Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.
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Paralimpíadas Escolares são porta de entrada das seleções principais de judô
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- Publicado em Quinta, 26 Novembro 2015 09:43
Novos talentos do esporte paralímpico encantam nas provas de atletismo em Natal
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- Publicado em Quarta, 25 Novembro 2015 17:39
Na escola Dom Bosco, em Rio Branco, a jovem Gislaine Paiva, 15 anos, descobriu o esporte paralímpico. Em decorrência de uma paralisia cerebral, ela tinha dificuldade para correr e andar. Com o atletismo, a jovem superou os problemas físicos, encarou novos desafios e passou a conquistar medalhas em competições esportivas.
A história de Gislaine é uma entre as de dezenas de jovens que entraram, nesta quarta-feira (24), na pista de atletismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, na estreia das provas de campo da Paralimpíadas Escolares 2015.
Medalhista de prata no salto em distância, Gislaine pretende ir bem mais além na sua vida por meio do esporte. “Melhorei muito a minha coordenação motora com o esporte. Agora, posso correr e saltar. Comecei a praticar na escola, com o meu professor, que me estimulou muito, e hoje colho os frutos da minha evolução com medalhas”, comemora a atleta.
O esporte é uma ferramenta que impulsiona e promove a integração entre os mais de 700 atletas escolares de todo o país, com idade entre 12 e 17 anos, nas Paralimpíadas Escolares.
O coordenador técnico de atletismo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ciro Winckler, explica que existe uma nova geração de atletas que são “filhos” das Paralimpíadas Escolares e que disputarão os próximos Jogos Paralímpicos.
“O evento escolar é realizado há algum tempo e vem apresentando uma evolução muito interessante, não só no número de atletas, mas na qualidade deles. Nesse espaço já apareceram atletas como Alan Fonteles e Júlia Santos, mostrando que é um evento de descoberta de atletas”, explica o dirigente.
Roger Santos, 16 anos, é um deles. Da nova geração de atletas, ele se espelha na trajetória do medalhista paralímpico Alan Fonteles. É a primeira vez que o jovem disputa uma prova de biamputado nos Jogos Paralímpicos Escolares. Em Natal, Roger corre com próteses de passeio, que não são tão adequadas para o esporte.
“A prótese correta dá mais impulsão na hora da corrida. Quando o Alan Fonteles veio disputar as Paralimpíadas Escolares, um olheiro o identificou e abriu as portas para o esporte profissional, dando suporte e próteses corretas. Eu também tenho esse objetivo. O Alan é um guerreiro e quero chegar um dia perto dele”, diz o jovem.
Ciro ressalta que o objetivo dos Jogos não são somente o alto rendimento, mas a participação esportiva. “Não podemos pensar somente no alto rendimento. Vão surgir talentos, mas o objetivo principal não é só esse. No evento com oito modalidades juntas, você consegue ver crianças do atletismo que vem aqui e tem a oportunidade de conhecer outros esporte”, conta.
Breno Barros, de Natal
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“Quero ser a próxima Ana Marcela Cunha”, diz Eduarda Jorge, de 15 anos, da maratona aquática
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- Publicado em Terça, 24 Novembro 2015 17:26
Aos 15 anos, Eduarda Jorge já sabe o que quer ser quando 'crescer'. “Quero ser a próxima Ana Marcela Cunha”, diz, sem pestanejar. A jovem revelação das maratonas aquáticas idolatra o maior nome do país na modalidade atualmente. Baiana de Salvador, assim como a campeã mundial de 2014, ela tenta seguir as braçadas de sua conterrânea, que também começou a despontar cedo.
Assim como Ana Marcela, que vai competir nos Jogos Olímpicos Rio 2016, Eduarda também vai participar do evento, mas de uma forma diferente. Ela foi um dos 12 nomes selecionados pelo Ministério do Esporte e pela Coca-Cola para participar do revezamento da Tocha Olímpica.
