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Debates movimentam segundo dia da Soccerex

Rafael Brais/MERafael Brais/ME
Os painéis de debates promovidos pela Soccerex, em Manchester, têm atraído a atenção e a participação dos visitantes que passam pela maior feira sobre futebol no mundo. Distribuídos em três salas diferentes, chamadas Estúdio, Academia e Zona Futebol do Amor, as conferências estão divididas em temas como governança, finanças, experiência dos torcedores, direitos comerciais e desempenho do atleta. Nesta terça-feira (27.09), o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Gustavo Perrella, acompanhou algumas dessas discussões promovidas no Manchester Central Convention Complex.
 
As palestras trataram de assuntos diversos, como o desenvolvimento internacional da Liga Espanhola, a integração entre futebol e governança, as transferências no mundo da bola, as mulheres no futebol, a realidade virtual utilizada de maneira progressiva pelos clubes, a responsabilidade social dos clubes. Esse último tema contou com a apresentação do pentacampeão Gilberto Silva, atual diretor técnico do Panathenaico, da Grécia.
 
O secretário nacional de Futebol, Gustavo Perrella, destacou a importância do evento e citou as contribuições que a troca de experiências que a feira do futebol pode trazer para o setor. "Uma convenção global como a Soccerex expõe vários temas relevantes e necessários para serem debatidos no futebol", afirmou. Para Perrella, muitos assuntos tratados ali são importantes para o desenvolvimento do futebol, seja dentro ou fora das quatro linhas. "A evolução e melhorias nas ligas internacionais iniciaram com um bom diálogo. E a Soccerex propõe isso, além de tratar da transparência na governança, nas transferências e diversos outros temas essenciais", afirmou. "A Soccerex vem somar e muito ao mundo do futebol", concluiu.
 
Rafael Brais/MERafael Brais/ME
 
Campeão da Copa do Mundo de 2002, e um dos nomes que mais atuaram pelos direitos dos jogadores no do futebol brasileiro, Gilberto Silva esteve pela primeira vez na Soccerex. No evento, onde esteve a convite da organização, ele participou de dois painéis. Um deles, sobre o futebol de base e sua importância para a formação do esporte. No outro, tratou da responsabilidade social do futebol e os benefícios que a sua prática pode levar às área mais vulneráveis de uma cidade. "Está sendo uma bela e gratificante experiência. Você vê que os líderes esportivos estão aqui, participam, contribuem com idéias, dados. Isso é fundamental para o crescimento pessoal de cada um e para crescimento dos clubes aqui presentes”, disse.
 
Compromissos
O secretário nacional de Futebol visitou vários estandes da Soccerex nesta terça-feira. No espaço reservado para o Fluminense Futebol Clube, Gustavo Perrella conheceu o projeto de internacionalização do clube e, especialmente, a parceria com um clube da Eslováquia para desenvolvimento de garotos revelados na base de Xerém, no Rio de Janeiro. "Vejo com bons olhos esse tipo de iniciativa dos clubes brasileiros e nos colocamos à disposição para ajudar no que for possível”, comentou o secretário.
 
Mais cedo, Perrella esteve com o presidente da Soccerex, Tony Martin, para tratar de novas tecnologias propostas para o futebol e como inovações propostas na feira podem resultar em melhorias para os torcedores dentro dos estádios no Brasil. “Queremos mapear a situação do futebol no Brasil e todo o tipo de contribuição será bem-vindo”, explicou.
No final do dia, o secretário Perrella se encontrou com o diretor técnico do time grego do Panathenaico, Gilberto Silva, que já atuou no futebol inglês, grego e brasileiro. Na conversa, tratou de medidas para melhorar o futebol brasileiro e sobre o modelo adotado em outros países. 
 
A Soccerex termina nesta quarta-feira (28.09), com painéis de representantes de importantes times da Europa, como Atlético de Madrid, Inter de Milão, Leicester, Eveton.
 
Rafael Brais, de Manchester
Ascom – Ministério do Esporte

Maior feira de futebol do mundo traz novidades para o setor

A Soccerex, maior feira do mundo sobre futebol, teve início nesta segunda-feira (26.09) em Manchester, na Inglaterra, trazendo várias novidades para o setor e promovendo palestras com nomes consagrados do esporte mundial. Os estandes espalhados pela enorme área do Manchester Central Convention Complex exibem de tudo: novos materiais para equipamentos esportivos com tecnologia inovadora, aplicativos específicos para futebol, máquinas de bebida para uso em estádios, empresas que ajudam o torcedor a personalizar a rede social, simuladores de última geração, material para treinamento e jogo, câmeras para arenas, clube brasileiro com parceria na Eslováquia. 
 
Secretário Gustavo Perrella (centro) se encontra com o presidente da Soccerex, Tony Martin (à direita), e com o membro da diretoria, Paul Duffen (esq). Foto: Rafael Brais/MESecretário Gustavo Perrella (centro) se encontra com o presidente da Soccerex, Tony Martin (à direita), e com o membro da diretoria, Paul Duffen (esq). Foto: Rafael Brais/ME
 
Os painéis promovidos pela Soccerex estão distribuídos em três salas de conferências diferentes: Estúdio, Academia e Zona Futebol do Amor. O programa deste ano é dividido em cinco temas centrais: governança; finanças do futebol e do mercado de transferências; maximizando a experiência dos fãs e engajamento; direitos comerciais; e desempenho dos jogadores. Dentre as palestrantes, nomes como o de Javier Tebas, presidente da La Liga, da Espanha; Shaun Harvey, CEO da Liga Inglesa de futebol; o pentacampeão Gilberto Silva, atual diretor técnico do Panathinaikos FC; Edwin Van Der Sar, diretor do Ajax; e Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa. 
 
O secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Gustavo Perrella, que participa da feira, encontrou-se neste primeiro dia com o presidente da Soccerex, Tony Martin, que estava acompanhado por Paul Duffen, membro da diretoria da entidade. Durante a reunião, falaram um pouco sobre o futebol brasileiro, o momento próspero vivido pelo país nos últimos anos no esporte e o legado dos megaeventos.
 
Para Perrella, a Soccerex é uma referência para o mundo do futebol dentro e fora das quatro linhas, já que reúne os principais atores do setor. "Muita coisa acontece aqui, desde a negociação de equipamentos esportivos até discussões de políticas para clubes e para definições de planejamento de governos", afirmou. O secretário destacou também a ampla participação de delegados e palestrantes, que vieram de 78 países. "A representatividade é grande, o que comprova a importância desse tipo de feira global para o mercado do futebol."
 
Estandes
Os estandes da Soccerex trazem diversos produtos, serviços e entretenimento. É possível, por exemplo, chutar uma bola no gol e desafiar um robô-goleiro, que é praticamente intransponível. Além disso, o convidado pode testar sua habilidade e dominar a bola passando por entre cones, como os atletas fazem em treinos, e, ainda, medir a velocidade do chute, colocar à prova a mira em gols de verdade e, em um cinema 3D, sentir-se dentro de um estádio lotado na hora de disputa de pênaltis.
 
Foto: Rafael BraisFoto: Rafael Brais
 
A Eventstag é uma dessas empresas que surgiram por causa da evolução e dos avanços do uso da internet. Como eles mesmos se classificam na apresentação, são viciados em redes sociais e nasceram com a missão de possibilitar que qualquer pessoa "mite"(faça algo exemplar nas redes, conseguindo muitas curtidas) em seu Instagram, Facebook, Twitter, etc. "Criamos métodos para que as pessoas tenham destaque em suas redes sociais, como, por exemplo, colocando o rosto de um torcedor na figurinha de uma Copa do Mundo", explicou Dan Strang, CEO da empresa, mostrando o cromo da Itália com um torcedor transformado em Roberto Baggio. É possível também elaborar o layout de um jornal ou construir um website próprio, baseado em qualquer tema do futebol. 
 
O Fluminense é o único time brasileiro com estande na Soccerex. No local, representantes do clube exibem informações da parceira com o time da Eslováquia ŠTK Šamorín. Intitulado FluEuropa, o projeto, em vigor desde agosto de 2015, permite, segundo o clube, uma grande evolução no processo de desenvolvimento de atletas e serve como uma excelente plataforma de marketing para alavancagem, exposição e internacionalização da marca do Fluminense. 
 
A Soccerex, que termina no dia 28 de setembro, apresentará nesta terça-feira (27.09) temas como a crescente influência do futebol chinês no mundo; games; futebol feminino; e patrocínios. 
 
Rafael Brais, de Manchester
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

No Senado, secretário Perrella defende debate e união dos setores para combater violência no futebol

Roberto Castro/MERoberto Castro/ME
O secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Gustavo Perrella, participou nesta quinta-feira (22.09), no Senado Federal, de audiência pública promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte para debater o Estatuto do Torcedor. O encontro contou com a participação de representantes da Secretaria de Esporte do Distrito Federal, da Subsecretaria de Integração e Operações de Segurança Pública (Siosp); Ministério Público do Distrito Federal, de torcidas organizadas com sede ou filiais em Brasília; da Associação Nacional de Torcidas Organizadas (Anatorg).
 
Durante quase três horas de debates, vários assuntos foram abordados: eficácia do Estatuto do Torcedor e artigos que precisam de regulamentação; relação das torcidas organizadas e o espetáculo; segurança no fiutebol; preparação de plano de ação para os dias de jogos; ampliação de diálogo entre poder público e torcedores; criação de delegacias especializadas dentro das áreas esportivas.
 
Roberto Castro/MERoberto Castro/MEPara Gustavo Perrella, o debate promovido entre autoridades e torcedores é importante para, dentre outras coisas, determinar as responsabilidades de todos os envolvidos no futebol. “É fundamental conhecermos nossas capacidades e o papel de cada um e o que nós podemos melhorar para atingir um bem comum”, disse. Perrella, que está há três meses na Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Diretos do Torcedor, defendeu um amplo debate para que o Estatuto tenha cada vez mais sucesso e os torcedores tenham seus direitos atendidos. “O Estatuto do Torcedor não foi feito para punir as torcidas, pelo contrário, estabelece normas de proteção e defesa do torcedor”, afirmou. 
 
O secretário salientou também a publicação, neste ano, do Marco de Segurança no Futebol, uma orientação que estabelece critérios claros para enfrentar a violência no futebol. O documento é um guia de recomendações para atuação das forças de segurança pública em praças desportivas. “É um grande avanço. Esse trabalho envolveu vários ministérios, representantes das policias militar, civil, dos bombeiros, sociedade civil”, explicou.
 
