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Grandes momentos de 2013: natação masculina

(Foto: Satiro Sodré)(Foto: Satiro Sodré)

A natação masculina mostrou grande evolução em 2013 e o campeão olímpico Cesar Cielo brilhou no Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona, disputado entre julho e agosto. Recordista mundial dos 50m livre (20s91), o brasileiro conquistou o inédito tricampeonato mundial na prova, com direito à melhor marca de todos os tempos na era pós-maiôs (21s32). Além disso, ele se tornou bicampeão mundial dos 50m borboleta, prova não-olímpica.

Cielo, entretanto, não foi o único nadador a subir ao pódio em Barcelona. Os brasileiros conquistaram ainda três bronzes — dois com Thiago Pereira, nos 200m e nos 400m medley, e um de Felipe Lima, nos 100m peito (todas provas olímpicas). Com isso, a natação fechou o Mundial com cinco medalhas.

Foto: Satiro SodréFoto: Satiro Sodré
 

Mas foi a participação nas finais em Barcelona que traz boas perspectivas para que mais nadadores possam sonhar com medalhas nas próximas competições internacionais. Nicholas Santos foi quarto colocado nos 50m borboleta e João Gomes Júnior foi quinto nos 50m peito. Em sexto lugar chegaram Marcelo Chierighini, nos 100m livre, e Daniel Orzechowski, nos 50m costas. Leonardo de Deus foi oitavo nos 200m borboleta e o revezamento 4 x 100m foi sétimo, com Nicolas Oliveira, Fernando Ernesto, Vinícius Waked e Chierighini. No feminino, Etiene Medeiros foi finalista nos 50m costas e terminou a prova como a quarta colocada.

Melhor tempo do mundo no ano
Nicholas Santos, por exemplo, teve seu grande momento nas semifinais dos 50m borboleta, quando fez o melhor tempo do ano (em nível mundial). Ele terminou a prova em 22s81, à frente de Cielo (22s86) e com objetivo cumprido, que era quebrar a barreira dos 23s.Foto: Satiro SodréFoto: Satiro Sodré

Na final, entretanto, Cielo terminou com o tempo de 23s01 e Nicholas acabou em quarto lugar, deixando por pouco escapar uma medalha ao bater em 23s21. O norte-americano Eugene Godsoe foi prata, com 23s05, e o francês Frédérick Bousquet ficou com o bronze, com 23s11.

Felipe Lima, bronze dos 100m peito em Barcelona, treina em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, com o técnico “cubano-brasileiro” Omar González. E se mostra ainda mais animado com a Bolsa Pódio que passa a receber do Ministério do Esporte, pois o benefício irá “ajudar muito na preparação de modo geral”.

Segundo o nadador, com a verba será possível acrescentar uma equipe de acompanhamento particular, com fisiologista, biomecânico e massagista, além dos profissionais da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) que servem à Seleção Brasileira como um todo.

Ano de mudanças
Leonardo de Deus classificou-se para a final dos 200m borboleta no Mundial de Barcelona. Chegou em oitavo, mas, aos 22 anos e contemplado com a Bolsa Pódio, também busca um trabalho mais personalizado para melhorar suas marcas. Ele planeja contar com psicólogo, fisioterapeuta e biomecânico (só pode “economizar” com a nutricionista, profissão da mãe, Jeane), que poderiam acompanhar o nadador em competições.

“Treino no Corinthians com o técnico Carlos Matheus e também temos uma equipe multidisciplinar de especialistas. Mas, agora, posso pensar em ter os meus”, diz Leonardo de Deus, para quem o ano foi de mudanças e de surpresas. Ele deixou o Flamengo, mudou de técnico, mudou de casa, para ficar mais perto do Corinthians, e foi finalista em um Mundial pela primeira vez.

Henrique Rodrigues, semifinalista dos 200m medley nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, conseguiu em 2013 a segunda marca do mundo na sua prova (1min57s37). O tempo foi obtido durante o Troféu Maria Lenk. Aos 22 anos, ele disputou seu terceiro Campeonato Mundial.

Com 1,94m e 90kg, ele, agora, quer aproveitar a Bolsa Pódio para “nadar mais provas”. O plano é competir, além dos 200m medley, nos 100m medley, para “expandir o leque”, já visando também provas como os 100m borboleta e os 100m costas.

Nicolas Oliveira, que chegou às semifinais dos 200m livre no Mundial de Barcelona e foi finalista com o revezamento dos 4 x 100m livre, diz que o apoio do governo federal com a Bolsa Pódio e os Correios, no patrocínio da CBDA, ajudam a tirar a pressão de ter de pensar em verbas para seguir na carreira.

“E ainda podemos montar um projeto científico agregado, pensando em ir subindo aos poucos para chegar ao pódio olímpico do Rio 2016. Os Jogos Olímpicos começam agora. E os medalhistas não vão aparecer do nada. É uma escalada e já temos de mostrar a cara”, afirma o nadador.

Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
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Prefeitura lança licitação do Centro Aquático dos Jogos Rio 2016

Centro AquáticoCentro Aquático

A prefeitura do Rio de Janeiro lançou nesta sexta-feira (27.12) o edital de licitação para a construção do Centro Aquático dos Jogos de 2016, que será erguido no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O projeto foi desenvolvido pela prefeitura, por meio da Empresa Olímpica Municipal (EOM) e da Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe), e pelo Ministério do Esporte.

O vencedor da licitação do Centro Aquático será responsável pela construção e operação da arena pelo período de 11 meses. As obras de construção estão orçadas em cerca de R$ 218 milhões, e aproximadamente R$ 8 milhões serão investidos em operação e manutenção. O governo federal vai transferir os recursos – do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), repassados pela Caixa Econômica Federal – para a cidade, conforme acordo de cooperação técnica assinado entre o Ministério do Esporte e a prefeitura em maio de 2012.

O Centro Aquático será uma instalação temporária com capacidade para 18 mil espectadores, com duas piscinas olímpicas (uma de competição e outra de aquecimento) e infraestrutura para receber as montagens complementares temporárias (overlay). As piscinas terão estruturas metálicas modulares desmontáveis e reaproveitáveis, e receberão as competições de natação olímpica e paraolímpica,e a fase final da competição de polo aquático.

As obras estão previstas para começar no primeiro semestre de 2014 e terminar no primeiro trimestre de 2016, antes do evento-teste, programado para abril. Os projetos básico e executivo foram desenvolvidos pelo consórcio 2016-Centro Aquático, formado pelas empresas GMP Design e Projetos do Brasil Ltda., SBP do Brasil Projetos Ltda., Lumens Engenharia Ltda. e Sustentech Desenvolvimento Sustentável Ltda. Os estudos preliminares foram elaborados pela inglesa Aecom.

O Centro Aquático foi concebido prevendo máximo aproveitamento possível dos elementos que compõem a montagem. O Ministério do Esporte apresentará em 2014 o projeto do legado dos materiais, que deverá prever, entre outras ações, a remontagem das piscinas de competição e de aquecimento.