“Quando me ligaram com a possibilidade de carregar a tocha, não acreditei. É muito emocionante e para poucos”, resume a nadadora, que carrega mais semelhanças com Ana Marcela Cunha do que o local de nascimento. “O técnico dela foi meu treinador até o ano passado. Por ela se destacar tanto, saiu de Salvador rápido. Me espelho muito e quero ser igual a ela”, projeta a baiana, que começou a receber a Bolsa Atleta em 2015.
O caminho até as maratonas aquáticas, no entanto, não foi fácil. A atleta teve que superar um medo de infância para dar início à carreira. “Eu tinha muito medo de água, de entrar no mar. Aquela coisa de criança”, revela. Matriculada na aula de natação pela mãe, Eduardo logo tomou gosto pela piscina e resolveu aumentar o desafio e encarar as maratonas aquáticas. “Quis uma nova experiência e mudei. Comecei a me destacar no ano passado e tive três convocações. Estou progredindo nas maratonas e é lá que eu quero crescer.”
A transição da piscina para as águas abertas mudou drasticamente a realidade de competição para Eduarda. Enquanto nadava sozinha na raia na piscina, agora ela encara a feroz disputa por espaço nas maratonas. “A diferença é muito grande. A gente sai toda espancada”, ri. “Por isso eu faço o máximo para ficar no canto e não tomar tanta pancada. Na maratona estão todos juntos, é corpo a corpo, muito físico.”
O objetivo da atleta desde agora já é voltado para uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. “Vou treinar esses anos para isso”, afirma. E quando ela diz treinar, é algo levado muito a sério. Tanto que descarta até mesmo ir para o Rio de Janeiro acompanhar a prova das maratonas aquáticas nos Jogos de 2016, na qual Ana Marcela buscará uma medalha. “Acho que não vai dar porque vou estar treinando. É o tempo todo competindo. Não dá para parar e ver, mas a gente acompanha pela TV”, diz.
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Vagner Vargas – brasil2016.gov.br
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Ministério e Coca-Cola firmam parceria para promover o revezamento da Tocha Olímpica e a prática do esporte
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- Publicado em Terça, 24 Novembro 2015 12:43
Em um evento realizado em Brasília e que contou com a presença de atletas beneficiados pelos programas Bolsa Atleta e Segundo Tempo, o ministro do Esporte, George Hilton, e o vice-presidente da Coca-Cola para os Jogos Olímpicos Rio 2016, Flávio Camelier, assinaram nesta terça-feira (24.11) um termo de apoio institucional do Ministério do Esporte à empresa que visa ampliar a promoção da prática esportiva no Brasil tendo como principal motivador os Jogos Rio 2016.
Durante o evento, foram anunciados os nomes de 12 atletas dos programas Bolsa Atleta e Segundo Tempo que foram escolhidos para carregar a Tocha Olímpica durante o revezamento do símbolo dos Jogos pelo Brasil. A jornada da Tocha Olímpica começará no dia 21 de abril de 2016, quando a chama será acesa na cidade de Olímpia, na Grécia. Depois disso, após um rápido trajeto pelo país europeu, a Tocha Olímpica desembarcará no Brasil no dia 27 de abril. Finalmente, em 3 de maio, em Brasília, terá início o revezamento.
A Tocha Olímpica percorrerá, pelas mãos dos brasileiros, mais de 300 cidades de todos os estados e mais o Distrito Federal. Além disso, a chama olímpica passará por outros 200 municípios, que assistirão ao comboio com o símbolo. Todas as capitais do país participarão do revezamento e a lista completa do trajeto será divulgada no início de 2016.
No total, cerca de 12 mil pessoas participarão do revezamento no Brasil, o maior já realizado em uma edição dos Jogos Olímpicos. Entre eles estarão Eduarda Santos, a Duda, do vôlei de praia; Jessica Amanda da Silva, do taekwondo; Dieverson Perin, da canoagem paralímpica; Eduarda Jorge, das maratonas aquáticas; Davi Albino, da luta olímpica; e Luiza Oliano, do judô paralímpico; todos contemplados com a Bolsa Atleta ou a Bolsa Pódio. Do projeto Segundo Tempo participarão do revezamento Joseias das Chagas, Eduardo Moraes, Miguel Sberse, Antônio de Souza, George de Paula e Liliane Paulino (veja perfis abaixo).
