Ministério do Esporte Fique por dentro
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

Após melhor campanha da história, CPB tem injeção de R$ 90 milhões no horizonte

Em Toronto, a melhor campanha da história, deixando para trás as performances de Guadalajara, em 2011, e até do Rio, em 2007, com 109 ouros e um total de 257 pódios. No plano legislativo, a sanção, em julho, de uma mudança que determina um aumento estimado de R$ 90 milhões anuais na quantidade de recursos provenientes anualmente da Lei Agnelo/Piva. No futuro próximo, a inauguração do Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, uma estrutura voltada para a prática de 15 modalidades nas melhores condições de estrutura.

Com esse panorama, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, não tem dúvidas em dizer que tem todos os ingredientes à mão para que o esporte paralímpico brasileiro chegue em médio prazo a um patamar ainda superior ao que demonstra hoje. “Com a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (sancionada em julho), a gente está saindo de uma arrecadação de R$ 39 milhões da Lei Agnelo/Piva, para cerca de R$ 130 milhões. Isso muda a realidade e nos dá uma tranquilidade muito grande”, afirmou o dirigente.

Andrew Parsons durante cerimônia de premiação da natação no Parapan de Toronto.Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPBAndrew Parsons durante cerimônia de premiação da natação no Parapan de Toronto.Foto: Jonne Roriz/MPIX/CPB

Tranquilidade suficiente, segundo ele, para que o CPB tenha condições de gerir com recursos próprios o Centro de Treinamento de São Paulo, que tem previsão de entrega da estrutura física em setembro e estimativa do início efetivo das operações em janeiro de 2016.  “Se em janeiro tivermos o Centro de Treinamento disponível para utilização, temos totais condições de cuidar da operação esportiva. Sempre se diz isso em termos das instalações. Uma coisa é construir, a outra é gerir, manter, fazer com que continuem operando. A gente fez uma ampla pesquisa no mundo para perseguir os melhores modelos”.

Nesta conversa com o brasil2016.gov.br durante o período em que tentava acompanhar as delegações nacionais nos 15 esportes em Toronto, Parsons também comentou os acertos e erros da organização do Parapan, explicou algumas formas pensadas pela equipe do Rio2016 para garantir que as instalações estejam cheias na Paralimpíada e citou as estratégias do Comitê para que novas gerações de atletas sejam descobertos.

A organização de Toronto
Cada cidade, cada estado, cada país adota o conceito que lhe convém. Em Toronto eles tinham essa dimensão de divulgar a província de Ontario, o que fez com que as instalações ficassem, em alguns casos, distantes umas das outras. Apesar disso, e do trânsito pesado, a organização esteve muito boa. Poderia ter havido um pouco mais de promoção para evitar a situação de alguns locais não tão cheios. Esse é o único ponto que destacaria como não tão positivo. Mas as instalações ficaram muito boas, confortáveis. A Vila os atletas adoraram, a comida era de alto nível, o transporte não vi reclamação da qualidade, só citações às distâncias.

Arenas vazias como desafio para o Rio
Eu não vejo isso para o Rio. O Brasil inteiro sabe da Paralimpíada. Tem ainda a questão de estarmos vindo de resultados positivos em Londres e aqui em Toronto, no Parapan. Estabelecemos ainda a meta agressiva do quinto lugar no quadro geral. Fora que, entre nossos atletas, alguns já são conhecidos. As pessoas sabem quem é o Daniel Dias (natação), as pessoas conhecem a Teresinha Guilhermina (atletismo). Temos um desafio, talvez, em outras modalidades. Por exemplo, pela própria distribuição das instalações, o tiro com arco ficou um pouco isolado, no Sambódromo. E na Paralimpíada acaba tendo pouca coisa naquela área. É o que a gente chama de uma “stand alone venue", longe das outras, e pode prejudicar. Mas ao mesmo tempo o Sambódromo tem um charme diferente e saímos do Parapan com um resultado bastante importante. Eu não vejo o público como uma preocupação, mas como um foco de atenção.

Três milhões de ingressos
Sim, temos um desafio grande de vender 3 milhões de ingressos, o que colocaria o Brasil como a maior bilheteria, como a edição com maior número de ingressos vendidos na história paralímpica. Fora isso, o município do Rio tem projetos de levar estudantes, a garotada, na Olimpíada. Na Paralimpíada também deve ter. Não vejo demérito, existem modalidades que não são tão conhecidas ou a gente não tem um grande atleta. A esgrima, por exemplo, não tão difundida no Brasil, mas a gente tem um campeão paralímpico, que é o Jovane Guissone. No dia de ele competir, por que não colocar alunos, ou pessoas da comunidade para assistir? Volto a dizer: é um ponto de atenção, mas não uma preocupação. Até porque os preços são convidativos. Tem ingressos a R$ 10 e, se você estiver nas categorias da meia, pode pagar R$ 5 e dividir em cinco vezes no cartão. É mais barato que o cinema. Tem também a própria promoção publicitária dos Jogos. A gente vai incrementar isso no ano que vem. Acho que não vamos ter lugares vazios.

Injeção de R$ 90 milhões
A aprovação da Lei Brasileira da Inclusão (sancionada pela Presidência da República em 6 de julho de 2015) ampliou de 2% para 2,7% o valor repassado aos comitês Olímpico e Paralímpico brasileiros, e mudou de 15% para 37,04% a fatia do Comitê Paralímpico. A conta foi feita assim quebrada exatamente para não afetar o ingresso de recursos no Comitê Olímpico.  A mudança coloca o CPB em outro patamar financeiro. Com esses números, pensando a grosso modo, com os dados do ano passado, a gente está indo de uma arrecadação de R$ 39 milhões para cerca de R$ 130 milhões, aumenta mais R$ 90 milhões. Isso muda a realidade e nos dá uma tranquilidade grande. Uma tranquilidade que nos permite, por exemplo, pensar que se em janeiro tivermos o Centro de Treinamento disponível para utilização, temos totais condições de cuidar da operação esportiva.