As competições de natação estão entre as que recebem mais atenção e interesse nos Jogos Olímpicos e nos Jogos Paraolímpicos, tanto por parte dos espectadores que vão às arenas quanto daqueles que assistem pela televisão, por isso as instalações seguem requisitos olímpicos bastante rigorosos do Comitê Olímpico Internacional e da Federação Internacional da modalidade. Mesmo assim, a opção por construir uma instalação temporária se deve ao fato de o Rio de Janeiro já ter dois parques aquáticos, o Maria Lenk e o Julio Delamare, com capacidade para receber eventos nacionais e internacionais. Como não há demanda para outro parque aquático na cidade, a melhor opção custo-benefício foi erguer uma instalação temporária para natação e finais de polo aquático, porque ao longo da vida útil de um equipamento esportivo permanente 60% dos investimentos são em manutenção.

É importante ressaltar a necessidade de haver mais de uma instalação para atender ao calendário das quatro modalidades de Esportes Aquáticos (natação, saltos ornamentais, nado sincronizado e polo aquático). Durante os Jogos Olímpicos, o Maria Lenk receberá as disputas de saltos ornamentais e nado sincronizado. A fase inicial do polo aquático será no Parque Aquático Julio de Lamare, de responsabilidade do governo estadual.

No Dossiê de Candidatura, documento de 2009, apenas a estrutura externa do Centro Aquático seria permanente (as piscinas seriam temporárias). Após os Jogos Olímpicos, a estrutura externa seria adaptada para funcionar como área administrativa do Centro Olímpico de Treinamento (COT), porém a Prefeitura, o Governo Federal e o Comitê Rio 2016 avaliaram que esse espaço não será necessário e a instalação será totalmente temporária. A área administrativa ficará no terreno dos três pavilhões esportivos permanentes, que já estão sendo construídos.

Novas instalações da Barra

Com o lançamento da licitação do Centro Aquático, já é possível fazer algumas avaliações sobre as quatro novas arenas esportivas do Parque Olímpico da Barra que não constam da parceria público-privada (PPP) e serão construídas com aporte do governo federal: Centro de Tênis, Velódromo, Arena de Handebol e Centro Aquático.

A execução das obras do Centro de Tênis já está contratada por cerca de R$ 165 milhões, valor da proposta vencedora da licitação. Somando esse valor ao dos editais das licitações ainda em curso – Arena de Handebol (R$ 121 milhões), Velódromo (R$ 137 milhões) e Centro Aquático (R$ 218 milhões) –, o total será de aproximadamente R$ 641 milhões, cerca de 9% superior à estimativa prevista no Dossiê de Candidatura, já atualizada pelo INCC-DI do período de janeiro de 2009 a outubro de 2013.

Para efeito de comparação, nos Jogos de Londres o valor das obras de três destas instalações (Velódromo, Arena de Handebol e Centro Aquático) somou o equivalente a cerca de R$ 1,6 bilhão (todas permanentes). No caso do Rio, o valor está previsto para ser de aproximadamente R$ 476 milhões (apenas o Velódromo é permanente). O Centro de Tênis não entra na comparação porque em Londres a competição foi disputada em Wimbledon, uma instalação já existente.

Parque Olímpico

Com 1,18 milhão de metros quadrados,o Parque Olímpico da Barra será o coração dos Jogos Rio 2016 e receberá competições de 16 modalidades olímpicas e 10 paraolímpicas. O projeto prevê que, até 2030, equipamentos esportivos e novos empreendimentos formarão um bairro residencial que será referência em termos de sustentabilidade para a cidade, com novos componentes de eficiência energética e acessibilidade. Atendido por duas das novas linhas de BRT, a Transolímpica e a Transcarioca, será um bairro aberto, ao contrário da maioria dos condomínios da Barra.

Na construção de todas as instalações esportivas permanentes, a prefeitura e o governo federal buscarão certificação LEED (sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental). Esse sistema de classificação de edificações, desenvolvido pela americana Green Building Council para medir o desempenho ambiental de design, construção e operação de edifícios, busca reduzir o impacto ambiental das edificações. 

Parcerias

Para a construção do Parque Olímpico da Barra, foram feitas duas parcerias. Uma parceria público-privada (PPP) no valor de R$ 1,35 bilhão permitirá a construção e manutenção (por 15 anos) da infraestrutura do Parque Olímpico, além da construção de três pavilhões esportivos, que após os Jogos farão parte do Centro Olímpico de Treinamento (COT), do Centro Principal de Imprensa (MPC), do Centro Internacional de Transmissão (IBC), de um hotel e da infraestrutura da Vila dos Atletas, que também está sendo erguida na Barra da Tijuca.

Para viabilizar a construção das demais instalações – Centro Aquático, Centro de Tênis, Velódromo e a Arena de Handebol –, a prefeitura assinou um acordo de cooperação técnica com o governo federal. A União vai aportar os recursos para as obras das arenas que estão fora do escopo da PPP, sendo que a prefeitura financiou os projetos básico e executivo e é responsável pela execução das obras.

Obras

O trabalho no terreno de 1,18 milhão de metros quadrados começou no dia 6 de julho de 2012 com a remoção dos elementos que compunham o antigo Autódromo de Jacarepaguá, como arquibancadas, pavimento de asfalto e estruturas auxiliares (grades de proteção, pneus, muros internos de concreto e cercas). As obras de infraestrutura – redes de drenagem, água, esgoto, incêndio e elétrica – estão dentro do cronograma, e a terraplenagem encontra-se em fase final.

A construção do Centro de Tênis começou no fim de outubro. Mais adiantadas e já na fase de implantação das estacas estão as obras do Centro Internacional de Transmissão (IBC), do Centro Principal de Imprensa (MPC) e dos três pavilhões esportivos, que, após os Jogos, farão parte do Centro Olímpico de Treinamento (COT). Além das obras do Centro Aquático, as do Velódromo e da Arena de Handebol começarão em 2014.

 

Fonte: EOM/Prefeitura do Rio de Janeiro e Snear/ME
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Grandes momentos de 2013: Allan do Carmo

Baiano de Salvador, Allan do Carmo é um dos atletas das maratonas aquáticas que fecha 2013 celebrando uma evolução que merece ser comemorada. Ele foi o sétimo colocado na prova dos 10 km (olímpica) no Mundial de Barcelona, disputado entre julho e agosto e o desempenho representou um salto considerável para quem havia sido 18º no Mundial de Xangai, em 2011.

Aos 24 anos, o nadador ajudou o Brasil a chegar ao primeiro lugar na soma de pontos da competição disputada na Espanha, com o bronze do revezamento 5 km, quando nadou ao lado de Samuel de Bona e Poliana Okimoto. Assim sendo, Allan comemora a temporada e ressalta a importância de uma preparação bem feita ao longo do ano.

Allan do Carmo: melhor ano da carreira em 2013 e planos de chegar muito bem aos Jogos do Rio de Janeiro em 2016 (Foto: Satiro Sodré)Allan do Carmo: melhor ano da carreira em 2013 e planos de chegar muito bem aos Jogos do Rio de Janeiro em 2016 (Foto: Satiro Sodré)

“Melhoramos muito o nosso nível internacional. Nós nos preparamos melhor, com suplementação, com equipes técnicas mais completas. E, agora, a Bolsa Pódio só vem nos ajudar ainda mais. Podemos manter o projeto e, individualmente, temos como buscar mais fontes, mais profissionais para trabalhar com a gente para ficarmos ainda mais estruturados”, projeta.

