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Na Mongólia, luta olímpica busca mais vagas para os Jogos Rio 2016

A luta olímpica brasileira disputa nos dias 22 e 23 de abril o primeiro Pré-Olímpico Mundial, na cidade de Ulaanbaatar, Mongólia. É a penúltima competição que valer vaga para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Três atletas vão representar o país: Susana Santos, até 48kg, Giullia Penalber, até 53kg, ambas do estilo livre feminino, e Antoine Jaoude até 125kg, do estilo livre masculino. 
 
Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação
 
Giullia e Susana precisam terminar em primeiro ou segundo lugar. Já Antoine precisar terminar entre os três primeiros colocados. A última fase de preparação da equipe feminina foi feita no Japão como destaca Giullia Penalber.
 
“O Japão tem um número maior de atletas de alto nível, o que nos permite treinar com muitas meninas que testam diferentes situações de luta. Na seletiva mundial, todas as atletas que ainda não possuem vaga irão lutar. Certamente vamos fazer um número maior de combates e por isso o treino com as japonesas é tão importante neste momento”, explicou Giullia Penalber, medalha de prata no pan-americano da modalidade este ano.
 
Caso não conquistem a vaga no Pré-Olímpico mundial da Mongólia, os atletas brasileiros ainda possuem uma última chance de classificar, o segundo Pré-Olímpico Mundial, que acontece em Istambul, Turquia, de 6 a 8 de maio. Neste torneio, os dois primeiros países das 18 categorias olímpicas nos três estilos da Luta Olímpica garantem vaga.
 
O Brasil já possui cinco atletas classificados, um recorde do esporte, em uma só edição de Jogos. Como conseguiu classificar seus representantes via pré-olímpicos, a United World Wrestling, entende que o país não necessita das quatro vagas de país sede. A Confederação Brasileira de Wrestling já solicitou formalmente que essa decisão seja reavaliada.
 
Confira a programação brasileira no primeiro Pré-olímpico Mundial:
 
Dia 22/4 – Susana Santos até 48kg e Giullia Penalber até 53kg
Dia 23/4 – Antoine Jaoude até 125kg
 
Fonte: CBW
Ascom – Ministério do Esporte
 
 

Natália Gaudio não avança à final do evento-teste, mas mostra recuperação e evolução

Natália Gaudio. Foto: Miriam Jeske/ brasil2016.gov.brNatália Gaudio. Foto: Miriam Jeske/ brasil2016.gov.br
 
Parte integrante de sua preparação rumo aos Jogos Olímpicos, o evento-teste de ginástica rítmica serviu como importante lição para Natália Gaudio. Nesta quinta-feira (21.04), a brasileira abriu a competição no individual geral com seu aparelho favorito e com o embalo da torcida presente à Arena Olímpica do Rio, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. No entanto, quase no fim da coreografia, o arco escapou e rolou para fora da área de competição, provocando descontos na nota. Os 14.566 pontos a deixaram em 24º e último lugar na primeira rotação, longe da líder bielorrussa, Melitina Staniouta, com 18.116 no aparelho.
 
“Confesso que no arco eu me emocionei demais. Na primeira vez que escutei os gritos, a torcida, me deu vontade de chorar”, admite Natália. A partir daí, contudo, a ginasta conseguiu esquecer o erro, controlar as emoções e evoluir a cada nova apresentação: a brasileira somou, nesta ordem, 15.883 na bola, 16.350 nas maças e 16.466 na fita – a maior nota de sua carreira no aparelho –, fechando a competição ao som de samba e levantando ainda mais o público.
 
“Eu vi que precisava me controlar. É uma sensação que nunca tive antes, uma emoção que vivo pela primeira vez na vida e a realização do meu sonho, pisando na arena olímpica", avalia. "A partir do segundo aparelho, entrei mais tranquila e fui me acostumando. Percebi a importância do evento-teste. Agora já tenho noção da grandiosidade e de como vai ser a torcida nas Olimpíadas, que vai ser muito maior do que hoje”, acredita.
 
Para avançar à final do individual geral, programada para esta sexta-feira (22.04), Natália precisaria ficar entre as dez melhores. Mesmo de fora da decisão, o 17º lugar final e a soma de 63.265 pontos foram comemorados. “Esse é o espírito de uma atleta olímpica: saber reverter a adversidade e trazer a responsabilidade para ela. Eu vejo que tudo hoje foi aprendizado”, analisa a técnica Monika Queiroz.
 
“Passei de meninas que ficaram na minha frente no Mundial do ano passado. Estou mostrando uma evolução muito grande e espero continuar nesse ritmo para as Olimpíadas”, deseja Natália. “Saímos daqui com detalhes a serem corrigidos. Agora não era o momento de estar 100%, ainda temos três competições lá fora. Quero evoluir aos poucos para estar no auge em agosto”, planeja a ginasta.
 
Natália ficou com a vaga destinada ao país-sede dos Jogos após terminar com a melhor colocação entre as brasileiras no Mundial de Stuttgart (Alemanha), em 2015. Após a apresentação das ginastas nos quatro aparelhos – arco, bola, fita e maças –, a classificatória do evento-teste foi encerrada com Melitina Staniouta em primeiro lugar. A bielorrussa, terceira colocada no Mundial e com vaga antecipadamente garantida nas Olimpíadas, somou 18.116 na bola, 18.150 no arco, 17.883 na fita e 18.066 nas maças, totalizando 72.215 pontos.
 
“Eu estava preocupada com a apresentação das maças porque na competição passada eu tinha outra coreografia, então saí satisfeita", comenta Melitina, que também aprovou a animação da torcida na Arena Olímpica do Rio. "Fiquei assustada quando vi poucas pessoas no trampolim (na última terça), mas quando eu vi o público hoje foi muito bom. Eles são emotivos, gritam bastante, é muito legal”, conta.
 