Autor do requerimento para a audiência pública, o senador Hélio José elogiou a grande representatividade na audiência da Comissão e garantiu que a reunião foi apenas o pontapé inicial de uma longa discussão. “Queremos que e a paz e a segurança estejam presentes nos estádios e, com isso, as famílias voltem ao futebol”, comentou.
 
Rafael Brais
Ascom - Ministério do Esporte

Copa do Brasil de futebol feminino começa nesta quarta (24)

Quem ficou encantado com a Seleção Feminina nos Jogos Olímpicos do Rio terá a chance de continuar prestigiando a modalidade. Começa nesta quarta-feira (24) a décima edição da Copa do Brasil de Futebol Feminino. Serão 32 equipes lutando pelo título de uma das competições mais importantes do futebol feminino do país. Hoje a bola já rola em 13 estádios diferentes.

O clube campeão garante vaga na Copa Libertadores de Futebol Feminino de 2017. O torneio é dividido em cinco fases e nas duas primeiras etapas a equipe visitante que vencer por três ou mais gols de diferença elimina o jogo de volta. O sistema é mata-mata, sendo assim, a cada fase um time classifica-se para etapa seguinte e o outro fica de fora.

Conheça as ações do Ministério do Esporte que visam apoiar o futebol feminino brasileiro: 


O atual campeão do campeonato continental é a Ferroviária, clube de São Paulo com tradição no futebol feminino.

Nesta primeira fase, as partidas acontecem às quartas, quintas e domingos, entre 15h e 21h, pelo horário de Brasília, do dia 24 de agosto a 4 de setembro. A competição poderá ser acompanhada pela TV Brasil, de acordo com a tabela e com a grade de programação da emissora. No site da CBF e nas redes sociais da entidade, você acompanha todos os resultados e notícias da competição.

Histórico A Copa do Brasil de Futebol Feminino foi criada em 2007. Em nove edições, apenas Santos e São José conseguiram o bicampeonato. Os três últimos campeões foram: São José, em 2012 e 2013, Ferroviária, em 2014, e Kindermann, em 2015. Na liderança isolada da artilharia, a Rainha Marta tem 18 gols marcados pelo Santos, em 2009. Atrás dela, Daniela Alves, 14 gols em 2007 pelo MS/Saad, e Thaisinha, 10 gols em 2011 pelo Vitória-PE. Outra curiosidade é a maior goleada, que aconteceu na edição de 2012, quando o Vitória-PE fez 15 a 0 no América-RN.

Conheça as equipes que participarão da Copa:

UDA - AL

Vitória-PE

Barcelona-RJ

Comercial-MS

Cresspom-DF

Aliança-GO

União-RN

Caucaia-CE

Náutico-PE

Botafogo-PB

Boca Junior-SE

São Francisco-BA

Estância Velha-RS

Chapecoense-SC

Araranguá / SATC - SC

Foz Cataratas-PR

JV Lideral-MA

Tiradentes-PI

São Raimundo-RR

Iranduba-AM

Vila Nova-ES

Ipatinga-MG

Intercap-TO

São José-SP

Porto Club-RO

Atlético-AC

Oratório-AP

Flamengo-RJ

Santos-SP

Mixto-MT

Audax-SP

Pinheirense-PA


Fonte: CBF
Ascom – Ministério do Esporte

De virada, Brasil supera a Austrália no último amistoso antes da estreia

Equipe brasileira chega neste domingo ao Rio para se hospedar na Vila Olímpica. Foto: CBFEquipe brasileira chega neste domingo ao Rio para se hospedar na Vila Olímpica. Foto: CBF
 
No último teste antes da estreia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Seleção Brasileira Feminina de futebol mostrou competência e poder de reação. Neste sábado (22.7), o time comandado pelo técnico Vadão enfrentou a Austrália, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, e viu as adversárias saírem na frente com Larissa Crummer, no primeiro tempo.
 
Na segunda etapa, o Brasil voltou mais forte e conseguiu a virada. Debinha fez o gol do empate aos 14 minutos e, aos 26, Raquel tocou por cobertura para fazer um golaço. Nos acréscimos finais, Darlene recebeu de Marta e liquidou a fatura com outro belo gol: 3 x 1.
 
Após o amistoso, a Seleção Feminina foi direto para o Rio de Janeiro, onde ficará concentrada na Vila Olímpica. A estreia do time na Rio 2016 será no dia 3 de agosto contra a China, a partir das 16h, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
 
Fonte: CBF
Ascom – Ministério do Esporte  
 

Vadão convoca a seleção brasileira feminina de futebol para o Rio 2016

O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, divulgou nesta terça-feira (12.07) a lista com as 18 convocadas e as quatro reservas da seleção brasileira feminina de futebol. A equipe contará com nomes experientes na busca pelo ouro inédito, como as meias Marta e Formiga e a atacante Cristiane.
 
“Temos essas atletas experientes, mas temos também várias atletas jovens. As mais experientes, sobretudo a Formiga, com toda a experiência de Olimpíada, de seleção, vai nos ajudar muito com as jogadoras jovens, as que não tiveram ainda a experiência de Olimpíada”, disse o treinador, que também comentou os critérios para a definição da lista:
 
“O critério foi técnico, físico e também pelo momento que cada uma vive agora. O trabalho foi de filtragem, analisando quem, no momento, está em melhores condições”, justificou.
 