Quando a obra estava no início, a gente tinha uma preocupação de talvez mesclar recursos do CPB, do governo do estado, do governo federal, de buscar recursos da iniciativa privada, seja com naming rights ou atividades de geração de receita. Hoje, se todas essas outras receitas vierem, elas serão extras. A gente tem a confiança de que consegue não só aumentar o investimento em todas as 22 modalidades de verão e nas duas de inverno que a gente desenvolve, mas também, ao mesmo tempo, gerir o Centro de Treinamento com alto nível.

Redução de custos
O Centro de Treinamento também vai nos ajudar a diminuir as despesas das confederações. Hoje elas têm de pagar, por exemplo, para fazer uma fase de treinamento: elas alugam o local, pagam a hospedagem, o transporte, a alimentação. No Centro a gente vai reduzir muito esse custo. O efeito para o Rio vai ser pequeno, porque está muito em cima, mas as gerações que vão vir para 2020, em Tóquio, e 2024, terão um grau de preparação muito alto e melhor estruturado. Então a gente tem tudo para dar um salto e evoluir de maneira consistente.

Modelo de gestão
A gente está debatendo de uma forma muito tranquila com o governo federal e com o governo do estado de São Paulo. Aqui mesmo, em Toronto, a gente teve uma conversa. Estamos discutindo todas as possibilidades. O CPB defende que a gestão seja feita por nós mesmos, obviamente com uma estrutura de controle que envolva os dois níveis de governo. “Não estamos aqui com um discurso do tipo: me dê uma instalação que custou R$ 260 milhões de dinheiro público, num espaço público, e a gente faz o que quer. Não. A gente tem de prestar contas do investimento feito, devolver algo para a sociedade, mas lembrando  que ali é um Centro de Treinamento. O que a gente vai devolver? A preparação de atletas. A função precípua daquele espaço é ser um centro de treinamento de alto rendimento. A gente não pode tirar isso de nossa alça de mira. Mas isso não impede um trabalho de parceria com a iniciação. Para motivar os nossos jovens, nada melhor que a possibilidade de treinar lá de vez em quando. Quem não quer treinar na pista que treina o Alan, a Teresinha, o Petrúcio, quem não quer nadar na piscina onde está o Daniel Dias?

Início do funcionamento
A obra em tese será entregue em setembro. Depois tem toda a parte de equipamento que temos de colocar ali. Eu acho que realisticamente temos de pensar em 2016 para começarmos com alguma segurança. Entrar 2016 com o Centro funcionando. Além de botar os equipamentos, eu tenho de contratar profissionais. O centro não existe por si só. O equipamento precisa estar, mas também quem vai treinar as modalidades específicas, mais a academia, a parte de recuperação, de ciência esportiva. Não temos uma pressa desmedida para botar o centro em funcionamento. A gente quer que ele funcione bem.

Busca de novos talentos
São várias estratégias. Uma coisa fundamental para nós é a Paralimpíada Escolar. Ali vem gente das 27 unidades da Federação. Tem um efeito de capilaridade muito grande. O Petrúcio foi descoberto na delegação da Paraíba numa paraolimpíada escolar. O Alan, na delegação do Pará. Outra coisa que a gente orienta muito as federações também é a buscar a fase regional do circuito de atletismo e natação. É ali que muitos atletas aparecem pela primeira vez. Alguns ainda estão descobrindo sua modalidade. Atletismo e natação, até pelo apelo, são porta de entrada. Mas muitos atletas podem ter aptidões físicas e técnicas para outras modalidades e podem ser apresentados a elas ali. É um trabalho de garimpo, realmente, de buscar talentos, mas de levar o esporte à população. É difícil que alguém que saia da reabilitação e pense: vou para a esgrima, vou para a canoagem. A lógica é diferente. No Olímpico você oferece estrutura e espera o interesse. No nosso caso a gente tem de ir atrás muitas vezes.

Gustavo Cunha, de Toronto - brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Judocas encerram as lutas no Parapan com sete medalhas para o Brasil

Alana Martins (de branco) luta contra a venezuelana Naomi Suazo: prata para a brasileira. (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)Alana Martins (de branco) luta contra a venezuelana Naomi Suazo: prata para a brasileira. (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)

Finalizadas as disputas no tatame de Toronto, que renderam um total de sete medalhas ao Brasil, os “durões” do judô puderam se despir dessa impressão de força absoluta e mostrar um lado mais sensível. A venezuelana Naomi Suazo, que perdeu um confronto para a brasileira Alana Martins (-70kg) e outro para a mexicana Lenia Ruvalcaba, não parecia tão decepcionada com as derrotas, mas se emocionou ao falar sobre sua trajetória no esporte e, em especial, sobre o sonho de estar nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

“Espero ir e conseguir o melhor para o meu país”, disse, com a voz embargada. Em Pequim-2008, aos 19 anos, a atleta se tornou a primeira mulher campeã paralímpica da Venezuela, quando ainda competia na categoria -63kg. Depois da edição de Londres, no entanto, ela decidiu se afastar da modalidade. “Foi basicamente por lesões e também por problemas muito pessoais, mas o destino me deu a oportunidade de continuar. Decidi me reinventar, agora em outra categoria”, conta a judoca, que subiu para a -70kg e terminou a disputa dos Jogos Parapan-Americanos com um bronze.