Definições
Com as apresentações desta quinta, foram definidas as últimas atletas classificadas para os Jogos Olímpicos do Rio no individual: Sabrina Ashirbayeva (Cazaquistão), Nicol Ruprecht (Áustria), Veronica Bertolini (Itália), Ektaerina Volkova (Finlândia), Anastasiya Serdyukova (Uzbequistão), Ana Luiza Filioranu (Romênia) e Shang Rong (China). A alemã Jana Berezko-Marggrander tecnicamente também teria uma vaga, mas terá de aguardar uma confirmação oficial da Federação Internacional de Ginástica (FIG) devido aos critérios de representação continental. Com o posto da Oceania, a australiana Danielle Prince também foi confirmada. As outras 15 vagas foram distribuídas aos países após o resultado do Mundial de 2015.
 
Nesta sexta, será realizada a final do individual geral, além da competição dos conjuntos. Ao todo, sete países disputam as três vagas restantes para os Jogos. Como anfitrião, o Brasil tem assegurada a participação da seleção.
 
Programação - Sexta (22.04)
 
11h - 12h30: Conjunto geral final

12h35 - 12h45: Cerimônia de premiação

16h - 18h15: Individual geral final

18h20 - 18h30: Cerimônia de premiação
 
Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br 
Ascom – Ministério do Esporte
 

CBDA apresenta delegação brasileira de esportes aquáticos para os Jogos Olímpicos

Vestindo camisetas com os dizeres “Vaga 2016 garantida”, as equipes de natação, nado sincronizado, maratona aquática e saltos ornamentais foram apresentadas na manhã desta quinta-feira (21.04) no Parque Aquático Maria Lenk. O “mestre de cerimônias” foi o ex-nadador Gustavo Borges, que afirmou estar orgulhoso e emocionado ao olhar a atual delegação brasileira. 
 
Ele aproveitou a ocasião e aconselhou os atletas a se dedicarem e aproveitarem o momento: “Com um centésimo tem gente que não vai para a Olimpíada. Com um centésimo você vai ser medalhista ou não. Se eu tivesse um conselho para os atletas e para as pessoas, diria para identificar esse centésimo e ir em frente. Com um centésimo a gente sai do lugar comum”, disse.
 
Foto: Andrea Lopes/brasil2016.gov.brFoto: Andrea Lopes/brasil2016.gov.br
 
Os que ouviram essa declaração, com certeza se lembraram da quarta-feira (20), quando o recordista mundial César Cielo perdeu a chance de representar o país na Rio 2016, ao ser superado por Bruno Fratus e Ítalo Duarte por centésimos.
 
Thiago Pereira, considerado o “capitão” da equipe por seu comportamento integrador, fez questão de ressaltar tanto o mérito dos atletas classificados quanto a importância de César mesmo não fazendo parte da equipe olímpica. “Quero parabenizar o Ítalo e o Bruno. Como o próprio Cesar disse ontem, eles foram os melhores, vão representar o nosso país. Claro que a gente sente. Cesar é uma figura importante na natação do nosso país. Vai continuar sendo para todos nós. Acho que ele mostrou para muitos que o impossível é possível, com aquela medalha dele de ouro em 2008, conquistando o único ouro do Brasil”, disse.
 
O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, também fez questão de exaltar não só os bons resultados obtidos pela natação – que terá a maior delegação em Jogos Olímpicos – mas as classificações dos atletas nos saltos, na maratona e no nado sincronizado. E aproveitou para destacar o apoio recebido: “Tenho que agradecer ao Ministério do Esporte por todas as ações nos últimos quatro anos”.
 
César Castro, dos saltos ornamentais, deixou claro como os esportes aquáticos evoluíram do último ciclo olímpico para cá. "É um prazer representar os saltos. Tive oportunidade de competir nas últimas Olimpíadas com Hugo e Juliana e agora temos mais atletas. É muito bom ver o crescimento dos saltos".
 
Duda Miccuci, do nado sincronizado, na mesma linha, completou: “É uma honra participar das Olimpiadas. É um orgulho muito grande porque é a primeira vez que a gente entra como equipe. A gente está treinando bastante e a espera colher um excelente resultado e contar com a torcida de todo mundo”.
 
De 21 a 23 de abril, toda a delegação participa da clínica organizada pela CBDA, que conta com treinamentos, palestras e integração das equipes. A entidade conta com investimentos do Governo Federal via Lei Agnelo/Piva.
 
Andrea Lopes - brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Nota de Pesar

O Ministério do Esporte lamenta profundamente a tragédia ocorrida nesta quinta-feira (21.04), na Ciclovia Tim Maia, na Praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de dois ciclistas e deixou uma pessoa desaparecida.
 
Neste momento de dor e de consternação, prestamos solidariedade às famílias e aos amigos das vítimas. Ao mesmo tempo, esperamos que as causas do acidente sejam apontadas o mais rápido possível e que todas as providências cabíveis sejam tomadas.
 
Ricardo Leyser, ministro do Esporte
 

Primeiro brasileiro a carregar a Tocha Olímpica, Giovane se emociona em Olímpia

Os quase 300 metros percorridos pelo ex-jogador de vôlei Giovane Gávio no seu trajeto do Revezamento da Tocha em Olímpia, na Grécia, passaram rapidamente. Mas representaram muita coisa para o bicampeão olímpico, que esteve presente nas duas campanhas douradas da Seleção Brasileira masculina – em Barcelona 1992, com o técnico José Roberto Guimarães, e em Atenas 2004, com o treinador Bernardinho.
 