“Esses atletas que estão aqui sintetizam o que queremos para o Brasil pós-Olimpíadas”, declarou George Hilton. “Tenho procurado conscientizar, em minhas viagens pelo Brasil, os governos estaduais e municipais e também o setor privado de que nós temos a responsabilidade de não apenas fazer a melhor Olimpíada de todos os tempos, mas também de deixar um legado para os jovens de todo o país”, prosseguiu o ministro, referindo-se à importância da prática esportiva.
Referindo-se ao conceito de “vida ativa” promovido pela Coca-Cola, que visa incentivar os jovens no Brasil a serem atletas ou simplesmente praticar mais esporte, Flávio Camelier ressaltou a importância do termo assinado nesta terça-feira. “Para nós é um orgulho celebrar essa parceria com o Ministério do Esporte”, ressaltou.
Honra
Considerada uma das maiores promessas do vôlei de praia feminino do Brasil, Duda, aos 17 anos, já tem um currículo repleto de conquistas. Entre elas destacam-se o bicampeonato mundial sub-19 (2013/2014) e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, disputados em 2014, em Nanquim, na China.
“Foi muito bom saber que fui escolhida para carregar a Tocha Olímpica no meu estado. Fico feliz porque eles (Ministério e Coca-Cola) estão vendo como estou me esforçando e conquistando títulos importantes. Eu adorei. Será uma honra e sei que vou viver uma oportunidade única”, declarou Duda, que sonha em disputar os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.
Quem também não escondeu a satisfação por fazer parte do time que carregará a Tocha Olímpica foi Luiza Oliano. “Me senti muito feliz. A minha técnica me ligou dizendo que ela tinha recebido um e-mail sobre a Tocha e aí ela me avisou. Eu falei com minha mãe logo depois e todos nós comemoramos muito”, contou a judoca paralímpica. Em 2015, Luiza foi bronze por equipe no Mundial da Coreia do Sul e bronze no individual nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. O plano, agora, é intensificar os treinamentos a partir de agora para conquistar uma vaga na delegação brasileira que disputará os Jogos Paralímpicos Rio 2016, que começam no dia 7 de setembro.
Bolsa Atleta
O programa Bolsa Atleta completou 10 anos em 2015 com desempenho expressivo de atuação. Ao longo da última década, a iniciativa, executada pelo Ministério do Esporte e considerada o maior programa de patrocínio individual do mundo, concedeu mais de 43 mil bolsas para mais de 17 mil atletas, com investimentos que ultrapassam R$ 600 milhões.
Somente em 2015, o número de contemplados alcança 6.131 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas, num investimento previsto da ordem de R$ 81,6 milhões. O programa mantém seis categorias de bolsas: Atleta de Base (R$ 370,00); Estudantil (R$ 370,00); Nacional (R$ 925,00); Internacional (R$ 1.850,00); Olímpico/Paraolímpico (R$ 3.100,00); e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).
São patrocinados pelo programa atletas que tenham obtido resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades, independentemente de sua condição econômica. O atleta contemplado recebe, no ano, o equivalente a 12 parcelas do valor definido na categoria. A categoria Pódio foi criada após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpico e Paralímpicos de 2016.
A categoria mais alta do programa tem como finalidade patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais em 2016. Para ser patrocinado, o atleta deve estar entre os 20 primeiros no ranking da modalidade. A concessão do patrocínio é realizada após avaliação do desempenho técnico dos atletas por um grupo de trabalho formado por representantes do Ministério do Esporte, do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e das confederações das modalidades.
Segundo Tempo
Criado há 12 anos, o Programa Segundo Tempo (PST) tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social. Atualmente, possui 90 convênios entre vigentes e em fase de estruturação, totalizando o atendimento de cerca de 300 mil beneficiados distribuídos 2.386 núcleos em todo o território nacional.
