogadores e a entidade que gerencia o esporte. “O momento de crise passou, a turbulência ficou no passado. Para nós que vivemos do futsal e que amamos tanto esse esporte é importante ter um evento como o Jogo da Independência contra um seleção tradicional e difícil, como a de Portugal. Esperamos que isso se torne uma rotina para divulgar pelo país inteiro esse esporte tão magnífico que é o futsal”, completou o jogador Ciço.

O próximo desafio da seleção brasileira de futsal será a Copa América, entre os dias 23 e 30 de agosto, na cidade de Portoviejo, no Equador. Confira a tabela da competição.

Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte
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Caio Godoy, bolsista, é terceiro colocado no GP Saint Amour, na França

Competindo na França, o brasileiro Caio Godoy (que recebe a congratulação do bolsa-atleta), que atualmente mora no Centro Mundial de Ciclismo da UCI, na Suíça, através do Projeto Intercâmbio da Confederação Brasileira de Ciclismo, com patrocínio da Caixa Econômica Federal, conquistou mais um pódio para a sua coleção de bons resultados internacionais ao terminar na terceira colocação do GP Saint Amour, realizado neste domingo (16), na França.
 
A equipe do Centro Mundial de Ciclismo (CMC), dominou completamente a competição, que contou com um percurso de 120 quilômetros e terminou com 44km/h de média. O time da União Ciclística Internacional conquistou as três primeiras colocações do pódio. O primeiro lugar ficou com o chileno Jose Rodriguez, campeão da Volta Ciclística do Rio Grande do Sul em 2014, seguido pelo argeriano Adil Barbari, e pelo brasileiro Caio Godoy.
 
(Divulgação/Confederação Brasileira de Ciclismo)(Divulgação/Confederação Brasileira de Ciclismo)
 
“Conseguimos fazer um grande trabalho durante toda a prova e não poderíamos terminar de forma melhor. Ficamos com as três primeiras colocações e a sensação de dever cumprido. Essa competição também foi importante como preparação para o Tour de l’Avenir, que é um dos meus principais objetivos nesta temporada”, declarou Caio.
 
O Tour de l’Avenir (22 a 29 de agosto) é a versão Sub-23 do lendário Tour de France. A competição é considerada uma das mais importantes da categoria Sub-23, sendo vencida por grandes nomes do esporte, como Nairo Quintana em 2010. Este ano, estará comemorando a sua 52ª edição. O Brasil ainda contará com a presença de André Gohr, que também está no Centro Mundial de Ciclismo e estará defendendo a equipe e a bandeira brasileira ao lado de Caio Godoy.
 
Projeto Intercâmbio
A Confederação Brasileira de Ciclismo investe e trabalha no desenvolvimento do ciclismo nas suas quatro disciplinas olímpicas (Ciclismo BMX, Ciclismo de Estrada, Ciclismo Mountain Bike e Ciclismo de Pista). Em parceria com a União Ciclística Internacional, a CBC realiza o “Projeto de Intercâmbio/CMC”, que proporciona aos atletas brasileiros uma oportunidade de aperfeiçoar as suas qualidades, além de adquirirem uma grande experiência internacional.
 
Durante o intercâmbio, no Centro Mundial de Ciclismo, em Aigle, na Suíça, os atletas recebem toda a infraestrutura necessária, desde equipamentos básicos, como capacete, sapatilha e assessórios, até o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar selecionada pela União Ciclística Internacional.
 
Programação do Tour de l’Avenir:
1ª etapa: Chablis – Toucy / 161km
2ª etapa: Avallon – Arbois / 194km
3ª etapa: Champagnole – Tournus / 137km
4ª etapa: Annemasse – Cluses / 147km
5ª etapa: Megéve – La Rosiére / 103km
6ª etapa: Bourg St Maurice – St Michel de Maurienne / 126km
7ª etapa: St Michel de Maurienne – Les Sybelles / 94km
 
Fonte: Confederação Brasileira de Ciclismo
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Brasil disputa Mundial de Canoagem na Itália em busca de vagas para Rio 2016

A partir desta quarta-feira (19.08), a seleção brasileira enfrenta em Milão, na Itália, as disputas do Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem 2015, com a missão de ampliar o número de vagas olímpicas do país em 2016.

A equipe será representada por 25 atletas, dos quais 20 recebem apoio financeiro do Ministério do Esporte, pelo programa Bolsa-Atleta ou pelo  Bolsa Pódio. Os destaques do país são:  Isaquias Queiroz – bicampeão mundial –, Nivalter Santos e
Erlon de Souza, além dos atletas paralímpicos Fernando Fernandes e Fernando Rufino.

O Mundial 2015 é o primeiro evento classificatório para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O Brasil já possui lugar garantido no C1 1000m masculino, K1 1000m masculino e K1 500m feminino.

“Este será o Mundial mais disputado da história. Temos um recorde de participantes: 101 países. O evento agrega o fato de serem disputadas as vagas para os Jogos Rio 2016. O Brasil busca ampliar o número de vagas disponibilizadas por ser país-sede na disputa pelo Rio 2016 com um número recorde de ateltas”, explicou Álvaro Koslowski, chefe de equipe da seleção de canoagem velocidade. A segunda chance de garantir vagas olímpicas será no Campeonato Pan-Americano de Canoagem Velocidade 2016, nos Estados Unidos.

Isaquias foca na busca por vaga no Rio 2016 (Foto: Divulgação)Isaquias foca na busca por vaga no Rio 2016 (Foto: Divulgação)O principal nome da canoagem brasileira focará o seu desempenho no mundial 2015 para ajudar a ampliar o número de vagas olímpicas da equipe brasileira. Isaquias Queiroz, dono de quatro medalhas em Campeonatos Mundiais, beneficiário do Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, não disputará a prova C1 1.000m, sua especialidade. Na Itália, o canoísta vai encarar as provas de dupla C2 1.000m, juntamente com Erlon de Souza, e a C1 200m.

“A estratégia desse mundial é focar nas vagas olímpicas e não nas medalhas. Às vezes temos que pensar no que é importante, e agora são as vagas olímpicas de 2016. No Rio, eu não vou remar C1 200, vou remar somente C1 1000”, compartilhou Isaquias Queiroz nas redes sociais.  

Apoio
Nos últimos anos, a canoagem brasileira ganhou estrutura, com a implementação de três centros de treinamento, além dos apoios diretos aos atletas.  Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomasini Schwertner, o crescimento da modalidade se deve ao modelo de gestão e aos apoiadores do esporte no Brasil. “Nossas conquistas se devem muito aos profissionais que estão trabalhando conosco e ao apoio que recebemos do BNDES, GE, COB, CPB e Ministério do Esporte. Sem esses parceiros certamente não teríamos as condições de desenvolvimento que possuímos hoje para nossos atletas”, afirmou.

Canoagem Paralímpica
De acordo com o chefe de equipe e supervisor da paracanoagem na CBCa, Carlos Bezerra de Albuquerque, o CT de Paracanoagem do Brasil é referência mundial e a evolução da modalidade pode ser vista em todas as áreas. “A chegada dos novos e modernos aparelhos, as análises do Departamento de Ciência do Esporte da CBCa, entre muitas outras coisas, nos fazem ter expectativas de que tenhamos em Milão entre três ou quatro vagas para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. O povo brasileiro pode esperar muito entusiasmo e dedicação dos nossos atletas no Mundial”, completou.

Seleção de Canoagem Velocidade / Benefício do Ministério do Esporte

» Nivalter Santos de Jesus (Bolsa Pódio)
» Erlon de Souza Silva (Bolsa Pódio)
» Ronilson Matias de Oliveira (Bolsa Pódio)
» Isaquias Queiroz dos Santos (Bolsa Pódio)
» Celso Dias de Oliveira Junior (Bolsa Internacional)
» Edson Isaias Freitas da Silva (Bolsa Internacional)
» Roberto Maehler (Bolsa Internacional)
» Hans Mallmann (Bolsa Internacional)
» Ana Paula Vergutz (Bolsa Internacional)
» Andrea Santos de Oliveira (Bolsa Nacional)
» Valdenice Conceição do Nascimento (Bolsa Internacional)
» Gilvan Bittencourt Ribeiro (Bolsa Internacional)
» Vagner Souta Junior (Bolsa Internacional)
» Angela Aparecida Elias da Silva

Seleção de Paracanoagem / Benefício do Ministério do Esporte

» Fernando Fernandes de Pádua (Bolsa Pódio)
» Fernando Rufino de Paulo (Bolsa Internacional)
» Alex Sandro Correa Pessoa (Bolsa Nacional)
» Vander Rogerio Pereira de Lima (Bolsa Nacional)
» Luis Carlos Cardoso (Bolsa Internacional)
» Andrea Pontes e Silva (Bolsa Internacional)
» Mari Santilli (Bolsa Nacional)
» Caio Ribeiro de Carvalho
» Debora Raiza Ribeiro Benevides
» Aline Souza Lopes
» Luciano da Silva Meirelles

Breno Barros, com informações da CBCa
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Chineses preparam o Ninho do Pássaro para o Mundial de Atletismo

O Estádio Nacional de Pequim recebe os últimos ajustes para a abertura do Campeonato Mundial de Atletismo, marcada para o sábado (dia 22). Enquanto os operários trabalham para deixar pronto o "Ninho do Pássaro", mais delegações chegam à capital da China para participar da competição.
 
Nesta terça-feira (dia 18) foi a vez da equipe dos Estados Unidos, a mais poderosa do mundo, com um dos seus astros, o velocista Tyson Gay, que está hospedada no Kun Tai Hotel, a mesma do Brasil.
 
O maior número de atletas tornou necessária a abertura de novas pistas para treinamento. O Chile, com sua treinadora cubana Dulce Garcia e a arremessadora Natalia Ducó utilizaram o estádio de aquecimento do próprio Ninho do Pássaro.
 
Os brasileiros novamente foram ao Chao yang Center, parte treinou de manhã e parte à tarde. Os atletas do salto com vara que fazem a prova de qualificação já no sábado treinaram de tarde. Fabiana Murer, que fará a prova feminina, foi à pista pela manhã.
 
Recordista sul-americano, Thiago Braz, que treina em Fórmia com Vitaly Petrov, disse que está "muito disposto para a competição". Este ano ele saltou 5,92 m, recorde sul-americano e quarta melhor marca mundial do ano. Augusto Dutra e Fábio Gomes da Silva, que treinam com Elson Miranda, assim como Fabiana, também treinaram regularmente para o Mundial.
 
Os velocistas treinaram e à tarde e houve também ensaios com a passagem do bastão para o pessoal dos revezamentos. Higor da Silva, do salto em distância, falou que, embora seu resultado não tenha sido bom em Toronto, "o PAN foi importante para mostrar pontos em que posso melhorar".
 
O marchador Mário José da Costa Júnior, recordista brasileiro dos 50 km, diz que está em um bom momento. "O treino sai fácil", explica o atleta, que recebe apoio do técnico João Sena, assim como os demais marchadores, que já estão na cidade (Caio Bonfim e Cisiane Dutra Lopes).
 
"Tudo vai correndo bem, tanto na parte técnica quanto na administração da equipe", disse o chefe da delegação Brasileira, Mauro Chekin. "Treinadores, médicos, fisioterapeutas e equipe de apoiam dão a melhor assistência aos atletas", completou o dirigente. Nesta terça-feira (dia 18), houve reunião da Confederação Sul-Americana de Atletismo e o vice-presidente da CBAt, Warlindo Carneiro da Silva Filho, representou o Brasil.
 
Fonte: CBAt
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Evento-teste de ciclismo reúne atletas de 15 países no Rio

Mais um evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2016 foi realizado com êxito no Rio de Janeiro. O palco, desta vez, não ficou restrito a apenas uma instalação esportiva: o Desafio Internacional de Ciclismo de Estrada passou por 165 quilômetros em vários bairros. Atletas de 15 países pedalaram pelas ruas da cidade, sob sol, temperatura de 30 graus e subidas extenuantes.

O percurso e a organização foram elogiadas pelos competidores internacionais. Foram 165 quilômetros de longas retas, subidas íngremes, trechos em meio à Mata Atlântica, trepidação de pavimento de paralelepípedos e descidas técnicas, em uma viagem pelos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra, Recreio, Guaratiba, Alto da Boa Vista, Floresta da Tijuca (Vista Chinesa), Horto, Jardim Botânico e Gávea. Eles deram duas voltas do circuito Prainha-Grumari e duas do circuito Floresta da Tijuca antes da chegada a São Conrado, totalizando cerca de 2.200m de ganho de altitude.

Em 2016, o trajeto será praticamente igual, com o acréscimo de mais voltas nos circuitos de subidas, que totalizarão 250km. No evento-teste deste domingo, a largada foi em Copacabana e a chegada em São Conrado. Em 2016, o Posto 5 de Copacabana será o palco do início e do final da prova olímpica.

Organização
Mesmo com interdições em 150 quilômetros de vias urbanas, não houve registros de congestionamento, pois os trechos foram reabertos à medida que os ciclistas passavam pelo local. “Nosso objetivo era garantir a realização da prova de maneira organizada e segura para os participantes e isso foi alcançado. O evento testou a cidade e a integração de agentes públicos e comitê organizador. A satisfação dos atletas é a maior prova que trabalhamos bem. O público também colaborou e o saldo do evento foi positivo”, afirmou o secretário municipal de Transportes, Leonardo Picciani.

A nova configuração da sala de controle do Centro de Operações Rio (COR) foi testada durante o evento. O modelo, que será utilizado durante os Jogos Rio 2016, distribui os operadores em bancadas divididas pelas quatro regiões olímpicas (Copacabana, Deodoro, Barra da Tijuca e Maracanã).

Também foi essencial a integração com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), do governo estadual, a Coordenação Geral de Defesa da Área (CGDA), do governo federal, e o Main Operations Center (MOC), do Comitê Rio 2016.



“O sucesso do evento se deve ao esforço conjunto dos governos municipal, estadual e federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar, da Guarda Municipal, da CET-Rio e da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, da Secretaria de Ordem Pública, entre outros. Todos se mobilizaram em prol da competição. Foi um sucesso e estão todos de parabéns”, disse o diretor de Gestão de Instalações do Comitê Rio 2016, Gustavo Nascimento.

A prova
O vencedor do evento-teste foi o francês Alexis Vuillermoz, com o tempo de 4h20min27s. Em segundo chegou o belga Serge Pauwels. Romaind Bardet, também francês, completou o pódio. Participaram ciclistas do Brasil, Bélgica, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Luxemburgo, Holanda, Rússia, Suíça, Cazaquistão, Ucrânia, Hong Kong, Austrália e Japão.

“Havia muitos competidores de alto nível e o circuito foi muito difícil, principalmente o trecho da Vista Chinesa. Fiquei muito feliz por conseguir chegar em primeiro. Sobre a organização, não há o que reclamar. Tudo correu no mesmo padrão de provas do circuito internacional”, afirmou Vuillermoz. “Espero voltar aqui em 2016, mas certamente será mais difícil ainda”, completou o vencedor.

“Também quero voltar no próximo ano. Dependerá das minhas condições e da decisão dos treinadores, mas o desejo é estar aqui nos Jogos”, afirmou Serge Pauwels. O belga elogiou a paisagem da orla carioca: "Nos trechos de subida, no meio da mata, não conseguimos ver nada. Já o visual da praia é magnífico. Foi difícil, principalmente na subida para a Vista Chinesa. Gostei do desafio”.

O melhor brasileiro na prova foi Kleber Ramos da Silva, que compete pela equipe Funvic/São José dos Campos, convidada a participar da prova. Ele chegou em sétimo lugar. Os companheiros de Kleber foram os brasileiros Carlos Manarelli, Flávio Cardoso e Benedito Tadeu e o argentino Daniel Diaz.

Do Time Brasil, o mais bem classificado foi João Marcelo Gaspar, que terminou em 11º lugar. “Os franceses impuseram um ritmo muito forte nos momentos das subidas. O circuito realmente foi difícil. Não percebi imprevistos durante a prova e, pelo que vi, os organizadores estão de parabéns”, afirmou Gaspar. Além dele, o Time Brasil era composto por William Chiarello, Rafael Andriato, Cristian da Rosa, Antonio Garneiro e Adir Romeo.

Abelardo Mendes Jr - brasil2016.gov.br
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Ministro George Hilton participa da abertura do Jurisports no Rio de Janeiro

O ministro do Esporte, George Hilton, participa nesta segunda-feira (17.08), no Rio de Janeiro, da Abertura IV Jurisports. Promovida pela Academia Nacional de Direto Desportivo (ANDD), a solenidade ocorrerá às 19h, no Auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), na capital fluminense.

O evento visa proporcionar à comunidade jurídica o aprofundamento do estudo dos temas relacionados ao Direito Desportivo, tanto no plano nacional como no internacional.

Serviço:
Abertura IV Jurisports
Horário: 19h
Local: Auditório da OAB/RJ
Endereço: Av. Marechal Câmara, 150 – Castelo - Rio de Janeiro – RJ (ao lado do Aeroporto Santos Dumont)

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Na campanha histórica, 98% das medalhas brasileiras têm participação de bolsistas

O Brasil encerrou a campanha em Toronto, neste sábado (15.08) com a campanha mais vitoriosa da história dos Jogos Parapan-Americanos. Foram 257 medalhas conquistadas pela delegação nacional, com 109 ouros, 74 pratas e 74 bronzes, uma performance bastante superior à melhor até então, que tinha sido obtida em casa, no Parapan de 2007. No Rio de Janeiro, foram 228 medalhas, com 83 ouros, 68 pratas e 77 bronzes.

“Praticamente, de cada três ouros, um era brasileiro. Uma campanha histórica que nos deixa satisfeitos. Voltamos com a sensação de dever plenamente cumprido. E conquistamos a terceira das quatro metas que estabelecemos lá atrás. Vencemos em Guadalajara, vencemos em Toronto, ficamos em sétimo na Paralimpíada de Londres. Só falta uma, que é o quinto lugar no Rio”, afirmou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons.

Os dois últimos ouros vieram neste sábado pela manhã, nas finais do goaball masculino com vitória sobre os Estados Unidos por 10 x 4 e no futebol de sete, com o placar de 3 x 1 sobre a Argentina. O Brasil só não esteve no pódio em uma das 15 modalidades disputadas na cidade canadense. O rúgbi disputou o bronze numa partida eletrizante contra a Colômbia, mas acabou ficando com a quarta colocação: 50 x 48 para os colombianos.  

O resultado em Toronto é reflexo, também, de uma política de investimentos em atletas e no Comitê Paralímpico Brasileiro. Das 257 medalhas conquistadas, 249 (98%) foram para contemplados com a Bolsa Atleta ou a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. Individualmente, já que houve atletas que ganharam mais de uma medalha, 181 subiram ao pódio. Desses, 112 recebem a Bolsa-Atleta e 69, a Bolsa Pódio.  

O Ministério do Esporte tem, ainda, dois convênios ativos com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O primeiro deles, de R$ 38.213.180,05, é destinado à preparação e treinamento de seleções permanentes em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado).



Voltado para o ciclo olímpico de 2016, o convênio engloba custos de transporte terrestre e aéreo no Brasil e no exterior, hospedagens, alimentação, contratação de recursos humanos (coordenador de modalidade, técnicos, assistentes técnicos, psicólogo, fisioterapeuta, fisiologista, nutricionista, médico, massoterapeutas, mecânicos, preparador físico, árbitros, classificador funcional, delegado técnico, enfermeiro), aquisição de uniformes, materiais e equipamentos esportivos. Também inclui a realização de competições, a participação em torneios e períodos de treinamento e intercâmbio para jovens.

Outro convênio, de R$ 1,8 milhão, foi destinado a propiciar a participação da missão brasileira nos Jogos Parapan-americanos de Toronto 2015. "Todas as fontes de financiamento são imprescindíveis para dar aos atletas as condições necessárias para conseguirmos os resultados”, afirmou Andrew Parsons.

Entre 2010 e 2011, o ministério firmou outros convênios com o CPB, no valor de R$ 19.277.131,31, para a preparação de atletas e seleções de várias modalidades para diversas competições no Brasil e no exterior, intercâmbio, aquisição de materiais e equipamentos. Entre elas os Jogos Paralímpicos de Londres 2012 e o Parapan de Guadalajara. No Parapan do México o Brasil terminou em primeiro. Em Londres, em sétimo.

Estrutura de ponta
Adicionalmente, estão sendo finalizadas, em São Paulo, as obras do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, uma estrutura de ponta para 15 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, judô, rúgbi, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e voleibol sentado).

A previsão é de que o Centro seja entregue neste segundo semestre. O investimento total é de R$ 264,7 milhões (para obras) e de R$ 24 milhões (para aquisição equipamentos). Desse total, o governo federal financia R$ 145 milhões (nas obras) e R$ 20 milhões (na aquisição de equipamentos e materiais esportivos) e o governo do estado de São Paulo entra com R$ 119,7 milhões (obras) e R$ 4 milhões (equipamentos).   

O Comitê Paralímpico Brasileiro também recebe recursos federais por meio da Lei Agnelo/Piva. O texto prevê que 2% (2,7% a partir de janeiro, com a sanção da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ) da arrecadação bruta das loterias federais em operação no país, descontadas as premiações, sejam destinados em favor do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do CPB. Entre 2007 e 2014, o total de repasses ao CPB chegou a R$ 210 milhões, cifras que tendem a aumentar significativamente com a mudança no percentual.

Confira os vídeos do Parapan 2015



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Vitória no futebol de 7 encerra as conquistas brasileiras no Parapan

Brasil vence a Argentina por 3 x 1 e conquista o ouro no futebol de 7. Foto: Marcelo Régua/MPix/CPBBrasil vence a Argentina por 3 x 1 e conquista o ouro no futebol de 7. Foto: Marcelo Régua/MPix/CPB

Depois da vitória brasileira no futebol de 5, os campos da Universidade de Toronto receberam mais uma final entre Brasil e Argentina, desta vez no futebol de 7, para paralisados cerebrais. Em uma partida repleta de faltas, cartões amarelos e até de uma expulsão, os brasileiros mantiveram a superioridade mostrada ao longo do Parapan, marcaram 3 x 1 e ficaram com o ouro.

Bronze no Mundial da Inglaterra neste ano, o Brasil começou abrindo o placar aos 11 minutos de jogo, quando o camisa 10, Wanderson Silva, driblou a zaga argentina e deixou Evandro de Oliveira na cara do gol. “É o meu primeiro Parapan, então é especial receber essa medalha de ouro”, comentou Wanderson após a vitória. O jogador já foi duas vezes eleito o melhor do mundo.

A alegria inicial dos brasileiros chegou a ser ameaçada. Três minutos depois do primeiro gol, o argentino Matias Bassi empatou para os adversários, furando, pela primeira vez em Toronto, a defesa brasileira. “A gente vem trabalhando para não levar nenhum, mas tem que colocar a cabeça no lugar porque o objetivo era a medalha”, analisou o goleiro Marcos dos Santos. Antes da decisão, o Brasil havia marcado 28 gols e não sofrido nenhum. “Isso é fruto de muito empenho. Fizemos um bom trabalho para chegar aqui”, acrescentou Marcão.

A equipe do técnico Paulo Cabral ainda teve grandes chances no primeiro tempo: foram 14 chutes a gol no período, enquanto os argentinos marcaram na única oportunidade que tiveram. Depois de um lance de Jan Brito que pegou no travessão rival, aos 28 minutos, o primeiro tempo ficou empatado em 1 x 1.

No retorno do intervalo, os argentinos ficaram mais agressivos, marcando sucessivas faltas em cima dos brasileiros. Autor do gol rival, Matias Bassi, que já tinha um cartão amarelo do primeiro período, acabou expulso aos oito minutos. Cinco minutos depois, José Carlos Guimarães conseguiu o desempate: 2 x 1 para o Brasil. O time ainda teve outras boas oportunidades, mas a Argentina contou com a forte defesa do goleiro Claudio Figuera. O último gol do Brasil saiu aos 23 minutos, com Maycon Ferreira, para selar a vitória e o título.

“Agora vamos focar nos Jogos do Rio porque também queremos o ouro lá. Teremos equipes mais fortes, como Rússia e Ucrânia, que são potências mundiais”, adiantou José Carlos, mais conhecido pelos companheiros como Zeca, que pretende pendurar as chuteiras depois das Paralimpíadas, aos 38 anos.

O camisa 4 nasceu com paralisia cerebral depois de sua mãe ter sofrido uma queda no oitavo mês de gestação e precisado antecipar o parto. Quando descobriu o futebol de 7, em 2002, Zeca trabalhava como auxiliar de cozinha entregando quentinhas na Comunidade da Mangueira, no Rio de Janeiro. Em 2010, aliava os treinos ao emprego como ascensorista, antes de resolver se dedicar integralmente ao esporte.

O futebol de 7 conta com 36 contemplados na Bolsa-Atleta de 2015, resultado de um investimento de mais de R$ 712 mil. Entre eles estão os 14 convocados para o Parapan. O ouro do Brasil contra a Argentina foi a última e a 257a medalha do país nos Jogos de Toronto.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br
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Goalball ganha dois ouros e Brasil aumenta hegemonia em modalidades coletivas

Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPBSeleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB

O Brasil fecha o último dia de competições no Parapan de Toronto confirmando a supremacia em algumas modalidades coletivas e crescendo em outras. Neste sábado (15.08), foi a vez de o goalball masculino conquistar o bicampeonato continental ao derrotar os Estados Unidos por 10 x 4. No feminino, as brasileiras venceram as norte-americanas por 7 x 6 ontem e levaram o ouro inédito. Em Toronto, o país ainda ganhou o tri no futebol de 5 e no vôlei sentado masculino, além do bi no futebol de 7.

O topo do pódio no goalball teve um gosto especial para Leomon Moreno, após ser cortado da lista de pré-convocados de Guadalajara. “Para mim é muito gostoso esse sentimento. Agora consegui a vaga e tivemos boa desenvoltura no campeonato. Ganhamos todas as partidas e o sentimento é de felicidade”, comemora o ala brasileiro.

As conquistas são resultado de investimento e dedicação dos atletas e comissão técnica, como explica Romário Marques, pivô titular da seleção de goalball. “A gente batalhou muito. Não foi por acaso, foi fruto do trabalho, da estrutura, o que recebemos do Ministério do Esporte e da Caixa Econômica. Com isso, a gente faz nosso dever nos treinos”.

A modalidade dá um exemplo de como a inovação pode melhorar o desempenho de uma equipe. Altemir Trapp assiste às partidas da arquibancada, local onde abre dois computadores para captar as informações do jogo. O celular está sempre a postos para que os dados sejam transmitidos em tempo real para o técnico Alessandro Tosim no banco de reservas. O sistema foi todo desenvolvido pela comissão técnica e é 100% nacional.

“Realizo a parte de análise e desempenho. Forneço os dados simultaneamente para a comissão técnica, que transmite para os atletas as ações que eles têm que realizar durante a partida, os locais que podemos explorar no campo adversário e quais as nossas dificuldades na defesa”, explica Trapp, que também faz a captação de vídeo dos confrontos. Tudo está armazenado em um banco de dados.

“No pré-jogo também fazemos uma análise de vídeo dos atletas, onde fornecemos as informações da equipe adversária, onde cobram pênaltis, se posicionam na defesa... Isso tudo ajuda no desempenho, pois a nossa equipe consegue anteceder as ações dos oponentes”, prossegue.

Atualmente, o Brasil é modelo para outras equipes no mundo, que vem desenvolvendo o mesmo sistema de trabalho. As outras principais forças do goalball mundial são Finlândia, EUA, Turquia, China e Lituânia. Adversários que serão bem analisados para que a seleção alcance a sua principal meta. “O objetivo final é a medalha de ouro no Rio 2016. Vamos treinar bastante, buscando a máxima performance. Temos um evento-teste, que vamos levar a molecada, porque vêm os melhores times do mundo e nós vamos captar o máximo de informações deles para ir com os melhores na Paralimpíada”, revela o técnico Alessandro Tosim.

Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPBSeleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPBCampanha
No goalball masculino e feminino o Brasil conquistou o ouro com campanhas invictas. Entre os homens as vitórias foram: 11 x 6 na Argentina; 10 x 0 em Porto Rico; 9 x 2 nos EUA; 10 x 0 na Venezuela; 12 x 2 no Canadá; 9 x 4 na Argentina (semifinal); 10 x 4 nos EUA (final).

No feminino a campanha foi: 3 x 1 no Canadá; 10 x 0 em El Salvador; 3 x 1 nos EUA; 10 x 0 na Nicarágua; 10 x 0 na Guatemala; 10 x 0 na Guatemala (semifinal); 7 x 6 nos EUA (final). Lembrando que na modalidade, quando uma equipe abre dez gols de vantagem o jogo é encerrado. Nos dois gêneros o Canadá ficou com o bronze.

Outros esportes coletivos
Duas modalidades estrearam na 5ª edição dos Jogos Para-Pamericanos: o vôlei sentado feminino e o rúgbi em cadeira de rodas. Entre as mulheres, o Brasil ficou com a prata ao perder a decisão por 3 sets a 0 para os EUA, enquanto no rúgbi, esporte misto, a equipe ficou em quarto, ao ser derrotada pela Colômbia por 50 x 48.

A outra medalha de ontem nos esportes coletivos veio com o basquete feminino em cadeira de rodas, que venceu a Argentina na briga pelo bronze por 49 x 19.

Além do goalball masculino, o Brasil disputou mais duas medalhas neste sábado. No futebol de 7 a vitória por 3 x 1 sobre a Argentina rendeu o primeiro lugar. No basquete em cadeira de rodas masculino a equipe perdeu por 72 x 47 para os argentinos e terminou na quarta posição.

“Da forma que trabalhamos e viemos treinamos, nossa expectativa era de sair daqui com o ouro. Mas pecamos muito no jogo contra o Canadá (semifinal) e não soubemos recuperar a força para manter a concentração. Hoje, contra a Argentina, falhamos principalmente na finalização”, avalia o técnico do basquete em cadeira de rodas masculino Antônio Magalhães. “Faz parte do jogo, mas temos a chance de jogar dentro do nosso país e reverter isso. Vamos trabalhar muito para garantir a medalha em 2016”, finaliza.

Investimentos
Ao todo, o Ministério do Esporte financia com a Bolsa Atleta 287 desportistas paralímpicos nas modalidades coletivas representadas no Parapan. Um investimento de mais de R$ 4,96 milhões por ano. Da delegação que representou o Brasil nestes esportes (basquete em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goallball, rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado) em Toronto, 85 recebem o benefício.  

Confira os vídeos do Parapan 2015



Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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No futebol de 5 é o Brasil quem dita o ritmo e vitória sobre Argentina dá o tri no Parapan

Vai Ricardo! Na direita, Jeferson. Vou! Bola baixa! Quatro na barreira. Trave direita! Barulho de metal contra metal. Trave Esquerda! Volta o ruído. Eu no meio! Para quem fecha os olhos e só escuta os comandos, pode parecer indecifrável. Mas é esse o som que dita o ritmo da seleção brasileira de futebol de 5, tricampeã dos Jogos Parapan-Americanos.

A vitória por 2 x 1 contra a Argentina, na decisão desta sexta-feira (14.08), teve todos os “barulhos” de um grande clássico: gritos de gol, bolas na trave e gemidos de dor.

“A gente tem que estar 100% atento às orientações que vêm do banco de reservas e do goleiro, para não deixar nenhum erro atrapalhar. A gente se baseia muito na audição, então a concentração tem que ser total”, explica o camisa 10, Ricardinho, eleito o melhor jogador do mundo em 2006 e em 2014.

O Brasil abriu o placar aos sete minutos, em boa jogada individual do atacante Jeferson, melhor do mundo em 2010. A Argentina equilibrou a partida, chutou com perigo, mas a seleção brasileira sempre ameaçava com intensidade nos contra ataques. Foi em um desses lances que Ricardinho ampliou, a seis minutos do fim do segundo tempo.

Um lance que combinou a genialidade do atleta com a organização tática dos comandos externos. “Existem vários pontos que nos auxiliam. O Fábio (Vasconcelos) é um treinador de muita inteligência e confio nele. Quando roubei a bola, ele falou: ‘Você’. Isso quer dizer para eu fazer a jogada individual, porque quando ele vê que a defesa está fechada, manda trabalhar a bola. Quando ele falou: ‘Você’, eu senti, ‘bom, tem espaço. Vamos embora’. E quando dei o último drible, o chamador disse: ‘É tu e o goleiro’, então era só finalizar”.

Ricardinho comemorar o segundo gol do jogo final, contra a Argentina. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPBRicardinho comemorar o segundo gol do jogo final, contra a Argentina. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB

Se os atacantes contam com a ajuda do “chamador”, posicionado atrás do gol adversário, que orienta a direção da bola e dos defensores rivais, os zagueiros tem nos goleiros seus “olhos”, já que os arqueiros são os únicos dentro de campo sem deficiência visual. “Às vezes eles vão na intuição, mas o comando tem que vir de mim, para eles conseguirem chegar e fazer o desarme. Tem que ter um sincronismo grande. É muito treino”, disse o camisa 1 brasileiro, Luan Lacerda.

O atleta que sai para marcar o adversário também dá o sinal da ação, como explica Ricardinho. "Todo jogador quando vai marcar, alguns metros antes ele tem que falar 'Voy', em bom tom, para que o árbitro e o adversário escute". Mas a melodia do jogo se desenvolve no tom do guizo colocado dentro da bola. Por isso, no futebol de 5 as arquibancadas devem permanecer em silêncio, a não ser na comemoração dos gols, ou... em um Brasil x Argentina.

“É um duelo intenso, de muita orientação, motivação. Tem hora que fica uma zoeira ali, que atrapalha ouvir a bola. Principalmente nos lances de ataque, próximo ao gol. A torcida sempre se manifesta e às vezes atrapalha. No gol da Argentina mesmo, de forma alguma quero tirar o mérito deles, porque foi um golaço, mas não deu para ouvir nada. Quando o cara mexeu na bola a torcida começou a gritar naquela ansiedade, vai não vai, e eu só ouvi quando a bola estava na rede. Mas isso acontece para os dois lados”, revela Ricardinho, ao descrever o tento argentino, aos 21 minutos da etapa complementar.

Os argentinos ainda foram para cima e quase levaram a partida para a prorrogação. “Foi um jogo duro, mas a gente sabe que contra a Argentina é sempre difícil. E teve duas faltas no fim que foram para matar do coração. Quando olhei para o tempo, 29 segundos para acabar, pensei: ‘Aqui não pode passar mais não’”, conta Luan, ao lembrar da bola na trave que os rivais acertaram no finzinho. Depois foi só esperar o som do apito final e soltar o grito de campeão.

Próximo objetivo
Para o ala direita Jeferson, o balanço no Parapan é positivo, mas agora é pensar no tetracampeonato das Paralimpíadas em 2016. “Conseguimos o ouro, que era o nosso objetivo. Todas as competições que a gente participou foi visando a Paralimpíada. Este é um ciclo muito importante para a gente. Vai ser uma competição diferente, então, temos que continuar nesse rumo e aprimorando o que tiver que corrigir para chegar com força total no Rio”.

O treinador Fábio Vasconcelos é quem dá a receita: “É um grupo que aprendeu a gostar de ser campeão, mas que sempre é humilde e que gosta de trabalhar. A partir de amanhã já tem que pensar em 2016”.

O Brasil chegou ao título Parapan-Americano com uma campanha invicta. Na primeira fase foram quatro vitórias (6x0 no Chile; 3x0 na Colômbia; 4x0 no Uruguai e 4x0 no México) e um empate (0x0 contra a Argentina). A medalha de bronze do torneio ficou com os mexicanos.

O futebol de 5 conta com 22 jogadores contemplados com a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte em todo o país. Um investimento anual de quase R$ 450 mil. Para a participação da delegação brasileira nos Jogos de Toronto e para o ciclo Paralímpico de 2016, foram destinados R$ 40 milhões por meio de dois convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que ainda recebe recursos da Lei Agnelo/Piva.

Gabriel Fialho, de Toronto - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Atletismo brasileiro encerra Parapan de Toronto com 80 medalhas

Odair Santos com o guia Carlos dos Santos no 1500m T11. Foto: Washington Alves/MPIX/CPBOdair Santos com o guia Carlos dos Santos no 1500m T11. Foto: Washington Alves/MPIX/CPB

Com mais 18 medalhas, o atletismo paralímpico brasileiro encerrou nesta sexta-feira (14.08) a sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Ao todo, foram 80 pódios conquistados: 34 de ouro, 28 de prata e outras 18 de bronze.

O último dia de competições teve os velocistas brasileiros como os grandes destaques. Terezinha Guilhermina (200m e 400m-T11), Alan Fonteles (200m-T44), Mateus Evangelista (200m-T37), Petrúcio Ferreira (200m-T47) e Verônica Hipólito, além do revezamento 4×100 T11-13, subiram ao lugar mais alto do pódio. Completaram a lista os fundistas Odair Santos (1.500m-T11) e Yeltsin Jacques (1.500m-T12).

“Estou treinando e me sentindo muito bem. Os 200m são a minha prova favorita, a que eu mais gosto. Era para vir para abaixo de 22s, mas pude levar a medalha ao meu país. É a minha primeira medalha em Parapan, que eu tentava há muito tempo. Agradeço a todos que acreditaram em mim e aos que torceram por mim”, disse Alan.

“Pode esperar que vou brigar para defender meu título dos 200m nas Paralimpíadas e também vou brigar nas provas de 100m e 400m até o último metro para ficar com esta medalha em meu país”, completou o velocista.

O foco dos atletas brasileiros nesta temporada agora se volta para o Mundial Paralímpico de Atletismo, que ocorrerá em Doha (Catar), entre os dias 19 e 29 de outubro. Antes disso, haverá ainda a segunda etapa nacional do Circuito Caixa Loterias de Atletismo e Natação, nos dias 12 e 13 de setembro.

