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Secretário Marco Aurélio recebe visita de cortesia do presidente da CBDE

O secretário Marco Aurélio Vieira recebeu, nesta quinta-feira (07.06), o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), Antônio Hora Filho, em Brasília. Durante a reunião, o secretário informou que o órgão está trabalhando no planejamento estratégico para estruturar o Sistema Nacional do Esporte.

“O nosso objetivo estratégico é criar um sistema único de informações, uma ferramenta de banco de dados, com inteligência artificial, para que todas as confederações tenham elementos comuns para consultar, com cadastros confiáveis e atualizados. Isso vai fortalecer o trabalho das entidades que trabalham com o esporte escolar, universitário e de alto rendimento”, informou o secretário Marco Aurélio.

Durante a reunião, o presidente da CBDE informou sobre os calendários nacional e internacional da entidade, além de convidar o secretário para a abertura do Campeonato Brasileiro Escolar de Basquete, voltado para jogadores com idade entre 15 a 17 anos, no próximo sábado (09.03), no ginásio do Maristinha, em Brasília.

Também participaram da reunião o secretário indicado para a Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), Washington Stecanela Cerqueira, e o vice-presidente da CBDE, Robson Aguiar.

Antônio Hora Filho, Marco Aurélio Vieira, Washington Stecanela Cerqueira e Robson Aguiar. Foto: Francisco Medeiros/ Ministério da CidadaniaAntônio Hora Filho, Marco Aurélio Vieira, Washington Stecanela Cerqueira e Robson Aguiar. Foto: Francisco Medeiros/ Ministério da Cidadania

Breno Barros - Ministério da Cidadania 

Secretário Marco Aurélio Vieira e presidente da CBCa debatem utilização de Legado Olímpico

Foto: Francisco Medeiros/ Ministério da CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/ Ministério da Cidadania

O secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marco Aurélio Vieira, recebeu o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomasini, nesta quinta-feira (07.03), em Brasília. Na pauta da reunião, eles debateram a utilização dos canais de canoagem slalom do Parque Radical de Deodoro, no Rio de Janeiro, e da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR).

“A seleção brasileira de canoagem já participou de períodos de treinamentos no Parque de Deodoro após os Jogos Olímpicos do Rio 2016. A estrutura já acolheu os campeonatos Pan-Americanos e Sul-Americano da modalidade, além do Campeonato Mundial de Canoagem Slalom 2018. Temos programados ainda o campeonato classificatório para Tóquio 2020 na estrutura, no ano que vem”, citou Tomasini.

Foto: Francisco Medeiros/ Ministério da CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/ Ministério da Cidadania

O secretário Marco Aurélio Vieira destacou o funcionamento e a utilização das instalações olímpicas na capital fluminense. “Nós temos mais de 80% de toda a estrutura do Legado Olímpico do Rio 2016 em funcionamento. Atualmente, temos a circulação de mais de 20 mil pessoas por mês no Parque Olímpico da Barra. A nossa meta é manter as estruturas e melhorar”, informou secretário.

A importância do Parque Radical de Deodoro na preparação dos atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 também foi reforçada durante o encontro. “Temos projeto para tornar o Parque Radical completo, atendendo também a outros esportes, como a escalada e o skate, além da canoagem slalom e o ciclismo BMX que já contam com estrutura. A pista de canoagem slalom de Tóquio é similar à do Rio de Janeiro e os atletas brasileiros têm todas as condições de treinar em casa”, acrescentou Tomasini.

Durante a reunião, o presidente da CBCa apresentou o projeto piloto no Posto Leonardo, no Parque Nacional do Xingu, que visa atender a comunidade indígena com as modalidades de canoagem, tiro com arco e wrestling. “O Xingu já tem 12 barcos patrocinados pelo BNDES por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. A nossa intenção é fazer com que esse projeto piloto esteja funcionando plenamente. Eles contam também com um tatame de luta e a prática do tiro com arco”.

Segundo o secretário Marco Aurélio, o projeto pode ser reforçado com o envolvimento de outras áreas do Ministério da Cidadania. “Podemos unir no projeto do Xingu, além do Esporte, a parte de Cultura e a do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, para atender os indígenas em todas as áreas”, acrescentou.

Breno Barros - Ministério da Cidadania
 

Igualdade de gênero é pauta antiga e conquista recente no universo olímpico

A luta feminina por espaço no meio esportivo não é um pleito atual. A primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Atenas, 1896, contou apenas com homens. Quatro anos depois, em Paris 1900, elas puderam competir pela primeira vez. Mas, dos 997 atletas, somente 22 eram mulheres (2,2%). Na ocasião, elas disputaram tênis, vela, croquet, hipismo e golfe, sendo que apenas tênis e golfe eram exclusivamente femininos.

Ao longo dos anos, a presença de mulheres aumentou significativamente, mas foi apenas em 2018 que um torneio olímpico contou exatamente com o mesmo número de homens e mulheres. Nos Jogos da Juventude de Buenos Aires, na Argentina, houve 4.012 atletas: 2.006 homens e 2.006 mulheres, todos com idades entre 15 e 18 anos, de 206 países, que competiram em 36 modalidades. "Foram os Jogos com mais mulheres e mais inclusivos em relação a qualquer edição anterior, não apenas da Juventude", afirmou o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, na entrevista coletiva de encerramento do evento.

Parte da delegação nacional nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, em 2018. Evento teve o mesmo número de homens e mulheres. Foto: Danilo Borges/ Ministério da CidadaniaParte da delegação nacional nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, em 2018. Evento teve o mesmo número de homens e mulheres. Foto: Danilo Borges/ Ministério da Cidadania


Nos megaeventos para adultos, a igualdade quantitativa e em postos de comando ainda é um horizonte, mas com avanços importantes. Nos anos recentes, um dos marcos mais relevantes ocorreu em 2012, em Londres, na Inglaterra. A edição britânica entrou para a história como a primeira em que todas as delegações tiveram mulheres.

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Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Brasil recebeu 11.238 atletas de 206 nações mais uma delegação de refugiados. Foram 5.180 atletas do sexo feminino – mais de 45% do total. É o percentual mais amplo da história. Sete países, inclusive, tiveram mais mulheres que homens: Estados Unidos, Porto Rico, Canadá, Austrália, China, Nova Zelândia e Bahrein.

A delegação nacional foi retrato do perfil geral. As mulheres representaram 45% do Time Brasil no Rio de Janeiro. Dos 465 integrantes, 209 eram do sexo feminino. "A partir da segunda metade do século 20, houve uma crescente participação feminina, não só nos esportes, mas no ambiente social como um todo. No Brasil, tivemos resultados desse novo entendimento moderno do papel da mulher na sociedade também por meio do esporte", afirmou o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marco Aurélio Vieira.

"Os resultados começaram a surgir mais claramente com a dupla Jaqueline e Sandra em Atlanta (1996) e a partir daí não paramos mais. Desde 2008, a equipe feminina brasileira tem conquistado pelo menos duas medalhas de ouro a cada Olimpíada", completou Vieira. Em Pequim (2008), Mauren Maggi, no salto em distância, e a equipe de vôlei subiram ao topo do pódio. Em Londres (2012), foi a vez de Sarah Menezes, no judô, e do bicampeonato do vôlei feminino. Já nos Jogos Rio 2016, os ouros vieram com Rafaela Silva, no judô, e com a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, na vela.

Não é engessamento

Para os Jogos de 2020, no Japão, a estimativa do COI é de que o balanço de gênero signifique que pelo menos 48,8% do total de atletas em Tóquio seja de mulheres. "Assim como em todos os segmentos, a mulher conquistou seu espaço no esporte. O COB incentiva e apoia o aumento da participação feminina nas delegações brasileiras. Em Atenas 2004, chegou a ser 50% a 50% na nossa delegação", lembrou Sebástian Pereira, gerente-geral de alto rendimento do COB.

O dirigente reforça, no entanto, que a equidade não pode ser confundida com engessamento para definição do Time Brasil. "Não há proporção definida previamente para as delegações que irão ao Pan de Lima 2019 e aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Isso depende da conquista da vaga nas diversas modalidades", explicou o dirigente.

Sebástian citou, ainda, que os Jogos Sul-Americanos de Praia de Rosário 2019 terão uma missão liderada exclusivamente por mulheres: "Elas embarcam em 9 de março. Serão nove profissionais de diferentes áreas para coordenar a delegação de 62 atletas, de nove modalidades. A competição, de 14 a 23 de março, contará com cerca de 2.000 atletas, disputando 24 provas de 13 modalidades".

A busca por paridade se reflete também na gestão do esporte paralímpico. Até a inclusão ou não de modalidades no programa parte desse pressuposto. O futebol de sete, por exemplo, voltado para atletas com paralisia cerebral, mas ainda muito centrado no masculino, saiu do programa de 2020 e não estará também em Paris (2024).

Nos Jogos Rio 2016, as mulheres representaram 35% do total de integrantes brasileiros no time paralímpico: foram 102 num total de 286 atletas. Elas conquistaram 21 (29%) das 72 medalhas nacionais, com destaque para os ouros de Shirlene Coelho e Silvânia Costa, no atletismo, além do título da bocha, nas duplas mistas, com Antônio Leme, Evelyn Oliveira e Evani Soares. Bruna Alexandre foi outra estrela da companhia, com uma prata individual e um bronze por equipe no tênis de mesa, os primeiros pódios femininos brasileiros da história da modalidade.

O tênis de mesa paralímpico, aliás, terá escala estratégica em Lima, no Parapan, em agosto. O Brasil levará uma equipe com 30 atletas, com pelo menos dez integrantes do time feminino. O título individual no Peru vale vaga direta em Tóquio. "Hoje estamos com uma equipe feminina forte, não só tecnicamente, mas física e mentalmente. Todas temos chances reais de ouro em Lima e, consequentemente, de buscar um pódio em Tóquio", afirmou Jennyfer Parinos, atleta das classes 8 a 10, que conquistou um bronze por equipe nos Jogos Rio 2016 e um ouro no Mundial por equipes de 2017, ambos ao lado de Bruna Alexandre e de Daniele Rauen.

Martine Grael e Kahena Kunze: tradição da vela também no feminino. Foto: Danilo Borges/ Ministério da CidadaniaMartine Grael e Kahena Kunze: tradição da vela também no feminino. Foto: Danilo Borges/ Ministério da Cidadania

Gradativamente

São 119 anos desde o início da participação feminina na história dos Jogos Olímpicos. Uma vez que o esporte se construiu historicamente como fenômeno masculino, associado a elementos como força, velocidade, coragem e exposição pública, as mulheres enfrentaram, cada uma a seu tempo, estigmas e preconceitos para ganhar espaço.

A estreia das mulheres foi na edição de Paris, em 1900, quatro anos após a primeira edição dos Jogos da Era Moderna, em 1896, com apenas duas modalidades estritamente femininas. No Brasil, a nadadora Maria Lenk foi a pioneira. Ela entrou para a história como a primeira mulher do país numa edição olímpica, em 1932, em Los Angeles. A estreia veio 12 anos depois de o país participar de sua primeira edição, em 1920 (Antuérpia).

Nos Jogos de Berlim, na Alemanha, quatro anos depois, Maria Lenk voltou a representar, sozinha, as mulheres brasileiras, mesma situação vivida por Mary Dalva Proença, nos saltos ornamentais, em 1956 (Melbourne), por Wanda dos Santos, no atletismo, em 1960 (Roma), e por Aída dos Santos, novamente no atletismo, em 1964 (Tóquio).

Até o Brasil celebrar a primeira medalha, foram necessários 64 anos desde o primeiro mergulho de Maria Lenk. Nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, o país conquistou quatro pódios, com direito a dobradinha no vôlei de praia: ouro com Jacqueline Silva e Sandra Pires e prata com Adriana Samuel e Mônica Rodrigues. As outras medalhas vieram com a prata no basquete feminino e o bronze no vôlei de quadra.

Em Londres 2012, as brasileiras conquistaram seis das 17 medalhas da delegação: seleção feminina de vôlei (ouro), Sarah Menezes (ouro no judô), Yane Marques (bronze no pentatlo moderno), Adriana Araújo (bronze no boxe), Juliana e Larissa (bronze no vôlei de praia) e Mayra Aguiar (bronze no judô).

Nos Jogos Rio 2016, cinco das 19 medalhas brasileiras vieram a partir de performances femininas. Além dos ouros de Rafaela Silva no judô e de Martine Grael e Kahena Kunze na vela, o país conquistou uma prata com a dupla Ágatha e Bárbara, no vôlei de praia, e dois bronzes, com Mayra Aguiar (judô) e Poliana Okimoto (maratonas aquáticas).

Ana Claudia Felizola, Breno Barros, Gustavo Cunha e Luiz Roberto Magalhães – Ministério da Cidadania

Investimentos, participação e resultados caminham cada vez mais próximos ao alto rendimento feminino

Vestir o quimono para treinos e torneios é parte óbvia da rotina da carateca Valéria Kumizaki, vice-campeã mundial da categoria -55kg em 2016. Mas nem sempre o óbvio foi simples. Aos 33 anos, a atleta pertence a uma geração que precisou enfrentar desconfiança e olhos tortos com alguma frequência pelo simples fato de ser uma mulher no mundo dos tatames.

"Até dentro de casa foi difícil. Quando escolhi o caratê, meu pai não gostou. Dizia que era esporte de menino, que eu era magrinha, que iam me quebrar", recorda a atleta. "Depois, na academia, éramos só duas ou três meninas num universo de dezenas de meninos. O professor incentivava a rotação entre duplas, mas eles odiavam treinar com a gente", conta. "Isso me motivava. Eu só queria melhorar para ganhar deles. Quando eu levava a melhor, eles ficavam indignados", brinca.

Valéria Kumizaki fez parte de uma geração que ressignificou o caratê em Presidente Prudente (SP) e no Brasil. Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaValéria Kumizaki fez parte de uma geração que ressignificou o caratê em Presidente Prudente (SP) e no Brasil. Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

O pioneirismo e os títulos de Valéria mundo afora mudaram o perfil da academia da atleta em Presidente Prudente (SP). O local passou a ser um polo de referência na formação de caratecas no feminino. "Chegamos a ter 30 meninas para dois meninos. Quando viajávamos para Brasileiros e Regionais, era a 'Academia de Mulheres'", afirmou a atleta, integrante da categoria Pódio, a principal do programa Bolsa Atleta, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

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Campeã dos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia, em 2018, e bronze na etapa da Premier League de Dubai, nos Emirados Árabes, em fevereiro de 2019,Valéria também integra uma geração em que o esporte feminino passou a ser tratado de forma mais igualitária em termos de oportunidade de investimentos, de percepção dos organizadores de megaeventos e, consequentemente, de expressividade de resultados.

"Fico feliz com esse reconhecimento. Hoje já podemos ver mulheres com destaque em modalidades que antigamente só homem participava", disse a paulista, forte candidata a uma vaga na estreia da modalidade no programa olímpico, agendada para os Jogos de Tóquio, em 2020.

Na competição continental na Bolívia, a delegação nacional viajou com uma jovem equipe de 316 atletas. Eram 160 homens e 156 mulheres. No quadro final de medalhas, contudo, a balança pendeu para o lado feminino. Das 204 medalhas conquistadas pelo Brasil, 106 (52%) ficaram com as mulheres e 88 com os homens (43%), fora as 10 (5%) que vieram de modalidades mistas. Foram 48 ouros femininos e 36 masculinos.

"Esse avanço reflete uma maior participação das mulheres na prática esportiva e a força que elas têm. O ciclo de maior investimento que o Brasil teve com os megaeventos permitiu uma maior entrada de mulheres em todos os esportes e ampliou nosso leque", afirmou, à época, Marco La Porta, vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e chefe da delegação.

A judoca Alana Maldonado representa a nova 'safra' do judô paralímpico: prata na Rio 2016, ouro no Mundial em Portugal 2018. Foto: Gabriel Heusi/ Ministério da CidadaniaA judoca Alana Maldonado representa a nova 'safra' do judô paralímpico: prata na Rio 2016, ouro no Mundial em Portugal 2018. Foto: Gabriel Heusi/ Ministério da Cidadania


Viés de alta

A percepção de Valéria e de La Porta se reflete também nos esportes paralímpicos. Aos 23 anos, a judoca Alana Maldonado é um dos símbolos da nova geração. Medalha de prata nos Jogos Rio 2016, a paulista de Tupã conquistou o título mundial em 2018, em Portugal, na categoria -70kg para atletas com deficiência visual.

"O importante é que quebrou aquela barreira de mulher malhar, ser forte, fazer esporte de contato. Isso fez a gente ir para cima mesmo, mostrar a força que a mulher tem e a capacidade de chegar lá. O judô feminino vem se desenvolvendo muito, e a mulherada está dominando os pódios", afirmou a atleta, que tem como principais metas o Parapan de Lima, em agosto, e os Jogos de Tóquio, em 2020.

Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, o desafio à frente transcende tatames. Envolve todas as modalidades na tarefa de ampliar a base de talentos do sexo feminino e ocupar todos os espaços possíveis em torneios internacionais.

"O CPB tem como prioridade a promoção do esporte paralímpico entre as mulheres. Estabelecemos no nosso planejamento estratégico uma meta desafiadora, que é ocupar todas as vagas possíveis em competições internacionais. Além disso, pretendemos avançar com a participação de mulheres nos eventos nacionais, principalmente nos regionais, que são qualificatórios para os nacionais e, consequentemente, nos principais eventos do país", disse.

Retrato dos investimentos

A qualidade da participação feminina se mede também pela Bolsa Pódio. Voltado especificamente para esportistas próximos ao topo do ranking mundial e com possibilidade de medalha em megaeventos, o programa contemplou 244 bolsas femininas para 136 atletas no ciclo dos Jogos Rio 2016 (85 olímpicas e 51 paralímpicas), num investimento de R$ 34 milhões. Agora, no caminho para Tóquio, são 227 bolsas, para 151 atletas (80 olímpicas e 71 paralímpicas), num investimento de R$ 29 milhões. Ao todo, são 201 atletas, com 471 bolsas, e R$ 64 milhões em recursos. O número de bolsas é maior que o de atletas porque são patrocínios anuais. Assim, no ciclo olímpico, a mesma pessoa pode ser beneficiária mais de uma vez.

Levando em conta as outras categorias da Bolsa Atleta (base, estudantil, internacional, nacional e olímpica/paralímpica), entre 2009 e 2018 foram concedidas 22.254 bolsas federais para mulheres, num investimento total de R$ 327 milhões. Ainda que o número total seja inferior ao concedido para homens no mesmo período (32.359 bolsas e R$ 461 milhões investidos), ele reflete a maior quantidade de competidores masculinos no universo total de atletas no país, e não o número de oportunidades disponíveis.

"Aqui na Secretaria Especial do Esporte, o incentivo é feito em todos os níveis, na área social, no futebol, no alto rendimento, de maneira equânime. Mulheres e homens recebem exatamente o mesmo tipo de incentivo. O que comprova essa política são os resultados, cada vez melhores", afirmou Marco Aurélio Vieira, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Para ele, a união entre esporte, cultura e desenvolvimento social no novo Ministério da Cidadania amplia o potencial de ganhos: "A intenção é possibilitar às mulheres a plenitude de exercer a sua cidadania, com políticas de igualdade, acessibilidade e sustentabilidade".

Ana Claudia Felizola, Breno Barros, Gustavo Cunha e Luiz Roberto Magalhães – Ministério da Cidadania

 

 

Com Magic Paula e Hortência, Atletas pelo Brasil apresentam ações para 2019

Os atletas associados à organização sem fins lucrativos Atletas pelo Brasil apresentaram, nesta terça-feira (26.02), em Brasília, ações e projetos estratégicos de 2019 para o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marco Aurélio Vieira. Durante o encontro, a ex-jogadora de basquete e diretora presidente da entidade, Magic Paula, disse que a missão da pasta está alinhada com as expectativas da organização. “Estamos aqui para contribuir. Não queremos ficar distantes, pois queremos ajudar com a nossa expertise e vivência para melhorar o esporte e o país”, disse. 
 
Ao reunir atletas e ex-atletas de diferentes gerações e modalidades em prol da melhoria do esporte, a organização Atletas pelo Brasil é considerada uma iniciativa inédita no mundo. “O secretário Marco Aurélio tem a compreensão do esporte como um todo, não só o esporte que vemos pela televisão, conhecido como esporte de entretenimento. O pensamento dele está muito alinhado com as expectativas da nova gestão, que é o esporte que atende todas as pessoas, que valoriza o profissional e garante cidadania”, acrescentou Magic Paula. 
 
Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania
 
Segundo o secretário Marco Aurélio, o esporte faz parte da integralidade da cidadania. “A secretaria saiu de ministério para integrar o Ministério da Cidadania. Hoje, temos uma experiência muito válida, pois entendemos que o esporte é construído por meio da cidadania. Porque no esporte a cidadania é plena, para que a pessoa tenha a liberdade de escolha, tenha a capacidade e a oportunidade de praticar alguma atividade física”, explicou. 
 
Os ex-atletas Nelson Aerts (tênis), Hortência Marcari (basquete), Pipoka (basquete), Rui Campos (vôlei) e o atleta de saltos ornamentais Hugo Parisi também participaram da reunião na sede da Secretaria Especial de Esporte.  
 
Nelson Aerts lembrou que originalmente o nome da organização era Atletas pela Cidadania. “Mudamos para Atletas pelo Brasil há dois anos. Estamos alinhados no pensamento de que o esporte é um direito. É isso que o Atletas propõe desde que foi fundado”, completou.
 
O Atletas pelo Brasil atua há 12 anos no país. Nesse período, os mais de 60 atletas associados contribuíram com a experiência e a credibilidade em prol do esporte nacional. “Esses mais de 60 atletas são profissionais que viveram do esporte, construíram com belas histórias de vida, mas que não esqueceram as raízes. Eles começaram nas escolas e nos clubes. São locais que sabemos do potencial de formar melhores cidadãos e que transmitem os valores humanos”, acrescentou Magic Paula.  
 
Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania
 
Segundo a coordenadora de Advocacy do Atletas pelo Brasil, Silvia Gonçalves, a entidade acredita que o esporte é uma ferramenta de desenvolvimento humano. “Ficamos felizes pelo secretário estar aberto à contribuição. A gente acredita que a sociedade civil tem muito o que contribuir na área esportiva. Pela apresentação do secretário Marco Aurélio, vimos que a missão da pasta está alinhada com o que o Atletas faz e acredita: a valorização do esporte como desenvolvimento humano”, finaliza. 
 
Reunião da CNA
Em seguida, o secretário Marco Aurélio Vieira participou de uma reunião com a Comissão Nacional de Atletas (CNA). “A participação da comissão é fundamental. Nós somos o elo entre o secretário e os atletas”, afirmou a presidente da CNA, Hortência Marcari, ex-jogadora de basquete e um dos maiores nomes da modalidade. Também estiveram presentes no encontro o vice-presidente Virgilio de Castilho, do triatlo, Rui Campos, do vôlei, e Mosiah Rodrigues, coordenador-geral do programa Bolsa Atleta.
 
Ana Felizola e Breno Barros – Ministério da Cidadania
 
 

Secretário Marco Aurélio participa da primeira reunião da comissão da Lei de Incentivo ao Esporte 2019

O secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marco Aurélio Vieira, participou, nesta segunda-feira (25.02), em Brasília, da primeira reunião da comissão técnica da Lei de Incentivo ao Esporte em 2019. Com 66 processos em pauta, o secretário ressaltou o papel do mecanismo legal para ampliar o acesso do esporte aos brasileiros.
 
Foto: Abelardo Mendes Jr/ Secretaria Especial do Esporte/Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Secretaria Especial do Esporte/Ministério da Cidadania
 
“É uma satisfação estar aqui. Fiz questão de participar da primeira reunião do ano. Ela deveria ter acontecido em janeiro, mas é importante entender que estamos vivendo uma transição de governo até hoje. Assim, gostaria de cumprimentar a equipe pelo esforço, pois, mesmo sem as nomeações, estão realizando uma reunião. Para nós interessa que haja solução de continuidade naquilo que entendemos que é o maior esforço de governo no incentivo ao esporte”, disse.
 
O secretário acrescentou que a intenção é melhorar o mecanismo legal. “Entendemos que é crucial não só manter a Lei de Incentivo ao Esporte, mas aperfeiçoar para melhor utilizar o dinheiro público, fazendo com que o esporte seja mais um elo na cidadania plena dos brasileiros”, acrescentou.
 
Segundo Marco Aurélio, é muito saudável que haja um aprimoramento no mecanismo por conta de novos olhares e formas de entenderem os problemas. “Temos como meta principal o aperfeiçoamento, não só da execução da lei propriamente dita, mas da desburocratização dos processos. Para que se tornem mais ágeis e, principalmente, mais transparentes”, revelou.  
 
Foto: Abelardo Mendes Jr/ Secretaria Especial do Esporte/Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Secretaria Especial do Esporte/Ministério da Cidadania
 
Breno Barros - Ministério da Cidadania
 

CPB lança curso de EaD gratuito e visa capacitar 100 mil profissionais de Educação Física

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou, nesta segunda-feira (25.02), o curso "Movimento Paralímpico: Fundamentos Básicos do Esporte", no formato de ensino à distância (EaD), de forma gratuita.

A iniciativa faz parte da meta de capacitar até 100 mil profissionais de Educação Física em esportes adaptados até 2025, definida no Planejamento Estratégico do CPB. As aulas foram desenvolvidas na ferramenta on-line do Impulsiona, programa de educação do Instituto Península.