Marta será mais uma vez a camisa 10 da seleção nos Jogos Olímpicos. (Foto: Divulgação/CBF)Marta será mais uma vez a camisa 10 da seleção nos Jogos Olímpicos. (Foto: Divulgação/CBF)

Confira a lista completa:

 
Goleiras
Bárbara – CBF
Aline - CBF
 
Zagueiras
Mônica - Orlando Pride (Estados Unidos)
Rafaelle - Changchdalian Quanjian (China)
Bruna Benites – CBF
Érika – PSG (França)
 
Laterais
Fabiana - Dalian Quanjian (China)
Poliana - Houston Dash (Estados Unidos)
Tamires - Fortuna Hjorring (Dinamarca)
 
Meias
Formiga – CBF
Thaisa – CBF
Andressinha - Houston Dash (Estados Unidos)
Marta - FC Rosengard (Suécia)
 
Atacantes
Debinha - Dalian Quanjian (China)
Cristiane – PSG (França)
Andressa Alves – Barcelona (Espanha) 
Bia Zaneratto - Hyundai Steel Red Angels (Coreia do Sul)
Raquel – Changchun Club (China)
 
Reservas
Luciana – CBF - goleira
Camila - CBF - lateral
Darlene - Changchdalian Quanjian (China) - atacante
Thaís Guedes – Steel Red Angels (Coisa do Sul) – atacante
 

Seleção permanente

A seleção permanente, formada em janeiro de 2015 e custeada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi um investimento fundamental neste ciclo, destacou o técnico, tanto para manter o nível de competitividade das atletas, quanto para diminuir a "martadependência".
 
"Sempre dissemos que queríamos uma estrutura tática e física no ponto em que a Marta não fosse a responsável pela medalha, mas que fosse privilegiada pelo entrosamento das jogadoras, para a bola chegar com mais frequência para ela fazer o que sabe de melhor, que é decidir. Todo esse trabalho, todo esse tempo foi dedicado para deixar a Marta numa situação mais confortável", explicou Vadão, em referência à jogadora eleita cinco vezes a melhor do mundo.
 
Coordenador da seleção feminina, Marco Aurélio Cunha ressaltou que a seleção permanente também foi crucial para que as brasileiras fossem mais vistas pelo futebol internacional.  "Quando a seleção permanente foi idealizada, havia somente duas ou três jogando fora. Embora talentosas, faltava competitividade. Com a seleção, passamos a ser competitivos. Jogamos contra a França, Estados Unidos, contra várias grandes equipes em alto nível, e isso despertou o interesse. Passamos a ter 16 jogadoras no exterior, ampliamos o mercado, valorizamos essas atletas. Elas foram contratadas após o ouro no Pan de Toronto e estiveram presentes em todas as datas-FIFA. Sem a seleção permanente, elas não teriam sido vistas".
 

Planejamento

A seleção disputou dois amistosos no Canadá no começo de junho, contra as donas da casa, tendo vencido a primeira partida e perdido a segunda. No dia 13 do mês passado, a seleção permanente se reapresentou no Centro de Treinamento de Itu (SP), onde vem se preparando para a Olimpíada. Das 22 atletas (incluindo as reservas), faltam três jogadoras para se apresentar: Bia e Thais Guedes, que jogam na Coreia do Sul, e Marta, que atua na Suécia.
 
"A Marta deve chegar no dia 15. As outras, na pior das hipóteses, chegam para o amistoso em Fortaleza. A maior resistência é com a Bia, que teve uma contusão e eles estão segurando um pouco mais", explicou Vadão.
 
As quatro reservas, informou o técnico, vão treinar junto com as 18 convocadas, e estarão próximas também durante as competições. "Diferentemente do futebol masculino, nossas atletas são da seleção permanente, não tem um clube para ficar em treinamento. Essas quatro atletas reservas seguirão para Fortaleza para o amistoso e continuarão treinando como se não fossem suplentes. Elas estarão próximas, adaptadas ao trabalho".
 
Antes da estreia olímpica, o Brasil enfrenta a Austrália em amistoso marcado para 23 de julho, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE), às 16h, quando as 22 atletas já estarão reunidas. No dia seguinte, a equipe já viaja para o Rio e já fica na Vila dos Atletas. O primeiro confronto nos Jogos Rio 2016 será contra a China, às 16h do dia 3 de agosto, no Engenhão, no Rio de Janeiro. Na sequência, a equipe enfrentará a Suécia às 22h do dia 6 de agosto, no mesmo Engenhão e, encerrando a primeira fase, jogará contra a África do Sul, em 9 de agosto, na Arena da Amazônia, em Manaus, às 21h.
 
A partida do dia 3 de agosto, dois dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, será também a estreia do Brasil no megaevento. Os olhos do país estarão voltados apenas para as meninas em campo, o que significa, ao mesmo tempo, pressão e oportunidade.
 
“Precisamos ter aquele grau de ansiedade, porque nos deixa alertas, atentos, mas não podemos passar do ponto. E tem o lado positivo, talvez o país todo vai ter a oportunidade de um contato com o futebol feminino. Vamos fazer de tudo pra estrear muito bem e que seja um alerta para o futuro. Precisamos dessa pressão, pra que não fiquemos confortáveis, na sombra do masculino. O futebol feminino tem que se sentir pressionado e canalizar bem esse tipo de pressão", afirmou Vadão.
 