Confira abaixo a lista dos medalhistas brasileiros nesta sexta-feira, no atletismo:

OUROS
Terezinha Guilhermina – 200m rasos – T11
Alan Fonteles – 200m rasos – T44
Mateus Evangelista – 200m rasos – T37
Petrúcio Ferreira – 200m rasos – T47
Odair dos Santos – 1.500m – T11
Yeltsin Jacques – 1.500m – T12
Verônica Hipólito – 400m rasos – T38
Terezinha Guilhermina – 400m rasos – T11
Revezamento 4x100m (Lucas Prado, Felipe Gomes, Gustavo Araújo e Diogo Jerônimo) – T11-13

PRATAS
Tascitha Oliveira – 100m rasos – T36
Thalita Simplício – 200m rasos – T11
Alice Corrêa – 200m rasos – T12
Yohansson Nascimento – 200m rasos – T47
Thalita Simplício – 400m rasos – T11
Parré – 400m rasos – T53

BRONZES
Paulo Pereira – 200m rasos – T37
Raissa Machado – lançamento de dardo – F55/56
Jerusa Gerber – 400m rasos – T11

Confira os vídeos do Parapan 2015



Fonte: CPB

Brasil encerra participação na natação do Parapan com primeiro lugar e Clodoaldo Silva anuncia despedida

A natação Brasil encerrou a participação nos Jogos Parapan-americanos de Toronto com a melhor campanha na modalidade. Os nadadores brasileiros dominaram as provas desde o início e levam para casa 104 medalhas, sendo 38 ouros, 29 pratas e 37 bronzes. Em 2007, nos Jogos do Rio, a natação nacional fechou com 108 medalhas contra 87 dos canadenses, mas perdeu em número de ouros. Foram 41 para eles e 39 para nós. Em 2011, nos Jogos de Guadalajara, menos medalhas no quadro geral, mas o topo do pódio foi garantido com 85 medalhas.

Natação brasileira ficou com o topo no quadro de medalhas da modalidade em Toronto. Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPBNatação brasileira ficou com o topo no quadro de medalhas da modalidade em Toronto. Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPB

Último dia de competições para os nadadores, a sexta-feira (14.08) foi marcada por um pódio 100% Brasil e três dobradinhas. Ao fim do dia, o país conquistou oito ouros, cinco pratas e três bronzes, além de clima de despedida do multimedalhista Clodoaldo Silva que, aos 36 anos, ganhou a prata nos 200m livre S5, ao lado do ouro de Daniel Dias.

“Esta é a minha quinta participação em Parapan-americanos e está é a quinta edição do evento. Eu vi os Jogos nascerem em 1999, quando eles não aconteciam em conjunto com o Pan. Tivemos a honra de ver isso no Brasil em 2007. Pude acompanhar a evolução das Américas e principalmente do Brasil. É algo que me deixa feliz e emocionado”, disse Clodoaldo, que garantiu, hoje, a 101a medalha da natação brasileira destes Jogos.

Se esta foi a última participação do nadador em Parapan-americanos, o próximo ano será marcado por sua aposentadoria nas piscinas, quando encerrarem os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. “Aqui, no Parapan, acabou para mim como atleta. Todo ciclo tem um fim e eu já fiz muito dentro do esporte. Quero e tenho novos objetivos e novas metas para depois dos Jogos Paralímpicos de 2016. Acredito que vou virar companheiro de vocês, jornalistas. Hoje eu dei braçadas longas. Era um momento que eu queria que passasse lentamente para que eu pudesse aproveitar”, encerrou.

Avaliação mais do que positiva
O último dia de provas da natação em Toronto foi fechado com revanche sobre o Canadá. Eles ganharam no Rio, em 2007, mas o Brasil ganhou em Toronto, neste ano. Das 104 medalhas brasileiras, 38 foram de ouro, enquanto os donos da casa encerraram com 93, sendo 24 douradas.

“Foi uma participação excelente. Viemos de uma sequência de competições com as preparatórias para o Mundial e depois o próprio Mundial (de Glasgow). Antes de vir, a preocupação era com o desgaste dos atletas, mas eles nadaram os melhores ou muito próximo dos melhores tempos”, disse Leonardo Tomasello, técnico-chefe da natação brasileira.

Para Daniel Dias, o evento não foi somente uma mostra do que o Brasil pode apresentar em 2016, mas também um teste para detectar erros e melhorar a preparação. “Acredito que os Jogos (Rio 2016) em casa é uma inspiração para todos os atletas que estão aqui, pois este é um grande teste para avaliarmos nosso trabalho e ver o que precisa ser acertado para chegarmos melhor em 2016. Superar Guadalajara mostra o crescimento que o esporte paraolímpico está tendo e que vamos chegar muito forte no próximo ano”, disse o atleta, que garantiu a 100a medalha da natação brasileira neste Parapan.

“A nossa meta era ajudar o país no quadro geral, lembrando que temos o Canadá como principal adversário, tanto no geral quanto na modalidade. Sem dúvida esta foi a nossa melhor campanha em Jogos Parapan-americanos. Superou as expectativas iniciais”, concluiu Leonardo Tomasello.

Recordes e pódios
O dia também teve pódio 100% brasileiro nos 100m livre S9, com ouro de Vanilton Nascimento, prata de Matheus Silva e o bronze de Ruiter Silva. “É algo muito bom você ver as três bandeiras do Brasil e repetir o pódio dos 50m livre da segunda-feira (10.08). Hoje consegui vencer e é um orgulho colocar a bandeira do Brasil no topo, ainda mais com um recorde”, disse o campeão, que bateu o recorde parapan-americano com 57s85.

Além do pódio 100%, o Brasil marcou hoje três dobradinhas. A primeira nos 200m livre S5, com a prata para Esthefany Rodrigues e ouro para Joana Neves, que ainda bateu o recorde parapan-americano com a marca de 3m13s15. A segunda foi com Daniel Dias e Clodoaldo Silva, ouro e prata, respectivamente, nos 200m livre S5. A terceira dobradinha foi com ouro para André Brasil e a prata para Phelipe Andrew nos 100m livre S10. Com o tempo de 51s28, André Brasil também bateu o recorde parapan-americano.

Houve ouro ainda nos 100m costas S6 para Talisson Glock, que bateu o recorde parapan-americano com o tempo de 1m14s76. Também teve ouro e recorde parapan-americano para Camille Rodrigues, que fez 1m06s04 nos 100m livre S9. Nos 100m costas S7, Italo Gomes também ganhou mnedalha dourada quebrando o recorde do evento com a marca de 1m13s97. No revezamento 4x100m medley 34 pontos, o quarteto Daniel Dias, Andre Brasil, Matheus Silva e Phelipe Melo ganhou ouro com recorde das Américas no tempo de 4s21c61.

A última prata do dia veio para Carlos Farrenberg, nos 100m borboleta S13, e os demais bronzes foram garantidos por Mariana Gesteira, nos 100m livre S10, e Cláudia Celina, nos 200m livre S4.

Investimentos
Para a participação brasileira no Parapan de Toronto, o governo federal firmou convênio com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no valor de R$ 1,8 milhão. Outros dois convênios são destinados à preparação para os Jogos Rio 2016 e chegam a R$ 40 milhões. Desde 2010, foram celebrados 16 convênios com o CPB que, somados, chegam a R$ 62,8 milhões. Dos 272 atletas convocados para Toronto, 252 são bolsistas do governo federal, sendo 178 patrocinados pelo programa Bolsa Atleta e 74 pelo Bolsa Pódio. Deste total, 40 convocados são nadadores e todos são bolsitas – 17 bolsa-atleta e 23 pódio.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Leonardo Dalla, de Toronto - Ministério do Esporte

Vídeo tempera a final e time masculino leva o ouro no vôlei sentado. Meninas são prata

Nos dois confrontos que decidiram o vôlei sentado em Toronto, duas vitórias por 3 sets a 0 que repetiram o resultado da fase de grupos. Um favorável ao Brasil, no masculino, e um para o lado americano, entre as meninas. O Brasil já tem a vaga assegurada nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 por ser o país-sede. E, para os Estados Unidos, ter chegado à final também já valia a garantia, pois mesmo que perdesse levaria o passaporte para os Jogos da capital fluminense.

No masculino, uma ação motivacional realizada pela comissão técnica ajudou a deixar os atletas "no ponto" para o duelo que valeu o tricampeonato consecutivo no Parapan. Na tarde desta sexta-feira (14.08), ao mesmo tempo, todos os 12 atletas da equipe receberam um vídeo no celular. Em cada um deles, familiares e amigos de cada um mandavam saudações de incentivo e lembravam a eles que estavam com saudades e confiantes.

“No meu tinha minha filha, minha namorada, e foi um tal de um chorando para um lado, outro chorando para o outro. Uma emoção que nos ajudou de verdade”, afirmou o ponteiro Giba, autor de 10 pontos na partida. “Foi show de bola. Todos os parentes, filhos, amigos, mandando para a gente boa sorte. Foi super legal, uma coisa inédita”, completou Fred. Na quadra, a hegemonia brasileira foi clara nas parciais, que terminaram 25/19, 25/17 e 25/15.

O trabalho feito com o masculino tem como meta o pódio em 2016. “A gente sai daqui e já faremos um período de treinamento com a Alemanha em São Paulo. Em janeiro, um treino com a Holanda. Depois, vamos à China disputar um torneio com equipes top no mundo e, em seguida, outro campeonato em Sarajevo. A partir daí, serão dois meses de treinamento para chegar à final olímpica”, listou Fred. Entre os principais adversários na modalidade estão Bósnia e Irã. No último mundial, disputado em 2014, o Brasil ficou com a prata.

Seleção brasileira masculina trabalha para garantir o pódio nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Foto: Guilherme Taboada/CPBSeleção brasileira masculina trabalha para garantir o pódio nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Foto: Guilherme Taboada/CPB

Em ascensão
As meninas sabiam que a missão era ingrata. Do outro lado da quadra estavam as vice-campeãs paralímpicas nos Jogos de Londres e de Pequim, um time que tem sido presença certa em todas as finais da modalidade. O Brasil, na versão do próprio técnico José Dantas Guedes, é um time que tem as oscilações típicas de um grupo em formação. Na mistura dos ingredientes, deu a lógica. Os Estados Unidos venceram por 3 sets a 0, com parciais de 25/20, 25/22 e 25/16.

O início da partida foi retrato de uma instabilidade que ainda marca a equipe nacional. As americanas chegaram a abrir 10 x 1. "Acho que poderíamos ter feito melhor, buscado um set delas. No primeiro, até conseguimos chegar depois. Acho que elas até ficaram com um pouquinho de medo”, brincou a atacante Nathalie Filomena, de 25 anos. “Mas vai ter revanche. Temos de trabalhar muito, muito mais, para chegarmos em 2016 e trazer as medalhas”, completou a atleta.

A segunda parcial foi a mais equilibrada. O problema, no caso brasileiro, é que a jovem ponteira Heather Erickson, dos Estados Unidos, estava numa noite inspirada. Ela soube revezar a potência de seus ataques com jogadas de habilidade que justificam por que ela compõe a seleção desde os 15 anos, quando conquistou a prata na Paralimpíada de Pequim. Na final em Toronto, foi a maior pontuadora, com 16 pontos, muitos deles em horas decisivas.

"O Brasil nos impôs um jogo bastante duro. Em algumas horas as emoções subiam além do normal e tínhamos de saber a hora de parar, respirar, relaxar, tomar uma espécie de pílula para esfriar os ânimos e voltar a corresponder”, brincou a jogadora.  "Nós sabíamos que tínhamos condições de levar o ouro. Esse time é muito competitivo”, completou.

Para o treinador brasileiro, o importante é sair de Toronto com a sensação de que há uma evolução gradativa. "Demonstramos capacidade de jogar de igual para igual, mas em alguns momentos as oscilações de atitude se refletiam em quatro ou cinco pontos diretos delas, e isso influencia o resultado", afirmou Guedes.

Em 2016, ele tem como meta o pódio. “Nosso panejamento é fazer muito mais jogos com as equipes fortes, como Estados Unidos, China e Rússia, para que a gente possa ter um controle emocional maior nas horas decisivas. A meta é o pódio. A cor da medalha não importa”.

Investimento
Ao todo, dos 24 atletas das duas equipes que representam o país no Parapan, 21 recebem Bolsa Atleta. No Brasil, são 79 beneficiados no vôlei sentado, o que dá um investimento de R$ 1,4 milhão do Ministério do Esporte.

Regra e classificação
A disputa é muito semelhante à do vôlei convencional. Seis jogadores de cada equipe ficam em quadra e o jogo é dividido em até cinco sets de 25 pontos. A quadra é menor, com 10 metros de comprimento por seis metros de largura. A altura da rede é de 1,15m no masculino e 1,05m no feminino.

Os jogadores do vôlei sentado são separados em duas classes: elegíveis e mínima elegibilidade. Na primeira estão aqueles com amputações e problemas locomotores acentuados. Na outra, atletas com deficiências quase imperceptíveis, como problemas de articulação leves ou pequenas amputações. Cada equipe só pode contar com dois jogadores de mínima elegibilidade no elenco, e os dois não podem estar na quadra ao mesmo tempo.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Gustavo Cunha, de Toronto - brasil2016.gov.br

Após melhor campanha da história, CPB tem injeção de R$ 90 milhões no horizonte

Em Toronto, a melhor campanha da história, deixando para trás as performances de Guadalajara, em 2011, e até do Rio, em 2007, com 109 ouros e um total de 257 pódios. No plano legislativo, a sanção, em julho, de uma mudança que determina um aumento estimado de R$ 90 milhões anuais na quantidade de recursos provenientes anualmente da Lei Agnelo/Piva. No futuro próximo, a inauguração do Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, uma estrutura voltada para a prática de 15 modalidades nas melhores condições de estrutura.

Com esse panorama, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, não tem dúvidas em dizer que tem todos os ingredientes à mão para que o esporte paralímpico brasileiro chegue em médio prazo a um patamar ainda superior ao que demonstra hoje. “Com a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (sancionada em julho), a gente está saindo de uma arrecadação de R$ 39 milhões da Lei Agnelo/Piva, para cerca de R$ 130 milhões. Isso muda a realidade e nos dá uma tranquilidade muito grande”, afirmou o dirigente.

Andrew Parsons durante cerimônia de premiação da natação no Parapan de Toronto.Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPBAndrew Parsons durante cerimônia de premiação da natação no Parapan de Toronto.Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPB

Tranquilidade suficiente, segundo ele, para que o CPB tenha condições de gerir com recursos próprios o Centro de Treinamento de São Paulo, que tem previsão de entrega da estrutura física em setembro e estimativa do início efetivo das operações em janeiro de 2016.  “Se em janeiro tivermos o Centro de Treinamento disponível para utilização, temos totais condições de cuidar da operação esportiva. Sempre se diz isso em termos das instalações. Uma coisa é construir, a outra é gerir, manter, fazer com que continuem operando. A gente fez uma ampla pesquisa no mundo para perseguir os melhores modelos”.

Nesta conversa com o brasil2016.gov.br durante o período em que tentava acompanhar as delegações nacionais nos 15 esportes em Toronto, Parsons também comentou os acertos e erros da organização do Parapan, explicou algumas formas pensadas pela equipe do Rio2016 para garantir que as instalações estejam cheias na Paralimpíada e citou as estratégias do Comitê para que novas gerações de atletas sejam descobertos.

A organização de Toronto
Cada cidade, cada estado, cada país adota o conceito que lhe convém. Em Toronto eles tinham essa dimensão de divulgar a província de Ontario, o que fez com que as instalações ficassem, em alguns casos, distantes umas das outras. Apesar disso, e do trânsito pesado, a organização esteve muito boa. Poderia ter havido um pouco mais de promoção para evitar a situação de alguns locais não tão cheios. Esse é o único ponto que destacaria como não tão positivo. Mas as instalações ficaram muito boas, confortáveis. A Vila os atletas adoraram, a comida era de alto nível, o transporte não vi reclamação da qualidade, só citações às distâncias.

Arenas vazias como desafio para o Rio
Eu não vejo isso para o Rio. O Brasil inteiro sabe da Paralimpíada. Tem ainda a questão de estarmos vindo de resultados positivos em Londres e aqui em Toronto, no Parapan. Estabelecemos ainda a meta agressiva do quinto lugar no quadro geral. Fora que, entre nossos atletas, alguns já são conhecidos. As pessoas sabem quem é o Daniel Dias (natação), as pessoas conhecem a Teresinha Guilhermina (atletismo). Temos um desafio, talvez, em outras modalidades. Por exemplo, pela própria distribuição das instalações, o tiro com arco ficou um pouco isolado, no Sambódromo. E na Paralimpíada acaba tendo pouca coisa naquela área. É o que a gente chama de uma “stand alone venue", longe das outras, e pode prejudicar. Mas ao mesmo tempo o Sambódromo tem um charme diferente e saímos do Parapan com um resultado bastante importante. Eu não vejo o público como uma preocupação, mas como um foco de atenção.

Três milhões de ingressos
Sim, temos um desafio grande de vender 3 milhões de ingressos, o que colocaria o Brasil como a maior bilheteria, como a edição com maior número de ingressos vendidos na história paralímpica. Fora isso, o município do Rio tem projetos de levar estudantes, a garotada, na Olimpíada. Na Paralimpíada também deve ter. Não vejo demérito, existem modalidades que não são tão conhecidas ou a gente não tem um grande atleta. A esgrima, por exemplo, não tão difundida no Brasil, mas a gente tem um campeão paralímpico, que é o Jovane Guissone. No dia de ele competir, por que não colocar alunos, ou pessoas da comunidade para assistir? Volto a dizer: é um ponto de atenção, mas não uma preocupação. Até porque os preços são convidativos. Tem ingressos a R$ 10 e, se você estiver nas categorias da meia, pode pagar R$ 5 e dividir em cinco vezes no cartão. É mais barato que o cinema. Tem também a própria promoção publicitária dos Jogos. A gente vai incrementar isso no ano que vem. Acho que não vamos ter lugares vazios.

Injeção de R$ 90 milhões
A aprovação da Lei Brasileira da Inclusão (sancionada pela Presidência da República em 6 de julho de 2015) ampliou de 2% para 2,7% o valor repassado aos comitês Olímpico e Paralímpico brasileiros, e mudou de 15% para 37,04% a fatia do Comitê Paralímpico. A conta foi feita assim quebrada exatamente para não afetar o ingresso de recursos no Comitê Olímpico.  A mudança coloca o CPB em outro patamar financeiro. Com esses números, pensando a grosso modo, com os dados do ano passado, a gente está indo de uma arrecadação de R$ 39 milhões para cerca de R$ 130 milhões, aumenta mais R$ 90 milhões. Isso muda a realidade e nos dá uma tranquilidade grande. Uma tranquilidade que nos permite, por exemplo, pensar que se em janeiro tivermos o Centro de Treinamento disponível para utilização, temos totais condições de cuidar da operação esportiva.

Quando a obra estava no início, a gente tinha uma preocupação de talvez mesclar recursos do CPB, do governo do estado, do governo federal, de buscar recursos da iniciativa privada, seja com naming rights ou atividades de geração de receita. Hoje, se todas essas outras receitas vierem, elas serão extras. A gente tem a confiança de que consegue não só aumentar o investimento em todas as 22 modalidades de verão e nas duas de inverno que a gente desenvolve, mas também, ao mesmo tempo, gerir o Centro de Treinamento com alto nível.

Redução de custos
O Centro de Treinamento também vai nos ajudar a diminuir as despesas das confederações. Hoje elas têm de pagar, por exemplo, para fazer uma fase de treinamento: elas alugam o local, pagam a hospedagem, o transporte, a alimentação. No Centro a gente vai reduzir muito esse custo. O efeito para o Rio vai ser pequeno, porque está muito em cima, mas as gerações que vão vir para 2020, em Tóquio, e 2024, terão um grau de preparação muito alto e melhor estruturado. Então a gente tem tudo para dar um salto e evoluir de maneira consistente.

Modelo de gestão
A gente está debatendo de uma forma muito tranquila com o governo federal e com o governo do estado de São Paulo. Aqui mesmo, em Toronto, a gente teve uma conversa. Estamos discutindo todas as possibilidades. O CPB defende que a gestão seja feita por nós mesmos, obviamente com uma estrutura de controle que envolva os dois níveis de governo. “Não estamos aqui com um discurso do tipo: me dê uma instalação que custou R$ 260 milhões de dinheiro público, num espaço público, e a gente faz o que quer. Não. A gente tem de prestar contas do investimento feito, devolver algo para a sociedade, mas lembrando  que ali é um Centro de Treinamento. O que a gente vai devolver? A preparação de atletas. A função precípua daquele espaço é ser um centro de treinamento de alto rendimento. A gente não pode tirar isso de nossa alça de mira. Mas isso não impede um trabalho de parceria com a iniciação. Para motivar os nossos jovens, nada melhor que a possibilidade de treinar lá de vez em quando. Quem não quer treinar na pista que treina o Alan, a Teresinha, o Petrúcio, quem não quer nadar na piscina onde está o Daniel Dias?

Início do funcionamento
A obra em tese será entregue em setembro. Depois tem toda a parte de equipamento que temos de colocar ali. Eu acho que realisticamente temos de pensar em 2016 para começarmos com alguma segurança. Entrar 2016 com o Centro funcionando. Além de botar os equipamentos, eu tenho de contratar profissionais. O centro não existe por si só. O equipamento precisa estar, mas também quem vai treinar as modalidades específicas, mais a academia, a parte de recuperação, de ciência esportiva. Não temos uma pressa desmedida para botar o centro em funcionamento. A gente quer que ele funcione bem.

Busca de novos talentos
São várias estratégias. Uma coisa fundamental para nós é a Paralimpíada Escolar. Ali vem gente das 27 unidades da Federação. Tem um efeito de capilaridade muito grande. O Petrúcio foi descoberto na delegação da Paraíba numa paraolimpíada escolar. O Alan, na delegação do Pará. Outra coisa que a gente orienta muito as federações também é a buscar a fase regional do circuito de atletismo e natação. É ali que muitos atletas aparecem pela primeira vez. Alguns ainda estão descobrindo sua modalidade. Atletismo e natação, até pelo apelo, são porta de entrada. Mas muitos atletas podem ter aptidões físicas e técnicas para outras modalidades e podem ser apresentados a elas ali. É um trabalho de garimpo, realmente, de buscar talentos, mas de levar o esporte à população. É difícil que alguém que saia da reabilitação e pense: vou para a esgrima, vou para a canoagem. A lógica é diferente. No Olímpico você oferece estrutura e espera o interesse. No nosso caso a gente tem de ir atrás muitas vezes.

Gustavo Cunha, de Toronto - brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
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Judocas encerram as lutas no Parapan com sete medalhas para o Brasil

Alana Martins (de branco) luta contra a venezuelana Naomi Suazo: prata para a brasileira. (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)Alana Martins (de branco) luta contra a venezuelana Naomi Suazo: prata para a brasileira. (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)

Finalizadas as disputas no tatame de Toronto, que renderam um total de sete medalhas ao Brasil, os “durões” do judô puderam se despir dessa impressão de força absoluta e mostrar um lado mais sensível. A venezuelana Naomi Suazo, que perdeu um confronto para a brasileira Alana Martins (-70kg) e outro para a mexicana Lenia Ruvalcaba, não parecia tão decepcionada com as derrotas, mas se emocionou ao falar sobre sua trajetória no esporte e, em especial, sobre o sonho de estar nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

“Espero ir e conseguir o melhor para o meu país”, disse, com a voz embargada. Em Pequim-2008, aos 19 anos, a atleta se tornou a primeira mulher campeã paralímpica da Venezuela, quando ainda competia na categoria -63kg. Depois da edição de Londres, no entanto, ela decidiu se afastar da modalidade. “Foi basicamente por lesões e também por problemas muito pessoais, mas o destino me deu a oportunidade de continuar. Decidi me reinventar, agora em outra categoria”, conta a judoca, que subiu para a -70kg e terminou a disputa dos Jogos Parapan-Americanos com um bronze.

O que causou a maior emoção em Naomi, no entanto, foi falar sobre o duplo papel exercido por Humberto Suazo, seu pai e técnico.“Treinar com ele é um privilégio. Eu o respeito, o admiro muito como pessoa, é o meu modelo a seguir”, elogiou, tentando segurar as lágrimas. “Espero um dia corresponder como filha e atleta. Agradeço a Deus por ele ser meu treinador tanto na vida quanto no tatame”, completou.

A jovem, hoje com 24 anos, tem baixa visão devido a uma retinose pigmentar. Humberto criou, então, um centro com o nome dela e passou a treinar também outros atletas com deficiência visual.“É uma relação muito bonita entre pai e filha e entre técnico e atleta. Sou agradecido a Deus por me brindar com essa oportunidade, de sermos uma família no tatame e em casa, e ser um núcleo de vida. Quem dera todos os pais pudessem compartilhar com seus filhos esses momentos”, disse ele.

Quem também não escondeu a emoção foi o medalhista de prata Wilians Silva (+100kg). Em Londres-2012, o brasileiro sofreu uma lesão na clavícula e terminou apenas com a quinta colocação. Ao voltar para casa, pensou em abrir mão do esporte. “Conversei com meu irmão quando pensei em desistir, e ele me falou: ‘Você é o meu herói’. Talvez ele nem se lembre disso, mas era tudo que eu queria ouvir. Foi o que me estimulou a continuar treinando e a trazer todos esses resultados”, recordou, chorando muito.

Wilians ficou cego aos 10 anos de idade, quando passou um ano morando na Paraíba. “Meu pai tinha uma espingarda de chumbinhos, para matar passarinhos, e eu, curioso, mexi nela. A arma disparou e pegou no meu rosto”, conta. Foram realizadas três cirurgias para tentar salvar ao menos o olho direito, mas sem sucesso. Forte desde tão novo, Wilians não se deixou abalar. “Eu fiquei triste, mas decidi não chorar pelo que eu perdi e ser feliz pelo que sobrou, que é todo o resto”, acrescenta.

O jovem cresceu na favela do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e só com o judô conseguiu ter melhores condições. “O esporte mudou a minha vida. Hoje consigo ajudar minha família, meus pais e irmãos, e ter uma melhor estrutura de treinamento por meio da Bolsa Pódio e do Time Rio. Consegui sair da favela e morar em um lugar melhor”, comemora o judoca, que também foi medalhista de prata em Guadalajara e já sonha com o pódio em 2016. Em Toronto, o brasileiro derrotou o venezuelano William Montero e os norte-americanos Robert Anderson e Steven Mulhern, caindo apenas diante do cubano Yangaliny Jimenez.

Vitórias aceleradas
A despeito da visão comprometida, os judocas aplicam golpes certeiros e com uma velocidade que impressiona. Nesta sexta-feira (14.08), no Abilities Centre, algumas lutas foram encerradas em pouquíssimos segundos.Foi assim, por exemplo, no confronto entre Alana Martins e a norte-americana Christella Garcia, com vitória para a paulista em apenas oito segundos. “Entrei com muita raiva, queria ganhar e terminar logo”, comentou a brasileira, que havia perdido anteriormente para a mexicana Lenia Ruvalcaba.

Para ficar com a prata da categoria, Alana ainda teve que vencer um duro confronto com Naomi Suazo antes de bater Christella.“É um campeonato de alto nível e ser medalhista tem o seu valor, mas não estou feliz. Perdi por erro meu e, no judô, um erro é fatal”, lamentou a atleta.

Deanne Almeida (+70kg) foi ainda mais rápidano confronto contra a norte-americana Sarah Chung: sete segundos para o ippon. A brasileira já havia derrotado Sara Luna, também dos Estados Unidos, mas a categoria não foi premiada por não ter fechado o número mínimo de inscritas.“Em 2007 e 2011 também eram só três atletas. O que eu não esperava agora era não receber medalha, afinal ela é a recompensa pela competição”, reclamou Deanne.

O Brasil ainda conquistou nesta sexta duas medalhas de bronze, com o tetracampeão paralímpico Antônio Tenório (-90kg) e com Arthur Cavalcante (-100kg). Em nova categoria, Tenório encontrou forte resistência logo na primeira luta, contra o canadense Tony Walby, de quem venceu no critério de desempate por um shido (punição). Já na semifinal, o brasileiro levou dois wazaris do argentino Jorge Lencina e acabou de fora da decisão. O bronze veio após a vitória em cima do venezuelano Hector Espinoza por ippon. “A medalha significa que ainda estou em atividade e posso sonhar com um pódio em 2016”, avaliou Tenório.

Já Arthur Cavalcante foi derrotado logo na estreia, contra o cubano Yordani Fernandez. Em seguida, venceu o norte-americano Benjamin Goodrich, de quem começou perdendo por dois yukos. O brasileiro reverteu a situação a seu favor com um wazari seguido por imobilização. Em seu último combate, Cavalcante foi derrotado pelo norte-americano Myles Porter por ippon.

Willians Silva com a prata. O atleta ficou cego quando tinha 10 anos e teve a vida mudada pelo esporte. (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)Willians Silva com a prata. O atleta ficou cego quando tinha 10 anos e teve a vida mudada pelo esporte. (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)

Preparação para o Rio
Os Jogos Parapan-Americanos de Toronto contaram pontos para os judocas no ranking mundial, que classifica os países para os Jogos Paralímpicos. O Brasil já tem vagas garantidas por ser país-sede, mas aproveitou a oportunidade no Canadá. “Aqui é um aquecimento para o Rio 2016. Os atletas têm a oportunidade de sentir na pele o que vão viver no ano que vem”, avalia o técnico Jaime Bragança.

A seleção brasileira encerrou sua participação no judô com sete medalhas, sendo duas de ouro, duas de prata e três de bronze. Cuba e México também conquistaram dois ouros, mas tiveram menos pódios no total: cinco e dois, respectivamente. Entre os 15 brasileiros convocados para o torneio continental, 13 recebem benefícios do Ministério do Esporte, sendo seis pela Bolsa-Atleta e sete pela Bolsa Pódio.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Ana Cláudia Felizola, de Toronto – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Natália Mayara leva ouro no tênis e recebe convite para porta-bandeira no encerramento do Parapan

Ela entrou para as disputas do tênis em cadeira de rodas nos Jogos Parapan-Americanos como a quarta favorita, mas vai voltar de Toronto para Brasília com duas medalhas de ouro na bagagem. Emoção comparável somente a de ser anunciada como porta-bandeira da delegação nacional na cerimônia de encerramento deste sábado (15.08). Natália Mayara teve dois dias intensos, cansativos, mas recompensadores.

Ontem venceu a final de duplas ao lado de Rejane Silva, por 2 a 1, sobre as colombianas Johana Martinez e Angelica Bernal. Nesta sexta-feira (14.08), ganhou a final individual da norte-americana Kaitlyn Verfuerth, cabeça de chave número um do torneio, por 2 a 0, com parciais de 7/6 e 6/2. E enquanto comemorava, recebeu a notícia: “A gente queria aproveitar para dizer que você é a nossa porta-bandeira na cerimônia de encerramento”, comunicou Edilson Alves, chefe de missão do Brasil e coordenador técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).  

Motivo para Natália se emocionar novamente. “Nunca imaginei. Juro que pensei no começo, quando a Terezinha Guilhermina (corredora) tinha sido escolhida para ser a porta-bandeira da abertura: ‘Poxa, um dia eu vou conseguir, vou ser importante para isso’. E eu consegui”. Recompensa pelo esforço feito entre a última edição do Parapan, em Guadalajara, até a decisão no Canadá: “Há quatro anos sai chorando de tristeza, porque perdi para a norte-americana nas quartas de final. Trabalhei duro e hoje volto com dois ouros”, disse.

Foto: Divulgação CPBFoto: Divulgação CPB

Por causa da chuva, a partida teve início com duas horas de atraso. Parecia que a espera tinha sido em vão para a torcida brasileira. Mais forte fisicamente e experiente, a norte-americana Kaitlyn Verfuerth, 30 anos, começou arrasadora e abriu 4 a 0 no primeiro set. Aos poucos, Natália foi estudando o jogo da adversária, com quem nunca havia duelado, e começou a equilibrar as ações.

“Aprendi mais sobre o jogo dela. Comecei a virar as bolas, empatou em cinco a cinco, depois em seis a seis. Então pensei: ‘Dá para ir, dá para ganhar’. Estava muito cansada, com muita dor no corpo, pelo jogo de ontem. Hoje minha mão abriu, mas tentei só pensar no jogo”, descreve a tenista.

A norte-americana sentiu a derrota parcial e Natália abriu 5 a 0 no segundo set. “Ganhar o primeiro foi o ponto chave para virar o jogo para mim”, resume a brasileira. No entanto, a proximidade do resultado inédito gerou ansiedade na tenista, que perdeu os dois games seguintes. “Eu consegui me concentrar mais, entendi o que deveria fazer, errei menos, consegui ficar mais consistente e focada o tempo inteiro. Ali no final que foi mais complicado, fiquei muito nervosa, na hora de sacar eu tremia. Por isso, ficava naquele vai não vai, errei umas bolas importantes, mas o fundamental foi conseguir esse ouro”, afirmou Natália, que teve sete match points a seu favor.

Para se concentrar e fechar de vez o segundo set por 6 a 2, ela esperou pelo erro da adversária. “Eu nem conseguia pensar em nada, olhava para o pessoal aqui fora, para meu técnico, as pessoas que estavam torcendo por mim e tentava ficar mais calma. Pensei: ‘Tenho uma boa vantagem, é só manter a bola dentro de quadra e deixar ela errar”. Agora, Natália vai comemorar e voltar a pensar na preparação para as Paralimpíadas Rio 2016.

Para chegar à decisão, a brasileira venceu nas quartas de final a mexicana Claudia Taboada por 2 a 0 e, na semifinal, a norte-americana Emmy Kaiser, por 2 a 1.

Bronze
Enquanto Natália travava a batalha pelo ouro, o brasileiro Daniel Rodrigues buscava o bronze na quadra ao lado. Com mais facilidade, ele venceu o colombiano Eliecer Oquendo por 2 a 0, com parciais de 6/0 e 6/1, enquanto a compatriota ainda estava fechando o primeiro set. O tenista havia conquistado, no dia anterior, a prata nas duplas no masculino ao lado de Carlos Alberto Chaves.

“Eu estava focado nisso, dormi pensando nessa medalha. Não podia deixar escapar de jeito nenhum. É muito importante voltar com duas medalhas. É meu segundo Parapan. Na edição passada só pude disputar no individual e não passei da primeira rodada”, conta o tenista, que mudou o panorama da carreira de Guadalajara para Toronto, a exemplo de Natália.

Investimento
Os quatro tenistas que representaram o Brasil no Parapan-Americano de Toronto recebem a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Para Natália, uma importante ajuda para se dedicar exclusivamente à modalidade. “Para chegar nesse nível, eu abri mão de tudo, tranquei a faculdade... A bolsa tem essa função, além de nos possibilitar a compra de material e equipamentos”. Ao todo, são 15 atletas do tênis em cadeira de rodas que recebem o benefício, o que representa um investimento de R$ 297 mil por ano do governo federal.

A modalidade
O tênis em cadeira de rodas tem praticamente as mesmas regras do tênis convencional, com exceção da possibilidade de a bola quicar até duas vezes na quadra antes da rebatida. Não há diferença em relação às raquetes e às bolas. As cadeiras utilizadas são esportivas, com rodas adaptadas para melhor equilíbrio e mobilidade. Para disputar a modalidade, o único requisito é que o atleta tenha sido medicamente diagnosticado com deficiência relacionada à locomoção. Para isso, é necessário ter total ou substancial perda funcional de pelo menos uma das duas pernas.

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministro George Hilton participa, em Goiânia, de evento para organização do revezamento da tocha olímpica

(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)

 
No Brasil, primeiro país a receber uma edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos na América do Sul, o revezamento da tocha terá início no dia 3 de maio, em Brasília. A partir desta data, a chama olímpica cumprirá um longo roteiro e passará por todas as capitais dos 26 estados, além do Distrito Federal. No total, cerca de 500 cidades receberão a tocha antes da chama olímpica chegar ao Estádio do Maracanã, na noite do dia 5 de agosto de 2016, para que a pira olímpica seja acesa e os Jogos do Rio de Janeiro sejam abertos oficialmente.
 
Organizar o revezamento da tocha exige um amplo trabalho de logística e a integração de diversas pastas governamentais em vários níveis. Assim, nesta sexta-feira (14.08), a cidade de Goiânia realizou a segunda reunião interministerial de preparação para o revezamento da tocha olímpica. A primeira foi no dia 7 de agosto, em Aracaju (SE). O Goiás será o primeiro estado a receber a tocha olímpica depois da capital federal.
 
O ministro do Esporte, George Hilton, foi um dos presentes no evento em Goiânia. Além dele, participaram o governador de Goiás, Marconi Perillo; o vice-governador de Goiás, José Helio de Souza; o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia; o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, Hélio de Souza; a secretária de Educação, Cultura e Esporte do Estado de Goiás, Raquel Teixeira; e o secretário geral da Presidência da República, José Claudenor;  e o General Marco Aurélio Vieira, diretor executivo de operações do Comitê Rio 2016, entre outras autoridades do governo federal e do governo do Estado de Goiás.
 
“A integração dos vários entes, do governo federal, estadual e municipal, da Rio 2016 e da APO (Autoridade Pública Olímpica) demonstra que o país amadureceu muito na organização de grandes eventos”, declarou o ministro George Hilton. “Tenho a impressão, cada vez que vou ao Rio, de que essa Olimpíada deverá deixar para nós um legado muito importante que deve ser compartilhado com todo o país. E nós, do governo federal, temos essa preocupação, de que não apenas o Rio de Janeiro tenha um legado material, com todas aquelas obras, que ficarão para o povo do rio na área de infraestrutura urbana, mobilidade e turismo. O governo federal tem trabalhado muito com os governos estaduais e municipais para que haja um legado em todo o país. E essa parceria aqui em Goiás tem dado certo. É importante para o país, nesse evento do revezamento da tocha, que ele desperte uma vontade de que o Brasil se torne realmente uma nação que ama e que pratica o esporte”, continuou.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Para o governador Marconi Perillo, a passagem da tocha olímpica por Goiás será uma grande oportunidade de o estado aparecer. “Nós vamos pegar tudo o que temos de mais bonito em todas essas cidades e vamos levar às ruas para recepcionar a tocha olímpica. Também vamos levar o povo e os estudantes e vamos definir uma marca bonita para uma camiseta bem bacana para todos os alunos estarem vestidos com uma roupa padronizada. Eu me comprometo a fazer uma mídia junto com os prefeitos para divulgar a chegada da tocha”, assegurou o governador.
 
Investimentos para nacionalizar o legado dos Jogos Rio 2016
Desde que o Brasil conquistou, em outubro de 2009, o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o governo federal tem atuado para que o legado do maior evento esportivo do planeta contemple todos os estados e o Distrito Federal.
 
Além dos investimentos em infraestrutura, que resultaram na construção ou reforma de pistas de atletismo e centros de treinamento em várias estados, os esportes olímpicos e paraolímpicos receberam, para este ciclo dos Jogos Rio 2016, um enorme suporte por parte do governo federal.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)Na luta olímpica, por exemplo, os tapetes oficiais usados no Centro de Lutas da UFG são resultado de um convênio entre o Ministério e a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), celebrado em 2012, que permitiu um investimento de R$ 2,8 milhões na compra de 50 tapetes oficiais, 15 bonecos e 15 ossos de luta (espécie de boneco apenas com braços e pernas, para treinos no chão) para centros de treinamento em 17 estados brasileiros. O objetivo do convênio é prover infraestrutura para formação e treinamento de atletas da luta olímpica no Brasil, principalmente para novas gerações do esporte.
 
