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Quinto no ranking mundial juvenil, mineiro almeja topo no tênis em cadeira de rodas

(Divulgação/CPB)(Divulgação/CPB)
O mineiro Fábio Bernardes, 16 anos, é o destaque nacional no tênis em cadeira de rodas nas Paralimpíadas Escolares 2015, na cidade de Natal. O jovem é portador de mielomeningocele, uma malformação na coluna. A deficiência, porém, nunca foi obstáculo para fazer o que ele mais gosta na vida: praticar esporte.
 
Os resultados nas quadras de tênis mostram o potencial do mineiro. Atualmente, ele é o primeiro colocado no ranking nacional e o quinto no ranking mundial juvenil. Antes de adotar o tênis como esporte, Fábio experimentou o basquete em cadeira de rodas e a natação. A raquete foi incorporada na sua rotina esportiva há 7 anos, dos quais três foram dedicados a participação em torneios pelo país.
 
"Toda pessoa que tem deficiência física deveria praticar um esporte. Além de proporcionar a conviver com outras pessoas com deficiência, a atividade física é um meio também de superação e motivação para levar a vida. Ele é primordial na vida de um cadeirante", ressalta o tenista.
 
(Divulgação/CPB)(Divulgação/CPB)
 
As Paralimpíadas Escolares têm lugar especial na vida esportiva de Fábio. Ele soma no currículo três medalhas de ouros e uma de prata na competição. "É sempre bom disputar um grande torneio como as Paralimpíadas Escolares. Aqui tenho a oportunidade de conhecer cada vez mais outras pessoas", conta.   
 
O boné branco na cabeça de Fábio Bernardes revela imediatamente o grande ídolo e inspiração nas quadras: o suíço Roger Federer. A maneira de jogar, a calma e a  concentração, fazem os olhos do garoto brilharem. “Tento seguir o mesmo ritmo de Federer, com muita tranquilidade na hora de fazer os pontos”, revela.
 
Quando o assunto é esporte paralímpico, ele pretende seguir os passos do japonês Shingo Kunieda, considerado um dos melhores da história do tênis em cadeira de rodas e atual número 1 do ranking mundial. “Quando terminar a minha fase juvenil quero continuar no esporte na categoria adulta. Pretendo ter uma carreira bem legal entre os cinco do mundo no adulto”, almeja.
 
O tênis em cadeira de rodas é praticamente igual ao esporte convencional, tanto que as bolas e as raquetes são as mesmas. A única diferença na regra é a possiblidade da bola quicar na quadra duas vezes antes de ser rebatida para o lado do adversário. A história de Fábio mostra que as Paralimpíadas se reafirmaram como celeiro de atletas de alto rendimento, que abastece o paradesporto brasileiro.
 
Breno Barros, de Natal
Ascom - Ministério do Esporte
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Eric Takabatake é bronze e Brasil conquista primeira medalha no Grand Prix de Jeju

Gabriela Sabau/IJFGabriela Sabau/IJF
Na madrugada desta quinta-feira (26.11), no primeiro dia do Grand Prix de Jeju, na Coreia do Sul, três dos cinco brasileiros que entraram em ação chegaram às disputas por medalhas. O peso ligeiro Eric Takabatake conquistou o bronze, enquanto Rafaela Silva e Sarah Menezes terminaram em quinto lugar.
 
Eric começou bem, com vitória por yuko sobre o russo Albert Oguzov. No segundo combate, ele pontuou com um waza-ari e um yuko para superar Kumar Yadav Vijay, da Índia, avançando às quartas-de-final, onde encarou o campeão mundial Boldbaatar Ganbat, da Mongólia, e perdeu por apenas um shido. “Essa foi uma luta chave para mim, porque eu estava bem. Mas, no final, ele aplicou uma sequência de golpes e eu acabei punido”, lembrou Eric.
 
Na repescagem, o ippon sobre Ilgar Mushkiyev, do Azerbaijão, credenciou Eric para a disputa pelo bronze, onde ele dominou o combate pontuando com um yuko e um waza-ari para vencer Vincent Limare, da França.
“Estou muito feliz com o resultado, por que foi uma competição de nivel bem alto. Me senti bem e consegui soltar meus golpes. Agora tem Tóquio, que provavelmente vai estar com um nível igual ou maior que na Coreia. Mas, essa medalha me trouxe bastante confiança para lutar o Grand Slam”, avaliou Takabatake, já projetando a disputa do Grand Slam de Tóquio, nos dias 4, 5 e 6 de dezembro.
 
A campeã olímpica Sarah Menezes também chegou à disputa pelo bronze, mas terminou em quinto, depois que Kyeong Bo Jeong, da Coreia do Sul, conseguiu um waza-ari. Antes disso, a brasileira havia vencido Sonjia Wirth (GER), Yu Ting Hung (TPE) e Dilara Lokmanhekim (TUR), caindo apenas na semifinal para a cazaque Otgontsetseg Galbadrakh.
 
Foi o mesmo desempenho de Rafaela Silva (57kg), que passou por Jaione Equisoain (ESP) na primeira luta, mas caiu para Nekoda Davis (GBR), nas quartas. Na repescagem, ela venceu a brasileira naturalizada israelense, Camila Minakawa, e fez a decisão pela medalha com Chen-Ling Lien (TPE), ficando com a quinta colocação depois de sofrer três punições contra duas da adversária.
 
