Obras para Jogos Olímpicos auxiliam mobilidade da população carioca

Detalhes

Última atualização em Quinta, 09 Junho 2016 10:14

Publicado em Quinta, 09 Junho 2016 10:14

Acessos: 2070

Estruturas montadas para os Jogos Olímpicos vão atender a população após o encerramento

REPÓRTER: Trânsito, rotina de trabalho, o grande número de informações, além de outros fatores, fazem com que um dia de 24 horas quase não seja suficiente para atender a todas as necessidades de um morador das grandes cidades do Brasil e do mundo. Economizar tempo em certas atividades é fundamental para poder acompanhar o ritmo acelerado. Nas metrópoles, se locomover durante o dia pode ser um grande desafio. O Rio de Janeiro não foge à regra.

Com o objetivo de melhorar as condições de mobilidade durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 e após a realização do evento, diversas obras foram construídas na cidade. O Novo Joá é um exemplo disso. A estrutura foi erguida junto ao Elevado das Bandeiras e tem como finalidade aumentar em até 30 por cento o fluxo de automóveis entre a Zona Sul e a Barra Da Tijuca. Iniciada em 2014, a obra teve um investimento de mais de 450 milhões de reais. Ao todo, a estrutura tem cinco quilômetros.

Outra obra em andamento é a Transolímpica, expansão do Transporte Rápido por Ônibus, o BRT, que vai ligar o Recreio dos Bandeirantes a Deodoro, podendo transportar até 70 mil pessoas por dia, segundo a Secretaria de Obras Municipal do Rio de Janeiro. A obra recebeu investimentos de mais de dois bilhões de reais e já está praticamente concluída.

Henrique Costa tem 27 anos, trabalha como atendente e é morador de Guaratiba. Usuário do BRT, ele afirma que passa menos tempo no trânsito e ressalta a importância das obras de mobilidade na cidade.

SONORA: Henrique Costa - atendente

“Sim, realmente está precisando, porque conforme o crescimento, as pessoas vêm paro o Rio, fica complicado o trânsito. Então essas obras que foram feitas como o BRT, essa obra ligando a Barra à Zona Sul, são fundamentais porque era muito trânsito. Quando chovia principalmente, o trânsito não andava, ficava tudo parado.”

REPÓRTER: Já a escriturária Tânia Maria Campos, de 61 anos, será duas vezes beneficiada pelas obras que ficam de legado para a população carioca. Moradora de Magalhães Bastos, uma das regiões que terá estação do BRT, Tânia trabalha nas proximidades do estádio Nilton Santos, o Engenhão. No entorno da arena, foram feitas as obras da Praça do Trem, que revitalizaram e facilitam o acesso do público aos eventos esportivos. O espaço foi totalmente reformado, com plantação de árvores, instalação de luzes de LED e melhorias urbanísticas, como drenagem e reforma de calçadas. Tudo para melhorar o fluxo dos pedestres pelos 35 mil metros quadrados da praça. O investimento total foi de quase 116 milhões de reais, que também foram destinados para a melhoria das ruas do bairro. Na opinião de Tânia, a Praça do Trem está mais bonita e acessível.

SONORA: Tânia Maria Campos - escriturária

“Ficou uma passagem bonita. A passagem das pessoas, para pegar o trem. A estação está bonita, porque fizeram uma outra parte da estação para as pessoas virem para as Olimpíadas. Não, ter que passar só por um lado, mas usar o outro também. Ficou muito bonita a reforma.”

REPÓRTER: Outro legado de destaque na mobilidade do Rio de Janeiro é o Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT. A primeira linha, inaugurada no último dia 5, percorre da Rodoviária Novo Rio chegando ao Aeroporto Santos Dumont. Ao todo, a linha tem oito estações e 18 quilômetros de extensão. Para construção, foram investidos um bilhão e 157 milhões de reais. 625 milhões vieram da parceria público-privada pela prefeitura do Rio. 532 milhões são do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o VLT vai se unir a outros meios de transporte para melhorar a mobilidade na cidade.

SONORA: Eduardo Paes, prefeito Rio de Janeiro.

“É um esforço de mobilidade inspirado nas Olimpíadas. Ele [o VLT] é um integrador de todos os modais... chega à rodoviária, no trem, no metrô, nas barcas, chega ao aeroporto Santos Dumont. No futuro, vai encontrar com o BRT Transbrasil. Ou seja, é um instrumento de mobilidade superimportante para a cidade”.

REPÓRTE:  Para o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, o legado dos Jogos Olímpicos vai além das estruturas esportivas e vai beneficiar a população da cidade.

“Também as obras de mobilidade que foram feitas na cidade do Rio de Janeiro. Eu acho que o mais importante é que fica a demonstração de que nós precisamos avançar, nas nossas cidades, ainda mais na acessibilidade.”

REPÓRTER: Outra obra  para melhorar ainda mais a mobilidade na cidade é a expansão da Transoeste. A linha do BRT, inaugurada em 2012, já inclui os terminais Alvorada, Santa Cruz e Campo Grande e tem 52 quilômetros de expansão. O trajeto liga Santa Cruz e Campo Grande ao Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca e atende 184 mil pessoas diariamente. Com um investimento de 114 milhões de reais, a ampliação vai ligar o Terminal Alvorada ao Jardim Oceânico, também na Barra da Tijuca, o que vai permitir a integração com a linha quatro do metrô.

Reportagem, Raphael Costa