Giovane recebeu o fogo olímpico das mãos do ginasta grego Eleftherios Petrounias em frente ao Monumento a Pierre de Coubertin, o francês idealizador dos Jogos Olímpicos na era moderna, cujo coração está sepultado em Olímpica. Alguns minutos depois de receber a chama, o ex-jogador encerrou, com um beijo na tocha, mais um capítulo vitorioso de sua carreira. Além dos dois títulos em Jogos Olímpicos, Giovane venceu a Liga Mundial em quatro oportunidades (1993, 2001, 2003 e 2004) e foi campeão mundial em 2002.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Desde que foi convidado para ser o primeiro brasileiro a carregar a tocha dos Jogos Olímpico Rio 2016, Giovane aguardava ansiosamente por este momento. “Primeiro, é muita emoção já de estar aqui, onde há milhares de anos os gregos já praticavam esporte, já competiam... Tem todo um significado”, ressaltou o brasileiro. “É difícil colocar em palavras o que está passando dentro de mim agora”, continuou.
 
Emocionado, ele descreveu rapidamente sua vida como um filme, que unia quase instantaneamente o seu passado de sucesso nas quadras e o momento desafiador que vive atualmente por fazer parte do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016.  “Olha, é um momento mágico. Fico muito feliz de estar participando. Agradeço a oportunidade de estar aqui. Agradeço ao Nuzman (Carlos Arthur, presidente Comitê Rio 2016). É inesquecível”, afirmou.
 
 
Giovane também analisou como o revezamento da tocha olímpica pode ajudar a criar um sentimento de união no Brasil. “Independentemente dos desafios que estamos enfrentando como país, é uma oportunidade bacana para o povo conhecer de perto isso aqui e ver a importância dos Jogos Olímpicos, a relevância de todos os povos estarem no mesmo local, competido com regras, com amizade, com união”, destacou.
 
Inspirados pela beleza e o significado da cidade de Olímpia, o ex-jogador convocou os brasileiros para, juntos, tirarem o melhor dos Jogos Rio 2016, cuja realização perpetua uma tradição milenar de tamanha força que as guerras eram interrompidas para que os Jogos acontecessem na Grécia. “Quando a tocha começar a correr o Brasil, vai levar a mensagem de união, de amizade, de respeito, que são valores importantes que nosso país precisa viver e entender”, declarou.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Sonhos
Giovane Gávio também explicou como o espírito olímpico pode transformar suor, lutas e dedicação em sonhos realizados. Para ele, os grandes vencedores não medem esforços para suas conquistas.  “Desde pequeno eu tinha o sonho de vestir a camisa da Seleção Brasileira e de jogar uma Olimpíada. De certa forma, é isso que precisamos passar para as pessoas: Independentemente das dificuldades, dos desafios diários, é preciso lutar pelos nossos sonhos, pois, aí, tudo vale a pena. E sem sacrifício, sem dor, não tem como vencer”.
 
Cidade em festa
O lindo dia de sol em Olímpia compôs o cenário perfeito para a Cerimônia de Acendimento da Chama Olímpica. As "arquibancadas" improvisadas do Estádio Olímpico ficaram lotadas de famílias, crianças, turistas e jornalistas credenciados de todo o mundo.
 
Moradores de Olímpia, como o comerciante Cyro Craptarydes, 58 anos, e a filha Patrícia, de 10, chegaram duas horas e meia antes de o evento começar para não perderem nenhum detalhe. “Venho de dois em dois anos, tanto nas Olimpíadas de verão quanto na de inverno. Já é uma tradição na minha família. Hoje eu trouxe minha filha pela vez", contou Craptarydes. “A dança das sacerdotisas é muito legal. Consegui tirar fotos incríveis”, comemorou Patrícia.
 
Padre da igreja ortodoxa (que permite casamentos) na cidade de Pyrgos – distante 25 quilômetros de Olímpia –, Georguis Klapta veio para acompanhar a filha Rebeca Klapta, uma das coordenadoras do Comitê Olímpico Helênico. “Vim para prestigiá-la e acompanhar esse momento tão especial”, disse Georguis.
 
O padre conta que um dos sonhos de Rebeca é acompanhar os Jogos Rio 2016 no Brasil. Para isso, ela estuda a possibilidade de vender o carro para pagar as despesas. “Se isso vai fazer minha filha feliz, eu dou todo apoio. Tomara que dê certo”, incentivou Georguis Klapta.
 
Além dos gregos, muitos estrangeiros puderam ver de perto mais esse momento histórico da cidade de Olímpia. Com uma bandeira do Uruguai nas mãos, o engenheiro Ricardo Pérez contou o esforço que fez para estar presente na festa. “Estou passando férias em Atenas. Quando soube que teria a chance de acompanhar o acendimento da tocha olímpica, não pensei duas vezes antes de encarar uma viagem de seis horas de ônibus para chegar aqui”, detalhou Pérez.
 
Rafael Brais e Carlos Eduardo Cândido, de Olímpia (Grécia)

Ascom - Ministério do Esporte

 

Com a chama olímpica acesa na Grécia, tem início o tour rumo aos Jogos do Rio

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Repleta de simbolismos e referências às origens dos Jogos, a  cerimônia de Acendimento da Chama Olímpica realizada nesta quinta-feira (21.04) em Olímpia, na Grécia, deu início oficialmente ao revezamento rumo à cerimônia de abertura da Rio 2016, em 5 de agosto. Milhares de pessoas acompanharam a solenidade que marcou o início do tour que irá passar por quase 30 cidades gregas antes de desembarcar no Brasil, onde passará por 334 municípios.
 