Para o nadador, o momento é de ajustar o planejamento. Allan precisa, por exemplo, viajar para poder treinar em piscina olímpica — oficial, de 50 metros —, que não existe em Salvador. “Apesar de nossa prova ser em águas abertas, o treinamento é 90% feito em piscina. Quando reunimos a equipe brasileira para campings, o trabalho é em piscina olímpica”, explica.

Allan do Carmo diz que, para ele, “2013 foi maravilhoso, excelente” e afirma que o ano foi o melhor de sua carreira. Além do sétimo lugar nos 10 km e do bronze no revezamento 5km, o baiano foi quinto colocado na prova dos 25 km (não-olímpica) no Mundial. Com tudo isso, ele se anima cada vez mais para competir na capital fluminense em 2016. “Esses resultados me dizem que estou no caminho certo para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Acredito que em 2014 já estaremos mais focados na prova dos 10 km, que é a olímpica.”

Para toda a equipe de maratonas aquáticas, o ano de 2013 foi muito bom. Mas no masculino, em particular, o nível técnico vem crescendo, como destaca Allan. “A evolução tem sido muito rápida. Quando o grupo melhora, individualmente os atletas também evoluem. Assim, hoje estamos entre os países mais fortes do mundo nas maratonas aquáticas. E com cada um buscando o seu melhor, o Brasil só tem a ganhar”, afirma.

Denise Mirás
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Entrevista: Dono de 15 medalhas em Jogos Paraolímpicos, Daniel Dias quer repetir a dose em 2016

Nascido em Campinas, no interior de São Paulo, em 24 de maio de 1988, Daniel Dias é o maior nadador paraolímpico da história do Brasil. Superando as limitações do parto — ele nasceu sem as mãos e também sem um dos pés —, ele descobriu na natação o esporte que seria responsável por mudar sua vida.

Em apenas duas edições dos Jogos Paraolímpicos — Pequim-2008 e Londres-2012 —, o brasileiro conquistou incríveis 15 medalhas, das quais 10 foram de ouro, quatro de prata e uma de bronze. Em Londres-2012, Daniel Dias venceu todas as seis provas que disputou.

Suas marcantes participações nos Jogos Paraolímpicos renderam ao paulista uma honraria que até hoje nenhum atleta do país conseguiu, seja em modalidades olímpicas ou paraolímpicas. Em 11 de março de 2013, Daniel Dias foi agraciado, em cerimônia realizada no Rio de Janeiro, com o Prêmio Laureus de Para-Atleta do Ano, considerado o “Oscar” do esporte mundial. Com isso, Daniel Dias, que já havia recebido a premiação em 2009, se tornou o único brasileiro dono de dois troféus Laureus. Além dele, apenas o ex-jogador de futebol Ronaldo, o skatista Bob Burnquist e Pelé foram agraciados com a premiação entre os atletas brasileiros.

O nadador recebeu a equipe do Portal Brasil 2016 no Clube de A. D. São Caetano, em São Paulo, onde ele se prepara para as competições. Daniel falou sobre sua carreira, sobre a importância da Bolsa Atleta Pódio e sobre suas expectativas para competir em casa nos Jogos Paraolímpicos do Rio 2016. Ele revelou também sua paixão por bateria e se emocionou ao falar da esposa e do filho, que está para nascer, em março de 2014.

 

Confira o bate-papo completo com Daniel Dias e conheça um pouco mais sobre esse atleta que tanto orgulho e tantas alegrias deu ao Brasil:

 

Luiz Roberto Magalhães - Portal Brasil 2016
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Grandes momentos de 2013: Robert Scheidt

Robert Scheidt não imaginava que, na volta à Laser, depois de oito anos velejando na Star, conseguiria uma medalha no Campeonato Mundial da classe, disputado no sultanato de Omã, na Península Arábica, em novembro.

Aos 40 anos, Scheidt pensava que competir com um barco que exige muito mais do físico seria complicado e, como ele mesmo admite, partiu para o Mundial pensando em voltar com um quinto lugar ou, no máximo, uma medalha de bronze.

Mas o bicampeão olímpico da Star (foi ouro nos Jogos de Atlanta-1996 e Atenas-2004) provou que está em forma ao deixar para trás 126 adversários e conquistar a medalha de ouro, que marcou seu décimo primeiro título mundial na classe, se for contado o título do Mundial Júnior de 1991. Para essa conta, é importante lembrar que, em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da ISAF (a Federação Internacional de Vela) e o Mundial de Laser e que ambos foram vencidos por Robert Scheidt. Vem daí os 11 títulos mundiais do velejador nesta classe.

Na raia de Al Musannah, em Omã, Robert Scheidt conseguiu mais um grande momento pessoal e para o esporte brasileiro em 2013. E para chegar ao título mundial na Laser ele teve que rever seus conceitos de preparação. “Neste ano, eu não precisava fazer um número grande de competições. Só fiz quatro internacionais e duas no Brasil. Tentei me desgastar o menos possível e tive de ir contra mim mesmo, porque meu instinto é treinar muito. Assim, em 2013 meu treinamento foi mais focado em qualidade do que em quantidade”, explica o velejador.

Robert Scheidt: experiência fez a diferença em Omã e garantiu ao velejador o 11º título mundial na classe Laser (Foto: Divulgação/COB)Robert Scheidt: experiência fez a diferença em Omã e garantiu ao velejador o 11º título mundial na classe Laser (Foto: Divulgação/COB)

Os sete dias do Mundial de Omã seriam os mais desgastantes do ano, lembra Scheidt, com 14 regatas. “E meu corpo reagiu bem. Fiz um bom Mundial e o ouro, para mim, foi uma grata surpresa”, confessa.

O retorno à Laser se deu porque a classe Star — na qual Scheidt disputou os dois últimos Jogos Olímpicos, em Pequim-2008 e Londres-2012, ao lado de Bruno Prada, com ambos tendo subido ao pódio nas duas edições — foi retirada do programa dos Jogos do Rio 2016.

No total, Scheidt tem no currículo cinco medalhas olímpicas (veja lista abaixo), mesmo número do bicampeão olímpico da vela Torben Grael, o que faz dos dois os maiores atletas olímpicos da história do Brasil.

Agora é “se segurar” para não treinar tanto

Foram oito anos sem participar de competições na classe Laser e Robert Scheidt diz que estava com “o pé no chão”, ciente de que tinha “uma montanha pela frente”. Para complicar, ele ainda sofria com uma pequena lesão nas costas, o que o fez viajar com um fisioterapeuta para todos os campeonatos. “Eu ia com o Felipe ou com o Léo”, revela.