Formato e história do torneio

No torneio feminino, as 12 seleções estão em três chaves. Avançam para os jogos eliminatórios das quartas de final as duas melhores de cada grupo e as duas melhores entre as terceiras colocadas. A decisão do ouro será às 17h30 do dia 19 de agosto, no Maracanã.
 
O futebol feminino entrou no programa olímpico em 1996 e não tem limite de idade. Formiga é a única jogadora que participou dos cinco torneios, de Atlanta 1996 até Londres 2012 e acaba de ser convocada para a sexta Olimpíada. O Brasil tem duas pratas, em Atenas 2004 e Pequim 2008, tendo perdido para os Estados Unidos nas duas ocasiões.
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Com Neymar, Prass e Douglas Costa, Micale convoca a seleção olímpica de futebol

O técnico da seleção olímpica de futebol, Rogério Micale, anunciou, nesta quarta-feira (29.06), os 18 convocados para os Jogos Rio 2016. Na lista, é possível incluir três jogadores com mais de 23 anos: Neymar, do Barcelona, Fernando Prass, do Palmeiras, e Douglas Costa, do Bayern de Munique, foram os escolhidos.

Neymar e Douglas Costa foram dois dos jogadores acima de 23 anos escolhidos pelo treinador. (Foto: Getty Images)Neymar e Douglas Costa foram dois dos jogadores acima de 23 anos escolhidos pelo treinador. (Foto: Getty Images)

Micale disse que privilegiou a versatilidade na definição dos nomes, dando exemplo de jogadores como Marquinhos, que pode atuar como zagueiro ou lateral direito. O treinador ainda não trabalhou com Neymar, mas destacou a importância da presença da estrela no grupo, ainda que não deseje concentrar a pressão de resultado em cima do atacante.

“É um jogador com perfil diferenciado, qualidade indiscutível, qualquer treinador de qualquer seleção gostaria de contar com um perfil desses. Mas, dentro da seleção, tentamos agregar outros perfis de liderança, não se pode jogar a carga sobre um atleta só, mesmo com tudo o que ele representa. Minha expectativa é que ele corresponda. Sei do desejo que ele tem de ganhar essa medalha”, disse, acrescentando que terá uma conversa “de homem para homem, de ser humano para ser humano” para construir uma boa relação com o atacante do Barcelona.

Sobre o veterano Fernando Prass, que completa 38 anos em 9 de julho, Micale destacou o perfil agregador, que ele considera fundamental na equipe. O goleiro nunca havia sido convocado para a seleção brasileira. “Tive muitas informações do seu dia a dia, do que ele representa para o grupo (do Palmeiras). Ele vem se destacando no futebol brasileiro e demonstrou em momentos como penalidades ser apto a realizar isso. Ele agrega todos os fatores técnicos mais o perfil agregador que buscamos. Queremos isso: jogadores com qualidade técnica, mas que saibam da importância de estar vestindo a camisa da seleção brasileira”, afirmou o treinador.

Rogério Micale, que vai comandar o time nas Olimpíadas, anunciou os 18 convocados na sede da CBF, no Rio. (Foto: Lucas Figueiredo/MoWA Press)Rogério Micale, que vai comandar o time nas Olimpíadas, anunciou os 18 convocados na sede da CBF, no Rio. (Foto: Lucas Figueiredo/MoWA Press)

Oportunidade da vida
Rogério Micale está na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) há pouco mais de um ano. Em 2015, ele comandou a equipe sub 20 no vice-campeonato mundial, na Nova Zelândia, e esteve à frente da seleção nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, quando o Brasil ficou em terceiro lugar. A principal experiência do treinador fora da CBF é com a base de times como o Atlético-MG e o Figueirense. Com o último, conquistou a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2008. Para Micale, esta é a grande oportunidade da carreira até o momento.

“Estaria mentindo se disser que não sinto o frio na barriga. Estou tendo uma grande oportunidade, a maior da minha vida até aqui. Mas o que nos traz segurança é a preparação até chegar a esse momento”, disse. “Estudei, me formei, me dediquei. Sou um brasileiro como qualquer outro, vim de família humilde. Sou ex-atleta de clubes pequenos, não tive sucesso. Estudei buscando meu sonho de ser treinador, fui galgando passo a passo até ter uma oportunidade como essa”, contou.

O técnico da seleção principal será importante no trabalho rumo ao ouro olímpico, afirmou Rogério Micale. “Fico satisfeito de poder contar com a presença do Tite. Quero ouvir conselhos, quero que ele esteja junto, porque vamos fazer um trabalho sequencial, que quero que se reflita na seleção principal”.

Confira a lista:



Lista final e cronograma
A lista final confirmando os 18 convocados, assim como os quatro suplentes, tem que ser entregue à Fifa em 14 de julho. Coordenador de base da CBF, Erasmo Damiani disse estar confiante de que não haverá problemas com os clubes para manter os nomes divulgados nesta quarta.

“Fizemos contatos com os clubes, conversamos com os atletas, e com essas conversas nós definimos a relação dos 18. Temos até o dia 14 para a relação final, mas as conversas me deixam bem convicto de que todos estarão presentes”, explicou.

