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São Paulo vence as Paralimpíadas Escolares de 2019
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- Publicado em Sexta, 22 Novembro 2019 22:47
O Estado de São Paulo conquistou o título de campeão da 13ª edição das Paralimpíadas Escolares. O maior evento do planeta para atletas com deficiência em idade escolar reuniu por três dias mais de 1.200 competidores em 12 modalidades no Centro de Treinamento Paralímpico, na cidade de São Paulo.
São Paulo venceu com 583 pontos. Santa Catarina terminou em segundo lugar (465,5 pontos), seguido do Distrito Federal (350 pontos). Os paulistas são os mais vitoriosos da história competição, com oito títulos no total. Esta é a quinta temporada consecutiva em que o estado termina na frente. Os paulistas também haviam sido os melhores em 2006, 2009 e 2011.
O método utilizado pela organização da competição é de somar pontos por cada colocação no ranking, desde o primeiro colocado, com 12 pontos, ao oitavo colocado (um ponto) em cada prova. Aos 13 anos de idade, o paulista Lucas Arabian participou pela segunda vez das Paralimpíadas Escolares no tênis de mesa e contribuiu para a vitória do time de São Paulo com dois ouros (no individual e duplas).
"Adoro a modalidade. Pretendo, um dia, se Deus quiser, ser da Seleção Brasileira, assim como o Guilherme Costa [campeão do Parapan de Lima], um dos atletas que mais admiro. Recebi um convite para treinar com a Seleção no ano que vem e já até o conheci", disse o atleta, que teve um tumor na médula no primeiro ano de vida.
Miriam Vitória de Campos Chagas, 16, também conquistou duas medalhas para São Paulo. Ela é de Mairinque, tem paralisia cerebral (por falta de oxigenação no cérebro na hora do parto) e é atleta das Escolinhas Paralímpicas, projeto do CPB de iniciação desportiva para jovens com deficiência. Está no nono ano do ensino fundamental e participa das primeiras Paralímpiadas Escolares.
"Fiquei um pouco nervosa na hora da prova, mas me senti feliz de ter ganhado. Acho que você tem olhar pra frente, confiar em si mesmo, acreditar e lembrar que têm pessoas que acreditam em você também. Pretendo continuar no esporte. Comecei a praticar aqui no Centro de Treinamento e quero seguir no atletismo no resto de toda a minha vida."
O anúncio da campeã foi feito na cerimônia de encerramento, nesta noite de sexta-feira, 22, no Pavilhão Oeste do Centro de Exposições do Anhembi, em São Paulo. "Quero parabenizar os chefes de delegação, técnicos e principalmente os atletas. As Paralimpíadas Escolares mostraram que a deficiência também é um estímulo, um motivador para superar limites e fazer coisas que achávamos que não eram possíveis", disse a secretária estadual dos direitos da pessoa com deficiência de São Paulo, Célia Leão.
Uma das novidades da edição 2019 das Paralimpíadas Escolares foi o advento da disputa para crianças com síndrome de Down. Cinquenta e cinco jovens participaram das provas de atletismo e natação, em uma classe específica para os atletas com este comprometimento. "Foi muito bom tê-los aqui essa semana! Dividimos um evento de inclusão, de muitas alegrias e de resultados importantes. Agradeço a todos os chefes de delegação que incluíram atletas com síndrome de Down. Espero que no próximo ano tenhamos mais participantes", disse o segundo vice-presidente do CPB, Ivaldo Brandão.
Além da briga por medalhas, a direção técnica do Comitê Paralímpico Brasileiro selecionou os melhores atletas para integrar o projeto do Camping Escolar Paralímpico 2019, que promove semanas de treinamento intensivo e de alto rendimento para os jovens contemplados.