Aos 40 anos e com tantos títulos mundiais da Laser na carreira, Robert Scheidt partiu para Omã consciente de que deveria usar tudo o que aprendeu na classe para tentar surpreender. “No barco da Star, um erro custa muito mais caro. Na Laser, se você erra um pouco, tem mais chance de se recuperar. A experiência conta e isso me ajudou”.

A meta para 2014 é o Mundial da ISAF, em setembro, em Santander, na Espanha. Mas já em janeiro haverá a Semana de Miami e, depois, a Copa Brasil, na raia olímpica do Rio de Janeiro, na Baía da Guanabara. “Na minha cabeça, não preciso ganhar. Meu objetivo é velejar bem para chegar ao Mundial bem tranqüilo”, adianta.

Os Jogos do Rio 2016 serão “uma adrenalina a mais”, que deverá ser usada de forma positiva, sem ser tomada como pressão pelo fato de estar competindo em casa. “Ganhar medalha olímpica é show. Já vivi isso. E será muito importante me segurar para não treinar como treinava antes, porque hoje posso ter mais lesões. Ainda bem que não tenho nada muito preocupante. Não tenho hérnia de disco, não rompi ligamento, não tenho tendinite... Mas preciso pensar em treinar três dias e descansar um, pelo menos”, planeja o campeão.

Robert Scheidt diz que precisará de uma boa estratégia até a hora de competir na Cidade Maravilhosa. “O caminho até o Rio 2016 vai ser até mais difícil do que os Jogos Olímpicos e vai contar muito a experiência”, acredita.

Em Omã, a experiência de Robert Scheidt fez a diferença. Fica, então, a torcida para que a receita de sucesso se repita no Rio de Janeiro, em 2016.

Classificação final do Mundial de Omã da Laser após 12 regatas e dois descartes

1- Robert Scheidt (BRA) - 29 pontos perdidos (4+5+1+1+2+1+[28]+1+12+1+[26]+1)
2- Pavlos Kontides (CYP) - 42 pp (2+5+3+3+4+2+1+[10]+[16]+3+6+13)
3- Phillip Buhl (ALE) - 68 pp (1+17+3+4+2+12+[18]+2+2+15+[64]+10)
4- Rutger Schaardenburg (NED) - 68 pp (19+3+4+4+1+[38]+5+2+[23]+14+13+3)
5- Jesper Stalhein (SWE) - 69 pp (3+2+6+1+4+4+[26]+4+18+26+2+[37])
6- Tonci Stipanovic (CRO) - 70 pp (1+8+1+5+3+2+[43]+6+[43]+6+3+35)
7- Juan Maegli (GUA) - 80 pp ([27]+13+13+16+3+12+6+3+4+[19]+5+5)
8- Bruno Fontes (BRA) - 101 pp (5+6+2+[14]+9+6+13+12+31+4+[30]+14)
9- Tom Burton (AUS) - 105 pp (8+1+4+17+14+7+[21]+12+15+9+18+[31])
10- Mathew Wearn (AUS) - 118 pp (18+14+7+7+6+4+4+[52]+13+42+4+[52])
38- Matheus Dellagnelo (BRA) - 226 pp (22+38+11+26+19+[41]+18+37+25+[50]+12+18)

Campanha de Robert Scheidt na volta à Laser

>> Ouro no Campeonato Italiano de Classes Olímpicas - Scarlino (ITA), setembro/12
>> Ouro no Campeonato Brasileiro de Laser - Porto Alegre (BRA), janeiro/13
>> Ouro na Semana Brasileira de Vela - Rio de Janeiro (BRA), fevereiro/13
>> Ouro na Laser Europa Cup - Garda (ITA), março/13
>> Prata na Semana Olímpica Francesa - Hyères (FRA), abril/13
>> Prata na Semana de Vela de Kiel - Kiel (ALE), junho/13
>> Ouro na Rolex Ilhabela Sailing Week, na Star, com Bruno Prada - Ilhabela (BRA), julho/13
>> Prata no Campeonato Europeu de Laser - Dublin (IRL), setembro/13

Principais títulos

Laser

>> Onze títulos mundiais - 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004, 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt

>> Três medalhas olímpicas - ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004 e prata em Sydney-2000

Star

>> Três títulos mundiais - 2007, 2011 e 2012
>> Duas medalhas olímpicas - prata em Pequim-2008 e bronze em Londres-2012

Denise Mirás
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Grandes momentos de 2013: 30 medalhas em Mundiais

Com a medalha de ouro da Seleção Brasileira feminina de handebol em Belgrado, na Sérvia, conquistada no domingo (22.12), o Brasil encerrou o ano de 2013 com 30 medalhas em Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes. Desse total, é importante destacar que 27 pódios foram obtidos em provas que fazem parte do programa olímpico e que as 30 medalhas não levam em conta o desempenho do país em competições como, no vôlei, a Liga Mundial ou o Grand Prix, de altíssima relevância para a modalidade, mas que não são têm o status de um Campeonato Mundial.

Só nas provas olímpicas, nossos atletas conquistaram ouros, dez pratas e nove bronzes. Com isso, a temporada termina com o melhor ano pós-olímpico do país em todos os tempos. Para se ter uma ideia de como o 2013 foi vitorioso no cenário internacional, antes desta temporada o melhor ano tinha sido em 2005 (após os Jogos de Atenas-2004), quando o número de medalhas em Mundiais ou equivalentes não passou de 11.

A conquista do time do técnico Morten Soubak na Sérvia foi ainda mais contundente devido à forma como o troféu de campeão do mundo foi conquistado. O Brasil terminou a competição invicto, tendo vencido todas as nove partidas, e ainda voltou para casa com dois prêmios individuais importantíssimos: a armadora Duda foi eleita a MVP (jogadora mais importante do torneio) e Babi fechou o torneio como a melhor goleira do mundo.

A dois anos e meio dos Jogos do Rio 2016, o Brasil fecha o ano celebrando uma temporada histórica, a melhor de todos os tempos dos atletas do país em Mundiais (Foto: Divulgação)A dois anos e meio dos Jogos do Rio 2016, o Brasil fecha o ano celebrando uma temporada histórica, a melhor de todos os tempos dos atletas do país em Mundiais (Foto: Divulgação)

O sucesso da Seleção Brasileira feminina de Handebol é fruto de muito esforço e dedicação por parte das atletas e de toda a comissão técnica. Mas também só foi possível devido ao investimento que o governo federal está fazendo na modalidade (e em outros esportes).

Desde a preparação para os Jogos Olímpicos de Londres-2012, a Seleção feminina de handebol já contou com R$ 5,4 milhões em recursos. Especificamente para os Jogos do Rio 2016, as Seleções feminina e masculina terão R$ 3 milhões do Ministério do Esporte, além das verbas das empresas estatais: R$ 4,4 milhões do Banco do Brasil e R$ 2 milhões dos Correios, totalizando R$ 9,4 milhões.

Em 2009, o Brasil fechou o ano com nove medalhas em Mundiais ou competições equivalentes. Mas a conquista do direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 pelo Rio de Janeiro elevou o esporte brasileiro a um novo patamar e possibilitou a entrada de novos recursos nas modalidades por parte do governo federal, segundo Ricardo Leyser, secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.

Esses recursos vêm sendo repassados não apenas para o esporte de alta performance — como a Bolsa Pódio —, mas também para obras e descoberta/manutenção de talentos, de forma que os Jogos Olímpicos de 2016 deixem um grande legado para o Brasil em todos os sentidos.

Um exemplo são os 285 Centros de Iniciação ao Esporte que serão construídos por todo o país em 2014, dentro do PAC2, e os investimentos voltados par a Liga de Desenvolvimento de Basquete, que nesta edição teve 20 times, de 11 estados e mais o Distrito Federal. A perspectiva da Liga e da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) é que, quando for criada a segunda divisão do Novo Basquete Brasil (NBB), o principal torneio em disputado país, o número de equipes chegue próximo a 80 em todos os campeonatos em disputa no Brasil.

Antes do ouro no Mundial Feminino de Handebol 2013, a modalidade já havia recebido R$ 5,9 milhões do Ministério do Esporte para realizar o Campeonato Mundial Feminino 2011, em São Paulo, quando o Brasil chegou ao então inédito quinto lugar e deu início à trajetória que levaria as meninas do país ao sexto lugar nos Jogos de Londres-2012 e, finalmente, ao troféu na Sérvia neste ano.

Por meio de dois convênios firmados em 2011 (em um total de R$ 4 milhões), a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) teve recursos para estruturar as seleções adultas, feminina e masculina, visando as temporadas seguintes.

Há, ainda, recursos que valem para o handebol, de um convênio do Ministério do Esporte de R$ 2 milhões para estruturação da modalidade no Complexo Esportivo Bernardo Werner, de Blumenau (mesmo local onde também por meio de convênio o Sesi-SC aportará R$ 5,2 milhões para apoiar o handebol, o atletismo e o rúgbi). Também foi feita uma parceria do governo federal com São Bernardo do Campo, em São Paulo, que finaliza o Centro de Desenvolvimento do Handebol Brasileiro. Nesse caso, são R$ 12 milhões repassados à prefeitura, que entrou com investimento de R$ 1 milhão.

Um ano histórico, com o avanço das modalidades

O sucesso do handebol fecha de forma espetacular uma temporada brilhante dos atletas do Brasil em 2013. Ídolos como o ginasta Arthur Zanetti e o nadador Cesar Cielo, ambos campeões olímpicos, ampliaram suas conquistas nesta temporada. Zanetti, agora, é também mundial. E Cielo, além das medalhas olímpicas e recordes mundiais nas provas de velocidade, agora é tricampeão mundial dos 50m livre e bicampeão mundial nos 50m borboleta.

No mar, o velejador bicampeão olímpico Robert Scheidt, aos 40 anos, surpreendeu a ele mesmo com o ouro do Mundial de Laser depois de ficar afastado da classe desde 2005, quando optou por competir na classe Star.

De todos os atletas que se destacaram no ano, a maioria quase absoluta faz parte do programa Bolsa-Atleta e vários deles já subiram para a Bolsa Pódio, parte do Plano Brasil Medalhas, implantado pelo Ministério do Esporte visando ao ciclo olímpico 2013-2016.

Evolução no individual e no coletivo

Vários dos atletas que tiveram sucesso em 2013 são jovens promessas, como Sarah Nikitin (oitavo lugar no Mundial de Tiro com Arco) e Fernando Reis (sétimo na categoria +105 kg do Mundial de Levantamento de Peso), que conseguiram as melhores colocações para o Brasil até hoje na história de seus esportes.

No Mundial de Canoagem de Velocidade, Isaquías Queiroz foi bronze na C1 1000 m (prova olímpica) e levou o ouro na C1 500 m (não-olímpica). Nos Mundiais de Canoagem de Slalom, Ana Sátila, aos 17 anos, foi bronze no Mundial Júnior e 12º no Mundial Adulto. O boxeador Róbson Conceição subiu das oitavas de final para a prata da categoria 60 kg no Campeonato Mundial deste ano. Além dele, Guilherme Dias também subiu ao pódio, com o bronze na categoria 58 kg do Mundial de Taekwondo.

São vários os exemplos de bons resultados em 2013. Mas o desempenho das mulheres no judô merece destaque, uma vez que nossas atletas arrasaram no Mundial, disputado no Rio de Janeiro, com cinco medalhas em categorias olímpicas, entre elas o ouro inédito de Rafaela Silva nos 57 kg. No masculino, a única medalha foi de Rafael Silva, prata na categoria +100 kg.

O Brasil também brilhou nas maratonas aquáticas, com três medalhas (ouro, prata e bronze) de Poliana Okimoto e duas (prata e bronze) de Ana Marcela Cunha no Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona. Isso sem contar, na mesma modalidade, o crescimento da categoria entre os homens, com Samuel de Bona tendo chegado à primeira medalha de ouro masculina para o Brasil em etapas de Copa do Mundo.

No pentatlo moderno, a medalhista de bronze nos Jogos de Londres-2012 Yane Marques conquistou uma inédita medalha de prata para o Brasil em Campeonatos Mundiais. Na Vela, além do sucesso de Robert Scheidt, as jovens Martine Grael e Kahena Kunze, ambas com 22 anos, foram prata no Mundial de 49erSX e fecharam o ano no topo do ranking mundial. Ainda na vela, Jorginho Zarif, de 21 anos, fez história ao conquistar os títulos de campeão mundial júnior e adulto na classe Finn, proeza que fez dele o vencedor do Prêmio Brasil Olímpico 2013, promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

No atletismo, Mauro Vinícius “Duda” da Silva foi quinto no salto em distância no Mundial, enquanto Carlos Chinin chegou em sexto no decatlo. No salto com vara, Augusto Dutra, de 23 anos, e Thiago Braz, 20, mantiveram um duelo brasileiro, com ambos melhorando suas marcas. No hipismo, o Brasil também conseguiu resultados sensacionais com suas equipes de base no salto, em um ano sem Mundial Adulto.

Nos esportes coletivos, as garotas da Seleção de vôlei foram campeãs do Grand Prix pela nona vez, enquanto, no masculino, o Brasil ficou com a prata na Liga Mundial. No basquete feminino, a Seleção garantiu vaga para o Mundial de 2014 ao conquistar a medalha de bronze na Copa América.

O sucesso dos atletas do Brasil em 2013 mostra que o país está no rumo certo para que a delegação nacional chegue bem preparada para os Jogos de 2016. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem um estudo que, para que um país termine os Jogos Olímpicos de 2016 entre os dez melhores do quadro de medalhas, é necessário que ele conquiste entre 23 e 30 medalhas na competição. Nesse sentido, as 27 medalhas conquistadas em Mundiais em provas olímpicas neste ano são um ótimo parâmetro.