O que causou a maior emoção em Naomi, no entanto, foi falar sobre o duplo papel exercido por Humberto Suazo, seu pai e técnico.“Treinar com ele é um privilégio. Eu o respeito, o admiro muito como pessoa, é o meu modelo a seguir”, elogiou, tentando segurar as lágrimas. “Espero um dia corresponder como filha e atleta. Agradeço a Deus por ele ser meu treinador tanto na vida quanto no tatame”, completou.

A jovem, hoje com 24 anos, tem baixa visão devido a uma retinose pigmentar. Humberto criou, então, um centro com o nome dela e passou a treinar também outros atletas com deficiência visual.“É uma relação muito bonita entre pai e filha e entre técnico e atleta. Sou agradecido a Deus por me brindar com essa oportunidade, de sermos uma família no tatame e em casa, e ser um núcleo de vida. Quem dera todos os pais pudessem compartilhar com seus filhos esses momentos”, disse ele.

Quem também não escondeu a emoção foi o medalhista de prata Wilians Silva (+100kg). Em Londres-2012, o brasileiro sofreu uma lesão na clavícula e terminou apenas com a quinta colocação. Ao voltar para casa, pensou em abrir mão do esporte. “Conversei com meu irmão quando pensei em desistir, e ele me falou: ‘Você é o meu herói’. Talvez ele nem se lembre disso, mas era tudo que eu queria ouvir. Foi o que me estimulou a continuar treinando e a trazer todos esses resultados”, recordou, chorando muito.

Wilians ficou cego aos 10 anos de idade, quando passou um ano morando na Paraíba. “Meu pai tinha uma espingarda de chumbinhos, para matar passarinhos, e eu, curioso, mexi nela. A arma disparou e pegou no meu rosto”, conta. Foram realizadas três cirurgias para tentar salvar ao menos o olho direito, mas sem sucesso. Forte desde tão novo, Wilians não se deixou abalar. “Eu fiquei triste, mas decidi não chorar pelo que eu perdi e ser feliz pelo que sobrou, que é todo o resto”, acrescenta.

O jovem cresceu na favela do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e só com o judô conseguiu ter melhores condições. “O esporte mudou a minha vida. Hoje consigo ajudar minha família, meus pais e irmãos, e ter uma melhor estrutura de treinamento por meio da Bolsa Pódio e do Time Rio. Consegui sair da favela e morar em um lugar melhor”, comemora o judoca, que também foi medalhista de prata em Guadalajara e já sonha com o pódio em 2016. Em Toronto, o brasileiro derrotou o venezuelano William Montero e os norte-americanos Robert Anderson e Steven Mulhern, caindo apenas diante do cubano Yangaliny Jimenez.

Vitórias aceleradas
A despeito da visão comprometida, os judocas aplicam golpes certeiros e com uma velocidade que impressiona. Nesta sexta-feira (14.08), no Abilities Centre, algumas lutas foram encerradas em pouquíssimos segundos.Foi assim, por exemplo, no confronto entre Alana Martins e a norte-americana Christella Garcia, com vitória para a paulista em apenas oito segundos. “Entrei com muita raiva, queria ganhar e terminar logo”, comentou a brasileira, que havia perdido anteriormente para a mexicana Lenia Ruvalcaba.

Para ficar com a prata da categoria, Alana ainda teve que vencer um duro confronto com Naomi Suazo antes de bater Christella.“É um campeonato de alto nível e ser medalhista tem o seu valor, mas não estou feliz. Perdi por erro meu e, no judô, um erro é fatal”, lamentou a atleta.

Deanne Almeida (+70kg) foi ainda mais rápidano confronto contra a norte-americana Sarah Chung: sete segundos para o ippon. A brasileira já havia derrotado Sara Luna, também dos Estados Unidos, mas a categoria não foi premiada por não ter fechado o número mínimo de inscritas.“Em 2007 e 2011 também eram só três atletas. O que eu não esperava agora era não receber medalha, afinal ela é a recompensa pela competição”, reclamou Deanne.

O Brasil ainda conquistou nesta sexta duas medalhas de bronze, com o tetracampeão paralímpico Antônio Tenório (-90kg) e com Arthur Cavalcante (-100kg). Em nova categoria, Tenório encontrou forte resistência logo na primeira luta, contra o canadense Tony Walby, de quem venceu no critério de desempate por um shido (punição). Já na semifinal, o brasileiro levou dois wazaris do argentino Jorge Lencina e acabou de fora da decisão. O bronze veio após a vitória em cima do venezuelano Hector Espinoza por ippon. “A medalha significa que ainda estou em atividade e posso sonhar com um pódio em 2016”, avaliou Tenório.

Já Arthur Cavalcante foi derrotado logo na estreia, contra o cubano Yordani Fernandez. Em seguida, venceu o norte-americano Benjamin Goodrich, de quem começou perdendo por dois yukos. O brasileiro reverteu a situação a seu favor com um wazari seguido por imobilização. Em seu último combate, Cavalcante foi derrotado pelo norte-americano Myles Porter por ippon.

Willians Silva com a prata. O atleta ficou cego quando tinha 10 anos e teve a vida mudada pelo esporte. (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)Willians Silva com a prata. O atleta ficou cego quando tinha 10 anos e teve a vida mudada pelo esporte. (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)

Preparação para o Rio
Os Jogos Parapan-Americanos de Toronto contaram pontos para os judocas no ranking mundial, que classifica os países para os Jogos Paralímpicos. O Brasil já tem vagas garantidas por ser país-sede, mas aproveitou a oportunidade no Canadá. “Aqui é um aquecimento para o Rio 2016. Os atletas têm a oportunidade de sentir na pele o que vão viver no ano que vem”, avalia o técnico Jaime Bragança.

