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Corrida de fundo reúne centenas de indígenas no último dia dos Jogos Indígenas 2013

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco MedeirosA manhã do último dia dos Jogos dos Povos Indígenas, neste sábado (16.11), foi marcada pela corrida de 1.800 metros. A competição, realizada na Avenida Antártica, sentido ida e volta, teve largada em frente ao portal de acesso à arena dos jogos. O guerreiro corredor de 24 anos Thiago Howpy, da etnia Kanela, do Maranhão, sagrou-se campeão da modalidade tradicional de 2013. O atleta superou o potencial de 300 índios de 48 etnias participantes, apesar de ter passando mal ao ultrapassar a linha de chegada.

O jovem campeão correu usando meias, vestiu calção vermelho e na pele usou pinturas corporais na cor preta retirada da seiva do sapoti. Após ser atendido pela equipe médica disponibilizada por duas ambulâncias, Thiago Kanela comemorou o resultado. “Cuiabá está muito quente e, somado ao grande esforço que fiz, não poderia dar em outra. Mesmo assim estou muito contente com o resultado”, justificou, sorrindo.

Trinta minutos antes da corrida masculina aconteceu a prova feminina. A guerreira Raiane Aphure Parkatejê, do Grupo Gavião, do estado do Pará, levou o título de campeã, quando  deixou  para traz cerca de 190 guerreiras concorrentes. Após o toque do apito pela equipe técnica autorizando o início da competição, Raiane Parkatejê correu descalça e repetiu a mesma façanha das edições anteriores dos Jogos Índígenas de que participou. “Em Paragominas, no Pará, e em Porto Nacional, no Tocantins, também fui a primeira a cruzar a linha de chegada”, destacou a guerreira, feliz com a conquista.

Entre os expectadores da corrida de 1.800 metros dos estava a estudante Juliana Tupinambá, da Aldeia Barra, no Sul da Bahia. Na avaliação da indígena, foi uma competição tranquila. “O tempo, que estava frio, esquentou, mas o importante é que houve aparato médico suficiente com bombeiros e enfermeiros, em ambulâncias. Estão todos de parabéns: os atletas, que demonstraram potencial esportivo, e a organização dos Jogos, não deixou nada a desejar”, avaliou.

Carla Belizária
Foto: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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Indígenas mostram talento na canoagem durante os Jogos de Cuiabá

 

Os melhores canoístas indígenas do Brasil mediram forças nesta sexta-feira (15.11), feriado da Proclamação da República, durante a 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas, em Cuiabá. Num clima de muita integração e lazer, a concentração da competição reuniu, às margens do Rio Cuiabá – que corta os fundos da aldeia dos Jogos – moradores ribeirinhos, delegações indígenas e a imprensa, transformando o local num formigueiro humano.

Num belo dia ensolarado, muita gente que foi assistir à competição – crianças, jovens e adultos – se divertia saltando de dois balanços presos às copas das árvores, num refrescante mergulho radical. A atuação de fotógrafos e cinegrafistas também chamava a atenção. Alguns subiam em arvores, outros transitavam em lanchas e também havia os que preferiam atuar sozinhos, remando e carregando seus equipamentos em caiaques, tudo isso com o objetivo de captar a melhor imagem.

A canoagem e a travessia de rio (natação) – competição que abriu o dia de esportes aquáticos – contaram com a atuação de uma eficiente equipe de segurança. Dez homens do Corpo de Bombeiros, com três lanchas à disposição, estavam a postos para resgate e remoções. Havia também duas ambulâncias, com médicos e enfermeiros, para atendimento dos atletas caso fosse preciso.

Novidades
Na platéia, um pequeno espectador estava ansioso. O morador ribeirinho Luiz Felipe da Silva, 7 anos, levou sua cadela vira-lata de nome “Princesinha” para assistir à disputa de canoagem. O menino, que cursa a 2ª série na Escola Municipal Fernanda Helen, gostou do movimento. “Nunca vi tanto índio diferente junto. Tô achando tudo muito legal. Quando crescer, quero estudar e ser um grande atleta remador, igual a esses guerreiros”, afirmou,  apontando para os  índios Pataxó, da Bahia.