Seguindo o ritual, a atriz grega Katerina Lehou, acompanhada por várias sarcerdotisas, acendeu a tocha olímpica em frente ao Templo de Hera. Já dentro do Estádio Olímpico, ela passou o fogo olímpico ao primeiro carregador, o ginasta grego Eleftherios Petrounias, campeão mundial das argolas na ginástica artística e medalha de prata no evento-teste da modalidade, no último fim de semana. Ele caminhou em direção ao monumento em homenagem a Pierre de Coubertin, o francês que idealizou os Jogos Olímpicos Modernos, e repassou para as mãos do brasileiro Giovane Gávio.
 

"Essa oportunidade de conduzir a tocha com o fogo olímpico me faz esperar que ela realmente traga boas coisas para o nosso país. É um momento mágico e espero que todos os brasileiros vivam ele (o momento) intensamente", disse o bicampeão olímpico de vôlei, títulos conquistados em Barcelona (1992) e Atenas (2004).
 
União e fraternidade
O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, salientou a emoção da cerimônia de Acendimento da Tocha e o início dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. “Foi emocionante, simbólico. Todos ficamos emocionados com o início efetivo dos Jogos”, afirmou. “A chama representa a união, a paz e a fraternidade em todos os povos. Na antiguidade havia tréguas que paravam guerras e batalhas durante as competições. Então, é essa a mensagem que a tocha vai carregar para o Brasil”, disse o ministro.
 
 
Para o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, o acendimento do fogo olímpico é o momento em que o passado e o futuro se conectam para levar ao mundo os valores olímpicos. “Estamos escrevendo a história hoje. A chama vai levar os valores olímpicos de tolerância, solidariedade e paz. Esse será um grande legado dos Jogos para o Brasil e para o mundo”, disse.
 
Bach citou também a importância da realização dos Jogos pela primeira vez na América do Sul, em um país com uma diversidade única . “O Rio de Janeiro e o Brasil, com o apoio dos brasileiros, vão realizar Jogos Olímpicos memoráveis”, disse. Ao fim de seu discurso, o presidente do COI se despediu em português. “Muito obrigado aos nossos amigos cariocas e a todos os brasileiros”, concluiu.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, afirmou que o evento realizado na Grécia marca o ponto de partida dos Jogos e prepara um cenário de celebrações no Brasil. “O acendimento da chama olímpica e o início do revezamento, aqui em Olímpia, na Grécia, e depois indo para o Brasil, traz um sentimento de brasilidade grande, traz o espírito de toda a população estar envolvida com os Jogos e o Brasil inteiro estar envolvido com a competição”, disse Nuzman.
 
Para ele, o percurso da tocha no Brasil será motivo de celebração. “Eu acho espetacular (o revezamento). Isso aqui é uma das coisas mais emotivas que tem. Nós vamos ter brasileiros carregando a tocha de diversas origens, de diversos ramos de atividades, atletas ou não, mas o importante é ver o carregador da tocha e a população celebrando em cada cidade. Esse cenário é único”, concluiu.
 
O ginasta grego Eleftherios Petrounias descreveu a oportunidade de ser o primeiro a carregar a tocha dos Jogos Rio 2016 como a maior honra de um atleta, inclusive superando conquistas dentro dos tablados de sua modalidade. "As emoções são muitas. Não tem como descrever em palavras. É o maior momento na carreira de um atleta, maior do que uma medalha ou um campeonato mundial. Eu realmente fiquei feliz quando fui convidado”, afirmou. Rival direto do brasileiro Arthur Zanetti, o ginasta grego espera estar na final dos Jogos Rio 2016 na disputa nas Argolas. “Eu espero entrar para a final e, então, ter uma grande batalha com o Zanetti”, projetou.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Chama Olímpica
O significado da chama olímpica vai além dos resultados esportivos. O estudo dos simbolismos olímpicos, presentes na cerimônia de Acendimento da Chama Olímpica faz parte do cotidiano da professora Katia Rubio, da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. Ela explica que a chama que nasce dentro da skaphira, o espelho côncavo usado na cerimônia, é a representação maior de Zeus, dono do Olimpo, onde as celebrações atléticas do passado aconteciam. 
 
“A Cerimônia de Acendimento do Fogo representa efetivamente o início da cerimônia olímpica, a celebração olímpica. No momento em que se acende o fogo, e se captura Zeus, é como se aquela chama representasse essa celebração divina onde essa chama estacionar. Zeus sairá do Olimpo para estar presente no Rio de Janeiro”, explanou. 
 
Para Katia, a chama representa valores como celebração de paz entre os povos e remete ao tempo em que as guerras paravam para a realização dos Jogos. “Aquele fogo representa a amizade entre os povos, e a possibilidade de gente do mundo inteiro estar presente e se respeitar no momento da competição, independentemente das questões econômicas, políticas, religiosas, raciais”, comentou.
 
Rafael Brais e Carlos Eduardo Cândido, de Olímpia (Grécia)
Ascom - Ministério do Esporte

Definidos grupos do basquete em cadeira de rodas do Rio 2016

Foto: Gabriel Nascimento/Rio 2016Foto: Gabriel Nascimento/Rio 2016O sorteio dos grupos do basquete em cadeira de rodas para os Jogos Paralímpicos, em setembro, foi realizado nesta quarta-feira (20.04), na sede do Comitê Organizador Rio 2016. As categorias feminina e masculina contam com dois grupos cada, com dez representantes nas disputas entre as mulheres e 12 entre os homens.

No feminino, o Brasil caiu no Grupo A, junto com Canadá, Alemanha, Grã-Bretanha e Argentina. A seleção obteve o nono lugar nas Paralimpíadas de Londres 2012 e terá pela frente as atuais campeãs, as alemãs.

No Grupo B ficaram Estados Unidos, Holanda, França, China e Argélia. Destaque para as holandesas, que faturaram a medalha de bronze nos últimos Jogos.

