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Grandes momentos de 2013: Poliana Okimoto

Poliana Okimoto e as conquistas no Campeonato Mundial de Barcelona (Foto: Satiro Sodré/SSPress)Poliana Okimoto e as conquistas no Campeonato Mundial de Barcelona (Foto: Satiro Sodré/SSPress)Em um ano em que o Brasil virou referência nas maratonas aquáticas, com o desempenho brilhante dos atletas do país no Campeonato Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona, disputado entre julho e agosto, Poliana Okimoto, que recebe o benefício do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte, voltou para casa como a grande estrela da modalidade. Ela superou as próprias expectativas ao faturar o ouro na olímpica dos 10km, conquistar a prata nos  5km e ainda levar a medalha de bronze no revezamento 5km, quando competiu ao lado de Allan do Carmo e Samuel de Bona.

No total, foram cinco medalhas conquistadas pelos brasileiros em Barcelona nas maratonas aquáticas. Com isso, a modalidade foi responsável pela metade dos pódios do Brasil na competição, igualando o número da natação, um feito inédito para o país. Nas maratonas aquáticas, o Brasil conquistou uma medalha de ouro, duas de prata e duas de bronze. Além do ouro e da prata de Poliana Okimoto e do bronze no revezamento, Ana Marcela Cunha voltou para casa com a prata nos 10km e o bronze nos 5km.

“Foi muito bom. O Brasil terminou como campeão da modalidade, o que é ótimo para os atletas, mas também para o crescimento do interesse pelo esporte no país. Antes, a gente procurava saber de treinamentos de outros países e agora inverteu: são eles que querem saber como treinamos, onde treinamos...”, comemora Poliana.

Fotos: Satiro Sodré/SSPressFotos: Satiro Sodré/SSPress


Depois de uma passagem pelo Rio de Janeiro em 2012, Poliana voltou a morar em São Paulo, com o técnico e marido Ricardo Cintra. Ainda que treinando em piscina de 25 metros, no Clube Espéria, a nadadora considerou a mudança positiva, por ficar mais perto da família. “Também consegui ter a estrutura multidisciplinar que tivemos no Rio, graças ao Plano Brasil Medalhas. Com os investimentos, temos o que precisamos: fisioterapeuta, preparador físico, massagista, nutricionista... Foi um aparato novo, que começou neste ano, e o fato de eu estar envolvida por todos esses profissionais ajudou muito.”


Poliana explica que em 2013 ela mudou um pouco a preparação física. Foi decidido que o trabalho seria para ganhar mais força e massa muscular. “Ajudou, principalmente para conseguir mais velocidade nas chegadas, no sprint”, ressalta. Ela também foi ao CT de San Luís de Potosí, no México, treinar 21 dias em junho, na altitude de 1.860m. No ar rarefeito, o organismo produz mais glóbulos vermelhos e o sangue fica mais oxigenado, o que é bom para atletas de provas de resistência.

Para a nadadora, o Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona rendeu bem mais do que ela esperava. “O foco era a prova dos 10km, que é a prova olímpica. Se fosse o bronze, já seria bom, porque desde 2009, quando conquistei minha primeira medalha em Mundial (foi bronze em Roma), eu não conseguia voltar ao pódio. Só tinha conseguido na prova dos 5km, que não é olímpica. Assim, minha expectativa era até pequena perto do ouro que consegui. E ainda consegui prata (nos 5km) e bronze (no revezamento 5km). Foi surpreendente!”, confessa a atleta, sem esconder o orgulho pelo desempenho na Espanha.

 

Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
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Jogadores revelados na LDB são destaque na primeira rodada do Novo Basquete Brasil

A sexta edição do Novo Basquete Brasil (NBB) começou. Foram disputadas 14 partidas, e os destaques da competição até o momento são os jogadores da nova geração, revelados na Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB). Na primeira rodada, Jefferson Campos, com idade de LDB, foi o grande nome da vitória do Mogi sobre o Franca – time inteiramente formado por LDB’s – por 90 a 52. O armador da equipe mogiana anotou 12 pontos, deu oito assistências, roubou sete bolas e pegou cinco rebotes – três deles ofensivos. Outro armador com idade LDB também se destacou na primeira rodada do NBB6 foi o Davi Rossetto, do Basquete Cearense. O atleta fez nove assistências na derrota do seu time para o Uberlândia por 86 a 96.