A seleção brasileira encerrou sua participação no judô com sete medalhas, sendo duas de ouro, duas de prata e três de bronze. Cuba e México também conquistaram dois ouros, mas tiveram menos pódios no total: cinco e dois, respectivamente. Entre os 15 brasileiros convocados para o torneio continental, 13 recebem benefícios do Ministério do Esporte, sendo seis pela Bolsa-Atleta e sete pela Bolsa Pódio.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Ana Cláudia Felizola, de Toronto – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Natália Mayara leva ouro no tênis e recebe convite para porta-bandeira no encerramento do Parapan

Ela entrou para as disputas do tênis em cadeira de rodas nos Jogos Parapan-Americanos como a quarta favorita, mas vai voltar de Toronto para Brasília com duas medalhas de ouro na bagagem. Emoção comparável somente a de ser anunciada como porta-bandeira da delegação nacional na cerimônia de encerramento deste sábado (15.08). Natália Mayara teve dois dias intensos, cansativos, mas recompensadores.

Ontem venceu a final de duplas ao lado de Rejane Silva, por 2 a 1, sobre as colombianas Johana Martinez e Angelica Bernal. Nesta sexta-feira (14.08), ganhou a final individual da norte-americana Kaitlyn Verfuerth, cabeça de chave número um do torneio, por 2 a 0, com parciais de 7/6 e 6/2. E enquanto comemorava, recebeu a notícia: “A gente queria aproveitar para dizer que você é a nossa porta-bandeira na cerimônia de encerramento”, comunicou Edilson Alves, chefe de missão do Brasil e coordenador técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).  

Motivo para Natália se emocionar novamente. “Nunca imaginei. Juro que pensei no começo, quando a Terezinha Guilhermina (corredora) tinha sido escolhida para ser a porta-bandeira da abertura: ‘Poxa, um dia eu vou conseguir, vou ser importante para isso’. E eu consegui”. Recompensa pelo esforço feito entre a última edição do Parapan, em Guadalajara, até a decisão no Canadá: “Há quatro anos sai chorando de tristeza, porque perdi para a norte-americana nas quartas de final. Trabalhei duro e hoje volto com dois ouros”, disse.

Foto: Divulgação CPBFoto: Divulgação CPB

Por causa da chuva, a partida teve início com duas horas de atraso. Parecia que a espera tinha sido em vão para a torcida brasileira. Mais forte fisicamente e experiente, a norte-americana Kaitlyn Verfuerth, 30 anos, começou arrasadora e abriu 4 a 0 no primeiro set. Aos poucos, Natália foi estudando o jogo da adversária, com quem nunca havia duelado, e começou a equilibrar as ações.

“Aprendi mais sobre o jogo dela. Comecei a virar as bolas, empatou em cinco a cinco, depois em seis a seis. Então pensei: ‘Dá para ir, dá para ganhar’. Estava muito cansada, com muita dor no corpo, pelo jogo de ontem. Hoje minha mão abriu, mas tentei só pensar no jogo”, descreve a tenista.

A norte-americana sentiu a derrota parcial e Natália abriu 5 a 0 no segundo set. “Ganhar o primeiro foi o ponto chave para virar o jogo para mim”, resume a brasileira. No entanto, a proximidade do resultado inédito gerou ansiedade na tenista, que perdeu os dois games seguintes. “Eu consegui me concentrar mais, entendi o que deveria fazer, errei menos, consegui ficar mais consistente e focada o tempo inteiro. Ali no final que foi mais complicado, fiquei muito nervosa, na hora de sacar eu tremia. Por isso, ficava naquele vai não vai, errei umas bolas importantes, mas o fundamental foi conseguir esse ouro”, afirmou Natália, que teve sete match points a seu favor.

Para se concentrar e fechar de vez o segundo set por 6 a 2, ela esperou pelo erro da adversária. “Eu nem conseguia pensar em nada, olhava para o pessoal aqui fora, para meu técnico, as pessoas que estavam torcendo por mim e tentava ficar mais calma. Pensei: ‘Tenho uma boa vantagem, é só manter a bola dentro de quadra e deixar ela errar”. Agora, Natália vai comemorar e voltar a pensar na preparação para as Paralimpíadas Rio 2016.

Para chegar à decisão, a brasileira venceu nas quartas de final a mexicana Claudia Taboada por 2 a 0 e, na semifinal, a norte-americana Emmy Kaiser, por 2 a 1.

Bronze
Enquanto Natália travava a batalha pelo ouro, o brasileiro Daniel Rodrigues buscava o bronze na quadra ao lado. Com mais facilidade, ele venceu o colombiano Eliecer Oquendo por 2 a 0, com parciais de 6/0 e 6/1, enquanto a compatriota ainda estava fechando o primeiro set. O tenista havia conquistado, no dia anterior, a prata nas duplas no masculino ao lado de Carlos Alberto Chaves.

“Eu estava focado nisso, dormi pensando nessa medalha. Não podia deixar escapar de jeito nenhum. É muito importante voltar com duas medalhas. É meu segundo Parapan. Na edição passada só pude disputar no individual e não passei da primeira rodada”, conta o tenista, que mudou o panorama da carreira de Guadalajara para Toronto, a exemplo de Natália.

Investimento
Os quatro tenistas que representaram o Brasil no Parapan-Americano de Toronto recebem a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Para Natália, uma importante ajuda para se dedicar exclusivamente à modalidade. “Para chegar nesse nível, eu abri mão de tudo, tranquei a faculdade... A bolsa tem essa função, além de nos possibilitar a compra de material e equipamentos”. Ao todo, são 15 atletas do tênis em cadeira de rodas que recebem o benefício, o que representa um investimento de R$ 297 mil por ano do governo federal.