Nathália Brígida e Felipe Kitadai também lutaram nesta quinta, mas não avançaram nas chaves. Por apenas um shido, Brígida parou na cubana Dayaris Mestre Alvarez, enquanto Kitadai parou no segundo combate depois de um ippon de Ahmed Abelrahman.
 
Os próximos brasileiros na competição serão Ketleyn Quadros (63kg) e Barbara Timo (70kg) que lutam no segundo dia. Os combates preliminares começam às 23h (horário de Brasília) desta quinta-feira, com finais a partir das 6h (horário de Brasília) de sexta (27.11). Luciano Corrêa (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg) encerram a participação brasileira na Coréia do Sul no sábado (28.11) e domingo (29.11).

Estádio Olímpico de Canoagem Slalom é inaugurado oficialmente

Francisco Medeiros/MEFrancisco Medeiros/ME
Antes de os atletas começarem a disputa do Desafio Internacional de Canoagem Slalom, na tarde desta quinta-feira (26.11), o Estádio Olímpico de Canoagem Slalom foi inaugurado oficialmente em cerimônia realizada no local. O circuito foi apresentado e até testado por autoridades presentes, como o secretário executivo do Ministério do Esporte, Marcos Jorge, e o secretário nacional de alto rendimento, Ricardo Leyser, que percorreram as corredeiras em um bote.
 
“É mais um equipamento entregue. Apenas aqui neste empreendimento são R$ 118 milhões. Estamos potencializando todo o complexo de Deodoro com vistas a atender tudo o que foi pactuado com o Comitê Olímpico Internacional”, afirmou Marcos Jorge, citando o investimento federal na instalação.
 
“Cumprimos mais uma etapa. Há pouco o complexo de Deodoro era uma grande dúvida e esta era a obra mais complexa”, lembrou Ricardo Leyser. “O que mais temos a comemorar é a gente ganhar um centro desses para a canoagem brasileira. Temos uma geração nova que veio de programas sociais, como o Segundo Tempo, e vai ter essa pista, uma das mais modernas do mundo. Para a canoagem é sensacional”, disse o secretário de alto rendimento.
 
 
Além de servir como casa da canoagem slalom nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o estádio tem um projeto de legado que envolve tanto a parte esportiva quanto a social. De acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o local será transformado em parque público e poderá ser aproveitado pela população já a partir de 23 de dezembro. A entrada será gratuita. “Vamos ter o caso de legado antes da Olimpíada. O importante é que a molecada vai usar isso aqui no verão”, anunciou Paes.
Avaliações
 
Tricampeão olímpico de canoagem slalom, o francês Tony Estanguet participou da cerimônia de entrega da instalação e elogiou a estrutura construída em Deodoro. “É fantástica. Estou impressionado. Conheço muitas pistas e essa tem um nível impressionante. Quero parabenizar as autoridades brasileiras por terem construído em menos de dois anos. Quando você vê o resultado, é fantástico. Todos os atletas amaram o percurso”, comentou Estanguet.
 
O presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini, ressaltou que a intenção da entidade é utilizar o local para ajudar no desenvolvimento do esporte. “Atingimos o que queríamos. O canal é perfeito, dá todas as condições e é muito técnico. Vai ser realmente outro polo de desenvolvimento para a modalidade”, comentou. “O feedback que temos é de que a pista é técnica. Está todo mundo adorando a instalação”.
 
Vagner Vargas - brasil2016.gov.br, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
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Para o Tour da Tocha ela já está garantida. Agora Luiza Oliano sonha com a vaga para as Paralimpíadas

Luiza Oliano, com a Tocha Olímpica: honra por carregar o símbolo dos Jogos do Rio e sonho de disputar as Paralimpíadas em 2016. (Foto: Francisco Medeiros/ME)Luiza Oliano, com a Tocha Olímpica: honra por carregar o símbolo dos Jogos do Rio e sonho de disputar as Paralimpíadas em 2016. (Foto: Francisco Medeiros/ME)Natural de Porto Alegre, Luiza Oliano tinha apenas 6 anos quando o judô entrou em sua vida de forma definitiva. Nascida com um problema na retina, que lhe comprometeu a visão a ponto de ela ter apenas sensações de claridade, Luiza ainda se recorda bem de como tudo começou. “Eu ouvi uma apresentação na minha escola e resolvi fazer judô. Nunca mais parei”, resume.

Hoje, aos 18 anos, a gaúcha sonha alto e planeja ser uma das atletas da delegação brasileira que defenderá o país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, disputados entre os dias 7 e 18 de setembro.

Nesse universo de sonhos ligados aos Jogos Rio 2016 uma coisa já é certa para a judoca: ela terá a honra de ser uma das brasileiras que carregará a Tocha Olímpica. Luiza foi uma das escolhidas pela Coca-Cola para participar do Revezamento da Tocha e seu nome foi anunciado, ao lado de outros 11 atletas, na última terça-feira (24.11), durante um evento em Brasília que marcou a assinatura de um termo de apoio institucional do Ministério do Esporte à Coca-Cola que visa ampliar a promoção da prática esportiva no Brasil tendo como principal motivador os Jogos Rio 2016.

“Me senti muito feliz quando soube que tinha sido escolhida para participar do revezamento”, conta Luiza. “Minha técnica (Carla Oliveira) me ligou dizendo que ela tinha recebido um e-mail sobre a Tocha e aí eu avisei a minha mãe e nós comemoramos muito. O que eu sinto é um orgulho muito grande por poder carregar esse símbolo da Olimpíada, que é tão bonito”, prossegue a atleta.