Em Goiás, os tapetes foram entregues pela CBLA à Federação Goiana de Wrestling, que estruturou Centro de Lutas em parceria com a UFG. No local, são desenvolvidos dois projetos: iniciação e alto rendimento. Treinam dez atletas federados e outros 20 no projeto de iniciação.
 
O Ministério apoia atletas da luta olímpica por meio do Bolsa-Atleta. Em todo o país, 151 atletas são contemplados. Desse total, duas são de Goiás: Kamila Barbosa Vito da Silva (categoria Nacional) e Laís Nunes de Oliveira (categoria Internacional). Com a Bolsa Pódio – destinada a atletas com chances de disputar finais e medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016 – o Ministério do Esporte patrocina três atletas da luta: Joice Souza da Silva (conquistou ouro inédito para o País no Pan-Americano de Toronto, na luta livre); Aline Ferreira (conquistou bronze da categoria até 75kg no Pan de Toronto); e Davi Albino (bronze na categoria 98kg no Pan, na luta greco-romana).
 
Desenvolvimento do Halterofilismo
O Centro de Referência em Desenvolvimento do Halterofilismo Paralímpico foi inaugurado em abril deste ano, resultado de um convênio entre a Universidade e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
 
De acordo com o diretor da Faculdade de Educação Física e Dança da UFG, Ari Lazzarotti, foram investidos R$ 180 mil em equipamentos no local, que é formado por uma sala de 200 m² com 39 equipamentos. No Centro, treinam 20 atletas paraolímpicos. O local também é utilizado para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência e para populações especiais, como idosos e pessoas com câncer. Na visita ao local, o ministro George Hilton conheceu a atleta paraolímpica do halterofilismo Josilene Alves, que fez uma demonstração de seu esporte. “Quero agradecer por todo esse apoio que estamos tendo”, disse Josilene. “Torço para que outras cidades também tenham essa oportunidade e que, em 2016, tenhamos muitos atletas defendendo o nosso Brasil”, prosseguiu.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Esses investimentos só foram possíveis a partir de um convênio celebrado em 2013 entre o Ministério e o CPB, no valor de R$ 38,2 milhões, para a preparação de seleções permanentes em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado) para o ciclo paraolímpico de 2016. Os recursos permitiram a realização de viagens no Brasil e no exterior, contratação de equipes técnicas multidisciplinares e aquisição de uniformes e equipamentos.
 
Em todo o país, o Ministério também apoia 36 atletas do halterofilismo por meio do programa Bolsa Atleta. Um deles de Goiânia: Victor de Oliveira (categoria Nacional). Com a Bolsa Pódio, são contemplados três atletas com chances de disputar finais e medalhas nos Jogos Rio 2016: Márcia Cristina de Menezes, Evânio Rodrigues da Silva e Josilene Ferreira.
 
Pista oficial de atletismo
Em maio deste ano, o ministro George Hilton esteve na sede da UFG para inaugurar a pista oficial de atletismo. Com oito raias e com certificação classe 2 da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês), a estrutura recebeu financiamento de R$ 8,6 milhões do Ministério.
 
A pista é atualmente utilizada para o treinamento de aproximadamente 100 atletas goianos federados, 20 atletas da UFG e 100 membros da comunidade universitária para Caminhadas e corridas. Também é utilizada para as aulas de atletismo dos cursos de Educação Física.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br, de Goiânia
Ascom - Ministério do Esporte
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Dos velejadores brasileiros confirmados no Rio 2016, oito recebem a Bolsa Pódio

A Seleção Brasileira de vela está praticamente fechada para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Até o momento, o país conta com nove velejadores com vaga garantida no evento, dos quais oito são beneficiados pelo programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. A informação foi divulgada pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela).

Robert Scheidt, que, aos 42 anos, vai para sua sexta participação olímpica, e a Fernanda Decnop, de 28 anos, vai representar o Brasil pela primeira vez em uma Olimpíada, foram os últimos nomes divulgados pela CBVela.

Os atleas se juntam a outros sete atletas confirmados: Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49erFX; Jorge Zarif, na Finn; Patricia Freitas, na RS:X feminina; Ricardo Winicki Santos, o Bimba, na RS:X masculina; e Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina. Todos estarão na disputa do evento-teste, a partir deste sábado (15.08), assim como Henrique Haddad e Bruno Bethlem (classe 470 masculina); Samuel Albrecht e Isabel Swan (Nacra 17); e Marco Grael e Gabriel Borges (49er).

Maior atleta medalhista olímpico do Brasil, Scheidt volta a disputar os Jogos na classe em que conquistou suas duas medalhas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004), depois de passagem pela Star.

“É um orgulho muito grande voltar a representar o Brasil numa Olimpíada, pelo momento que estou vivendo. Uma honra e uma grande oportunidade, ainda mais por disputar os Jogos no Rio, diante da família, dos amigos e da torcida brasileira. A competição com certeza terá uma energia positiva enorme, e espero retribuir dando o meu melhor”, afirmou o velejador.

Medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho, Fernanda Decnop é uma das atletas da nova geração da vela brasileira. No Rio, em 2016, ela será uma das velejadoras que tentará recolocar o Brasil no pódio após o terceiro lugar obtido por Fernanda Oliveira e Isabel Swan, na classe 470 feminina, em Pequim-2008.

“Foi um trabalho muito duro para obter esta vaga. Por ser uma Olimpíada em casa, fico ainda mais feliz. Agora é trabalhar para conseguir uma medalha, representar bem o meu país numa edição que será especial por ser no Rio, com família e amigos por perto. Vai ser uma experiência incrível”, disse a atleta.

Corrida olímpica
Para definir os representantes no Rio 2016, a CBVela adotou o critério de avaliação do desempenho nas principais competições nacionais e internacionais em 2013,2014 e 2015. Por meio de análises dos resultados, o CTV define o representante. Para fechar a Seleção Brasileira de Vela nos Jogos, faltam as classes 470 masculina, 49er e Nacra 17.

Nas duas primeiras, a vaga deve ser definida nas raias olímpicas, na Copa Brasil de Vela, em Niterói (RJ), em dezembro. Porém, existe a possibilidade de uma classificação antecipada. No Mundial de 470, em Haifa, em Israel, caso uma das duplas se posicione dentro do top 15 com o dobro mais um de posições à frente da outra, garante a vaga na Rio 2016.

A 49er segue o mesmo critério para o Mundial, mas com uma outra possibilidade de classificação antes da Copa Brasil de Vela. Caso uma das duplas chegue à frente no Sul-Americano e no Mundial, ambos disputados em Buenos Aires, na Argentina, em novembro, fica com a vaga nos Jogos.

A Nacra 17 terá como eventos finais o Sul-Americano, em dezembro, no Rio de Janeiro, e a Copa Brasil de Vela.

Fonte: CBVela
Ascom - Ministério do Esporte
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Marcus Vinícius D’Almeida encerra Copa do Mundo na 12ª posição na Polônia

(Worldarchery.org)(Worldarchery.org)
O Brasil se despediu da disputa individual da etapa de Wroclaw da Copa do Mundo de tiro com arco, na Polônia. O melhor resultado do país veio com Marcus Vinícius D’Almeida, atleta beneficiado com a Bolsa Pódio, do governo federal, no arco recurvo. O brasileiro chegou às oitavas de final da competição, sendo eliminado pelo norte-americano Zach Garrett por 6 x 2 e terminando na 12ª posição. Garrett está na final do torneio.
 
Antes de dar adeus ao torneio, Marcus Vinícius venceu dois confrontos eliminatórios. Pela segunda rodada, ele despachou o irlandês Michael Irwin por 6 x 2. Depois, ele superou o mexicano Juan Rene Serrano por 6 x 5, na flecha de desempate. O brasileiro conseguiu um 10, contra um sete do adversário.
 
Além dele, o Brasil também teve Bernardo Oliveira, Daniel Rezende e Lugui da Cruz na disputa. Os três são contemplados pelo programa Bolsa Atleta e foram eliminados ainda na primeira rodada. Bernardo foi superado pelo francês Pierre Plihon na flecha de desempate. Os dois atletas tiraram oito, mas o europeu ficou mais próximo do centro. Daniel perdeu para o suíço Adrian Faber
(7 x 3) e Lugui parou no espanhol Antonio Fernandez (7 x 3).
 
(Worldarchery.org)(Worldarchery.org)
 
Entre as mulheres, Sarah Nikitin, Marina Gobbi e Ane Marcelle dos Santos alcançaram a segunda rodada. Sarah venceu Larissa Rodrigues na primeira fase por 6 x 4 e depois perdeu para a japonesa Kato Ayano por 6 x 0. Marina fez 6 x 4 na finlandesa Heli Kukkohovi e depois parou diante da russa Ana Umer por 6 x 0. Já Ane Marcelle superou Jelena Kononova, da Letônia, por 6 x 0, e foi eliminada pela iraniana Melika Abdolkarimi por 6 x 0. As quatro brasileiras são Bolsa Atleta.
 
No arco composto, destaque para Marcelo Roriz Júnior. Ele alcançou a terceira rodada da fase eliminatória da Copa do Mundo. O atleta do Brasil venceu o polonês Marcin Affek (142 x 138) e caiu diante do norte-americano Steve Anderson por 144 x 141. Anderson só parou na semifinal e vai disputar o bronze na Polônia. Já Roberval dos Santos parou na segundada rodada, diante do colombiano Sebastian Arenas (143 x 142). Os dois também são contemplados pelo Bolsa Atleta.
 
Agora, o Brasil volta às atenções para disputa por equipes do arco recurvo. Marcus Vinícius, Daniel e Bernardo enfrentam a Rússia por uma vaga nas quartas de final. O duelo está marcado para esta sexta-feira (14.08).
 
Fonte: brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Natação alcança 88 medalhas e supera campanha da última edição do Parapan

(Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Jonne Roriz/MPIX/CPB)
 
 
A natação brasileira teve um dia especial nesta quinta-feira (13.08) no Parapan-Americanos de Toronto. A equipe somou mais 20 medalhas e chegou a 88 pódios, superando a campanha da edição anterior dos Jogos, em Guadalajara, no México. No total são 30 ouros, 24 pratas e 34 bronzes, contra 85 conquistas em 2011 (33 ouros, 23 pratas e 29 bronzes).
 
No penúltimo dia de disputas nas piscinas, o Brasil esteve em 17 finais, faturando seis ouros, quatro pratas e dez bronzes. Os nadadores brasileiros ainda quebraram três recordes da competição, com Andre Brasil, Maria Dayanne e Matheus Rheine. “O objetivo é, em todas as provas, independente da competição, melhorar muito o tempo. Eu vim pra cá com a ideia de baixar a marca que fiz no Mundial. Foi meu segundo melhor tempo na vida. A gente tem que analisar para ver como melhorar ainda mais, mas o ouro foi ótimo”, explicou Matheus.
 
(Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Jonne Roriz/MPIX/CPB)
 
Para completar, Carlos Farrenberg conquistou a medalha de número 200 do Brasil nos Jogos de Toronto ao vencer os 100m livre S13. O nadador, que teve uma intoxicação alimentar que o deixou de fora da final de ontem, comemorou bastante a conquista. “Não estou 100% ainda, mas valeu o esforço. Foi mais sofrido do que deveria”, disse o nadador, que espera estar recuperado para buscar mais uma medalha nesta sexta-feira (14.08) nos 100m borboleta S13.
 
Andre Brasil, que já havia conquistado dois ouros e uma prata antes das duas medalhas douradas de hoje, confessou que começou a sentir o cansaço da competição, mas nada que o impedisse a chegar em primeiro nos 100m costas S10 e baixar o recorde Parapan-Americano.
 
“Queria ter nadado um pouco melhor a prova, mas com esse tempo eu também teria sido campeão mundial. Não é minha melhor marca, mas aqui estão sendo muito mais provas. Estou cansado, feliz, contente. Falta mais um dia ainda”, disse o atleta que volta à piscina do Parapan Am Aquatics Centre para os 100m livre S10 e para o revezamento 4x100m medley 34 pontos.
 
(Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Jonne Roriz/MPIX/CPB)
 
Daniel Dias também somou dois ouros à sua coleção (que já contava quatro medalhas douradas) com as vitórias no 50m costa S5 e do revezamento 4x100m livre 34 pontos. “A estratégia aqui é de nadar bem as provas e estou conseguindo fazer e sair daqui com as conquistas”, explicou. Ele ainda disputará duas provas, os 200m medley S5 e o revezamento 4x100m medley 34 pontos.
 
(Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Jonne Roriz/MPIX/CPB)Confira as conquistas da equipe brasileira do dia:
 
Ouro
Camille Rodrigues – 100 costas S9 – 1min16s15
Andre Brasil – 100m costas S10 – 1min00s56 (recorde Parapan-americano)
Daniel Dias – 50m costas S5 – 35s97
Carlos Farrenberg – 100m livre S13 – 55s00
Matheus Rheine – 100m livre S11 – 59s85 (recorde Parapan-americano)
Andre Brasil, Daniel Dias, Phelipe Andrews e Ruiter Silva – Revezamento 4x100m livre masculinho 34 pontos – 3min58s53
 
Prata
Mariana Gesteira – 100m costas S10 – 1min14s24
Talisson Glock – 50m borboleta S6 – 33s10
Esthefany Rodrigues – 50m costas S5 – 1min00s58
Filipe de Abreu – 100m livre S12 – 59s91
 
Bronze
Rildene Firmino – 150m medley – 3min44s71
Caio Amorim – 100m livre S8 – 1min02s32
Cecília Araújo – 100m livre S8 – 1min11s80
Verônica Almeida – 50m borboleta S7 – 38s74
Letícia Ferreira – 50m costas S5 – 1min01s03
Ronystony Cordeiro – 150m medley SM4 – 3min03s63
Guilherme Batista – 100m livre S13 – 58s26
Alex Viana – 100m livre S11
Renato Nunes – 100m livre S12 – 1min03s13
Raquel Viel – 100m livre S12 – 1min09s28
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
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Balanço do Parapan: com 210 medalhas, desempenho já supera Guadalajara e o Rio

(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)
 
 
Boa parte das modalidades dão adeus a Toronto nesta sexta-feira (14), incluindo o atletismo e a natação, responsáveis pelo maior número de medalhas do país nos Jogos. Apenas futebol de 7, goalball e basquete terão as finais no sábado, dia da cerimônia de encerramento do torneio continental.
 
Líder absoluto do quadro geral, o Brasil fechou esta quinta-feira com 210 medalhas: 86 de ouro, 60 de prata e 64 de bronze. O número já supera o desempenho do Brasil no Parapan de quatro anos atrás, em Guadalajara. Nos Jogos do México, o Brasil somou 197 medalhas, com 81 ouros, 61 pratas e 55 bronzes.
 
A campanha se aproxima, também, da melhor marca quantitativa brasileira, obtida no Rio de Janeiro, no Pan de 2007. Lá, foram 228 medalhas, com 83 ouros, 68 pratas e 77 bronzes. Em medalhas de ouro, Toronto já representa o mais superlativo resultado brasileiro na história. 
 
 
Tênis de mesa
Os mesatenistas brasileiros atingiram em Toronto a melhor campanha da história de um país em edições dos Jogos Parapan-Americanos. Nesta quinta, último dia da modalidade, foram mais três ouros e uma prata e, assim, o Brasil terminou na liderança do quadro de medalhas da modalidade com um total de 31, sendo 15 de ouro, 10 de prata e seis de bronze. Os dez brasileiros medalhistas de ouro no individual garantiram vagas para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. » Leia a matéria
 
Judô
Quatro judocas brasileiros conquistaram medalhas no segundo dia da modalidade em Toronto. Abner Nascimento foi campeão da categoria -73kg ao vencer o argentino Fabián Ramírez por ippon na decisão. Já Harlley Pereira faturou o bronze na -81kg, derrotando o rival norte-americano Adnan Gutic por ippon com apenas 11 segundos de luta. Lúcia Teixeira (-57kg) e Victória Santos (-63kg) ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, mas as medalhas dessas categorias não contaram para o quadro geral do Parapan por não terem o número mínimo de atletas inscritas.
 
(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)
 
Futebol de 7
A seleção brasileira de futebol de 7 segue invencível nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Nesta quinta, foi a vez de os norte-americanos sofrerem uma goleada do Brasil, por 6 x 0. Com 28 gols marcados e nenhum sofrido até o momento, o país fará a grande final no sábado (15) contra a Argentina, às 12h (de Brasília). » Leia a matéria
 
Futebol de 5
O Brasil continua soberano na modalidade que já lhe rendeu três títulos em Jogos Paralímpicos. Nesta quinta, a seleção derrotou o México por 4 x 0 e garantiu a vaga na decisão desta sexta, às 19h (de Brasília), contra os rivais argentinos. A disputa do bronze será entre colombianos e mexicanos. 
 
Atletismo
Mais 14 medalhas para o Brasil foram conquistadas no atletismo nesta quinta, sendo quatro de ouro, seis de prata e quatro de bronze. Seis dos pódios foram faturados em provas de campo. Agora o país já tem 62 medalhas na modalidade, que segue em disputa nesta sexta-feira. » Leia a matéria
 
(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)
 
Natação
Os atletas ainda cairão na piscina nesta sexta-feira, mas, com os resultados de hoje, o Brasil já ultrapassou a campanha de Guadalajara-2011. Agora são 88 medalhas, sendo 30 de ouro, 24 de prata e 34 de bronze, contra as 85 conquistadas há quatro anos, no México. Nesta quinta-feira, os nadadores brasileiros disputaram 17 finais e subiram ao pódio 20 vezes. » Leia a matéria
 
Ciclismo de estrada
Lauro Chaman conquistou a terceira medalha em Toronto. Nesta quinta, o atleta ficou com o ouro na prova mista de contrarrelógio classe C1-5 do ciclismo de estrada. Também na disputa, o brasileiro Soelito Gohr terminou com a 12ª colocação.
 
Tênis em cadeira de rodas
As primeiras medalhas da modalidade para o Brasil chegaram nesta quinta-feira com as duplas. Na final feminina, ouro para Natália Mayara e Rejane Cândida, que derrotaram as atletas da Colômbia por 2 sets a 1 (2/6, 6/2 e 8/10). Na decisão masculina, Carlos Santos, o Jordan, e Daniel Rodrigues ficaram com a prata depois de perderem para a Argentina por 2 sets a 0 (6/2 e 6/2).
 
(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)
 
Vôlei sentado
Nas semifinais do vôlei sentado, o Brasil venceu tanto no feminino quanto no masculino. Os homens bateram a seleção da Colômbia por 3 sets a 0, com parciais de 25/9, 25/18 e 25/12, enquanto as mulheres derrotaram as canadenses, também por 3 sets a 0 (25/20, 25/11 e 25/12). Nesta sexta-feira, a partir das 18h (de Brasília), as duas equipes buscarão a medalha de ouro contra os times masculino e feminino dos Estados Unidos.
 
Basquete em cadeira de rodas
A seleção feminina do Brasil foi derrotada pela norte-americana na noite desta quinta por 80 x 32, em partida válida pela semifinal da competição. Assim, as brasileiras vão brigar pelo bronze com a Argentina, nesta sexta, às 17h30. Antes disso, o masculino também entra em ação, na semifinal, contra o Canadá, às 13h45 (de Brasília).
 
Rúgbi em cadeira de rodas
A seleção do Brasil foi derrotada pelo Canadá nesta quinta por 62 x 38. Assim, o país perdeu a chance de disputar a final da modalidade no Parapan e vai em busca do bronze nesta sexta, às 19h30 (horário de Brasília), contra a Colômbia. Os Estados Unidos brigam pelo título com os donos da casa.
 
Fonte: brasil2016.gov.br
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Uma difícil decisão de Daniel Rodrigues o levou ao pódio no tênis em cadeira de rodas

 
A medalha de prata conquistada por Daniel Rodrigues ao lado de Carlos Jordan no Parapan de Toronto simbolizou a confirmação do acerto de uma difícil decisão tomada pelo atleta em setembro de 2013, numa cirurgia para amputação da perna direita. Na disputa contra a Argentina na final de duplas, o Brasil ficou com a prata. Foram dois sets a zero, parciais de 6/2 e 6/2, ao lado do experiente Carlos “Jordan”. Na dupla feminina, Natália Mayara e Rejane Cândida venceram a Colômbia por 2 sets a 1 (6/2, 2/6 e 10/8) e levaram o ouro.
 
“O resultado está aí. Dois anos depois ganho a minha primeira medalha em Jogos Parapan-americanos. Tenho nove anos de tênis, joguei em Guadalajara e perdi na primeira rodada. Hoje, para mim, essa prata tem gosto especial”, afirma Rodrigues, eleito o melhor do ano no Prêmio Brasil Paralímpico em 2014.
 
Daniel nasceu com má formação na perna direita – 20cm menor que a esquerda, e decidiu amputá-la em 2013 em função de problemas decorrentes de uma das diversas cirurgias que fez para tentar reverter a o quadro. “Fiz várias operações tentando alongar a perna, mas não tive sucesso. Inclusive deu um erro médico em uma delas e perdi a movimentação do joelho. Fiquei com a perna dura”, conta. Com isso, o atleta, que já usava muletas, passou a ter ainda mais dificuldades para caminhar.
 
(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)
 
“Eu já estava no tênis em cadeira de rodas. Deixava as muletas e ia para a quadra com a perna esticada. Quando comecei a viajar para fora do país para competir, comecei a ver pessoas andando com próteses e elas me incentivavam a amputar para ser mais independente”, relata o tenista. “Deixei os anos passarem até conseguir uma vaga no Hospital Sarah, em Brasília. Na época, tentaram uma órtese para que eu andasse com uma muleta só e tivesse um braço independente. Não funcionou”, conta Daniel, convencido pelo médico do hospital a colocar o nome na lista de espera para a cirurgia.
 
Em setembro de 2013, o atleta viajou aos Estados Unidos para um torneio. Na volta, descobriu em uma consulta de rotina que a cirurgia seria três dias depois. “Eu falei: ‘O quê? Como assim? Mas vamos lá. Estou pronto. Estou preparado’”, relata. 
 
Hoje, não tem dúvidas sobre o acerto. "Se pudesse teria tomado a decisão quando era criança e teria evitado todas as dores do caminho. Em 19 de setembro fiz a cirurgia. Em novembro comecei a andar com a prótese”. Em seguida, veio a readaptação às quadras. “Foi estranho porque a cadeira era adaptada, feita sob medida para a minha perna. Com a nova, tive de me readaptar”, explica. 
 
(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)Da peteca ao pódio
Daniel sempre se dedicou aos esportes. Ainda pequeno jogou futebol, futsal, handebol e peteca com os amigos em Belo Horizonte. “Comecei jogando com pessoas sem deficiência e nunca me trataram diferente. Eu era ligeiro. Perto de casa jogava muito com os amigos. Aí entrei num torneio no colégio aos 19 anos. Dominei na peteca. Aí meu professor na época chamou todo mundo pra ver eu jogando pois ele ficou surpreso e perguntava: ‘como alguém joga peteca com uma muleta?’”, conta Rodrigues, que foi ajudado pelo professor, que o indicou à ONG Tênis Para Todos, onde deu inicio à carreira.
 
“Pensei que era algo de gente rica e que não ia conseguir. É um esporte caro. A raquete, o material, a cadeira. Até hoje não consigo bancar tudo o que gasto e preciso de apoio, como a Bolsa-Atleta, que é um ganho extra. É importante porque dedico minha vida ao tênis”, conta o atleta, que no início teve de se ajustar à cadeira de rodas.
 
"Tocar a cadeira, acertar a bola e girar ao mesmo tempo era complicado”, lembra Daniel, que pegava três ônibus para treinar uma vez por semana. “Quando joguei o primeiro torneio, tomei gosto e comecei a treinar duas vezes”, afirma o atleta, que hoje não precisa mais se desdobrar em tantas conduções e pratica todos os dias, em dois turnos . 
 
A modalidade
O tênis em cadeira de rodas tem praticamente as mesmas regras do tênis convencional, com exceção da possibilidade de a bola quicar até duas vezes na quadra antes da rebatida. As cadeiras utilizadas são esportivas, com rodas adaptadas para melhor equilíbrio e mobilidade. Não há diferença em relação às raquetes e às bolas. Para disputar, o único requisito é que o atleta tenha sido medicamente diagnosticado com deficiência relacionada à locomoção. Para isso, é necessário ter total ou substancial perda funcional de pelo menos uma das duas pernas. 
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Leonardo Dalla, de Toronto (Canadá)
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Provas de campo são destaque no penúltimo dia do atletismo em Toronto

A equipe brasileira de atletismo faturou 14 medalhas (quatro de ouro, seis de prata e quatro de bronze) no sexto dia de competições dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. A equipe nacional brilhou sobretudo nas provas de campo nesta quinta-feira (13.08). Seis das 14 medalhas vieram em disputas fora das pistas de York.
 
Três dos quatro ouros vieram nas provas de campo: João Vitor Teixeira, da classe F37, venceu o arremesso de peso. Mesmo caso de Thiago Paulino, que conquistou a prova na classe F57. Por fim, Claudiney Batista venceu no lançamento de dardo da classe F34/57.
 
(Washington Alves/MPIX/CPB)(Washington Alves/MPIX/CPB)
 
O outro ouro veio de Verônica Hipólito. A velocista, que já havia levado os 100m da classe T38, faturou também os 200m. Ela soma agora três medalhas, depois também do vice-campeonato no salto em distância, e comemorou a dobradinha com Jenifer Santos.
 
"Mais uma das muitas dobradinhas que ainda vão ter. Eu e a Jenifer estamos nos esforçando muito e estamos mostrando só um pouquinho do Brasil aqui!", disse Verônica, de apenas 19 anos, e que ainda competirá nos 400m nesta sexta-feira (14).
 
Medalhas do dia:
Ouro
João Vitor Teixeira – arremesso de peso – F37
Thiago Paulino – arremesso de peso – F57
Verônica Hipólito – 200m – T38
Claudiney Batista – lançamento de dardo – F34/57
 
Prata 
Felipe Gomes – 200m – T11
Flavio Reitz – Salto em altura – T42/44/47
Renata Teixeira – 1.500m – T11
Jenifer Santos – 200m – T38
Teresinha de Jesus – 200m – T47
Izabela Campos – arremesso de peso – F11/12
 
Bronze
Daniel Mendes – 200m – T11
Edson Pinheiro – 200m – T38
Claudiney Batista – arremesso de peso – F57
Sheila Finder – 200m – T47
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
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Em seminário organizado pelos Tribunais de Conta, ministro defende nacionalização do legado olímpico

(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
Os desafios e o legado dos Jogos Olímpicos foram tema de seminário organizado nesta quinta-feira (13.08), no Rio de Janeiro, pelos Tribunais de Contas do Município (TCM), do Estado do Rio (TCE-RJ) e da União (TCU), com a presença de representantes das três esferas de governo e do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. O ministro do Esporte, George Hilton, destacou a nacionalização do legado do megaevento de uma forma organizada, por meio do Sistema Nacional do Esporte.
 
“A cidade do Rio é a grande protagonista, mas estamos trabalhando para que as Olimpíadas sejam de todo o país. Queremos projetar o esporte olímpico e paralímpico através de investimentos públicos e privados. O ministério do Esporte está desenvolvendo um trabalho para ter um sistema nacional que defina exatamente o papel dos entes hoje, antes dos Jogos, durante os Jogos e após os Jogos”, disse Hilton.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Segundo o ministro, entidades privadas como o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) são parceiras fundamentais na consolidação desse sistema. George Hilton explicou que grupos interministeriais trabalham para a elaboração de uma Lei de Diretrizes e Bases do Esporte.
 
“Precisamos de uma ação de governo para entregar equipamentos em todo o país e para permitir não só o treinamento dos atletas, mas também a iniciação esportiva”, explicou.
 
Fiscalização
O presidente do TCU, Aroldo Cedraz, ressaltou o desafio que cabe aos tribunais a supervisão constante das obras olímpicas, sempre buscando a economia do dinheiro público.
 
“É nosso compromisso ver todos os órgãos trabalhando em conjunto para ter, ao final, à disposição da sociedade brasileira, obras de qualidade e com a melhor relação custo-benefício. Temos que ser parceiros e ampliar a vigilância desse complexo processo para ver eventuais falhas e determinar correção de rumos visando sempre à otimização dos gastos estatais”, disse Cedraz.
 
Além das instalações esportivas
O governador do estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, deu destaque ao legado de mobilidade urbana que será deixado pelos Jogos Rio 2016.  “Os BRTs  são cases de sucesso. Estamos renovamos toda a frota de trens e estamos reformando seis estações ferroviárias para os Jogos. No metrô, compramos 49 trens e  a Linha 4, que estará em funcionamento para os Jogos (Ipanema-Barra da Tijuca), está com a obra adiantada em 40 dias. A mobilidade é um dos maiores legados das Olimpíadas”, disse.
 
Ao abordar o legado ambiental, Pezão informou que a taxa de tratamento de esgoto da Baía de Guanabara passou de 11% em 2007 para 51% em 2015. “Lançamos o Observatório da Baía de Guanabara, junto com universidades públicas, a Marinha e outros órgãos que já fazem o monitoramento das águas. Já temos novos ecobarcos, teremos novas ecobarreiras. Segundo os especialistas – e as universidades podem confirmar isso -  o  Cinturão da Marina da Glória, que entregaremos até o fim do ano, e a Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR) de Irajá devem impactar em cerca de 10 a 15% a mais na despoluição na Baía”, disse.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Visto para norte-americanos
O ministro do Turismo, Henrique Alves, deu detalhes da proposta de dispensa unilateral de vistos para turistas dos Estados Unidos. Segundo ele, seria uma permissão em caráter excepcional, válida entre janeiro e outubro de 2016. Para o Brasil, as vantagens seriam ganhos turísticos e econômicos.
 
“Os Estado Unidos são o segundo maior mercado emissor de turistas para o Brasil e o país que mais gasta e permanece no país a lazer. A medida pode injetar até US$ 1,7 bilhão a mais na economia brasileira”, explicou. 
 
A proposta deve ser incluída em emenda a uma medida provisória. O texto tratará da permissão aos Ministérios da Justiça, do Turismo e das Relações Exteriores  para assinarem, em conjunto, uma portaria que determine a dispensa provisória do visto aos norte-americanos.
 
O ministro informou ainda que serão capacitados cerca de 10 mil profissionais ligados ao setor de turismo no Rio e nas cinco cidades do futebol.
 
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, também participaram do seminário.
 
Brasil2016
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Tênis de mesa encerra participação no Parapan com melhor campanha da história

(Leandra Benjamim/MPIX/CPB)(Leandra Benjamim/MPIX/CPB)
 
Em uma campanha histórica, a melhor já alcançada por um país em edições dos Jogos Parapan-Americanos, o Brasil faturou 31 medalhas no tênis de mesa em Toronto. Foram 15 ouros, 10 pratas e seis bronzes para colocar a delegação na liderança do quadro da modalidade. A bandeira verde e amarela e o Hino Nacional foram presença garantida até o último dia das disputas no Centro Markham. Nesta quinta-feira (13.08), os mesatenistas brasileiros levaram três ouros e uma prata.
 
(Leandra Benjamim/MPix/CPB)(Leandra Benjamim/MPix/CPB)
 
Foi por pouco que Maria Luiza Passos, de 64 anos, não realizou o grande sonho. A prata, conquistada ao lado de Joyce Oliveira na disputa por equipes da classe 4/5, foi o sétimo pódio da mesatenista em edições do Parapan: três pratas e três bronzes somando as participações em Santo Domingo-2003, Rio-2007 e Guadalajara-2011. Na final desta quinta, contra as mexicanas Maria Paredes e Martha Verdin, as brasileiras foram derrotadas por 2 x 1. “A Joyce mora em Brasília e eu, em Curitiba. Então cada uma treinou na sua cidade. Só nós encontramos e treinamos aqui”, afirma Maria Luiza.
 
Sem se preocupar com a idade, ela avisa: não pretende parar tão cedo. “Vou continuar treinando e viajando. Não vou parar, até porque tenho uma neta de 14 anos que é classe 10, porque nasceu com má formação no braço, e ela já está jogando. Quero dar esse apoio para ela”, conta a avó mesatenista.
 
Parceira de Maria Luiza, Joyce teve um grande obstáculo no Parapan. “Eu tenho uma haste na coluna, e um parafuso está fora do lugar. Tenho que fazer uma cirurgia, estou sentindo essa dor há quatro meses. Nos Abertos da Eslovênia e da Eslováquia (em maio), nem consegui jogar de dor. Fiquei dois meses parada e treinei só um mês para estar aqui”, diz a jovem de 25 anos, que chegou a adiar o procedimento para competir no Canadá e carimbar a vaga para os Jogos de 2016. “A gente queria o ouro (na equipe), mas eu nem esperava chegar à final porque estou com muita dor”, admite. 
 
O esforço foi recompensado com o ouro no individual na última segunda-feira (10) e a garantia de estar no Rio de Janeiro no ano que vem. “Na minha classe vão 12 atletas, e estou em nono no ranking mundial. Estava ‘na trave’ e poderia ser passada por qualquer bobeira. Então o objetivo era ganhar aqui para fazer a cirurgia e voltar em janeiro com tudo perfeito e treinando firme”, adianta a atleta, que tem uma das histórias mais impressionantes da delegação brasileira.
 
Em 2002, Joyce estava em um ponto de ônibus quando a estrutura desabou sobre ela, deixando a jovem paraplégica. “Pensei em desistir de tudo, tinha vergonha de sair de casa. Quando conheci o esporte, em 2005, vi que não era a única deficiente”, recorda a paulista, que entrou no tênis de mesa depois de usar o esporte como reabilitação durante o tratamento em Brasília. A jogadora deixa as mesas de Toronto sem ser perder sequer um set nas partidas individuais.
 
(Leandra Benjamim/MPix/CPB)(Leandra Benjamim/MPix/CPB)
 
Festa em família
Luiz Filipe Manara e Paulo Salmin também garantiram a participação nos Jogos Paralímpicos de 2016. Na final por equipes da classe 6/8, os brasileiros venceram os canadenses Ian Kent e Masoud Mojtahed por 2 x 0 após uma disputa eletrizante. “Foi muito emocionante. A gente sabia que enfrentar o Canadá seria nosso principal desafio, mas a gente queria ter essa emoção do jogo disputado e com torcida. Isso valorizou o espetáculo e a nossa medalha de ouro”, avalia Manara, que contou com apoio especial nas arquibancadas.
 
A mãe, Eliana, o pai, Luiz Carlos, e o irmão, Luiz Carlos Júnior, viajaram pela primeira vez ao exterior para acompanhar uma competição de Luiz Filipe. “Meu pai tem um jeito peculiar de torcer porque sempre grita muito. A família dá uma força diferente, ajudou bastante”, diverte-se o jogador. “Passamos por muitas dificuldades por causa da deficiência, então as duas medalhas de ouro são para eles”, acrescenta o jovem de 23 anos, que também foi campeão individual.
 
Emocionado, o pai Luiz Carlos já estava praticamente sem voz ao fim da manhã. “Eu acompanho desde o começo e incentivei bastante para chegar até aqui. Com um puxando e outro colaborando na mesa, a gente faz uma torcida bem maior”, comenta. “Onde vamos, deixamos a nossa marca e, graças a Deus, ele deixa a dele, sempre com a medalha de ouro no peito”, elogia. Abraçada ao filho, Eliana ainda respirava com certo alívio. “Eu só não infartei porque não tenho problema de coração”, brincou.
 
(Leandra Benjamim/MPix/CPB)(Leandra Benjamim/MPix/CPB)
 
Próximas metas
Também com dois ouros e a vaga paralímpica, Paulo Salmin acredita que a seleção brasileira chegará ainda mais forte aos Jogos do Rio. “A gente vem em uma evolução mês após mês e, chegando em casa, já vamos traçar metas para o melhor chaveamento em 2016”, explica.
 
As outras medalhas de ouro desta quinta foram conquistadas por Claudio Massad e Carlos Carbinatti, que derrotaram os norte-americanos Lim Ming Chui e Tahl Leibovitz por 2 x 0 na final da classe 9/10, e por David Andrade e Welder Knaf, que venceram os mexicanos Jesus Sanchez e Jesus Salgueiro, também por 2 x 0. “O sentimento é de missão cumprida. Trabalhamos duro para isso, então merecemos viver esse momento”, resume Massad. “Quando tem investimento nas modalidades e um trabalho bem feito, o resultado é esse”, aponta o atleta.
 
Em 2013, um convênio firmado entre a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e o Ministério do Esporte, no valor de R$ 2,3 milhões, permitiu a estruturação de dois centros de treinamento paralímpicos para a modalidade. O local destinado a atletas cadeirantes fica em Brasília (DF), enquanto o de andantes é em Piracicaba (SP). Além disso, os recursos permitiram a aquisição de equipamentos de ponta e a formação de uma equipe multidisciplinar.
 
A modalidade conta ainda com 110 contemplados atualmente pela Bolsa-Atleta (investimento de R$ 1,8 milhão), segundo a lista de 2015, e com cinco pela Bolsa Pódio (R$ 816 mil). “O Ministério do Esporte sempre acreditou no tênis de mesa, tanto olímpico quanto paralímpico, e está nos dando condições ideais de trabalho”, afirma o presidente da CBTM, Alaor Azevedo, radiante com as conquistas no Canadá.
 
“Nós estabelecemos uma meta de 15 medalhas de ouro e conseguimos exatamente isso. E isso com uma renovação importante, já que mais de 50% da equipe não estava em Guadalajara. É um resultado que nos anima muito para futuros títulos. A campanha foi irretocável”, define. Para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, a meta brasileira é conquistar ao menos três medalhas.
 
O tênis de mesa brasileiro deixa Toronto superando a marca das 27 medalhas de Santo Domingo, em 2003, e com vagas garantidas em 2016 para os dez brasileiros medalhistas de ouro individuais. Outras vagas podem ser conquistadas por meio do ranking mundial. A equipe participa em setembro de um treinamento na Inglaterra antes de disputar o Aberto da República Tcheca.
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Ana Cláudia Felizola, de Toronto – brasil2016.gov.br
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Em nova categoria, Antônio Tenório busca mais uma medalha para a coleção

Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.brFoto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br

Aos 45 anos, o paulista Antônio Tenório segue como o grande adversário a ser batido nas competições do judô. A fama não é obra do acaso, mas construída por uma sequência invejável de títulos: são quatro medalhas de ouro (Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008) e uma de bronze (Londres-2012) em edições dos Jogos Paralímpicos. Em Parapans, o brasileiro foi campeão no Rio de Janeiro, em 2007, e vice em Guadalajara, em 2011. Instalado na Vila dos Atletas, onde segue seus treinamentos até o dia da competição em Toronto, na próxima sexta-feira (14.08), o judoca adotou uma nova estratégia com foco nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

“Desci da categoria 100kg para a 90kg porque meus adversários eram muito altos, então eu já não conseguia mais desenvolver um bom judô”, explica Tenório, que tem 1,85m de altura. Com a dieta feita e a preparação intensa de treinamentos, o atleta espera disputar no Rio de Janeiro a sua última Paralimpíada, antes de começar a dizer adeus aos tatames, onde já está há quase quatro décadas. “Eu sou da época em que não existia dinheiro, nada. Estou há 36 anos praticando o judô e ele é a minha vida”, resume o lutador, que é contemplado com a Bolsa Pódio do governo federal.