A modalidade
O tênis em cadeira de rodas tem praticamente as mesmas regras do tênis convencional, com exceção da possibilidade de a bola quicar até duas vezes na quadra antes da rebatida. Não há diferença em relação às raquetes e às bolas. As cadeiras utilizadas são esportivas, com rodas adaptadas para melhor equilíbrio e mobilidade. Para disputar a modalidade, o único requisito é que o atleta tenha sido medicamente diagnosticado com deficiência relacionada à locomoção. Para isso, é necessário ter total ou substancial perda funcional de pelo menos uma das duas pernas.

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Ministro George Hilton participa, em Goiânia, de evento para organização do revezamento da tocha olímpica

(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)

 
No Brasil, primeiro país a receber uma edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos na América do Sul, o revezamento da tocha terá início no dia 3 de maio, em Brasília. A partir desta data, a chama olímpica cumprirá um longo roteiro e passará por todas as capitais dos 26 estados, além do Distrito Federal. No total, cerca de 500 cidades receberão a tocha antes da chama olímpica chegar ao Estádio do Maracanã, na noite do dia 5 de agosto de 2016, para que a pira olímpica seja acesa e os Jogos do Rio de Janeiro sejam abertos oficialmente.
 
Organizar o revezamento da tocha exige um amplo trabalho de logística e a integração de diversas pastas governamentais em vários níveis. Assim, nesta sexta-feira (14.08), a cidade de Goiânia realizou a segunda reunião interministerial de preparação para o revezamento da tocha olímpica. A primeira foi no dia 7 de agosto, em Aracaju (SE). O Goiás será o primeiro estado a receber a tocha olímpica depois da capital federal.
 
O ministro do Esporte, George Hilton, foi um dos presentes no evento em Goiânia. Além dele, participaram o governador de Goiás, Marconi Perillo; o vice-governador de Goiás, José Helio de Souza; o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia; o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, Hélio de Souza; a secretária de Educação, Cultura e Esporte do Estado de Goiás, Raquel Teixeira; e o secretário geral da Presidência da República, José Claudenor;  e o General Marco Aurélio Vieira, diretor executivo de operações do Comitê Rio 2016, entre outras autoridades do governo federal e do governo do Estado de Goiás.
 
“A integração dos vários entes, do governo federal, estadual e municipal, da Rio 2016 e da APO (Autoridade Pública Olímpica) demonstra que o país amadureceu muito na organização de grandes eventos”, declarou o ministro George Hilton. “Tenho a impressão, cada vez que vou ao Rio, de que essa Olimpíada deverá deixar para nós um legado muito importante que deve ser compartilhado com todo o país. E nós, do governo federal, temos essa preocupação, de que não apenas o Rio de Janeiro tenha um legado material, com todas aquelas obras, que ficarão para o povo do rio na área de infraestrutura urbana, mobilidade e turismo. O governo federal tem trabalhado muito com os governos estaduais e municipais para que haja um legado em todo o país. E essa parceria aqui em Goiás tem dado certo. É importante para o país, nesse evento do revezamento da tocha, que ele desperte uma vontade de que o Brasil se torne realmente uma nação que ama e que pratica o esporte”, continuou.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Para o governador Marconi Perillo, a passagem da tocha olímpica por Goiás será uma grande oportunidade de o estado aparecer. “Nós vamos pegar tudo o que temos de mais bonito em todas essas cidades e vamos levar às ruas para recepcionar a tocha olímpica. Também vamos levar o povo e os estudantes e vamos definir uma marca bonita para uma camiseta bem bacana para todos os alunos estarem vestidos com uma roupa padronizada. Eu me comprometo a fazer uma mídia junto com os prefeitos para divulgar a chegada da tocha”, assegurou o governador.
 
Investimentos para nacionalizar o legado dos Jogos Rio 2016
Desde que o Brasil conquistou, em outubro de 2009, o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o governo federal tem atuado para que o legado do maior evento esportivo do planeta contemple todos os estados e o Distrito Federal.
 
Além dos investimentos em infraestrutura, que resultaram na construção ou reforma de pistas de atletismo e centros de treinamento em várias estados, os esportes olímpicos e paraolímpicos receberam, para este ciclo dos Jogos Rio 2016, um enorme suporte por parte do governo federal.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)Na luta olímpica, por exemplo, os tapetes oficiais usados no Centro de Lutas da UFG são resultado de um convênio entre o Ministério e a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), celebrado em 2012, que permitiu um investimento de R$ 2,8 milhões na compra de 50 tapetes oficiais, 15 bonecos e 15 ossos de luta (espécie de boneco apenas com braços e pernas, para treinos no chão) para centros de treinamento em 17 estados brasileiros. O objetivo do convênio é prover infraestrutura para formação e treinamento de atletas da luta olímpica no Brasil, principalmente para novas gerações do esporte.
 
Em Goiás, os tapetes foram entregues pela CBLA à Federação Goiana de Wrestling, que estruturou Centro de Lutas em parceria com a UFG. No local, são desenvolvidos dois projetos: iniciação e alto rendimento. Treinam dez atletas federados e outros 20 no projeto de iniciação.
 
O Ministério apoia atletas da luta olímpica por meio do Bolsa-Atleta. Em todo o país, 151 atletas são contemplados. Desse total, duas são de Goiás: Kamila Barbosa Vito da Silva (categoria Nacional) e Laís Nunes de Oliveira (categoria Internacional). Com a Bolsa Pódio – destinada a atletas com chances de disputar finais e medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016 – o Ministério do Esporte patrocina três atletas da luta: Joice Souza da Silva (conquistou ouro inédito para o País no Pan-Americano de Toronto, na luta livre); Aline Ferreira (conquistou bronze da categoria até 75kg no Pan de Toronto); e Davi Albino (bronze na categoria 98kg no Pan, na luta greco-romana).
 