Classificação geral
1º lugar - São Paulo
2º lugar - Santa Catarina
3º lugar - Distrito Federal
4º lugar - Goiás
5º lugar - Minas Gerais
6º lugar - Paraíba
7º lugar - Pará
8º lugar - Ceará
9º lugar - Espírito Santo
10º lugar - Mato Grosso do Sul
11º lugar - Rio de Janeiro
12º lugar - Rio Grande do Norte
13º lugar - Maranhão
14º lugar - Paraná
15º lugar - RioGrande do Sul
16º lugar - Pernambuco
17º lugar - Bahia
18º lugar - Rondônia
19º lugar - Amazonas
20º lugar - Amapá
21º lugar - Sergipe
22º lugar - Alagoas
23º lugar - Tocantins
24º lugar - Mato Grosso
25º lugar - Acre
26º lugar - Roraima
27º lugar - Piauí
TODOS OS CAMPEÕES
2006 – São Paulo
2007 – Rio de Janeiro
2008 - Não houve
2009 – São Paulo
2010 – Rio de Janeiro
2011 – São Paulo
2012 – Rio de Janeiro
2013 – Rio de Janeiro
2014 – Santa Catarina
2015 – São Paulo
2016 – São Paulo
2017 - São Paulo
2018 - São Paulo
2019 - São Paulo
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
No duelo que opôs atletas bicampeões, Goiás bate o DF e leva o título do basquete 3 x 3 nas Paralimpíadas Escolares
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- Publicado em Sexta, 22 Novembro 2019 20:01
Elias e João Vitor bem que avisaram. A final do basquete 3 x 3 em cadeira de rodas nas Paralimpíadas Escolares 2019 seria resolvida no detalhe, na consistência de quem errasse menos e fizesse uma defesa melhor. A decisão que opôs os dois bicampeões como parceiros pelo Distrito Federal rezou essa cartilha. A partida foi intensamente equilibrada nos três quartos de cinco minutos, a ponto de terminar o tempo normal em 15 x 15. Na prorrogação em "golden point", houve duas chances para cada lado antes que o novato Matheus, de 14 anos, selasse o placar em 16 x 15 para Goiás, a nova equipe de João Vitor, que se consolidou como tricampeão da competição.
A vitória foi a senha para cenas simbólicas. Enquanto João Vitor chorava e abraçava integrantes da delegação goiana que invadiram a quadra, Carlos, o terceiro integrante do trio goiano, se lançou da cadeira ao chão do ginásio em celebração. Ele teve sintomas de infecção estomacal nos últimos dias. Jogou as quartas com 38° de febre. Quase foi internado na noite anterior à final, mas melhorou dos sintomas após avaliação do setor médico da competição. Elias e João Vitor se abraçaram em reconhecimento aos esforços de ambos. As equipes de Goiás e do DF se uniram num grito pelo esporte do Centro-Oeste, puxado pelo técnico André Barbosa, campeão em 2017 e 2018 pelo DF e agora, em 2019, por Goiás. A medalha de bronze ficou com a equipe do Paraná, que superou a seleção da Paraíba por 12 x 7.
"Qualquer um que ganhasse aqui estava justo. A gente sabe do sacrifício dos professores lá no Distrito Federal, vive o sacrifício que a gente tem em Goiás. Conhecemos a luta que a gente passa todos esses dias para chegar até aqui. Foi uma final que honrou o basquete do Centro-Oeste e brasileiro, né?", avaliou André Barbosa. "Ter o Elias e o João Vitor em times diferentes foi bom para todos perceberem o quanto eles jogam. E o Carlos eu até me emociono em falar. Ele ia para o hospital e seria internado ontem. Só conseguimos a liberação para o jogo hoje cedo. Esse título representa muito".
Para João Vitor, o duelo foi exatamente o que ele imaginou. "A gente sabia que ia ser pegado. No início, sendo sincero, as duas defesas estavam ruins, mas depois melhoramos. O Elias estava com a mão calibrada e fez três cestas de fora. Eles distanciaram, conseguimos buscar, fizemos bandejas, cavamos faltas. E o novato, o Matheus, teve a maturidade para matar a bola decisiva", avaliou o tricampeão.
"Erramos algumas bolas fáceis, estouramos algumas vezes os 14 segundos de posse e toda bola que a gente errava eles pegavam o rebote e convertiam. Foi no detalhe, mas gostei muito. Todos sabiam que não seria fácil. Foi merecida a vitória deles", avaliou Elias, que recebeu o troféu de cestinha da competição, com 51 pontos anotados no torneio.