O judô paralímpico é praticado por atletas cegos e, assim como em sua versão convencional, os lutadores são divididos em categorias de pesos e têm cinco minutos para fechar uma luta. A principal diferença é que, na modalidade adaptada, os judocas já iniciam o confronto segurando o quimono do rival. A luta é interrompida quando o contato é perdido. “Eu achava que era brincadeira que tinha esporte para deficientes”, conta Tenório, em entrevista concedida ao brasil2016.gov.br na Vila dos Atletas.

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Toronto e troca de categoria
Minha expectativa é fazer uma boa competição. Estou trocando de categoria, saindo da 100kg e descendo para a 90kg, então ainda estou me adaptando para ter um bom desempenho na Paralimpíada em 2016, no Rio de Janeiro. Se eu estiver em cima do pódio, vai ser uma boa colocação para mim. A categoria (100kg) tinha pessoas muito altas, eu era o mais baixo, então já não conseguia mais desenvolver um bom judô. Descendo de categoria, os meus adversários têm a mesma estatura que eu.

Nível do judô paralímpico
O nível sempre foi muito elevado dentro de uma Paralimpíada. Nossos adversários do masculino sempre são muito fortes. Acho que está aumentando a quantidade de pessoas que estão saindo do judô regular, que descobrem que têm uma deficiência visual, e migram para o desporto paralímpico.

Treinamento e apoio
Em fase de competição, treino seis horas por dia, em três períodos. É bem pesado, mas o judô está no sangue. Eu sou da época em que não existia dinheiro, nada. Estou há 36 anos praticando o judô e ele é a minha vida. O dinheiro que há hoje, com apoio do governo federal, traz uma tranquilidade muito maior para o atleta desenvolver a sua modalidade e focar só nos treinamentos, com uma equipe multidisciplinar e podendo comprar seus suplementos e viajar.

Rivalidade
A gente sempre pensa no Rio 2016, mas nós ainda temos que fazer a lição de casa, que é ganhar dentro da nossa própria casa, na seletiva. Em nível internacional, aqui no Canadá teremos os Estados Unidos, Cuba, Argentina e o próprio canadense, que é muito forte. Todos os atletas são grandes rivais e a gente não pode subestimar alguém dizendo que o país dele não tem um judô desenvolvido. Luta é luta, é uma de cada vez.

Rio 2016
Vamos competir dentro de casa e o governo federal está voltado para essa realidade do desporto olímpico e paralímpico. Nós nunca tivemos tanta ajuda. Então, queremos fazer bonito para esse apoio continuar e a gente deixar um grande legado no Rio de Janeiro, que são as medalhas e as obras que estão sendo feitas.

Mudança cultural
Quando as pessoas assistem a gente na televisão, começam a perceber que são capazes de fazer uma rampa em um lugar que não existia, um elevador para um cadeirante... Então hoje transmitimos uma outra realidade para o Brasil.

Início no judô
Comecei por influência do meu pai, aos 7 anos. Fiquei deficiente visual aos 13 anos, da vista esquerda. Perdi o primeiro olho com uma mamonada, brincando de estilingue. A minha segunda vista eu acabei perdendo aos 19 anos, trabalhando em uma empresa. Foram dois acidentes. Em 1993, ainda competia no judô regular. Fiquei deficiente visual em 1990 e só conheci o judô paralímpico três anos depois, quando um professor me viu competindo em um Campeonato Paulista e me convidou a integrar a Seleção Brasileira naquela época. Em um primeiro momento, achava que era brincadeira que tinha esporte para deficientes. Guardei o cartão dele por uma semana e depois fui visitar. Lá encontrei mais atletas com o mesmo problema que eu tinha.

Futuro
Estou com 45 anos e vou chegar na Paralimpíada de 2016 com quase 46. Espero que eu possa representar bem o meu país. Depois de 2016, vou colocando o pé no freio. Não vou chegar até Tóquio (2020), mas pretendo parar devagar. Estou focado também nos meus estudos.

Ana Cláudia Felizola, de Toronto – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Futebol de sete ensaia para "último ato paralímpico" no topo do pódio

 
 
Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro já teriam, por definição, uma projeção decisiva nas carreiras dos atletas brasileiros do futebol de sete. Mas há uma chance de que o torneio no Brasil tenha um ingrediente adicional, um tom de "último ato paralímpico" da modalidade. Com o número de países praticantes concentrado na Europa e no continente americano, o esporte está virtualmente cortado do programa de 2020, em Tóquio, no Japão. E, se nada ocorrer de diferente no plano político e de popularização, pode não estar também nas edições seguintes.
 
"Ao que sabemos, não há condições de reverter em relação ao Japão, para 2020. Estamos focados no Rio. Nosso objetivo é 2016, mas não é porque não vai ter no Japão que o futebol de sete vai acabar. Já se pensa, por exemplo, em um campeonato nos moldes paralímpicos durante a própria Olimpíada do Japão, mas em outra cidade", afirmou Paulo Cabral, técnico da equipe brasileira.
 
(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)
 
"Foi uma notícia que nos pegou um pouco de surpresa. A questão é que o futebol de sete teria de ter presença forte nos cinco continentes. Hoje temos mais de 30 países praticando, mas em algumas regiões, como o continente africano e o sudeste asiático, não há número suficiente nem campeonatos interno, mas estamos trabalhando forte para que em 2024 retorne ao programa", afirmou Hélio dos Santos, coordenador da Seleção Brasileira de Futebol de Sete no Parapan de Toronto.
 
De acordo com Hélio dos Santos, as ideias na mesa são fomentar o esporte nos locais onde é incipiente e realizar mini-torneios com grandes forças do esporte, como Brasil, Ucrânia e Rússia. "É um trabalho conjunto com a Federação Internacional e os países de mais tradição, até porque sair do programa paralímpico repercute no apoio de empresas e de patrocinadores", disse. Segundo Hélio, no Brasil, a modalidade praticada por atletas com paralisia cerebral reúne, em torneios nacionais, representantes de até 16 estados.
 
(Daniel Zappe/MPIX/CPB)(Daniel Zappe/MPIX/CPB)Intensamente no Rio
Entre os atletas, o efeito é de ampliar ainda mais a dimensão das Paralimpíadas brasileiras. "Independentemente de 2020, o sonho de todos é ganhar em casa. Temos de deixar um pouco de lado essa questão de 2020 e viver 2016 intensamente, que é o mais importante", afirmou Jan, meio-campista da equipe no Parapan de Toronto.
 
"Já tínhamos a responsabilidade de fazer uma bonita Paralimpíada. Sabendo que provavelmente vamos ficar fora em 2020, aumenta ainda mais a vontade de terminar esse ciclo com um ouro", disse Wanderson, eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, em 2009 e em 2013. "Como amante da modalidade, vou sempre acreditar que vai ser possível essa volta", disse.
 
Coordenador de classificação do Comitê Paralímpico Brasileiro, Claudio Diehl Nogueira explica que a Federação Internacional está trabalhando para atender as demandas do Comitê Paralímpico Internacional. "A princípio, para 2020 a decisão está tomada mesmo, mas estamos encaminhados para reverter em 2024".
 
No Canadá, o país vem confirmando a disparidade técnica em relação ao adversários. Em quatro jogos no campo montado na Universidade de Toronto, foram 28 gols marcados e nenhum sofrido. Nesta quinta-feira, no último duelo da fase de classificação, o Brasil aplicou 6 x 0 nos Estados Unidos, com gols de Maycon (2), Wanderson (2), Gabriell e Jonatas. A final será no próximo sábado, a partir das 12h, contra a Argentina. Na primeira fase, o Brasil venceu os adversários sul-americanos por 7 x 0.
 
"Ganhamos bem na primeira fase, mas agora é outra história. Eles estavam desfalcados e agora vêm completos. Vamos entrar com atenção para ir em busca desse ouro", afirmou Wanderson.
 
"A gente sempre entra pensando na vitória e temos totais condições de levarmos o ouro. Mas se você é surpreendido no campo e acontece de a bola não entrar muitas vezes, como aconteceu em alguns instantes hoje diante dos Estados Unidos, as coisas complicam. Então vamos estudar direitinho como temos de entrar, tentar decidir logo no início e depois controlar o jogo, disse o treinador Paulo Cabral.
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Gustavo Cunha - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
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Ministro George Hilton participa de evento sobre o revezamento da tocha olímpica em Goiânia nesta sexta (14)

O ministro do Esporte, George Hilton, participa, nesta sexta-feira (14.08), em Goiânia, de um evento interministerial que marcará o início da preparação do estado de Goiás para o revezamento da tocha olímpica.

O revezamento da tocha olímpica, um dos símbolos máximos dos Jogos, terá início, no Brasil, no dia 3 de maio de 2016, em Brasília. Antes de chegar ao Rio de Janeiro para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em 5 de agosto, a chama olímpica percorrerá cerca de 500 municípios do país, dos 26 estados da federação, além do Distrito Federal.

Esse revezamento exige uma enorme logística em sua preparação envolvendo várias questões, entre outras, de segurança e de promoções turísticas e culturais com os municípios. A série de reuniões para a organização do revezamento da tocha olímpica teve início no dia 7 de agosto, em Aracaju e, nesta sexta-feira será a vez de Goiânia iniciar sua preparação.

O evento na capital de Goiás terá início às 9h30, com uma visita do ministro George Hilton e demais autoridades ao Centro de Treinamento de Luta Olímpica e Centro Paralímpico, localizado na Universidade Federal de Goiás.

Às 11h as autoridades participam da cerimônia de abertura do evento “Revezamento da Tocha Olímpica”, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira – Auditório Governador Mauro Góis. Além do ministro do Esporte, participam do evento o governador de Goiás, Marconi Perillo; o vice-governador de Goiás, José Helio de Souza; o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, Hélio de Souza; a secretária de Educação, Cultura e Esporte do Estado de Goiás, Raquel Teixeira; e o secretário geral da Presidência da República, José Claudenor, entre outras autoridades.

» Serviço
Reunião de Trabalho – Revezamento da Tocha Olímpica
Data: 14 de agosto de 2015
Cidade: Goiânia
Eventos:
» 9h30 – visita ao Centro de Treinamento de Luta Olímpica e Centro Paralímpico
Local: Universidade Federal de Goiás
» 11h – abertura do evento “Revezamento da Tocha Olímpica”
Local: Palácio Pedro Ludovico Teixeira – Auditório Governador Mauro Góis
 
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Rúgbi em cadeira de rodas brasileiro mostra evolução e vai atrás de resultado inédito

(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)
 
 
Debutante em Jogos Parapan-Americanos e um dos esportes favoritos dos donos da casa, o Brasil terá de superar a pressão da torcida para desbancar o Canadá na semifinal do rúgbi em cadeira de rodas. O confronto será nesta quinta-feira (13.08) às 18h45 (de Brasília). Na fase de classificação, em que todas as equipes jogam entre si, os canadenses levaram a melhor e fizeram 65 x 32. A outra disputa pela vaga na decisão será entre Estados Unidos e Colômbia.
 
(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)
 
Para o treinador Luiz Gustavo Pena, o principal objetivo é manter a terceira posição continental, conquistada nas últimas edições da Copa América. Ele sabe que a equipe ainda está a uma distância grande de canadenses, inventores da modalidade, e Estados Unidos, mas já vê este caminho encurtar. “Fizemos um primeiro período muito bom contra os EUA e a gente quer cada vez mais competir de igual para igual, visando 2016, onde as melhores equipes do mundo estarão presentes”.
 
Com um sistema implantado por um treinador canadense, que ficou entre 2013 e 2014 auxiliando a equipe, Luiz Gustavo percebe uma padronização e um fortalecimento do time. “Além dos resultados em quadra, a gente conseguiu melhorar a nossa organização. Temos um grupo forte, não dependemos apenas dos quatro jogadores em quadra, as substituições acontecem a todo o momento e toda hora alguém pode entrar e decidir a partida”. Agora, ele quer que a equipe ganhe mais rodagem. “Hoje, o que nos separa das grandes potências, dentre outras coisas, é a experiência de jogo. A gente tenta jogar o máximo de torneios possíveis para ir aprendendo e desenvolvendo”. 
 
Para Davi Abreu, é importante a maior competitividade continental para a modalidade se desenvolver. "A gente vem conquistando um pouco mais de respeito e já conseguimos que Estados Unidos e Canadá deem o máximo contra nós. Eu gosto de ver como equipes novas como Chile e Colômbiavem numa crescente muito grande. A América do Sul ganha muito com isso”, afirma o atleta da seleção, que faz parte de um projeto para esporte adaptado em Belo Horizonte para captação de novos praticantes da modalidade. 
 
(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)Assim que saiu de uma internação no Hospital Sarah Kubitscheck, em Brasília, José Higino procurou um time no Gama, cidade satélite do Distrito Federal, e dois meses depois participou de seu primeiro campeonato brasileiro.Vítima de um mergulho no mar em 2002, quando bateu com a cabeça em um banco de areia que o deixou tetraplégico,ele revela a meta nas Paralimpíadas do Rio em 2016.
 
“Nossa perspectiva, como somos novos no rúgbi em relação ao resto do mundo, é alcanças um sexto, ou quinto lugar. A medalha é muito difícil porque o top 4 mundial é muito alto, mas a gente quer jogar bonito lá”.
 
Os treinamentos da seleção ocorrem na Associação Niteroiense de Deficientes Físicos, no Rio de Janeiro, por algumas semanas ao longo do ano. Da equipe que representa o Brasil no Parapan, oito jogadores são contemplados com a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. No total, a modalidade possui 31 beneficiados. Um investimento de mais de R$ 344 mil por ano.
 
Modalidade
A quadra do rúgbi mede 15m de largura por 28m de comprimento. Os jogos são divididos em quatro períodos de 8 minutos. O objetivo é anotar o maior número de gols, que acontece quando um jogador que tem a posse da bola toca com as duas rodas da cadeira a linha de fundo. O “gol” fica dentro de uma área demarcada por dois cones e que mede oito metros de comprimento.
 
A cada dez segundo o jogador deve quicar a bola, similar a de vôlei, ou passá-la para algum companheiro. Da defesa para o ataque o meio da quadra deve ser ultrapassado em 12 segundos e o gol deve ser feito em 40 segundos.
 
Assim como no rúgbi convencional, a modalidade tem muito contato físico e as cadeiras são adaptadas para suportar os choques. Além disso, neste esporte não há divisão por gênero, homens e mulheres podem competir pela mesma equipe.
 
Ao todo são quatro cadeirantes em quadrae mais oito reservas. Voltado para pessoas com tetraplegia, a classificação funcional no rúgbi está dividida em sete classes: 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5. Quanto menor o número, mais limitado é o atleta. Para garantir o equilíbrio das equipes, a soma das classes dos jogadores em quadra não pode ultrapassar o total de oito.
 
Gabriel Fialho, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil deslancha no terceiro quarto e vence as Ilhas Virgens por 72 x 58 na Copa América

(José Jiménez Tirado/FIBA Americas)(José Jiménez Tirado/FIBA Americas)
Foi mais difícil do que se esperava, mas a seleção feminina de basquete venceu as Ilhas Virgens pela Copa América de Basquete, em Edmonton, no Canadá, e assegurou sua vaga na semifinal do torneio. Após um primeiro tempo equilibrado, o Brasil deslanchou apenas a partir do terceiro quarto e venceu por 72 x 58. Nesta quinta-feira (13.08), às 23h45, a equipe enfrenta a Argentina para definir a primeira posição do Grupo B.
 
Favoritas a vencer o duelo, as brasileiras encontraram dificuldades no começo. O primeiro quarto terminou com uma vantagem de apenas três pontos da seleção: 20 x 17. No quarto seguinte, a vantagem aumentou um pouco, mas ainda longe do que se esperava: 39 x 31.
 
O melhor momento do Brasil veio no terceiro período da partida, quando a equipe enfim conseguiu se impor dentro de quadra e fez 22 x 11 nas Ilhas Virgens. Com 61 x 42 no marcador, as brasileiras relaxaram e viram as adversárias vencer o período final por 16 x 11.
 
Os destaques do Brasil foram a pivô Nadia, com 15 pontos e nove rebotes, a ala Izabela Ramona, com 12 pontos e sete rebotes, e a armadora Débora, com 11 pontos, três rebotes e duas assistências.
 
Com 10 pontos e seis assistências na partida, a armadora Tainá reconheceu que o Brasil deixou a desejar no confronto. “Estou contente com a vitória, mas com certeza poderíamos ter jogado melhor. É claro que fizemos um bom trabalho de equipe e essa tem sido a nossa principal característica, o jogo coletivo. Contra a Argentina vai ser uma partida difícil para os dois lados, já que são eternas rivais em tudo. Da mesma forma que conhecemos o jogo delas, as argentinas também sabem como atuamos. Mas vamos entrar com tudo para garantir a vitória”, projetou a jogadora.
 
Fonte: brasil2016.gov.br
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Quinto dia de competições marca estreia do judô e mantém Brasil na ponta

 
O quinto dia de competições no Parapan de Toronto marcou a estreia do judô paralímpico. E, como tem sido praxe desde o início dos Jogos, houve Hino Nacional. Karla Cardoso, na categoria até 48kg, e Michele Ferreira, na categoria até 52kg, conquistaram o ouro. Luiza Oliano ficou com o bronze na mesma categoria de Karla. » Leia a matéria
 
No quadro geral da competição, o Brasil soma 166 medalhas, com 69 de ouro, 48 de prata e 49 de bronze. Em segundo lugar aparece o Canadá, com 113 pódios e 37 ouros. Veja outros resultados:
 
Tênis de mesa
Seguindo a boa campanha da modalidade em Toronto, os mesa-tenistas brasileiros conquistaram mais duas medalhas de ouro nesta quarta-feira nas disputas por equipes. Os times das classes 1/2, formado por Iranildo Espíndola, Ronaldo Souza e Guilherme Costa, e da classe 5, com Claudiomiro Segatto, Eziquiel Babos e Ivanildo Freitas, venceram seus confrontos e garantiram o lugar mais alto do pódio. Com o resultado, a seleção chegou a 12 ouros e quebrou o recorde de títulos em uma única edição do evento. A marca anterior era de 11, alcançada nos Jogos de Guadalajara (11) e do Rio (11). Os brasileiros poderão conquistar mais quatro ouros nesta quinta, último dia de competições. Serão três finais, nas Classes 6/8 e 9/10 masculinas e 4/5 feminina, e a última rodada do torneio 3/4 masculino, em que o Brasil decidirá o título contra o México. Todas as partidas estão marcadas para as 10h. 
 
(Leandro Benjamin/MPIX/CPB)(Leandro Benjamin/MPIX/CPB)
 
Goalball
As Seleções Brasileiras voltaram a vencer. O time feminino entrou em campo primeiro e bateu com facilidade a Guatemala por
10 x 0. Já os homens venceram o Canadá por 12 x 2. Com os resultados, as duas equipes estão classificadas para a semifinal da disputa, que ocorrerá na sexta-feira, 14. » Leia a matéria 
 
(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)
 
Atletismo
A quarta-feira trouxe mais 13 medalhas para o Brasil no atletismo: seis de ouro, quatro de prata e três de bronze. As medalhas douradas vieram com Paulo Ferreira (400m T37), João dos Santos (arremesso de disco F46), Jonas Licurgo Ferreira (arremesso de dardo F53/54/55), Alessandro da Silva (arremesso de peso F11/12), Izabela Silva Campos (arremesso de disco F11/12) e Adriele de Moraes (salto em distância T20/37/38). Na soma, o atletismo já rendeu 47 pódios ao país: 20 ouros, 16 pratas e 11 bronzes, desempenho que garante ao Brasil o topo do quadro de medalhas na modalidade. » Leia a matéria
 
Futebol de 5
Depois de passar por Chile (6 x 0), Colômbia (3 x 0) e Uruguai (4 x 0), o Brasil fez um jogo muitíssimo equilibrado diante da rival Argentina. As duas equipes não conseguiram sair do 0 x 0. Nesta quinta-feira o Brasil volta a campo para a última partida da fase de classificação, diante do México. A bola rola a partir das 21h (de Brasília). Os dois melhores times no somatório dos pontos farão a final no sábado, a partir das 19h (de Brasília).
 
(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)
 
Futebol de 7
O time brasileiro da modalidade venceu mais uma vez e manteve-se com 100% de aproveitamento. A partida desta quarta foi diante do Canadá e terminou com o placar de 8 x O. O próximo jogo será já nesta quinta-feira, 13, contra os Estados Unidos. O duelo vale uma vaga na final, que será disputada no sábado, 15.
 
(Washington Alves/MPIX/CPB)(Washington Alves/MPIX/CPB)
 
Tênis
Natalia Mayara colocou o Brasil na decisão da medalha de ouro da chave de simples feminina da modalidade. Em jogo emocionante, ela venceu a americana Emmy Kaiser por 2 sets a 1, com parciais de 6-7, 6-2 e 7-5. Na decisão, que ocorrerá na sexta-feira, 14, ela enfrentará outra americana, Kaitlyn Verfuerth. O outro brasileiro que disputará medalha será Daniel Rodrigues. Ele foi derrotado na semifinal pelo americano Jon Rydberg por 2 sets 0, 6-3 e 6-4. Assim, disputará o bronze também na sexta-feira.
 
Natação
Os representantes do país conquistaram 14 medalhas na piscina do Parapan Am Aquatics Centre, sendo cinco de ouro, seis de prata e três de bronze. Os destaque do dia foram as três dobradinhas brasileiras e a escalada de Edênia Garcia no ranking mundial da modalidade.  » Leia a matéria
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Fonte: brasil2016.gov.br
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Dez brasileiros estreiam na Copa do Mundo de tiro com arco, na Polônia

(Worldarchery.org)(Worldarchery.org)
A etapa de Wroclaw da Copa do Mundo de tiro com arco, na Polônia, começou nesta quarta-feira (12.08). Entre os atletas brasileiros que competem, destaque mais uma vez para Marcus Vinícius D’Almeida, que ficou na 10ª posição no arco recurvo masculino na etapa de qualificação. O jovem de 17 anos fez um total de 664 pontos. O melhor colocado foi o norte-americano Collin Klimitchek, com 678.
 
Vice-campeão da final da Copa do Mundo de 2014, campeão mundial júnior em 2015 e medalhista de bronze por equipes ao lado de Daniel Rezende e Bernardo Oliveira no Pan de Toronto, Marcus Vinícius avançou direto para a segunda fase da competição. Ele aguarda o vencedor do duelo entre o irlandês Michael Irwin e o belga Rick Martens.
 
Daniel e Bernardo também participam da Copa do Mundo na Polônia e fizeram a 45ª e a 46ª melhor marca, respectivamente, com a marca de 642 pontos. Além deles, Lugui da Cruz também disputa o arco recurvo em Wroclaw e foi o 69º, com 623. Daniel duela com o suíço Adrian Faber na etapa eliminatória, enquanto Bernardo enfrenta o francês Pierre Plihon e Lugui pega o espanhol Antonio Fernandez.
 
No arco recurvo feminino, Ane Marcelle dos Santos foi a melhor ranqueada do país no torneio, com 627 pontos e a 40ª posição. Depois dela, Marina Gobbi aparece em 47ª com 624, Sarah Nikitin em 50ª com 621, e Larissa Rodrigues em 63ª com 593. Ane Marcelle pega a letã Jelena Kononova; Marina enfrenta a finlandesa Heli Kukkohovi; e Larissa e Sarah protagonizam um duelo brasileiro.
 
(Foto: Divulgação/Worldarchery.org)(Foto: Divulgação/Worldarchery.org)
 
Já no arco composto, Marcelo Roriz Júnior e Roberval dos Santos ficaram no top 30 da primeira etapa da Copa do Mundo. Marcelo somou 695 pontos e foi o 23º, enquanto Roberval conseguiu 694 e foi o 26º. O primeiro encara o polonês Marcin Affek na fase eliminatória, enquanto o outro duela com o colombiano Sebastian Arenas.
 
Os brasileiros também competiram por equipes. No arco recurvo masculino, o país ficou em oitavo lugar, com 1.948, e enfrenta a Rússia, nona, por um lugar nas quartas de final. No feminino, as brasileiras ficaram 11º e duelam com a Alemanha. No arco recurvo misto, o Brasil se classificou em 12º e foi eliminado pela China nas oitavas de final, por 6 x 2.
 
Todos os atletas do Brasil que competem na Polônia são contemplados pelo programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Entre eles, Marcus Vinícius D’Almeida, sexto colocado no ranking mundial do arco recurvo, recebe a Bolsa Pódio. A Copa do Mundo de tiro com arco vai até o próximo domingo (16.08). 
 
Fonte: brasil2016.gov.br
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Parapan: mais 14 medalhas na conta da natação, com três dobradinhas no pódio

(Washington Alves/MPIX/CPB)(Washington Alves/MPIX/CPB)
 
 
A natação brasileira seguiu a rotina de vitórias e pódios nesta quarta-feira, no Parapan de Toronto. Ao todo, os representantes do país conquistaram 14 medalhas na piscina do Aquatics Centre: cinco de ouro, seis de prata e três de bronze. No quadro geral da modalidade, o Brasil lidera com 68 medalhas, com 24 ouros, 20 pratas e 24 bronzes. O Canadá aparece logo atrás, com 66 medalhas, 18 delas de ouro. Os destaques do dia foram três dobradinhas brasileiras e a escalada de Edênia Garcia no ranking mundial.
 
(Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)(Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)
 
Edênia foi a campeã nos 50m costas S4, prova que é sua especialidade. A nadadora fechou a distância em 53s73 para pegar a medalha de ouro em uma disputa acirrada até os últimos centímetros com a mexicana Nely Miranda. A nadadora comemorou a vitória e a volta à terceira posição do ranking mundial da prova.
 
“Ela veio forte na eliminatória e eu já estava com o pensamento de que teria que nadar para o meu melhor tempo e nadei muito. O recorde Parapan-Americano ainda é meu [51s51] e com esse tempo de hoje eu volto a ser a terceira melhor do mundo. É esse o objetivo: continuar baixando o tempo. Para fazer isso eu tenho que treinar e prestar atenção nos mínimos detalhes. Há 20 dias a mexicana quebrou duas vezes o recorde mundial dos 50m livre, e fui lá e peguei o ouro. Isso é muito bom”, celebrou Edênia.
 
Pouco depois da vitória de Edênia, os brasileiros comemoraram três dobradinhas. Na primeira, Daniel Dias liderou os 50m livre S5 para ficar com o ouro. Logo atrás dele chegou Clodoaldo Silva, que ficou com a prata. Na mesma prova, entre as mulheres, o Brasil ocupou os dois postos mais altos do pódio, com Joana Neves em primeiro e Esthefany Rodrigues em segundo.
 
A terceira dobradinha do dia saiu na classe SM9, nos 200m medley. Ruiter Silva e Lucas Mozela dominaram a prova para fechar a distância colocando o Brasil novamente em evidência nos dois primeiros lugares. Ruiter foi o mais rápido e ficou com o ouro, e Lucas ficou com a prata.
 
Outro atleta acostumado ao ponto mais alto do pódio que levou medalha foi Andre Brasil. O multicampeão venceu os 200m medley SM10 em prova emocionante contra o canadense Benoit Huot, que contou com a ajuda da animada torcida local, mas não conseguiu ultrapassar Andre. 
 
Confira abaixo as medalhas conquistadas por brasileiros nesta quarta-feira na natação:
 
Ouro
Edênia Garcia – 50m costas S4 – 53s73
Daniel Dias – 50m livre S5 – 32s41 (PR)
Joana Neves – 50m livre S5 – 38s90 (PR)
Ruiter Silva – 200m medley SM9 – 2min26s42
Andre Brasil – 200m medley SM10 – 2min12s22
 
Prata
Raquel Viel – 400m livre S11-13 – 5min16s25
Clodoaldo Silva – 50m livre S5 – 34s94
Esthefany Rodrigues – 50m livre S5 – 45s72
Verônica Almeida – 100m peito SB7 – 1min40s79
Lucas Mozela – 200m medley SM9 – 2min29s18
Felipe Caltran – 100m peito SB14 – 1min14s33
 
Bronze
Ítalo Gomes – 100m livre S7 – 1min10s33
Talisson Glock – 100m livre S6 – 1min10s84
Ronystony Cordeiro – 50m costas S1-4 – 47s85
 
Fonte: CPB
Ascom - Ministério do Esporte
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Referência mundial, goalball brasileiro alia teoria e prática para se desenvolver

O silêncio na quadra é total. O jogo se desenvolve ao som do guizo colocado dentro da bola. Mas naqueles fones a partida ia sendo construída em palavras. Cada movimento era descrito com precisão e o pequeno Owan Parkin, 13 anos, montava o panorama da disputa. Ao lado do pai, ele estava na arquibancada do Centro de Esportes Mississauga acompanhando as disputas do goalball dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto pelo serviço de audiodescrição disponibilizado no ginásio.

“Eles explicam o que acontece na quadra, os pênaltis, o que as pessoas estão fazendo, onde a bola está”, conta o canadense Owan, que nasceu cego devido a uma doença rara. No colégio, ele já teve contato com algumas práticas esportivas, além de ser encorajado pelo pai, Scott Parkin, a praticar esportes. Mas no Parapan, o que ele tem acompanhado é o goalball. “Imagino que seja um esporte divertido de jogar”, conta cheio de expectativas, já que a modalidade estará no currículo escolar dele este ano.

Uma oportunidade para Owan aprofundar o contato com um esporte que mudou a perspectiva de vida de pessoas como Victoria Nascimento, da seleção brasileira feminina. “O goalball supriu uma necessidade dentro de mim. Eu perdi a visão com 11 anos, numa fase da infância de brincar. Comecei a jogar, a viver mais, conhecer lugares novos e a falta da visão não foi tão forte”, descreve a jogadora, que antes de conhecer o esporte não tinha a mesma disposição em sair de casa.

(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)

"Comecei a jogar porque não tinha nada para fazer e me descobrir no esporte”, confessa Victoria, para acrescentar que sua percepção sensorial melhorou com a modalidade. “O goalball é maravilhoso porque faz você ter noção espacial e a audição melhora. No meu caso, ainda é uma forma de expor meu sentimento, seja raiva, ou alegria. Eu coloco tudo para fora em quadra”.

História semelhante à de Ana Carolina Custódio, que também conheceu o goalball enquanto estudava no Instituto Benjamim Constant, no Rio de Janeiro, e que encontrou no esporte uma forma de inclusão. “Quando fiquei cega, pensava que não podia fazer nada. Meu sonho de ser bailarina foi por água abaixo, mas percebi que com o goalball a gente pode romper esse limite que a gente acha que tem”, contou a jogadora da seleção após a vitória contra a Guatemala por 10 x 0 no encerramento da fase de grupos, nesta quarta-feira (12.08). Equipe adversária que será a mesma da semifinal, marcada para sexta-feira (14.08).

Prata no Parapan de Guadalajara 2011, Ana Carolina confia em um resultado melhor desta vez. “Nós mostramos que podemos conseguir. Tivemos jogos difíceis contra os Estados Unidos e o Canadá, mas ganhamos delas”. Os dois países da América do Norte fazem a outra semifinal e perderam para o Brasil na primeira fase por 3 x 1.

Victória Nascimento, Neusimar Santos e Ana Carolina Custódio acompanham partida da seleção masculina. (Foto: Gabriel Fialho/ ME) Victória Nascimento, Neusimar Santos e Ana Carolina Custódio acompanham partida da seleção masculina. (Foto: Gabriel Fialho/ ME)

No sangue
Enquanto as meninas buscam o topo do cenário mundial do goalball, a equipe masculina já coleciona alguns importantes feitos, como o título mundial de 2014, a prata nos Jogos Paralímpicos Londres 2012 e o ouro na última edição do Parapan.

Um dos destaques do time, Leomon Moreno da Silva carrega apenas as iniciais nas costas da camisa. Uma forma de homenagear os irmãos Leonardo e Leandro, também deficientes visuais, e que já integraram a equipe ao lado dele. “Conheci o goalball por eles. Levava os dois para os treinos, porque enxergava mais. Ficava com vontade de jogar, mas ainda não tinha idade”, recorda.

Com a vitória de hoje por 12 x 2 sobre o Canadá, o Brasil também conquistou 100% de aproveitamento na fase de classificação do masculino. Os adversários da semifinal serão os argentinos, no mesmo dia da disputa feminina.

Modelo
Exclusivo dos Jogos Parapan-Americanos e das Paralimpíadas, o goalball ainda não é muito conhecido no Brasil, mesmo o país sendo uma referência. Ações fora das quatro linhas, realizadas pela seleção brasileira, buscam divulgar o esporte. Em Jundiaí (SP), local de treinamentos da equipe masculina durante 15 dias por mês, os atletas e comissão técnica vão às escolas incentivar a prática da modalidade, segundo o treinador Alessandro Tosin.

Professor de educação física em uma universidade, ele promove campeonatos de goalball com os alunos, mesmo aqueles que não são deficientes. “No Brasil a gente não tem muito essa cultura, mas na Europa muitas pessoas jogam goalball com os atletas deficientes. O que faço é promover alguns torneios internos com os alunos e entre faculdades. Isso ajuda a divulgar o esporte e as pessoas passam a jogar”.

(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)

O treinador conheceu o goalball quando ainda era estudante e fez estágio em uma instituição voltada para deficientes visuais. De 2001 para cá não parou mais de estudar, pesquisar e escrever sobre a modalidade. Conhecimentos que ele leva para a quadra. “Quando você começa a associar teoria e prática, dá resultado. Todo nosso treinamento é embasado teoricamente. Nós temos o Altemir, que é o analista de desempenho. Temos dados de todas as fases de treinamento, sabemos quantas bolas foram no alvo, quantas foram retidas”, explica.

Os dados ainda servirão para futuras pesquisas sobre o esporte. Na partida contra os canadenses, a seleção teve 94% de bolas no alvo, quando o arremesso obriga o adversário a defender com a mão ou com o pé fora da demarcação da área de defesa. “Não é qualquer equipe no mundo que faz isso. Estamos coletando essas informações, para formar um software, que vai virar uma publicação. A gente vai o tempo todo aprimorando e sempre buscando a máxima excelência”, afirma Tosin.

A análise e o trabalho tático, no entanto, não significam um engessamento do jogo. O treinador conta que a primeira noção transmitida aos atletas é para que “brinquem” de goalball. “Eles são muito inteligentes e em cima disso construímos algumas ações. A gente deixa eles brincarem, porque a criatividade faz parte desta inteligência. A ideia é que eles se movimentem. Dificilmente você encontra cegos se movimentarem de um lado para o outro como eles. Depois vamos fazendo as ações táticas e eles ficam com um volume grande de jogo”.

Os investimentos realizados pelo Ministério do Esporte, os recursos advindos da Lei Agnelo/Piva e o apoio do Comitê Paralímpica Brasileiro (CPB) são os outros fatores apontados pelo técnico para o alto desempenho da equipe. “Hoje, sem dúvidas, somos uma referência no goalball, mas porque temos condições de treinar fora das fases específicas de preparação. A continuidade gera a manutenção da performance, o que é decisivo em uma competição como essa”.

O goalball tem 42 desportistas contemplados com a Bolsa-Atleta em todo o país, dentre eles 11 dos 12 participantes do Parapan-Americano de Toronto. O Ministério do Esporte ainda tem convênio com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que somados ultrapassam R$ 40 milhões, para a preparação das equipes visando ao ciclo paralímpico de 2016 e à participação nos Jogos de Toronto 2015.   

A modalidade
Praticado exclusivamente por pessoas com deficiência visual, o goalball está, ao lado da bocha, entre as únicas modalidades paralímpicas que não têm uma versão correspondente no programa olímpico. O jogo reúne atletas com diferentes graus de deficiência (BC1, BC2 e BC3), mas que sempre usam vendas nos olhos, a fim de que as duas equipes rivais disputem em condição de igualdade.

A quadra que recebe a disputa tem as mesmas dimensões da de vôlei, com 9m de largura e 18m de comprimento. Cada partida tem dois tempos com duração de 12 minutos cada, com três minutos de intervalo. São três jogadores em cada time, além de outros três reservas. O gol, bem amplo, tem a mesma largura da quadra, com 1,30m de altura.

Durante o jogo, os atletas, que atuam como arremessadores e defensores ao mesmo tempo, precisam lançar a bola rasteira ou tocando em uma das áreas obrigatórias. Dentro da bola há um guizo que emite som para orientar os atletas cegos e, por isso, todo o público deve permanecer em silêncio durante o jogo.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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Destinados ao pódio: os convites inusitados de brasileiros ao atletismo paralímpico

No esporte adaptado, é bastante comum ver atletas que iniciaram nas modalidades por uma recomendação médica. Foi assim na criação do próprio movimento paralímpico, quando o neurologista Ludwig Guttmann organizou, no Hospital de Stoke Mandeville, na Inglaterra, uma reabilitação com o uso do esporte para soldados que voltaram feridos da 2a Guerra Mundial. Contudo, com algumas pessoas esse primeiro contato ocorreu de uma forma bem diferente.

A maranhense Teresinha de Jesus, por exemplo, só conheceu o atletismo em 2013, aos 32 anos. A iniciação esportiva foi motivada por um convite recebido de um desconhecido no meio da rua. “Um rapaz, que já treinava em uma associação no meu estado, me viu na rua e simplesmente me convidou. Eu falei ‘tá bom, não estou fazendo nada, só estudando e trabalhando, vamos ver no que vai dar!’”, conta, bem humorada. “Fui na louca, sempre fui doida mesmo”, diverte-se a velocista, que nesta quarta-feira (12.08) conquistou a medalha de prata nos 100m T47, para amputados, nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto.

Teresinha perdeu o braço esquerdo aos oito anos, quando sofreu um acidente no muro de casa. “Nunca passou pela minha cabeça, nunca imaginei que um dia eu poderia sair do meu país com o esporte paralímpico e representar o Brasil”, comenta. “Hoje sou uma pessoa totalmente diferente”, completa a atleta, que carrega o mesmo nome da cega mais rápida do mundo, a brasileira Terezinha Guilhermina.