Ao longo dos 12 anos como judoca, Luiza conquistou importantes resultados internacionais, com destaques para o ouro no Paparan de Jovens da Argentina, em 2013; a prata por equipe no Campeonato Mundial da Turquia, em 2014; e o bronze por equipe no Mundial da Coreia do Sul, disputado neste ano. Também em 2015, Luiza conquistou o bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá.

Experiente, ela almeja agora alcançar seu maior objetivo: defender o Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio. “Estou na lista dos que podem ser convocados e estou treinando muito para representar o país em 2016”, avisa. “É um sonho que tenho, porque disputar as Paralimpíadas no próprio país é raro. Seria um orgulho enorme e tenho certeza de que a sensação seria muito boa”.

Treinos

Atleta do Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, Luiza concluirá em breve o ensino médio. Assim, no primeiro semestre de 2016 os planos são se dedicar exclusivamente ao judô para conquistar a vaga paralímpica.

Para isso, a rotina de treinos é puxada. São cinco dias por semana, com trabalhos técnicos e físicos intercalados das 15h às 16h30 e, depois, das 18h30 às 21h. “Mas tem dias que eu também treino aos sábados. Em geral, faço isso duas vezes por mês”, ressalta.

“Quero cursar educação física, mas, por enquanto, vou me dedicar 100% ao esporte. No ano que vem, quero disputar o Grand Prix, em março, que vai ser importante para eu me preparar. E talvez tenha outro compromisso internacional”, planeja Luiza.

Contemplada com a Bolsa Pódio, a judoca destaca que o benefício é fundamental para que ela possa sonhar com a vaga para 2016. “É importante para várias coisas, tanto para minha vida como atleta como para vida pessoal. Sem esse apoio continuar no esporte seria bem mais difícil”.

Para a técnica Carla Oliveira, o empenho de Luiza nos próximos meses será fundamental para a concretização dos planos visando aos Jogos Paralímpicos. “Ela treina à tarde e à noite e sempre com muita dedicação. A Luiza teve recentemente um grande resultado em Porto Alegre, quando foi campeã do Grand Prix e deu um grande passo para chegar ao Rio em 2016 nas Paralimpíadas”, lembra. “Esperarmos e queremos muito que ela esteja lá, faça grandes lutas, represente bem o Brasil e possa ganhar uma medalha, que é tão almejada”, continua.

Todo atleta de alto nível sabe que conquistar uma vaga para os Jogos Olímpicos ou Paralímpicos é a coroação do trabalho de uma vida. Aos 18 anos, Luiza Oliano ainda tem muita estrada pela frente. Ciente disso, ela promete não desistir de seus sonhos. “Eu quero disputar as Paralimpíadas. Se não for nessa, vou treinar para estar em Tóquio, em 2020. Mas não vou negar: competir no Brasil seria muito melhor”, diz.

Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br

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Circuito de Canoagem Slalom recebe elite do esporte para evento-teste em Deodoro

O Circuito de Canoagem Slalom faz parte do Parque Radical, em Deodoro. (Foto: Andre Motta/Heusi Action)O Circuito de Canoagem Slalom faz parte do Parque Radical, em Deodoro. (Foto: Andre Motta/Heusi Action)

No mesmo dia em que será inaugurado oficialmente, o Circuito de Canoagem Slalom dos Jogos Olímpicos Rio 2016 recebe o primeiro dia de competições do Aquece Rio Desafio Internacional de Canoagem Slalom, evento-teste da modalidade. Mais de 120 atletas de 26 países competem de quinta (26.11) a domingo para testar a instalação, área médica, resultados e os voluntários.

Antes de as provas terem início no período da tarde, uma cerimônia será realizada no local para celebrar a inauguração oficial do espaço. O evento contará com a participação do secretário executivo do Ministério do Esporte, Marcos Jorge Lima, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

O Circuito de Canoagem Slalom está inserido Parque Olímpico de Deodoro, que recebeu um investimento total de R$ 846,3 milhões do governo federal para ser erguido. O complexo conta ainda com as pistas de ciclismo BMX e mountain bike, o Centro Nacional de Hipismo, a Arena Deodoro, a Arena de rúgbi e pentatlo moderno, o Centro Aquático de pentatlo moderno, o Centro Nacional de Tiro Esportivo e o Centro Nacional de Hóquei sobre Grama.

As pistas

O Circuito de Canoagem Slalom conta com duas pistas em sua estrutura: uma voltada para o alto rendimento, que será utilizada para as competições dos Jogos Rio 2016, e outra menos inclinada, destinada à iniciação de jovens na modalidade. Além de servir como legado para os atletas profissionais e iniciantes, a estrutura poderá ser aproveitada como opção de lazer para a comunidade.

“Nosso objetivo para Deodoro foi formatar uma pista técnica, com características que permitissem aos atletas usar habilidades das mais variadas, além da experiência. Por isso, a água não poderia correr tão velozmente. E ainda trabalhamos para fazer uma pista versátil”, detalhou Jaroslav Pollard, professor doutor da Universidade Técnica Tcheca, de Praga, que comandou a equipe de engenheiros responsável pela elaboração do projeto.

Criada para simular os efeitos de uma corredeira natural, a pista artificial criada por Pollard e sua equipe tem vantagens importantes. “Garantimos mais nível técnico ao esporte, se ganha economicamente, o meio-ambiente fica protegido e a construção ainda se torna parte de um legado”, enumerou.