Desenvolvimento do Halterofilismo
O Centro de Referência em Desenvolvimento do Halterofilismo Paralímpico foi inaugurado em abril deste ano, resultado de um convênio entre a Universidade e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
 
De acordo com o diretor da Faculdade de Educação Física e Dança da UFG, Ari Lazzarotti, foram investidos R$ 180 mil em equipamentos no local, que é formado por uma sala de 200 m² com 39 equipamentos. No Centro, treinam 20 atletas paraolímpicos. O local também é utilizado para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência e para populações especiais, como idosos e pessoas com câncer. Na visita ao local, o ministro George Hilton conheceu a atleta paraolímpica do halterofilismo Josilene Alves, que fez uma demonstração de seu esporte. “Quero agradecer por todo esse apoio que estamos tendo”, disse Josilene. “Torço para que outras cidades também tenham essa oportunidade e que, em 2016, tenhamos muitos atletas defendendo o nosso Brasil”, prosseguiu.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Esses investimentos só foram possíveis a partir de um convênio celebrado em 2013 entre o Ministério e o CPB, no valor de R$ 38,2 milhões, para a preparação de seleções permanentes em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado) para o ciclo paraolímpico de 2016. Os recursos permitiram a realização de viagens no Brasil e no exterior, contratação de equipes técnicas multidisciplinares e aquisição de uniformes e equipamentos.
 
Em todo o país, o Ministério também apoia 36 atletas do halterofilismo por meio do programa Bolsa Atleta. Um deles de Goiânia: Victor de Oliveira (categoria Nacional). Com a Bolsa Pódio, são contemplados três atletas com chances de disputar finais e medalhas nos Jogos Rio 2016: Márcia Cristina de Menezes, Evânio Rodrigues da Silva e Josilene Ferreira.
 
Pista oficial de atletismo
Em maio deste ano, o ministro George Hilton esteve na sede da UFG para inaugurar a pista oficial de atletismo. Com oito raias e com certificação classe 2 da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês), a estrutura recebeu financiamento de R$ 8,6 milhões do Ministério.
 
A pista é atualmente utilizada para o treinamento de aproximadamente 100 atletas goianos federados, 20 atletas da UFG e 100 membros da comunidade universitária para Caminhadas e corridas. Também é utilizada para as aulas de atletismo dos cursos de Educação Física.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br, de Goiânia
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Dos velejadores brasileiros confirmados no Rio 2016, oito recebem a Bolsa Pódio

A Seleção Brasileira de vela está praticamente fechada para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Até o momento, o país conta com nove velejadores com vaga garantida no evento, dos quais oito são beneficiados pelo programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. A informação foi divulgada pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela).

Robert Scheidt, que, aos 42 anos, vai para sua sexta participação olímpica, e a Fernanda Decnop, de 28 anos, vai representar o Brasil pela primeira vez em uma Olimpíada, foram os últimos nomes divulgados pela CBVela.

Os atleas se juntam a outros sete atletas confirmados: Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49erFX; Jorge Zarif, na Finn; Patricia Freitas, na RS:X feminina; Ricardo Winicki Santos, o Bimba, na RS:X masculina; e Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina. Todos estarão na disputa do evento-teste, a partir deste sábado (15.08), assim como Henrique Haddad e Bruno Bethlem (classe 470 masculina); Samuel Albrecht e Isabel Swan (Nacra 17); e Marco Grael e Gabriel Borges (49er).

Maior atleta medalhista olímpico do Brasil, Scheidt volta a disputar os Jogos na classe em que conquistou suas duas medalhas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004), depois de passagem pela Star.

“É um orgulho muito grande voltar a representar o Brasil numa Olimpíada, pelo momento que estou vivendo. Uma honra e uma grande oportunidade, ainda mais por disputar os Jogos no Rio, diante da família, dos amigos e da torcida brasileira. A competição com certeza terá uma energia positiva enorme, e espero retribuir dando o meu melhor”, afirmou o velejador.

Medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho, Fernanda Decnop é uma das atletas da nova geração da vela brasileira. No Rio, em 2016, ela será uma das velejadoras que tentará recolocar o Brasil no pódio após o terceiro lugar obtido por Fernanda Oliveira e Isabel Swan, na classe 470 feminina, em Pequim-2008.

“Foi um trabalho muito duro para obter esta vaga. Por ser uma Olimpíada em casa, fico ainda mais feliz. Agora é trabalhar para conseguir uma medalha, representar bem o meu país numa edição que será especial por ser no Rio, com família e amigos por perto. Vai ser uma experiência incrível”, disse a atleta.

Corrida olímpica
Para definir os representantes no Rio 2016, a CBVela adotou o critério de avaliação do desempenho nas principais competições nacionais e internacionais em 2013,2014 e 2015. Por meio de análises dos resultados, o CTV define o representante. Para fechar a Seleção Brasileira de Vela nos Jogos, faltam as classes 470 masculina, 49er e Nacra 17.

Nas duas primeiras, a vaga deve ser definida nas raias olímpicas, na Copa Brasil de Vela, em Niterói (RJ), em dezembro. Porém, existe a possibilidade de uma classificação antecipada. No Mundial de 470, em Haifa, em Israel, caso uma das duplas se posicione dentro do top 15 com o dobro mais um de posições à frente da outra, garante a vaga na Rio 2016.

A 49er segue o mesmo critério para o Mundial, mas com uma outra possibilidade de classificação antes da Copa Brasil de Vela. Caso uma das duplas chegue à frente no Sul-Americano e no Mundial, ambos disputados em Buenos Aires, na Argentina, em novembro, fica com a vaga nos Jogos.

A Nacra 17 terá como eventos finais o Sul-Americano, em dezembro, no Rio de Janeiro, e a Copa Brasil de Vela.

Fonte: CBVela
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Marcus Vinícius D’Almeida encerra Copa do Mundo na 12ª posição na Polônia

(Worldarchery.org)(Worldarchery.org)
O Brasil se despediu da disputa individual da etapa de Wroclaw da Copa do Mundo de tiro com arco, na Polônia. O melhor resultado do país veio com Marcus Vinícius D’Almeida, atleta beneficiado com a Bolsa Pódio, do governo federal, no arco recurvo. O brasileiro chegou às oitavas de final da competição, sendo eliminado pelo norte-americano Zach Garrett por 6 x 2 e terminando na 12ª posição. Garrett está na final do torneio.
 
Antes de dar adeus ao torneio, Marcus Vinícius venceu dois confrontos eliminatórios. Pela segunda rodada, ele despachou o irlandês Michael Irwin por 6 x 2. Depois, ele superou o mexicano Juan Rene Serrano por 6 x 5, na flecha de desempate. O brasileiro conseguiu um 10, contra um sete do adversário.
 
Além dele, o Brasil também teve Bernardo Oliveira, Daniel Rezende e Lugui da Cruz na disputa. Os três são contemplados pelo programa Bolsa Atleta e foram eliminados ainda na primeira rodada. Bernardo foi superado pelo francês Pierre Plihon na flecha de desempate. Os dois atletas tiraram oito, mas o europeu ficou mais próximo do centro. Daniel perdeu para o suíço Adrian Faber
(7 x 3) e Lugui parou no espanhol Antonio Fernandez (7 x 3).
 
(Worldarchery.org)(Worldarchery.org)
 
Entre as mulheres, Sarah Nikitin, Marina Gobbi e Ane Marcelle dos Santos alcançaram a segunda rodada. Sarah venceu Larissa Rodrigues na primeira fase por 6 x 4 e depois perdeu para a japonesa Kato Ayano por 6 x 0. Marina fez 6 x 4 na finlandesa Heli Kukkohovi e depois parou diante da russa Ana Umer por 6 x 0. Já Ane Marcelle superou Jelena Kononova, da Letônia, por 6 x 0, e foi eliminada pela iraniana Melika Abdolkarimi por 6 x 0. As quatro brasileiras são Bolsa Atleta.
 
No arco composto, destaque para Marcelo Roriz Júnior. Ele alcançou a terceira rodada da fase eliminatória da Copa do Mundo. O atleta do Brasil venceu o polonês Marcin Affek (142 x 138) e caiu diante do norte-americano Steve Anderson por 144 x 141. Anderson só parou na semifinal e vai disputar o bronze na Polônia. Já Roberval dos Santos parou na segundada rodada, diante do colombiano Sebastian Arenas (143 x 142). Os dois também são contemplados pelo Bolsa Atleta.
 
Agora, o Brasil volta às atenções para disputa por equipes do arco recurvo. Marcus Vinícius, Daniel e Bernardo enfrentam a Rússia por uma vaga nas quartas de final. O duelo está marcado para esta sexta-feira (14.08).
 
Fonte: brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Natação alcança 88 medalhas e supera campanha da última edição do Parapan

(Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Jonne Roriz/MPIX/CPB)
 
 
A natação brasileira teve um dia especial nesta quinta-feira (13.08) no Parapan-Americanos de Toronto. A equipe somou mais 20 medalhas e chegou a 88 pódios, superando a campanha da edição anterior dos Jogos, em Guadalajara, no México. No total são 30 ouros, 24 pratas e 34 bronzes, contra 85 conquistas em 2011 (33 ouros, 23 pratas e 29 bronzes).
 
No penúltimo dia de disputas nas piscinas, o Brasil esteve em 17 finais, faturando seis ouros, quatro pratas e dez bronzes. Os nadadores brasileiros ainda quebraram três recordes da competição, com Andre Brasil, Maria Dayanne e Matheus Rheine. “O objetivo é, em todas as provas, independente da competição, melhorar muito o tempo. Eu vim pra cá com a ideia de baixar a marca que fiz no Mundial. Foi meu segundo melhor tempo na vida. A gente tem que analisar para ver como melhorar ainda mais, mas o ouro foi ótimo”, explicou Matheus.
 
(Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Jonne Roriz/MPIX/CPB)
 
Para completar, Carlos Farrenberg conquistou a medalha de número 200 do Brasil nos Jogos de Toronto ao vencer os 100m livre S13. O nadador, que teve uma intoxicação alimentar que o deixou de fora da final de ontem, comemorou bastante a conquista. “Não estou 100% ainda, mas valeu o esforço. Foi mais sofrido do que deveria”, disse o nadador, que espera estar recuperado para buscar mais uma medalha nesta sexta-feira (14.08) nos 100m borboleta S13.
 
Andre Brasil, que já havia conquistado dois ouros e uma prata antes das duas medalhas douradas de hoje, confessou que começou a sentir o cansaço da competição, mas nada que o impedisse a chegar em primeiro nos 100m costas S10 e baixar o recorde Parapan-Americano.
 
“Queria ter nadado um pouco melhor a prova, mas com esse tempo eu também teria sido campeão mundial. Não é minha melhor marca, mas aqui estão sendo muito mais provas. Estou cansado, feliz, contente. Falta mais um dia ainda”, disse o atleta que volta à piscina do Parapan Am Aquatics Centre para os 100m livre S10 e para o revezamento 4x100m medley 34 pontos.
 
(Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Jonne Roriz/MPIX/CPB)
 
Daniel Dias também somou dois ouros à sua coleção (que já contava quatro medalhas douradas) com as vitórias no 50m costa S5 e do revezamento 4x100m livre 34 pontos. “A estratégia aqui é de nadar bem as provas e estou conseguindo fazer e sair daqui com as conquistas”, explicou. Ele ainda disputará duas provas, os 200m medley S5 e o revezamento 4x100m medley 34 pontos.
 
