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Para ministro do Esporte, integração de estruturas esportivas de alto rendimento é próximo desafio

A integração de estruturas esportivas consolidadas em todo o país para receber atletas de alto rendimento em um amplo leque de modalidades é a prioridade de gestão do governo federal para o início do ciclo olímpico rumo a Tóquio 2020. O ministro do do Esporte, Leonardo Picciani, reforçou esse conceito nesta segunda-feira (12.12), no Rio de Janeiro, durante a sexta edição do Encontro Nacional de Editores, Colunistas, Repórteres e Blogueiros (Enecob).

"O Brasil tem hoje uma rede de alto rendimento, com equipamentos de excelência por todas as regiões. Ela precisa funcionar de forma integrada e é isso que estamos buscando fazer", disse o ministro. Picciani afirmou ainda que tudo o que foi feito para o ciclo Rio 2016 resultará em melhorias permanentes. "Tenho convicção de que o Brasil terá em Tóquio 2020 um melhor resultado que no Rio, que já foi extraordinário e o melhor da nossa história em Jogos Olímpicos", afirmou.

Foto: Rafael Brais/Ministério do EsporteFoto: Rafael Brais/Ministério do Esporte

O Enecob é realizado anualmente e reúne jornalistas, autoridades políticas, esportistas e empresários de todas as regiões com o objetivo de debater temas relevantes. Picciani destacou o sucesso do Brasil como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que tirou os "pontos de interrogação" que persistiam para algumas pessoas sobre a capacidade do país em sediar megaeventos.

Neste ano, o evento tratou do legado esportivo dos Jogos Rio 2016 e contou com a presença de personalidades do esporte, como a campeã olímpica Rafaela Silva, do judô; a medalhista de bronze na maratona aquática, Poliana Okimoto; a medalhista de prata e bronze no vôlei de praia, Adriana Samuel; e o pioneiro do jiu jitsu no Brasil, Robson Gracie.

Selos

O ministro participou também do relançamento simbólico dos selos dos Jogos Rio 2016. Ao lado de Poliana Okimoto e Robson Gracie, ele obliterou as peças que trazem as imagens da tocha e dos ingressos das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos.

Ascom - Ministério do Esporte

Em sua quinta edição, Seminário Nacional de Torcidas Organizadas homenageia a Chapecoense

O 5º Seminário Nacional de Torcidas Organizadas, promovido pelo Ministério do Esporte em parceria com a Associação Nacional de Torcidas Organizadas (Anatorg), teve início neste sábado (10.12), no Rio de Janeiro, com homenagens às vítimas da queda do avião da Chapecoense. O encontro, que termina neste domingo (11.12), também debateu direitos e deveres das associações e o relacionamento com entidades públicas, principalmente com as forças de segurança.

Torcidas vestem a mesma camisa para homenagear a Chapecoense durante o seminário (Foto: Rafael Brais/ME)Torcidas vestem a mesma camisa para homenagear a Chapecoense durante o seminário (Foto: Rafael Brais/ME)

Além de torcedores de vários estados brasileiros, participaram do seminário o presidente da APFut (Autoridade Pública de Governança do Futebol), Luiz Mello; o diretor de competições da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Marcelo Vianna; o coordenador de Políticas Públicas de Juventude do Governo do Estado do Ceará, David Barros; e representantes do Instituto Nacional do Torcedor (INT).

 Os torcedores presentes ao auditório da Ferj, local do evento, puderam tratar de assuntos como segurança e organização para jogos, direitos de defesa e o estatuto do torcedor, projetos sociais e a participação das mulheres nas torcidas. O presidente da APFut, Luiz Mello, esteve pela primeira vez no seminário e elogiou o espaço de discussão, que, segundo ele, possibilita o compartilhamento de ideiais e  experiências. “Encontros como esses são muito interessantes pois reúnem várias torcidas com opiniões diferentes que, juntas, propõem soluções. Iniciativas como essas fazem com que o futebol possa alcançar todo o seu potencial”, disse Mello.

Em sua apresentação, Mello destacou a importância do Profut para o fortalecimento do futebol, que vai beneficiar todo o setor. “Tenho certeza que todos aqui querem o melhor para os seus clubes e a APFut pode auxiliar nesse novo momento do futebol brasileiro”, afirmou. “A fiscalização dos clubes que aderiram ao Profut vai criar uma nova gestão, mais transparente e democrática, e isso vai reverberar em todos os atores, inclusive nas torcidas”, completou.

Para o presidente da Anatorg, André Azevedo, a edição deste ano é um pouco diferente das outras já realizadas e privilegia a participação dos torcedores, que têm mais espaço para expor problemas e alinhar ações. “Optamos por centralizar as discussões mais com as torcidas e menos com os poderes públicos. Esse seminário é da torcida para a torcida. Vamos discutir ações para 2017”, detalhou. 

#ForçaChape

O evento prestou homenagens às vítimas da queda da aeronave da Chapecoense no final de novembro. Presente na plateia, o torcedor do time catarinense, Fernando Cásper, recebeu das mãos do vice-presidente da Anatorg, Flávio Martins, uma camiseta com a hashtag #forçachape. Nos telões foram exibidas imagens das manifestações de carinho de torcedores pelo Brasil e pelo mundo.

Em seguida, no centro do auditório, representantes das torcidas, todos com camisetas personalizadas, se reuniram e entoaram o já famoso “vamo, vamo Chapê”. “Tudo o que aconteceu nos últimos dias nos permitiu uma reflexão. Em 25 anos nessa área, nunca tinha visto um movimento como o que aconteceu para homenagear a Chapecoense. Foi uma mobilização mundial”, afirmou Martins, conhecido como Frajola.

Vindo de Chapecó e morador das proximidades da Arena Condá, Fernando Cásper é integrante da Torcida Jovem e acompanha os jogos da Chape desde menino. Ele relatou a sua relação com o time da sua cidade e o quão surpreso ficou com a homenagem que recebeu no seminário.

“Lá todo mundo se conhece, tem um clima familiar e eu sempre encontro os jogadores nas ruas, supermercado ou na praça brincando com os filhos”, comentou, referindo-se a Chapecó, município catarinense de cerca de 200 mil habitantes. “Não imaginava isso (a homenagem). Foi legal demais, uma emoção muito grande. Chorei pra caramba”, relatou.

Rafael Brais – Ascom/ME

Petrúcio Ferreira e Silvânia Costa levam o Prêmio Paralímpicos

Carro-chefe da melhor participação brasileira na história dos Jogos Paralímpicos, o atletismo ficou com os dois principais prêmios da noite de homenagens realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) nesta quarta-feira (7.12) no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. O velocista Petrúcio Ferreira e a saltadora Silvânia Costa foram eleitos, por voto popular, os melhores atletas de 2016.

Fotos: Alaor Filho/CPB e Danilo Borges/brasil2016.gov.brFotos: Alaor Filho/CPB e Danilo Borges/brasil2016.gov.br

Petrúcio concorria com o multimedalhista da natação Daniel Dias e com Jefinho, um dos artilheiros do futebol de cinco na campanha que rendeu à equipe nacional o tetracampeonato paralímpico. Silvânia tinha como "rivais" Shirlene Coelho, campeã paralímpica no arremesso de dardo na Rio 2016, e Evani Calado, da equipe de ouro da bocha.

O paraibano, em apenas dois anos de carreira, já foi campeão paralímpico dos 100m nos Jogos Rio 2016 (com direito à quebra do recorde mundial com 10s57 e é o atual recordista mundial dos 100m e nos 200m na categoria T47, para atletas com amputação nos membros superiores. Bastante emocionado, ele teve de respirar fundo duas vezes para conseguir discursar.

"Estou feliz demais por voltar a Rio com mais essa conquista. Desde que comecei eu queria representar minha bandeira. E tive esse sonho realizado em casa, no Rio. Saio com a sensação de dever cumprido. Gostaria de agradecer a meu treinador, que está comigo desde o início. Não só ele, mas todos os treinadores são fundamentais para essas conquistas", afirmou o velocista.

Silvânia, que já havia recebido o prêmio de melhor do ano em 2015, é a atual recordista mundial do salto em distância e faturou o ouro nos Jogos Rio 2016. "Não vou citar nomes porque sempre esqueço alguém, mas só em palavras. Os sentimentos por todos estão em meu coração. Eu só quero dizer que em 2016 tive todos os sonhos realizados. Recorde brasileiro, recorde das Américas, ouro no Rio e mais esse prêmio. O que mais me motiva e incentiva é a companhia dos amigos, patrocinadores, do Ministério do Esporte e do Comitê Paralímpico Brasileiro. Todos me deram força e motivação. Que venha Tóquio, 2020, no Japão", disse a atleta, que compete na categoria F11, para deficientes visuais. 

A cerimônia, que também premiou os melhores atletas em cada uma das modalidades, além de técnicos e revelações, também reservou espaço para duas homenagens especiais. O nadador Clodoaldo Silva, que encerrou a carreira nos Jogos Rio 2016, recebeu o Troféu Aldo Miccolis, reservado a personalidades que contribuem para o desenvolvimento do esporte paralímpico. Clodoaldo acumulou 14 pódios paralímpicos entre os Jogos de Sydney, em 2000, e os do Rio, em 2016. E, no último ato do evento, a ex-atleta Márcia Malsar recebeu de presente a tocha paralímpica. Com um ouro, duas pratas e um bronze no atletismo entre os Jogos de 1984 e 1988, a atleta chamou a atenção do mundo na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 ao cair, se levantar e ir até o fim na condução da fase final do revezamento da tocha, já dentro do Maracanã.

"Aquela cena da Márcia deu um nó na garganta de todos. Emocionou o mundo inteiro. Mas ela saiu daquela cerimônia sem a tocha. Estamos aqui corrigindo esse erro em nome de todos os atletas à mais digna representante de uma geração que não tinha as condições que hoje os atletas paralímpicos têm", afirmou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons. "Muita gente acha que a gente não é capaz, mas nós somos capazes, sim. Lutem por isso", afirmou Márcia. 

Relembre as conquistas brasileiras nos Jogos Paralímpicos Rio 2016Relembre as conquistas brasileiras nos Jogos Paralímpicos Rio 2016

Referência

Para o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, a homenagem aos atletas paralímpicos é ainda mais justa diante da campanha histórica do Brasil nos Jogos Rio 2016. "O esporte paralímpico brasileiro comemora o extraordinário que obteve no Rio 2016 homenageando a todos os que obtiveram grandes resultados e os que foram fundamentais para esse desempenho. É um prêmio que dignifica, honra e reforça o compromisso de todos nós com o desenvolvimento dos atletas e do desporto paralímpico". 

No Rio 2016, a delegação nacional conquistou 72 medalhas (14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes) em 13 modalidades (sete a mais do que nos Jogos de Londres-2012). Noventa e três recordes pessoais, 35 recordes das Américas, 10 recordes paralímpicos e cinco recordes mundiais foram batidos pelos atletas brasileiros. Enquanto 42 atletas foram medalhistas em Londres 2012, 113 subiram ao pódio no Rio. Destes, 15 tinham menos de 23 anos. O Brasil terminou a competição na oitava colocação no quadro geral de medalhas.

Participaram do processo de escolha dos melhores atletas de cada modalidade integrantes da diretoria do CPB, da chefia técnica do Comitê e das confederações esportivas.


Confira a lista completa dos vencedores

Atletismo – Petrúcio Ferreira
Data e local de nascimento: 07/10/1997, São José do Brejo do Cruz/PB
Classe: T47
Principais conquistas em 2016: ouro nos 100m, prata nos 400m e no revezamento 4x100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Petrúcio é um fenômeno das pistas. O atleta sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo. Petrúcio gostava de jogar futsal e sempre foi muito rápido. A velocidade chamou a atenção de um treinador. O paraibano, em apenas dois anos de carreira, já foi campeão paralímpico dos 100m nos Jogos Rio 2016 (com direito à quebra do recorde mundial com o tempo de 10s57). Hoje é o atual recordista mundial dos 100m e nos 200m.

Basquete em cadeira de rodas – Marcos Cândido Sanches da Silva
Data e local de nascimento: 20/07/1982, Belo Horizonte/MG
Classe: 3.0
Principais conquistas em 2016: ouro no Campeonato Sul-Americano e no Campeonato Paulista; 5º lugar nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Marcos foi atropelado aos onze anos e teve suas duas pernas amputadas. No processo de reabilitação, conheceu o basquete em cadeira de rodas. Um ano depois, ingressou de vez na modalidade e evoluiu ao longo do tempo. Em 2016, conquistou o 5º lugar nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 com a Seleção Brasileira. Além disso, conquistou o tetracampeonato no Campeonato Sul-Americano. No Campeonato Paulista, o mineiro foi o cestinha do torneio pelo seu clube.

Bocha – Evani Calado
Data e local de nascimento: 29/11/1989, Garanhuns/PE
Classe: BC3
Principal conquista em 2016: ouro por equipe nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Evani teve paralisia cerebral causada por falta de oxigênio na hora do parto. Com 20 anos e cursando o primeiro semestre de Publicidade e Propaganda, a atleta conheceu a bocha em um projeto da universidade. Depois disso, foi crescendo e construindo seu espaço dentro da modalidade em âmbito nacional. Em 2016, se consagrou campeã paralímpica por equipe na classe BC3.

Canoagem – Caio Ribeiro
Data e local de nascimento: 17/02/1986, Rio de Janeiro/RJ
Classe: KL3
Principal conquista em 2016: bronze nos 200m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Caio sempre esteve ligado ao esporte. Antes de sofrer um acidente de moto que resultou na amputação de uma perna, já havia participado de competições de atletismo e jogado futebol profissional na América do Norte. Em 2016, o canoísta entrou para a história da modalidade ao conquistar a primeira medalha do país em Paralimpíadas. O atleta chegou em 3º na prova do caiaque 200m KL3.

Ciclismo – Lauro Chaman
Data e local de nascimento: 25/06/1987, Araraquara/SP
Classe: C5
Principais conquistas em 2016: prata na prova de resistência e bronze no contrarrelógio nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro na prova de resistência e no contrarrelógio na Copa do Mundo da Bélgica
Lauro nasceu com o pé esquerdo virado para trás. O atleta passou por cirurgia para corrigir o problema, mas o procedimento o fez perder a movimentação do tornozelo e, por isso, teve atrofia na panturrilha. Aos 13, começou a competir em provas de mountain bike contra atletas sem deficiência. Aos 19, passou a competir entre os paralímpicos no ciclismo de estrada e pista. Em 2016, o ciclista entrou para a história ao conquistar as primeiras medalhas do Brasil na modalidade em Jogos Paralímpicos.

Esgrima em cadeira de rodas – Jovane Guissone
Data e local de nascimento: 11/03/1983, Barros Cassal/RS
Classe: B
Principais conquistas em 2016: prata na espada na Copa do Mundo na Hungria; ouro no florete no Regional das Américas de São Paulo
Primeiro brasileiro a conquistar medalha numa competição internacional da modalidade, Jovane começou na esgrima em 2008. O gaúcho, que perdeu o movimento das pernas ao ser atingido por um tiro, após reagir a um assalto, em dezembro de 2004, conquistou a inédita medalha de ouro em sua primeira Paralimpíadas, em Londres-2012. Em 2016, obteve o melhor resultado individual da Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, além da prata na Copa do Mundo da Hungria.

Futebol de 5 – Jeferson Gonçalves
Data e local de nascimento: 05/10/1989, Candeiras/BA
Posição: Ala direita
Principal conquista em 2016: ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Um glaucoma ocasionou a perda total da visão do jogador quando ele tinha apenas sete anos. Jefinho começou na natação, passou pelo atletismo, mas se encontrou no futebol de 5, aos doze anos. Em 2010, foi eleito o melhor jogador do mundo. Em 2016, pelo seu clube, foi campeão da Copa Brasil de Futebol de 5, marcando os dois gols da final. Com a Seleção Brasileira, o atleta foi campeão e artilheiro com três gols nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Futebol de 7 – Leandro do Amaral
Data e local de nascimento: 01/04/1993, Nova Andradina/MS
Classe: 7
Principal conquista em 2016: bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
A paralisia cerebral de Leandrinho é decorrente de complicações no momento do parto. Chegou a tentar a carreira no futebol profissional, mas se firmou mesmo no futebol de 7 a convite de um treinador que dirigia a AADD/MS na época. Em 2016, o atleta conquistou o bronze com a Seleção Brasileira, marcando os três gols da disputa pelo terceiro lugar nas Paralimpíadas do Rio. A partida foi contra a Holanda.

Goaball – Leomon Moreno
Data e local de nascimento: 21/08/1993, Brasília/DF
Classe: B1
Principal conquista em 2016: bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Leomon nasceu com retinose pigmentar. O jovem, que já conquistou medalhas representando o Distrito Federal no futebol de 5 e no atletismo, conheceu o goalball aos sete anos, por meio dos irmãos mais velhos, que já praticavam a modalidade. Aos 14, passou a integrar a equipe masculina de goalball do Brasil. Em 2016, conquistou o bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio, sendo o vice artilheiro da competição, com 27 gols.

Halterofilismo – Evânio Rodrigues
Data e local de nascimento: 02/09/1984, Cícero Dantas/BA
Classe: até 88kg
Principal conquista em 2016: prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Evânio tem um encurtamento na perna direita causado por sequela de poliomielite. Em 2010, a convite de um amigo, começou a praticar o halterofilismo. Em 2016, o atleta se consagrou com a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos, com a incrível marca de 210kg, batendo o recorde brasileiro. A medalha do baiano foi a primeira da história do halterofilismo brasileiro em Paralimpíadas.

Hipismo – Sérgio Oliva
Data e local de nascimento: 17/08/1982, Brasília/DF
Classe: IA
Principais conquistas em 2016: dois bronzes nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Sérgio nasceu com paralisia cerebral por falta de oxigenação. Em 1989, começou no hipismo como forma de terapia. Aos 13, tropeçou na saída do edifício onde morava e caiu na vidraça da portaria, cortando-se com os estilhaços. O acidente lesionou os nervos na altura das axilas e Sérgio perdeu os movimentos do braço direito. Voltou a praticar o hipismo em 2002, nas provas de salto e adestramento, onde ficou até 2005, quando optou apenas pelo adestramento. Em sua terceira participação em Paralimpíadas, o atleta conquistou duas medalhas de bronze, nas provas Individual Test e Freestyle.

Judô – Alana Maldonado
Data e local de nascimento: 27/07/1995, Tupã/SP
Classe: até 70kg
Principal conquista em 2016: prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Alana foi diagnosticada com a doença de Stargardt aos 14 anos. Já praticava o judô desde os quatro, mas, somente em 2014, quando entrou na faculdade, começou no judô paralímpico. Com apenas 21 anos, a judoca chegou a uma final paralímpica logo em sua primeira participação em Jogos Paralímpicos e conquistou a prata na categoria até 70kg. Em 2016, ela já havia conquistado ouro no Open Internacional da Alemanha e dois ouros em Grand Prix Internacionais.

Natação – Daniel Dias
Data e local de nascimento: 24/05/1988, Campinas/SP
Classe: S5
Principais conquistas em 2016: quatro ouros, três pratas e dois bronzes nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Daniel nasceu com má formação congênita dos membros superiores e perna direita. Apaixonado por esportes, descobriu o paradesporto ao assistir pela TV o nadador Clodoaldo Silva nas Paralimpíadas de Atenas-2004. Destaque em competições desde 2006, época do seu primeiro Mundial, Daniel já recebeu o troféu Laureus três vezes: 2009, 2013 e 2016. Nos Jogos Paralímpicos do Rio, conquistou medalhas em todas as provas que disputou. Hoje, é o maior medalhista masculino da natação em Jogos.

Remo – Cláudia Cícero
Data e local de nascimento: 04/08/1977, Carapicuíba/SP
Classe: AS | Skiff – ASW1x
Principal conquista em 2016: bronze no Skiff ASW1x na Regata Gavirate
Cláudia foi atropelada em 2000, na Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, e precisou amputar a perna direita por completo. Em 2005, a atleta começou a praticar natação. Dois anos depois, conheceu o remo e, em oito meses de treino, participou do Mundial de Munique, onde conquistou a medalha de ouro. Em 2016, fez uma ótima participação nos Jogos Paralímpicos do Rio, finalizando a prova em 6º lugar na categoria ASW1x.

Rúbgi em cadeira de rodas – Julio César Braz
Data e local de nascimento: 29/04/1991, Mesquita/RJ
Classe: 3.0
Principais conquistas em 2016: ouro no Campeonato Brasileiro e na Copa Brasil
Julio nasceu com uma má formação congênita que afetou seus membros inferiores e seu membro superior direito. O atleta iniciou na atividade esportiva com a natação e, depois, passou para o handebol em cadeira de rodas. Disputando um campeonato brasileiro da modalidade, descobriu o rugby em CR. Foi neste esporte que se encontrou e conquistou títulos em âmbito nacional. Em 2016, foi campeão brasileiro pelo seu clube, sendo considerado o melhor atleta brasileiro de sua classe.

Tênis de Mesa – Israel Stroh
Data e local de nascimento: 03/09/1986, em Santos/SP
Classe: 7
Principal conquista em 2016: prata no individual nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Israel sofreu uma paralisia cerebral causada por falta de oxigênio na hora do parto e teve os movimentos dos braços e pernas comprometidos. Começou a se dedicar ao tênis de mesa aos 14 anos. Porém, o paulista só descobriu a limitação causada pela paralisia cerebral aos 25. Depois disso, voltou a praticar a modalidade, passou por classificação funcional e começou a competir no esporte paralímpico. Em 2016, conquistou a prata nos Jogos Paralímpicos do Rio e alcançou o melhor resultado individual da história do tênis de mesa paralímpico. Hoje é o 6º do ranking mundial.

Tênis em cadeira de rodas – Ymanitu Geon
Data e local de nascimento: 23/04/1983, Tijucas/SC
Classe: Quad
Principal conquista em 2016: ouro nas simples na Copa Guga Kuerten
Ymanitu sofreu um acidente de carro em 2007 e ficou tetraplégico. Durante a reabilitação, conheceu o tênis em CR e se encantou, passando a dedicar-se profissionalmente à modalidade. Em 2016, foi o primeiro brasileiro da modalidade a garantir participação nos Jogos Paralímpicos do Rio, terminando a competição em 5º lugar. Atualmente é 14º do mundo no ranking de simples da ITF.

Tiro com Arco – Luciano Rezende
Data e Local de nascimento: 05/08/1978, Balsas/MA
Classe: Standing (ARST)
Principal conquista em 2016: ouro no arco recurvo no Open Indoor, nos EUA
Uma lesão congênita na espinha prejudicou os movimentos das pernas de Luciano. O arqueiro praticou natação dos 13 aos 20 anos. Em 2008, conheceu o tiro com arco e encontrou sua vocação esportiva. Em 2016, obteve o melhor resultado individual da Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos do Rio, terminando a prova do arco recurvo em 4º lugar, melhor resultado do Brasil na modalidade em Paralimpíadas. Atualmente, é o 1º do ranking brasileiro no arco recurvo.

Tiro Esportivo – Geraldo Von Rosenthal
Data e local de nascimento: 13/02/1975, Campo Bom/RS
Classe: SH1 e SH2
Principais conquistas em 2016: ouro na pistola de ar na Copa do Mundo em Bangkok; prata na pistola de Ar no Open de Hannover e na pistola de ar e pistola sport no Open de Benning.
Desde criança Geraldo tem gosto pelo tiro esportivo. Começou a praticar a modalidade profissionalmente em 2007, após um convite do também atleta Carlos Garletti. A partir de então, conquistou várias medalhas em Copas do Mundo e Opens. É recordista das Américas na P4, além de recordista brasileiro na P1, P3 e P5. Em 2016, conquistou a medalha de ouro na Copa do Mundo de Bangkok e terminou em 15º nas provas de pistola de ar (P1) e pistola sport (P3) nos Jogos Paralímpicos do Rio.

Triatlo – Fernando Aranha
Data e local de nascimento: 10/04/1978, São Paulo/SP
Classe: PT1
Principais conquistas em 2016: prata no Campeonato Mundial de Yokohoma e no Pan-Americano de Sarasota
Fernando teve paralisia infantil aos três anos, quando perdeu o controle muscular total da perna direita e parcial da perna esquerda. O atleta iniciou sua vida esportiva no basquete em CR, depois passou pelo atletismo e pelo ciclismo. Em 2011, ingressou no triatlo, modalidade que abraçou. Em 2016, conquistou o 2º lugar no Campeonato Pan-Americano de Triatlo nos EUA e na Etapa do Campeonato Mundial no Japão. Nos Jogos Rio 2016, ficou em 7º lugar, sendo a melhor participação brasileira em Paralimpíadas.

Vela Adaptada – Marinalva de Almeida
Data e local de nascimento: 27/09/1977, Santa Isabel do Ivaí/PR
Classe: Proeira da SKUD-18
Principais conquistas em 2016: bronze na Welcome to Rio Regata e ouro no Campeonato Brasileiro
Marinalva sofreu um acidente de moto quando tinha 15 anos, o que causou a amputação da perna esquerda. Sua carreira no paradesporto começou no atletismo, onde se destacou quebrando recordes brasileiros no salto em distância e no arremesso de dardo. Em 2013, conheceu a vela e passou a ser companheira de Bruno Landgraf. Em 2016, a atleta conquistou o 8º lugar na prova Skud nos Jogos Paralímpicos do Rio.

Vôlei Sentado – Frederico Doria de Souza
Data e local de nascimento: 13/05/1972, Niterói/RJ
Posição: ponta
Principal conquista em 2016: prata no Torneio Intercontinental em Anji
Por quase duas décadas, a praia foi a casa de Fred. O atleta rodou o mundo jogando no Circuito Mundial, fez carreira na liga americana das areias e foi coroado "Rei da Praia" em 2000. Em 2008, sofreu uma lesão no joelho esquerdo que ocasionou uma instabilidade articular. Por meio de um amigo da ANDEF, conheceu o vôlei sentado, fez o teste para entrar na equipe e, em 2013, começou a competir. Em 2016, conquistou o 4º lugar com a Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos do Rio, sendo o maior pontuador do Brasil na competição.

Atleta revelação - Fábio Bordignon
Data e local de nascimento: 20/06/1992, Duque de Caxias/RJ
Classe: T35
Principais Conquistas em 2016: prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
Fábio teve paralisia cerebral na hora do parto, por falta de oxigenação no cérebro. Ele ficou com alguns movimentos descoordenados nos membros inferiores e no membro superior esquerdo. Foi atleta de futebol de 7 até
2014, e no ano seguinte, migrou para o atletismo. Em pouco tempo se tornou uma grande revelação do atletismo e na sua primeira Paralimpíada conquistou duas medalhas de prata nos 100 e 200m da classe T35.

Melhor técnico de esporte coletivo - Fábio Luiz Ribeiro de Vasconcelos
Data e local de nascimento: 22/07/1974, Campina Grande/PB
Formado em Educação Física, o paraibano conheceu a modalidade na faculdade, após assistir uma partida de futebol de 5. Interessou-se pelo esporte e começou a jogar como goleiro na equipe APADEVI. Fábio foi goleiro da Seleção Brasileira por quase dez anos, quando conquistou três ouros em Jogos Paralímpicos e um Mundial. Em 2013, aceitou o convite da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais - CBDV, para assumir o cargo de treinador. Em 2016, nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, Fábio liderou a equipe no tetracampeonato que conquistou o ouro de maneira invicta.

Melhor técnico de esporte individual - Amaury Veríssimo
Data e local de nascimento: 27/01/1956, Assis/SP
Ainda criança, Amaury se destacava nas aulas de educação física quando era dia de corrida. O bom desempenho o fez seguir carreira no atletismo, mas a falta de estrutura e de patrocínio da época fizeram com que ele deixasse de competir aos 30 anos. No entanto, jamais abandonou as pistas. Traçou uma trajetória brilhante como Profissional de Educação Física. Começou como auxiliar, foi ganhando experiência, fez curso de pós-graduação e inúmeros cursos de aprimoramento. Hoje é referência mundial no Atletismo Paralímpico e treina os maiores nomes do Atletismo Paralímpico Nacional. Técnico com 30 anos de experiência, cuidou da modalidade com maior número de medalhas dos Jogos Rio-2016.

Personalidade Paralímpica - Eduardo Paes
Eduardo da Costa Paes, natural do Rio de Janeiro, começou cedo na vida política, aos 23 anos, como Subprefeito da Zona Oeste I. Advogado de formação, foi eleito vereador quatro anos depois. Em 1998, foi eleito Deputado Federal, onde ficou por dois mandatos. Dez anos depois, assumiu a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, mesmo ano em que a cidade foi escolhida como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Durante seu segundo mandato como prefeito foram realizados os Jogos Rio-2016. Os eventos foram responsáveis por impulsionar empreendimentos e transformar a cidade, com obras de mobilidade e de infraestrutura.

Fontes: brasil2016.gov.br e Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) 

 

Chapecoenses se despedem de seus heróis

O sábado amanheceu cinzento e chuvoso, clima que provavelmente não levaria milhares de pessoas a saírem de suas casas. Mas não foi o que ocorreu neste 3 de dezembro, em Chapecó (SC). Desde as primeiras horas do dia, torcedores e dezenas de jornalistas aguardavam no aeroporto municipal da cidade catarinense os corpos de 50 vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas, entre elas grande parte da delegação da Chapecoense, convidados do clube e profissionais de imprensa.

Muitos dos familiares compareceram ao aeroporto para acompanhar a chegada das urnas e foram recebidos pelo Presidente da República, Michel Temer, pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e outras autoridades em uma cerimônia exclusiva antes da aterrissagem dos dois aviões C-130 Hércules vindos de Medellín, na Colômbia.

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

O primeiro avião da Força Aérea Brasileira pousou por volta das 9h30. A segunda aeronave, minutos depois. O trajeto de cada caixão do avião aos caminhões era feito por seis homens do exército brasileiro. No caminho, eles passavam por um tapete vermelho num corredor ladeado por militares. Os aplausos eram ouvidos em todo o tempo, ainda que sob lágrimas. Houve salva de tiros de canhões.

Os caixões seguiram em cortejo em carretas abertas nas laterais até a Arena Condá. Durante todo o trajeto, a população da cidade rendia homenagens às vítimas em faixas, fotos, bandeiras, cânticos e silêncio reverente.

“É a revelação da solidariedade do povo brasileiro num momento tão triste como esse, em torno do drama que cercou Chapecó, Santa Catarina e o Brasil”, afirmou o presidente da República, Michel Temer. Ele reiterou os agradecimentos ao povo e ao governo colombiano pela solidariedade demonstrada e também pelo apoio e facilitação no traslado dos corpos. Temer também seguiu até a Arena Condá para o velório coletivo.

Por volta das 12h30, em meio a um ambiente tomado pela emoção, o cortejo chegou ao local do velório, onde milhares de torcedores e outros familiares já esperavam debaixo da forte chuva que insistia em cair. “A gente fica sem palavras. É uma cidade, uma nação que chora junto. A gente jamais imaginava que isso pudesse acontecer. Estamos muito tristes”, disse a torcedora Sirlei Veiga, que fez questão de ficar no estádio do início ao fim com a família como forma de agradecimento e respeito ao time do coração.

Autoridades e personalidades estiveram presentes durante todo o velório coletivo e acompanharam, juntamente aos familiares, a programação de homenagens. “Não tenho palavras para descrever este momento. É um dos mais tristes da minha vida”, disse o coordenador técnico de futebol da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Edu Gaspar.

Várias personalidades do futebol participaram, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, os jogadores Seedorf e Puyol, o técnico da seleção brasileira, Tite, e o secretário-geral da CBF, Walter Feldman. Outros atletas que jogam em clubes nacionais e internacionais homenagearam a Chape em um vídeo que foi exibido ao público durante a cerimônia.

"Quero deixar aqui um abraço solidário de todo o mundo do futebol e dizer que a Fifa está do vosso lado, não só hoje mas sempre. Força Chape, somos todos brasileiros, somos todos chapecoenses", disse Infantino.

Aviões C-130 Hércules, da FAB, fizeram o traslado dos corpos da Colômbia até Chapecó. Foto: Beto Barata/PRAviões C-130 Hércules, da FAB, fizeram o traslado dos corpos da Colômbia até Chapecó. Foto: Beto Barata/PR

Vaticano

O Papa Francisco enviou uma mensagem que foi lida durante a cerimônia pelo bispo de Chapecó, dom Odelir Magri. "Consternado pela trágica notícia do acidente na Colômbia, o Papa pede que sejam transmitidas suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados. Ao mesmo tempo, pede ao céu conforto e restabelecimento para os sobreviventes e coragem e consolação para todos os atingidos pela tragédia", afirmou Magri.

Um dos momentos mais emocionantes ocorreu ao fim do funeral, quando, abraçadas, as famílias deram uma volta no campo levando fotos de seus entes falecidos para agradecer aos torcedores que se mantiveram presentes na arena desde a madrugada da última terça-feira, data do acidente na Colômbia.

Dos 50 corpos, 15 seguiriam em um avião da FAB para o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e de lá seriam distribuídos para outras cidades e outros estados onde seriam enterrados. Os demais serão sepultados em Chapecó ou na região sul do país.

Ao todo, 71 pessoas morreram no acidente, que ocorreu na madrugada da última terça-feira (29.11). Seis pessoas sobreviveram e estão em recuperação na Colômbia: três jogadores, um jornalista e dois tripulantes. O voo da empresa Lamia seguia de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, para Medellín, na Colômbia, e caiu momentos antes da aterrissagem.

A equipe da Chapecoense disputaria, na quarta-feira (30.11), a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, de Medellín. No dia e na hora da partida, o estádio em Medellín recebeu uma multidão de colombianos, nas arquibancadas e nos arredores da arena. Eles renderam homenagens à equipe brasileira e entoaram cânticos de apoio. O Atlético Nacional solicitou à Conmebol que o título do torneio fosse entregue à Chapecoense.

Valéria Barbarotto - Ascom, com informações da Agência Brasil e do Portal do Planalto 

Ministro do Esporte visita bairro carioca Rio das Pedras no Dia Nacional de Combate ao Mosquito

Na cidade do Rio de Janeiro, Rio das Pedras foi o bairro escolhido para as atividades do Dia Nacional de Combate ao Mosquito, nesta sexta-feira (2.12), uma campanha em todo o país para intensificar a atuação contra o transmissor de dengue, zika e chikungunya, o mosquito Aedes aegypti. O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ao lado de representantes dos governos estadual e municipal, visitou uma clínica, uma escola e ruas da região, alertando a população sobre a importância da eliminação de focos do inseto. 

“O governo federal está aqui com o governo do estado e a prefeitura do Rio de Janeiro em uma ação que ocorre simultaneamente em todos os estados brasileiros para conscientizar sobre a necessidade de se combater o mosquito Aedes aegypti. Essa luta depende da participação de todos, porque quase 70% dos focos estão nas casas das pessoas. Se cada um tirar uma horinha, uma vez por semana para cuidar, toda a população estará mais segura. Apenas assim é possível sucesso no combate ao mosquito, com a participação de todos”, ressaltou Picciani.

A visita da comitiva teve início na Clínica da Família Helena Besserman Vianna, onde o ministro cumprimentou agentes de saúde e atletas que participaram para dar força ao movimento. Ramon Ferreira, atleta do vôlei de praia que cresceu bem perto dali, estava entusiasmado. “Voltar e mostrar para essas crianças e para a comunidade a importância dessa ação é muito legal. Estou muito feliz de estar aqui nesta ação contra o Aedes aegypti. Todos juntos contra o mosquito!”, declarou Ramon.

Em seguida, Leonardo Picciani foi à Escola Municipal Rio das Pedras, onde entregou as chaves de 10 viaturas que farão parte das ações ostensivas na luta contra o mosquito. No pátio central, cerca de 100 crianças ouviram do ministro e de atletas conselhos para evitar a formação de criadouros do Aedes.

Para a diretora da escola, Rogéria Monteiro, nada como vivenciar o que sempre foi dito nas aulas de ciências. “Os alunos puderam participar e ver de perto o que tanto se trabalha em sala de aula, conscientizando-se as famílias com reuniões, atividades para mostrar a eles que o combate ao mosquito não é tarefa do governo, do outro, mas, sim, de cada um de nós. Para os alunos, ver os atletas presentes e falando sobre isso e dando o exemplo também significou muito”, afirmou. 

Depois da escola, ministro, secretários e atletas caminharam pelas ruas de Rio das Pedras e visitaram algumas residências, à procura de possíveis criadouros, ensinando sobre formas de eliminá-los.  “Eu não tenho água acumulada na minha casa. Eu nunca tive dengue e espero não pegar, porque eu me cuido e faço a minha parte”, disse Maria Helena de Castro, 61 anos, moradora do bairro. 

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

Campanha

Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e a associação com os casos de malformações neurológicas, no segundo semestre de 2015, o governo federal tem tratado o tema como prioridade. Por isso, no final do ano passado, foi criada a Sala Nacional de Coordenação e Controle, além de 27 Salas Estaduais e 1.821 Salas Municipais, com o objetivo de gerenciar e monitorar as iniciativas de mobilização e combate ao vetor, bem como a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A Sala Nacional é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com a presença dos integrantes de nove pastas federais.

Cabe a esse grupo definir diretrizes para intensificar a mobilização e o combate ao mosquito Aedes aegypti em todo território nacional, além de consolidar e divulgar informações sobre as ações e os resultados obtidos. Também faz parte das diretrizes coordenar as ações dos órgãos federais, como a disponibilização de recursos humanos, insumos, equipamentos e apoio técnico e logístico, em articulação com órgãos estaduais, distritais, municipais e entes privados envolvidos.

A nova campanha do Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. “Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha, veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbano (ponto de ônibus e outdoor) no período de 24 de novembro a 23 de dezembro. A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências da omissão.

Casos no Rio de Janeiro

Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, feito pelo Ministério da Saúde, em conjunto com os municípios, aponta que 20 cidades encontram-se em situação de alerta ou risco de surto de dengue, chikungunya e zika no estado do Rio de Janeiro. Desse total, o município de Santo Antônio de Pádua está em risco. Mais 19 aparecem em alerta e 55 estão em situação satisfatória. A capital fluminense está em situação satisfatória. No Brasil todo, LIRAa aponta 855 cidades em situação de risco. O levantamento é fundamental para orientar as ações de controle das três doenças. 

Galeria de fotos

Combate ao MosquitoCombate ao Mosquito

 

Emília Andrade, do Rio de Janeiro


Ascom – Ministério do Esporte

Atletas, dirigentes e jornalistas são homenageados com a Cruz e a Medalha do Mérito Desportivo

O Diário Oficial da União, em edição extra desta sexta-feira (02.12), traz a publicação da concessão da Cruz e da Medalha do Mérito Desportivo à Associação Chapecoense de Futebol e aos atletas, integrantes da comissão técnica, dirigentes e jornalistas que estavam no avião que sofreu o trágico acidente de 28 de novembro, quando a equipe catarinense se dirigia a Medellín, na Colômbia, para disputar a final da Copa Sul-Americana.

Instituída pelo Decreto nº 36.328, de 15 de outubro de 1954, a Cruz e a Medalha são concedidas a brasileiros e estrangeiros que tenham se tornado merecedores de alta distinção no âmbito esportivo.

Agradecimento à Colômbia

O presidente da República, Michel Temer, aceitou sugestão do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e vai prestar a homenagem também ao Atlético Nacional de Medellín. Será uma forma de agradecer a todo o povo colombiano pela solidariedade que teve com as vítimas do acidente e ao clube pelo gesto de oferecer o título da Copa Sul-Americana à Chapecoense.

Temer e Picciani estarão no aeroporto de Chapecó na manhã deste sábado para receber os aviões da FAB que transportam os corpos das vítimas do acidente aéreo. A homenagem com as condecorações acontecerá no próprio aeroporto, antes do velório coletivo marcado para a Arena Condá, estádio da Chapecoense. 

» Confira a edição extra do Diário Oficial da União

Veja a lista dos homenageados: 

Atletas

AÍLTON CESAR JUNIOR ALVES DA SILVA; in memorian;
ALAN LUCIANO RUSCHEL;
ANANIAS ELOI CASTRO MONTEIRO; in memorian;
ARTHUR BRASIALIANO MAIA; in memorian;
BRUNO RANGEL DOMINGUES; in memorian;
CLEBER SANTANA LOUREIRO; in memorian;
DENER ASSUNÇÃO BRAZ; in memorian;
EVERTON KEMPES DOS SANTOS GONÇALVES; in memorian;
FILIPE JOSÉ MACHADO; in memorian;
GUILHERME GIMENEZ DE SOUZA; in memorian;
HÉLIO HERMITO ZAMPIER NETO;
JAKSON RAGNAR FOLLMANN;
JOSÉ PAIVA; in memorian;
JOSIMAR ROSADO DA SILVA TAVARES; in memorian;
LUCAS GOMES DA SILVA; in memorian;
MARCELO AUGUSTO MATHIAS DA SILVA; in memorian;
MARCOS DANILO PADILHA; in memorian;
MATEUS LUCENA DOS SANTOS; in memorian;
MATHEUS BITENCOURT DA SILVA; in memorian;
SÉRGIO MANOEL BARBOSA SANTOS; in memorian;
TIAGO DA ROCHA VIEIRA ALVES; in memorian; e
WILLIAM THIEGO DE JESUS; in memorian;

Comissão técnica

ADRIANO WULFF BITENCOURT; in memorian;
ANDERSON DONIZETTE; in memorian;
ANDERSON ROBERTO MARTINS; in memorian;
ANDERSON RODRIGUES PAIXÃO ARAÚJO; in memorian;
CLEBERSON FERNANDO DA SILVA; in memorian;
EDUARDO DE CASTRO FILHO; in memorian;
EDUARDO LUÍZ PREUSS; in memorian;
GILBERTO PACE THOMAS; in memorian;
LUIZ CARLOS SAROLI (CAIO JÚNIOR); in memorian;
LUIZ CEZAR MARTINS CUNHA; in memorian;
LUIZ FELIPE GROHS; in memorian;
MARCIO BESTENE KOURY; in memorian;
RAFAEL CORREA GOBBATO; in memorian; e
SÉRGIO LUIS FERREIRA DE JESUS; in memorian;

Dirigentes

DAVÍ BARELA DÁVI; in memorian;
DECIO SEBASTIÃO BURTET FILHO; in memorian;
DELFIM PÁDUA PEIXOTO FILHO; in memorian;
EDIR FÉLIX DE MARCO; in memorian;
EMERSSON FABIO DI DOMENICO; in memorian;
JANDIR BORDIGNON; in memorian;
MAURO DAL BELLO; in memorian;
MAURO LUIZ STUMPF; in memorian;
NILSON FOLLE JUNIOR; in memorian;
RICARDO PHILIPPI PORTO; in memorian; e
SANDRO LUIZ PALLAORO; in memorian;

Imprensa

ANDRÉ PODIACKI; in memorian;
ARI FERREIRA DE ARAÚJO JÚNIOR; in memorian;
BRUNO MAURI DA SILVA; in memorian;
DEVAIR PASCHOALON; in memorian;
DJALMA ARAÚJO NETO; in memorian;
DOUGLAS DORNELES; in memorian;
EDSON EBELINY; in memorian;
FERNANDO SCHARDONG; in memorian;
GELSON GALIOTTO; in memorian;
GIOVANE KLEIN VICTÓRIA; in memorian;
GUILHERME MARQUES; in memorian;
GUILHERME VAN DER LAARS; in memorian;
JACIR BIAVATTI; in memorian;
LAION ESPÍNDOLA; in memorian;
LILACIO PEREIRA JUNIOR; in memorian;
MÁRIO SÉRGIO; in memorian;
PAULO JULIO CLEMENT; in memorian;
RAFAEL HENZEL;
RENAN AGNOLIN; in memorian;
RODRIGO SANTANA GONÇALVES; in memorian; e
VICTORINO CHERMONT; in memorian.

Ascom - Ministério do Esporte
 

Atual campeão da Copa Sul-Americana, Independiente Santa Fé presenteia Chapecoense com réplica troféu

O atual campeão da Copa Sul-Americana, o Independiente Santa Fé, clube de futebol da cidade de Bogotá (Colômbia), presenteou, nesta quinta-feira (01.12), a Chapecoense com o troféu do título de 2015. A taça é uma réplica que é entregue ao clube vencedor da competição. A original fica um período do clube e retorna para a sede da Conmebol.

O diretor jurídico da Chapecoense, Marcelo Zolet, que está em Medellín para cuidar das tratativas para liberação dos corpos das vítimas do acidente aéreo que vitimou jogadores e comissão técnica do clube, agradeceu o presente. "Estou aqui representando o presidente em exercício do clube, Ivan Tozzo, para receber esse carinho do atual campeão da Sul-Americana, o Independiente Santa Fé", disse Zolet.

Para o dirigente, esse tipo de atitude ajuda a acalentar os moradores de Chapecó, que estão muito abalados com a tragédia da última segunda-feira. "Um gesto de carinho e solidariedade com todos os chapecoenses. Recebemos com muito bom grado. Com esse ato, sentiremos como campeões da competição. Agradeço este gesto nobre", afirmou.

O presidente do Independiente Santa Fé, César Pastrana, preferiu privacidade neste momento difícil para o Brasil e para Colômbia e decidiu não participar da coletiva de imprensa. "Ele não quis aparecer neste momento e eu entendi plenamente. Ele disse que o que vale é o gesto de amor, bondade e o carinho e que o fundamental seria lembrar das vítimas", explicou. 

Rafael Brais - Ministério do Esporte

Ministro do Esporte participa do Dia Nacional de Combate ao Mosquito

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, participa nesta sexta-feira (2), no bairro Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro, das atividades do Dia Nacional de Combate ao Mosquito. Trata-se de uma campanha nacional que objetiva intensificar a atuação contra o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti.

As atividades do ministro têm início às 9h30 e incluem a entrega de dez veículos para a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro promover ações de combate ao mosquito. Picciani também participará de atividades com os alunos da Escola Municipal Rio das Pedras e visitará residências da região para conscientizar a população sobre a importância do engajamento de todos na luta contra o Aedes.

O mutirão será realizado em todo o Brasil com a participação de ministros de Estado e outras autoridades federais. Estão previstas ações integradas e simultâneas, desenvolvidas em articulação com prefeituras, governos estaduais e população. Militares das Forças Armadas, agentes de saúde e de defesa civil, além de outras autoridades, também estarão nas ruas para promover o enfrentamento ao mosquito.

O mutirão será realizado em órgãos públicos e estatais, unidades de saúde, escolas, residências, canteiros de obras e outros locais. A ideia é que, a partir do Dia de Mobilização, todas as sextas-feiras sejam dedicadas para verificação de possíveis focos, incentivando todos os segmentos da sociedade a fazer a sua parte. Essa campanha traz como foco “Sexta sem mosquito. Toda sexta é dia do mutirão nacional de combate”.

Campanha

Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e a associação com os casos de malformações neurológicas, no segundo semestre de 2015, o governo federal tem tratado o tema como prioridade. Por isso, no final do ano passado, foi criada a Sala Nacional de Coordenação e Controle, além de 27 Salas Estaduais e 1.821 Salas Municipais, com o objetivo de gerenciar e monitorar as iniciativas de mobilização e combate ao vetor, bem como a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A Sala Nacional é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com a presença dos integrantes de nove pastas federais.

Cabe a esse grupo definir diretrizes para intensificar a mobilização e o combate ao mosquito Aedes aegypti em todo território nacional, além de consolidar e divulgar informações sobre as ações e os resultados obtidos. Também faz parte das diretrizes, coordenar as ações dos órgãos federais, como a disponibilização de recursos humanos, insumos, equipamentos e apoio técnico e logístico, em articulação com órgãos estaduais, distritais, municipais e entes privados envolvidos.

A nova campanha do Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. “Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha, que será veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbano (ponto de ônibus e outdoor) no período de 24 de novembro a 23 de dezembro. A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências da omissão.

Dia Nacional de Combate ao Mosquito

Agenda do ministro Leonardo Picciani

Local: Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro 
Horário: 9h30
Atividades:
- Visita a Clínica da Família Helena Besserman Vianna, localizada na Via Light
- Ação com os alunos da Escola Municipal Rio das Pedras e entrega dos veículos para a Secretaria Estadual de Saúde - Estr. de Jacarepaguá, 3335 - Itahang, Rio de Janeiro – RJ
- Visita as residências do bairro Rio das Pedras - Local – Via Light, s/nº
Ministro falará com a imprensa na Escola Municipal Rio das Pedras

Mais informações:

Assessoria de Imprensa - Ministério do Esporte
Emília Andrade – (61) 99685-1783
+ 55 (61) 3217-1875
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Homenagens às vítimas de acidente aéreo com a Chapecoense conectam Brasil e Colômbia

Quase 4,5 mil quilômetros em linha reta separam Chapecó, no interior de Santa Catarina, de Medellín, na Colômbia. Uma conexão espontânea e simbólica entre as duas cidades, no entanto, se estabeleceu na noite desta quarta-feira, 30.11. Uma comunhão que transcendeu cartografias, fronteiras, distâncias e não coube fisicamente na Arena Condá nem no estádio Atanasio Girardot.

Em Chapecó, mais de 20 mil pessoas, segundo informações da Polícia Militar, lotaram o estádio na cerimônia em homenagem às 71 pessoas que morreram no acidente com o voo da Lamia. A aeronave levava jogadores da Chapecoense, jornalistas e tripulação para a cidade colombiana onde seria disputada, nesta noite, a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, e caiu numa região montanhosa próxima ao aeroporto José Maria Córdova, o principal de Medellín.

Familiares de vítimas do acidente se reuniram em Chapecó. Foto: Valéria Barbarotto/MEFamiliares de vítimas do acidente se reuniram em Chapecó. Foto: Valéria Barbarotto/ME

» Confira mais detalhes das homenagens no Twitter do Brasil2016

Familiares das vítimas, jogadores das categorias de base, atletas do time principal que não viajaram, dirigentes e torcedores se uniram na casa da equipe brasileira em correntes de oração, celebrações religiosas, cânticos e homenagens. Além do público em campo, cerca de mil pessoas se juntaram do lado de fora da arena catarinense e acompanharam por um telão. Faixas diversas, luzes dos celulares, volta olímpica e gritos de "É Campeão" e "Vamos, Chape" foram algumas das manifestações, numa tentativa de dar alento aos que ficaram e reverenciar os que se foram.

"Hoje o coração me chamou. Minha esposa e minha filha nunca tinham vindo à arena e foram elas que me convidaram. Acho que isso demonstra o carinho do pessoal de Chapecó. Todo mundo tinha algum conhecido. A lembrança não vai passar", afirmou o comerciante e torcedor Dirceu Tomazi.

"É difícil explicar a sensação. É um choque, um baque, ninguém está preparado para uma coisa dessas. O que posso dizer é que o pessoal que ficou vai dar o máximo. Vamos levantar esse clube porque a Chapecoense merece", disse Yago Sena, zagueiro da categoria Sub-20.

Arena Condá e Atanasio Girardot. Fotos: Valéria Barbarotto/ME e Rafael Brais/MEArena Condá e Atanasio Girardot. Fotos: Valéria Barbarotto/ME e Rafael Brais/ME

Irmandade

Na cidade colombiana, um evento sem precedentes na história do futebol mundial. Cerca de 52 mil torcedores, a ampla maioria vestida de branco e com flores e velas nas mãos, lotaram o Atanasio Girardot no horário em que seria disputada a partida. Uma multidão se juntou em luto e respeito nas ruas nos arredores da arena. Em vez da conhecida competência com a bola rolando dos atuais campeões da Libertadores da América, o que se viu no campo do Atlético Nacional foram curtas falas de dirigentes locais, cenas de solidariedade e o som da Orquestra Sinfônica de Medellín.

"Estamos contigo, Chape", "Uma nova família nasce", "Equipe imortal, campeões pra sempre", "Força Chapecó". Esses eram os dizeres de algumas das faixas espalhadas pelo estádio. A todo instante a torcida entoava o famoso "Vamos, vamos, Chapê". Crianças com o uniforme da equipe brasileira entraram em campo com balões brancos que foram soltos para o céu enquanto eram lidos os nomes das vítimas. Helicópteros usados no trabalho de salvamento lançaram pétalas de flores sobre o estádio.

"Em poucas horas depois da tragédia, tudo já estava organizado. Isso nos deixa a lição de que o futebol, na verdade, vai muito além do futebol. Existe a prática, mas, acima de tudo, o respeito com o próximo. Isso ficou evidenciado nesta noite", avaliou o assessor especial do Ministério do Esporte, Wilson Gottardo.

"O que vi hoje aqui foi inesquecível, acalentador, carinhoso. A receptividade do povo colombiano foi incrível desde o primeiro momento e vamos transmitir isso tudo para as famílias das vítimas", disse o diretor jurídico da Chapecoense, Marcelo Zolet.

O diretor técnico do Atlético Nacional, Reinaldo Rueda ressaltou que os colombianos sempre quiseram jogar como o Brasil. Depois de citar craques como Pelé, Rivellino, Gerson, Piazza, listou os nomes de jogadores da Chapecoense que ele vinha estudando para a final da Sul-americana. "Eles estarão vivos para sempre".

Torcedor do Atlético Nacional, André Lopez trajava uma camisa em homenagem ao time de Chapecó. Para ele, a relação dos dois times está ligada para sempre. "Somos a partir de agora equipes irmãs, um sempre vai apoiar o outro".

Logística e Saúde

Representante do Governo Federal Brasileiro, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, se emocionou com o acolhimento do povo colombiano. "Neste momento de muita dor para todos nós, as expressões de solidariedade que aqui encontramos nos oferecem um consolo imenso. Uma luz quando todos estamos tentando entender o incompreensível", afirmou.

"Os brasileiros jamais esquecerão a forma como os colombianos sentiram o terrível desastre que interrompeu o sonho desse heróico time. Assim como não esqueceremos a atitude do Atlético Nacional e de todos os torcedores que pediram que o título da Copa Sul-Americana fosse para a Chapecoense. Um gesto que honra o esporte de toda Colômbia e honra essa querida Medellín, e que faz ainda maior o Atlético. Depois do ocorrido, o Brasil viu uma dura realidade de uma festa que não existiu, em um jogo histórico que não foi realizado. Que as cores da Chapecoense e do Atlético, o verde e branco, sejam da esperança e paz", completou.

Serra viajou a Medellin para chefiar os trabalhos do governo brasileiro nas ações de apoio e logística às vítimas da tragédia. O Itamaraty determinou o deslocamento de funcionários da embaixada brasileira em Bogotá, na Colômbia, para Medellín para prestar a assistência aos familiares. Após a fase de reconhecimento e liberação, aeronaves C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) farão o traslado dos corpos. Está previsto um velório coletivo em Chapecó.

Paralelamente, uma comitiva formada por equipe técnica da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) está na Colômbia para dar apoio ao retorno de familiares e sobreviventes. A equipe seguiu em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), no grupo que também levou representantes do Itamaraty e da Polícia Federal.

Além de prestar atendimento psicológico, o objetivo da equipe é levantar informações atualizadas sobre as vítimas e verificar a necessidade de apoio ao regresso de sobreviventes. Ao todo, três atletas (Folmann, Neto e Alan Ruschel), um jornalista (Rafael Henzel) e dois integrantes a tripulação (Ximena Suárez e Erwin Tumiri) resistiram ao acidente e recebem cuidados médicos na Colômbia.

Em função do desastre, o presidente da República, Michel Temer, decretou luto oficial de três dias pela morte dos brasileiros.

Valéria Barbarotto e Rafael Brais, do Ministério do Esporte, com informações do Portal Brasil 

Cidade de Chapecó fará homenagem às vítimas do acidente aéreo no horário em que aconteceria a final da Sul-Americana

O clima de comoção segue tomando conta de toda Chapecó. Em qualquer rua da cidade do interior catarinense é possível notar um sinal de luto pela morte das 71 pessoa, entre jogadores, comissão técnica da Chapecoense e profissionais de imprensa, após o acidente aéreo ocorrido nesta terça-feira (29.11). O avião que caiu levaria o grupo a Medelín, na Colômbia, para a disputa da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

Seis passageiros sobreviveram: os jogadores Neto, Jackson Follmann e Alan Ruschel, o jornalista Rafael Henzel e os tripulantes Ximena Suárez e Erwin Tumiri.

As homenagens não pararam desde a madrugada em que a notícia se espalhou. Durante o tempo todo, a Arena Condá tem recebido torcedores, jornalistas, atletas, familiares e amigos que querem estar, de alguma maneira, em sintonia com o clube e aqueles que se foram.

Mais de 15 mil pessoas são aguardadas no estádio na noite desta quarta, no horário em que seria realizado o jogo contra o Atlético Nacional de Medelín, na Colômbia (21h45 de Brasília). 

A previsão é de que os corpos cheguem até sexta-feira para serem velados em Chapecó e depois encaminhados para as suas cidades de origem. A organização para o velório coletivo já está sendo feita e a diretoria está avaliando junto aos familiares o tempo em que cada caixão permanecerá no estádio para a última homenagem dos torcedores. 

Atletas que não foram relacionados para a viagem da Chapecoense passaram o dia no estádio. Foto: Valéria Barbarotto/ Ministério do EsporteAtletas que não foram relacionados para a viagem da Chapecoense passaram o dia no estádio. Foto: Valéria Barbarotto/ Ministério do Esporte

Companheiros de time em luto

“O momento é de muita dor e solidariedade. Perdi amigos que conheci aqui e também alguns que eu tinha amizade há mais tempo, como o Biteco e o Josimar”, diz o lateral Claudio Winck, que não foi relacionado para viajar com o grupo por opção do treinador Caio Junior, também falecido no acidente. 

Winck conta que estava em casa quando um amigo telefonou e deu a notícia do acidente. “Minha primeira reação foi vir para o estádio em busca de informações mais precisas e tentar ajudar de alguma forma. Eu tentei confortar as esposas, os filhos. É um momento muito triste e a gente tenta fazer tudo que pode para ajudar”.

Quanto ao futuro profissional, o atleta que tem contrato com a Chapecoense até o final de dezembro, prefere não se manifestar agora. “O momento é de luto e muita tristeza. O futuro eu vou definir mais pra frente”, finaliza o Winck.

Carinho e respeito das categorias de base

Na manhã desta quarta-feira (30.11), um grupo de jogadores da base se reuniu em uma sala da Arena Condá para orar pelas vítimas e oferecer um abraço de conforto aos amigos e familiares que estavam no local.

“É complicado pra gente que acompanhava o dia-a-dia aqui. Por muitas vezes treinamos com eles, nos espelhávamos neles. Isso acaba criando um laço entre nós. E ver essas famílias despedaçadas com o que aconteceu é muito triste. Por isso estamos aqui para tentar dar um mínimo de conforto aos familiares e demonstrar nosso carinho e respeito”, diz o jovem volante Ronei Gebing.

“Espero que a gente seja forte e trabalhe para que tudo continue. A Chapecoense vivia uma fase muito boa e de uma hora para outra isso se transforma em um momento de muita dor, mas vamos fazer todo o possível para reerguer essa equipe tão especial”, completa o atleta emocionado.

Ministério do Esporte oferece apoio à Chapecoense

O representante do Ministério do Esporte enviado a Chapecó, Paulo Márcio Dias Mello, se reuniu na manhã desta quarta-feira com o vice-presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, e outros membros da diretoria do clube para prestar a solidariedade em nome do ministro Leonardo Picciani e oferecer o apoio possível e necessário neste momento de profunda dor.

“Estar aqui e oferecer o nosso apoio é o mínimo que podemos fazer em um momento de tanto pesar. Estaremos prontos a atender todas as demandas cabíveis que nos forem solicitadas para tentar minimizar o sofrimento, não só da família das vítimas desse terrível desastre, mas também de toda a população brasileira que sente profundamente a perda de uma equipe que trouxe a todos nós a alegria de ver o nome de nosso país representado pelo que tem de melhor”, afirmou Paulo Márcio.

Valéria Barbarotto – Ascom
Ministério do Esporte

 

Presidência decreta luto oficial. Ministérios se mobilizam para auxílio às vítimas do acidente aéreo

O presidente da República, Michel Temer, decretou luto oficial de três dias em função da queda da aeronave que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas brasileiros à cidade de Medellín, na Colômbia. Temer determinou ainda que a Aeronáutica ofereça aeronaves para as famílias e translado das vítimas.

Confira a nota:

"Nesta hora triste que a tragédia se abate sobre dezenas de famílias brasileiras, expresso minha solidariedade. Estamos colocando todos os meios para auxiliar familiares e dar toda a assistência possível. A aeronáutica e o Itamaraty já foram acionados. O governo fará todo o possível para aliviar a dor dos amigos e familiares do esporte e do jornalismo nacional."


Durante a tarde, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, falou com a imprensa sobre ações do governo para o amparo às vítimas do acidente aéreo na Colômbia. Acompanhe o vídeo:

 

O Ministério do Esporte destacou equipes para acompanharem e ajudarem vítimas e familiares em Medellin, na Colômbia, e em Chapecó. O ministro Leonardo Picciani também divulgou nota de pesar sobre o acidente.

Segue a íntegra:

"O Brasil está de luto com a notícia da queda do avião que transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas brasileiros e cidadãos de Chapecó, que se deslocavam para a Colômbia para a final da Copa Sul-Americana.

O time de Santa Catarina vinha representando com muita honra o Brasil na competição. A campanha histórica da Chapecoense é motivo de orgulho para todos os brasileiros.

O Ministério do Esporte e o governo brasileiro estão trabalhando para apoiar os esforços de resgate e o tratamento dos sobreviventes, além de garantir todo o tipo de auxílio possível às famílias das vítimas.

Pessoalmente e em nome do Ministério do Esporte, lamento profundamente a tragédia e me solidarizo com familiares, amigos das vítimas e a população de Chapecó."

 

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou em seu site uma nota com informações sobre o fretamento do avião da empresa boliviana Lamia. Confira a íntegra:

"Brasília, 29 de novembro de 2016 - A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informa que a empresa boliviana Lamia Corporation solicitou autorização de voo à ANAC para o transporte do time de futebol Chapecoense que faria um torneio na Colômbia. O voo partiria do Brasil para a Colômbia, na segunda-feira, 28/11, segundo a solicitação. O pedido foi negado com base no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre os países. O acordo com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada.

Complementando a negativa do pedido, a ANAC informou ao solicitante do voo que o transporte poderia ser realizado por empresa aérea brasileira e/ou colombiana, conforme a escolha do contratante do serviço, nos termos dos acordos internacionais em vigor.

A ANAC se solidariza com os familiares das vítimas do acidente ocorrido nesta madrugada, 29/11, com o time da Chapecoense, nas proximidades de Medellín, na Colômbia."

O Ministério das Relações Exteriores também divulgou nota de pesar em seu site. Confira:

"O Ministério das Relações Exteriores manifesta seu profundo pesar pelo trágico acidente aéreo ocorrido na Colômbia, que vitimou jogadores, comissão técnica e dirigentes da Associação Chapecoense de Futebol, bem como jornalistas e tripulantes que acompanhavam a delegação. O Itamaraty soma-se às expressões de pesar aos familiares das vítimas e à população de Chapecó e faz votos de pronto restabelecimento aos sobreviventes.

A Embaixada do Brasil em Bogotá está deslocando funcionários a Medellín, chefiados pelo embaixador Julio Bitelli, com o intuito de prestar toda a assistência necessária às vítimas e a seus familiares e de dar apoio ao traslado dos corpos ao Brasil. Funcionários do Itamaraty em Brasília também viajarão a Medellín para reforçar a equipe de apoio.

O Núcleo de Assistência a Brasileiros do Ministério das Relações Exteriores está disponível para prestar informações e esclarecimentos sobre o acidente nos números (61) 2030-8803 e (61) 2030-8804, e pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.."

 

O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil publicou em seu site a nota de pesar assinada pelo ministro Maurício Quintella:

"Externo minha solidariedade às famílias das vítimas envolvidas nesta tragédia e me coloco a inteira disposição para aliviar o sofrimento do momento. Desde a madrugada de hoje, estou acompanhando todas as informações junto com a equipe técnica da Anac".

 

O Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica, por sua vez, lamentaram o acidente e informaram que duas aeronaves C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) e uma equipe de profissionais especializados em resgate, do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), estão de prontidão para auxiliar no resgate e traslado dos brasileiros vítimas do acidente. Também foram disponibilizadas duas aeronaves para transportar familiares das vítimas e equipes de militares.

Além disso, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) está à disposição para contribuir com a autoridade colombiana de investigação.

Fontes: brasil2016.gov.br, Portal Brasil, Ministério do Esporte, ANAC, Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Defesa 

 
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