A atleta da seleção, Geisiane de Souza, acompanhou o sorteio e fez uma projeção dos desafios e metas do Brasil nos Jogos. “Está difícil, mas nada impossível. Do mesmo jeito que as adversárias estão buscando, nós também iremos atrás do nosso objetivo. Estamos treinando e fazendo amistosos, nos preparando para chegar à conquista de uma medalha. O terceiro lugar seria algo sensacional", destacou a capixaba.

Masculino

A seleção verde e amarela ficou no Grupo B e terá como adversários o Irã, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Holanda e a Argélia. O melhor resultado dos brasileiros em Jogos Paralímpicos foi em Pequim 2008, com a nona colocação. Do grupo, o adversário a ser batido deve ser os Estados Unidos, medalha de bronze em Londres 2012.

Já no Grupo A, estão as seguintes seleções: Espanha, Austrália, Canadá, Turquia, Holanda e Japão. Lembrando que Canadá e Austrália foram campeão e vice, respectivamente, na última edição dos Jogos Paralímpicos.

Outro atleta que participou do evento foi Paulo César dos Santos, que analisou o fato de disputar uma Paralimpíada em casa. “É excelente! Jogando em casa, com a energia positiva da torcida, o ginásio lotado, a gente se redobra dentro de quadra. Tenho certeza de que isso vai acontecer e também de que teremos um grande resultado”, declarou o experiente integrante da seleção masculina.

Os locais de disputas da modalidade nos Jogos serão a Arena Carioca 1 e a Arena Olímpica do Rio, ambas localizadas no Parque Olímpico da Barra.

Fonte: CPB

Ascom - Ministério do Esporte

Seleção brasileira de goalball é convocada para evento-teste do Rio 2016 e Rio Open

Leomon Moreno é uma das estrelas da seleçãoLeomon Moreno é uma das estrelas da seleçãoA seleção brasileira masculina de goalball terá dois grandes desafios na preparação para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Nos dias 04 e 05 de maio, na Arena do Futuro, no Parque Olímpico, os atuais campeões mundiais disputam o Aquece Rio Internacional, evento-teste do Comitê Organizador das Olimpíadas e Paralimpíadas. Dois dias depois será a vez de competir no Rio Open Goalball Men’s Tournament, de 07 a 09. Para ambos os eventos que acontecem no Rio de Janeiro foram convocados oito jogadores.

Durante as duas competições os brasileiros medirão forças contra as principais concorrentes que terá na luta pelo ouro paralímpico. No evento-teste são as quatro primeiras seleções do Ranking Mundial, com Estados Unidos, Finlândia, Lituânia e o Brasil, o primeiro colocado. Para o Rio Open, Suécia e Turquia se juntam às quatro seleções.

A comissão técnica da seleção fez duas convocações para a disputa das competições:
 
Aquece Rio International Goalball Men's Tournament (04 e 05/05)

Alex Melo de Sousa (SESI-SP)
Alexsander Almeida Maciel Celente (ACERGS-RS)
José Roberto Ferreira de Oliveira (APACE-PB)
Josemarcio da Silva Sousa (SESI-SP)
Leomon Moreno da Silva (SANTOS-SP)
Luciano de Souza Batista (SESI-SP)
 
Rio Open Goalball Men's Tournament (07 a 09/05)

Alex Melo de Sousa (SESI-SP)
Alexsander Almeida Maciel Celente (ACERGS-RS)
José Roberto Ferreira de Oliveira (APACE-PB)
Josemarcio da Silva Sousa (SESI-SP)
Paulo Rubens Ferreira Saturnino (SANTOS-SP)
Romário Diego Marques (SANTOS-SP)

Fonte: CBDV

Ascom - Ministério do Esporte

No ninho do Dragão: experiência dos brasileiros na terra do tênis de mesa

Andrews Martins, mais conhecido como Ceará, nunca tinha imaginado que vivenciaria uma experiência como a que teve na China. Do país do futebol, o técnico de tênis de mesa respirou pela primeira vez os ares da modalidade na terra da superpotência da raquete e da bolinha.  
 
Por meio de intercâmbio entre os governos brasileiro e chinês, o técnico fez parte da comitiva nacional que contou com três técnicos, além do headcoach da seleção principal – o português Ricardo Faria –, e 16 jovens atletas que foram selecionados pelo projeto “Diamantes para o Futuro”.
 
Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação
 
Foi na cidade de Chengdu, capital da província de Sichuan, que a visão de Ceará sobre o esporte mudou. Durante um mês na Ásia oriental, entre novembro e dezembro de 2015, ele conheceu as técnicas, disciplina e a paixão dos chineses pelo tênis de mesa.
 
Os resultados começaram a aparecer. No último fim de semana, os jogadores Gustavo Gerstmann e Daniel Godoi, que participaram da experiência, venceram em Brasília os títulos da Copa Brasil nas categorias mirim e infantojuvenil, respectivamente.
 
O período no centro de treinamento de Chengdu, que hospeda jogadores de todo o mundo, transformou a forma de pensar do treinador. “Foi uma experiência inigualável. Estávamos com os melhores do mundo. A infraestrutura é realmente tudo aquilo que imaginamos. O local tem estrutura olímpica, com mão de obra extremamente qualificada. Vi que a cidade respira o esporte”, disse Ceará. 
 
O tênis de mesa é o esporte número um na China. Os números mostram a força olímpica: das 28 medalhas de ouro distribuídas na história da modalidade nos Jogos, 24 foram conquistadas por chineses. O esporte entrou para o programa Olímpico em Seul, 1988.
 