Com investimento de R$ 4,6 milhões do Ministério do Esporte, a LDB tem seu foco no desenvolvimento da base do basquete nacional, ao revelar talentos e abastecer as equipes que competem no Novo Basquete Brasil (NBB) e na seleção brasileira, de olho nos Jogos Olímpicos de 2016 e de 2020.

Outro armador da LDB que fez barulho na primeira rodada do NBB6 foi Gustavo Rabelo, do Bauru. Com 3/4 nas bolas de dois pontos, 2/2 nos triplos e 6/7 nos lances livres ele anotou 18 pontos na derrota bauruense para o Palmeiras por 74 a 78. Ele ainda contribuiu com quatro rebotes, dois roubos de bola e uma assistência.

Na vitória sobre a Liga Sorocabana por 87 a 72, o São José teve cinco jogadores de LDB em quadra. O melhor deles foi o enérgico ala Gustavo Basílio, que anotou 13 pontos, pegou cinco rebotes deu três assistências e roubou duas bola. Além dele, Gabriel e Lucão, respectivamente com 11 e 8 pontos, foram bem.

O Pinheiros jogou com uma equipe quase 100% LDB - a única exceção foi Bruno Mortari. Bruno Caboclo e Humberto foram os melhores do jovem time pinheirense, o primeiro com 12 pontos, nove rebotes e cinco tocos; o segundo, com sete pontos, sete rebotes e três assistências. Lucas Dias (8 pontos e 6 rebotes), Rodrigo Alves (9 pontos e 3 rebotes) e Daniel Pinho (7 pontos e 3 rebotes) também foram bem. Nessa mesma partida houve ainda mais dois jogadores com idade LDB que se destacaram, ambos na equipe vencedora, Limeira. Higor Lima anotou 13 pontos, pegou 3 rebotes, deu 3 assistências e roubou duas bolas. Já Matheus Dalla contribuiu com 12 pontos, dois rebotes e uma assistência.
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Fechando a 1ª rodada, o Flamengo venceu o Brasília no jogo de abertura do campeonato, com Gegê de titular e sete atletas da LDB no banco de reservas. Gegê fez 10 pontos, deu quatro assistências e pegou três rebotes. Além dele, o pivô Cristiano Felício teve boa participação com cinco pontos e sete rebotes, cinco deles ofensivos.


Fonte: LNB
Foto: Divulgação/LNB
Ascom – Ministério do Esporte
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Talentos do esporte de todo o país se despedem da maior edição dos Jogos Escolares da Juventude

A Embaixadora Adrianinha, com as atletas do BJ Colégio e Cursos de Pernambuco (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)A Embaixadora Adrianinha, com as atletas do BJ Colégio e Cursos de Pernambuco (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
Foram 10 dias de muito esporte, cultura e educação. Mas, acima de tudo, um encontro de jovens de todos os cantos do país em torno dos valores positivos da prática esportiva. Com a realização da maior edição dos Jogos Escolares da Juventude em todos os tempos, que chegou ao fim neste sábado (16.11), a cidade de Belém (PA) vivenciou um pouco do clima olímpico que tomará conta do Brasil daqui a pouco menos de mil dias, quando os Jogos de 2016 chegarão ao Rio de Janeiro. Realizada pela primeira vez na Região Norte, a competição contou com a participação de cerca de 4 mil jovens talentos entre 15 e 17 anos na disputa de 13 modalidades (atletismo, basquete, ciclismo, futsal,  ginástica rítmica, handebol, judô, luta olímpica, natação, tênis de mesa, vôlei,  vôlei de praia, xadrez.