Seleção no horizonte
A partida parou o Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo. Atletas de várias modalidades se deslocaram para acompanhar o duelo, que foi transmitido ao vivo pelo Comitê Paralímpico Brasileiro com direito a comentários do técnico da Seleção Brasileira, Sileno Santos.
"Chamou a atenção o nível técnico dos jogadores em quadra. Foi um duelo muito disputado e muitos participantes demonstraram potencial, talento e habilidade que podem ser desenvolvidas ao longo dos anos. Certamente atletas como o Elias e o João Vitor têm um futuro esportivo promissor. Além de já demonstrarem personalidade, são talentos para o basquete do Brasil. Certamente os veremos defendendo a seleção no próximo Mundial Sub-23 em 2021", comentou Sileno.
O treinador da seleção também elogiou a quantidade de atletas e a variedade de estados presentes. "Tivemos oito estados inscritos e a presença de quatro meninas. São evoluções que fazem com que o evento cresça a cada ano", disse. "Acredito que as Paralimpiadas Escolares, com a inserção do basquete em cadeira de rodas, é uma das principais ações para que possamos alcançar melhores posições no cenário internacional no futuro", disse.
Gustavo Cunha - Ascom - Min. Cidadania
Atletismo, badminton, futsal e vôlei abrem o segundo bloco de competições dos Jogos Escolares da Juventude
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- Publicado em Sexta, 22 Novembro 2019 14:03
Como habitualmente ocorre nos Jogos Escolares da Juventude, o quinto dia de evento é marcado pelo fim do primeiro bloco de competições. Em Blumenau 2019, após basquete, handebol, judô e wrestling, agora será a vez de atletismo, badminton, futsal e vôlei. As provas começam nesta sexta-feira (22) e vão até segunda (25).
As novas delegações já começaram a desembarcar na cidade catarinense e aproveitar todas as atividades disponíveis no Centro de Convivência, situado na Vila Germânica, como basquete 3x3, escalada esportiva, surfe e jogos de realidade virtual.
Até o momento, os Jogos Escolares têm sido um sucesso. No judô, o medalhista olímpico Carlos Honorato presenciou a conquista de um de seus alunos no clube Paineiras do Morumby, Francisco Gorgulho, filho do ator Paulo Gorgulho, enquanto o bicampeão mundial João Derly e o treinador Kiko Pereira, da Sogipa, acompanharam a nova geração de judocas gaúchos.
No handebol, quem dominou os torneios femininos foi o Colégio Anglo Líder (PE), que venceu as categorias 12 a 14 anos e 15 a 17. Por sinal, uma das revelações do torneio foi Raquel Ladeia, 13, que nasceu em Goiânia e se mudou para Recife a convite do treinador da seleção brasileira júnior, Cristiano Rocha.
O basquete, por sua vez, teve uma supremacia de São Paulo, que levou os dois títulos no 12 a 14 anos e foi duas vezes finalista no 15 a 17. Além disso, pudemos conhecer belas histórias, como a do Porãbask/Colégio Elite (MS) e a de Dannyel Russo e João Gabriel, que se dividem entre o Colégio Batista e o Basquete Cearense, ambos de Fortaleza.
Por fim, o wrestling teve como principal novidade a inclusão da luta greco-romana no programa dos Jogos. Guilherme Porto, do Mato Grosso, foi o maior destaque individual, tendo conquistado dois ouros, mas os lutadores de Atalaia do Norte (AM) e a brasiliense Geovania Marques também chamaram a atenção.
Para este segundo bloco de competições, estarão presentes três novos Embaixadores: Paulo André (atletismo), campeão Mundial de Revezamentos; Jaqueline Lima (badminton), bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018; e Gustavo Endres (vôlei), campeão olímpico em Atenas 2004. Além disso, estão confirmadas as presenças dos seguintes Observadores, indicados pelas respectivas confederações: Alexandre Moratto (atletismo), Norma Rodrigues (badminton), Abel Silva Junior (vôlei) e Luiz Carlos da Silva (vôlei).
Vale lembrar ainda que as provas de atletismo vão acontecer em Timbó (SC), no Complexo Esportivo do município (endereço: Rua Gustavo Piske, s.n.). Todas as provas têm entrada franca.