Fundado em 2006, o centro de treinamento de Chengdu oferece intercâmbios com treinamentos diários, alojamento e refeições durante todo o ano. Na instalação, os atletas têm a oportunidade de treinar com os melhores jogadores da província. Os treinadores altamente qualificados supervisionam todas as sessões de treinamento, além de acompanhamento individual.
 
“O clube é preparado para receber os estrangeiros. Saímos de lá e a delegação da Alemanha chegou para participar do mesmo intercâmbio. Vivenciei 120 horas de curso de extensão como técnico. Esse lugar é sensacional pela estrutura, bem parecida com o centro construído para as partidas dos Jogos Olímpico do Rio 2016 e, por incrível que possa parecer, é uma estrutura de bairro”, conta.  
 
Os dias na China serviram também para aumentar o conhecimento sobre a cultura milenar do país. “A cultura é muito forte. Tudo é feito com muita qualidade. A filosofia do atleta é totalmente voltada para dedicação, sem corpo mole. A repetição e o nível de exigência são altíssimos. Sempre com estrutura, filmando, coisa que fazemos no Brasil somente na seleção principal”, explicou.  
Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação
 
Ceará é técnico federado pelo Jundiaí Clube, no interior paulista, e da seleção brasileira de base sub13. Segundo ele, ter desde cedo uma experiência desse nível traz um impacto muito positivo na formação dos atletas. O profissional acrescenta que todo o aprendizado é aplicado, agora, nos treinamentos no Brasil. 
 
“Ver como os melhores do mundo trabalham abriu muito os meus horizontes. Estou aplicando o conhecimento nos meus alunos. Hoje, de 60 a 70% dos treinos que comando são com ensinamentos que aprendi na China”, concluiu. 
 
Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 
 

Campeões mundiais do trampolim falham e ficam fora do pódio

Evento-teste da ginástica de trampolim. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)Evento-teste da ginástica de trampolim. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)

Uma das potências da ginástica de trampolim, a China conquistou o ouro durante o Mundial de Odense, na Dinamarca, em novembro do ano passado, tanto no masculino quanto no feminino. Assim, os atuais campeões mundiais Li Dan e Gao Lei eram esperados como as grandes estrelas do evento-teste da modalidade, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (19.04). Contrariando as expectativas, porém, os dois cometeram falhas na final e ficaram de fora do pódio do torneio.

A ginasta Li Dan terminou a fase classificatória em primeiro lugar após totalizar 102.480 pontos com a apresentação das séries obrigatória e livre. Já na final, a atleta não conseguiu o mesmo desempenho e, com 52.745 pontos da rotina livre, fechou a competição em quinto lugar. Ainda assim, não lamentou o resultado. “Não estou decepcionada porque acabei de fazer um movimento com mais dificuldade e que eu utilizei pela primeira vez dentro de uma competição. Então não estou nem um pouco triste”, afirma. “Sei que preciso melhorar mais e esse é o objetivo. Acredito que a minha próxima apresentação vai ser bem melhor”, ressalta.

No feminino, o ouro ficou com a também chinesa Liu Lingling (55.485 na final), campeã mundial em 2014, seguida pela russa Yana Pavlova (54.160) e pela bielorrussa Tatsiana Piatrenia (53.540). Agora, as atletas da China esperam somar mais pontos nas próximas competições para brigarem internamente pelas duas vagas do país para os Jogos Olímpicos.

“No nosso sistema, nós fazemos acúmulo de pontos. O resultado daqui com certeza está contribuindo para eu dar um passo a mais para os Jogos, mas, como na China tem muitos atletas, eu preciso continuar melhorando”, explica Liu Lingling. “O torneio me faz ganhar confiança. Eu quero estar na lista dos atletas que vão participar das Olimpíadas este ano”, determina.

Li Dan tem o mesmo objetivo. “Internamente  a nossa competição é acirrada. Temos muitos atletas muito bons na China. Mesmo que eu já tenha ganhado muitas medalhas, ainda tenho que continuar me empenhando mais e conquistando mais nas competições dentro da China para acumular os pontos e entrar na lista de atletas para participar da Olimpíada este ano”, aponta Li Dan, dona de sete medalhas de ouro em mundiais.

Gao Lei também deixou a classificatória em primeiro lugar, com 110.660 pontos na soma das duas séries. Na final, porém, o atleta acabou saindo do trampolim e somou apenas 24.865 pontos, ficando com o oitavo e último lugar da decisão. “Eu estou um pouco triste, esperava um resultado melhor”, admite. “Ninguém sabe a lista final (da vaga olímpica). O que eu tenho que fazer é melhorar e conquistar mais pontos para garantir a participação na Olimpíada do Rio”, analisa.

Se conseguir a classificação, o ginasta já sabe onde quer chegar. “Vou me esforçar ao máximo, o objetivo de todo atleta é o ouro”, comenta. O título da prova ficou com o bielorrusso Uladzislau Hancharou (59.750), a prata com o neozelandês Dylan Schmidt (58.550) e o bronze com o português Diogo Ganchinho (58.085).

Campeão mundial, Gao Lei saiu do trampolim na final e terminou em oitavo lugar. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)Campeão mundial, Gao Lei saiu do trampolim na final e terminou em oitavo lugar. (Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)

Em relação à supremacia da China na modalidade, Gao Lei aponta que o país evoluiu aos poucos até chegar ao estágio atual. “Não existe um truque. Começamos como qualquer país que não era forte, mas fomos treinando e aprendendo com os mais fortes. Nossa equipe foi melhorando e hoje todos são bons e querem competir entre si”, conta.