Para o diretor-geral dos Jogos, Edgar Hubner, o evento em Belém alcançou seus objetivos e demonstrou a força do esporte escolar nacional. “Cada vez mais escolas e estudantes participam das etapas municipais e estaduais. Com isso, a tendência é que as fases nacionais sejam cada vez mais fortes. Em Belém, vimos talentos começarem a despontar no cenário esportivo, mas o mais importante é percebermos que estamos dando oportunidade para um número cada vez maior de jovens se inserirem socialmente através do esporte”, disse Edgar, gerente de Juventude e Infraestrutura do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

 Organizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desde 2005, em parceria com o Ministério do Esporte, a edição 2013 reuniram mais de seis mil participantes, entre atletas, treinadores, oficiais, voluntários, médicos, comitê organizador, etc. Ao todo, 1.251 escolas públicas e privadas representaram os 26 estados do país, mais o Distrito Federal e uma da cidade de Belém.  Consideradas as fases seletivas, os números chegam a mais de dois milhões de atletas e cerca de 3.900 cidades participantes e consolidam o evento como o maior do país.
 
Se nos Jogos Olímpicos Londres 2012, o Time Brasil contou com 17 atletas que passaram pelos Jogos Escolares, a tendência é que as delegações dos Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020 tenham ainda mais representantes revelados pela competição escolar. Alguns dos jovens que estiveram em Belém foram identificados e agora passam a fazer parte dos projetos das Confederações Olímpicas Brasileiras. No vôlei de praia, por exemplo, um grupo de 24 atletas (12 no masculino e 12 no feminino) foram convocados pela Confederação Brasileira de Voleibol  para um período de treinamentos em Saquarema.


Além de integrar socialmente crianças de todo país por meio do esporte, os Jogos Escolares da Juventude também contribuem para a formação de milhares de jovens e revela ídolos nacionais do esporte, a exemplo da judoca Sarah Menezes, ouro nos Jogos Olímpicos Londres 2012 e tricampeã dos Jogos Escolares em 2004, 2005 e 2007. A piauiense foi uma das 10 embaixadoras do evento em Belém e transmitiu aos alunos-atletas suas experiências no esporte. “Fico honrada de ser um exemplo para as crianças. Comecei no esporte aos nove anos, abracei o esporte e fui ao topo da minha vida, após participar dos Jogos Escolares”, destacou Sarah Menezes.
 
Todas as atividades esportivas e culturais foram acompanhadas pelos Embaixadores dos Jogos Escolares da Juventude Belém 2013, grupo formado por atletas olímpicos e pan-americanos do Time Brasil, que representam o país em competições internacionais e agora passam a sua experiência para os mais jovens. Além de Sarah, os Embaixadores em Belém foram: Daiane dos Santos (ginástica artística), Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), Agberto Guimarães (atletismo), Adriana Moisés Pinto – Adrianinha (basquete), Luciano Pagliarini (ciclismo), Angélica Kvieczynski (ginástica rítmica), Lígia Silva (tênis de mesa), Anderson Rodrigues (vôlei) e Pedro Cunha (vôlei de praia).

O evento contou ainda com a participação de observadores internacionais de 18 países de quatro continentes do mundo para conhecer todos os detalhes dos Jogos. Os observadores internacionais elogiaram o trabalho do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) à frente da organização da competição esportiva escolar mais importante do Brasil, que envolve mais de seis mil pessoas nesta edição nacional. Participaram desta edição do programa representantes de comitês olímpicos e entidades esportivas de 18  países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana  (América); África do Sul, Gana, Guiné Bissau, Lesoto, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa (África); Bahrein, Omã, Palestina (Ásia); Lituânia, Grã Bretanha, Holanda e Ucrânia (Europa).
 
"O Brasil tem um evento muito grande sério. Trabalhar com um evento esportivo no seio da escola é muito difícil e muito importante. Apesar de termos representantes da Europa no grupo de Observadores Internacionais, creio que o Brasil seja um exemplo de como desenvolver o esporte escolar na escola, em toda amplitude, em toda humanidade, apesar de a geografia não ajudar. O Brasil é um país muito grande, é muito difícil controlar todo o sistema. É um orgulho saber que vocês organizam e assumem um evento com tanta segurança no esporte escolar", elogiou o cubano Ramón Alejandro Aji Fariñas, que trabalha na organização do esporte escolar de seu país.
 

Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte
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Vídeos e fotos traçam panorama das obras para a Copa nas 12 sedes

Treze vídeos produzidos pela equipe do Ministério do Esporte retratam o andamento das obras para a Copa nas 12 sedes do torneio. Um maior, de cinco minutos, reúne as ações em arenas, mobilidade urbana, portos e aeroportos nas cidades que receberão partidas em 2014. Os outros 12 são mais curtos, de 30 segundos, e detalham as intervenções em cada sede do Mundial. As imagens foram captadas em outubro de 2013. Também é possível conferir o avanço das obras em galerias de fotos, com opção de download em alta resolução.

Confira o material completo no portal do governo federal para o Mundial de 2014
 

Fonte: Portal da Copa
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil conquista título mundial Sub-23 de Rafting na Nova Zelândia

Equipe brasileira que conquistou o título mundial (Foto: Divulgação/Int Rafting Fed)Equipe brasileira que conquistou o título mundial (Foto: Divulgação/Int Rafting Fed)

A equipe brasileira sub-23 masculina conquistou neste domingo (17.11) o título do Campeonato Mundial de Rafting 2013, na Nova Zelândia. O segundo lugar ficou com a República Tcheca e o terceiro com a Rússia. No sub-19 feminino, o Brasil conquistou a medalha de prata, com a Nova Zelândia ficando com o título e os russos com o bronze.  

Este é o segundo título dos brasileiros na categoria sub-23 (júnior), onde o Brasil já havia garantido o título em 2011, na Costa Rica. O Campeonato Mundial de Rafting 2013 continua até o dia 24. Nesta semana terão as provas da categoria Sênior, onde o Brasil tem dois títulos mundiais e segue em busca do tricampeonato.

As provas de rafting contam com quatro categorias: sprint, head to head, slalom e descenso. Cada uma conta como um evento próprio, mas contribui para a pontuação geral da equipe determinando o campeão geral da competição.


Fonte: CBCa
Ascom – Ministério do Esporte
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Cavalgada da Liberdade homenageia Zumbi dos Palmares em Alagoas

 

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, participou neste domingo (17.11), na Zona da Mata de Alagoas, da 2ª  Cavalgada da Liberdade, em homenagem ao Quilombo dos Palmares e a Zumbi, líder da comunidade que chegou a reunir quase 30 mil escravos que conseguiram escapar de fazendas da então Capitania de Pernambuco.

“Esta cavalgada é uma homenagem àqueles que deram início à luta social no Brasil. No Quilombo dos Palmares nasceu a luta por um Brasil mais justo e menos desigual. E Zumbi foi o grande líder daquela gente. Homenagear Zumbi é lembrar uma dos principais episódios da história do Brasil”, disse o ministro.

Idealizada por Aldo Rebelo, a Cavalgada da Liberdade reuniu dezenas de cavaleiros e amazonas no trajeto entre os municípios alagoanos de União dos Palmares e Viçosa. Na partida, às 6h da manhã, da antiga estação ferroviária, os cavaleiros foram abençoados pelo pároco da cidade e cantaram o Hino Nacional acompanhados por um grupo de berimbaus.

 

 Aldo Rebelo e demais cavaleiros recebem a benção do padre de União dos Palmares no início da Cavalgada da Liberdade Aldo Rebelo e demais cavaleiros recebem a benção do padre de União dos Palmares no início da Cavalgada da Liberdade
Aldo Rebelo e demais cavaleiros recebem a benção do padre de União dos Palmares no início da Cavalgada da Liberdade

 

Na primeira parada – chamada de bate-sela – no município de Capela, o prefeito Eustáquio Moreira elogiou a iniciativa do ministro do Esporte de criar a homenagem aos escravos fugidos. Moreira pediu a mobilização de todos para que a cavalgada se consolide como um evento cultural e cívico referência em todo o Brasil.

De Capela, a cavalgada seguiu para o encerramento emViçosa, cidade localizada na região onde Zumbi foi morto, em 20 de novembro de 1695.

Ouça a notícia:

 

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Fernando Guedes, de Viçosa (AL)
Fotos: Fernando Guedes e Cinara Corrêa
Ascom – Ministério do Esporte
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Povos de várias nações compartilham últimos momentos dos Jogos dos Povos Indígenas

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

Um show com direito a cascata de luz, representando a vida dos guerreiros, e muita integração entre as etnias indígenas, líderes internacionais, e não-índios marcou o encerramento da 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas, na noite deste sábado (16.11), em Cuiabá. Os espectadores aplaudiam das arquibancadas os 1,6 mil índios, de 48 etnias, que celebravam e dançavam cantorias típicas de suas aldeias. Cada povo chamava a atenção dos visitantes com o que de mais bonito caracterizava sua etnia.

O líder espiritual da etnia Mamaindê, de Rondônia, arrancou aplausos ao fazer o cerimonial da pajelança, momento no qual ele agradecia ao deus do seu povo por estar naquele lugar, trocando experiências com outras aldeias. O pajé também pediu a proteção e segurança para o retorno de todos às suas terras de origem. O momento foi de muito silêncio e emoção, pela simplicidade e sabedoria que tocaram o coração dos presentes, mesmo de quem não entendia a língua.

Cada um dos Terena, etnia de Mato Grosso, que adentrou a arena com suas saias e cocás de penas de emas, carregava nas mãos um tipaé, uma espécie de lança gigante e incandescente. Ao apresentar a dança do fogo e apagar a chama da pira, acesa na abertura dos jogos, os guerreiros reforçaram que o rito era simplesmente uma forma de cada um dos presentes levarem no coração a cultura indígena, para que ela jamais fosse esquecida, e permanecesse acesa até a chegada do Mundial Indígena em 2015.

Outra atração que encantou o público dos Jogos Indígenas foi quando a índia e bailarina do Panamá Iguandili Lõpez dançou junto com o povo da etnia Assurini, do Maranhão. Ao lado do pequeno Assurini, a panamenha dançou com o indiozinho em volta do fogo, e mostrou bastante habilidade com a coreografia da aldeia.

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

A índia e bailarina do Panamá Iguandili Lõpez dança com o indiozinho Assurini

Todos os presentes compartilhavam aquele momento de alegria e de energia positiva. Era visível a felicidade estampada nos rostos, até daqueles que não entendiam o português, bastava um sorriso para deixá-los felizes. O simples gesto comprova que não precisa falar a mesma língua para compartilhar os mesmos objetivos, principalmente para os que prezam o respeito mútuo.

Integração entre as nações

Os últimos momentos dos Jogos Indígenas foram compartilhados por todos os presentes, que se abraçavam e agradeciam por participarem de momentos tão ricos em terras brasileiras. O representante do Equador Mario Santi disse estar muito satisfeito pela integração dos povos indígenas, pela alegria e harmonia que reinaram entre os irmãos nos dez dias de jogos. 

“Estou impressionado com a força do povo indígena brasileiro, que nesse momento deveria ser ouvido pelo mundo ocidental e pelos governos para que a paz reine no planeta”, afirmou o jovem advogado, representante das causas indígenas, no Peru, Wilfredo Chau.

O chileno Juan Antonio Correa Calfin ressaltou que aquele momento mostrava a força da democracia, quando os povos são capazes de levar a paz a toda a humanidade.

 

Cleide Passos, de Cuiabá
Ascom – Ministério do Esporte
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Feira de Artesanato Indígena dita moda nos Jogos dos Povos Indígenas 2013, em Cuiabá

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

Trajes exóticos, pinturas extravagantes, roupas coloridas, adereços confeccionados com penas de pássaros ditaram a moda nos Jogos dos Povos Indígenas de Cuiabá. Todos esses produtos foram comercializados na Feira de Artesanato Indígena, que oferecia peças para todos os gostos, desde a mais simples até a mais sofisticada. A interação na arena Sucuri, onde eram realizadas as apresentações culturais, acontecia com muita espontaneidade, e com esses gestos estava consolidado o lema dos Jogos Indígenas 2013, o importante não é competir, e sim celebrar.