Fonte: Comitê Olímpico do Brasil
Final do basquete 3 x 3 nas Paralimpíadas Escolares deixa atuais bicampeões em lados opostos
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- Publicado em Quinta, 21 Novembro 2019 21:58
Nos últimos dois anos, o domínio do basquete 3 x 3 nas Paralimpíadas Escolares foi do Distrito Federal. A equipe da capital federal venceu São Paulo nas decisões de 2017 e 2018 e teve como principais destaques nas duas ocasiões dois atletas: Elias Emanuel de Souza Moura e João Vitor de Souza Nascimento. Em 2017, João Vitor foi o cestinha do campeonato e fez a cesta da vitória por 11 x 10 contra os paulistas. Ano passado, Elias foi o cestinha da competição, com 33 conversões, e João Victor ficou em segundo, com 31. Os dois, na mesma ordem, foram eleitos os melhores do torneio.
Em 2019, os dois estão novamente na final. Desta vez, contudo, em lados opostos. João Vitor, agora, é o principal atleta do time de Goiás, estado que também levou do DF o atleta Carlos Cassimiro, integrante do elenco campeão em 2018, além do técnico André Barbosa Ramos, que esteve à frente dos títulos em 2017 e 2018.
João Victor é natural de Ariquemes, em Rondônia, mas vive em Goiás há tempos. Quando vivia em Rio Verde, treinava e jogava na capital federal por falta de colegas em seu estado. Hoje, vive na zona metropolitana de Goiânia e conseguiu formar o trio para representar o estado no evento escolar que mobiliza mais de 1.200 atletas em torno de 12 modalidades.
O time goiano garantiu vaga na decisão do basquete 3 x 3 ao derrotar, na semifinal, a equipe da Paraíba por 16 x 5. Elias e seus parceiros no DF passaram pelo Paraná na disputa pela vaga na final, com vitória por 17 x 11. A definição do troféu será a partir das 9h desta sexta-feira, no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo.
"Eu prevejo um encontro respeitoso e equilibrado. Sabemos da qualidade e dos defeitos de cada um. Quem errar menos vai ganhar. São dois times de potencial enorme", disse João Vitor, que perdeu a perna esquerda num acidente num terminal rodoviário no Acre quando tinha 12 anos. O motorista do ônibus deu a partida quando o adolescente havia subido apenas com uma das pernas na escada do veículo.
João se define como um pivô de garrafão, do tipo que gosta de atuar no "um contra um", buscando a infiltração e a bandeja. "Trabalho para buscar o espaço e chutar quando ficar livre. Na defesa, tenho como característica a agressividade, a vontade", disse o atleta, que treina cinco vezes por semana, em média três horas e meia por dia. "Quero muito chegar à seleção e buscar o máximo que puder. Faço de 350 a 500 arremessos por dia. Sou daqueles que chega antes do treino e fica depois", contou.
Elias também prevê um duelo equilibrado. "Esse encontro na final era o que queríamos desde o início. Independentemente do resultado, a amizade permanece. Vai ser um jogo pegado, brigado, lá e cá. Eles evoluíram muito", disse o atleta, que tem dificuldade de mobilidade por uma má formação congênita. "A gente se conhece desde 2017. Antes, nem eles nem nós tínhamos atletas suficientes, por isso nos juntamos. Queríamos o tri com eles, porque eles são sensacionais e jogam muito, mas vai ser bacana. A essência dos Jogos Escolares é isso. Criar amizades, vínculos para a vida toda", completou.
Com um histórico de carga afetiva com os atletas dos dois lados, o treinador André Barbosa celebra o crescimento do número de atletas na modalidade no Centro-Oeste e nas Paralimpíadas Escolares, que tiveram oito equipes inscritas. "Claro que há uma mistura de sentimentos. Sou natural de Brasília e fui bicampeão com eles, mas estou treinando Goiás agora. Eu acho, de verdade, que quem ganha é o basquete. Esses meninos compõem uma geração promissora, que tem grandes chances de aparecer nos próximos anos nas seleções. Eles treinam muito, se dedicam muito. Nesta final, quem ganhar está bem ganho. Vou deixar o coração e trabalhar com a razão", afirmou.