Desde 2003, a iniciativa contabiliza seis milhões de beneficiados, com a implantação de cerca de 25 mil núcleos de atendimento e a formação de milhares de professores de educação física, contribuindo para a qualificação da área, com a produção de 20 livros e materiais didáticos, todos disponíveis ao público. O PST alcançou destaque internacional como método de reversão do quadro de exclusão social, em virtude de sua proposta pedagógica, ao ser escolhido pelo Designed to Move (programa que busca valorizar as ações que combatem a inatividade física) como uma das 19 melhores iniciativas de boas práticas esportivas no mundo em 2012.
Conheça os atletas escolhidos para participar o Revezamento da Tocha Olímpica:
Pelo programa Bolsa Atleta:
» Eduarda Santos (Duda) – vôlei de praia
Jogadora mais jovem da história do vôlei de praia brasileiro a ser campeã de uma etapa do circuito nacional, a atleta, natural de São Cristóvão, interior do Sergipe, tem apenas 17. No último mês, ela venceu a 3ª etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Duda é a única atleta do mundo a participar de três mundiais de base no mesmo ano, em 2013. A jovem acumula os títulos de bicampeã mundial sub-19 2013/2014 e campeã nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, em 2014. Atualmente, ela é contemplada na categoria Internacional do Bolsa Atleta.
» Jessica Amanda da Silva – taekwondo
Jessica nasceu em Saudade do Iguaçu, no Paraná, e iniciou sua carreira no taekwdondo com apenas 11 anos no projeto PETI, em Rio Bonito do Iguaçu. Dois anos depois, passou a disputar eventos estaduais e nacionais na categoria profissional e no final de 2013 sagrou-se campeã do Grand Slam de Taekwondo (Seletiva para Seleção Brasileira) entre atletas de 12 a 14 anos. Hoje, com 15 anos e beneficiada na categoria de Base do Programa Bolsa-Atleta.
» Dieiverson Perin – canoagem paralímpica
Aos 13 anos, Dieiverson, natural de Vera, no Mato Grosso, sofreu um acidente e ficou paraplégico. Depois de passar três meses internado em São Paulo, conseguiu uma vaga na Rede SARAH, em Brasília, onde conheceu a canoagem. Hoje, com 18 anos e contemplado na categoria Nacional do Bolsa Atleta, Dieiverson é o único representante da paracanoagem do Estado do Mato Grosso e sonha em, assim como seu ídolo, o atleta Fernando Fernandes, participar dos Jogos Paralímpicos.
» Eduarda Jorge – maratonas aquáticas
Baiana, a jovem de 15 anos ficou com a nona posição no Campeonato Sul-Americano Juvenil de Desportos Aquáticos, em 2014, em Lima, no Peru. Neste ano, ficou em terceiro lugar da classe juvenil do Campeonato Brasileiro de Maratonas Aquáticas, em Inema, na Bahia. A atleta é contemplada na categoria Nacional do Bolsa Atleta.
» Davi José Albino – luta olímpica
Ex-morador de rua em São Paulo (SP), Davi Albino batalhou muito até se tornar atleta profissional da luta greco-romana. No início da carreira, elei frequentava um centro de luta em São Paulo por causa do lanche oferecido depois dos treinos. O atleta, de 29 anos, coleciona recordes na luta olímpica brasileira. O bolsista, da categoria Pódio, tornou-se o primeiro atleta a figurar na United World Wrestling (o ranking mundial da modalidade), é cinco vezes campeão nacional e neste ano conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
» Luiza Oliano – judô paralímpico
A atleta, de 18 anos, contemplada na categoria Pódio, tem entre suas principais conquistas o bronze por equipe no Mundial da Coreia do Sul, realizado neste ano, e o vice-campeonato por equipe no Mundial de Judô para Cegos, em 2014. Em 2013, a esportista foi campeã no Mundial de Jovens e conquistou dois ouros nas Paralímpiadas Escolares. Em 2015, ainda faturou a medalha de bronze no individual nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto.
Pelo programa Segundo Tempo:
» Joseias das Chagas
Do Distrito Federal, Joseias participa do programa Segundo Tempo desde os 10 anos. Está no primeiro ano do ensino médio e gosta de atletismo. Foi segundo colocado na prova de 800m e terceiro na prova de 3.000m no CIEF, no evento dos Jogos Escolares do Distrito Federal.