Medalhas do Brasil em Campeonatos Mundiais em 2013
Retrospecto (30 medalhas - 9 ouros, 10 pratas, 11 bronzes)

HANDEBOL

Campeonato Mundial Feminino da Sérvia
Disputado entre 6 e 22 de dezembro
Ouro – Seleção Brasileira (modalidade olímpica)

DESPORTOS AQUÁTICOS

Campeonato Mundial de Barcelona
Disputado entre 19 de julho e 4 de agosto

NATAÇÃO
Ouro - Cesar Cielo – 50m borboleta (prova não olímpica)
Ouro - Cesar Cielo – 50m livre (prova olímpica)
Bronze - Felipe Lima – 100m peito (prova olímpica)
Bronze - Thiago Pereira – 200m medley (prova olímpica)
Bronze - Thiago Pereira – 400m medley (prova olímpica)

MARATONAS AQUÁTICAS
Ouro
- Poliana Okimoto – 10km (prova olímpica)
Prata - Poliana Okimoto – 5km (prova não olímpica)
Prata - Ana Marcela Cunha – 10km (prova olímpica)
Bronze - Ana Marcela Cunha – 5km (prova não olímpica)
Bronze - Allan do Carmo, Poliana Okimoto, Samuel de Bona – Revezamento 5 km (prova não olímpica)

GINÁSTICA ARTÍSTICA

Campeonato Mundial da  Antuépia (Bélgica)
Disputado entre 30 de setembro a 6 de outubro
Ouro -
Arthur Zanetti – argolas (prova olímpica)

BOXE

Campeonato Mundial de Almaty (Cazaquistão)
Disputado entre 4 e 20 de outubro
Bronze -
Éverton Lopes – 64kg  (prova olímpica)
Prata - Róbson Conceição – 60kg  (prova olímpica)

CANOAGEM  VELOCIDADE

Campeonato Mundial de Duisburg (Alemanha)
Disputado entre 27 de agosto e 1º de setembro
Ouro -
Isaquías Queiroz no C1 masculino 500m (prova não olímpica)
Bronze - Isaquías Queiroz no C1 masculino 1000m (prova olímpica)

JUDÔ

Campeonato Mundial do Rio de Janeiro (Brasil)
Disputado entre 26 de agosto a 1º de setembro

Feminino
Ouro -
Rafaela Silva, até 57kg (prova olímpica)
Prata - Érika Miranda, até 52kg (prova olímpica)
Prata - Maria Suelen Altheman, mais de 78kg (prova olímpica)
Prata – por equipes (não-olímpica)
Bronze - Mayra Aguiar, até 78kg (prova olímpica)
Bronze - Sarah Menezes, até 48kg (prova olímpica)
Masculino
Prata -
Rafael Silva, mais de 100kg (prova olímpica)

PENTATLO MODERNO

Campeonato Mundial de Kaohsiung (Taiwan)
Disputado entre 15 e 21 de agosto

Prata - Yane Marques (prova olímpica)
 

VELA

Campeonato Mundial da Classe Finn de Talinn (Estônia)
Disputado entre 23 a 31 de agosto

Ouro - Jorge João Zarif 2013 (prova olímpica)

Campeonato Mundial da Classe 49er.FX de Marseille (França)
Disputado entre 21 e 29 de setembro
 Prata - Martine Grael/Kahena Kunze (prova olímpica)

Campeonato Mundial da Classe Laser
Disputado entre 17 e 23 de novembro

Ouro - Robert Scheidt (prova olímpica)

VÔLEI DE PRAIA

Campeonato Mundial de Stare Jablonki (Polônia)
Disputado entre 1 e 7 de julho
Prata -
Ricardo/Álvaro Filho (prova olímpica)
Bronze - Lili/Bárbara Seixas (prova olímpica)

TAEKWONDO

Campeonato Mundial de Puebla (México)
Disputado entre 15 e 21 de julho

Bronze - Guilherme Dias - 58kg – (prova olímpica)

Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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Medalha histórica do handebol feminino foi planejada, diz secretário

Secretário Ricardo Leyser (E) e ministro Aldo Rebelo com atletas no mês de julho, quando foram anunciados os patrocínios estatais ao handebol (Foto: Glauber Queiroz)Secretário Ricardo Leyser (E) e ministro Aldo Rebelo com atletas no mês de julho, quando foram anunciados os patrocínios estatais ao handebol (Foto: Glauber Queiroz)Secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte há quase cinco anos, Ricardo Leyser analisa o desempenho das seleções adultas de handebol, o investimento na base, a articulação dos patrocínios estatais para a modalidade e a meta para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Ele lembra que, entre 2009 e 2010, o ministério decidiu investir na proposta da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) de montar as seleções permanentes, feminina e masculina: “Estudamos a viabilidade e concluímos que a forma de financiar aquele projeto seria por meio de convênios do ministério com a confederação”. Foram, então, formalizados dois convênios. Um, de R$ 2,2 milhões, para bancar a Seleção feminina, e outro, de R$ 1,8 milhão, para a masculina. “Ali firmou-se o início de um ciclo de crescimento que levou a equipe feminina ao quinto lugar no Campeonato Mundial de 2011, em São Paulo”, diz Leyser. A colocação anterior havia sido a 15ª no Mundial de 2009.

Antes disso, a confederação e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) já haviam contratado o técnico dinamarquês Morten Soubak para comandar a equipe feminina e vinham utilizando recursos da Lei Agnelo-Piva para custear parte dos treinamentos. Esse trabalho conjunto levou também à decisão de transferir jogadoras da Seleção para a equipe do Hypo Nö, da Áustria.

Algum tempo depois, já na preparação direta para Londres 2012, Mundial de 2013 e Rio 2016, a Seleção feminina dava mostras de que iria mais longe. Novamente o ministério decidiu garantir os custos de treinamentos, viagens, materiais, contratação de equipes multidisciplinares e outras ações necessárias à preparação olímpica. Na virada de 2011 para o ano olímpico de 2012, o ministério fez novo convênio com a CBHb, de R$ 5,4 milhões, para garantir a melhor estrutura possível à equipe feminina que viria a ser a sexta colocada nos Jogos Olímpicos do ano passado. Terminada a edição de Londres, mais um aporte do ministério, de R$ 3 milhões, para manter as condições de treinamento às duas seleções até que houvesse novas fontes de financiamento.

Plano Brasil Medalhas
Nesse período, o governo federal já vinha preparando o lançamento do Plano Brasil Medalhas 2016, anunciado em setembro de 2012. Ali ficou decidido que o handebol contaria com patrocínio de empresas públicas do governo federal. “Feitas as negociações dentro do governo, decidiu-se que os Correios entrariam com R$ 5 milhões e o Banco do Brasil aportaria mais R$ 4,4 milhões, neste caso por meio da Lei de Incentivo ao Esporte”, lembra o secretário. Com a chegada dos patrocínios das estatais, o pagamento de ajuda de custo às jogadoras, por exemplo, saiu da incumbência do Ministério do Esporte. Mas a Bolsa-Atleta continua sendo paga a 15 atletas das duas seleções, junto com outros 313 jogadores de handebol espalhados pelo país, principalmente de categorias de base, totalizando R$ 4,1 milhões ao ano para as bolsas em vigência.