Adaptações
O basquete paralímpico 3 x 3 é disputado em três períodos de cinco minutos. Cada equipe tem 14 segundos de posse de bola para converter o arremesso. Cada cesta vale apenas um ponto. A exceção são os arremessos da linha de três, que valem dois pontos. Sempre que uma equipe pega o rebote do arremesso do adversário, precisa sair da linha de três pontos antes de iniciar o ataque.
Gustavo Cunha - Ascom - Min. Cidadania
Estreante nas Paralimpíadas Escolares, badminton atrai 36 competidores
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- Publicado em Quinta, 21 Novembro 2019 20:20
Pela primeira vez, o parabadminton integra o programa das Paralimpíadas Escolares. A modalidade estreante tem 36 competidores entre os cerca de 1.220 atletas participam do evento, vindos de 26 estados e do Distrito Federal. A competição segue até esta sexta-feira, 22, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
A delegação de Santa Catarina conta com quatro jogadores. Um deles é Leonardo França, 14 anos, que disputa na classe SS6, para atletas com nanismo. “Um professor da escola me chamou para jogar badminton há dois meses. Antes eu fazia atletismo”, relatou o jovem que cursa o sétimo ano do Ensino Funtamental.
Natural de Maravilha, em Santa Catarina, Leonardo ainda disputará sua medalha nesta sexta-feira, 22. “É uma experiência nova estar aqui, porque é outra rotina. O que mais gostei mesmo foi de competir”, comentou.
Quem também pratica a modalidade há menos de um ano é Lariane Campos, 15 anos. Natural de Três Lagoas, ela compõe a delegação do Mato Grosso do Sul. “É minha primeira competição. É muito legal, estou impressionada com o tanto de gente. Na escola só tem eu e uma menina que usa cadeira de rodas”, comentou Lariane, que tem má-formação no braço esquerdo.
O parabadminton fará sua estreia no programa dos Jogos Paralímpicos na edição de Tóquio 2020. A modalidade fez sua estreia também nos Jogos Parapan-Americanos, em Lima, e o Brasil levou dez medalhas: quatro ouros, quatro pratas e dois bronzes.
As Paralimpíadas Escolares são consideradas o maior do mundo para pessoas com deficiência em idade escolar. Neste ano, são ofertadas 12 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas (formato 3x3), bocha, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. A faixa etária contemplada para as disputas é de 12 a 17 anos.
Campeão mundial de surfe adaptado estreia com ouro na natação nas Paralimpíadas Escolares
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- Publicado em Quinta, 21 Novembro 2019 20:09
A 13ª edição das Paralimpíadas Escolares Loterias Caixa marca a estreia de Davi Teixeira, campeão mundial de surfe adaptado em 2016, em competições paralímpicas de natação. O carioca de 14 anos faturou uma medalha de ouro nos 50m costas, na classe S3, nas disputas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, que seguem até esta sexta-feira, 22.11.
Davi deu início à sua trajetória no esporte aos oito anos, no surfe adaptado. Alguns anos mais tarde, sagraria-se campeão mundial em La Jolla, nos Estados Unidos. Acometido por uma síndrome da banda amniótica, rara patologia que afetou o desenvolvimento de seus membros inferiores e superiores, ele só conheceu o movimento paralímpico neste ano. Passou a treinar no Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, com a intenção de participar de competições.
Não esqueceu-se da antiga modalidade, contudo. No surfe, teve o privilégio de conhecer e ser "apadrinhado" por grandes nomes, como Gabriel Medina, Filipe Toledo e Ítalo Ferreira, que atualmente lutam pelo título mundial de 2019. “Hoje, para mim, é mais fácil competir no surfe, para o qual treino há mais tempo, mas estou me dedicando à natação para melhorar mais. Ter essa relação com eles é irado, porque são meus ídolos e já treinaram comigo”, comentou o jovem.
Nas Escolares, sua medalha dourada veio na manhã da quarta-feira. "Essa é minha primeira competição pela natação e estou muito empolgado, pois já ganhei uma medalha de ouro e quero mais. Nadar costas sempre foi difícil para mim porque quando estava aprendendo o nado eu batia na borda, mas aqui na competição tive que deixar o medo de lado e dar tudo de mim”.