 

Luiz Felipe, 7 anos, e a cadela Princesinha: "Quando crescer, quero ser um grande remador, igual a esses guerreiros"


Cleuzk Kaingang, 22 anos, integra a delegação dos povos que habitam o Paraná e participa pela primeira vez dos Jogos Indígenas, com o marido e a filha Ana Cláudia, de 2 anos. A guerreira afirmou estar achando tudo muito interessante porque está conhecendo coisas que nunca viu antes. “Além do futebol de cabeça e da corrida de tora, a canoagem e a natação são novidades porque em nossa região não há rios largos para praticar os dois esportes. Os que existem são riachos muito rasos”, explicou.

Resultados
Na modalidade tradicional de canoagem dos Jogos dos Povos Indígenas, não há etapa final. São apontados vencedores os canoístas que vencem as baterias da competição. O povo Erikibaktsa, de Mato Grosso, venceu a primeira bateria. Os índios Enawenê-Nawê, também mato-grossenses, remaram conforme suas tradições – em pé na canoa – e conquistaram a segunda bateria. A terceira foi vencida pelos Kuntanawá, do Acre.

A quarta bateria foi conquistada pelos índios da etnia Arakbut, do Peru, representada pelos remadores Kembre e David, que fizeram festa erguendo a bandeira de seu país. O povo Suruí Paíter, do Acre, representado pelos atletas Cláudio e Edson, venceu a quinta bateria, numa disputa acirrada com os guerreiros Terena. “Eles bem que tentaram, tiraram até tinta de nossa canoa, mas não conseguiram”, disse, brincando, a dupla vencedora.

A sexta bateria foi conquistada pelo povo Wapixana, de Roraima, e a sétima, pelo povo Umutina, da região da Barra do Bugre, Mato Grosso. A oitava e ultima bateria teve como vitoriosos os Wai Wai, do Pará.

Carla Belizária
Fotos: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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Homens e mulheres desafiam as correntezas do rio Cuiabá nas provas de natação dos Jogos Indígenas

 

Centenas de pessoas se aglomeravam nas margens do rio Cuiabá, na manhã ensolarada desta sexta-feira (15.11), para assistir às provas de natação dos Jogos dos Povos Indígenas. Antes do início da prova, representantes da etnia Shanenawá, do Acre, fizeram uma oração, pedindo proteção à mãe natureza. O guerreiro Hargran, da etnia Gavião Parkatejê, foi o campeão da prova masculina, enquanto a índia Siricá, da etnia Xerente, conquistou o título na prova feminina. Os dois indígenas foram recebidos com gritos e muitas palmas pelo público.

Por medida de segurança, não houve a travessia de rio, realizada nas edições anteriores dos Jogos Indígenas. A orientação da coordenação da modalidade foi promover a competição margeando o rio, para evitar incidentes devido ao grande fluxo de água e às fortes correntezas.

Após o aquecimento, 15 guerreiros atletas pularam no rio, desafiando as correntezas. Entre as mulheres, 18 atletas não se intimidaram e fizeram o mesmo percurso da prova masculina. A prova foi tranqüila – apenas uma atleta sentiu cãibras e cansaço e foi resgatada por um voluntário.

A competição recebeu o apoio do Corpo de Bombeiros, professores de educação física, voluntários, Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Ambiental e pessoal da área de saúde (médicos e enfermeiros).

Cleide Passos, de Cuiabá
Foto: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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Nos Jogos de Cuiabá, povo Gavião usa ingredientes da culinária indígena em rituais de lazer

 

Um dos ingredientes mais usados na culinária indígena brasileira, a mandioca – conhecida nas regiões Norte e Nordeste como macaxeira – é peça fundamental na celebração do ritual de lazer entre guerreiros e guerreiras paraenses. Os indígenas a utilizam numa comemoração que leva o nome de “Ritual da Macaxeira”, uma espécie de brincadeira, com a participação de homens e mulheres, para agradecer aos deuses pela fartura da colheita e o alimento de cada dia.