Leyser diz que, “embora o grande público e até uma parte da imprensa esteja ‘descobrindo’ o handebol agora, com a medalha de ouro, o desempenho no Campeonato Mundial é resultado de um processo de planejamento, acompanhamento e investimento pesado”. São R$ 21,8 milhões do governo federal nas duas seleções nos últimos três anos, somando-se Ministério do Esporte (R$ 12,4 milhões), Correios (R$ 5 milhões) e Banco do Brasil (R$ 4,4 milhões). Sem falar nos recursos da Lei Agnelo-Piva.

 

Festa da Seleção Brasileira feminina na Sérvia: título mundial inédito e invicto (Foto: Divulgação/CBHb)Festa da Seleção Brasileira feminina na Sérvia: título mundial inédito e invicto (Foto: Divulgação/CBHb)



Para ele, a surpresa é só para quem não acompanha o esporte, e o handebol, em particular, porque “nós, que estamos no dia a dia, apostamos nesse resultado histórico. Na verdade, o planejamento era para conseguir pódio no Mundial. Não tínhamos predileção por cor da medalha. Veio o ouro, mas poderia ter sido a prata ou bronze que estaríamos satisfeitos porque o plano era ficar entre as três primeiras”. Em outras palavras, diz o secretário: “A seleção feminina está correspondendo mais do que plenamente aos investimentos”.

Seleção masculina também evoluiu
Para realçar a evolução da equipe masculina, Leyser lembra que o planejamento olímpico do país para o Rio 2016 estabelece como meta que todas as modalidades devem melhorar seus resultados em relação a Londres 2012 e às outras competições relevantes no cenário internacional. “Mesmo as modalidades que ainda não têm chance de pódio no Rio devem buscar sua melhor performance. Quem ficou em 20º deve almejar algo acima disso; quem não foi aos Jogos anteriores deve buscar classificação, quem ficou em 10º deve lutar por pódio. É assim que vamos nos tornar uma potência esportiva, galgando degraus, para que o crescimento seja sustentável”, defende o secretário. Nesse ponto, ele parabeniza a Seleção masculina de handebol, que, no Campeonato Mundial de 2013, na Espanha, pulou do 21º lugar de dois anos atrás para o 12º. “Mostrou evolução condizente com nosso plano.”

Leyser recorda que, à época da definição do Plano Medalhas, havia quem defendesse a ideia de dar prioridade às modalidades individuais porque têm mais medalhas em disputa e, portanto, mais chances de o Brasil subir ao pódio, com menos investimento. “O ministro Aldo Rebelo e a presidenta Dilma Rousseff decidiram que, junto com o apoio aos esportes individuais, deveríamos investir na tradição brasileira de esportes coletivos porque não são excludentes”, conta Leyser.

Pensando no longo caminho até 2016, o secretário diz que “o papel do governo e das entidades é oferecer as melhores condições de disputa, mas o resultado depende do jogo; não existe vitória antecipada”. Por isso, defende ele, o planejamento precisa se manter, com o “profissionalismo, dedicação, competência e união de atletas e comissões técnicas e um bom gerenciamento da confederação”. Quanto ao crescimento da modalidade no Brasil, Leyser informa que o ministério vem mantendo conversações com a CBHb para incrementar a Liga Nacional de Handebol, masculina e feminina. Também via confederação, o ministério destinou R$ 2 milhões para a estruturação do Centro Nacional de Desenvolvimento do Handebol no Sesi de Blumenau, para as seleções infantil, cadete, juvenil e júnior, masculinas e femininas. O dinheiro serve para fazer seletivas nacionais, detecção de novos talentos, acampamentos, treinamentos e contratação de profissionais para a comissão técnica das categorias juvenil e júnior. Ali os novatos convivem com jogadores, técnicos e outros profissionais das seleções principais durante alguns períodos do ano, o que agrega experiência aos jovens talentos.

Centro em São Bernardo do Campo
O Ministério do Esporte e a prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) estão finalizando a construção e estruturação do Centro de Desenvolvimento do Handebol Brasileiro, no Bairro Vila do Tanque. O complexo será formado por dois ginásios, alojamentos, refeitório, academia e auditório. Ali será o centro nacional de treinamento das seleções brasileiras. O ministério repassou R$ 12 milhões à prefeitura, que pôs mais de R$ 1 milhão em contrapartida, totalizando R$ 13 milhões em investimentos.

Ainda do Ministério do Esporte, há apoio à realização dos Encontros Nacionais de Professores de Handebol de Instituições de Ensino Superior Brasileiras, via convênios com a CBHb. Pela Lei de Incentivo ao Esporte, a Petrobras destinou um total de R$ 3,9 milhões, em 2008 e 2009, para o Campeonato Nacional de Handebol Escolar.

Sueli Scutti
Ascom - Ministério do Esporte
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Seleção Brasileira feminina de futsal é tetracampeã mundial na Espanha

O esporte feminino mais uma vez enche o país de orgulho e leva o nome do Brasil ao lugar mais alto do pódio. No Mundial de Foto: Divulgação/FacebookFoto: Divulgação/FacebookFutsal Feminino 2013, realizado na Espanha, nossas meninas derrotaram a seleção da casa por 2 x 1 e conquistaram, na última sexta-feira (21.12), o tetracampeonato de forma invicta, ratificando a hegemonia na modalidade. Para completar a festa das mulheres brasileiras, no domingo (22.12) a Seleção de handebol conquistou na Sérvia o inédito título mundial, enquanto em Brasília a equipe nacional se sagrou tetracampeã do Torneio Internacional de Futebol Feminino.

No caminho até o título do futsal, a Seleção Brasileira venceu na primeira fase a Ucrânia (6 x 0), passou pela Malásia (27 x 0) e bateu o Irã (7 x 1). Após empate com a Rússia (3 x 3), as brasileiras ganharam de Portugal (5 x 1) na semifinal e enfrentaram a Espanha na decisão.

Em partida emocionante, o Brasil virou o primeiro tempo vencendo por 1 x 0, com gol de Ju Delgado. A equipe sofreu o empate no início da segunda etapa. Faltando poucos minutos para o fim do tempo regulamentar, Taty marcou o gol da vitória. Foi o quarto título mundial do Brasil, que também havia vencido em 2010, 2011 e 2012. O próximo Campeonato Mundial será realizado na Rússia, em 2014.

A Seleção Brasileira de futsal feminino é dirigida pelo ex-jogador Manoel Tobias, um dos grandes representantes do futsal mundial e várias vezes campeão pela Seleção Brasileira, que defendeu por 13 anos.

Bolsa-Atleta
Nove das principais atletas do futsal feminino do Brasil são beneficiadas pelo programa Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, na categoria Internacional. Cada uma das jogadoras recebe 12 parcelas anuais de R$ 1.850.

Rafael Brais
Ascom – Ministério do Esporte
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Grandes momentos de 2013: Ana Sátila

Melhor canoísta de 2013, na eleição do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Ana Sátila Vargas, de 17 anos, teve dois grandes momentos no ano: uma inédita medalha feminina na modalidade slalom (em corredeiras) e o 12º lugar no Mundial Adulto.

O primeiro grande momento se deu em julho, quando Ana Sátila conquistou a medalha de bronze na categoria C1 do Mundial Júnior e Sub-23, disputado em Liptovsky Mikulas, na Eslováquia, competição que reuniu mais de 500 atletas de 45 países.

Embalada pelo pódio, ela partiu, em setembro, para o Campeonato Mundial Adulto, realizado em Praga, na República Tcheca. E lá, entre 37 inscritas na categoria C1, Ana Sátila terminou em 12º lugar.

Radiante com sua eleição de melhor canoísta na festa do COB, realizada em São Paulo, no dia 17 de dezembro, Ana Sátila se disse muito feliz com os resultados que conseguiu em 2013, principalmente com sua medalha de bronze competindo contra adversárias de sua idade e também mais velhas no Mundial da Eslováquia.

Ana Sátila: aos 17 anos, a canoísta já tem experiência em Jogos Olímpicos e para a próxima temporada sonha em continuar sua evolução no Campeonato Mundial Adulto (Foto: Paulino Menezes)Ana Sátila: aos 17 anos, a canoísta já tem experiência em Jogos Olímpicos e para a próxima temporada sonha em continuar sua evolução no Campeonato Mundial Adulto (Foto: Paulino Menezes)

“O Brasil está aparecendo mais na canoagem slalom. E eu estou ganhando mais experiência. Conseguimos viajar mais com o apoio do BNDS. Isso mudou bastante nossas perspectivas e espero que a gente consiga seguir competindo sempre mais”, disse a canoísta, que também tem o apoio do programa Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte.

Felicidade é ter com quem treinar

Além da contratação de “um bom técnico” — o treinador italiano Éttore Ivaldi agora treina a equipe brasileira permanente na pista de Itaipu, em Foz do Iguaçu —, Ana Sátila se disse muito mais feliz com a chegada de duas companheiras de treino. “São atletas muito jovens”, observa a garota, referindo-se à Nathalia Marangoni (14 anos) e Beatriz de Paula (13). Perto delas, os 17 anos de Ana Sátila podem até parecer pouco. Mas o fato é que a mineira, apesar de muito jovem, é bastante experiente, já que tem dez anos de prática na canoagem.

As duas novas companheiras de treino de Ana Sátila são jovens promissoras. Nathalia Marangoni venceu a categoria menor da K1 (caiaque no qual se rema de joelhos) na última etapa da Copa Brasil de Canoagem Slalom, disputada no dia 16 de dezembro, em Piraju, em São Paulo. E Beatriz só perdeu da própria Ana Sátila, na mesma competição, na categoria C1.

Encerrada a temporada 2013, Nathalia e Beatriz receberam da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) a notícia de que passarão a treinar com a equipe brasileira permanente em Foz do Iguaçu.

Do Rio das Mortes para Londres

Ana Sátila — que apesar de ter nascido em Iturama foi criada em Primavera do Leste, interior do Mato Grosso — começou no esporte incentivada pelo pai, o pedreiro Cláudio Vargas. O primeiro contato com a canoagem se deu no Rio das Mortes.

A canoísta foi a caçula da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, quando,  com apenas 16 anos, terminou na 16ª posição da K1. Nessa mesma categoria, foi 32ª colocada no Mundial Adulto deste ano, dentre 59 inscritas, tendo subido 13 posições em relação ao Mundial anterior, disputado em 2011, quando terminou em 45º dentre 70 atletas na cidade de Bratislava, na Eslováquia.

Ao lado de Ana Sátila, a canoagem esteve representada no prêmio do COB com o baiano Isaquías Queiroz, o melhor do ano na modalidade velocidade. No Mundial Adulto de Duisburg, na Alemanha, disputado entre agosto e setembro, Isaquías foi bronze na C1 1000 m (prova do programa olímpico) e ouro no C1 500 m (prova não-olímpica).

Pensando nos Jogos do Rio 2016, a CBCa investiu em treinadores estrangeiros e contratou o espanhol Jesús Morlán para a canoagem de velocidade e o técnico português Rui Fernandes para o caiaque, além do italiano Éttore Ivaldi, com quem Ana Sátila já tem planejado os passos para chegar bem ao Mundial de Slalom 2014, em Deep Creek Lake, nos Estados Unidos, entre 17 e 21 de setembro. “Além de várias clínicas de treinamento, será importante participarmos de todas as etapas da Copa do Mundo. Assim, vamos ganhando experiência até o Mundial”, ressalta a canoísta.

Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil goleia o Chile e é tetra no Torneio Internacional de Futebol Feminino

Diante de um bom público de 15.262 torcedores, a Seleção Brasileira conquistou neste domingo (22.12) o título do 1º TorneioFoto: Andre Borges/ComCopaFoto: Andre Borges/ComCopa Internacional de Brasília de Futebol Feminino, no Estádio Nacional Mané Garrincha, após goleada de 5 x 0 sobre o Chile. É o quarto título do Brasil em cinco edições do torneio, que, pela primeira vez, foi realizado em Brasília. As edições anteriores aconteceram no estádio Pacaembu, em São Paulo.

Logo no início do primeiro tempo, a veterana Formiga, de cabeça, abriu o placar do jogo, depois de aproveitar rebote em cobrança de falta da zagueira Andreia, que chutou no travessão. Minutos depois, Debinha encontrou Marta livre de marcação na entrada da área. Ela esperou a saída da goleira e chutou colocado no canto direito da chilena. Na comemoração, Marta homenageou as meninas do handebol, que conquistaram, também neste domingo, o título do mundial da modalidade diante da Sérvia, por 22 x 20.

Na volta para o segundo tempo, Darlene ampliou, após lançamento de Marta para Debinha, que foi travada pela goleira chilena, mas a bola sobrou para Darlene na entrada da área, que chutou de primeira no canto. Quem também marcou, finalmente, foi a atacante Cristiane. Após cruzamento de Formiga na área e saída errada da goleira chilena, Cristiane só teve o trabalho de empurrar a bola para as redes, aos 31 minutos.

A boa atuação da meia-atacante Debinha durante todo o torneio foi premiada no finalzinho do segundo tempo, quando ela fechou a goleada após tentar duas vezes. Final, Brasil 5 x 0 Chile. Antes da final entre Brasil x Chile, o Canadá derrotou a Escócia por 1 x 0 e ficou com o terceiro lugar na competição.

Apoio do governo federal
A coordenadora de Futebol Feminino do Ministério do Esporte, Michael Jackson, entregou as medalhas às campeãs e reforçou que o governo federal continuará trabalhando cada vez mais para que a modalidade siga crescendo no Brasil. “Essas meninas merecem essa conquista. Só quem está dentro do futebol feminino no Brasil sabe das dificuldades de cada uma delas. Por isso, o Governo Federal tem ampliado cada vez mais o apoio à modalidade e esperamos que, com isso, não só a Seleção, como as equipes brasileiras sigam se destacando nas competições”, disse Michael Jackson.

O Brasil encerrou sua campanha com vitória sobre o Chile, na estreia, por 2 x 0, depois venceu a Escócia, por 3 x 1, empatou em 0 x 0 com o Canadá e fechou com essa goleada sobre o Chile na final.

Leandro Galvão
Ascom - Ministério do Esporte
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