De acordo com Tatiana Figueiredo, técnica do brasileiro Rafael Andrade, a China mudou a realidade do esporte. “Depois que eles entraram no trampolim, o nível ficou muito mais alto. Eles elevaram o padrão, a forma dos saltos e até o treinamento, porque eles treinam muito mais que todos os outros países, até por terem muitos atletas no trampolim”, avalia.

Classificação
Enquanto a China definirá os convocados para os Jogos de acordo com a pontuação em competições, cada um dos demais países com vagas asseguradas adotará um critério para escolha do atleta que competirá no Rio de Janeiro em agosto. As vagas asseguradas tanto no Mundial como no evento-teste são dos países, e não de atletas específicos.

Durante o evento-teste desta terça, sete países garantiram vagas olímpicas no masculino: Nova Zelândia, Portugal, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Canadá e Cazaquistão. O oitava posto é do Brasil como país-sede. Já no feminino, os oito países classificados foram: Rússia, Ucrânia, Japão, Uzbequistão, Alemanha, Portugal, Estados Unidos e França.

Competiram no evento-teste 16 atletas em cada gênero, sendo que oito avançavam às finais. Os medalhistas do Mundial já haviam garantido vagas a seus países.

Brasil fora da final
Rafael Andrade será o representante brasileiro nos Jogos Rio 2016.(Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)Rafael Andrade será o representante brasileiro nos Jogos Rio 2016.(Foto: Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br)Sem a meta de disputar medalha com ginastas de países com tradição no trampolim, o brasileiro Rafael Andrade, que herdou a vaga dos anfitriões ao terminar à frente dos compatriotas no Mundial, fechou a prova do evento-teste em 14o lugar. Com um total de 101.870 pontos, o ginasta não avançou à final.

“Eu estava na expectativa de quebrar o gelo do ginásio, porque nunca competi em um tão grande, e de usar a aparelhagem das Olimpíadas. Fiquei muito feliz com a primeira série porque fiz meu recorde pessoal de pontuação (48.050). Agora é manter o que tenho feito nos treinamentos”, comenta. “Já a segunda série, que era a mais firme, eu tive que salvar um pouco e perdi em dificuldade, mas no fim das contas foi uma experiência boa”, acredita Rafael.

A técnica Tatiana Figueiredo também aprovou a participação do ginasta no torneio. “A primeira série foi muito boa e eu fiquei feliz porque era onde ele estava tendo dificuldade, e hoje realizou com boa execução e pontou bem. A segunda poderia ter sido melhor, mas ele deu uma afrouxada na perna logo no segundo salto. Foi uma excelente experiência e daqui para a frente ele vai só crescer para os Jogos Olímpicos”, destaca.

De acordo com a treinadora, o objetivo é aumentar a dificuldade das séries para que Rafael consiga cerca de 104 ou 105 pontos nas Olimpíadas. A melhor marca do brasileiro foi alcançada justamente no Mundial que o classificou, com 102.325 pontos, quando terminou em 36º lugar. “Eu só quero fazer uma competição limpa e conseguir o meu melhor, o meu recorde pessoal de pontuação. Essa é a minha medalha na Olimpíada, estrear e representar bem o Brasil”, define o ginasta.

Aos 29 anos, o atleta goiano treina na Inglaterra, onde seguirá até os Jogos. Rafael foi prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011, quinto colocado no trampolim sincronizado na Copa do Mundo de Portugal, em 2013, prata nos sul-americanos de 2013 e 2014, e bronze por equipe no pan-americano de 2014.

Regras
Na ginástica de trampolim, os atletas apresentam duas séries na classificatória: uma obrigatória e outra livre, cada uma com dez movimentos. Já na final, os oito melhores da qualificatória apresentam uma única série, também de dez movimentos e sem limitação. As rotinas são avaliadas de acordo com a dificuldade e a execução dos movimentos, além do tempo de “voo”.

Quedas de energia
Ao longo do evento-teste de ginástica, a Arena Olímpica do Rio vem sofrendo falhas de energia, chegando a atrasar algumas competições. Nesta terça-feira (19.04), a qualificatória feminina do trampolim precisou ser interrompida devido a uma nova queda da rede elétrica.

Segundo o Comitê Organizador Rio 2016, os problemas ocorridos foram devido a uma sobrecarga na rede. O gerador funcionou, mas o aparelho exige de 10 a 15 minutos para atingir a potência máxima. A organização disse ainda que a arena conta com apenas um sistema de backup, mas que, agora, será instalado um segundo, ainda durante o evento-teste, para que a falha não ocorra novamente.

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Acendimento da chama olímpica, nesta quinta, marca o início simbólico dos Jogos

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
A cidade de Olímpia parou nesta quarta-feira para assistir ao ensaio oficial da Cerimônia de Acendimento da Chama Olímpica. Com o Sítio Arqueológico tomado por crianças, turistas, curiosos e moradores, a atriz grega Katerina Lehou, acompanhada por várias sarcerdotisas, acendeu a tocha olímpica em frente ao Templo de Hera.
 
Nesta quinta (21.04), a partir das 6h (de Brasília), o tour terá o início oficial. Assim que for aceso por Lehou, o fogo olímpico será transmitido ao primeiro carregador, o ginasta grego Eleftherios Petrounias, campeão mundial das argolas na ginástica artística e medalha de prata no evento-teste da modalidade, no último fim de semana. Ele caminhará em direção ao monumento em homenagem a Pierre de Coubertin, o francês que idealizou os Jogos Olímpicos Modernos.
 
No percurso, o bicampeão olímpico Giovane Gávio, do vôlei, será o primeiro brasileiro a ter a honra de participar do revezamento. "Não vou correr. Vou fazer os 250 metros que cabe a cada condutor bem devagar. Não quero que esse momento mágico acabe rápido", diz o medalhista de ouro nos Jogos de 1992 (Barcelona) e 2004 (Atenas).  
 