As Paralimpíadas Escolares são consideradas o maior do mundo para pessoas com deficiência em idade escolar. Neste ano serão ofertadas 12 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas (formato 3x3), bocha, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. A faixa etária contemplada para as disputas é de 12 a 17 anos.
Cerca de 1.220 atletas participam do evento, vindas de 26 estados e do Distrito Federal. A unidade da federação com o maior número de inscritos é São Paulo, com 128 atletas. O Estado é o mais vitorioso da competição, com sete títulos no total: 2006, 2009, 2011, 2015, 2016, 2017 e 2018.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
Com apenas 15 anos, Maria Clara da Silva chega ao tetra nas Paralimpíadas Escolares
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- Publicado em Quarta, 20 Novembro 2019 18:55
Secretaria Especial do Esporte participa de Workshop Regional de Integridade nos Esportes em Medellín
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- Publicado em Quarta, 20 Novembro 2019 16:43
A cidade de Medellín, na Colômbia, recebeu, entre os dias 18 e 20 de novembro, o Workshop Regional de Integridade nos Esportes e a Conferência Global Anticorrupção e de Recuperação de Ativos da Interpol. A proposta foi despertar a atenção para os temas da manipulação de competições e corrupção no esporte, além de construir capacidades no âmbito das polícias e outras instituições interessadas.
Os eventos contaram com a participação de 40 países. O Brasil foi representado pela secretária nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Luísa Parente, pelos diretores da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania Celso Silva e André Siqueira, além de membros da Polícia Federal (PF), da Controladoria Geral da União (CGU) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Ao compartilhar casos de ação conjunta entre polícia federal e ONADs (organizações nacionais antidopagem), o evento também visou estabelecer uma cooperação nacional e regional forte entre polícias, governos, organizações esportivas e outras instituições interessadas, além de transmitir informações sobre as ferramentas da Interpol e serviços como a Força-Tarefa de Fraudes Esportivas. O evento ainda formalizou uma Declaração de Medellín com a intenção de integrar as ações entre Interpol, Agência Mundial Antidopagem e ONADs na América Latina.
Ascom – Ministério da Cidadania
Com foco na nova geração, COB promove Programa de Carreira do Jovem Atleta (PCA)
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- Publicado em Quarta, 20 Novembro 2019 14:21
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançou o Programa de Carreira do Jovem Atleta (PCA). O curso vai oferecer às promessas do esporte nacional orientações sobre saúde, gestão do tempo, importância do controle financeiro, educação e prevenção ao doping. Promovido durante os Jogos Escolares da Juventude, em Blumenau (SC), o curso terá a duração de 40 horas.
O PCA Jovem será oferecido em plataforma de ensino a distância e tem como objetivo preparar o atleta, fornecendo conteúdo para que ele possa potencializar diversas habilidades, que contribuirão para o desenvolvimento da sua carreira esportiva. A ação foi criada pela área de Desenvolvimento Esportivo e pelo Instituto Olímpico Brasileiro.
“Queremos dar ao jovem atleta informações e ferramentas para que ele possa estar melhor inserido no ambiente esportivo, aproveitando todas as oportunidades e suas potencialidades. E não há nada melhor do que destinar esse curso para os atletas dos Jogos Escolares da Juventude, visto que essa é a maior competição estudantil do país”, diz Kenji Saito, gerente executivo de Desenvolvimento Esportivo do COB.
Todos os atletas que participam dos Jogos Escolares 2019 poderão realizar inscrição para o PCA por meio de um QR Code ou tablets, disponíveis na Arena COB. Para os treinadores, o COB oferece ainda o Curso Básico de Gestão para Treinadores (CBGT). Cada um dos cursos terá duas edições em 2020, uma por semestre, com 100 vagas por turma.