» Eduardo Moraes
Portador da síndrome de Down, encontrou no esporte, praticado na UFPEL (Universidade Federal de Pelotas), uma forma de melhorar sua coordenação motora e de socializar com pessoas de deficiências diferentes. Aos 17, é um apaixonado por futebol, mas também pratica vôlei, basquete e tênis.
» Miguel Sberse
Natural de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Miguel entrou no Segundo Tempo com problemas de obesidade, autoestima e convívio social, que afetavam suas notas escolares. Com a entrada no programa, recebeu orientações nutricionais, mudou a sua alimentação e se interessou por aprender novos esportes, se tornando mais sociável. Hoje, aos 14 anos, é considerado um adolescente esportista.
» Antônio de Souza
Nascido em família humilde, em Ribeirão Preto, Antônio quase se viu indo pelo mesmo caminho do irmão mais velho, preso por tráfico de drogas. Foi quando conheceu o Segundo Tempo. O esporte mudou sua vida e, hoje, além de aluno aplicado ele se tornou um apaixonado pelo atletismo.
» George de Paula
De Francisco Alves, no Paraná, George, de 15 anos, descobriu ter diabetes ainda criança, quando chegou a pesar 30kg. Com a ajuda do esporte e da atividade física, descobertos através do Programa Segundo Tempo, o jovem passou a viver uma vida mais saudável.
» Liliane Paulino
Com 15 anos, Liliane mora em Manaus e participa ativamente de todas as atividades esportivas praticadas em sua escola: natação, vôlei de praia, vôlei de quadra, handebol, frescobol e queimada.
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Luiz Roberto Magalhães e Vagner Vargas – brasil2016.gov.br
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Comunidade da Chacrinha, no Rio, tem fábrica de talentos do badminton
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- Publicado em Segunda, 23 Novembro 2015 14:41
A distância entre a sede da Associação Miratus de Badminton e o Riocentro, ambos na Zona Oeste do Rio de Janeiro, não chega a 20 quilômetros. Mas poderia ser imenso o abismo entre um projeto social na comunidade da Chacrinha e uma participação olímpica nos Jogos Rio 2016. A menos de nove meses do megaevento e na véspera do evento-teste da modalidade – o II Yonex Brasil Open, de 24 a 29 de novembro, no próprio Riocentro –, entretanto, o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial é Ygor Coelho. Desde pequeno, ele treina no projeto social que, há mais de 15 anos, não só revela talentos, mas também exemplos para a comunidade e para muito além dela.
Ao entrar no galpão azul, é surpreendente a cena de crianças e adolescentes sambando com raquetes e petecas nas mãos. Trata-se do Bamon, método desenvolvido pelo fundador da Miratus, Sebastião de Oliveira, que transforma o movimento do corpo em som. Com vários ritmos e de forma lúdica, a técnica auxilia no treinamento e no condicionamento físico. E foi exatamente o aspecto lúdico do badminton que chamou a atenção de Sebastião no fim dos anos 90.
Ele se apaixonou por Carmen, moradora da Chacrinha. Decidiu se mudar para lá e criar um projeto social. Mas, a princípio, seria a natação o carro-chefe. "Quando eu conheci o badminton, não tive dúvidas de que ele seria melhor do que a natação. É extremamente lúdico, e o objetivo não era formar campeões, era atrair as crianças. Queria formar pessoas, sendo concorrência pro caminho do tráfico", explica Sebastião que, também é técnico da modalidade.
As obras da sede tiveram início em 1998, mas foi em 2000 que a Associação foi formalizada. Desde então, milhares de crianças e adolescentes passaram pelo projeto, que também oferece atividades como aulas de reforço escolar, música, gastronomia, teatro e capoeira.
"Aqui nós temos horário pra chegar, horário pra jogar badminton, horário pra lanchar, horário pra aula de reforço, horário de brincar. As crianças aprendem disciplina", garante José Ricardo Ramos, coordenador da Miratus e irmão de criação de Sebastião.
"Trabalhamos com regras o tempo todo. Temos o esporte, mas também falamos sobre a vida, sobre onde eles querem chegar", acrescenta Aleksander Carlos Silva, supervisor técnico e um dos professores da Miratus, que atualmente atende 180 crianças e jovens por mês.
Exemplos , talentos e alto rendimento
Aleksander entrou para o projeto em 2000. Destacou-se pela dedicação e, com a ajuda da Associação, conseguiu uma bolsa para cursar a faculdade de Educação Física. Hoje é exemplo na comunidade. "As pessoas me veem passar como professor e falam: 'quero que meu filho seja que nem você'. Essa é a maior recompensa", conta. Nas quadras da Miratus, ele não alivia com as crianças. Exige disciplina e não desiste diante de comportamentos desafiadores. "A gente luta pela criança, o resultado é a consequência", acrescenta.
Em 2010, um convênio firmado entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Badminton (CBBd), de mais de R$ 2,2 milhões, permitiu a compra de equipamentos, ampliação das instalações e contratação de equipe multidisciplinar. Por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, a Associação vem captando recursos desde 2008 para manter o trabalho de alto rendimento.
A rigidez disciplinar, a técnica e o espírito de competição introduzidos desde o início vêm produzindo resultados imbatíveis no Brasil. "Questiono a visão dos que dizem que não se pode ter a competição em projetos sociais. É possível introduzir a competição de maneira saudável. Dentro desta comunidade, você tem o número 1 e o número 2 sub-11 do Brasil, os números 1 e 2 do sub-13 também, a número 1 do feminino sub-13, o número 1 do sub-15, os dois primeiros do sub-17 e o primeiro do sub-19 também. O projeto forma, a preocupação com a base é constante", reforça Sebastião.
Renan, 9 anos, é o número dois do ranking sub-11 do país. Ele conversa sobre os treinos com a seriedade de atleta experiente. "Comecei com cinco anos e me apeguei ao esporte. Esse projeto me ensina a saber perder, a respeitar. O bom atleta sabe jogar com orgulho e respeito", diz.
Jonathan Santos, 15, é outro talento da Miratus. Um bronze no Pan-Americano de 2010, na República Dominicana, ainda na categoria sub-11, foi apenas a primeira de várias medalhas conquistadas fora do país. Com o ouro no sub-15 conquistado em 2013, no México, passou a contar com a Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte na categoria Internacional. Com o dinheiro, consegue ajudar em casa, e o tempo livre fica dedicado aos treinos e às demais atividades da Associação. Além dele, outros 16 meninos e meninas da Miratus recebem a Bolsa-Atleta em diversas categorias.
Jonathan e Renan admiram o chinês bicampeão olímpico, Lin Dan, mas o ídolo e principal inspiração é o amigo Ygor Coelho, atualmente o 72º do ranking mundial da Federação Mundial de Badminton, o brasileiro mais bem posicionado. O próximo é Daniel Paiola, 87º. Para os Jogos Rio 2016, a vaga do país-sede na disputa individual será dada ao melhor colocado no ranking de maio do ano que vem. Ygor tem grandes chances de realizar o sonho de toda uma comunidade.
"Se ele chegar às Olimpíadas, eu vou ver que eu também tenho chance. Vai ser uma grande inspiração. Ele já é um exemplo pra mim. Meu comportamento no treino era bem oposto ao dele. Ele era muito sério, e eu muito brincalhão. Com ele vi que tenho que ter foco", explica Jonathan.
Para Ramos, "tio" e grande fã, os resultados já alcançados pelo Ygor e a chance de estar no Rio 2016 são demonstrações de que a Miratus está no caminho certo. Se os Jogos fossem hoje, a vaga no feminino, também definida pelo ranking, seria de Lohaynny Vicente, que começou e se destacou no badminton no projeto da Chacrinha.
"É pra todo mundo ver que pode sair atleta da comunidade, até atleta olímpico. O Ygor na Olimpíada vai abrir muitas portas pra gente. Imagina se forem Ygor e Lohaynny? A base e o futuro estão na Miratus", diz Ramos, acrescentando que as delegações da Alemanha e da Malásia fizeram contato com a Associação e querem conhecer a estrutura, pensando na aclimatação para os Jogos.
