Para possibilitar o treinamento das seleções brasileiras durante este ciclo olímpico, o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) firmaram três convênios que atenderão aos principais atletas nas provas de salto, adestramento e concurso completo de equitação (CCE). Para 2013, o valor do repasse é de quase R$ 6,5 milhões, que serão destinados à preparação dos conjuntos olímpicos e das seleções de base.
 
Os recursos se destinam a contratação de técnicos estrangeiros, estruturação de equipe multidisciplinar e realização de clínicas de treinamento no Brasil, além de oferecer ajuda de custo para a manutenção dos cavalos. "A preparação se estende por um ciclo de competições que culmina nos Jogos Olímpicos Rio 2016, mas o trabalho é sólido e seus resultados com certeza serão percebidos além dos Jogos Olímpicos, colocando o hipismo brasileiro em um novo patamar de estruturação e de qualidade técnica", destaca o presidente da CBH, Luiz Roberto Giugni.
 
No salto, serão oito atletas beneficiados na categoria sênior e cinco nas categorias de base. Para o adestramento, serão oito atletas da categoria sênior, quatro atletas da categoria júnior e quatro atletas da categoria young riders. No CCE serão beneficiados dez atletas da categoria sênior e cinco atletas das categorias júnior/young riders. A preparação dos atletas no Brasil será feita em clínicas de treinamento com técnicos estrangeiros. Para as categorias de base, a primeira fase de treinos acontece já neste fim de semana (08 e 09.06), com a realização de uma clínica com Lesley Mcnaught, uma das principais amazonas do mundo. A atividade será no Helvetia Riding Center, em São Paulo, e é voltada para as categorias mirim, pré júnior, júnior e young riders.
 
"Essas clínicas são muito importantes para aprimorar o nível técnico dos conjuntos brasileiros. A realização regular delas é um dos pilares para o desenvolvimento de nossos conjuntos e para a busca de resultados cada vez melhores", explica Giugni. Segundo ele, o investimento nas equipes de base já apresenta bons resultados e é um dos fundamentos para a evolução da modalidade no país. "As equipes de base sustentam o desenvolvimento do esporte. Na CBH consideramos o trabalho das seleções de base de forma integrada ao trabalho das seleções de seniores, seguindo as mesmas diretrizes. Tivemos uma experiência espetacular no início deste ano na Copa das Nações em Wellington, quando competimos com equipes nas categorias mirim, júnior e young riders sob o acompanhamento de Doda Miranda e Rodrigo Pessoa, além de nosso técnico principal Jean-Maurice. O resultado foram duas medalhas de ouro e uma bagagem muitíssimo enriquecida, pessoal e profissionalmente, para esses jovens atletas", completa.
 
Outra ação possibilitada pelo apoio federal é a estruturação de uma comissão técnica permanente que acompanhará os atletas. Está incluída no projeto a contratação de auxiliares técnicos, treinador, veterinário, psicólogo, preparador físico e gerente técnico para cada uma das modalidades. "Atualmente os atletas trabalham individualmente com equipes técnicas que podem ser mais completas ou, em outros casos, mais simples. Pela primeira vez a CBH poderá contar com equipes técnicas multidisciplinares, permanentes, para atender às seleções brasileiras", explica o presidente da confederação.
 
Competições
 Os atletas também receberão auxílio para custear a participação nas competições do calendário até 2016: de quinta-feira (05.06) até o domingo (09.06), o Brasil tem uma equipe na Copa das Nações do CSIO de Lisboa, que acontece na centenária Sociedade Hípica Portuguesa. A equipe verde e amarela é representada por Rodrigo Pessoa, com a sua nova montaria G&C Sonny; Marlon Zanotelli, com Loro Piano Cartella; Pedro Veniss, com Amemoi O Sandor; e Luiz Francisco de Azevedo, com Barbou de Ruet. A participação na Copa das Nações na capital portuguesa faz parte da estratégia de preparação da equipe brasileira para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 numa parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Ministério do Esporte.
 
Gestão esportiva
 A CBH passa por um processo de modernização e profissionalização de sua administração e da gestão do hipismo. Parte desse momento, estão sendo contratados três gestores esportivos profissionais, para atuação nas modalidades salto, adestramento e CCE. "Sem dúvida será mais um importante passo para nossa melhor estruturação e organização profissional", avalia o presidente Giugni.


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Paula Braga
Foto: Divulgação/CBH
Ascom - Ministério do Esporte
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