Outro início curioso foi o de Yohansson do Nascimento, dono de sete medalhas em Parapans, além de títulos mundiais e paralímpicos. O Brasil poderia ter ficado sem as várias conquistas do alagoano se ele tivesse embarcado em outro ônibus para ir ao dentista, aos 17 anos. “Eu nunca tive problemas em mostrar que sou deficiente. Estava sentado com os braços à mostra e a Valquíria (Campelo) viu e me convidou para o atletismo”, recorda-se. “Um simples ‘sim’ ou ‘não’ mudou a minha vida. Eu podia ter dito ‘não, não quero ficar correndo’, mas eu aceitei e hoje estou aqui, muito honrado de representar a minha nação. Foi uma descoberta em cheio dela”, define o atleta, que na infância já gostava de apostar corrida.

 “Comecei sem pretensão e nunca imaginei que levaria isso tão a sério. Era uma recreação, uma oportunidade que a vida estava me dando, mas as coisas foram acontecendo muito rápido”, explica. Nesta quarta, Yohansson não conseguiu subir ao pódio na prova dos 400m T47, terminando com a quinta colocação. Ele vai buscar sua oitava medalha em Parapans na próxima sexta-feira (14), na final dos 200m.

Já Alessandro da Silva, que chegou à sua segunda medalha de ouro em Toronto, desta vez no arremesso de peso F11/12, foi convidado para o esporte durante uma aula de braile. “Eu fazia braile numa escola e conheci um professor que me mostrou o arremesso de peso”, conta o atleta que, até um ano e meio atrás, só tinha a musculação como prática esportiva. “O atletismo me tirou de casa e de ficar pensando besteira. Me levou para uma vida onde eu pude ter novas conquistas”, comemora.

Prova cancelada
As pessoas que acompanharam a prova dos 800m T53 nesta quarta-feira levaram um susto na Universidade de York. Em uma dura briga por espaço na pista, o colombiano Edisson Andres Martinez levou uma fechada do canadense Jean-Philippe Maranda e, com o choque das cadeiras de rodas, acabou no chão. A prova seguiu e o brasileiro Ariosvaldo da Silva, o Parré, chegou a comemorar a medalha de prata, mas depois os resultados foram cancelados. “A batida é normal em prova acima de 800m. Os atletas imprimem uma velocidade muito alta e andam muito próximos”, explicou Parré. A disputa foi remarcada para esta quinta-feira (13), com o canadense desclassificado. O brasileiro, que ainda corre os 400m na sexta, será poupado.

Liderança no quadro de medalhas
Além de Alessandro da Silva, o Brasil ainda foi ouro com Izabela Campos (lançamento do disco F11/12), Paulo Flaviano Pereira (400m T37), João Luis dos Santos (lançamento do disco F46), Jonas Licurgo Ferreira (arremesso de dardo F53/54/55) e Adriele de Moraes (salto em distância T20/37/38). As pratas do dia foram conquistadas por Verônica Hipólito (salto em distância T20/37/38), Elizabeth Rodrigues (arremesso do peso F53/54/55), Teresinha de Jesus (100m T47) e Diogo Ualisson (200m T12). O país ainda levou duas medalhas de bronze, com Shirlene Coelho (arremesso de peso F20/37/38 e lançamento do disco F37/38/44), e uma com Sheila Finder (100m T47).

Com as 13 novas medalhas desta quarta, o atletismo já rendeu 47 pódios ao país: 20 ouros, 16 pratas e 11 bronzes, desempenho que garante ao Brasil o topo do quadro de medalhas na modalidade.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Ana Cláudia Felizola, de Toronto – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Ouvidos atentos também são diferencial no judô paralímpico

Postados frente a frente, com a pegada do judô previamente estabelecida pelo árbitro para o início do combate, é óbvio que o sentido do tato seja preponderante na versão paralímpica da modalidade dos tatames. Mas, aliado ao trabalho das mãos na gola e nas mangas do rival, a audição ocupa função de destaque para o sucesso dos atletas. Na abertura do judô, no Parapan de Toronto, o Brasil conquistou dois ouros e um bronze, todos com meninas das categorias mais leves. Michele Aparecida Ferreira e Karla Cardoso souberam unir a técnica que trabalham até seis vezes por semana a uma "linha direta" com os treinadores da seleção, que ficam postados ao lado da área de jogo.

"Chega a ser uma coisa automática. A gente já tem isso mais aguçado. Eu esqueço tudo o que está em volta e fica como um canal direto com o que eles falam, com certeza", afirmou Karla, prata Paralímpica nas edições de Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008, e vencedora em Toronto na categoria até 48kg. O pódio ainda teve a argentina Paula Gómez, prata, e a brasileira Luiza Oliano, bronze.  

"Acho que no judô é um conjunto, porque é movimento o tempo inteiro. A audição nos ajuda a prestar atenção às instruções do técnico, a ouvir e sentir o adversário. Todos os sentidos ficam alertas", afirmou Michele Aparecida Ferreira, que superou quatro adversárias, duas por punições e as duas últimas por imobilizações, para chegar ao ouro na categoria até 52kg. A prata ficou a canadense Priscilla Gagne e o bronze com a argentina Rocio Ledesma

Ainda um pouco chateado por não ter sido "ouvido" como gostaria nos combates da tarde, em que tanto Rayfran Mesquita quanto Mayco Souza caíram na semifinal e perderam em seguida a disputa do bronze, o técnico Alexandre Garcia explica que, diferentemente do judô olímpico, a orientação é liberada em 100% do tempo na versão paralímpica.

"No Olímpico, o técnico só pode falar quando o árbitro para a luta. Aqui é liberado. É a hora que a gente tem de, narrando o que está vendo por eles, explicar ao atleta algo que ele não está fazendo, ou algo que está errando na movimentação, na pegada. Muitas vezes a gente monta uma estratégia para a luta, mas o adversário vem com uma posição ou nos impõe uma situação diferente. Aí temos de ser rápidos para pensar rapidamente uma outra estratégia", afirmou.

O bronze do dia ficou com Luiza Oliano, na categoria até 48kg. Nesta quinta-feira, quatro atletas brasileiros estão nas disputas. Abner Nascimento será o representante na categoria até 73kg. Lúcia Teixeira, prata nos Jogos Paralímpicos de Londres, defenderá o país na categoria até 57kg. Victoria Santos disputará entre os atletas de até 63kg e Harley Pereira tentará melhorar o bronze conquistado no Parapan de Guadalajara na categoria até 81kg.

Termômetro
A participação brasileira no Parapan é vista pelo coordenador da modalidade, Jaime Bragança, como um degrau necessário para expor os atletas a uma situação similar à que eles vão experimentar no Rio de Janeiro, no ano que vem.

"Como o Brasil já tem vaga em todas as categorias por ser o país-sede, não temos esse peso. O importante é termos a vivência de um evento no padrão paralímpico, com a Vila, o apartamento, o refeitório, a visibilidade. É importante para preparar todos psicologicamente, principalmente os mais novos da delegação", afirmou.

Nos Jogos de 2016, o Brasil sabe que terá páreos duros tanto contra países que têm histórico forte na modalidade olímpica, como Japão, Coreia e França, mas também em escolas fortes nos últimos tempos entre os paralímpicos. "O Uzbequistão revelou recentemente uma equipe completa e teve ótimos resultados no Mundial mais recente. A Geórgia tem um atleta na categoria mais pesada que é fora de série", disse Bragança. Alemanha e Rússia também são apontados pelos atletas como fortes concorrentes.

Preparação consistente
Para garantir uma preparação nacional adequada, uma vez por mês são realizados treinamentos de uma semana com os atletas da seleção em um Centro de Treinamento na região da Mooca, em São Paulo.

Os deslocamentos estavam tão frequentes que Karla Cardoso preferiu mudar-se de vez para São Paulo e deixar família e filhos para amplificar as chances de ir bem em casa.

Segundo ela, o fato de ser contemplada pela Bolsa Pódio, do Governo Federal, foi decisivo para referendar a decisão. "É graças a ela que estou investindo só no judô. Os recursos ajudam a me sustentar em São Paulo. Lá estou perto da seleção, dos técnicos, e posso corrigir possíveis erros e aprimorar a minha técnica com mais qualidade", afirmou.

Para Michele Ferreira, que também recebe a Bolsa Pódio, o incentivo financeiro transformou sua relação com o esporte em algo mais profissional. "Hoje é meu trabalho. É disso que vivo", disse a atleta, que mora e treina em Campo Grande (MS) quando não está com a seleção Brasileira em São Paulo.

Dos 15 atletas do judô no Parapan, 13 recebem insumos do Ministério do Esporte. Seis são integrantes da Bolsa Atleta e sete recebem a Bolsa Pódio, que varia de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais e é voltada para atletas de destaque no ranking mundial de suas modalidades.

Infraestrutura
O Ministério do Esporte mantém, ainda, dois convênios ativos com o Comitê Paralímpico, que somam R$ 40 milhões. Um deles, de R$ 1,8 milhão, serviu para custear a participação brasileira no Parapan de Toronto.

O outro, no valor de R$ 38,2 milhões, é destinado à preparação e treinamento de seleções permanentes em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado) para o ciclo olímpico de 2016.

O convênio engloba custos de transporte terrestre e aéreo no Brasil e no exterior, hospedagens, alimentação, contratação de recursos humanos (coordenador de modalidade, técnicos, assistentes técnicos, psicólogo, fisioterapeuta, fisiologista, nutricionista, médico, massoterapeutas, mecânicos, preparador físico, árbitros, classificador funcional, delegado técnico, enfermeiro), aquisição de uniformes, materiais e equipamentos esportivos.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Gustavo Cunha, de Toronto - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Nawal exalta união na organização do Rio 2016 e destaca eventos-teste

A nona visita da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Rio 2016 terminou com um discurso de otimismo e satisfação com o andamento da preparação da cidade e do país para o megaevento do ano que vem. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (12.08), no Rio de Janeiro, a presidente da comissão, Nawal El Moutawakel, destacou o sucesso dos primeiros eventos-teste.

Foto: Matthew Stockman/Getty ImagesFoto: Matthew Stockman/Getty Images“Os excelentes eventos-teste que vêm sendo realizados nas instalações olímpicas e os elogios que atletas e federações fizeram demonstram a capacidade dos organizadores de entregar Jogos Olímpicos extraordinários no ano que vem. Daqui pra frente, muito trabalho permanece para ser feito, teremos que discutir milhões de detalhes operacionais. A experiência prática é importante, aproveitem cada evento-este para treinar equipes e instalações para os Jogos”, disse,  lembrando que conferiu pessoalmente no evento-teste de hipismo, em Deodoro. Para ela, a  qualidade da instalação e o nível de organização  “devem deixar todos os brasileiros orgulhosos”.

Nawal também enfatizou a importância da união entre os entes organizadores dos Jogos – as três esferas de governo e o Comitê Rio 2016 – para o sucesso do evento e para a concretização de um legado.

“A unidade mostrada pelos organizadores está ajudando a estabelecer um legado muito importante, que vai além das instalações olímpicas. Haverá um Brasil e um Rio antes e depois dos Jogos. Trabalhando como uma única equipe, o Brasil está demonstrando que pode entregar grandes Jogos Olímpicos. Nós encorajamos vocês a manter essa unidade e a continuar trabalhando duro”, reforçou.

Qualidade da água
Questionados sobre a preocupação com a qualidade da água nas instalações olímpicas e sobre o possível não cumprimento da meta de 80% de despoluição da Baía de Guanabara, Nawal e o diretor executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos, Christophe Dubi, afirmaram que a prioridade é garantir um ambiente seguro e saudável para os atletas.

“A meta sempre foi de que as condições seriam tais que as provas poderiam ocorrer, dos eventos-teste até os Jogos Olímpicos. Já tivemos uma série de metas, uma série de investimentos e muitos deles estão sendo materializados. Será que se chega aos 80%? Complicado é como medir os 80%.  Nosso objetivo é a qualidade da água para os atletas e é isso que está sendo entregue. O sistema de monitoramento vai continuar, a qualidade da agua vai melhorar. Na época dos Jogos, teremos os melhores atletas no melhor ambiente que já foi visto em uma competição olímpica de vela”, disse Dubi.

O diretor executivo do COI havia dito, em entrevista à BBC em maio deste ano, que mergulharia na Baía de Guanabara. Na coletiva desta quarta, ele foi questionado se manteria a promessa, mas foi Nawal quem respondeu, de forma descontraída, finalizando a coletiva: “Nós vamos mergulhar juntos e vamos levar alguns dos nossos colegas”.

A última visita da Comissão de Coordenação ao Rio de Janeiro será realizada no primeiro semestre do ano que vem.

Imagens dos eventos-teste Aquece Rio



Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Comissão de Educação do Senado discute Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

 

Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoFoto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal debateu nesta quarta-feira (12.08), em audiência pública, os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, evento que acontecerá de 20 de outubro a 1º de novembro, na cidade de Palmas. A expectativa do mundial é reunir cerca de 2,5 mil atletas indígenas de 24 etnias brasileiras e 30 países.

“O ministro do Esporte, George Hilton, está empenhado na realização dos Jogos Mundiais Indígenas e junto com o governo do Tocantins, o ITC e a prefeitura de Palmas, foi até Nova York firmar uma parceria com o Programa das Nações Unidas (PNUD) para a realização dos jogos”, afirmou o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Evandro Garla. Ele salientou a importância da parceria dos órgãos envolvidos e falou dos desafios e da relevância dos jogos para o Brasil e o mundo.

Segundo o secretário, há Jogos Indígenas (nacionais) desde 1996 e o Ministério do Esporte desenvolve muitas ações e programas para as comunidades indígenas, entre eles o Esporte e Lazer da Cidade para as comunidades tradicionais, e o Segundo Tempo, em Manaus, uma experiência para expandir as políticas públicas esportivas voltadas para esses povos. Em abril, a pasta promoveu, em Cuiabá, o primeiro Fórum Nacional de Políticas Públicas para os Povos Indígenas.

O presidente do ITC, Marcos Terena, reforçou a importância do apoio do governo federal, da presidente Dilma Rousseff, que esteve no lançamento dos jogos, e fez uma menção sobre a base alimentar da força física dos povos indígenas. “Os índios brasileiros não treinam, ao contrário dos canadenses, panamenhos e dos nicaraguenses. Todos estão treinando, menos os brasileiros, pois a força física vem da base alimentar, então uma das discussões durante os jogos vai ser a soberania alimentar, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Dia Internacional dos Povos Indígenas
“No dia 9 de agosto comemorou-se o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Eu estava em Nova York, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Após as comemorações e o discurso do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em homenagem aos indígenas, convidei-o para participar dos Jogos Mundiais, em Palmas. Ele foi bastante receptivo, ressaltou a importância dos Jogos Mundiais Indígenas e, sorrindo, disse ‘muito obrigado’, em português”, ressaltou Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal.

Também participaram da audiência a vice-governadora do Tocantins, Claudia Martins Lelis, o secretário extraordinário dos Jogos Mundiais Indígenas, Hector Franco, e os senadores Telmário Mota e Lídice da Mata, responsáveis pelo requerimento da audiência pública.

Cleide Passos
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministro George Hilton discursará em seminário promovido pelo TCU

O ministro do Esporte, George Hilton, fará uma palestra nesta quinta-feira (13.08), como parte da programação do Seminário Diálogo Público: Desafios para o sucesso das Olimpíadas Rio 2016 – Realização e Legado, promovido pelo Tribunal de Contas da União. O evento começa às 14h e vai até às 18h15, no auditório do TCU, do Rio de Janeiro.
 
De acordo com a programação, George Hilton discursará às 15h. O tema de sua palestra é “Evolução da Prática Esportiva, Aumento do Potencial de Resultados em Alto Rendimento e Destinação dos Equipamentos”. Ao explanar suas ideias, Hilton falará a respeito de programas do Ministério e ideias que tem colocado em prática.
 

» Participação do Ministro George Hilton em Seminário promovido pelo Tribunal de Contas da União
Data: 13 de agosto de 2015
Horário: 14h
Local: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro - Praça da República, 70 – Centro

Ascom – Ministério do Esporte
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Entrevista: a paixão além da vista de Lúcia Teixeira pelo judô

(Danilo Borges/ME)(Danilo Borges/ME)

Na terceira série, ela fingia que enxergava a lousa da escola. Depois de um tempo, contudo, já não queria mais estudar: era difícil lidar com a diferença, que nem a família reconhecia nela. Só no judô Lúcia Teixeira se sentia bem, mesmo sendo fraca nos tatames durante a adolescência. Antes de encontrar a pegada da rival, era derrubada. Ainda assim, não queria tirar os quimonos, uma meta que não conseguiu cumprir durante seis anos, entre 2000 e 2006.
 
Foi contra a vontade da família que a paulistana, que nasceu com baixa visão devido a uma toxoplasmose, retomou a sua grande paixão, desta vez já reconhecendo a sua deficiência e entre pessoas que sabiam das suas dificuldades até mais do que ela mesma. O primeiro campeonato teve de ser disputado às escondidas e, logo de cara, lhe rendeu o título brasileiro. Era apenas a primeira das tantas medalhas que hoje Lúcia não precisa mais esconder, como a prata nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, e o bronze individual e a prata por equipes no Mundial da Turquia, no ano passado.
 
Fã dos campeões olímpicos Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, além do companheiro de equipe Antônio Tenório, a judoca recebe a Bolsa Pódio do governo federal e, com os recursos, conseguiu se mudar para mais perto do local de treinos, no Centro de Referência do Judô Paralímpico, na Mooca (SP). As atividades são intensas, seis vezes por semana, e com um objetivo maior: os Jogos do Rio, no ano que vem. “Meu maior objetivo é ser campeã, nos Jogos e em tudo que eu me dispuser a fazer”, resume.
 
 
 
Fingimento na escola
Eu tenho toxoplasmose congênita. É um protozoário que minha mãe adquiriu na gravidez e que podia ter se instalado em qualquer parte do meu organismo. Eu digo que ele se instalou na parte mais suave, que é a visão. Se fosse no sangue, nos ossos, seria mais complicado. A minha família, por falta de conhecimento, sempre me tratou como se eu não tivesse deficiência. Na terceira série, eu fingia que via a lousa. Chegou uma hora em que eu não queria mais ir à escola porque na época era complicada essa questão das diferenças, de você não ser, entre aspas, o padrão.
 
Espelho para os “normais”
A informação te faz pensar diferente. Você só presta atenção em uma rua, se ela tem buraco ou não, se você conhece um deficiente. Caso contrário, isso passa desapercebido. A gente ter bons resultados no paralímpico faz a pessoa olhar com outros olhos e pensar também no outro. Acredito que a sociedade está se abrindo mais para isso. As pessoas que se dizem normais também se espelham na gente, pedem fotos, autógrafos. Conforme tem divulgação, a pessoa vai se preocupando mais, e isso é importante, não olhar para um deficiente como se ele fosse um coitado, um incapaz. É a educação que você dá para o seu filho que faz ele ser dependente ou independente, tendo ou não uma deficiência. 
 
Tatame mágico
Eu tenho dois irmãos e eles faziam judô, aí com 15 anos eu comecei. Eu sempre amei o judô. Tem uma magia, sabe? Não dá para explicar. Quando você põe o quimono, quando está lá em cima. Eu lembro que, quando minha mãe queria me tirar alguma coisa, era só ameaçar me tirar do judô. Era uma coisa que fazia parte de mim. Eu chegava da escola ao meio dia, almoçava e ficava no judô a tarde toda. Era maravilhoso, mas com 19 anos me mudei e só podia fazer judô aos sábados, até que acabei parando. Larguei com aquela sensação de que nunca mais ia colocar um quimono. 
 
“Admirável mundo novo”
Em 2006, depois de uma viagem para a Espanha, voltei para o Brasil para fazer um curso específico de massagem para pessoas com deficiência visual. Eu estava começando a aceitar que tinha deficiência. Conheci uma atleta cega, a Renata, que fazia goalball, e ela me mostrou um mundo diferente, mostrou que eu podia fazer qualquer coisa. Ela tinha um celular que falava, um recurso audiovisual de computador que nunca tinha visto. Com quinze anos, eu desisti de fazer Direito porque me falaram que eu nunca ia poder fazer porque não enxergava. Você se frustra e quer fazer o mais fácil, mas ela me mostrou uma acessibilidade que cresci sem conhecer. Junto com isso, ela ainda era atleta e tinha ido para Atenas. Uma vez, ela me emprestou um agasalho dela e, quando vesti, pensei como devia ser fazer parte da seleção, mas nunca imaginei que eu fosse estar aqui hoje e viver tudo que eu vivo. 
 
O quimono como lar
A Renata me apresentou à associação dela e lá ficaram sabendo que eu já tinha feito judô e me chamaram para voltar, dizendo que eu seria campeã. Eu disse que era muito ruim quando eu treinava e que não tinha nem quimono, mas eles me deram um e decidi voltar. Colocar o quimono de novo, estar no tatame, é como fazer algo que você não consegue se imaginar sem aquilo. Não sei como fiquei tanto tempo longe. É como voltar para casa depois de uma viagem de 10 anos. 
 
(Danilo Borges/ME)(Danilo Borges/ME)
 
Rebeldia recompensada
Eu tinha pessoas como eu, que entendiam as minhas dificuldades até mais do que eu, que sabiam o que eu sentia. Eles diziam que eu era muito boa, que ia ser campeã, mas na minha cabeça não entrava isso. Então fui competir escondida da minha família, que tinha me proibido de fazer judô. Eu deixava os quimonos na casa da Renata. Viajei para o Rio de Janeiro sozinha e lutei. Fiz a final com a que era a campeã da categoria e fui campeã brasileira, depois de “trocentos” anos longe do judô. Era uma coisa que eu precisava provar para mim. Eu queria ver até onde eu ia. Independentemente do resultado, era uma coisa que eu precisava viver. No ano seguinte, já estava na seleção B, depois veio Mundial, Parapan e estou aqui! 
 
“Não é não errar”
Meu maior objetivo hoje é ser campeã, nos Jogos e em tudo que me dispuser a fazer. Ser campeã não é não errar, mas é não desistir do que eu me determinar a fazer. Esse é meu sonho. É poder aproveitar o melhor que a minha carreira hoje me dá, porque a vida de atleta é curta. Então enquanto estiver no auge, disputando por igual, eu vou estar. 
 
Londres 2012: Mais feliz que a campeã
Eu perdi (na final) e saí mal da luta. Aí, estava na fila para a premiação, muito chateada, e veio uma voluntária e me disse: “Por que você está chateada? Você está em Londres, em uma Paralimpíada, e foi prata!”. Aí eu falei: “Caraca! Verdade!”. Normalmente você vê a foto de um pódio e o medalhista de prata sempre está triste, mas agora olho minhas fotos e, se bobear, estava mais feliz que a campeã. Eu queria ser campeã, ouvir o hino, como atleta, como brasileira e por tudo que eu estava trabalhando até ali, mas vivi bem esse momento, que foi muito forte e feliz. Meu irmão estava lá, com a bandeira do Brasil e vibrando. Foi muita emoção. 
 
Mala mais cheia
As minhas expectativas (em Toronto) são as melhores. Eu me vejo bem preparada e acredito que vou sair daqui com a mala mais cheia, vou voltar com a minha medalha e espero, do fundo do coração, que seja de ouro. Quero subir no pódio, ouvir o hino. A ideia é sair daqui campeã e sem errar porque um erro pode ser fatal.
 
Rio 2016: Sem prata engasgada
Dá até arrepio quando penso. Estar lá, com toda a família e o seu país torcendo por você, é o final de tudo, de todas as mudanças, de tudo o que fiz e deixei de fazer. É a conclusão. Meu objetivo é a Paralimpíada, é não sair com a prata engasgada. Então trabalho para isso. Estou aqui no Pan, mas não consigo parar de pensar no Rio. Vou sair desta competição, guardar a medalha e continuar o trabalho.
 
Ana Felizola - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Salva pela natação, Verônica Almeida conquista bronze que faltava no Parapan

Histórias em que o esporte muda e até salva vidas são de certa forma recorrentes. Existem diversos exemplos de pessoas que tiveram seus destinos transformados no momento em que se tornaram atletas. Mas poucas vezes a aplicação é tão literal como no caso da nadadora brasileira Verônica Almeida, medalha de bronze nos 50 m livre S7 nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto na segunda-feira (10.08), com o tempo de 38s13.

Diagnosticada em 2007 com Ehlers-Danlos, síndrome rara e degenerativa que a fez perder força e movimento nos membros inferiores e ter limitações no movimento de rotação do braço direito, Verônica recebeu dos médicos um prognóstico de apenas um ano de vida. Oito anos depois, a atleta credita à natação o fato de ainda estar viva.

“É uma síndrome degenerativa e progressiva. A grosso modo, a gente deixa de produzir um pouco de colágeno e perde os ligamentos. Você, literalmente, começa a deslocar”, explica. “Logo após o diagnóstico eu voltei a nadar por indicação médica. Hoje eu defino a natação como a minha vida de verdade, pois além do tratamento que faço, é esse esporte que me mantém viva”, relata.

Graças ao esporte, a nadadora também pôde comemorar no Canadá uma conquista tida por ela como especial. “Só me faltava uma medalha em Parapan e aqui está ela”, diz a brasileira, dona de um bronze nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 e outro no Mundial de Natação de Eindhoven 2010, ambas nos 50 m borboleta S7.

História
Graduada em Educação Física em 1998, Verônica exerceu a profissão por oito anos como coordenadora de academia. Mãe de um casal de gêmeos, Bianca e Marcelo, ela descobriu a síndrome ainda na gravidez. “Minha sorte foi ter ficado grávida antes do diagnóstico”, conta a educadora, que deixou a profissão quando passou para a cadeira de rodas. “Fui demitida por que acharam que eu não causaria uma boa impressão como professora”, conta.

A gravidez foi sustentada, apesar da Ehlers-Danlos, algo considerado quase impossível pela medicina, pois há falta de colágeno para manter a placenta ligada ao útero. Fator que torna a medalha ainda mais especial e digna de dedicatória. “Esta medalha é para os meus filhos. Antes de eu viajar, o Marcelo ficou doente e falou: ‘mãe, traz a medalha’. Então, dedico a vitória a ele”.

Com o diagnóstico, a nadadora encontrou um programa experimental em Paris, na França, que selecionava voluntários para tratamento com células-tronco. “É um tratamento que faço não para curar a síndrome, pois não tem cura. Faço para estabilizar”, explica Verônica, a única que permanece no estudo de uma turma inicial de 20 pessoas.

Para garantir tanto o tratamento quanto as conquistas, Almeida tem o apoio do Ministério do Esporte com a Bolsa Pódio. “Sem ela eu não teria nem o suporte nem a estrutura que tenho. Para mim, em particular, o programa ajuda até no tratamento em Paris, que tem custo muito alto. Assim como a natação, a bolsa é uma maneira de continuar a minha vida”, explica.

Leonardo Dalla, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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“Copa de Futebol Feminino teve organização perfeita”, diz a coordenadora do Ministério do Esporte, Michael Jackson

(Divulgação/CBDU)(Divulgação/CBDU)
Organizado em parceria entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), a Copa Brasil Universitária de Futebol Feminino (CBUFF) terminou no fim de semana passado, com a vitória da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe, representando o estado de Santa Catarina. 
 
O governo federal investiu R$ 2,4 milhões na competição e a coordenadora-geral de futebol do Ministério do Esporte, Michael Jackson foi uma das autoridades a entregar as premiações ao final da competição disputada por 700 atletas das 27 unidades da Federação, em Maceió (AL). 
 
(Divulgação/CBDU)(Divulgação/CBDU)
 
Para a ex-jogadora que acompanhou o torneio desde o início, o estado de Santa Catarina levou o ouro, mas quem mais ganhou com a competição foi o futebol feminino. “A organização foi excelente, não deixou nada a desejar. Correspondeu em todos os aspectos e o que me deixou ainda mais feliz foi que o nível técnico que vem crescendo e muito ano a ano”, declarou Michael Jackson.
 
Coordenadora de futebol do Ministério, ela ainda lembrou que é preciso que a evolução continue, tendo em vista que as próximas Olimpíadas ocorrerão no Brasil. “Estamos no caminho certo, mas não podemos parar. A competição foi muito boa. As meninas da seleção brasileira ganharam o ouro no Pan-Americano e não podemos fazer feio em casa. Por isso, seguiremos trabalhando com toda a força”, destacou. 
 
(Divulgação/CBDU)(Divulgação/CBDU)
 
O campeonato   
Em uma partida acirrada, decidida aos 42 minutos do segundo tempo, Santa Catarina venceu o Ceará por 1 x0. A vitória fez com que a equipe se tornasse bicampeã da Copa Brasil Universitária de Futebol Feminino (CBUFF) e garantisse vaga para representar o país nos Jogos Sul-Americanos de Futebol Feminino em 2016, na Argentina.
 
Petronilo Oliveira, com informações da CBDU
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministério do Esporte capacita professores para o Segundo Tempo Mais Educação

O Ministério do Esporte por meio de uma parceria com o da Educação deu início nos dias 6 e 7 de agosto, no Rio Grande do Norte, ao Curso de Extensão Esporte da Escola, uma vertente do Programa Segundo Tempo Mais Educação. Esta semana, 10 a 14 de agosto, as cidades de Viana (MA), Criciúma (SC), Uberaba (MG) e Bragança (PA) são as contempladas com as atividades.


Até o dia 1º de setembro a capacitação será ministrada em 18 cidades polo com previsão de atender até o final desse período 1.889 monitores que atuam nas escolas vinculadas ao Programa Mais Educação.

A atividade é uma importante ação das duas instituições, juntamente com os demais programas, que tem como finalidade ampliar o acesso ao esporte educacional, reafirmando sua importância no contexto sócio-educativo, além de integrar a política esportiva educacional com a política de educação, de forma a incentivar e universalizar a prática esportiva nas escolas.

A aplicação efetiva da proposta pedagógica da Atividade do Esporte da Escola acontece por meio de uma parceria entre o Ministério do Esporte com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Já as prefeituras ofertam, por meio de cursos de extensão, nos formatos presencial e a distância, um processo de capacitação e acompanhamento das escolas que aderiram as atividades.

Os cursos de capacitação visam qualificar a atuação dos professores e monitores a fim de melhor atender os beneficiados que participam da Atividade Esporte da Escola. O Curso de Extensão presencial é realizado em dois dias, composto de aulas teóricas e práticas e tem como proposta as múltiplas vivências esportivas no esporte de invasão (basquete, futebol, futsal, handebol, ultimate frisbee); no Esporte de Marca e de Rede (badminton, peteca, tênis de campo, tênis de mesa, voleibol e atletismo); e na ginástica, dança e atividades circenses (lutas, capoeira e práticas corporais de aventura).

Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação

Após o Curso de Extensão Presencial, os professores e monitores são convidados a participar da segunda etapa – a formação continuada – Curso de Extensão no formato EaD, realizado na plataforma Moodle (http://esportedaescola.ufrgs.br).

Nos dias 12 e 13 de agosto as atividades do Esporte da Escola acontecem no polo de Uberaba. O curso deve beneficiar 200 participantes que atuam nas atividades de esporte em cem escolas da região de Minas Gerais.

Confira o calendário dos cursos de extensão:

Rio Grande do Norte 06 e 07/08 - Natal
Maranhão 10 e 11/8 - Viana
Santa Catarina  12 e 13/08 - Criciúma
Minas Gerais 12 e 13/08 - Uberaba
Pará 13 e 14/08 - Bragança
Espírito Santo 18 e 19/08 - Cariacica
Minas Gerais 20 e 21/8 - Uberlândia
Maranhão 20 e 21/08 - São Luiz
Pará 20 e 21/08 - Santarém
Espírito Santo 20 e 21/8 - Serra
Bahia 20 e 21/08 - Ilhéus
Bahia 24 e 25/08 - Vitória da Conquista
Amazonas 26 e 27/08 - Manaus
Minas Gerais 27 e 28/08 - Vespasiano
Bahia 27 e 28/08 - Irecê
Ceará 31/08 e 01/09 - Camocim
Rio Grande do Norte 31/08 e 01/09 - Ceará – Mirim

Cleide Passos
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasileiro supera 108 rivais e é 9º em etapa da Copa do Mundo de Tiro Esportivo

(Divulgação/CBTE)(Divulgação/CBTE)
O paranaense Cassio Rippel, que no mês passado conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto na prova da pistola rápida 50m, por muito pouco não avançou para a final da etapa da Copa do Mundo de Tiro Esportivo, disputado na cidade de Gabala, no Azerbaijão.
 
Na terça-feira (11.08), o brasileiro, competindo na prova carabina deitado, terminou em 9º lugar. Para isso, ele teve que deixar para trás 108 rivais, já que 117 atletas disputaram as três eliminatórias.
Cassio somou 625,6 pontos e por apenas 7 décimos não avançou para a final, que reuniu apenas os oito melhores. A prova foi vencida pelo russo Kirill Grigoryan. A prata ficou com o norte-americano Matthew Emmon e o bronze com o tcheco Thomas Jerabek.
 
Com a 9ª colocação na prova, Rippel subirá algumas posições no ranking mundial e segue, assim, sua ascensão no ranking, já visando aos Jogos Olímpicos Rio 2016. 
 
Fonte: CBTE
Ascom - Ministério do Esporte
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No quarto dia de competições, Brasil leva mais 41 medalhas

Antonio Leme conquistou o bronze na Categoria BC3 da bocha. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPBAntonio Leme conquistou o bronze na Categoria BC3 da bocha. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB

O Brasil disparou no quadro de medalhas dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Com 135 medalhas (55 de ouro, 37 de prata e 43 de bronze), o país está na liderança e bem distante do segundo colocado, o Canadá, que tem 84 medalhas até o momento, sendo 25 de ouro. Nesta terça-feira (11.08), os brasileiros subiram ao pódio de atletismo, bocha, ciclismo de pista, halterofilismo e natação.



Bocha
As disputas individuais encerraram a participação da bocha no Parapan de Toronto. O Brasil bateu o recorde de ouros ao conquistar seis medalhas dentre sete possíveis. Nesta terça, o país venceu as quatro finais, três contra os donos da casa, e ainda levou dois bronzes. Ao todo, foram nove medalhas, seis de ouro e três de bronze, levando em conta as provas de duplas e equipe.

Natação
A natação chegou ao seu quarto dia de competições em Toronto e, como de costume, rendeu mais medalhas ao Brasil. Nesta terça-feira, foram 13: três de ouro, duas de prata e oito de bronze. Talisson Glock (200m medley SM6), Matheus Rheine (50m livre S11) e Carlos Farrenberg (50m livre S13) foram os responsáveis pelo topo do pódio. Já são 54 medalhas brasileiras na modalidade, sendo 19 de ouro, 14 de prata e 21 de bronze.

Halterofilismo
A modalidade chegou ao seu fim no Parapan de Toronto e totalizou a conquista de oito medalhas, a melhor campanha do Brasil na história. O país terminou em segundo lugar no quadro do halterofilismo, atrás apenas do México. Nesta terça, as medalhas vieram com Joseano dos Santos, ouro na categoria até 97kg, e Rodrigo Rosa de Carvalho, bronze na até 88kg.

Atletismo
Nas pistas e no campo da Universidade de York, o Brasil conquistou mais 19 medalhas no atletismo, incluindo dois pódios 100% nacionais. Foram oito ouros, oito pratas e três bronzes nesta terça.  Assim, o país continua na liderança do quadro de medalhas da modalidade, com 34 pódios até o momento.

A modalidade também contou com o retorno do campeão paralímpico Alan Fonteles, que não competia desde o Mundial de Lyon, em 2013, e conquistou a prata nos 100m T43/T44.

Ciclismo de pista
O brasileiro Lauro Chamam, que já havia conquistado o ouro na modalidade de estrada, voltou ao pódio nesta terça-feira, agora competindo no ciclismo de pista. A prata veio na prova de perseguição individual C4/5. Ouro e bronze para os colombianos Diego Dueñas e Edwin Matiz.

Tênis de mesa
Os mesatenistas garantiram nesta terça-feira as cinco primeiras medalhas do Brasil nas disputas por equipes. Esses pódios serão somados aos 24 já conquistados pela seleção nas disputas individuais (dez de ouro, oito de prata e seis de bronze). Esta já é a melhor campanha da história de um país no tênis de mesa do Parapan.

Goalball
O Brasil marcou duas goleadas nas disputas do goalball desta terça. No masculino, vitória por 10 x 0 em cima da Venezuela, mesmo placar que deu a vitória às mulheres contra a Nicarágua. Amanhã, a seleção feminina enfrenta a Guatemala, enquanto os homens encaram os canadenses.

Vôlei sentado
Os homens venceram a Colômbia por 3 sets a 0 (25/10, 25/16, 25/19), enquanto as mulheres foram derrotadas pelas norte-americanas, também por 3 sets a 0 (25/20, 25/20, 25/11). O vôlei sentado só conhecerá seus campeões na sexta-feira (14).

Basquete em cadeira de rodas
O Brasil perdeu a partida contra o Canadá no basquete feminino. Placar final: 82 x 51 para as donas da casa. Amanhã será a vez dos homens enfrentarem o México, às 17h15 (horário de Brasília).

Rúgbi em cadeira de rodas
Vitória brasileira em cima dos rivais argentinos no rúgbi em cadeira de rodas, por 63 x 37. Amanhã o adversário será o Chile, às 16h30 (horário de Brasília).

Tênis em cadeira de rodas
Em dia de disputas em duplas no tênis, o Brasil venceu as três partidas que disputou. Daniel Rodrigues e Carlos Santos venceram os mexicanos Carlos Muro e Raúl Ortega por 2 sets a 0 (0/6, 2/6), nas quartas de final. Já na semi, a dupla brasileira derrotou os canadenses Philippe Bedard e Joel Dembe por 2 sets a 1 (4/6, 6/4, 8/10), mesmo placar final da partida que deu a vitória a Rejane Cândida e Natália Mayara em cima das chilenas Macarena Cabrillana e Francisca Mardones (6/4, 3/6, 10/8).

 

Confira os vídeos do Parapan 2015


Fonte: Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministério do Esporte apoia maior competição júnior de luta olímpica do planeta

Teve início nesta terça-feira (11), em Lauro de Freitas (BA), o Mundial Júnior de Wrestling (Luta Olímpica), a maior competição júnior da modalidade do planeta. O evento acontece até o próximo domingo (16), no Centro Pan-Americano de Judô (CPJ), instalação esportiva que faz parte da Rede Nacional de Treinamento. Participam mais de 600 atletas na faixa de 18 e 21 anos de 62 países, como Azerbaijão, Japão e Estados Unidos, potências no esporte.
 