Lançamento do curso curso "Movimento Paralímpico: Fundamentos Básicos do Esporte. Foto: Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIXLançamento do curso curso "Movimento Paralímpico: Fundamentos Básicos do Esporte. Foto: Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

As inscrições já estão abertas e os interessados podem registrar-se nesta página: https://impulsiona.org.br/esporte-paralimpico/. Estão disponíveis quatro módulos: o primeiro trata da história do esporte paralímpico e sua estrutura, o segundo aborda as deficiências elegíveis, enquanto o terceiro fala sobre aspectos gerais da classificação esportiva. Por fim, o último módulo demonstra como o esporte paralímpico pode ser introduzido na escola.

O curso totaliza 40h de conteúdo na AVA MEC, sistema do Ministério da Educação. Não há limite de vagas. Aqueles que cumprirem todas as etapas em até 60 dias ganham um certificado assinado pelo CPB, Impulsiona e o MEC. O objetivo principal do curso é qualificar professores de todo o Brasil a incorporarem o conteúdo ao planejamento de suas aulas. O projeto é coordenado pela área de Educação Paralímpica, que formulou o conteúdo e o adaptou para ser repassado à distância.

Mizael Conrado, presidente do CPB, disse em seu discurso que a iniciativa é um marco no direcionamento da política inclusiva da entidade. "A igualdade no ponto de partida é o que dá sentido à meritocracia. Trabalhamos incansavelmente para dar as mesmas oportunidades às pessoas com deficiência e esta é uma iniciativa que tem grande importância neste contexto. O esporte é vital na vida de um deficiente. E introduzi-lo às modalidades já na fase escolar é o que consideramos ideal", afirmou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

O evento de lançamento do curso contou com a presença da senadora Mara Gabrilli, do secretário municipal de educação, José Cury Neto; do secretário municipal da pessoa com deficiência, Cid Torquato; de Carlos Ferrari, diretor da Organização Nacional dos Cegos do Brasil; e de Vanderson Berbat, diretor do Impulsiona. O vice-presidente do Comitê, Ivaldo Brandão, também prestigiou a cerimônia, que contou com uma demonstração de tênis de mesa - uma das modalidades abordadas no curso inaugural.

"Promover inclusão por meio do esporte é uma das formas mais dignas de incluir, porque alunos recebem noções de disciplina, foco e desenvolvem habilidades cognitivas e socioemocionais muito importantes. Por este motivo, a Secretaria Municipal de Educação incentivará todos os professores da rede pública municipal a fazerem este curso e se capacitarem em relação ao esporte adaptado", disse José Cury Neto.

O conteúdo do curso foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e o ambiente estará acessível aos professores inscritos a qualquer momento, por computadores, celulares ou tablets, desde que haja acesso à internet.

Perguntas & Respostas

Quem pode participar?

O curso se destina a profissionais de Educação Física.

Quanto custa?

O curso é totalmente gratuito.

Onde posso me inscrever?

O curso já está disponível no site https://impulsiona.org.br/esporte-paralimpico/.

Qual a duração do curso?

São quatro módulos, com duas aulas cada, que totalizam 40h.

Quantas vagas?

O número de vagas do curso é ilimitado.

Quem o desenvolveu?

O conteúdo do curso foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e é oferecido em parceria com o Impulsiona.

Qual o prazo para conclusão do curso?

60 dias.

Terá certificado?  

As pessoas que concluírem o curso receberão um certificado assinado pelo CPB, Impulsiona e o MEC.

Qual o objetivo do curso?

Capacitar professores de Educação Física do Brasil a incorporarem o conteúdo do curso ao planejamento de suas aulas.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro

Nota de pesar pela morte do jornalista Roberto Avallone

O jornalismo esportivo brasileiro perdeu, nesta segunda-feira (25.02), um de seus grandes ícones. Recebi, com pesar, a notícia da morte do jornalista Roberto Avallone, aos 72 anos. Avallone notabilizou-se pela qualidade com que dirigiu redações e comandou programas de debates esportivos. Seus comentários e opiniões - no rádio, na TV e na internet - ajudaram a definir os rumos da crônica esportiva nacional nas últimas décadas.

Neste momento, registro aqui, em nome da Secretaria Especial do Esporte e do Ministério da Cidadania, uma mensagem de solidariedade e de carinho aos familiares, amigos e admiradores de Avallone.

Marco Aurélio Vieira
Secretário especial do Esporte

 

 

Secretário do Esporte prestigia a final do Rio Open de Tênis, realizado com recursos captados via Lei de Incentivo ao Esporte

Maior torneio de tênis profissional da América do Sul, o Rio Open, disputado no Jockey Club Rio de Janeiro, terminou na noite deste domingo (24.02) com vitória do sérvio Laslo Djere na final de simples. O jogador, de 23 anos e atualmente na 90ª posição do ranking mundial, conquistou o troféu após vencer na decisão a revelação canadense Felix Auger-Aliassime, 104º do ranking, de apenas 18 anos, por 2 x 0, com parciais de 6/3 e 7/5.

No sábado (23.02), pela chave de duplas, os brasileiros Thomaz Bellucci e Rogério Dutra Silva perderam a final para o argentino Máximo González e o chileno Nicolás Jarry, que triunfaram de virada por 2 x 1, com parciais de 6/7 (3/7), 6/3 e 10/7. Com isso, o Brasil segue sem conhecer um campeão no Rio Open, que este ano chegou à sua 6ª edição.

 

Laslo Djere, Gustavo Kuerten e Felix Auger-Aliassime. Foto: Rio Open/FotLaslo Djere, Gustavo Kuerten e Felix Auger-Aliassime. Foto: Rio Open/Fot

A final deste domingo contou com a presença do secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marco Aurélio Vieira, que participou da cerimônia de premiação de Laslo Djere e Felix Auger-Aliassime. A organização do Rio Open conta com parte de seus recursos captados via Lei de Incentivo ao Esporte e Alan Adler, CEO da IMM, realizadora do torneio juntamente com o Instituto Carioca de Tênis, destaca a importância que o incentivo tem no contexto da realização de grandes eventos esportivos.

“Sem a Lei do Incentivo ao Esporte não haveria o Rio Open. Tanto em nível federal quanto estadual”, explica. “O Brasil é um país que tem uma renda per capta relativamente baixa e para trazer grandes propriedades do entretenimento mundial, seja do esporte ou da cultura, você precisa de algumas compensações, porque não existe renda para sustentar um evento desses, que é muito caro”, continua Alan Adler.

“Para você estar no circuito mundial de tênis, você tem que garantir uma premiação do nível da ATP (a Associação dos Tenistas Profissionais), assim como para trazer a Fórmula 1. Então a gente precisa desses incentivos e os patrocinadores se utilizam desses incentivos para poder viabilizar. O que é legal? Primeiro que o retorno econômico para a sociedade, medido pela Consultoria Deloitte, mostra que é enorme. O Rio Open gera de retorno econômico para o estado do Rio de Janeiro R$ 113 milhões. E recebe de incentivo R$ 9,9 milhões pelo ICMS e em torno de R$ 4 a 5 milhões da lei federal. O custo de um evento desses é dez vezes maior do que isso. Ou seja: é uma parcela pequena em relação ao custo total do evento”, ressalta o CEO da IMM.

“Além disso, esse é um torneio transmitido para 130 países. Ou seja: a imagem do estado e da cidade vai para todos esses países. E a gente também apoia 500 crianças de projetos sociais ao longo do ano, incentivando jogadores de tênis e aumentado a base”, conclui Adler.

O secretário Marco Aurélio Vieira (de camisa azul cara, ao lado de Felix Auger-Aliassime), durante a cerimônia de premiação do Rio Open 2019. Foto:  Rio Open/FotojumpO secretário Marco Aurélio Vieira (de camisa azul cara, ao lado de Felix Auger-Aliassime), durante a cerimônia de premiação do Rio Open 2019. Foto: Rio Open/Fotojump

Para o secretário Marco Aurélio Vieira, o Rio Open comprova os vários aspectos de aplicação da Lei de Incentivo ao Esporte, que vai muito além de projetos na área social. “O espírito da Lei de Incentivo ao Esporte é exatamente esse: conseguir ao mesmo tempo promover o lado social e o esporte de alto rendimento. Nós estamos vendo aqui hoje o exemplo de um modelo de projeto que traz para o Rio de Janeiro e para o Brasil todo o retorno de um empreendimento de esporte de alto rendimento com altíssimo padrão. Não só nas instalações, mas no jogo propriamente dito, na promoção do esporte e do tênis”, afirma Marco Aurélio Vieira.

Emoção na premiação

A final do Rio Open colocou em lados opostos da quadra dois jovens tenistas que lutaram para conquistar o primeiro título de suas carreiras profissionais. Por se tratar de um evento da série ATP 500, Laslo Djere somou 500 pontos no ranking mundial e deverá saltar, nesta segunda-feira (25.02), da 90ª para a 37ª posição. Já Felix Auger-Aliassime também ganhará diversas posições com a conquista do vice-campeonato e deverá aparecer na 59ª posição.

Em seu discurso após ser anunciado como campeão do Rio Open 2019, Laslo emocionou a plateia ao lembrar os pais e dedicar o título a eles. Quando tinha 15 anos, sua mãe foi diagnosticada com câncer. Ela perdeu a batalha para a doença dois anos depois. Em dezembro passado, Laslo também perdeu o pai, igualmente vitimado por um câncer.

Além dos jogadores, o tricampeão de Roland Garros e ex-número 1 do mundo Gustavo Kuerten foi muito aplaudido durante a cerimônia de premiação, da qual participou. A quadra central do Rio Open leva o nome de Guga e na noite deste domingo o torneio também prestou uma homenagem a outra lenda do tênis brasileiro: Maria Esther Bueno, falecida em junho do ano passado, aos 78 anos.

Tanto Laslo Djere quanto Felix Auger-Aliassime seguem no Brasil nesta semana, já que ambos partem agora para São Paulo onde disputam, a partir desta segunda-feira, o Brasil Open, torneio da série ATP 250, que garante 250 pontos no ranking para o campeão.