"Se ele (Ygor) voar, ele vai levar um grupo de jovens com ele. Isso vai fazer com que as pessoas olhem com carinho para projetos dentro da comunidade", finaliza Sebastião, técnico e pai do garoto que completa 19 anos nesta terça (24.11). Ygor pode dar um passo importante no evento-teste, que dará até 5500 pontos para o ranking.
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
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Ministro George Hilton participa de sessão da Unesco que renova a Carta Internacional de Educação Física e Esporte
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- Publicado em Quarta, 11 Novembro 2015 20:55
Ministros do Esporte de Brasil e França discutem parceria para estabelecer ponte entre esporte educacional e de alto rendimento
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- Publicado em Quarta, 11 Novembro 2015 09:24
Ascom - Ministério do Esporte
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Em discurso na Câmara de Comércio Brasil-França, ministro George Hilton destaca nacionalização dos Jogos Rio 2016
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- Publicado em Terça, 10 Novembro 2015 08:05
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VÍDEO: conheça o trabalho do Instituto Mangueira do Futuro, no Rio de Janeiro
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- Publicado em Segunda, 09 Novembro 2015 16:59
Esporte, cultura, educação e inclusão social. O Instituto Mangueira do Futuro oferece há 26 anos prática esportiva para a comunidade carioca na Vila Olímpica da Mangueira, na capital fluminense. Atletismo, basquete, boxe, futebol, futsal, ginástica rítmica e natação são as ferramentas de transformação que o instituto utiliza para mudar a vida de milhares de pessoas.
Conheça o projeto desenvolvido pela Lei de Incentivo ao Esporte:
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Esporte e lazer na América Latina são temas de Roda de Conversa
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- Publicado em Terça, 03 Novembro 2015 13:01
A Secretaria Nacional de Esporte Lazer e Inclusão Social (Snelis) do Ministério do Esporte promoveu nesta terça-feira (03), em Brasília, uma Roda de Conversa sobre políticas públicas de lazer na América Latina, com a promoção de um diálogo entre Argentina, Brasil e Colômbia.
Voltado para servidores e parceiros dos programas da pasta, o debate foi conduzido pelo professor da Universidade Federação de Minas Gerais (UFMG) Helder Isayama. A troca de experiência foi realizada entre os professores Carlos Alberto, da Colômbia, Pablo Waichman, da Argentina e Antônio Carlos Bramante, da Universidade de Brasília UnB.
Na abertura da roda, a diretora da Snelis Andréa Ewerton fez a apresentação das iniciativas do governo brasileiro, em especial do Ministério do Esporte que nos últimos 12 anos vem ampliando o acesso da população ao esporte e ao lazer, em busca da consolidação como direito e política de estado.
“Esporte e o lazer são tratados como privilégio na América Latina. Romper o paradigma e colocar o status de direito é um desafio. Trocar experiências nos ajudará a fundamentar as nossas experiências para que a gente conquiste o status de política de estado e direito da população”, ressaltou a diretora.
Andréa Ewerton também falou sobre os desafios da consolidação das políticas públicas. “Nós do Ministério do Esporte nos últimos 12 anos estamos fazendo efetivamente uma atuação em políticas em diversas áreas. Acreditamos que para consolidar o esporte e o lazer precisamos de investimentos nos diferentes conteúdos do lazer, nas distintas oportunidades no esporte e também nos investimentos no processo de formação, e produção de conhecimento, infraestrutura e institucionalização do esporte”, completou.
Para o professor Helder Isayama, a iniciativa é interessante e ajuda a dialogar mais com especialistas no assunto. “Aqui neste debate são três professores que eu tive contato por algum tempo e para nós é uma satisfação poder coordenar o debate com vocês”, disse.
O professor Carlos Alberto, da Colômbia, mestre em Análises de programas Políticos, Econômicos e Internacionais falou como o tema é tratado no seu país. “O esporte e a recreação estão no mesmo nível complementar. No meu país existe tanto o Plano Nacional de Recreação quanto o Plano Nacional de Esporte. A recreação é um direito, uma necessidade, uma atividade vital do ser humano e uma responsabilidade institucional”, explicou.
Breno Barros
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