O rito realizado pelos povos Gavião Ikóloéhi, de Rondônia, começa com o barulho do maracá, que dita o ritmo da dança. Os participantes entram enfileirados na aldeia montada para receber a 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas. Posicionam-se frente a frente, homem e mulher, até que elas, num movimento brusco, saem do ritmo da dança e formam um círculo, encostando ombro a ombro, como forma de proteção de uma raiz de mandioca, plantada no centro da roda.

A brincadeira simula uma luta corporal e consiste na tentativa de os homens quebrarem a barreira de proteção feita pelas mulheres. O bloqueio é repetido pelos guerreiros, que alcançam o centro e a raiz enterrada. Vence quem conseguir furar o bloqueio primeiro e pegar a macaxeira.

Já na brincadeira do mamão, os indígenas da etnia Gavião Parkatejê, do Pará, utilizam a fruta ainda verde – porque é mais dura e se assemelha a uma bola. O povo Gavião entra na arena enfileirado e se posiciona frente a frente para dar inicio ao jogo. Em certo momento, um guerreiro joga o mamão nas mãos de uma guerreira, como forma de desafiá-la e convidá-la para o embate.

Ela devolve o mamão ao guerreiro, que abraça a fruta sem segura-la com as mãos. "Cabe à mulher tentar tomar a fruta dele. Como na maioria das vezes ela não consegue, a indígena convoca o irmão, a mãe ou um parente mais próximo para ajudá-la", explica ao público o locutor Pacífico Júnior.

Carla Belizária, de Cuiabá
Foto: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte
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Guerreiro Pataxó encanta ministro com assovios, ao imitar o canto dos pássaros

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

O grande guerreiro Ubiranan Pataxó é um dos personagens que mais chama a atenção dos visitantes nos Jogos dos Povos Indígenas, em Cuiabá. Com seus assovios emitidos por vários apitos, cabelos longos, colares com dentes de onça, e pintura corporal, o jovem índio encantou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em visita à Feira do Artesanato. Ao parar para cumprimentá-lo, o ministro ouviu sons dos pássaros entoados pelo jovem índio de 28 anos. E para surpresa dos visitantes, até o hino nacional foi assoviado pelo guerreiro, que também contou um pouco da história de sua aldeia.

Com esses sons Ubiranan ensina alunos da aldeia e de escolas públicas da cidade de Porto Seguro (BA), a distinguir os cantos dos pássaros, que para os índios têm significados distintos, e também a respeitar a natureza. Os bem-te-vi são os guardiões da floresta, o sabiá é o pássaro que admira a floresta, o coki, pássaro de penas escuras, com seu canto bonito mostra que coisas boas vão acontecer. A coruja, quando está na mata fechada, deixa as crianças com medo, e em outros lugares seu canto pode mostrar acontecimentos bons ou ruins.

Mas além desses conhecimentos, Ubiranan ensina as crianças a usarem a flecha, as armas indígenas e as zarabatanas, e tenta resgatar a linguagem patxchoran, praticada pelos antigos, que estava praticamente perdida. Outro costume que o guerreiro tenta passar para os mais novos é o ritual do casamento. Ele afirma que para o casamento ser realizado o noivo precisa carregar uma tora equivalente ao peso da noiva; se não conseguir erguer a tora, ele não está preparado para casar-se. Se conseguir, sai em busca de flores e de caça para oferecer à amada e provar que já pode casar.

A aldeia Pataxó se veste e se pinta com adereços coloridos, que para eles têm vários significados. Usam colares vermelhos para espantar as coisas ruins, pois essa cor para eles representa o sangue do guerreiro. Os colares, com dentes de animais, significam guerreiros caçadores e bons de flecha. Ubiranan, que no dialeto pataxó significa filho de guerreiro, está representando sua aldeia e também aproveitando a oportunidade para expor e vender os produtos de sua aldeia.

A confraternização entre os povos indígenas culmina em atitudes, como a da índia Kaiapó, que, ao contemplar a beleza do guerreiro, disponibilizou-se a tatuar o corpo dele com a pintura típica de sua tribo. Como forma de respeito ele vai recompensá-la, levando consigo a tatuagem que lhe foi presenteada para mostrar aos seus familiares.

 

Cleide Passos, de Cuiabá
Ascom – Ministério do Esporte
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Índios Kanela são campeões do futebol masculino dos Jogos Indígenas, em Cuiabá

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

Foi dia de final masculina de futebol, nesta quinta-feira (14.11), nos Jogos dos Povos Indígenas em Cuiabá. O time dos índios Kanela, do Maranhão, fez bonito durante a partida realizada no Estadio Presidente Dutra, no centro da capital mato-grossense, vencendo o Povo Kaingang, do Paraná. Resultado final: Kanela 1 x 0 Kaingang.

O autor do único gol da competição foi do camisa número 11, o centroavante Isaac Kanela. A partida foi disputadíssima, com várias lances a gol disparados pelos atletas de ambos os times, nos dois tempos de jogo.

Isaac definiu o jogo nos minutos finais do segundo tempo, quase indo para a prorrogação. Após receberum toque de uma bola rasteira cruzando a área do adversário, o atleta emplacou o gol que garantiu o título à equipe Kanela, campeã de futebol da 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas.

Para o coordenador técnico de futebol dos Jogos, Carlos Fernandes, professor de educação física da Secretaria de Esportes e Lazer do Mato Grosso (Seel), a disputa masculina da modalidade foi considerada de excelente nível técnico. “As eliminatórias e as semifinais do futebol indígena foram realizadas nos campos de futebol do CPA-1 e CPA-4, em Cuiabá. Entretanto, a realização da final no campo oficial ressaltou o talento das equipes, que melhoraram sensivelmente o desempenho”,apontou.

 

Carla Belizária, de Cuiabá
Ascom – Ministério do Esporte
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Gavião Parkatejê vence final do futebol feminino nos Jogos Indígenas

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

É das Gavião Parkatejê, indígenas do Pará, o título de campeãs femininas de futebol dos Jogos dos Povos Indígenas 2013. Na competição desta quinta-feira (14.11), no estádio Presidente Dutra, de Cuiabá, as guerreiras enfrentaram as Kura-Bakairi, do Mato Grosso, em uma final emocionante: as mulheres Gavião venceram por 3x1 as Kura-Bakairi e se tornaram campeãs da modalidade, numa vitória bastante comemorada pela delegação da etnia paraense presente na arquibancada.

Logo aos 7min23s do primeiro tempo, a camisa numero dois, Kwxrekati Gavião, emplacou o primeiro gol da partida. O placar permaneceu o mesmo durante o primeiro tempo de jogo - Gavião Parkatejê 1 x 0 Kura-Bakairi.

Após o intervalo, a partida recomeça bastante acirrada. As Gavião emplacaram mais um gol, aos 4min2s, de autoria da jogadora Jonatana Gavião. As mato-grossenses bem que tentaram e conseguiram reagir, marcando o único gol do time, com a jogadora Arine Bakairi, aos 6min53s.

Tudo sinalizava para uma grande reação do time Bakairi, mas os 34 graus de temperatura no estádio e o tempo não foram suficientes e o clima  esquentou com a expulsão da jogadora Ednalva Bakairi, que deu uma entrada dura na adversária.

Aos 14min15s do segundo tempo foi a vez de Patrícia Gavião fechar o placar que deu a seu time o primeiro lugar na competição. Resultado final: Gavião 3 x 1 Kura-Bakairi.

 

Carla Belizária, de Cuiabá
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Aldo Rebelo é recebido com festa na arena dos Jogos dos Povos Indígenas

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

 

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, recebeu nesta quarta-feira (13.11) a Declaração de Mato Grosso, elaborada durante o Caucus Indígena, com todos os princípios que norteiam a realização da primeira edição brasileira dos Jogos Mundiais Indígenas, em 2015. Ao participar das comemorações na arena dos Jogos dos Povos Indígenas, em Cuiabá, o ministro interagiu com índios Terena, durante o ritual da Dança da Ema.

Os Povos Kariri-Xocó, de Alagoas, e os Kuikuro, do Alto Xingu, no Mato Grosso, também participaram do encontro. Junto com o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Ricardo Cappelli, Aldo Rebelo e autoridades receberam colares, cocares, e arcos e flechas dos indígenas. “A população indígena é o elo mais frágil e precisa de maior apoio e maior proteção”, disse o ministro, ao assegurar que a pasta vai garantir o que for necessário para os Jogos Mundiais. A diretora da Snelis, Andréa Ewerton, e o coordenador-geral de Políticas Esportivas indígenas, Rivelino Macuxi, também acompanharam o ministro. 

O ministro visitou ainda a Feira Tradicional de Agricultura Indígena e a Feira de Artesanato, em que apreciou os artigos expostos por várias etnias, conversou com índios expositores o foi fotografado ao lado das lideranças, como o jovem guerreiro Ubiranan Pataxó, que falou para o ministro sobre a sua etnia e seu local de origem, Porto Seguro. Na Feira de Agricultura, Aldo Rebelo recebeu alguns presentes, entre biscoitos de polvilho, mel e uma raiz de inhame com cerca de três quilos.

O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, o deputado federal Wellington Dias, a diplomata do Ministério das Relações Exteriores Vera Alvarez, os secretários de Estado de Esporte e Lazer, Ananias Filho, e de Esporte de Cuiabá, Carlos Brito, e os respectivos adjuntos José Guaresqui e Mario Pecora também foram homenageados. A cantora e compositora baiana, Margareth Menezes, apoiadora da causa, também prestigiou o evento e recebeu aplausos da etnia Pataxó, de sua terra.

 

Carla Belizária, de Cuiabá
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Índio jogador do Vasco da Gama apresenta proposta de criação de seleção brasileira de futebol indígena

Foto: Francisco MedeirosFoto: Francisco Medeiros

A visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, à arena dos Jogos dos Povos Indígenas em Cuiabá, nesta quarta-feira (13-11), marca uma nova etapa no esporte tradicional indígena, que passa a atuar com a perspectiva de profissionalização. O ministro recebeu das mãos do atleta-índio e jogador do Vasco da Gama, Thiago Kaiapó, 20 anos, proposta de criação da seleção de futebol indígena, da qual o atleta será o capitão. Acompanhado da musa da seleção, a estudante indígena Uiara Umutina, 22 anos, e pelo técnico Carlos Dias, Thiago Kaiapó presenteou Aldo Rebelo com uma camisa da sua seleção.

No jogo-treino de apresentação durante os Jogos, entrará em campo o time indígena contra a equipe de Cuiabá, convidada. A disputa será nesta quinta-feira (14.11), às 17h, no campo de futebol do CPA-4. A partida tem como foco um amistoso, previsto para dezembro, já que o projeto se destina a criar a seleção brasileira masculina de futebol indígena, o que asseguraria a participação nacional na Copa América de Futebol Indígena, na Colômbia, em abril de 2014.

No último amistoso, realizado em 19 de abril este ano, data em que se comemora o Dia do Índio, a Universidade de Brasília (UnB) foi palco da vitória do mesmo time de indígenas brasileiros, que venceu por 4X1 a seleção indígena da África do Sul. Outra participação prevista para o grupo é o Mundial de Futebol Indígena, de 17 a 28 de maio do próximo ano, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

A seleção a ser criada hoje é um time que conta com os 23 melhores jogadores de várias etnias nacionais, incluindo time titular e equipe reserva. A escalação dos titulares que jogarão nesta quinta é: Kubirawé arjá (goleiro), A`Slano Xavante e Marquinho Terea (zagueiros), Kaiwá Waiwai (lateral direto), Joãozinho Terea (lateral esquerdo), Canarim Javaé (cabeça de área), capitão Tiago Karajá (meia esquerda), Bebeto Kuikuro (meia direita), Rarapan Kuikuro (ponta direita),Bepkum Kaiapó e Denildon Bororo (centroavante). O técnico é o servidor da Funai, Carlos Aberto Dias e o coordenador técnico é Mateus Terena.

Idealizador da seleção

À frente do ideal de formar a primeira seleção de futebol indígena desde 1991 está uma liderança indígena da etnia Funil-ô, Jaime Barbosa da Rocha. "Na época, o Jaime chegava à Funai, em Brasília, e perguntava aos funcionários quem seria o melhor jogador de futebol, e lançou uma competição entre índios e não-índios", lembra Carlos Dias.

 

Carla Belizária, de Cuiabá
Ascom – Ministério do Esporte
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Jogos Mundiais dos Povos Indígenas estão confirmados para julho de 2015, no Brasil

 

Em clima de muita festa e alegria, líderes estrangeiros de 17 países e índios de 48 etnias nacionais receberam na manhã desta quarta-feira (13.11), na Oca do Saber, na arena Sucuri, em Cuiabá, a visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que firmou um acordo com o Comitê Intertribal (ITC), e o governo do estado, para a realização dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, previstos para julho de 2015, no Brasil.

Para Aldo Rebelo, mais do que um evento, os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas serão da humanidade. “Esses Jogos serão a valorização e o reconhecimento de algo saudável e permanente, da troca de valores e de experiências civilizatórias firmadas entre os povos de várias nações, inclusive da China, da Austrália, e da Rússia, que já confirmaram a participação”, disse o ministro.

Acompanhado de várias autoridades brasileiras e estrangeiras, Aldo recebeu os cumprimentos e foi apresentado a todos os líderes, que mostraram e agradeceram a oportunidade de estar participando dos Jogos dos Povos Indígenas, em Mato Grosso.

Líder canadense, ex-atleta e primeiro índio a cursar a universidade e primeiro representante de seu povo na Organização das Nações Unidas (ONU), Willie Littlechaild afirmou emocionado: “Há 35 anos, os nossos ancestrais sonhavam com esse momento. Mas foi em uma reunião na Suécia com um brasileiro que esse momento se iniciou. Este é um grande sonho que está sendo realizado hoje”, afirmou o cacique canadense.

Em pronunciamento, o ministro ressaltou que os Jogos dos Povos Indígenas não são um grande momento apenas para as etnias, mas para Mato Grosso, para o Brasil e para o mundo. “A sobrevivência dos povos indígenas é um contraponto a essa sociedade de consumo. As relações humanas não se resumem aos valores do mercado, mas aos valores e direitos humanos. Celebramos hoje, no Brasil, a preservação da história, da memória, da cultura, da arte, da relação com a natureza e com o mundo”, afirmou Aldo Rebelo.

Aldo enfatizou ainda que a realização dos Jogos não paga a dívida da sociedade brasileira com os indígenas. “Nós o fazemos como uma medida de preservação, pois ao os preservar, estamos preservando a nossa sobrevivência. Que esse momento seja um compromisso firmado por nós, pelo estado e pelo governo brasileiro”, concluiu. 

Candidatura

Segundo o diretor do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, Marcos Terena, a escolha da cidade que sediará os Jogos Mundiais Indígenas deverá sair no mês de janeiro de 2014. Antes, o Ministério do Esporte e o Comitê Intertribal se reúnem para definir os critérios da escolha. No momento pleiteiam sediar os Jogos Mundiais em 2015 as cidades de Belém, Palmas, Petrópolis (RJ), Bertioga (SP) e Cuiabá.

 

Cleide Passos, de Cuiabá
Foto: Francisco Medeiros
Ascom – Ministério do Esporte
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