A seleção se apresenta na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), em 18 de julho, para iniciar a preparação. No dia 30, a equipe enfrenta o Japão sub 23 em amistoso no Estádio Serrada Dourada, em Goiânia.

Damiani informou que os quatro reservas não vão participar dos treinos na Granja Comary. “O Comitê Olímpico Internacional estabelece 18 jogadores. Só há troca se houver contusão comprovada. Então não vemos a necessidade de tirar esse quatro dos seus clubes e levá-los para a Granja”, disse.

O atacante Gabriel Jesus, um dos destaques do Palmeiras, foi convocado pelo técnico Rogério Micale. (Foto: Getty Images)O atacante Gabriel Jesus, um dos destaques do Palmeiras, foi convocado pelo técnico Rogério Micale. (Foto: Getty Images)

O Brasil fará sua estreia na Olimpíada diante da África do Sul, às 16h do dia 4 de agosto, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. A seleção permanece na capital federal para enfrentar o Iraque às 22h de 7 de agosto. A terceira e última partida da primeira fase será contra a Dinamarca, na Fonte Nova, em Salvador, em 10 de agosto, também às 22h.

No masculino, as 16 equipes foram divididas em quatro chaves com quatro países cada. Serão 24 partidas na primeira fase. Os dois melhores de cada grupo avançam para as quartas de final. A partir daí os jogos serão eliminatórios. A final será disputada às 17h30 do dia 20 de agosto, no Maracanã.

O Brasil participou do torneio olímpico de futebol masculino 12 vezes: ganhou a prata em três oportunidades (1984, 1988 e 2012) e o bronze em duas ocasiões (1996 e 2008). O ouro em 2016 seria uma conquista inédita.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Seleção permanente e disciplina tática: os trunfos para o ouro inédito no gramado

O ouro no Pan de Toronto foi o ponto alto da fase de preparação para os Jogos Olímpicos. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)O ouro no Pan de Toronto foi o ponto alto da fase de preparação para os Jogos Olímpicos. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

A seleção brasileira de futebol feminino está em ritmo acelerado de treinamento para disputar os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Após dois amistosos no Canadá contra as donas da casa no início do mês, a maior parte das jogadoras já se reapresentou em Itu para a reta final de preparação. A caminhada foi vitaminada pela criação de uma seleção permanente, com atletas que se dedicam exclusivamente à equipe nacional. A exceção são as jogadores que atuam fora do país e ainda não foram liberadas pelos clubes. Elas se juntarão ao plantel às vésperas do início das Olimpíadas.

“É claro que se a equipe estivesse treinando completa seria mais confortável. De qualquer forma, nossas atletas estão evoluídas e entrosadas, mesmo as que não estão na seleção permanente”, afirma o técnico Vadão.  “Temos padrão de jogo, estamos treinados nos quesitos de variações táticas, bola parada, jogadas ensaiadas. Vai faltar só a lapidação final, que faremos na data possível, com todas reunidas. Tudo para buscar esse ouro”, completa.

Subir ao topo do pódio, aliás, é uma quase obsessão entre as meninas. Para ajudá-las nesse desafio, Vadão se reinventou, após passar grande parte da carreira na vertente masculina do futebol. “Esse foi um novo oxigênio para a minha vida. Por mais que o futebol seja dinâmico e que em cada momento você esteja defendendo um clube, uma hora você acaba ficando viciado naquela rotina”, fala.

“Hoje eu me sinto extremamente feliz porque aprendi e aprendo muito aqui na seleção feminina. Às vezes a gente acha que depois de certa idade não vai aprender mais nada, mas isso não é verdade. Se amanhã eu voltar para o futebol masculino, certamente estarei melhor porque pude absorver muito mais conhecimento”, analisa o treinador, que completará 60 anos em 21 de agosto, dia do encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.

Vadão na Granja Comary, em Teresópolis: para ele, a seleção permanente significou avanços na variação tática e no leque de jogadas da equipeVadão na Granja Comary, em Teresópolis: para ele, a seleção permanente significou avanços na variação tática e no leque de jogadas da equipe

Seleção permanente
A seleção feminina permanente foi criada no início de 2015. As atletas convocadas desligaram-se de seus clubes e foram contratadas pela CBF para se dedicar exclusivamente à equipe nacional. “Foi a solução mais interessante que poderíamos ter tomado em busca de um time competitivo”, afirma Vadão.

Nessa entrega total à seleção, as jogadoras contam com estrutura completa de treinamento e preparação na Granja Comary: campos, academia, alojamento, refeitório, equipe integral de médicos, fisioterapeutas, psicólogos, fisiologistas e salário mensal.

“A evolução é evidente. Durante esse ano e meio já conquistamos, invictos, o ouro no Pan de Toronto, fomos campeões do Torneio Internacional em Natal, tivemos jogos importantes com grandes seleções. Isso chamou a atenção de outros países”, contabiliza Vadão.

Em função dessa visibilidade das brasileiras, atualmente 16 atletas estão jogando fora do País e, conforme a liberação de seus clubes, vão se apresentando à seleção para a preparação final.