Na Feira de Artesanato, as pessoas se acotovelavam para disputar os produtos indígenas, distribuídos em 32 estandes. Eles eram oferecidos a preços populares, mas também podiam ser encontradas peças de maior valor, como o cocá, uma espécie de chapéu indígena, que dependendo do tipo de pena usado na confecção chegava a custar até R$ 500. Além das peças das etnias brasileiras, eram comercializados produtos confeccionados por etnias de outros países, como Equador e Bolívia.

Jovens, crianças, idosos e indígenas conversavam, explicavam os costumes de suas etnias, e assim os visitantes conheciam um pouco da vida dos descendentes dos primeiros habitantes do Brasil. Mas a interação não parava por aí, tanto os índios como os não-índios disputavam espaço para tirar fotografias, uma lembrança preferida pela maioria das pessoas que participavam do evento.

Outra lembrança muito procurada pelos visitantes, brasileiros e estrangeiros, era a tatuagem indígena. Ela podia ser feita por pessoas de várias etnias por valores baixos, mas tudo dependia muito da negociação com o tatuador, do tipo de tinta usada, e ainda dos desenhos a serem utilizados. As pessoas podiam optar por pequenas figuras ou por tatuagem até de corpo inteiro.

Neste sábado (16.11), último dia dos Jogos Indígenas, a feira está lotada e as pessoas aproveitam para fazer a pechincha. Pulseiras que custavam R$ 10,00 podiam ser compradas por R$ 5,00. Os artesãos indígenas aproveitavam a oportunidade para liquidar suas mercadorias e voltar pra casa com dinheiro no bolso.

 

 

Cleide Passos, de Cuiabá
Ascom – Ministério do Esporte
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Corrida de fundo reúne centenas de indígenas no último dia dos Jogos Indígenas 2013

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosA manhã do último dia dos Jogos dos Povos Indígenas, neste sábado (16.11), foi marcada pela corrida de 1.800 metros. A competição, realizada na Avenida Antártica, sentido ida e volta, teve largada em frente ao portal de acesso à arena dos jogos. O guerreiro corredor de 24 anos Thiago Howpy, da etnia Kanela, do Maranhão, sagrou-se campeão da modalidade tradicional de 2013. O atleta superou o potencial de 300 índios de 48 etnias participantes, apesar de ter passando mal ao ultrapassar a linha de chegada.

O jovem campeão correu usando meias, vestiu calção vermelho e na pele usou pinturas corporais na cor preta retirada da seiva do sapoti. Após ser atendido pela equipe médica disponibilizada por duas ambulâncias, Thiago Kanela comemorou o resultado. “Cuiabá está muito quente e, somado ao grande esforço que fiz, não poderia dar em outra. Mesmo assim estou muito contente com o resultado”, justificou, sorrindo.

Trinta minutos antes da corrida masculina aconteceu a prova feminina. A guerreira Raiane Aphure Parkatejê, do Grupo Gavião, do estado do Pará, levou o título de campeã, quando  deixou  para traz cerca de 190 guerreiras concorrentes. Após o toque do apito pela equipe técnica autorizando o início da competição, Raiane Parkatejê correu descalça e repetiu a mesma façanha das edições anteriores dos Jogos Índígenas de que participou. “Em Paragominas, no Pará, e em Porto Nacional, no Tocantins, também fui a primeira a cruzar a linha de chegada”, destacou a guerreira, feliz com a conquista.

Entre os expectadores da corrida de 1.800 metros dos estava a estudante Juliana Tupinambá, da Aldeia Barra, no Sul da Bahia. Na avaliação da indígena, foi uma competição tranquila. “O tempo, que estava frio, esquentou, mas o importante é que houve aparato médico suficiente com bombeiros e enfermeiros, em ambulâncias. Estão todos de parabéns: os atletas, que demonstraram potencial esportivo, e a organização dos Jogos, não deixou nada a desejar”, avaliou.

Carla Belizária
Foto: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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Indígenas mostram talento na canoagem durante os Jogos de Cuiabá

 

Os melhores canoístas indígenas do Brasil mediram forças nesta sexta-feira (15.11), feriado da Proclamação da República, durante a 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas, em Cuiabá. Num clima de muita integração e lazer, a concentração da competição reuniu, às margens do Rio Cuiabá – que corta os fundos da aldeia dos Jogos – moradores ribeirinhos, delegações indígenas e a imprensa, transformando o local num formigueiro humano.

Num belo dia ensolarado, muita gente que foi assistir à competição – crianças, jovens e adultos – se divertia saltando de dois balanços presos às copas das árvores, num refrescante mergulho radical. A atuação de fotógrafos e cinegrafistas também chamava a atenção. Alguns subiam em arvores, outros transitavam em lanchas e também havia os que preferiam atuar sozinhos, remando e carregando seus equipamentos em caiaques, tudo isso com o objetivo de captar a melhor imagem.

A canoagem e a travessia de rio (natação) – competição que abriu o dia de esportes aquáticos – contaram com a atuação de uma eficiente equipe de segurança. Dez homens do Corpo de Bombeiros, com três lanchas à disposição, estavam a postos para resgate e remoções. Havia também duas ambulâncias, com médicos e enfermeiros, para atendimento dos atletas caso fosse preciso.

Novidades
Na platéia, um pequeno espectador estava ansioso. O morador ribeirinho Luiz Felipe da Silva, 7 anos, levou sua cadela vira-lata de nome “Princesinha” para assistir à disputa de canoagem. O menino, que cursa a 2ª série na Escola Municipal Fernanda Helen, gostou do movimento. “Nunca vi tanto índio diferente junto. Tô achando tudo muito legal. Quando crescer, quero estudar e ser um grande atleta remador, igual a esses guerreiros”, afirmou,  apontando para os  índios Pataxó, da Bahia.

 

Luiz Felipe, 7 anos, e a cadela Princesinha: "Quando crescer, quero ser um grande remador, igual a esses guerreiros"


Cleuzk Kaingang, 22 anos, integra a delegação dos povos que habitam o Paraná e participa pela primeira vez dos Jogos Indígenas, com o marido e a filha Ana Cláudia, de 2 anos. A guerreira afirmou estar achando tudo muito interessante porque está conhecendo coisas que nunca viu antes. “Além do futebol de cabeça e da corrida de tora, a canoagem e a natação são novidades porque em nossa região não há rios largos para praticar os dois esportes. Os que existem são riachos muito rasos”, explicou.

Resultados
Na modalidade tradicional de canoagem dos Jogos dos Povos Indígenas, não há etapa final. São apontados vencedores os canoístas que vencem as baterias da competição. O povo Erikibaktsa, de Mato Grosso, venceu a primeira bateria. Os índios Enawenê-Nawê, também mato-grossenses, remaram conforme suas tradições – em pé na canoa – e conquistaram a segunda bateria. A terceira foi vencida pelos Kuntanawá, do Acre.

A quarta bateria foi conquistada pelos índios da etnia Arakbut, do Peru, representada pelos remadores Kembre e David, que fizeram festa erguendo a bandeira de seu país. O povo Suruí Paíter, do Acre, representado pelos atletas Cláudio e Edson, venceu a quinta bateria, numa disputa acirrada com os guerreiros Terena. “Eles bem que tentaram, tiraram até tinta de nossa canoa, mas não conseguiram”, disse, brincando, a dupla vencedora.

A sexta bateria foi conquistada pelo povo Wapixana, de Roraima, e a sétima, pelo povo Umutina, da região da Barra do Bugre, Mato Grosso. A oitava e ultima bateria teve como vitoriosos os Wai Wai, do Pará.

Carla Belizária
Fotos: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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