Pela primeira vez na América do Sul, o campeonato conta com apoio do Ministério do Esporte. A pasta investiu recursos da ordem de R$ 3 milhões para realização do campeonato, por meio de convênio assinado com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) do Estado. 
 
Na cerimônia de abertura, o Secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Carlos Geraldo Santana, destacou a importância da realização do campeonato no país. “Esta é uma oportunidade para divulgação e desenvolvimento da modalidade ainda pouco conhecida no Brasil, mas que já tem resultados importantes”, disse. 
 
(Cynthia Ribeiro/ME)(Cynthia Ribeiro/ME)
 
No Pan-Americano de Toronto, realizado em julho no Canadá, a atleta Joice Souza da Silva conquistou ouro inédito para o país na luta livre, na categoria até 58K. Aline Ferreira e Davi Albino também ganharam medalhas de bronze nas modalidades luta livre categoria até 75k e greco-romana na categoria 98kg, respectivamente, na competição. 
 
Vinte e quatro atletas brasileiros representam o Brasil no mundial júnior: oito do estilo greco-romano, oito do estilo livre feminino e oito do estilo livre masculino. No estilo greco-romano estão os medalhistas de prata no pan-americano Júnior 2015: Guilherme Evangelista, até 84kg, e Douglas Rocha, até 96kg. Participarão também do campeonato Joílson Júnior, até 66kg, e Calebe Corrêa, até 60kg, e Brenda Palheta do estilo livre feminino, até 63kg. 
 
Nesta terça-feira, primeiro dia de competição, foram realizadas lutas do estilo greco-romano nas categorias 50kg, até 60kg, até 74kg e até 96kg.
 
Investimentos na modalidade
Mesmo ainda pouco conhecida no Brasil, a luta olímpica conta com incentivos do Ministério do Esporte para estimular a prática da modalidade pelo país. A pasta celebrou sete convênios, nos últimos cinco anos, com a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) que resultaram em investimentos superiores a R$ 14 milhões. 
 
Os convênios objetivaram, por exemplo, a preparação dos atletas das seleções brasileiras com perspectivas de conquistas de medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Também proporcionaram a aquisição de materiais para Luta Livre, Greco-Romano e Luta Feminina para suprir a necessidade das regiões do país; implantação de núcleos de treinamento nos estados dos atletas selecionados; intercâmbio entre os estados; modernização e aquisição de materiais para o Centro Nacional de Alto Rendimento da CBLA, no Rio de Janeiro, para treinamento da equipe olímpica (Greco Romano, Livre e Luta Feminina); e contratação de equipe técnica e de técnicos internacionais.
 
Destaque também para o Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual a atletas do mundo. No exercício de 2015, 151 atletas da modalidade foram contemplados. O investimento previsto é de R$ 1,8 milhão no ano. Entre 2010 e 2014, 637 bolsas foram concedidas, num investimento da ordem de R$ 7,9 milhões. Do total dos competidores brasileiros no Mundial Júnior de Wrestling, 13 são contemplados pelo programa que completou dez anos em 2015.
 
Já pela Bolsa Pódio, categoria mais alta do programa e destinada a atletas com chances de disputar medalhas nos Jogos Rio 2016, três atletas são contemplados atualmente, o que representa um patrocínio de R$ 228 mil. 
 
(Cynthia Ribeiro/ME)(Cynthia Ribeiro/ME)
 
CPJ
Considerado o maior centro de treinamento das Américas e um dos maiores do mundo, o Centro Pan-Americano de Judô é resultado de um investimento de R$ 43,2 milhões, sendo R$ 19,8 milhões do Ministério do Esporte e R$ 18,3 milhões do estado da Bahia, por meio da Setre. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) aportou outros R$ 5,1 milhões para o projeto executivo e para a compra de uma parte dos equipamentos e mobiliário.
 
Trata-se de um complexo de 20 mil m² de área construída e conta com ginásio climatizado, quatro áreas oficiais para competições, arquibancadas para 1.900 pessoas, salas de apoio, restaurante, vestiários e academia. Há ainda um prédio administrativo, com auditório para até 200 pessoas, e alojamentos para 72 atletas. O local tem ainda quadra poliesportiva, piscina e pista de corrida de 100m.
 
Cynthia Ribeiro, de Lauro de Freitas (BA)
Ascom - Ministério do Esporte
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Seleção fecha primeiro dia por equipes com melhor campanha da história no tênis de mesa

(Divulgação/CBTM)(Divulgação/CBTM)
 
 
A seleção brasileira de tênis de mesa fechou o primeiro dia de disputas por equipes dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, com cinco medalhas garantidas. Assim, confirmou a melhor campanha de um país na história da competição. Após os duelos desta terça-feira (11.08), o pódio já é certo nas classes 1/2, 5, 6/8 e 9/10 masculinas e na 4/5 feminina. Dois ouros podem ser conquistados já nesta quarta (12).
 
As cinco medalhas se somarão às outras 24 conquistadas nas disputas individuais – dez ouros, oito pratas e seis bronzes –, encerradas na segunda-feira (10). Ao todo, serão ao menos 29 pódios, superando os 27 obtidos na edição de 2003, até então o melhor desempenho do país na história do Parapan.
 
Depois de confirmar presença nas semifinais das classes 9/10 masculina e 4/5 feminina, a seleção assegurou outras três medalhas. Claudiomiro Segatto, ouro na 5 individual, Alexandre Ank, bronze na 4, e Ivanildo Freitas superaram os Estados Unidos por 2 jogos a 0 pelo grupo único. Mais cedo, haviam derrotado a Colômbia também por 2 a 0.
 
(Divulgação/CBTM)(Divulgação/CBTM)
 
Diante dos norte-americanos, Claudiomiro e Ivanildo venceram, de virada, Erich Pattison/Jenson van Emburgh por 3 sets a 1, parciais de 7/11, 11/6, 11/6 e 11/5. Claudiomiro fechou o confronto batendo Van Emburgh em sets diretos (11/5, 11/6 e 11/5).
 
Na última rodada, os brasileiros disputarão o título com a Argentina, que conta com Mauro Depergola, Daniel Rodríguez e Gabriel Copola, quinto colocado do ranking mundial da Classe 3. A partida será disputada nesta quarta, às 12h10 (de Brasília).
 
Pela segunda rodada do grupo único da Classe 1/2, Iranildo Espíndola, Ronaldo Souza e Guilherme Costa – ouro, prata e bronze na 2 individual – venceram com tranquilidade os Estados Unidos por 2 a 0. Nas duplas, vitória de Iranildo e Guilherme por 3 sets a 0 (11/0, 11/2 e 11/6) sobre Sebastian de Francesco/Michael Godfrey.
 
Em seguida, Ronaldo foi à mesa e não deu chances ao adversário: 3 a 0, parciais de 11/5, 11/6 e 11/6, sobre De Francesco.
 
Na terceira e última rodada, nesta quarta, os brasileiros enfrentarão os cubanos, às 12h10. Se vencerem uma das três partidas do confronto, levam o título.
 
A seleção também garantiu medalha na Classe 6/8. Luiz Filipe Manara, ouro na 8, Paulo Salmin e Israel Stroh, campeão e vice na 7, fecharam o dia com duas vitórias por 2 a 0, sobre Equador e Estados Unidos, e avançaram antecipadamente às semifinais.
 
Na partida de duplas que abriu o segundo confronto do Grupo A, Salmin e Manara tiveram uma boa atuação e superaram os norte-americanos Ari Arratia/Daryl Sterling por 3 a 0 (11/6, 11/8 e 13/11). Em seguida, Manara passou por Arratia – 3 a 1 (11/4, 11/7, 8/11 e 11/8) – e definiu a vitória.
 
Os brasileiros enfrentarão a Costa Rica, nesta quarta, às 12h10, em busca da confirmação da liderança do grupo. As semis estão marcadas para as 17h.
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Luta pela prata
Cátia Oliveira, campeã individual no torneio 1/2, e Thais Severo, vice no 3, fizeram um duelo equilibrado com o México, mas acabaram superadas por 2 a 1. Assim, podem, no máximo, levar a prata no grupo único da Classe 1/3.
 
Nas duplas, Alma Padilla e Edith Sigala, que superou Thais na decisão individual, levaram a melhor por 3 a 1 (11/6, 11/7, 12/14 e 12/10). Cátia encarou Sigala de igual para igual no confronto seguinte, mas não resistiu: 3 a 1 (12/10, 11/5, 10/12 e 11/9) e ouro para as mexicanas.
 
As brasileiras duelarão pela prata com os Estados Unidos, nesta quarta, às 17h.
 
Confira os resultados desta terça-feira:
FASE DE GRUPOS - 1ª RODADA
11h - Classe 9/10 masculina - Brasil 2 x 0 Chile
11h - Classe 4/5 feminina - Brasil 2 x 0 Venezuela
12h10 - Classe 6/8 masculina - Brasil 2 x 0 Equador
12h10 - Classe 5 masculina - Brasil 2 x 0 Colômbia
12h10 - Classe 1/2 masculina - Brasil 2 x 0 Argentina
 
FASE DE GRUPOS - 2ª RODADA
17h - Classe 9/10 masculina - Brasil 2 x 0 Colômbia
17h - Classe 4/5 feminina - Brasil 2 x 1 Cuba
17h - Classe 3/4 masculina - Brasil 2 x 0 Canadá
18h10 - Classe 6/8 masculina - Brasil 2 x 0 Estados Unidos
18h10 - Classe 5 masculina - Brasil 2 x 0 Estados Unidos
18h10 - Classe 1/2 masculina - Brasil 2 x 0 Estados Unidos
18h10 - Classe 1/3 feminina - Brasil 0 x 2 México
 
Fonte: CBTM
Ascom - Ministério do Esporte
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Alan Fonteles mostra evolução em retorno às pistas no Parapan

(Marcelo Régua/MPix/CBP)(Marcelo Régua/MPix/CBP)
 
O retorno de Alan Fonteles às pistas no Parapan de Toronto veio com uma prata e um tempo inferior ao antigo recorde do torneio. O bicampeão paralímpico e recordista dos 200m na categoria T43 não defendia o Brasil desde julho de 2013, quando bateu a marca mundial nos 200m no Mundial de Lyon, na França. Em Toronto, Fonteles estreou nos 100m das categorias T43 e T44 e só ficou atrás do americano Jarryd Wallace, que cumpriu a distância em 10s71, novo recorde mundial. Alan fechou em 10s98, a melhor marca do continente na categoria dele. Até então, o tempo mais rápido pertencia ao americano Marlon Shirley, com 11s05, estabelecido no Parapan do Rio, em 2007.
 
“Já desencanei e estou com o psicológico tranquilo. Não tenho um ouro em Parapans, mas todos sabem que estou de olho no Mundial. A preparação é para lá. O Parapan é importante, mas é uma passagem”, diz Alan. O Mundial será em Doha, no Catar, de 21 a 31 de outubro. “Uma medalha como essa me motiva para mostrar não só pra mim, mas para todos, que os títulos que conquistei não foram em vão. Vou lutar por medalhas no Mundial e no Rio”, afirma.
 
(Marcelo Régua/MPix/CBP)(Marcelo Régua/MPix/CBP)
 
Ciro Winckler, coordenador do atletismo brasileiro, afirmou ter ficado satisfeito com o desempenho. “O que colocamos como meta no processo de reconstrução temos conseguido. Ele teve o ano sabático e voltar não é fácil. Aqui ele começa a apresentar resultados. Não ganhou, mas sabe a partir de agora a demanda, que é treinar mais do que estava treinando”.
 
Para garantir melhores resultados e o ouro no Mundial, o atleta pretende melhorar a largada e evitar a perda de velocidade no fim. "Acho que nos 20 ou 30 metros decisivos estou caindo um pouco. São pequenos e grandes detalhes que preciso melhorar”.
 
Alan Fonteles ainda correrá sua principal prova na sexta-feira em Toronto. Os 200m T44 serão disputados com Richard Browne e David Prince, ambos dos Estados Unidos. A competição está marcada para 17h25 (de Brasília). “Se conseguir correr a minha melhor marca, posso conseguir o ouro. Nesta prova, mais longa, tenho mais tempo para alcançar o resultado”, explicou o atleta. Alan pretende disputar os 100m, 200m e 400m no Rio. 
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Leonardo Dalla, de Toronto (Canadá)
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Bronze no Parapan representa mais um renascimento de Rosinha Santos

Rosinha Santos conquistou a medalha de bronze no arremesso de peso. Foto: Washington Alves/MPIX/CPBRosinha Santos conquistou a medalha de bronze no arremesso de peso. Foto: Washington Alves/MPIX/CPB

Em meio as 19 medalhas que o Brasil conquistou no atletismo nesta terça, um dos três bronzes referendados teve significado simbólico. A medalhista paralímpica Rosinha Santos cumpriu a primeira prova do arremesso de peso na categoria F56/57 em seu último Parapan. Subiu ao pódio depois de um afastamento de um ano causado por um câncer linfático na garganta descoberto em janeiro de 2014.

“Passa um filme na minha cabeça de tudo o que fiz, do que aconteceu comigo, de ter sido a última convocada para estar aqui”, diz. O tratamento foi longo e, segundo ela, doloroso. "Não podia tomar sol, não podia fazer esforço e tive que me afastar do esporte. Só em 19 de janeiro recebi alta para começar a treinar levemente. Fui trabalhando até chegar aqui”, relata.

Antes de seguir carreira no esporte, Rosinha trabalhava como empregada doméstica. Aos 18 anos foi atropelada por um motorista embriagado e perdeu a perna. A partir daí, se dedicou ao esporte e hoje, aos 43 anos, encara o retorno como uma nova redenção. “Quando fiquei sabendo do câncer pensei que nunca mais iria competir. Achei que tudo tinha acabado. Mas foi um recomeço. Foi onde encontrei forças para tentar chegar ainda mais longe”, conta. Por isso, o bronze tem projeção tão especial. "Para mim, é como se tivesse um ouro no peito, porque mesmo com toda a dificuldade eu ganhei”, disse, emocionada.

A multimedalhista tem um histórico de respeito. Faturou nos Jogos de Guadalajara, em 2011, um ouro no lançamento de disco e um bronze no arremesso de peso. Nas Paralímpiadas de Sydney, em 2000, foi campeã e recordista mundial ganhando dois ouros nos arremessos de peso e disco. “Este é meu último Parapan e em 2016 vou disputar a última paralímpiada. Se o treinamento até agora foi leve em função do retorno da doença, agora vai ser pesado. Vou treinar como treinei para Sydney”, brinca.



Dois pódios 100% nacionais
Além do bronze de Rosinha, o atletismo teve nesta terça mais 18 medalhas, com dois pódios 100% nacionais. Foram oito de ouro, oito de prata e dois bronzes adicionais. A campanha nacional mantém o Brasil na liderança do quadro da modalidade, com 34 medalhas: 14 ouros, 12 pratas e oito bronzes.

O primeiro pódio 100% do dia foi nos 100m T11, com ouro para Teresinha Guilhermina, prata para Jhulia Kharon e bronze para Jerusa Geber. “O tempo eu não gostei muito, mas a corrida foi boa. Tenho muito a melhorar e vou trabalhar por uma marca melhor”, avaliou Teresinha. O segundo pódio integralmente nacional foi no salto em distância T11/12, com ouro para Silvana Oliveira, prata para Thalita Simplício e bronze para Lorena Spoladore.

Também faturaram medalhas douradas os atletas Yeltsin Ortega, nos 5.000m T12; Shirlene Coelho, no Lançamento de Dardo F37/38; Edson Pinheiro, nos 100m T38; Gustavo Araújo, nos 100m T13; Mateus Evangelista, nos 100m T37; e Felipe Gomes, nos 400m T11.

As pratas vieram para Lucas Prado, nos 100m T11, Lucas Ferrarri, nos 100m T37, Tascitha Oliveira, nos 200m T36, Alan Fonteles, nos 100m T43/44 e Alice Correa, nos 100m T12.

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Leonardo Dalla, de Toronto, Canadá
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Com direito a vitórias em família, bocha conquista seis ouros de sete possíveis

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A ideia inicial pode ser a de isolamento. Afinal, são pessoas com deficiências severas, como paralisia cerebral grave, tetraplegia e distrofia muscular. Mas, em um contato mais próximo, percebe-se que um olhar é uma fonte de comunicação poderosa. São os pequenos gestos que fazem a diferença na bocha, um esporte de estratégia e precisão. E a intimidade ajuda a proporcionar o entendimento completo das sutilezas.

Em duas das quatro categorias da modalidade exclusivamente paralímpica, os jogadores recebem auxílio de assistentes, responsáveis por posicionar a bola em uma rampa para o lançamento, chamada calha. Mas os ajudantes ficam de costas para a quadra, o que não os impede de “ver” o jogo no rosto do parceiro. “O meu sistema é mexer a cabeça para um lado, para outro, mas ela consegue ler o jogo nos meus olhos”, afirma Richardson Ferreira, auxiliado pela esposa Adriana Almeida. “Ela me conhece muito e sente quando a partida está difícil ou quando estou indo bem. O calheiro fica em uma agonia muito grande, porque não vê nada que acontece”.

A regra existe para evitar interferências externas, mas os atletas podem falar ou indicar com gestos ou olhares como querem direcionar a calha e com qual inclinação. Neste momento, a cumplicidade ajuda. “Ele pensa e eu sei o que ele quer, no olhar, no aspecto facial. Essa união é 24 horas e isso ajuda no jogo. Eu me dedico para a competição e para apoiá-lo. A gente traça estratégia juntos, assiste às partidas dos oponentes, sente qual é a dificuldade do adversário e tenta traçar o melhor caminho”, conta Adriana, exibindo a medalha de ouro conquistada nesta terça-feira (11.08) ao lado do esposo. Na final, 8 x 1 no canadense Eric Bussiere na classe BC3.

Na mesma categoria, Antônio Leme levou o bronze ao superar a compatriota Daniele Martins. Auxiliado pelo irmão Fernando, ele resume a importância da parceria. “É sensacional. Ele me põe para cima. A bocha é minha vida”. O calheiro entende que o entrosamento fora de quadra auxilia no desempenho nas competições. “A gente sempre foi unido desde pequeno. Estarmos juntos numa competição com nível tão grande é um prazer imenso. E ele necessita de um assistente que fale a mesma língua, entenda o olhar, o gesto, que saiba o que ele está pensando. Ter esta intimidade fora da quadra facilita nosso trabalho”.

Richardson Ferreira e a calheira e esposa Adriana Almeida comemoram o ouro na prova individual da classe BC3. (Foto: Leandra Benjamin /MPIX/CPB)Richardson Ferreira e a calheira e esposa Adriana Almeida comemoram o ouro na prova individual da classe BC3. (Foto: Leandra Benjamin /MPIX/CPB)

Pódio familiar
A família da bocha também pintou de verde e amarelo outro pódio do Abilities Centre. Os irmãos Eliseu e Marcelo Santos participam da categoria BC4, na qual os atletas não necessitam de ajudantes, e levaram o primeiro e o terceiro lugar, respectivamente. “Você poder participar de uma competição deste nível é a realização de um sonho. E estar ao lado do meu irmão no pódio é algo maravilhoso”, disse Marcelo.

Mais um caso em que a convivência ajudou no crescimento mútuo. “Nós treinamos juntos, um ajuda ao outro. Eu não gosto de perder para ele e nem ele para mim e, assim, vamos ficando melhor”, afirma Eliseu, que foi um incentivo para o irmão se dedicar à bocha, quando voltou para casa com um ouro e um bronze das Paralimpíadas de Pequim 2008. “Aquilo me incentivou a seguir a carreira e ir junto com ele”, conta o caçula Marcelo.

O apoio entre eles passa do incentivo nos treinos e serve para superar a saudade do ambiente familiar. “Viajei e deixei mãe, esposa, filho... então é bom estar aqui ao lado do Marcelo e das pessoas que fazem parte dessa família da bocha”.

Resultados
As disputas individuais encerraram a participação da bocha no Parapan de Toronto. O Brasil bateu o recorde de ouros ao conquistar seis medalhas dentre sete possíveis. Nesta terça (11.08), o país venceu as quatro finais, três contra os donos da casa, e ainda levou dois bronzes. Ao todo, foram nove medalhas, seis de ouro e três de bronze, levando em conta as provas de duplas e equipe.

Na classe BC1, José Chagas fez 8 x 0 no canadense Hanif Mawji; na BC2, Maciel de Souza anotou 8 x 0 no também canadense Adam Dukovich.

A disputa da BC3, teve Richard Ferreira fazendo 8 x 1 em Eric Bussiere, do Canadá, e Antônio Leme anotando 4 x 1 sobre Daniele Martins na luta pelo bronze.

Na BC4, Eliseu Santos superou o colombiano Euclides Grisales por 9 x 6, enquanto Marcelo Santos ganhou o bronze sobre a canadense Alison Levine ao fazer 5 x 1.

O país ainda teve ouros nas duplas da classe BC4 e na disputa por equipes, classe BC1/BC2. O outro bronze veio nas duplas na classe BC3.

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Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
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O bicho-papão no halterofilismo é do México, mas o Brasil também já assusta

 
 
A torcida orgulhosa diante do hino era um sinal. A forte presença de imprensa para os padrões do Parapan, o sinal de uma quase certeza. A Arena de Mississauga, no Canadá, comportava nesta terça-feira (11.08) um público mexicano que sabia estar em território favorável no último dia do halterofilismo. A atração, para eles, era um atleta tratado sempre por superlativos. "Aquele é o bicho-papão", disse Joseano dos Santos, brasileiro que conquistou nesta terça (11.08) o ouro na categoria para atletas de até 97kg. "É uma potência da Américas, entre os três melhores do mundo e cotado para pódio no Rio", completou um dos técnicos da equipe brasileira, Valdecir Lopes.
 
José Castillo Castillo não decepcionou. Ainda que tenha dado um susto em si e na audiência ao não concluir o primeiro levantamento a que se propôs (215kg) na forma apropriada, conseguiu se recompor com sobras. Levantou os 215kg na segunda tentativa e, mesmo com o ouro já garantido na terceira e última, encerrou a participação no Parapan referendando um novo recorde do torneio, com 225kg. Para se ter ideia do quanto ele sobra na categoria para atletas com mais de 97kg, o segundo lugar, o colombiano Fabio Torres, levantou 192kg.
 
(Fernando Maia/Mpix/CPB)(Fernando Maia/Mpix/CPB)
 
"Foi um pouco tenso. O primeiro não se falha, este é o meu lema, mas infelizmente não funcionou assim hoje. Mesmo assim, eu tinha toda uma preparação e não poderia sair sem apresentar o resultado que sabia que poderia render", disse Castillo Castillo, lisonjeado com os elogios dos brasileiros. "Saio daqui com muita alegria por contribuir para que o México tenha ainda mais medalhas, principalmente com o recorde continental", completou. De fato, o México fechou a modalidade na dianteira do quadro de medalhas específico, com três ouros, quatro pratas e dois bronzes, um total de nove medalhas.
 
O Brasil, contudo, há tempos deixou de ser coadjuvante. O país sai da competição com oito medalhas, sendo três ouros, uma prata e quatro bronzes, em segundo na classificação geral e com a melhor campanha na história do torneio. Antes, o resultado mais expressivo tinha sido no Rio, em 2007, com cinco medalhas (um ouro). "Ele é o cara das Américas, mas a gente está chegando", avisou Joseano, que levantou 200kg para ouvir o hino em Toronto. Com os treinos supervisionados em Natal e períodos de concentração com a Seleção em Uberlândia, ele tem a meta de chegar ao Rio levantando 220kg.
 
"É o peso para que ele possa, de fato, ter chances de brigar por medalhas", afirmou Valdecir Lopes. "Nos treinos já estou em 205kg, 210kg. Espero fechar o ano com 215kg e correr atrás da meta", disse Joseano.
 
(Fernando Maia/Mpix/CPB)(Fernando Maia/Mpix/CPB)
 
Baleado
Policial militar baleado numa troca de tiros numa fuga de penitenciária em 4 de novembro de 2000, ele ficou sem os movimentos das pernas. Durante a reabilitação, encontrou a natação num clube em Natal, mas, com o porte físico apropriado, foi convidado em 2005, para testar o halterofilismo. Gostou e em 2007 já estava no Parapan do Rio. "Lá ainda era inexperiente. Queimei os três levantamentos e fui eliminado. Cheguei a pensar em largar, mas valeu a insistência", celebrou, com o ouro e o mascote Patchi em mãos.
 
Outro brasileiro que subiu ao pódio no último dia de competições foi Rodrigo Rosa de Carvalho, bronze na categoria até 88kg. O ouro ficou com com o cubano Jesus Drake Vega e a prata com o venezuelano Cesar Campo.
 
Outros monstros
Para os Jogos Rio 2016, as grandes potências a serem batidas, tanto por brasileiros quanto por mexicanos, são o atletas da China, da Nigéria e do Egito. "Eles têm caras de ponta em praticamente todas as categorias. Mas nós estamos na cola", afirmou Valdecir. Um dos caminhos para possibilitar um pódio que seria inédito no Rio de Janeiro, segundo o treinador, tem sido a consolidação de uma rede de treinamento em vários pontos do Brasil. "Temos estruturas no Rio Grande do Norte, no Amazonas, em Santa Catarina, em Minas Gerais e três em São Paulo. São locais montados para recrutamento e formação de atletas, da base ao profissional", explicou Valdecir.
 
O modelo mexicano, por sua vez, é de intensidade variável de acordo com os eventos no horizonte. "Às vezes treinamos de segunda a sábado, às vezes de segunda a sexta. Em algumas ocasiões é necessário treinar em sábados e domingos. São sessões extenuantes, de duas, três horas", conta o atleta, orgulhoso da trilha que percorreu. "Veja só: há 15 anos eu estava em casa quando vi pela televisão atletas do México se destacando nessa modalidade nos Jogos de Sydney, na Austrália. Vi e pensei. Quero fazer igual", disse. Hoje, tricampeão dos Jogos Parapan-Americanos, ele cumpre esse papel de referência e já pensa no Brasil. "O Rio me encanta. Estive três vezes lá e ganhei as competições. Gosto demais. Espero que vá bem em 2016 e consiga trazer um melhor resultado nos Jogos Paralímpicos".  
 
O Ministério do Esporte tem dois convênios vigentes com o Comitê Paralímpico Brasileiros. Juntos, eles somam R$ 40 milhões e têm impacto tanto na viabilização da preparação da delegação brasileira para o Parapan como na estruturação das modalidades, com equipamentos e locais de treinamento. Individualmente, entre os 15 convocados do halterofilismo em Toronto, 11 são contemplados com a Bolsa Atleta e uma, Márcia Menezes, é beneficiada pela Bolsa Pódio.
 
Regras
A modalidade reúne diferentes tipos de deficiência em uma mesma disputa. O halterofilismo é o único esporte do programa em que os atletas são categorizados pelo peso corporal. Podem competir atletas com nanismo (anões), amputação, deficiência em membros inferiores, lesão na medula espinhal ou paralisia cerebral.
 
Deitados em um banco, eles precisam realizar o movimento do supino: primeiro, devem segurar a barra, com os braços esticados. Então, precisam flexionar os braços e descer a barra até a altura do peito, antes de erguê-la novamente para a posição inicial. Há três chances para executar o movimento, sendo validado o maior dos pesos.
 

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Gustavo Cunha - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
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Dirigentes e jogadores agradecem presidenta Dilma pela conversão da MP do Futebol em lei

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME

Representantes de clubes de futebol, do movimento Bom Senso F.C e de parlamentares, estiveram na tarde desta terça-feira (11) no Palácio do Planalto, em Brasília, para agradecer e parabenizar a presidenta Dilma Rousseff pela sanção da MP 671, que trata, entre os pontos, da modernização do futebol brasileiro e do refinanciamento das dívidas dos clubes.

A presidenta reconheceu o esforço de todos os envolvidos na elaboração e aprovação do mecanismo legal, além de ressaltar que a legislação é um ponto de partida para o desenvolvimento do esporte mais popular do país. “Agora, o jogo é com os senhores. Nós esperamos que esta legislação contribua de fato para que a partida seja jogada com toda a competência que caracteriza o futebol brasileiro e que seja um ponto de partida para o processo de modernização que todos nós queremos”, disse.

Com a lei, as agremiações interessadas em parcelar os débitos com a União devem aderir ao Programa de Modernização do Futebol Brasileiro (Profut). A permanência no Profut está condicionada ao cumprimento de contrapartidas, com foco em gestão e responsabilidade fiscal.

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/MEDurante o encontro, o ministro do Esporte, George Hilton, lembrou o fato de que a conversão da MP 671 em lei representa mais um momento histórico para o futebol brasileiro. “Gostaria de agradecer à presidenta Dilma, que, desde o primeiro momento que assumi o Ministério do Esporte, me deu à incumbência de trabalhar na elaboração do projeto. Me sinto orgulhoso em fazer parte do seu governo e, mais do que isso, que os avanços que o futebol terá nos próximos anos serão um reflexo da atitude importante que o governo tomou para a defesa do futebol e do esporte no país”, afirmou.  

A presidenta revelou ainda que, antes de enviar o texto para a aprovação no Congresso Nacional, ela fez um pedido especial. “Nós não queremos mais exportar jogadores, mas queremos exportar o espetáculo. É exportar agregação de valor, pois sabemos o quanto o futebol brasileiro é capaz e competente para proporcionar o espetáculo”, apontou.

Em nome dos mais de 20 mil jogadores profissionais do Brasil, o atleta Thiago Gasparino representou o movimento Bom Senso F.C. “Gostaríamos de agradecer mais uma vez pelo esforço em defesa da reforma do futebol brasileiro. A lei estabelece pilares fundamentais para um novo tempo no futebol brasileiro”, falou, ao acrescentar que a economia do futebol só tem a ganhar com a lei.  

O instrumento legal que apresenta um conjunto de medidas que visa à responsabilidade, modernização e governança dos clubes, foi exaltado pelo presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.

Para o dirigente, voltar no Palácio do Planalto depois de dois anos e meio de debates para elaboração e aprovação da lei representa a porta de entrada de grandes mudanças que queremos empreender no futebol brasileiros. “Volto aqui não somente para agradecer ou comemorar o fim de longos anos de trabalho. A lei é um fantástico ponto de partida para várias medidas para modernizar e moralizar o futebol brasileiro. Sem o ponto de partida, não iríamos a lugar nenhum”, analisou.

“Posso dizer com orgulho que o Flamengo hoje cumpre com todas as contrapartidas previstas na Lei. Com conta disso, o que tem de novidade para nós é a parte boa, o refinanciamento da dívida. Isso coroa um esforço que estamos fazendo de sacrificar os objetivos esportivos em nome da recuperação da dignidade do clube. Agora, chegou o ponto que poderemos competir em igualdade de condições, pois todos terão que seguir a mesma diretriz e andar na linha”, completou o Bandeira de Mello.   

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME

Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte
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Bolsistas garantem vaga nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

(Arquivo pessoal)(Arquivo pessoal)Atletas da modalidade Tiro ao Prato, a gaúcha Janice Gil Teixeira e a paulistana Daniela Matarazzo Carraro, ambas contempladas com a Bolsa-Atleta do governo federal, receberam uma ótima notícia em agosto.
 
A Confederação Brasileira de Tiro Esportivo confirmou em seu site que ambas tiveram a titularidade confirmada na equipe que defenderá o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Janice, bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003, competirá na prova da Fossa Olímpica. Daniela, campeã sul-americana no ano passado, no Chile; e dona de duas medalhas no Campeonato das Américas (ouro no Rio de Janeiro, em 2008; e bronze no México, no ano passado), disputará a prova Skeet.
 
Janice está no Azerbaijão, onde 14 atletas do Brasil disputam, até o domingo (15.08), a penúltima etapa da Copa do Mundo, na cidade de Gabala. O evento reúne 1.110 atletas, de 90 países, e, além das medalhas, eles brigam pelas 34 vagas que serão distribuídas para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Janice compete no sábado (14.08).
 
Nascida em Osório, no Rio de Grande do Sul, Janice, hoje com 53 anos, pratica o tiro esportivo desde 1996. “Eu joguei vôlei por muito tempo e passei para o tiro justamente porque é um esporte que não tem limite de idade”, explicou. "Comecei por acaso, em Bento Gonçalves, e deu certo. Tanto que em 2003, em Santo Domingo, já fui medalhista nos Jogos Pan-Americanos”, recordou.
Para ela, a confirmação da vaga para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro é algo mágico. Principalmente porque será sua primeira Olimpíada. “Eu estou conquistando algo que é o sonho de todo atleta brasileiro. Para mim é fechar um ciclo muito importante. Acho que vai ser uma sensação muito boa poder ver no rosto dos brasileiros a alegria no momento em que nossos atletas começarem a ter bons resultados no Rio”.
 
(Arquivo Pessoal)(Arquivo Pessoal)
 
Sobre a competição no Azerbaijão, Janice ressaltou o elevado nível técnico e disse que se trata de mais um passo na preparação para 2016. “Aqui é uma Copa do Mundo e é muito maior do que as Olimpíadas em número de atletas. O nível dessa competição aqui está muito alto. Só faltam duas etapas da Copa do Mundo, essa e a próxima, na Itália, em setembro. E todo mundo está querendo a vaga para o Rio. Da minha parte, quero fazer uma boa Copa do Mundo, principalmente já fazendo um trabalho voltado para as Olimpíadas do Rio, no ano que vem”, encerrou.
 
Orgulho da família
Descendente de italianos, Daniela Carraro dificilmente não se apaixonaria pelo tiro. Afinal, em sua família, o esporte é algo de forte tradição. “Sou de ascendência italiana e em algumas regiões da Itália o tiro é bastante praticado. Desde meu tataravô, sempre houve alguém na família que praticava o tiro”, contou a atleta. Com isso, ela começou a dar os primeiros tiros bem cedo, influenciada pelo pai. “Com 4 anos já comecei a atirar, de chumbinho. E com 8 anos comecei no tiro ao prato”.
 
O tiro foi levado como um hobby por um bom tempo. Até que os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007 mudaram a vida de Daniela, hoje com 30 anos. “Minha carreira como atleta de alto rendimento nasceu em 2007, quando um amigo perguntou se eu não iria para o Pan”, recorda. “Isso nem passava pela minha cabeça. Mas ele me disse que só eu praticava o skeet feminino no Brasil e falou que se eu não participasse o país ficaria sem ninguém nessa prova no Pan. Aí a Confederação entrou em contato comigo, comecei a treinar com um técnico da Confederação, o Carlo Danna, que é o meu treinador até hoje, e a partir daí tudo começou”, detalhou a atiradora.
 
 
A confirmação de seu nome para os Jogos do Rio 2016 já era algo que ela esperava.  “Essa vaga não foi uma grande surpresa, para ser bem sincera. Como o tiro não é muito difundido do Brasil, existem pouquíssimas atletas na minha prova. Por ser país-sede, a Confederação tinha que indicar uma atleta para essa prova e eu sou a única brasileira com índice e a única que compete fora do país. Eu fiz esse índice no ano passado em todos os campeonatos internacionais que participei e estava esperando só a oficialização de que a vaga seria minha”, explicou.
 
Entretanto, quando a confirmação veio, a alegria na família foi enorme. Afinal, pela primeira vez, apesar de toda a tradição, os  “Matarazzo Carraro” terão a honra de ver um representante disputar os Jogos Olímpicos.
 
“É uma coisa que todos apóiam muito. Todos estão muito orgulhosos e para mim é um motivo de grande felicidade. Eu já fui a alguns Pans, estive em Toronto, no mês passado, mas essa vai ser minha primeira Olimpíada. Participar de uma Olimpíada é o maior sonho de todo atleta e sendo no nosso país é ainda mais especial. Tenho muita sorte e sou muito grata por ter essa oportunidade e farei tudo o que estiver ao meu alcance para estar no Rio competindo da melhor forma possível”.
 
Apoio no trabalho
Formada em administração de empresas, Daniela, depois do Pan do Rio, foi forçada a dar um tempo no esporte para se dedicar ao início da carreira profissional. Mas, assim que conseguiu se firmar no mercado, voltou com tudo ao tiro e essa decisão a levou aos Jogos Rio 2016.
 
Hoje, ela comemora o fato de trabalhar em uma empresa que a apóia e que entende suas necessidades como atleta de alto rendimento. “Eu fiquei um tempo sem atirar depois do Pan, pois tinha me formado e tinha iniciado a minha carreira profissional. Passei alguns anos sem atirar, cresci na minha carreira e atingi um nível em que posso negociar uma certa flexibilidade em meu trabalho. Graças a Deus, hoje eu atuou em uma empresa que permite que eu tenha essa flexibilidade”, comemora.
 
Daniela treina entre três e quatro vezes por semana e, com a vaga confirmada, já sabe o que pretende fazer até agosto de 2016, quando defenderá o país no Rio de Janeiro. “Estou me programando para fazer o melhor do que eu posso nesse último ano. Pretendo participar de todas as etapas da Copa do Mundo. Esse ano, vou competir na Itália, em setembro. Depois disso, sigo treinando e, no ano que vem, vou participar de três etapas da Copa do Mundo antes das Olimpíadas”, adiantou.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
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Federação Internacional de Hipismo faz balanço positivo de evento-teste

 
Depois de acompanhar de perto o Aquece Rio: Concurso Completo Internacional, a Federação Internacional de Hipismo (FEI, em inglês) fez um balanço positivo do que viu durante o evento-teste, realizado entre 6 e 9 de agosto. As áreas de competição da arena principal, os estábulos e a operação do cross country foram aprovados pelos membros da entidade que estiveram no Rio de Janeiro.
 
“Vimos um progresso muito grande na infraestrutura entregue a tempo para o evento-teste e uma competição eficiente”, destacou Tim Hadaway, diretor de competições da FEI. “Tem muito trabalho pela frente para deixar a instalação nos padrões necessários para nossos atletas humanos e equinos”, acrescentou.
 
(Gabriel Heusi/ME)(Gabriel Heusi/ME)
 
Para Gilbert Felli, diretor do Comitê Olímpico Internacional (COI), a experiência no Centro Nacional de Hipismo cumpriu seu papel. “Estamos satisfeitos. O evento-teste é uma excelente ferramenta para começar a construir a equipe por meio da integração das diferentes partes envolvidas: esportiva, governamental e do comitê organizador. É para isso que fazemos um evento como este, para corrigir as coisas que precisam ser corrigidas e ter certeza de que todos estejam na mesma página para o ano que vem. O Rio entregou o que se esperava”, elogiou.
 
Além de avaliar a qualidade das instalações esportivas, o Aquece Rio também serviu para testar outras áreas de operação, como resultados, tecnologia de placares e cronometragem, áreas de treinamento, serviços médicos e veterinários, procedimentos sanitários e de biossegurança, antidoping (para cavalos e cavaleiros), credenciamento e operações de mídia.
 