Treinamento se divide entre períodos em Teresópolis e outros no CT de Itu, que foi usado pelo Japão na Copa de 2014. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)Treinamento se divide entre períodos em Teresópolis e outros no CT de Itu, que foi usado pelo Japão na Copa de 2014. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Reinvenção de métodos
Para o técnico, trabalhar com as mulheres foi, além de uma nova vivência profissional, uma experiência de vida. Ele cita que tem duas mulheres em casa – esposa e filha –, mas que lidar com um grupo de 30 ao mesmo tempo é desafiador.

“A mulher tem mais necessidade de se expressar, de expor sentimentos. Logo que cheguei, tive cautela. Eu ficava me perguntando como seria esse convívio, procurava não falar palavrões, mas as meninas me deixaram muito à vontade e foi rápido o entrosamento”.

Mais táticas
Com relação aos treinamentos técnicos e táticos, Vadão explica que existe, de fato, uma grande diferença entre o futebol feminino e o masculino. “Dentro de campo, fisicamente falando, nitidamente o homem é mais forte. Alguns aspectos precisam ser adaptados nos treinos. São raras as jogadoras, por exemplo, que conseguem fazer um lançamento mais longo, virar o jogo num cruzamento, porque a mulher não bate na bola com tanta força. Então esse tipo de jogada precisa ser adaptado, você tem que mexer na disposição das atletas”, ensina.

Sobre as jogadas aéreas, por exemplo, usadas estrategicamente contra o Brasil por conta da altura das brasileiras, a zaga é toda envolvida tecnicamente para compor uma linha mais alta na tentativa de evitar o gol adversário. A intenção do treinador é que uma bola nunca seja disputada na pequena área.

» Símbolo de longevidade e garra, Formiga está pronta para a sexta participação olímpica

Já no plano tático, Vadão afirma que as meninas são mais determinadas que os homens. “Isso porque um moleque já cresce orientado para o futebol. Ele faz escolinha, joga em clube, tem lastro de boleiro. As mulheres só conseguem essa orientação, basicamente, na fase pré-adulta. Então elas se disciplinam para absorver o máximo de conhecimento. Nossas meninas têm uma vontade de aprender muito grande”, argumenta o professor.


Bagagem de prata
Até aqui são duas medalhas de prata, conquistadas em Atenas 2004 e Pequim 2008, ambas em derrotas para os Estados Unidos. A segunda prata teve o gosto um pouco mais amargo. O jogo foi disputadíssimo e a decisão só veio na prorrogação. Alguns atribuem ao nervosismo que tomou conta do time canarinho no tempo extra.

“Foi uma derrota injusta. Por merecimento teríamos levado a melhor naquele jogo”, desabafa a meio campista Formiga. “Mas quem sabe Deus não tenha reservado essa coroação tão importante para acontecer aqui na nossa casa?”, afirma confiante a veterana, presente em todas as edições dos Jogos desde que o futebol feminino entrou no programa olímpico, em Atlanta 1996.

“Eu não tenho dúvida de que essa seleção tem condições de brigar por medalha. Dirigentes de várias equipes do mundo comentam que a qualidade técnica do Brasil está muito melhor após a formação da seleção permanente. Não à toa que muitas das nossas atletas estão sendo contratadas por clubes de diversos países”, afirma Vadão. “Nós sabemos que é difícil porque serão as 12 melhores seleções do mundo. Todas querem vencer. Todas querem o ouro. Mas estamos confiantes e bem preparados para essa Olimpíada”, conclui Vadão, otimista.

Investimentos
Além da Granja Comary, as meninas se concentram no centro de treinamento de Itu. O local, que abrigou a seleção do Japão na Copa do Mundo de 2014, recebeu investimento do Ministério do Esporte e tem uma área de 140 mil metros quadrados, com dois campos oficiais, hotel, restaurante, academia, espaço de convenções, áreas para tratamento médico e fisioterapia.

Para ajudar a consolidar a modalidade, o Ministério do Esporte intensificou o empenho na realização de torneios nacionais e internacionais e deu destaque para a formação de atletas nas categorias de base, em campeonatos escolares sub 17 e na Copa Brasil Universitária. A primeira edição da CBUFF ocorreu em 2014 e contou com incentivo do Governo Federal de mais de R$ 2 milhões. Em 2015, o apoio cresceu e os recursos aplicados no torneio foram de R$ 2.475 milhões.

Outro apoio do Ministério do Esporte que contempla o futebol feminino se dá pelo Bolsa Atleta, que atualmente beneficia 137 jogadoras. Esse número representa R$ 2,3 milhões voltados para os atletas por ano. Pelo Plano Brasil Medalhas, as 22 atletas da seleção são beneficiadas.

Adicionalmente, por meio da Lei de Incentivo, foi aprovado o projeto para a construção do Centro de Excelência de Futebol Feminino em Foz do Iguaçu (PR). A instalação será a “casa oficial” da seleção feminina e receberá outras equipes para treinamento.

Valéria Barbarotto, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Seleção feminina de futebol Sub-20 é convocada para fase de treinamento no Rio

Foto: Rafael Ribeiro/CBFFoto: Rafael Ribeiro/CBF
 
O técnico Doriva Bueno, da Seleção Feminina Sub-20, anunciou, nesta quarta-feira (22.06), a lista com 24 jogadoras convocadas para a quinta fase de preparação para o Campeonato Mundial de 2016. A competição será disputada em Papua-Nova Guiné, entre os dias 13 de novembro e 3 de dezembro. 
 