Fonte: Comitê Olímpico do Brasil
Com participação especial de Petrúcio Ferreira e Verônica Hipólito, Paralimpíadas Escolares são abertas em São Paulo
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- Publicado em Quarta, 20 Novembro 2019 01:19
Sotaques, bandeiras, uniformes e expectativas de atletas de todo o país se reuniram na noite desta terça-feira, 19.11, no Pavilhão Oeste do Anhembi, em São Paulo. A Cerimônia de Abertura da edição de 2019 das Paralimpíadas Escolares simbolizou o pontapé inicial para três dias de competição em 12 modalidades no Centro de Treinamento Paralímpico da capital paulista, entre esta quarta-feira, 20.11, e a próxima sexta, 22.11. O evento, considerado o maior do planeta para adolescentes com deficiência, reúne mais de 1.200 meninos e meninas com idade entre 12 e 17 anos.
A Abertura recebeu representantes das três esferas de governo, dirigentes de entidades esportivas e ídolos paralímpicos que iniciaram a carreira brilhando no megaevento escolar. O secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, e o secretário nacional de Alto Rendimento da pasta, Emanuel Rego, participaram da cerimônia.
No time dos atletas convocados para servir de inspiração para os meninos e meninas, Verônica Hipólito e Petrúcio Ferreira foram os destaques. Os dois são medalhistas em mundiais, Jogos Parapan-Americanos e Jogos Paralímpicos e deram os primeiros passos rumo ao alto rendimento nas Paralimpíadas Escolares.
Petrúcio, por exemplo, foi um dos destaques da edição de 2013. Seis anos depois, ele acaba de chegar de Dubai, nos Emirados Árabes. Lá, conquistou o título mundial nos 100m e nos 400m na classe T47, para amputados do braço. O tempo de 10s42 registrado por Petrúcio na semifinal dos 100m livre transformou o brasileiro no atleta mais rápido da história das provas paralímpicas, levando em conta todas as classes.
"Despontei para o atletismo nas Paralimpíadas Escolares. Hoje tenho oportunidade de representar o meu país, a minha nação. Espero que vocês aproveitem ao máximo a experiência, se divirtam bastante e façam o que treinaram", convidou Petrúcio. Verônica Hipólito, que venceu uma série de tumores e cirurgias no fim de 2018 e voltou às pistas em alto rendimento recentemente, tem no histório medalhas em Jogos Paralímpicos e em Mundiais.
"Claro que aqui é uma competição, mas acima de tudo aproveitem para se divertir. Existem medalhas, recordes, mas não é só isso. Nessa idade é importante fazer o que vocês gostam e começar a correr atrás dos próprios sonhos. Corram, nadem, pulem, façam o que move seu coração, o que faz ele bater mais forte", afirmou Verônica.
Décio Brasil ressaltou a energia positiva dos atletas e pontuou a capacidade de superação de metas esportivas e de cidadania que os adolescentes demonstram. O secretário Especial do Esporte reforçou, também, a relevância da estrutura do Centro de Treinamento de São Paulo para o desenvolvimento do esporte paralímpico no país. O CT será palco da disputa das 12 modalidades do programa dos Jogos.
"Vocês são a essência da nossa existência como gestores do esporte. Nessa competição vocês vão conhecer o CT Paralímpico, uma grande parceria entre os governos federal, estadual e o Comitê Paralímpico Brasileiro. O CT tem colaborado para o esporte paralímpico nacional se tornar referência de preparação, treinamento e iniciação", disse, citando as campanhas históricas nacionais no Parapan de Lima, no mundial de natação de Londres, e agora, recentemente, com o segundo lugar no quadro de medalhas do mundial de atletismo de Dubai.
Secretária estadual dos direitos da pessoa com deficiência de São Paulo, Célia Leão ressaltou a importância dos investimentos no esporte paralímpico e de acreditar na inclusão como conceito. "A ONU foi inteligente ao definir quem somos e como somos. Chegou à definição de 'pessoas com deficiência'. É uma definição que ressalta, primeiro, que somos pessoas, sujeitas de direitos. Acreditar nas pessoas com deficiênca, na sua qualidade e na sua competencia, é fazer um país melhor, de todos", ressaltou Célia Leão, que é cadeirante.
Vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Ivaldo Brandão lembrou que, para chegar à versão nacional do evento, existem etapas locais e regionais, e que esse trabalho demanda a participação de quase 15 mil pessoas. "É isso que faz deste o maior evento do mundo para estudanes com algum tipo de deficiência na faixa de 12 a 17 anos".
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