Luiz Roberto Magalhães - Ministério da Cidadania, do Rio de Janeiro
 

Esporte educacional e combate à dopagem se destacam no documento final da Cúpula Ibero-Americana de Esporte

A necessidade de investir na conexão entre esporte e educação, com ênfase no ensino da educação física nas escolas, e o combate à dopagem foram temas de destaque na Declaração Final da 25ª Assembleia do Conselho Ibero-Americano de Desporto (CID), realizada durante a semana em Punta del Este, no Uruguai. Pela primeira vez, todos os 22 países-membros – Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Chile, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, México, Costa Rica, Cuba, Honduras, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Panamá, República Dominicana, Porto Rico, Espanha e Portugal – enviaram representantes para a reunião de cúpula do esporte ibero-americano.

Foto: Paulo Rossi/Ministério da CidadaniaFoto: Paulo Rossi/Ministério da Cidadania

O secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marco Aurélio Vieira, representou o Brasil na conferência. Além de participar das discussões e da elaboração do documento oficial, o secretário realizou uma série de reuniões bilaterais. Na quarta-feira (20.02), encontrou-se com os representantes de Portugal, da Bolívia e da Agência Mundial Antidopagem (Wada). Na quinta (21.02), conversou com o secretário nacional de Esporte do Uruguai e presidente do CID, Fernando Cáceres – eleito para um novo mandato de dois anos –, e com o diretor nacional do Instituto Peruano do Desporto (IPD), Victor Aspillaga.

Fernando Cáceres e Marco Aurélio Vieira. Foto: Paulo Rossi/Ministério da CidadaniaFernando Cáceres e Marco Aurélio Vieira. Foto: Paulo Rossi/Ministério da Cidadania

“A participação em conferências como esta é uma grande oportunidade para discutir políticas públicas e fazer um intercâmbio com experiências de outros países”, avaliou Marco Aurélio Vieira. Durante a plenária final, o secretário citou a capacitação dos professores de educação física e a sustentabilidade do esporte escolar como pontos fundamentais para o incremento da prática de atividades físicas pela população.

Marco Aurélio Vieira também pediu atenção especial aos países do CID para investimentos na acessibilidade das estruturas esportivas e para ações de combate ao assédio moral e sexual no esporte. “Tivemos casos recentes no Brasil. É necessário atuar de forma concreta para proteger o ambiente esportivo de qualquer tipo de discriminação e de assédio.”

O tema foi reforçado pela secretária executiva do CID e presidente do Conselho Superior de Esportes da Espanha, Maria José Rienda, e pela diretora de Direitos da Infância e Valores do Esporte do Conselho Europeu, Elda Moreno, que apresentou vídeo de uma campanha contra o assédio sexual a crianças e jovens desportistas na Espanha.

Os países ibero-americanos aprovaram na Declaração de Punta del Este a criação da Rede Ibero-Americana de Luta contra a Dopagem. Foi estabelecido um cronograma para que as agências nacionais – no Brasil, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), vinculada à Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania – consolidem a rede e a ata de constituição seja assinada durante a 26ª Assembleia do CID, prevista para o Equador, no ano que vem.

Victor Aspillaga e Marco Aurélio Vieira. Foto: Paulo Rossi/Ministério da CidadaniaVictor Aspillaga e Marco Aurélio Vieira. Foto: Paulo Rossi/Ministério da Cidadania

Pan e Copa do Mundo

Na reunião com o presidente do Instituto Peruano do Desporto (IPD), Victor Aspillaga, o secretário Marco Aurélio Vieira foi informado do andamento dos preparativos para os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima, em julho e agosto. Aspillaga fez perguntas sobre o legado dos grandes eventos esportivos no Brasil e sugeriu intercâmbio de treinadores em modalidades olímpicas e paralímpicas.

Já no encontro com o secretário Fernando Cáceres, o representante brasileiro garantiu apoio à candidatura conjunta de países sul-americanos para a Copa do Mundo de futebol em 2030. Além de Uruguai, Argentina e Paraguai, o Chile se incorporou ao projeto. Cáceres e Marco Aurélio Vieira conversaram também sobre a Copa América, que será disputada em cinco cidades brasileiras – Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre – nos próximos meses de junho e julho.

Paulo Rossi – Ministério da Cidadania, de Punta del Este (Uruguai)

 
 

Inscrições abertas para o IV Seminário Internacional de Gestão e Políticas para o Esporte em Curitiba

Em parceria com a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, o Projeto Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná realizará a quarta edição do Seminário Internacional de Gestão e Políticas para o Esporte entre os dias 8 e 10 de maio, em Curitiba.

No encontro, serão discutidos temas das áreas de gestão, governança, sistemas esportivos e políticas para o desenvolvimento do esporte. Haverá, também, apresentação de trabalhos científicos e relatos de experiências em linhas de pesquisa voltadas para estes temas no Brasil e no mundo, além de palestras e mesas de discussões com convidados nacionais e internacionais.

Todo o seminário será transmitido ao vivo pelo YouTube. As inscrições para acompanhar o evento in loco e à distância são gratuitas e podem ser feitas pelo link http://www.inteligenciaesportiva.ufpr.br/site/index.php/eventos/

Os interessados em submeter resumo de seus trabalhos para apresentação no seminário podem fazê-lo até o dia 1º de abril de 2019. As diretrizes de submissão para comunicações orais e relatos de experiência estão disponíveis no mesmo link acima.

 

 

IV Seminário Internacional de Gestão e Políticas para o Esporte

8 a 10 de Maio de 2019
Auditório Prof. Ulysses de Campos, no Setor de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Paraná
Curitiba
Mais informações: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

 

 

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