As jogadoras farão a fase de preparação no Centro de Treinamento João Havelange, em Pinheiral (RJ), de 27 de junho a 9 de julho.
 
Confira a lista das jogadoras convocadas:
 
Goleiras:
Lorena da Silva Leite – A.D. Centro Olímpico
Carla Maria da Silva – A.D. Centro Olímpico
Stefane Pereira Rosa – Team Chicago Brasil
 
Zagueiras
Beatriz Ferreira de Menezes – A.D. Centro Olímpico
Giovana Maia Ferreira Cruz – Guarani F.C.
Daiane Limeira Santos Silva – Rio Preto F.C.
Luana Sartório Menegardo – Ferroviária S/A
 
Laterais
Bruna Rafagnin Calderan – Iranduba
Stephanie Renee Tomaszewski de Magalhães – Cal Poly University
Yasmin Assis Ribeiro – São José E.C.
 
Volantes
Julia Bianchi – Ferroviária S/A
Fernanda Palermo Licen – C.R. Flamengo/Marinha
Katrine da Silva Costa – Corinthians
Nicoly Aprigio da Silva – Ferroviária S/A
Brena Carolina Vianna de Oliveira – A.D. Centro Olímpico
Larissa Amaral Nepomuceno - Iranduba
 
Meias
Adriana Leal da Silva – Rio Preto F.C.
Gabriela Nunes da Silva – Corinthians
Milena Bispo Silva – E.C. Vitória
Lais dos Santos Araújo – ASA College/Nova York
 
Atacantes
Adailma Aparecida da Silva dos Santos – Associação Chapecoense de Futebol
Geyse da Silva Ferreira – A.D. Centro Olímpico
Victoria Kristine Albuquerque de Miranda – Minas ICESP/DF
Kelen Bender – Iranduba
 
Fonte: CBF
Ascom – Ministério do Esporte 

Símbolo de longevidade e garra, Formiga está pronta para a sexta participação olímpica

Desde que o futebol feminino passou a integrar o programa olímpico, em Atlanta 1996, há um nome na Seleção Brasileira que é a intersecção de todas as listas de convocadas: Miraildes Maciel Mota. “Não tem diferença, não. Pode juntar as duas, Miraildes e Formiga, que dá uma pessoa só”, brinca a meio-campista, dona de uma disposição física que desmente diariamente o estereótipo de uma atleta de 38 anos.
 
São cinco participações olímpicas e duas pratas no currículo, em Atenas (2004) e Pequim (2008). Nas duas ocasiões, derrotas na decisão para a sempre forte equipe dos Estados Unidos. Como se diz no futebol, duas bolas na trave. Mas, se depender da dedicação de Formiga e de suas companheiras, o ouro virá no “quintal de casa”.
 
“Esta será a minha sexta e última Olimpíada. Estou me cuidando e me entregando 100% aos treinamentos para dar o melhor e honrar essa oportunidade de jogar dentro de casa e conseguir essa medalha de ouro tão importante para o futebol feminino do Brasil”, diz a atleta, com mais de 20 anos de serviços prestados à Seleção.
 
Formiga durante partida da Seleção Brasileira: intensidade e paixão pelo futebol são duas das marcas da atleta. Foto: Getty ImagesFormiga durante partida da Seleção Brasileira: intensidade e paixão pelo futebol são duas das marcas da atleta. Foto: Getty Images
 
A boneca virou bola
A paixão pelo futebol, segundo ela, é daquelas que não tem explicação racional, porque veio impressa no DNA. É do tipo que supera inclusive convenções machistas do que é certo ou errado para meninas. “Uma vez meu padrinho me deu uma boneca. Eu arranquei a cabeça, joguei o corpo longe e saí chutando a cabeça da boneca como se fosse bola”, recorda. “Eu não podia ver uma bola na rua que saía correndo achando que era minha”, diverte-se.
 
A característica de correr atrás incessantemente, típica de quem atua na contenção dos adversários no meio-campo, foi lapidada desde cedo. “Não nasci em berço rico, muito pelo contrário. Muitas vezes minha mãe tirava um pouco do trocado do pão e do café para que eu pudesse treinar”, diz.
 
Da mesma forma, a trajetória para ser firmar na modalidade exigiu dribles que transcendem as quatro linhas. Os irmãos não queriam que ela jogasse bola com outros garotos. “E os amigos dos meus irmãos ficavam dizendo que aquilo era feio, coisa de mulher-macho. Tinha esse lado, até porque sou a única mulher no meio de quatro irmãos. Depois de algum tempo, comecei a perceber que era mais preocupação deles”, explica. “Mas continuei jogando bola, insisti em fazer o que amo e hoje meus irmãos são orgulhosos de mim”, acrescenta.
 
O preconceito racial também já foi obstáculo superado. Para ela, a melhor resposta que já deu para um lamentável episódio foi aceitar tirar uma foto ao lado de um torcedor que a havia agredido verbalmente. “Quando o torcedor xingava a mim e a uma colega, eu pedia calma para ela. Disse para focarmos no que estava acontecendo em campo. Jogamos bem, vencemos o jogo e depois ele quis tirar foto com a gente. E eu tirei”.
 
Valéria Barbarotto
Ascom – Ministério do Esporte
Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla