No esporte de alto rendimento, a diferença entre a vitória e a derrota está nos detalhes. Na luta olímpica não é diferente. Em 2013, os atletas nacionais dos estilos greco-romano e livre contarão com suporte financeiro por meio de três convênios firmados entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), que garantirão aos atletas condições para enfrentarem os grandes desafios dos próximos anos. "Quanto mais oferecermos toda a estrutura necessária aos nossos atletas, mais rápido teremos condições de colher os frutos positivos no final", analisa o presidente da CBLA, Pedro Gama Filho.

Os recursos se destinam a atletas de alto rendimento e de base. Os principais atletas do país recebem apoio por meio da iniciativa "Luta por Medalhas", com custeio de intercâmbios e competições internacionais e modernização do Centro Nacional de Alto Rendimento da modalidade no Rio de Janeiro. A nova geração será atendida pela aquisição de equipamentos para abastecer as federações estaduais.

Os investimentos do governo federal para a luta olímpica somam cerca de R$ 5,5 milhões, que foram garantidos por projetos aprovados em chamada pública para entidades privadas aberta em agosto de 2012. Em 2010 a confederação já havia obtido aprovação de outro projeto de preparação da seleção, no valor de R$ 1 milhão. "Os convênios vêm suprir uma demanda fundamental, comum a diversos esportes no país, que é a falta de estrutura para os atletas. Os investimentos do governo estão trazendo essa estrutura de que tanto os atletas precisam. Acredito que assim os lutadores contarão com todas as condições necessárias para representar bem o Brasil nos próximos Jogos Olímpicos", ressalta o presidente da CBLA.

As federações da modalidade vão receber equipamentos que garantirão condições para que novos talentos sejam revelados. "Com os equipamentos, as federações terão condições para promover seus eventos no nível mais elevado, com tapete olímpico. A iniciativa pretende nivelar a estrutura em todo o país, o que certamente vai impactar no nível técnico também", acrescenta o presidente.

Durante os Jogos Olímpicos de Londres, a delegação brasileira contou somente com uma representante na luta olímpica. Joice Silva, que recebe apoio do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte, deixou de ser coadjuvante para virar protagonista na modalidade durante sua estreia em Olimpíadas.

Para o Rio 2016, o país terá no mínimo cinco atletas classificados, garantidos na cota do país-sede. "Fora isso, podemos classificar mais atletas. Acredito que teremos de oito a dez representantes em 2016. Essa é a nossa meta", completa Pedro Gama Filho.

"Os atletas serão atendidos de modo a ter todas as condições técnicas para melhor representar o país em 2016. Intercâmbios necessários e as viagens para as competições internacionais, tudo para que eles possam participar de todos os eventos de que os principais atletas dos outros países participam. A proposta é equiparar as condições dos brasileiros às dos melhores atletas do mundo nesse ciclo olímpico", diz.


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Breno Barros
Foto: Divulgação/CBLA
Ascom - Ministério do Esporte
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