Pista foi testada por atletas e responsáveis pelo projeto antes do evento-teste. (Foto: Andre Motta/Heusi Action)Pista foi testada por atletas e responsáveis pelo projeto antes do evento-teste. (Foto: Andre Motta/Heusi Action)

Elite na água

Entre os atletas que irão competir no evento-teste até domingo estão grandes nomes da modalidade, como o italiano Daniele Molmenti, campeão olímpico no K1 nos Jogos de Londres 2012 e Mundial em 2010; o tcheco Jiri Prskavec, campeão mundial no K1 em 2015 tanto no individual quanto por equipes; a francesa Emilie Fer, medalha de ouro no K1 feminino em Londres 2012; e os gêmeos eslovacos Pavol e Peter Hochschorner, donos de três medalhas de ouro (Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008) e uma de bronze (Londres 2012) no C2 masculino.

Os atletas tiveram cinco dias para treinar no circuito (de 21 a 25 de novembro) antes da estreia na competição e destacaram o nível de dificuldade da corredeira. “Requer muito da parte mental, porque não dá descanso. É preciso manter o foco na descida toda”, diz o italiano Molmenti. “Exige muito da gente quanto a ter habilidades”, acrescenta o brasileiro Leonardo Curcel, sexto colocado no C1 no Mundial Júnior de Wausau 2012, nos Estados Unidos.

brasil2016.gov.br, com informações do Rio 2016

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Centro de Treinamento para os Jogos Rio 2016, Cefan entrega ginásio reformado

Foto: Carol Delmazo/ Brasil2016Foto: Carol Delmazo/ Brasil2016

No dia em que a Marinha comemora cem anos da Liga de Sports, antecessor do atual programa olímpico da corporação, o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) reinaugurou, nesta quarta-feira (25.11), o ginásio poliesportivo que poderá ser Centro de Treinamento para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

“Foi feita toda a revitalização do ginásio: pintura, substituição de todas as telhas translúcidas para melhorara iluminação, reforma no sistema de ar condicionado, banheiros e vestiários foram reformados”, explicou o almirante Carlos Chagas Vianna, presidente da Comissão de Desportos da Marinha (CDA) e comandante do Cefan.

A intervenção faz parte de um investimento de R$ 20 milhões do Ministério do Esporte no local, que estará apto a receber delegações estrangeiras de futebol, vôlei e polo aquático para aclimatação e treinamento em 2016.  Até o ano que vem, será finalizada a construção da área de apoio entre os campos de futebol - com vestiários, depósito e espaços para fisioterapia-, e de um ginásio para a modalidade de levantamento de peso.

Os recursos estão sendo aplicados ainda nas reformas da piscina, do tanque de saltos ornamentais e dos vestiários abaixo dele, dos dois campos de futebol, além de intervenções para melhorar a acessibilidade. De acordo com o almirante Carlos Chagas, delegações da Coreia do Sul e da Itália já entraram em contato com o Cefan interessadas em conhecer as instalações.

Foto: Carol Delmazo/ Brasil2016Foto: Carol Delmazo/ Brasil2016

“É um local a mais para as equipes se prepararem, as instalações são de primeiro mundo. Acho que todo mundo que treinar aqui vai ficar muito satisfeito, e ter atletas de fora acaba motivando os atletas daqui”, disse a remadora Fabiana Beltrame, atleta da Marinha e uma das homenageadas do dia pelos resultados em 2015.

O Cefan tem estrutura para diversas modalidades como boxe, judô, luta olímpica, vôlei, futebol, natação, polo aquático, saltos ornamentais, levantamento de peso, atletismo, tiro esportivo, entre outras.  O local tem ainda laboratórios de pesquisa e serviço de reabilitação físico-funcional, e conta com salas de condicionamento físico e musculação, primeiros socorros, tratamento médico, fisioterapia e massagem, área de descanso e restaurante. Também há acomodações com 394 leitos, divididos em alas masculina e feminina.

Ao todo, o Ministério do Esporte está investindo R$ 123 milhões em reformas de instalações militares que serão CTs para delegações estrangeiras ou locais de treinamento do Time Brasil com foco no Rio 2016. Além do Cefan, receberam recursos a Escola Naval,  a Universidade da Força Aérea (UniFA), o Clube da Aeronáutica (Caer) e o Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx).

Foto: Carol Delmazo/ Brasil2016Foto: Carol Delmazo/ Brasil2016

Atletas premiados

Foram premiados, nesta quarta, os atletas do Programa Olímpico da Marinha (Prolim) que se destacaram durante o ano de 2015, ex-competidores que contribuíram para a história do esporte brasileiro e crianças e adolescentes dos projetos sociais e de base da corporação. Além de Fabiana Beltrame, também estavam entre os atletas do alto rendimento agraciados a judoca Mayra Aguiar e a velejadora Kahena Kunze, e outros mais.

“Como tivemos um 2014 maravilhoso, a gente achava que ia ser muito difícil (em 2015), porque depois de um ano tão bom, é normal uma queda. Mas a gente está muito satisfeita porque fizemos pódio em quase todos os campeonatos e nosso nível não caiu”, explicou Kahena que, junto com Martine Grael, conquistou o vice-campeonato Mundial na classe 49er FX, foi bicampeã do evento-teste de vela, ficou em segundo no Pan de Toronto (Canadá), medalhou em três etapas de Copa do mundo e foi vice no Sul-Americano.

Melhor do ano

O maior destaque foi dado a Etiene Medeiros, eleita a Atleta do Ano da Marinha do Brasil. A pernambucana fez história em 2015 como a primeira nadadora brasileira a ganhar medalha em um Mundial de piscina longa – a prata nos 50m costas em Kazan, na Rússia –, dias depois de conquistar quatro medalhas no Pan de Toronto, incluindo o primeiro ouro da natação feminina do Brasil na competição continental, nos 100m costas. Com seis medalhas (sendo quatro de ouro) foi também a atleta mais laureada dentre todos os países participantes na 6ª edição dos Jogos Mundiais Militares, na Coreia do Sul.

“Sempre tive pé no chão, cada etapa é diferente da outra. Hoje é tudo diferente, eu paro em qualquer lugar e todo mundo me reconhece, isso também está sendo uma lição, aprendendo a lidar com isso”, disse. “Até este momento (o ano de 2015) está 99%, para o 100% a gente está aí pra nadar Palhoça. Estou muito feliz, faltam três semanas, agora é acumular energia. Todo o resultado que tive neste ano vai sim somar pra eu nadar em Palhoça”, explicou, em referência à cidade de Santa Catarina que vai sediar o Open de natação, de 16 a 19 de dezembro, que é a primeira seletiva olímpica da modalidade para o Rio 2016. A outra será o Torneio Maria Lenk, no ano que vem.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

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Evento-teste do Hóquei sobre Grama recebe elogios no segundo dia de competições

Gabriel Heusi/Heusi Action/brasil2016.gov.brGabriel Heusi/Heusi Action/brasil2016.gov.br
O Campeonato Internacional de Hóquei sobre Grama, torneio que serve como evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos Rio 2016, só termina no sábado (28.11), com as finais dos torneios masculino e feminino. Mas nesta quarta-feira (25.11), segundo dia de competição, já havia um coro formado pelas opiniões de atletas e dirigentes em relação à estrutura e à organização: tudo está ótimo.
 
Nem a chuva que molhou os campos incomodou os jogadores. “Não atrapalha. É até melhor, porque fica mais lisinho para deslizar a bola”, disse Eloisa Peyloubet, nascida na Argentina, mas registrada em Florianópolis e que defende a Seleção Brasileira feminina de hóquei sobre grama ao lado da irmã Jacqueline. Ambas concordam que os campos construídos no Complexo Esportivo de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, estão excelentes. “Está tudo perfeito para a gente. O campo é perfeito. A gente está muito contente de estar aqui”, contou Jacqueline.
 
Para Mayara Fedrizzi, também da Seleção Brasileira feminina, o nível da organização permite que os atletas se concentrem apenas no jogo.  “Há toda uma organização por trás que é muito importante para o hóquei funcionar. A gente consegue ficar focada só no jogo e isso é muito importante para o atleta”, afirmou.
 
O evento-teste do hóquei sobre grama está testando 25 áreas funcionais, entre elas as operações de competições esportivas, de resultados e de serviços médicos. São 230 colaboradores em ação em Deodoro, dos quais 166 são voluntários - e que devem ser os mesmo a entrar em ação durante o campeonato olímpico de hóquei no ano que vem.
 
“Não é um dos nossos ‘major test events’, como a gente chama, que são os eventos em que a gente tem todas as áreas do Rio 2016. O foco principal para nós é realmente a área de competição, gerenciamento da competição, a parte de cronometragem e resultado, que a gente não pode errar durante os jogos, porque existe uma série de protocolos ligados a isso, então essas são as áreas chave. Mas também tem a parte de serviço para os atletas, embora eles não estejam na Vila, como eles estarão durante os Jogos, todos estão hospedados num hotel só. A Federação Internacional também está recebendo uma série de serviços, então a gente vai testando em doses pequenas se comparado aos Jogos, mas é fundamental para a gente entender se está indo no caminho certo ou não”, explicou o diretor de Esportes do Comitê Rio 2016, Rodrigo Garcia.
 
Gabriel Heusi/Heusi Action/brasil2016.gov.brGabriel Heusi/Heusi Action/brasil2016.gov.br
 
Para ele, o retorno dado pelos atletas e dirigentes durante o torneio tem sido fundamental. “Ver o Brasil jogando no campo que vai ser o futuro campo dos Jogos Olímpicos é emocionante por ser brasileiro, mas por outro lado é fundamental para que a gente possa coletar informações dos atletas, entender um pouco deles, o que eles estão sentindo, não só do campo, mas da organização, das pessoas que estão envolvidas, das pessoas que devolvem a bola, que isso é fundamental no jogo de hóquei, a arbitragem, a Federação Internacional.. Até agora o que a gente tem recebido de retorno é que tudo está correndo bem legal, cada dia que passa nossa equipe também está mais treinada, assim como uma equipe que está em competição”, afirmou Rodrigo Garcia.
 
O 17º evento-teste no calendário do Aquece Rio, série de eventos-testes para os Jogos Rio 2016, reúne cento e quarenta e quatro atletas, em oito equipes. No masculino, o Brasil disputa uma vaga no final contra as seleções do México, Trinidad & Tobago e Chile. Os brasileiros empataram em 1 x 1 com Trinidad e venceram o México por 2 x 0. Na sexta-feira (27.11), enfrentam os chilenos. No feminino, o Brasil perdeu para Barbados por 2 x 1 e empatou com o Paraguai em 1 x 1. Também na sexta-feira, as meninas brasileiras enfrentam a seleção do Peru. As duas melhores equipes do masculino e do feminino se enfrentam nas finais, marcadas para o sábado (28.11). Os outros times disputam, também no sábado, o terceiro lugar em seus respectivos torneios.
 
Gabriel Heusi/Heusi Action/brasil2016.gov.brGabriel Heusi/Heusi Action/brasil2016.gov.br
 
Legado
Os campos de 91,40m x 55m do hóquei sobre grama - que é jogado sobre grama sintética - trazem as cores da bandeira do Brasil: a parte interna é azul, com as bordas verdes, e as linhas são brancas. Todas as cores são contrastantes com as bolas amarelas, o que facilita a visualização das jogadas. Hoje com assentos em apenas uma das laterais, o campo principal do Centro Olímpico de Hóquei ganhará arquibancadas temporárias para 8 mil pessoas. Já o campo secundário terá capacidade para 5 mil torcedores.
 
Além dos dois campos já finalizados, o complexo contará ainda com um campo de aquecimento para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Após os Jogos, as instalações deverão servir para treinamentos de equipes de alto nível e para programas sociais que envolvem a prática esportiva.
 
“O legado que 2016 vai deixar para a gente vai ser muito importante para o desenvolvimento do hóquei. Vai ter mais dois campos no fundão, que vão ser para treinamento, então vamos ter quatro campos no Rio de Janeiro e vai ser muito interessante para a gente”, disse Matheus Borges, da Seleção Brasileira da modalidade. “A gente sempre joga em campos adaptados, como campo de futebol, e aqui a gente vai conseguir mostrar, trazer público para ver, até fazer escolinhas, espero que seja utilizado muito”, completou Mayara Fedrizzi. 
 
Mateus Baeta - brasil2016.gov.br, do Rio de Janeiro
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Paralimpíadas Escolares são porta de entrada das seleções principais de judô

Breno Barros/MEBreno Barros/ME
 
"Vai Cleir, vai de ippon". A voz que saiu da torcida durante o combate de judô, entre Cleir Pinheiro da Silva e Pablo Cruz, era mais que um incentivo. Os gritos de Sara Silva, 16 anos e também cega, simbolizaram o espírito de equipe dos judocas que subiram ao tatame das Paralimpíadas Escolares 2015 e mostraram que a luta proporciona inclusão e integração das pessoas com deficiência visual. Sara e Cleir são companheiros de treino na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
 
Nesta edição das Paralimpíadas Escolares são cerca de 40 judocas nas disputas por medalhas. Única arte marcial que compõe o programa paralímpico, o judô para atletas cegos é praticado desde a década de 70, tendo estreado no masculino nos Jogos em Seul-1988, e no feminino, em Atenas-2004. Antes de ser realizadas competições estudantis no Brasil, os deficientes visuais iniciavam na luta com idade avançada, como lembra o Jaime Roberto Bragança,  coordenador de Judô do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
 
“Antigamente, o deficiente visual iniciava no judô com 18 ou 20 anos. Era muito ruim para nós, porque todos os esportes competitivos exigem que a iniciação seja na infância. Por meio de evento como esse conseguimos incentivar as crianças a começarem no judô bem cedo”, recorda.
 

Com 15 anos de idade, o judoca Pablo Cruz representa muito bem a nova geração de lutadores do Rio Grande do Norte. Para o jovem, o judô foi uma porta que se abriu para novas possibilidades, além de ajudou na vida social. “Eu sempre fui de fazer várias atividades, como tocar instrumentos musicais. E o judô apareceu na minha vida para me dá mais força. Hoje, o que eu sei fazer melhor é a música e o judô”, conta. 
 
Breno Barros/MEBreno Barros/MEO judoca da seleção brasileira Abner Nascimento de Oliveira, 20 anos, medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, é um dos atletas que ganhou destaque nacional depois das Paralimpíadas Escolares. Ele considera o evento a porta de entrada para a equipe principal. “Os jogos escolares são o começo. Muitos atletas que estão aqui um dia irão chegar na seleção, como eu cheguei”, reforça.
 
Abner foi considerado o melhor judoca da competição nas edições de 2011 e 2012.  “No primeiro ano que participei do evento cheguei meio tímido, com vergonha. Lutei e fui considerado o melhor atleta da minha categoria. No ano seguinte foi mais complicado, subi de categoria e a chave foi maior. Levei o título na minha categoria e no absoluto. Em 2013, fui para a adulta, tive bons resultados e fui convocado para a seleção brasileira. Tudo graças aos resultados daqui”, recorda o judoca do Rio Grande do Norte.  
 
Há poucas adaptações no judô paraolímpico em relação ao convencional. Os atletas começam a luta já segurando o quimono do adversário, posicionados assim pelo árbitro central, que conduz a luta para que o contato seja permanente. Ao aplicar uma punição, o árbitro também avisa a qual judoca está se referindo. Os atletas não são punidos por sair da área de luta.
 
“Mostrando para os professores de judô convencional que as adaptações são mínimas e que uma pessoa cega pode praticar judô em qualquer academia. Muitas vezes os professores não aceitavam os alunos por puro desconhecimento”,  revela Jaime Roberto.
 
Breno Barros, de Natal
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Prefeita de Goiás Velho festeja o fato de o município ser um dos que a tocha olímpica percorrerá

A proximidade das Olimpíadas faz com que, até mesmo municípios distantes do Rio de Janeiro, se preparem e respirem o ar do maior evento esportivo do planeta. Com o intuito de agradecer o fato de a tocha olímpica passará na cidade de Goiás Velho, na qual é prefeita, Selma Bastos se reuniu com o ministro do Esporte, George Hilton, nesta quarta-feira (25).
 
“Faremos uma grande festa e viemos mostrar ao ministro que a gente quer muito fazer uma bela festa. Queremos aproveitar a ocasião também para pedir ajudar para que algumas políticas públicas sejam realizadas no nosso município. As praças esportivas são sempre muito importantes para diminuir a violência”, disse a prefeita.
 
Acompanhada do deputado estadual Marlucio Pereira na audiência, Selma Bastos revelou a alegria da população quando soube que a tocha passaria por Goiás Velho. “Estamos todos muito entusiasmados. Vamos nos sentir dentro dos Jogos de verdade”, completou.
 
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Em Brasília, seleção feminina de handebol mira a integração da equipe para o Mundial

Foto: Ricardo Stuckert/PRFoto: Ricardo Stuckert/PR

Com a maior parte da equipe treinando em clubes da Europa, a seleção brasileira feminina de handebol precisa aproveitar os momentos de encontro para acertar as estratégias de jogo. É esse o maior objetivo das atletas que estão nesta semana em Brasília para a disputa do Torneio Quatro Nações, entre os dias 27 e 29, no Ginásio Nilson Nelson. As três partidas, contra Argentina, Eslovênia e Sérvia, serão a última fase da preparação para o Mundial da Dinamarca, que vai de 5 a 20 de dezembro. Nesta quarta-feira (25.11), as jogadoras foram recebidas pela presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

"Esta semana é decisiva, todo mundo está consciente disso. Estamos dando o nosso máximo e o Morten (Soubak, técnico) nos elogiou, coisa que não é normal. Quando ele elogia, realmente é verdade", brinca Alexandra Nascimento. "Não temos tempo a perder", determina a atleta, eleita melhor do mundo em 2012 e que, no ano seguinte, ajudou a equipe a conquistar o inédito título mundial.

Até o ano passado, a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) tinha um convênio com o clube austríaco Hypo Nö, onde treinavam oito jogadoras brasileiras, comandadas também por Morten Soubak. "Isso ajudou muito a seleção. Como a gente se separou, nos campeonatos não dá para juntar todas as jogadoras na mesma semana, para ter tempo de bola. Isso é um ponto negativo que o Morten está tentando melhorar. Ele conseguiu fazer essa fase de uma semana aqui no Brasil para treinarmos juntas e buscarmos energia para o Mundial", explica Alexandra.

Duda Amorim, escolhida como a melhor jogadora do mundo no ano passado, também encara esta semana como crucial para o desempenho da equipe na Dinamarca. "Esta realmente é a reta final, são nossos três últimos jogos preparatórios antes do Mundial, então são muito importantes porque nosso foco está muito maior neste momento. A gente quer aproveitar mesmo os jogos para embarcar com um bom sentimento para o Mundial", planeja a armadora esquerda.

Foto: Ivo Lima/MEFoto: Ivo Lima/ME

Preparação

Na sexta-feira (27.11), o Brasil estreia no Torneio Quatro Nações contra a Eslovênia, antes de encarar a Argentina, no sábado, e a Sérvia, no domingo. Foi justamente contra as sérvias que as brasileiras conquistaram o título mundial de 2013, derrotando as anfitriãs na final.

Para Alexandra, o resultado ainda não foi totalmente digerido pelas adversárias. "Elas não aceitaram muito bem o fato de o troféu de melhor do mundo ter saído da Europa. Elas não estão satisfeitas com a gente e nós sabemos disso", analisa. O Brasil foi o segundo país não-europeu da história a conquistar o Mundial, depois apenas da Coreia do Sul, campeã em 1995.

"Sabemos que o Mundial será um dos mais importantes e mais difíceis da nossa carreira por sermos as atuais campeãs. Antes a gente estudava as outras seleções, e hoje nós somos as estudadas", avalia Alexandra. Ainda assim, a atleta está confiante na preparação. "Estamos nos esforçando muito e eu nunca vi a seleção tão disciplinada e tão focada num mesmo objetivo", elogia. O grupo conta ainda com o retorno de Duda Amorim, que havia rompido o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, e da capitã Fabiana Diniz, a Dara, que teve uma trombose na perna esquerda.

Seleção feminina na conquista do título mundial, em 2013. (Foto: Cinara Piccolo/PhotoeGrafia)Seleção feminina na conquista do título mundial, em 2013. (Foto: Cinara Piccolo/PhotoeGrafia)


Evolução

O Mundial da Dinamarca e os Jogos Olímpicos do Rio 2016 poderão coroar ainda mais o desempenho do handebol brasileiro. "É clara a evolução que o handebol vem tendo e a nossa expectativa é que no ano que vem, no Rio de Janeiro, elas ganhem a medalha de ouro por tudo que têm produzido", afirmou o ministro do Esporte, George Hilton, durante a visita das jogadoras ao Palácio do Planalto.

A equipe contou com uma série de investimentos para alcançar o nível atual. Além do convênio com o clube austríaco, celebrado em 2011 e já encerrado, e da contratação do dinamarquês Morten Soubak, em 2009, as jogadoras têm o apoio do Plano Brasil Medalhas e patrocínios de empresas estatais (Correios e Banco do Brasil).

Alexandra Nascimento (esq.) e Duda Amorim, eleitas melhores do mundo em 2012 e 2014 respectivamente. (Fotos: Ivo Lima/ME)Alexandra Nascimento (esq.) e Duda Amorim, eleitas melhores do mundo em 2012 e 2014 respectivamente. (Fotos: Ivo Lima/ME)

O primeiro resultado expressivo foi conquistado em 2011, com o quinto lugar no Mundial, realizado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Até então, a melhor colocação do país na competição havia sido o sétimo lugar em 2005. Em 2012, a seleção foi a sexta colocada nos Jogos Olímpicos de Londres, antes de chegar ao título mundial de 2013, na Sérvia.

Entre 2010 e 2013, o Ministério do Esporte celebrou oito convênios com a CBHb, totalizando um investimento de R$ 15 milhões para a modalidade, que também é beneficiada pela Lei de Incentivo ao Esporte, pela Lei Agnelo/Piva e pela Bolsa Atleta. Em São Bernardo do Campo (SP), foi construído o Centro de Desenvolvimento do Handebol Brasileiro (R$ 14,5 milhões, sendo R$ 12 milhões federais e o restante da prefeitura), que aguarda apenas a equipagem para a inauguração do espaço que integrará a Rede Nacional de Treinamento.

"Acreditaram na gente mesmo antes da medalha e, depois, o apoio continuou. Hoje a gente acredita que tudo é possível com a nossa entrega. A gente joga com muito amor e espera continuar nessa evolução", deseja Alexandra. Duda Amorim também já pensa nos próximos passos. "O nosso sucesso só traz mais alegria e mais confiança para que a gente continue trazendo resultados. Esse Mundial vai ser muito bom porque também vai ser um teste para as Olimpíadas, para acertamos alguns detalhes, porque sonhamos muito com essa medalha", adianta a melhor do mundo.

» Programação – Torneio Quatro Nações

Sexta-feira (27)
19h15 - Brasil x Eslovênia
21h - Sérvia x Argentina

Sábado (28)
13h50 - Brasil x Argentina
15h50 - Sérvia x Eslovênia

Domingo (29)
10h - Argentina x Eslovênia
12h - Brasil x Sérvia

Local: Ginásio Nilson Nelson
Endereço: Setor SRPN - trecho 1 - Brasília (DF)
Ingressos: as entradas para o Torneio Quatro Nações Feminino serão trocados por 1kg de alimento não perecível na bilheteria do Ginásio Nilson Nelson, nos dias 25 e 26 de novembro, das 10h às 18h, e nos dias dos jogos, caso ainda haja disponibilidade. Os ingressos serão válidos para a rodada dupla que será realizada no dia correspondente. O limite de troca será de cinco ingressos por pessoa para cada rodada.

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br

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Novos talentos do esporte paralímpico encantam nas provas de atletismo em Natal

Foto: A2 Fotografia/Du AmorimFoto: A2 Fotografia/Du Amorim

Na escola Dom Bosco, em Rio Branco, a jovem Gislaine Paiva, 15 anos, descobriu o esporte paralímpico. Em decorrência de uma paralisia cerebral, ela tinha dificuldade para correr e andar. Com o atletismo, a jovem superou os problemas físicos, encarou novos desafios e passou a conquistar medalhas em competições esportivas.

A história de Gislaine é uma entre as de dezenas de jovens que entraram, nesta quarta-feira (24), na pista de atletismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, na estreia das provas de campo da Paralimpíadas Escolares 2015.

Medalhista de prata no salto em distância, Gislaine pretende ir bem mais além na sua vida por meio do esporte. “Melhorei muito a minha coordenação motora com o esporte. Agora, posso correr e saltar. Comecei a praticar na escola, com o meu professor, que me estimulou muito, e hoje colho os frutos da minha evolução com medalhas”, comemora a atleta.

O esporte é uma ferramenta que impulsiona e promove a integração entre os mais de 700 atletas escolares de todo o país, com idade entre 12 e 17 anos, nas Paralimpíadas Escolares.

O coordenador técnico de atletismo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ciro Winckler, explica que existe uma nova geração de atletas que são “filhos” das Paralimpíadas Escolares e que disputarão os próximos Jogos Paralímpicos.

“O evento escolar é realizado há algum tempo e vem apresentando uma evolução muito interessante, não só no número de atletas, mas na qualidade deles. Nesse espaço já apareceram atletas como Alan Fonteles e Júlia Santos, mostrando que é um evento de descoberta de atletas”, explica o dirigente.

Roger Santos, 16 anos, é um deles. Da nova geração de atletas, ele se espelha na trajetória do medalhista paralímpico Alan Fonteles. É a primeira vez que o jovem disputa uma prova de biamputado nos Jogos Paralímpicos Escolares. Em Natal, Roger corre com próteses de passeio, que não são tão adequadas para o esporte.

“A prótese correta dá mais impulsão na hora da corrida. Quando o Alan Fonteles veio disputar as Paralimpíadas Escolares, um olheiro o identificou e abriu as portas para o esporte profissional, dando suporte e próteses corretas. Eu também tenho esse objetivo. O Alan é um guerreiro e quero chegar um dia perto dele”, diz o jovem.

Ciro ressalta que o objetivo dos Jogos não são somente o alto rendimento, mas a participação esportiva.  “Não podemos pensar somente no alto rendimento. Vão surgir talentos, mas  o objetivo principal não é só esse. No evento com oito modalidades juntas, você consegue ver crianças do atletismo que vem aqui e tem a oportunidade de conhecer outros esporte”, conta.

Breno Barros, de Natal
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