Para o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, a cerimônia, que promove a conexão entre os Jogos da Antiguidade, nascidos em Olímpia 776 a.C., e os Jogos da Modernidade, é repleta de simbolismos. “Aqui é onde tudo começou e onde os Jogos foram criados, imaginados. Na Grécia antiga, havia tréguas de três meses antes e depois dos Jogos para que os guerreiros pudessem participar”, disse Leyser, que representa o governo federal brasileiro na cerimônia.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Exaltação às divindades
Os gregos da Antiguidade consideravam o fogo um elemento divino. A chama que ficava exposta na entrada dos principais templos, como o de Olímpia, era acesa através de raios de sol com o uso da "skaphia", um espelho côncavo. O objetivo do ritual era assegurar a pureza do fogo que queimaria permanentemente nos altares dos deuses Zeus, Héstia e Hera.
 
O Revezamento da Tocha Olímpica é um retrato das cerimônias que um dia fizeram parte dos Jogos da Antiguidade de Olímpia. A cidade, aliás, e a maneira rústica como a chama é acesa reforçam a conexão entre os Jogos da Antiguidade e os da Modernidade.
 
De mão em mão
Após rápido trajeto pela Grécia, o símbolo olímpico será entregue ao Brasil em 27 de abril, ainda na Europa. Após a travessia do Atlântico, em 3 de maio terá início, em Brasília, o revezamento pelo Brasil. O Governo do Distrito Federal já detalhou como será o evento na capital federal, com direito a rapel, canoa havaiana, ciclistas e nadadores num trajeto de 105 quilômetros.
 
“A chama vai rodar o Brasil de norte a sul, as capitais e os principais pontos turísticos”, disse Leyser. “Com certeza esse fogo vai esquentar o coração do brasileiro e fazer um aquecimento para o início dos Jogos, chamando a atenção para o esporte e para os atletas que estão chegando. O Brasil começa a entrar, finalmente, no clima olímpico”.
 
(Foto: Roberto Castro/ME)(Foto: Roberto Castro/ME)
 
Nacionalização dos Jogos
Durante a rota no Brasil, a tocha será carregada por cerca de 12 mil condutores, além de voar 10 mil milhas pelo país. O símbolo olímpico vai passar por 83 municípios escolhidos como "cidade celebração": em cada um desses locais haverá um grande evento, que inclui show musical nacional e outras atrações. Todas as capitais estão incluídas na lista.
 
O revezamento será feito, além dos carregadores, por um comboio de veículos, que deve passar por cerca de 500 localidades: 300 cidades receberão o revezamento propriamente dito e outras 200 assistirão à passagem do comboio com a chama exposta.
 
O circuito foi definido levando em conta critérios logísticos, turísticos e culturais. Além de envolver o povo brasileiro no aquecimento para os Jogos, a ideia do revezamento é contar histórias de todos os lugares do Brasil e servir como um legado de inspiração para as gerações futuras.
 
Etiene, o greco-baiano
Bem menos famoso que Giovane, outro brasileiro chamou a atenção no evento. Etiene Andrade de Jesus parecia não acreditar no que está por vir. "Moro em Pyrgos – distante 25 quilômetros de Olímpia – e terei a honra de ser a primeira pessoa a carregar a tocha na minha na cidade", disse o professor de musculação e capoeira.
 
Aos 34 anos, Etiene chegou à Grécia em 2006 e já imagina que não vai segurar a emoção durante os 250 metros em que carregar a tocha. "Representar o meu país vai ser especial. É importante ter um brasileiro, que mora aqui na Grécia, e que poderá participar de um momento tão importante", disse o baiano nascido em Porto Seguro.
 
Bicampeão olímpico Giovane Gávio será o primeiro brasileiro a carregar a tocha olímpica (Foto: Roberto Castro/ME)Bicampeão olímpico Giovane Gávio será o primeiro brasileiro a carregar a tocha olímpica (Foto: Roberto Castro/ME)
 
PROGRAMAÇÃO:
 
A Cerimônia de Acendimento da Chama Olímpica está marcada para as 12h desta quinta (6h no Brasil).  Na programação, entre outras atrações, estão previstos a execução do Hino Nacional do Brasil, recital de poemas, hasteamento de bandeiras e início do revezamento.  Veja abaixo o roteiro (horário de Brasília) da Cerimônia. 
 
6h – Cerimônia de Abertura                
 
6h07 – Hino Olímpico
- Elevação da Bandeira Olímpica
- Hino Nacional do Brasil
- Elevação da bandeira brasileira
 
6h11 – Hino Nacional da Grécia
- Elevação da bandeira grega
- "A Luz de Olympia " , poema Takis Doxas recitado por Yiannis Stankoglou
- Fala de autoridades
 
6h23 – Discurso do Presidente do Comitê Olímpico Grego, Spyros Capralos
 
6h26 – Entrada dos oficiais cadastrados no Templo de Hera
 
6h32 – Cerimônia de Acendimento no Templo de Hera
 
- Entrada da Alta Sacerdotisa e das Sacerdotisas no Estádio Antigo com a chama olímpica
- Apresentação cultural das sacerdotisas
 
6h50 – Entrega da Chama Olímpica pela Alta Sacerdotisa ao primeiro carregador da tocha
- Partida do primeiro carregador, o ginasta grego Eleftherios Petrounias, para o Monumento a Pierre de Coubertin. (o primeiro brasileiro será o ex-jogador de vôlei Giovane Gávio)
- Abertura do Revezamento da Tocha Olímpica
 
 
 
Rafael Brais e Carlos Eduardo Cândido, de Olímpia (Grécia)
Ascom – Ministério do Esporte
 
 
 
 
 
 
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