De acordo com o diretor-geral do Parque Olímpico de Deodoro, Mike Laleune, o evento-teste apontou aos organizadores as áreas que precisam de ajustes. “No geral, estou bastante feliz com o resultado. Coroou muitos meses de trabalho duro e preparação. Mas mais importante do que isso, nos deu uma ideia clara de quais operações precisam de melhorias para que realizemos os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no ano que vem.”
 
(Gabriel Heusi/ME)(Gabriel Heusi/ME)
 
Especialista da FEI em pisos de competição de hipismo, Lars Roepstorff indicou que o Centro está no caminho certo para estar em condições ideais no ano que vem, mas é necessário muito cuidado nos próximos 12 meses. “O material e a instalação definitivamente têm potencial para estarem excelentes no ano que vem, mas é vital que seja feita a manutenção correta até lá. Tudo está no lugar certo para que tenhamos excelentes Jogos e para que nossos atletas sejam bem recebidos”, destacou.
 
A competição em si recebeu apenas conjuntos brasileiros, mas o evento-teste contou com a presença de representantes de 16 países no Centro Nacional de Hipismo para avaliar a instalação. O Programa de Observação trouxe ao Brasil membros das delegações de Austrália, Canadá, República Tcheca, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Irlanda, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Suécia e dos Estados Unidos.
 
Ao fim do evento, os estrangeiros também voltaram a seus países satisfeitos com o que viram. “Tendo visto o local pela primeira vez em 2011, o desenvolvimento e o progresso encontrados foram agradáveis surpresas e eles merecem bastante crédito por isso”, opinou Will Connell, diretor de esportes da federação norte-americana de hipismo. “Claro que há áreas a melhorar, mas foi encorajador ver que já foram identificadas. Não são grandes problemas e são fáceis de resolver. Se continuarem desenvolvendo neste ritmo, teremos uma das melhores instalações olímpicas e paralímpicas que já vimos”, encerrou.
 
Ascom – Ministério do Esporte, com informações da CBLA
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Brasil conquista medalha inédita no Paraciclismo de Pista nos Jogos Parapan-Americanos

(Divulgação/Confederação Brasileira de Ciclismo)(Divulgação/Confederação Brasileira de Ciclismo)
 
 
Após o ouro de Lauro Chaman na prova de resistência do Paraciclismo de Estrada, o Brasil voltou ao pódio nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Na segunda-feira (10.08), Luciano da Rosa e seu piloto Edson Rezende conquistaram o bronze no Tandem, prova mista para deficientes visuais. Eles se tornaram os primeiros atletas do país a subir ao pódio na prova em Jogos Parapan-Americanos.
 
Na disputa pelo terceiro lugar da prova de Perseguição Individual, os brasileiros fecharam o percurso de 4.000 metros em 4min43s034, vencendo a dupla argentina Raul Villalba e Ezequiel Romero da Argentina (4min51s636). O ouro ficou com Daniel Chalifour e Alexander Cloutier, do Canadá, e a prata foi para Nelson Serna e Sebastian Durango, da Colômbia. Na mesma prova, as brasileiras Marcia Fanhani e a piloto Mariane Ferreira alcançaram a oitava colocação (5min34s109).
 
(Divulgação/Confederação Brasileira de Ciclismo)(Divulgação/Confederação Brasileira de Ciclismo)
 
“O Brasil tem evoluído bastante nos últimos anos. Após um amadurecimento natural dos atletas, os resultados estão surgindo em várias classes e agora no Tandem. Me sinto honrado de ajudar meu país a subir ao pódio e espero que essa medalha sirva para dar maior visibilidade ao Paraciclismo, atraindo novos atletas”, declarou Luciano.
 
A segunda-feira em Toronto também foi boa para o campeão Lauro Chaman, que competiu no 1 km Contrarrelógio e terminou no Top-5 da classe C1-5 (1min08s974). O compatriota Soelito Gohr ficou com a 14ª colocação (1min13s186). Subiram ao pódio os norte-americanos Joseph Berenyi, que levou o ouro (1min07s195), e Justin Widhalm, que ficou com o bronze (1min07s987), e o colombiano Edwin Matiz, que garantiu a prata (1min07s779).
 
Os paraciclistas retornam à pista nesta terça-feira (11.08), com Lauro e Soelito disputando a prova de perseguição individual e as duas duplas do tandem, Luciano/Edson e Marcia/Mariane, no 1 km Contrarrelógio. Na quinta-feira (13.08), os atletas encerram sua participação na competição no Canadá na prova de Contrarrelógio do Paraciclismo de Estrada.
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Fonte: Confederação Brasileira de Ciclismo
Ascom – Ministério do Esporte, com informações da CBLA
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Golfe: Miriam Nagl assume liderança na luta por vaga olímpica

(Divulgação/Confederação Brasileira de Golfe)(Divulgação/Confederação Brasileira de Golfe)A golfista Miriam Nagl terminou, no último fim de semana, a disputa do Tipsport Golf Masters, etapa do Ladies European Tour (LET), disputada na República Checa, empatada em 14º lugar. O resultado a fez saltar 161 posições no ranking mundial feminino, o Rolex Rankings.
 
Agora na 586ª colocação, ela é a brasileira mais bem classificada. Se os Jogos Rio 2016 fossem hoje, ela seria a representante brasileira na competição, pois ficaria com a vaga garantida ao país sede.
 
Miriam, que nasceu no Paraná, mas vive na Alemanha desde os 8 anos, somou 206 tacadas no torneio. A campeã foi a inglesa Hannah Burke, com 200.
 
A paulista Victoria Lovelady, que disputa o LET Access e que jogou o Tipsport Golf Masters a convite dos patrocinadores, não passou o corte por duas tacadas. Ela é atualmente a segunda melhor brasileira no ranking mundial, na 608ª colocação.
 
Masculino
A disputa pelas vagas olímpicas masculinas segue inalterada. O gaúcho Adilson da Silva ficou no último fim de semana em 4º lugar no Sun City Challenge, torneio do Sunshine Tour (circuito da África do Sul). O resultado o fez subir apenas seis posições no ranking mundial masculino. Agora ele está em 327º lugar.
 
O melhor brasileiro ainda é o paulista Lucas Lee, que ficou em 43º lugar no Digital Ally Open, etapa do Web.com Tour, disputada no Kansas (EUA). Ele não pontuou nesta semana, mas mesmo assim ganhou três posições e agora está em 288º. Se os Jogos Olímpicos Rio 2016 fosse hoje, Lee e Silva estariam classificados por mérito próprio, sem depender da vaga garantida ao país sede.
 
As 60 vagas para o masculino e 60 para o feminino do golfe olímpico serão definidas pelo ranking mundial profissional. Os 15 primeiros do ranking têm classificação garantida, com o limite máximo de quatro representantes por país. As demais vagas serão preenchidas seguindo a ordem no ranking, com um limite de até dois competidores da mesma nacionalidade, o que explica a classificação de atletas que estão dentro do top 400 do mundo.
 
Ascom – Ministério do Esporte, com informações da CBLA
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Daniel Paiola conquista vitórica histórica no Mundial de Badminton na Indonésia

Foto: DivulgaçãoFoto: DivulgaçãoO brasileiro Daniel Paiola conquistou uma vitória histórica na madrugada desta terça-feira (11). Na partida de estreia no Mundial de Badminton na Indonésia, o jogador superou o austríaco David Obernosterer por 2 sets a 1 e garantiu a primeira conquista brasileira na fase principal da competição. O jogador recebe o benefício do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte.

Com a vitória, Piola ficou entre os 32 melhores do mundo na competição. A partida começou com a vantagem do brasileiro no primeiro set. Daniel ganhou por 21 a 14. No segundo, David foi superior e fechou em 21 a 11. Na decisão, Paiola começou perdendo, salvou quatro match points e selou a vitória em 24 a 22.

O próximo desafio do brasileiro será na quarta-feira (12) contra o atual bicampeão olímpico, o chinês Lin Dan. Outro brasileiro no Mundial, Alex Tjong foi eliminado pelo número 12 do ranking mundial, H.S.Prannoy, por 2 sets a 0 (21/12 e 21/16).   

Boa fase do badminton
No último mês de julho, o badminton brasileiro voltou para casa depois dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, com três medalhas na bagagem e uma participação histórica. Foram duas pratas e um bronze. As conquistas mostram a evolução de um esporte pouco conhecido no país e que vem ganhando espaço no cenário internacional.

A dupla Daniel Paiola e Hugo Arthuso conquistou a medalha de prata e as irmãs Lohaynny Vicente e Luana Vicente levaram o primeiro pódio do país no feminino, ao ficar com a prata.

Ascom – Ministério do Esporte
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Quarta Etapa da Copa do Mundo de Canoagem Slalom chega ao fim na Espanha

O Brasil começa bem sua campanha na sua temporada pela Europa. A 4a Etapa da Copa do Mundo de Canoagem Slalom em La Seu d’ Urgell, na Espanha, rendeu quatro semifinais: K1 Masculino com Pedro Gonçalves, C2 Masculino de Charles Correa e Anderson Oliveira e Ana Sátila garantindo as outras duas, uma no K1 e no C1 Feminino.
 
No C1 Feminino a atleta foi mais longe, passou para a final, ficando com o 8o lugar. Ana já tem uma medalha de bronze inédita nessa temporada, na categoria do C1, obtida na primeira etapa em Praga, na República Tcheca. Na segunda etapa, realizada em Cracóvia, a atleta ficou em 4o lugar. “O Brasil está vindo muito bem, só temos a agradecer todo o resultado obtido até agora, é uma temporada muito especial para nós”, comenta. A competição de La Seu d’Urgell sagrou como campeã no C1 Feminino a australiana Jessica Fox (110.51s) e no K1 Feminino foi a vez da austríaca Corinna Kuhnle (97.33s) conquistar a primeira colocação.
 
(Divulgação/Confederação Brasileira de Canoagem)(Divulgação/Confederação Brasileira de Canoagem)
 
Pedro Gonçalves, Pepe, afirma que os atletas brasileiros estão mostrando seu potencial, e lembra que há três anos o sonho era chegar em uma semifinal, e hoje isso já é uma realidade, tanto na sua categoria K1 Masculino quanto em outras. Pepe foi o segundo barco mais rápido na primeira descida da classificatória para a semifinal (88.73s), porém com quatro toques ficou no 21o lugar com (92.73s o tempo final). “O trabalho é longo, não é de um dia para o outro que se forma um campeão mundial, nós já estamos na alta excelência, agora são detalhes. Quando se está no topo fica cada vez mais complexo trabalhar, são pequenos detalhes para melhorar” comenta. Na semifinal, Pedro Henrique conseguiu o 26o lugar (96.28s) não se habilitando para a final. O campeão da categoria foi o francês Boris Neveu com o tempo de 89.06 segundos.
 
Charles Correa e Anderson Oliveira obtiveram bons resultados, sendo a primeira vaga em uma semifinal na temporada, pelo C2 Masculino. A dupla fez o tempo de 115.29 segundos ficando em 20o lugar, resultado que não garantiu uma vaga na final. Os grandes campeões foram a dupla francesa formada por Gauthier Klauss e Matthieu Peche (100.79s). Já no C1 Masculino os brasileiros ficaram somente nas classificatórias, e nessa categoria mais uma vez a bandeira francesa brilhou, desta vez foi Denis Gargaud Chanut que terminou a prova em 92.08 segundos.
 
(Divulgação/Confederação Brasileira de Canoagem)(Divulgação/Confederação Brasileira de Canoagem)
 
Para Guille Diez-Canedo, auxiliar técnico da Equipe Brasileira, os canoístas obtiveram um bom resultado: “A cada etapa que passamos estamos vendo os nossos atletas estão conseguindo crescer, Pepe e Ana já tem índices de semifinais e os outros também estão chegando lá” comenta Guille. O auxiliar técnico que é natural dessa região (La Seu d’ Urgell, Espanha) aproveitou para fazer uma avaliação da pista e da adaptação dos brasileiros na água. “É uma pista complicada, custa a remar e ter consistência. Os nossos canoístas pegaram as manhas e tivemos descidas de qualidade, dá para ver neles um estilo cada vez mais sólido, com mais decisão na água” explica. Agora a equipe viaja para Pau, na França, onde acontecerá a última etapa da Copa do Mundo entre os dias 14 a 16 de agosto.
 
Atletas
Ana Sátila
Anderson Oliveira
Charles Correa
Fabio Rodrigues
Felipe Borges
Guilherme Mapelli
Leonardo Curcel
Pedro Aversa
Pedro Gonçalves
Rafael Souza
Thiago Serra
 
Equipe Técnica
Etore Ivaldi – Chefe de Equipe Canoagem Slalom e Técnico
Guillermo Diez-Canedo Fernández– Técnico
Diorgines Antunes da Silva – Fisioterapeuta
Gustavo Brandão – Fisiologista
 
Fonte: Confederação Brasileira de Canoagem
Ascom – Ministério do Esporte
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Brasil conquista 60 medalhas no terceiro dia de competições

Foto: Washington Alves/MPix/CPBFoto: Washington Alves/MPix/CPB

Se o Brasil já vinha liderando o quadro de medalhas do Parapan de Toronto desde o início dos Jogos, a segunda-feira (10.08) serviu para consolidar essa hegemonia. Foram 60 medalhas, com 23 ouros, 16 pratas e 21 bronzes. O tênis de mesa, com 21 pódios nas competições individuais, a natação, com 18, e o atletismo, com 15, puxaram as estatísticas. Tiro com arco, halterofilismo e ciclismo de pista também ajudaram o país a se destacar. Ao todo, são 94 medalhas no quadro geral, com 39 ouros, 26 pratas e 29 bronzes. O segundo colocado, o Canadá, soma 60, com 19 ouros.  Confira os destaques:



Atletismo
Mesmo com muita chuva na pista da Universidade de  York, o Brasil abriu o primeiro dia da modalidade no Parapan com 15 medalhas e a liderança do quadro geral: foram seis ouros, cinco pratas e quatro bronzes. Nas provas de campo, Marivana Nóbrega, classe F35, subiu ao lugar mais alto do pódio no arremesso de peso, assim como Alessandro da Silva, classe F11, no lançamento de disco e Mateus Evangelista, classe T37, e Pedro Paulo Silva, classe T38, no salto em distância. Na pista, Verônica Hipólito, classe T38, foi ouro nos 100m, em dobradinha com Jenifer dos Santos. A sexta medalha dourada foi de Petrúcio Ferreira, nos 100m da classe T47.  

Tênis em cadeira de rodas
Dois brasileiros chegaram à semifinal do tênis em cadeiras. No masculino, Daniel Rodrigues bateu Steve Baldwin por 2 sets a 0, com parciais de 6/0 e 6/1. No feminino, Natalia Mayara superou a mexicana Claudia Taboada por duplo 6/0. A decisão das vagas na final será na quarta-feira.

Natação
O Brasil fechou o terceiro dia de Parapan com 18 medalhas e um pódio 100% nacional, com Matheus Silva, Vanilton Nascimento e Ruiter Silva nos 50m livre S9. O dia foi de recorde das Américas e mais cinco recordes Parapan-Americanos. O país já acumula 16 ouros, 11 pratas e 14 bronzes.

Basquete em cadeira de rodas
A Seleção Brasileira masculina deu trabalho, mas não foi páreo para os Estados Unidos. A partida disputada nesta segunda-feira terminou com vitória dos  americanos por 54 x 50. Com o resultado, o Brasil soma duas vitórias e uma derrota, e está classificado para as quartas- de- final. O duelo será na quarta-feira, mas o adversário ainda não está definido.

Halterofilismo
A modalidade rendeu mais um ouro para o Brasil. Evânio Silva levantou 190kg para subir ao ponto mais alto do pódio na categoria até 80kg. O atleta passou por momentos difíceis na disputa e queimou os dois primeiros movimentos. Na terceira e última tentativa, acertou e pôde comemorar a conquista. "Precisei de muita concentração, adrenalina, e quando validou fiquei muito feliz. Não podia desperdiçar a chance." Márcia Menezes, medalhista de bronze no Mundial de Dubai, no ano passado, conquistou mais uma medalha para o Brasil. A atleta levantou 108kg para ficar com o bronze na disputa da categoria feminino pesado.

Futebol de 7
O Brasil manteve-se com 100% de aproveitamento. A Seleção aplicou nesta segunda o mesmo placar que havia feito na Venezuela, na estreia. Desta vez, os 7 x 0 foram sobre a Argentina. A próxima partida será nesta terça, às 12h (de Brasília) contra o Canadá.

Ciclismo de pista
Na prova de perseguição mista de 4.000 metros, Luciano da Rosa e Edson de Rezende (foto abaixo) ficaram com a medalha de bronze. Os vencedores foram Daniel Chalifour e Alexandre Cloutier, do Canadá. A prata ficou com Nelson Serna e Sebastian Durango, da Colômbia.

Tiro com arco
Depois de passar em branco no pódio na estreia da modalidade, em Guadalajara, o Brasil conquistou dois ouros e uma prata no Parapan de Toronto. Jane Gögel, no arco composto, e Luciano Rezende, no recurvo, ouviram o Hino Nacional. Thaís Silva e Carvalho ficou com a prata no arco recurvo.

Goalball
Tanto a Seleção masculina quanto a feminina conquistaram bons resultados. Nos dois casos, vitórias sobre os Estados Unidos. Os homens triunfaram por 9 x 2, enquanto as mulheres obtiveram um placar mais apertado: 3 x 1. Nesta terça-feira, o time masculino duela com a Venezuela, às 13h45 (de Brasília), enquanto as mulheres têm pela frente a Nicarágua, a partir das 12h30.

Tênis de mesa
O terceiro dia de competições do tênis de mesa nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto foi marcado por um enorme sucesso dos brasileiros, que ocuparam 21 lugares em 14 cerimônias de premiação individual da modalidade. A supremacia foi tamanha que três finais – nas classes individuais 3, 7 e 10 masculinas – foram disputadas com brasileiros nos dois lados da mesa. Ao todo, o Brasil soma 24 medalhas, com 10 ouros, oito pratas e seis bronzes. Em quantidade, o país já iguala Guadalajara, no México, há quatro anos. Só que ainda há sete pódios em disputa nas competições por equipe.

Vôlei sentado
A Seleção masculina, que havia conseguido uma boa vitória sobre os donos da casa no domingo, voltou a vencer. O time comandado por Fernando Guimarães conseguiu um triunfo confortável, por 3 sets a 0, sobre a Costa Rica: 25-11, 25-9 e 25-5. O time volta à ação nesta terça-feira, às 10h (de Brasília) contra a Colômbia.

Fonte: Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte
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Debaixo de chuva, Brasil leva 15 medalhas na estreia do atletismo

Verônica Hipólito conquistou o ouro nos 100m da Classe T38 no Parapan de Toronto. Foto: Marcio Rodrigues/MPix/CPBVerônica Hipólito conquistou o ouro nos 100m da Classe T38 no Parapan de Toronto. Foto: Marcio Rodrigues/MPix/CPB

A estreia do atletismo nos Jogos Parapan-Americanos de 2015 foi marcada pela forte chuva que caiu em Toronto e chegou a interromper a competição por uma hora. Os competidores reclamaram das dificuldades impostas pela pista molhada na Universidade de York, o que se refletiu em tempos mais altos nas provas de pista. Mas, mesmo com o mau tempo, os brasileiros conseguiram se sobressair e levaram seis ouros, cinco pratas e quatro bronzes, à frente no quadro de medalhas da modalidade.

Ariosvaldo Fernandes, que ficou com a prata nos 100m T53, prova disputada em cadeiras de rodas, conta que o equipamento perde aderência quando a pista está molhada. Recordista mundial com o tempo de 14s17, o canadense Brent Lakatos marcou 15s11 para vencer a prova. “Não dá aderência na roda e aí a gente não tem a mesma arrancada. Você não consegue dar tração. Antes da prova todo mundo estava preocupado, porque a chuva já havia atrapalhado os 5.000m e os 100m. Vamos esperar que esse tempo mude nos próximos dias”.

A paralisação das disputas também mudou a preparação dos competidores. Alguns ficaram muito tempo na pista esperando a largada e perderam o aquecimento. “A gente demorou um pouco para correr e esfriou. Complicou para aquecer bem e voltar, mas tem que chegar com pensamento positivo, independentemente de a pista estar molhada ou com neve", afirmou Petrúcio Ferreira, ouro na última prova de pista do dia (10s77), os 100m da classe T47, para amputados.

Buraco
A fome foi outro agravante para Yohansson Nascimento, bronze na mesma prova de Petrúcio, com tempo de 11s12. "A gente almoçou 12h e já são 22h, parece que tem um buraco aqui na barriga", brincou. Ele esperava ter feito a dobradinha com o amigo, mas disse que agora vai focar em mais pódios nas próximas provas. "Fiquei feliz por ele, por ser um brasileiro dando continuidade ao meu trabalho. Queria ao menos ter ficado em segundo, para ser ouro e prata, mas fiquei feliz, peguei medalha e ainda tenho mais duas provas (200m e 400m) e vamos colocar a bandeira do Brasil no pódio".

Verônica Hipólito, que ganhou o ouro e bateu o recorde Parapan-Americano com 13s29 nos 100m da categoria T38, para paralisados cerebrais, em dobradinha com Jenifer Martins (14seg14), reclamou da mudança de programação.

"A gente nem aqueceu porque começou a chover e a atrasar algumas provas. Quando tem relâmpago, tem que esperar 30 minutos para continuar. Esse tempo estava acabando e teve outro relâmpago, aí foram mais 30. A gente também treina com chuva, mas o que foi ruim foi fazer uma programação e ela cair e ficar com fome. Tivemos que repartir um sanduíche para ter carboidrato antes de competir", disse Hipólito.

Disco
A mistura de alegria pelo ouro e frustração por saber que poderia alcançar melhores marcas também foi sentida por Alessandro da Silva, que marcou 36,12m no arremesso de disco na classe F11, para deficientes visuais. “É o primeiro Parapan que participo e sair com o ouro é muito bom. Poderia ter sido melhor, mas foi o que deu com essa chuva”.

Para Marivana Nóbrega, ouro no arremesso de peso na classe F35, a chuva pode ter atrapalhado, mas, mesmo assim ela bateu o recorde Parapan-Americano com 8,29m. “Fiz uma marca razoável devido às condições do tempo, mas o que vale é a medalha. A gente está preparada para tudo, mas com a chuva e a nossa limitação, o equilíbrio fica mais difícil”.

Saltos
O Brasil também dominou as provas no salto em distância masculino, com os ouros de Mateus Evangelista na classe T37, com a marca de 6,20m, e Pedro Paulo Silva, classe T38, com 5,11m. “Meu primeiro Parapan, minha primeira viagem internacional e estrear com ouro é um sonho realizado. Vim para cá prometendo para minha família uma medalha de ouro e cumpri. Busquei uma melhor marca, mas não encaixou. Fiz aquecimento, mas devido à chuva, ficamos 45 minutos aguardando começar de novo. Agora é focar que amanhã tem os 100m e depois os 200m”.

As demais pratas foram conquistadas por André da Rocha Antunes, na classe F54/55 do arremesso de peso, com 9m64; André de Oliveira, na classe T42/44 do salto em distância com 5m76; Claudiney Batista, na classe F51/ 52/53/57 do arremesso de disco com 41m67.

Os bronzes foram conquistados por: Rosenei Herrera, na classe F36 do arremesso de peso, com 7,59m; Thiago Paulino dos Santos, na classe F51/ 52/53/57 do arremesso de disco com 40m66; Rodrigo Parreira, nos 100m T36 com 12seg78.

Ana Cláudia Felizola e Gabriel Fialho, de Toronto – Brasil2016.gov.br
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Natação fecha terceiro dia de Parapan com 18 medalhas e um pódio 100% brasileiro

(Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPB)

Pelo terceiro dia consecutivo, a natação do Brasil não deu espaço para os adversários no Parapan de Toronto. Nesta segunda-feira (10.08), 25 atletas entraram na piscina em 16 provas e conquistaram 18 medalhas, sendo seis ouros, três pratas e nove bronzes. Houve muita emoção, com quebra de recordes, um pódio 100% brasileiro e uma dobradinha.

A coleção de medalhas em Toronto foi marcada pelo pódio de Matheus Silva, Vanilton Nascimento e Ruiter Silva, respectivamente ouro, prata e bronze nos 50m livre S9.  “A gente conversou antes da prova e pensamos: ‘imagina se fechamos esse pódio’... Então falei com o Matheus: ‘vamos pra cima’”, contou Vanilton, que ainda baixou o tempo que fez no Mundial. “A gente vem há um tempo disputando essa prova e termos eu, o Vanilton e o Ruiter no pódio é só uma confirmação de que o Brasil está no rumo certo. O ano que vem promete e vamos chegar juntos”, completou Matheus.

Dia de emoção também para Phelipe Melo, que fez dobradinha no pódio com André Brasil. O ouro de Phelipe veio no aniversário de 25 anos. “Estou muito feliz com o resultado. Tinha confiança de que iria brigar pela prova. Eu comi água, dei braçadas e queria chegar quebrando a parede”, brincou. “Este é um ótimo presente. Hoje fiquei em quarto lugar no borboleta, não dei meu cem por cento, pois estava pensando na prova desta tarde. Aí está o resultado”, finalizou.

Quem também esteve no pódio foi Daniel Dias, que conquistou hoje o 22º ouro da carreira. “Estou muito feliz com o meu tempo na prova e o resultado. Sempre é uma emoção muito grande ganhar um ouro para o Brasil”, comentou o nadador, que ainda compete em dois revezamentos e duas provas individuais.

Além de Matheus, Phelipe e Daniel, quem também ganhou medalha dourada foi André Brasil, nos 100m borboleta S10; Guilherme Batista, nos 100m peito SB13; e Joana Silva, nos 50m borboleta S5. O Brasil também foi destaque nas piscinas com a prata de Raquel Viel, nos 100m peito SB13; e os bronzes de Letícia Lucas, nos 50m borboleta S5; Vanilton Nascimento, nos 100m borboleta S9; Talisson Glock, nos 50m livre S6; Italo Gomes e Veronica Almeida, ambos no 50m livre S7; Camille Rodrigues, nos 50m livre S9; e Mariana Gesteira, nos 50m livre S10.

Fotos: Jonne Roriz/MPIX/CPBFotos: Jonne Roriz/MPIX/CPB

Quebra de recordes
Não só de ouro vive o Brasil no Parapan, mas também de quebra de recordes. “Eu estava apenas torcendo no fim de semana pelos meus colegas. Começar com o ouro quebrando recorde é sempre muito bom”, comentou André Brasil, que bateu a marca dos Jogos Pan-Americanos com o tempo de 56s72. Brasil já havia quebrado o recorde mundial e americano, em 2010, com o tempo de 55s99, ainda não superado.

Joana Silva foi mais uma nadadora brasileira com recorde. A atleta bateu a marca Parapan-Americana nos 50m borboleta S5, com o tempo de 47s55. “É uma sensação maravilhosa.  Em meu primeiro Parapan eu ganhei quatro medalhas. Neste, meu segundo, já estou com três ouros e, quem sabe, eu sairei daqui com as cinco que pretendo e com os melhores tempos da minha vida”, disse Joana, que competiu em Guadalajara, em 2011.

Guilherme Batista fez o tempo de 1m14s30, nos 100m peito SB13, quebrando o recorde das Américas. Os recordes Pan-Americanos prosseguiram com Daniel Dias, que fechou com o tempo de 34s79, nos 50m borboleta S5; Phelipe Melo, que cravou o tempo de 23s42, nos 50m livre S10; e Matheus Silva com 27s07, nos 50m livre S9.

Ajuda mais do que necessária
Para conquistar tantos pódios na natação, o governo federal mantém convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O primeiro, no valor de R$ 1,8 milhão, vai direto para a participação do Brasil no Parapan. Outros dois são destinados à preparação para os Jogos Rio 2016 e chegam a R$ 40 milhões. Desde 2010, foram celebrados 16 convênios com o CPB que, somados, chegam a R$ 62,8 milhões.

Além dos convênios, o governo federal investe também diretamente nos atletas. “Os investimentos, como o Bolsa Pódio, ajudam bastante. É um apoio muito importante tanto para nós atletas quanto para o CPB. Essa ajuda é mais do que necessária, é essencial para a nossa preparação”, diz Joana Silva, que diz se sentir mais inspirada com os incentivos para treinar e competir.

No total, 241 nadadores da natação paraolímpica do Brasil são beneficiados pelos programas Bolsa-Atleta e Bolsa Pódio que, somados, resultam em um investimento de R$ 6 milhões anuais. Todos os atletas que competiram nesta segunda-feira são beneficiados pelos programas: 17 deles são bolsistas pódio e oito são bolsa-atleta.
 

Leonardo Dalla, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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As incríveis histórias dos medalhistas brasileiros no tiro com arco em Toronto

Jane Gögel conquistou o ouro no arco composto para atletas sentados. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Jane Gögel conquistou o ouro no arco composto para atletas sentados. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

“Ela não atira. Ela joga”. Assim, sem legenda, a frase dos colegas de tiro com arco sobre Jane Gögel não parece dar liga. Mas, quando aplicada para definir o caminho dela até o ouro no tiro com arco para atletas sentados no Parapan de Toronto, faz todo o sentido. Goiana de nascimento e por insistência, Jane tem histórico de campeã, mas não com um arco e flechas em punho. Ela já somava três ouros em Jogos Parapan-Americanos, todos pela Classe 9 do tênis de mesa, para andantes, conquistados em 2007, no Rio, e em 2011, no México. Com raquete e bolinhas, foi quarta colocada nas Paralimpíadas de Pequim (2008) e de Londres (2012). E estava com a vaga encaminhada para seguir a trilha em Toronto.

A insistência citada acima, contudo, mudou radicalmente os verbos que ela conjuga no mundo esportivo. Trocou o jogar, do tênis de mesa, pelo atirar, do tiro com arco. Mas a troca não foi bem interiorizada, e ela insiste, no cotidiano de 300 a 400 tiros diários, seis vezes por semana, em dizer joga. E como jogou em Toronto. Na final contra a canadense Karen Van Nest, somou 140 pontos dos 150 possíveis nos disparos contra o alvo a 50 metros de distância, recorde da competição. Van Nest ficou com a prata, com 132. O bronze foi para Martha Chavez, dos Estados Unidos.

“No fim, deu tudo certo. Houve um momento em que tive de decidir. Não podia mudar de cidade para ficar na equipe permanente, em Piracicaba (SP). E ir e voltar com frequência estava difícil. Eu não estava rendendo. Não queria largar o esporte, mas queria um que pudesse praticar em Goiânia. E encontrei o tiro com arco”, explicou Jane, que começou a atirar muito recentemente em janeiro de 2015. “Agora é bola para frente porque o Rio 2016 está chegando e quero estar bem lá”, completou.

O crescimento técnico acelerado impressiona até mesmo o técnico dela, Henrique Campos. “É uma ascensão rápida, que nos dá muita esperança para 2016. Ela não está para brincadeira. É persistente de verdade. Quer treinar enquanto puder. Às vezes, só para por falta de iluminação. E tem um componente que ajuda demais: ela já veio para nós com a facilidade da mentalidade, de lidar bem com pressão, de ser tranquila em situações de tensão. O tiro com arco é técnica e parte mental”, afirmou o treinador.

Luciano Rezende faturou a medalha de ouro no arco recurvo. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Luciano Rezende faturou a medalha de ouro no arco recurvo. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Da apreensão ao choro de alívio
Era o último tiro de uma disputa de cinco games para definir o ouro no arco recurvo no Parapan de Toronto. O maranhense de Balsas Luciano Rezende precisava de uma pontuação melhor que sete para bater Eric Bennet, dos Estados Unidos. São 20 os segundos para executar o disparo em direção ao alvo posicionado a 70 metros de distância. Quando faltavam 12s, ele não gostou do jeito que encaixou a flecha. Houve um murmúrio geral de apreensão nas arquibancadas da Universidade de York, porque parecia que a flecha caíra. Mas não. Luciano desmontou o conjunto, armou novamente com a pressa que o tempo exigia, apontou, soltou a flecha e acertou “na mosca”. Um dez de ouro e de vaga da modalidade para os Jogos Rio 2016.

“Este último não fui eu, foi Deus”, afirmou. “Era um tiro mal armado. Quando acontece, é melhor voltar e fazer de novo. Eu olhei o tempo, vi que ainda dava, porque no treinamento eu sabia que dez segundos seriam suficientes, coloquei novamente a flecha no lugar e soltei. Saí de terceiro na classificatória para o ouro”, afirmou o atleta, que tinha feito o caminho inverso quatro anos atrás, em Guadalajara. “Lá, terminei em primeiro na fase preliminar e acabei perdendo nos combates para um americano que no ano anterior havia sido campeão mundial”.

A final teve todos os ingredientes de emoção mesmo antes do tiro final. Luciano venceu os dois primeiros games e, como cada um vale dois pontos, abriu 4 x 0 sobre Bennet. O americano, no entanto, recuperou-se nos dois games seguintes e levou a decisão à quinta parcial. “Assim fica mais especial, tanto para mim quanto para vocês”, brincou Luciano, que começou a treinar em 2009, pratica a modalidade no Clube do Exército, em Brasília, seis vezes por semana, e sonha com o Rio.

“O momento é de ter foco maior nos Jogos de 2016. Os principais atletas estão na Europa. Temos de fazer um treinamento forte”, disse o atleta, que conta com o acompanhamento de nutricionistas e psicólogos na preparação. Acompanhamento que aparentemente mostrou eficiência no Canadá, já que ele conseguiu controlar a tensão e a emoção para a hora certa. Só extravasou os sentimentos em um choro emocionado após receber a medalha e conceder entrevistas.

Saga esportiva por qualidade de vida
Thaís Silva e Carvalho não levou o ouro, mas o sorriso aberto e o capricho de se maquiar para ir ao pódio receber a prata denotam o quanto a medalha tem significado transcendente na história recente da atleta, que passou por cirurgia em 2012, perdeu o pai em 2013 e optou por amputar parte da perna direita por razões clínicas em 2014.

Thaís Silva e Carvalho foi prata no arco recurvo. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Thaís Silva e Carvalho foi prata no arco recurvo. (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

"Tive de parar de treinar algumas vezes nesse ciclo, mas agora acabou. Estou feliz demais. Claro que queria o ouro. Mas já é um passo a mais no tiro com arco. E estar na final valeu a segunda vaga paralímpica da classe para o país. Vamos para o Mundial na Alemanha, agora, buscar a terceira vaga, porque o país-sede já tem uma garantida", afirmou.

Thaís viveu durante muito tempo as complicações de uma fratura não calcificada na tíbia direita, sofrida aos três anos de idade, que fez com que a perna chegasse a ficar 12 centímetros mais curta do que a outra. "A amputação veio, foi uma decisão que tomei e que me trouxe mais qualidade de vida", disse.

Na decisão, Thaís perdeu o ouro para a norte-americana Natalie Wells, por 6 x 2. O bronze ficou com Kinga Kiss-Johnson, também dos Estados Unidos. A única coisa que deixou Thaís com um quê de decepção foi ter perdido o primeiro tiro da disputa e ter feito outro disparo mal sucedido, de cinco pontos entre os dez possíveis, na parte final da competição.

"São momentos. A ideia é tentar esquecer a flecha já atirada e seguir adiante. No fim, acho que meu desempenho foi abaixo do que gostaria, mas não dá para comparar aquilo que você faz em treino com algo que envolve tanta coisa. Lá, na hora, eu não estava ouvindo ninguém. Estava focada no alvo. Concentrada, com o objetivo de tentar esquecer o restante. Tem muito o que melhorar", afirmou a atleta de 23 anos, que nasceu e treina em Brasília.

Evolução de "300%"
Com os resultados, o tiro com arco brasileiro terminou em segundo lugar no quadro de medalhas específico da modalidade em Toronto, com dois ouros e uma prata. "Uma evolução de 300%", brincou um dos técnicos da equipe, Henrique Campos, em referência ao fato de que o país não havia chegado ao pódio quatro anos antes, em Guadalajara. Os Estados Unidos somaram oito medalhas, com dois ouros, duas pratas e quatro bronzes. O Canadá terminou em terceiro, com uma prata.



 

Gustavo Cunha, de Toronto, Canadá - brasil2016.gov.br
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Brasil conquista sete ouros e seis pratas no tênis de mesa no Parapan

O terceiro dia das partidas de tênis de mesa nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto foi marcado por um enorme sucesso dos brasileiros, que faturaram 13 medalhas: sete ouros e seis pratas. A supremacia do país foi tamanha que em três finais – nas classes individuais 3, 7 e 10 masculinas – foram disputadas com brasileiros nos dois lados da mesa. Os pódios ajudaram o Brasil a disparar na liderança do quadro de medalhas.

Na classe 10, Carlos Carbinato Júnior conquistou o ouro ao derrotar Cláudio Massad por 3 x 0 (11/4, 11/7 e 14/12). O mesmo placar marcou a vitória de David Freitas sobre Welder Knaf (11/6, 11/8 e 11/7). A decisão mais equilibrada envolvendo brasileiros foi na classe 7, entre Paulo Salmin e Israel Stroh. Foram necessários cinco sets para que Salmin vencesse, por 3 x 2, com parciais de 6/11, 13/11, 8/11, 11/5 e 11/5.

Os outros ouros vieram na classe 1, após Aloisio Lima derrotar o cubano Yunier Fernandez na final; na classe 8, com a vitória de Luiz Guarnieri sobre o norte-americano Ming Chui na decisão; na classe 5, com Claudimiro Segatto; e na classe 4, com Joyce Oliveira. As demais pratas do dia foram arrebatadas por Ezequiel Babes (classe 4), Thais Fraga (classe 3) e Maria Pereira Passos (classe 5).

Com os resultados desta segunda-feira, o Brasil chega a 24 medalhas no tênis de mesa em Toronto e já iguala a campanha da modalidade nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011, quando o país conquistou 12 ouros. No Canadá, o país já somou 10 ouros, mas ainda restam sete pódios em disputa na maior cidade canadense.

Tri da classe 5
Na classe 5 (cadeirantes), o curitibano Claudimiro Segatto (foto) não sentiu a pressão do favoritismo e, nesta segunda-feira, sagrou-se, de forma invicta em Toronto, tricampeão dos Jogos Parapan-Americanos. Com isso, ele assegurou seu lugar nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Foto: Divulgação/CBTMFoto: Divulgação/CBTM

A conquista teve um sabor especial para o paranaense, muito diferente das outras conquistas. “Para mim esse é o principal evento da minha vida. Já estive em duas Paralimpíadas, fui campeão de dois Jogos Parapan-Americanos, mas poder me classificar para jogar em casa, contar com a minha família e os meus amigos torcendo e toda a torcida brasileira, vai ser show de bola”, comemorou Claudiomiro.

Número 16 do ranking mundial da classe 5, Claudiomiro, que foi forçado a se afastar da Seleção Brasileira por um tempo devido a questões familiares, fez questão de agradecer ao comando técnico da Seleção. “Eu fui para Brasília fazer parte da Seleção permanente e levei minha família. Mas a minha filha tem problemas respiratórios e não se adaptou ao clima de Brasília, então tive que voltar. No começo do ano, eles me deram oportunidade de novo de fazer parte (da Seleção), mas de uma outra forma, treinando na minha cidade. Estou muito feliz por isso e minha forma de agradecer é essa (com o titulo em Toronto)”, destacou Segatto, que atualmente mora em Curitiba.

A campanha do brasileiro no Canadá foi impecável: duas vitórias na fase de grupos, diante do canadense Muhammad Mudassar (3 x 0) e do argentino Elias Romero (3 x 1). Na sequência, mais dois triunfos sobre argentinos: Daniel Rodrigez na semifinal, por 3 x 1, e Mauro Depergola na decisão, por 3 x 0 (parciais de 11/7, 11/6 e 11/4).

“Eu entrei com uma estratégia pronta, porque ele é um atacante nato. Então o meu objetivo era neutralizar o ataque dele e graças a Deus deu certo. Puxei o jogo pra baixo, não deixei ele abrir e nos momentos que ele conseguiu abrir eu consegui contra atacar”, analisou o mesatenista.

Superação e ouro na Classe 4
Na classe 4 (também para cadeirantes), Joyce Oliveira (foto) teve de superar a dor para conquistar nesta segunda-feira o bicampeonato individual nos Jogos Parapan-Americanos. Há quatro meses, a paulista, de 25 anos, sofre por conta de um parafuso deslocado que está atingindo um nervo na região lombar. A cirurgia vinha sendo adiada por conta de um sonho que ela acaba de realizar: levar o título e garantir sua vaga nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Foto: Divulgação/CBTMFoto: Divulgação/CBTM

A conquista de Joyce foi a quarta medalha de ouro da Seleção Brasileira em Toronto. No domingo (09.08), Danielle Rauen, Cátia Oliveira e Iranildo Espíndola já haviam subido ao topo do pódio.

Joyce chegou invicta à última rodada do grupo único, assim como a mexicana Martha Verdin. Na véspera da decisão, a dor preocupava a brasileira, que passou por uma sessão de fisioterapia durante a noite que lhe deixou 100% para a final.

“Ontem, estava nervosa para jogar com ela porque estou com dor. A dor estava na minha cabeça, mas treinei e sabia que podia ganhar. A fisioterapia me ajudou muito. Tenho que agradecer à (fisioterapeuta) Andressa, que me ajudou durante todos esses dias e me fez chegar bem hoje”, disse a campeã.

Na mesa, Joyce não deu chances à adversária. Impôs seu jogo de velocidade e dominou a partida do início ao fim, vencendo por 3 x 0, parciais de 11/8, 11/3 e 11/8. A última rodada coroou uma campanha impecável da brasileira, que já havia superado a norte-americana Jennifer Johnson e as venezuelanas Yoleidy Andrade e Maria Molero, todas por 3 x 0.

Disposta a buscar o segundo ouro individual no Parapan – já havia sido campeã em Guadalajara, no México, há quatro anos –, Joyce encarou a dor. Mas nem sempre ela resistiu. A mesatenista chegou a viajar para a disputa dos Abertos da Eslovênia e da Eslováquia, em maio, mas não teve condições de competir.

“Há quatro meses estou me tratando. Cheguei a viajar, mas não consegui jogar por causa da dor. Treinei um mês para vir para cá e deu certo. Lidei dia a dia com a dor, trabalhando o psicológico, porque queria estar aqui. Não tinha como não treinar para vir”, disse.

Sua prioridade no retorno ao Brasil será a cirurgia, para que possa iniciar o quanto antes a preparação para os Jogos Rio 2016. “Quero fazer a cirurgia para em dois meses já voltar a treinar e poder mostrar o meu melhor em 2016. É para isso que estou treinando”, avisou.

Fonte: brasil2016.gov.br, com informações da CBTM

Ascom - Ministério do Esporte
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Nawal El Moutawakel destaca sucesso dos eventos-teste do Rio 2016

Na abertura da plenária da nona visita ao Rio de Janeiro da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Rio 2016 (Cocom), nesta segunda-feira (10.08), Nawal El Moutawakel destacou o sucesso dos eventos-teste já realizados na cidade.

Foto: Matthew Stockman/Getty ImagesFoto: Matthew Stockman/Getty Images

“Os eventos-teste já estão em curso. Quatro deles foram realizados com pleno sucesso e outros três ainda serão realizados nos próximos dias. Esta visita da Comissão de Coordenação ocorre em um momento muito especial: as equipes estão enfrentando vários desafios e aprendendo importantes lições para os Jogos Olímpicos. Este momento também é uma grande oportunidade para o Rio e para o Brasil de mostrar as habilidades e o estágio de evolução das obras que alcançaram um ano antes dos Jogos. Vocês estão no caminho certo”, disse a presidente da Comissão.

Participam das reuniões da Comissão de Coordenação o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, os membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), do Comitê Organizador Rio 2016 e dos governos estadual e municipal.

Nawal acrescentou que as instalações estão sendo entregues no prazo correto para os eventos-teste. Aqueles que foram realizados nos últimos dias – Finais da Liga Mundial de Vôlei (de 15 a 19 de julho), Etapa do Rio do Mundial de Paratrialo (1º de agosto), Aquece Rio Qualificatório de Triatlo (2 de agosto), Mundial Junior de Remo (5 a 8 de agosto) e o Aquece Rio Concurso Completo de Equitação (6 a 9 de agosto) – segundo ela, foram bem recebidos pelos atletas e pelas federações internacionais.

Os próximos eventos-teste marcados para agosto são: Aquece Rio Regata Internacional de Vela (15 a 22 de agosto), Aquece Rio Desafio Internacional de Ciclismo de Estrada (16 de agosto) e Aquece Rio Evento Internacional de Maratona Aquática (22 e 23 de agosto).

Ao final do discurso, a presidente da Comissão de Coordenação exaltou o trabalho que vem sendo realizado, bem como a integração entre os diferentes entes envolvidos. Nawal disse ainda que está confiante de que “o melhor ainda está por vir, mas ainda há muito trabalho a fazer”.

“A gente presta satisfação de como estão os equipamentos olímpicos, como estão as operações, em um grau de detalhamento muito grande. Mais uma vez, as coisas estão caminhando super bem, o clima é de otimismo e de atenção, já que o evento é um enorme desafio. A gente está entrando em uma fase muito mais de operação do que de construção. Os equipamentos olímpicos estão todos no prazo e cada vez mais o desafio é de operação”, disse o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes.

A nona visita da Cocom se encerra na quarta-feira (12.08) com uma coletiva de imprensa.

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Na Bahia, CPJ recebe maior competição júnior de luta olímpica do planeta

Centro Pan-Americano de Judô (CPJ), instalação esportiva que faz parte da Rede Nacional de Treinamento, será palco da maior competição júnior de luta olímpica do planeta. Pela primeira vez na América do Sul, o Campeonato Mundial Júnior de Wrestling 2015 contará com a presença de 600 atletas, de 59 países. O mundial acontecerá entre os dias 11 e 16 de agosto, na cidade de Lauro de Freitas, na Bahia.  

Voltado para lutadores com idade entre 18 e 20 anos, o evento terá dez representantes do Brasil: seis do estilo greco-romano e quatro do estilo livre feminino.  Para o presidente da Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), Pedro Gama Filho, o Mundial é uma oportunidade para divulgação e desenvolvimento do esporte. “Nossos atletas terão uma experiência única e tenho certeza que essa geração da luta olímpica brasileira vai nos dar muitas alegrias no tapete”, afirmou.

Na Bahia, a maioria dos atletas da nova geração da luta olímpica está no primeiro ano da categoria júnior. No estilo greco-romano estão os medalhistas de prata no pan-americano Júnior 2015: Guilherme Evangelista, até 84kg, e Douglas Rocha, até 96kg. Participarão também do campeonato Joílson Júnior, até 66kg, e Calebe Corrêa, até 60kg, e Brenda Palheta do estilo livre feminino, até 63kg.

CPJ
O Centro Pan-Americano de Judô é um complexo de 20 mil m² de área construída e conta com ginásio climatizado, quatro áreas oficiais para competições, arquibancadas para 1.900 pessoas, salas de apoio, restaurante, vestiários e academia. Há ainda um prédio administrativo, com auditório para até 200 pessoas, e alojamentos para 72 atletas. O local tem ainda quadra poliesportiva, piscina e pista de corrida de 100m.

O CPJ é resultado de um investimento de R$ 43,2 milhões – R$ 18,3 milhões do estado da Bahia, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e R$ 19,8 milhões do Ministério do Esporte. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) aportou outros R$ 5,1 milhões para o projeto executivo e para a compra de uma parte dos equipamentos e mobiliário.


Confira a programação do Campeonato Mundial Júnior 2015:

Dia 11 - Estilo greco-romano categorias até 50kg, até 60kg, até 74kg e até 96kg
Eliminatórias às 10h – cerimônia de abertura às 19h e finais a partir das 19h30  
 
Dia 12 - Estilo greco-romano categorias até 55kg, até 66kg, até 84kg e até 120k
Eliminatórias às 10h e finais às 18h

Dia 13 - Estilo livre feminino categorias até  44kg, até 51kg, até 59 kg e até 67kg  
Eliminatórias às 10h e finais às 18h
 
Dia 14 - Estilo livre feminino categorias até 48kg, até 55kg, até 63kg e até 72kg
 Eliminatórias às 10h e finais às 18h

Dia 15 -  Estilo livre masculino categorias até 50kg, até 60kg, até 74kg e até 96kg
Eliminatórias às 10h e finais às 18h

Dia 16 - Estilo livre masculino categorias até 55kg, até 66kg, até 84kg e até 120kg
Eliminatórias às 10h e finais às 18h


Ascom – Ministério do Esporte, com informações da CBLA
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Aquece Rio: atletas destacam estrutura de Deodoro após evento-teste de hipismo

O Aquece Rio - Concurso Completo Internacional terminou neste domingo (09.08), no Centro Nacional de Hipismo, em Deodoro, do mesmo jeito que começou: recebendo elogios. Depois de dirigentes e membros de outros países que vieram ao país observar o evento-teste avaliarem positivamente a estrutura que vai receber os Jogos Olímpicos em 2016, os atletas brasileiros que competiram também se mostraram satisfeitos com o que viram ao longo dos três dias de disputas.

Foto: Gabriel HeusiFoto: Gabriel Heusi

O título do evento-teste ficou com Márcio Jorge, medalhista de prata e de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O cavaleiro completou a prova de salto neste domingo sem faltas e confirmou o título com um total de 44.50 pontos de penalização. O segundo lugar ficou com Márcio Appel, com 63.30, e o terceiro foi para Marcelo Tosi, com 67.20.

Além de comemorar o título, Jorge voltou a enfatizar a qualidade do evento em termos de estrutura e organização. “Funcionou super bem, está um espetáculo. Não precisa mudar nada. O cross (country) está muito legal, os cavalos ficaram bem alojados. Agora é só continuar o trabalho duro que estão fazendo até aqui”, comentou o campeão do Aquece Rio.

Para ele, a única coisa que pode melhorar não pode ser controlada. “Se desse para falar com São Pedro para fazer menos calor...”, brincou o cavaleiro, ao ressaltar as altas temperaturas do inverno do Rio de Janeiro.

Foto: Gabriel HeusiFoto: Gabriel HeusiSegundo colocado na competição, que reuniu provas de adestramento, cross-country e saltos, Márcio Appel seguiu a mesma linha de Jorge em relação ao sucesso do torneio realizado no Centro Nacional de Hipismo.

“Foi maravilhoso. Acho que surpreendeu a todo mundo. Conversei bastante com o pessoal de fora e ficaram todos surpresos. Os comentários foram muito positivos. Tivemos delegações do mundo inteiro aqui e as instalações estão excelentes”, elogiou. “Acabou o medo da doença (mormo) também, viram que estamos totalmente isolados”, acrescentou o atleta, citando o problema que causou polêmica antes da competição.

Outros competidores que também saíram satisfeitos de Deodoro foram Nilson da Silva, quinto colocado no geral, e Serguei Fofanoff, sexto. “Foram três dias de um evento de primeiro mundo. O que a gente tem aqui é o que tem nas melhores pistas da Europa e dos Estados Unidos. Não deixamos a desejar a ninguém. Estamos no caminho certo. Estão todos de parabéns: a Confederação, a organização e o Ministério do Esporte”, destacou Nilson. “Venho aqui desde moleque, conheço o lugar há mais de 30 anos e está muito melhor do que eu esperava. Fora de série”, completou Fofanoff.

Após os Jogos, os atletas esperam que o Centro Nacional de Hipismo e sua nova estrutura sirvam para seguir melhorando o desempenho do Brasil na modalidade. “Não têm obstáculos e pistas melhores do que estas. Vai ser um legado para o nosso esporte. É responsabilidade nossa manter isso aqui, conservar o que deixaram. É uma missão de todos nós”, afirmou Márcio Appel.

Foto: Gabriel HeusiFoto: Gabriel Heusi

Vagner Vargas, do Rio de Janeiro – brasil206.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil bate recordes e conquista mais onze medalhas na natação do Parapan

Revezamento misto. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)Revezamento misto. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)

No segundo dia de competições dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, o Brasil exibiu mais uma vez a hegemonia que tem na natação. Ao todo, foram 11 medalhas para o país, sendo sete ouros, uma prata e três bronzes. Entre as conquistas no Centro Aquático, os atletas protagonizaram uma dobradinha nos 400m livre S9 e um repeteco do ouro de Guadalajara-2011 no revezamento misto 4x50m livre 20 pontos. Das 15 provas que valiam pódio, o Brasil ganhou medalhas em nove, batendo recordes e se mantendo na liderança dos Jogos.

"A prova foi muito dolorida, mas muito boa. Sem dúvida, dedico este ouro ao meu treinador e a toda a estrutura que temos à disposição. Fiz um treinamento que fez toda a diferença nos resultados. A competição está só começando e vamos para cima de todo mundo”, adiantou Ruiter Silva, campeão nos 400m livre S9, prova que ainda deu a prata a Vanilton Nascimento.

Francisco Avelino na final dos 100m livre S8. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)Francisco Avelino na final dos 100m livre S8. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)O quarteto formado por Joana Neves, Estefhany Rodrigues, Daniel Dias e Clodoaldo Silva assegurou o ouro ao país no revezamento misto 4x50 livre 20 pontos. “Vamos batalhar para garantir que no Rio tenhamos novamente uma grande conquista. Em 2016 teremos este mesmo revezamento e esta é uma fórmula que tem dado certo. Estamos treinando cada vez mais para garantir medalhas”, contou o multimedalhista Daniel Dias, que hoje chegou ao seu 21º ouro no torneio continental.

Se para ele o topo do pódio já não é uma grande surpresa, Camille Rodrigues comemorou bastante o resultado que conseguiu na piscina, ao melhorar o tempo nos 400m livre S9 em sete segundos, em relação ao que vinha treinando. “Me sinto muito feliz em ser campeã parapan-americana. Eu esperava a prata, mas fui pra cima e fiz exatamente o que tínhamos planejado. Acabei me saindo muito melhor”, festejou.

Os três bronzes do dia foram para Francisco Avelino, nos 100m peito SB4, Cecilia Araújo, nos 50m livre S8, e Estefhany Rodrigues, nos 100m peito SB5.

Dia de recordes
Caio Amorim nadou hoje os 400m livre S8 e faturou o ouro com direito a recorde parapan-americano. "Esta prova, com este tempo, teria dado medalha em Glasgow (mundial da modalidade)”, analisou o nadador, que bateu em 4min25seg10. No sábado (8.08), o atleta tinha sido desclassificado. “Isso ficou na minha cabeça, mas, graças aos meus amigos e à família, consegui descansar e chegar com muita vontade para me redimir. Agora estou na briga por medalhas para 2016”, completou.

O dia em Toronto ainda registrou a quebra dos recordes das Américas com Paloma Sampaio, nos 100m peito SB5 (1min59seg32); Roberto Alcalde, nos 100m peito SB5 (1min35seg47); e Raquel Viel, nos 100m costas S13 (1min16seg33). “Em 2011 eu fiquei muito perto da medalha, mas foi um ano ruim para mim. Esta é a primeira vez que consigo medalha no Parapan e é uma felicidade muito grande. É uma barreira que se quebra”, comentou Roberto Alcalde.

De olho em 2016
O Parapan de Toronto está evidenciando a força do Brasil na natação, já com foco nas Paralimpíadas do Rio 2016. A modalidade terá um papel crucial para que o país cumpra a meta de terminar os Jogos do ano que vem entre os cinco primeiros no quadro geral de medalhas. Assim, o governo federal tem investido fortemente na preparação dos nadadores por meio dos programas Bolsa-Atleta e Bolsa Pódio e de convênios firmados com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

“Sou atleta do Bolsa Pódio e agora vivo, finalmente, do esporte, me dedicando 100% à natação. Com o benefício me sinto muito bem assessorado e tenho que me preocupar somente em nadar”, disse Roberto. Todos os 28 atletas que disputaram medalhas neste domingo são contemplados com algum dos programas. No total, 241 nadadores do Brasil são beneficiados por um investimento que totaliza R$ 5.942.025.   

Além dos programas de apoio direto aos atletas, o Ministério do Esporte firmou um convênio com o CPB no valor de R$ 1,8 milhão para a participação do Brasil no Parapan. Outros dois são destinados à preparação para os Jogos Rio 2016 e chegam a R$ 40 milhões. Desde 2010, foram celebrados 16 convênios com o CPB que, somados, chegam a R$ 62,8 milhões.

“A Bolsa-Atleta ajuda bastante. A gente usa o dinheiro para investir no esporte e em treinamentos. Qualquer valor financeiro faz a diferença. Ser atleta não é fácil, pois temos muitos gastos e o ministério dá essa ajuda necessária”, afirmou Camille Rodrigues, que se diz confiante para as Paralimpíadas. “Com o ouro de hoje e o tempo que fiz, vejo mais o Rio 2016 do que via anteriormente”, concluiu.

Leonardo Dalla, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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Intercâmbio com o vôlei olímpico faz modalidade crescer na versão sentada

Equipe brasileira de vôlei sentado feminino durante a estreia da modalidade no Parapan. Foto: Washington Alves/MPIX/CPBEquipe brasileira de vôlei sentado feminino durante a estreia da modalidade no Parapan. Foto: Washington Alves/MPIX/CPB

Modalidade estreante em Parapan-Americanos, o vôlei sentado feminino busca se popularizar no continente. No Brasil, atletas e técnicos da versão olímpica ajudam na profissionalização da modalidade. Das 12 jogadoras que representam a seleção em Toronto, metade jogou da forma convencional.

O próprio presidente da Confederação Brasileira de Vôlei para Deficientes (CBDV), Amauri Ribeiro, ex-jogador da seleção olímpica, convidou o atual treinador da equipe feminina do Rio-Sul, que disputa a Superliga, para ser assistente técnico da equipe paralímpica. Spencer Lee topou.

“O vôlei é um esporte brasileiro e elas jogam muito bem. O que precisa para o Brasil alcançar um momento melhor para brigar por medalhas em paralimpíadas e mundiais é um pouco do pensamento do alto rendimento, com profissionalização da estrutura”, analisa Lee, que já vê um crescimento da seleção após o sexto lugar no Mundial de 2014, na Polônia, melhor resultado da história. Ele espera que a troca de experiências possa desenvolver ainda mais o vôlei sentado feminino.

“A expectativa é de que essa mistura possa dar uma condição melhor nas Paralimpíadas do ano que vem e que a gente consiga brigar por medalha. Será um legado se a gente conseguir que o vôlei paralímpico brasileiro seja uma escola, uma referência, como é no olímpico. As conquistas darão essa credibilidade”, projeta o assistente técnico, que coloca Estados Unidos e China como as atuais potências na modalidade.

Equipe brasileira de vôlei sentado feminino durante a estreia da modalidade no Parapan. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)Equipe brasileira de vôlei sentado feminino durante a estreia da modalidade no Parapan. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)

Espelho
Para o técnico da seleção masculina, Fernando Guimarães, irmão do treinador José Roberto, o intercâmbio entre os vôleis têm ajudado em diversos aspectos. “Hoje os meninos estão mais focados, com consciência da importância dos cuidados da parte física, psicológica, estão tendo uma leitura melhor do jogo, da parte tática. O Anderson, o Fred e o Levi são exemplos. Ouvi uma ou outra pessoa falar que eles iriam tirar espaço dos deficientes, mas não vão. Os deficientes gostam de ver os caras jogarem. É importante este espelho de jogadores que foram profissionais, que sabem o que é ser atleta de alto rendimento”.

O treinador levou a experiência das equipes que passou e tentou adaptar a estratégia para o vôlei sentado. “Eu não inventei nada, a parte tática não muda, o que fiz foi trazer modelos dos times e da seleção feminina que deram certo e a gente tentou adaptar. Temos algumas coisas diferentes, o jogo é mais dinâmico porque é no chão e a bola vai e volta mais rápido. O deslocamento é mais fácil para trás do que para frente, diferentemente de quando se está de pé. Foi um aprendizado que a gente não tinha”.

Primeiro contato
A capitã da seleção feminina, Suellen Lima, nasceu com má formação na mão esquerda, o que não a impediu de disputar jogos regionais de vôlei convencional. Foi durante um desses torneios, em 2006, que ela foi convidada a fazer testes na seleção paralímpica. Para ela, falta ampliar o número de praticantes.

“É uma modalidade em que ainda faltam atletas, principalmente no feminino. Poderia ter um universo maior. A gente sabe que há pessoas com deficiência, mas é difícil encontrar quem queira sentar para jogar. No feminino a gente tem no cenário nacional poucas equipes, poucas meninas”, disse a atacante, que trabalha também como professora de educação física.

A maneira como a atacante Jani Batista começou a praticar a modalidade exemplifica as diferentes formas e as dificuldades de captação de atletas. Em 2007, ela morava em Alvorada do Norte (GO), quando sofreu um acidente de moto que levou os médicos a amputarem sua perna esquerda. Ela foi para Goiânia buscar uma prótese, quando o dono da loja, também amputado, falou sobre o vôlei paralímpico. “Ele me falou que tinha o vôlei sentado. Eu pensei: Como assim? Até então não conhecia. Mas, depois que comecei me apaixonei”.

Captação de talentos
Atleta pioneiro no vôlei sentado brasileiro, Renato Leite sempre praticou esportes. Com mais de 400 jogos pela seleção desde 2002, ele chega ao quarto Parapan e conta que visitava associações médicas e hospitais para deficientes para captar talentos para o vôlei sentado.

“Hoje não consigo mais dar palestras motivacionais, mas minha ideia é levar o movimento paralímpico para escolas públicas. Ainda tem muita gente em casa que não conhece a modalidade. Fiz muito isso até 2011, mas trabalho numa instituição financeira nove horas e depois treino, não tenho mais esse contato”.

Para ele, o vôlei tem uma dificuldade a mais por causa da técnica exigida na modalidade. “O gesto técnico do vôlei não se aprende na infância. São movimentos específicos. Você aprende a correr, saltar desde pequeno. No vôlei não. Quem tem uma base leva vantagem”.

Ele vê uma nova tendência surgindo. “Hoje nosso esporte consegue alcançar várias pessoas, com a divulgação do movimento paralímpico. E atletas do vôlei em pé, com alguma lesão, às vezes praticam o vôlei sentado. Ele passa por uma junta médica que o classifica com deficiência mínima e cada time pode ter dois jogadores dessa classe”.

É o caso de Anderson Ribas, que já ganhou duas Superligas, mas devido a desgastes no joelho começou a jogar o vôlei sentado e é classificado na classe mínima de forma permanente. Com 2,12m, ele explica que demorou a se adaptar ao esporte.

“Eu aprendi a jogar com a perna esquerda na frente, que é a pior, e a direita trabalhando. Ela faz um gancho que permite girar. Meu movimento é do vôlei em pé, meu movimento de braço termina em baixo e tenho que parar em cima. Aqui você bate na bola para cima, ou reto, não para baixo”. Ele conta que o tamanho também dificulta para puxar a perna nos deslocamentos, mas a posição em quadra é pré-estabelecido para ter espaço para todos.

Segundo o assistente técnico Spencer Lee, o Centro de Treinamento Paralímpico que está sendo construído em São Paulo será um marco para as seleções. Hoje a equipe nacional feminina treina em parceria com uma universidade de Guarulhos (SP) e a masculina com uma instituição em São Bernardo (SP), durante alguns dias por mês. “Acredito que quando estiver pronto, daremos um largo passo para essa logística, essa estrutura, que vai facilitar a compreensão sobre a importância do profissionalismo”.

Ao todo, dos 24 atletas das duas equipes que representam o país no Parapan, 21 recebem Bolsa Atleta. No Brasil, são 79 beneficiados no vôlei sentado, o que dá um investimento de R$ 1,4 milhão do Ministério do Esporte.

Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil vence no vôlei sentado masculino e feminino por 3 sets a 0

Equipe feminina de vôlei sentado superou Cuba por 3 sets a 0. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)Equipe feminina de vôlei sentado superou Cuba por 3 sets a 0. (Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)

O vôlei sentado feminino estreou em Jogos Parapan-Americanos com vitória da seleção brasileira por 3 sets a 0 sobre Cuba. O Brasil aproveitou da inexperiência das adversárias para fechar o jogo em 50 minutos, com parciais de 25/3, 25/9 e 25/16. "De fato acabou que o jogo foi fácil. Cuba é uma equipe nova no vôlei paralímpico. Por isso, deu para fazer um jogo tranquilo", afirmou a levantadora Adria da Silva.

Apesar da estreia fácil, o Brasil não é o principal candidato ao ouro, segundo as próprias atletas e o assistente técnico Spencer Lee. Vice-campeão paralímpico em 2012 e mundial em 2014, os Estados Unidos levam o favoritismo. “A gente tem a ambição de fazer a final, pegar a prata, porque os Estados Unidos estão em um nível de profissionalização melhor. Estamos nesse caminho, óbvio que isso demanda tempo, e temos que insistir”, analisou.

No masculino, após estrear com vitória por 3 sets a 0 (25/9, 25/4 e 25/8) contra o México, o Brasil voltou a quadra para enfrentar os canadenses. Com a arquibancada parcialmente lotada, o time da casa deu trabalho, mas acabou derrotado também por 3 sets a 0, com parciais de 25/16, 25/15 e 25/23.

Feminino
A seleção começou a partida de forma arrasadora e abriu 11 x 1 em poucos minutos. As cubanas erravam muito na recepção e o Brasil conseguiu fazer dez pontos de serviço ao fim do primeiro set. O terceiro ponto de Cuba veio quando a equipe brasileira já estava com 23. No fim, vitória por 25/3 em 15 minutos.

No segundo set, as cubanas conseguiram equilibrar as ações no início e o Brasil foi para o tempo técnico com 8 x 4 no placar. Mas, com excelente sequência de saques da capitã Suellen, a seleção abriu mais sete pontos. A partir daí, as brasileiras pareceram se desconcentrar por alguns momentos e Cuba aproveitou os erros de ataque para fazer cinco pontos até o fim do set, que terminou em 25/9.

No último set, o técnico José Dantas promoveu quatro alterações. O Brasil fez 3 x 1, mas levou a virada e ficou atrás do placar pela primeira vez. O placar chegou a marcar 6 x 4 para as cubanas, mas as brasileiras retomaram o ritmo e viraram para 8 x 6. Após boas sequências de saque e ataque, a seleção fechou a parcial em 25/16 e o jogo em 3 sets a 0, em 50 minutos de partida.

O próximo compromisso da equipe será nesta segunda-feira (10.08) contra o Canadá às 18h (de Brasília). No encerramento da primeira fase, as adversárias serão dos Estados Unidos, nesta terça-feira (11.08), às 20h (de Brasília).

Fórmula de disputa
O vôlei sentado feminino é disputado por quatro equipes: Brasil, Canadá, Cuba e Estados Unidos. Na primeira fase, todas as seleções se enfrentam para definir os confrontos da semifinal.

Masculino
O Canadá começou o primeiro set disputando ponto a ponto com os brasileiros até o placar de 6 x 4. Na sequência, a seleção fez cinco pontos seguidos e abriu vantagem. Depois disso, a equipe da casa pôs a bola no chão seis vezes, enquanto o Brasil marcou só um ponto, e encostou no marcador: 12 x 10. Mas, em seguida, o time verde e amarelo engatou uma sequência de sete pontos, abriu vantagem novamente e fechou o set em 25 x 16.

No segundo set, o Canadá começou atacando mais forte e chegou ao primeiro tempo técnico em vantagem: 8 x 4. O ponta Anderson saiu reclamando com o time e a bronca deu certo. Na volta, o Brasil empatou, virou e abriu vantagem, chegando ao segundo tempo técnico na frente por 16 x 12. O Canadá parou no fim do set e o Brasil fez uma sequência de sete bolas no chão para fechar em 25 x 15.

O terceiro set foi o mais equilibrado, com as equipes se alternando na ponta até o Brasil virar para 18 x 17 e chegar aos 21 pontos sem deixar os canadenses marcarem. No fim, os donos da casa diminuíram a vantagem, mas a equipe comandada por Fernando Guimarães fechou em 25 a 23. Com a segunda vitória por 3 sets a 0, agora a seleção se prepara para encarar a Costa Rica, nesta segunda-feira (10.08).

Fórmula de disputa
Esta é a quarta edição dos Jogos com disputa do vôlei sentado masculino. As seis equipes (Brasil, Canadá, Costa Rica, Colômbia, Estados Unidos e México) jogam entre si e as quatro primeiras avançam para as semifinais. O Brasil é o atual bicampeão parapan-americano. Além disso, o país foi prata em Mar Del Plata 2003. A seleção ainda foi vice-campeã no Mundial de 2014, na Polônia, perdendo para a Bósnia, uma das potências da modalidade na final.

Regras
As regras do vôlei paralímpico são praticamente as mesmas da versão disputada em pé. São seis jogadores de cada lado, com sets de 25 pontos e, se preciso, um tie break de 15. A diferença é que os atletas devem manter contato com o chão, sentado, mesmo que de lado, em todas as ações, sendo permitido perdê-lo apenas nos deslocamentos.

Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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Onde os "Jurássicos" têm vez: tetra no Parapan, Iranildo vai à quarta Paralimpíada

Iranildo Espíndola conquistou o ouro no Parapan de Toronto. (Foto: Fernando Maia/MPix/CPB)Iranildo Espíndola conquistou o ouro no Parapan de Toronto. (Foto: Fernando Maia/MPix/CPB)

O braço esquerdo de Iranildo Conceição Espíndola é um mapa de uma trajetória vitoriosa no tênis de mesa nacional. Mas um mapa agora impreciso. Ali estão tatuados os símbolos dos Jogos Paralímpicos de Atenas, 2004, de Pequim, 2008, e de Londres, 2012.

Iranildo já se prepara para a nova tatuagem. (Foto: Divulgação/CBTM)Iranildo já se prepara para a nova tatuagem. (Foto: Divulgação/CBTM)Em 2016, o atleta do Distrito Federal vai ter de se virar para incluir o emblema dos Jogos do Rio. Aos 46 anos, ele conquistou o ouro da Classe 2 no Parapan de Toronto, no Canadá. O quarto título continental em sequência, já que tinha feito o mesmo em Guadalajara (2011), Rio (2007) e Mar del Plata (2003). "É bom e ruim, né? Bom porque é a chance de disputar mais uma Paralimpíada. Ruim porque fazer esse troço dói para caramba", brincou.

A medalha foi a terceira de ouro conquistada pelo país no Parapan. Pela manhã, Catia Cristina, na Classe 2, e Danielle Rauen, na Classe 9, também faturaram o título. A modalidade continua mostrando força em Toronto. Neste domingo, o país confirmou quatro bronzes, com atletas que pararam na semifinal, e tem mais 14 medalhas garantidas para as disputas desta segunda. Até dez delas podem ser de ouro.  

A experiência e a maturidade foram citadas pelo técnico de Iranildo, José Ricardo Vale, como ingredientes importantes no processo de Iranildo. No caminho para referendar a conquista, ele enfrentou quatro adversários. Dois deles seus companheiros no centro de treinamento da seleção de cadeirantes, em Brasília: Ronaldo Conceição e Guilherme da Costa. "Ele mostrou novamente que a experiência valeu contra os mais novos", elogiou o treinador. Os outros batidos foram o argentino Carlos Duarte e o venezuelano Luiz Rojas.

"A vivência realmente é um fator, mas não é só. É treinamento, preparação específica para um evento que teoricamente é mais curto, como esse. Todos treinamos juntos, por isso tenho de entrar concentrado, focado desde o início. São poucas partidas, mas partidas importantes".

Com a bagagem de quatro ciclos olímpicos, Iranildo ressalta que esta será a primeira vez em que terá reais condições de enfrentar os adversários em um patamar de treino e estrutura que lhe permita sonhar alto.

"Sou um dos remanescentes, o velhinho do time. Passei por todo o processo. Já tive momentos de ter de abandonar, por falta de apoio, mas aparecia uma luz no fim do túnel e eu seguia. E graças a Deus insisti, porque hoje a gente tem uma estrutura excepcional. Temos os melhores treinamentos, os melhores materiais", afirmou o mesatenista, que recebe a Bolsa Pódio do Governo Federal.

"Eu só tenho a aproveitar tudo isso. É um suporte que me dão para brigar por medalhas. Nas duas primeiras Paralimpíadas fui mero participante. Agora, não", disse. A prata e o bronze serão definidos nesta segunda-feira, já que a categoria é disputada na fórmula de todos contra todos. Iranildo já fez os quatro jogos.

Investimento
Um convênio entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa propiciou R$ 2,37 milhões em investimentos no tênis de mesa paralímpico. Os valores foram utilizados para equipar os CTs de Brasília (cadeirantes) e Piracicaba (andantes), e abrangem ajuda de custo e contratação de comissão técnica e consultor estrangeiro para preparação de 15 atletas, além da compra de equipamentos específicos. Há ainda um outro convênio, de cerca de R$ 1,49 milhão, para viagens. Além disso, os seis mesatenistas da equipe paralímpica permanente de Brasília recebem Bolsa-Atleta ou Bolsa-Pódio do Governo Federal.

Categorias
No tênis de mesa paralímpico, os atletas são divididos em 11 classes distintas: das classes 1 a 5 são cadeirantes, das classes 6 a 10 são andantes e na classe 11 são andantes com deficiência intelectual. Quanto maior o número da classe, menor o comprometimento físico-motor do atleta. A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada um, da força muscular, de restrições locomotoras, do equilíbrio na cadeira de rodas e da habilidade de segurar a raquete.

Gustavo Cunha, de Toronto, Canadá - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Tênis de mesa garante dois ouros no feminino e vagas no Rio 2016

Os suspiros em tom de alívio e as mãos trêmulas ao segurar a raquete para conversar com jornalistas não escondiam: Catia Cristina da Silva Oliveira, de 24 anos, estava com a adrenalina em alta. "Não dá para negar. Eu estava super ansiosa, eufórica. Cheguei a errar bolas inacreditáveis, que jamais perderia em treinos. Mas no fim consegui baixar a tensão e deu super certo", sorriu, ciente de que o ouro conquistado no Parapan de Toronto tinha sabor de passaporte para a Rio 2016.

Passaporte compartilhado entre ela, na Classe 2, voltada para cadeirantes, e a caçula da equipe Danielle Rauen, ouro na Classe 9, para andantes. "Não tenho nem o que falar. De tanto que lutei, de tanto esforço que fiz, nada foi inválido", disse a atleta de 17 anos, que tem artrite reumatoide, que causa atrofia nos músculos e degenera articulações. "O tênis de mesa é como se fosse meu remédio. Tenho de me mexer sempre. Se parar, atrofia. E o tênis de mesa exige o uso de toda a musculatura", explicou.

Danielle teve campanha impecável, com três vitórias por 3 sets a 0, uma delas sobre a companheira de equipe Jennyfer Parinos, que ficou com a prata. O jogo que confirmou o ouro foi diante da argentina Analía Longui. As parciais foram 11/7, 11/2 e 11/6.

Os planos até os Jogos Paralímpicos são subir o máximo que puder no ranking mundial para evitar, na definição da chave no Rio, um encontro precoce com chinesas e polonesas, rivais muito qualificadas. "Hoje ela é a sétima do mundo. Queremos chegar, até a época do chaveamento, ao quinto lugar. Se fizermos isso, temos chances de um bom chaveamento e daria para sonhar, de fato, com medalha", afirmou Paulo César de Camargo, técnico dos atletas andantes da Seleção Brasileira.

Catia, por sua vez, prefere não pensar muito em quem vai estar do outro lado da mesa. A receita, segundo ela, é seguir treinando firme, colocar na mesa o que vem praticando e sonhar, sim, com o pódio no Rio. Ex-meia-atacante de futebol feminino, ela chegou a ser convocada para a Seleção, mas teve o destino mudado em função de um acidente de carro. A vivência nos gramados, contudo, manteve nela o faro de atacante. "Eu gostava de estar com a bola no pé, de fazer um gol de vez em quando. Agora, no tênis de mesa, trago um pouco disso. Tenho um quê de atacante, que gosta de bola rápida, forte", brincou.

Estrutura

As duas recebem a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte e são beneficiários de um convênio entre a pasta e a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, que propiciou R$ 2,37 milhões em investimentos no tênis de mesa paralímpico. Os valores foram utilizados para equipar os CTs de Brasília (cadeirantes) e Piracicaba (andantes), e abrangem ajuda de custo e contratação de comissão técnica e consultor estrangeiro para preparação de 15 atletas, além da compra de equipamentos específicos. Há ainda um outro convênio, de cerca de R$ 1,49 milhão, para viagens. Além disso, os seis mesatenistas da equipe paralímpica permanente de Brasília recebem Bolsa-Atleta ou Bolsa-Pódio do Governo Federal.

Categorias

No tênis de mesa paralímpico, os atletas são divididos em 11 classes distintas: das classes 1 a 5 são cadeirantes, das classes 6 a 10 são andantes e na classe 11 são andantes com deficiência intelectual. Quanto maior o número da classe, menor o comprometimento físico-motor do atleta. A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada um, da força muscular, de restrições locomotoras, do equilíbrio na cadeira de rodas e da habilidade de segurar a raquete.

Gustavo Cunha, de Toronto, Canadá - brasil2016.gov.br
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