(Jonne Roriz/MPIX/CPB)(Jonne Roriz/MPIX/CPB)Confira as conquistas da equipe brasileira do dia:
 
Ouro
Camille Rodrigues – 100 costas S9 – 1min16s15
Andre Brasil – 100m costas S10 – 1min00s56 (recorde Parapan-americano)
Daniel Dias – 50m costas S5 – 35s97
Carlos Farrenberg – 100m livre S13 – 55s00
Matheus Rheine – 100m livre S11 – 59s85 (recorde Parapan-americano)
Andre Brasil, Daniel Dias, Phelipe Andrews e Ruiter Silva – Revezamento 4x100m livre masculinho 34 pontos – 3min58s53
 
Prata
Mariana Gesteira – 100m costas S10 – 1min14s24
Talisson Glock – 50m borboleta S6 – 33s10
Esthefany Rodrigues – 50m costas S5 – 1min00s58
Filipe de Abreu – 100m livre S12 – 59s91
 
Bronze
Rildene Firmino – 150m medley – 3min44s71
Caio Amorim – 100m livre S8 – 1min02s32
Cecília Araújo – 100m livre S8 – 1min11s80
Verônica Almeida – 50m borboleta S7 – 38s74
Letícia Ferreira – 50m costas S5 – 1min01s03
Ronystony Cordeiro – 150m medley SM4 – 3min03s63
Guilherme Batista – 100m livre S13 – 58s26
Alex Viana – 100m livre S11
Renato Nunes – 100m livre S12 – 1min03s13
Raquel Viel – 100m livre S12 – 1min09s28
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
 

Balanço do Parapan: com 210 medalhas, desempenho já supera Guadalajara e o Rio

(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)
 
 
Boa parte das modalidades dão adeus a Toronto nesta sexta-feira (14), incluindo o atletismo e a natação, responsáveis pelo maior número de medalhas do país nos Jogos. Apenas futebol de 7, goalball e basquete terão as finais no sábado, dia da cerimônia de encerramento do torneio continental.
 
Líder absoluto do quadro geral, o Brasil fechou esta quinta-feira com 210 medalhas: 86 de ouro, 60 de prata e 64 de bronze. O número já supera o desempenho do Brasil no Parapan de quatro anos atrás, em Guadalajara. Nos Jogos do México, o Brasil somou 197 medalhas, com 81 ouros, 61 pratas e 55 bronzes.
 
A campanha se aproxima, também, da melhor marca quantitativa brasileira, obtida no Rio de Janeiro, no Pan de 2007. Lá, foram 228 medalhas, com 83 ouros, 68 pratas e 77 bronzes. Em medalhas de ouro, Toronto já representa o mais superlativo resultado brasileiro na história. 
 
 
Tênis de mesa
Os mesatenistas brasileiros atingiram em Toronto a melhor campanha da história de um país em edições dos Jogos Parapan-Americanos. Nesta quinta, último dia da modalidade, foram mais três ouros e uma prata e, assim, o Brasil terminou na liderança do quadro de medalhas da modalidade com um total de 31, sendo 15 de ouro, 10 de prata e seis de bronze. Os dez brasileiros medalhistas de ouro no individual garantiram vagas para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. » Leia a matéria
 
Judô
Quatro judocas brasileiros conquistaram medalhas no segundo dia da modalidade em Toronto. Abner Nascimento foi campeão da categoria -73kg ao vencer o argentino Fabián Ramírez por ippon na decisão. Já Harlley Pereira faturou o bronze na -81kg, derrotando o rival norte-americano Adnan Gutic por ippon com apenas 11 segundos de luta. Lúcia Teixeira (-57kg) e Victória Santos (-63kg) ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, mas as medalhas dessas categorias não contaram para o quadro geral do Parapan por não terem o número mínimo de atletas inscritas.
 
(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)
 
Futebol de 7
A seleção brasileira de futebol de 7 segue invencível nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Nesta quinta, foi a vez de os norte-americanos sofrerem uma goleada do Brasil, por 6 x 0. Com 28 gols marcados e nenhum sofrido até o momento, o país fará a grande final no sábado (15) contra a Argentina, às 12h (de Brasília). » Leia a matéria
 
Futebol de 5
O Brasil continua soberano na modalidade que já lhe rendeu três títulos em Jogos Paralímpicos. Nesta quinta, a seleção derrotou o México por 4 x 0 e garantiu a vaga na decisão desta sexta, às 19h (de Brasília), contra os rivais argentinos. A disputa do bronze será entre colombianos e mexicanos. 
 
Atletismo
Mais 14 medalhas para o Brasil foram conquistadas no atletismo nesta quinta, sendo quatro de ouro, seis de prata e quatro de bronze. Seis dos pódios foram faturados em provas de campo. Agora o país já tem 62 medalhas na modalidade, que segue em disputa nesta sexta-feira. » Leia a matéria
 
(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)
 
Natação
Os atletas ainda cairão na piscina nesta sexta-feira, mas, com os resultados de hoje, o Brasil já ultrapassou a campanha de Guadalajara-2011. Agora são 88 medalhas, sendo 30 de ouro, 24 de prata e 34 de bronze, contra as 85 conquistadas há quatro anos, no México. Nesta quinta-feira, os nadadores brasileiros disputaram 17 finais e subiram ao pódio 20 vezes. » Leia a matéria
 
Ciclismo de estrada
Lauro Chaman conquistou a terceira medalha em Toronto. Nesta quinta, o atleta ficou com o ouro na prova mista de contrarrelógio classe C1-5 do ciclismo de estrada. Também na disputa, o brasileiro Soelito Gohr terminou com a 12ª colocação.
 
Tênis em cadeira de rodas
As primeiras medalhas da modalidade para o Brasil chegaram nesta quinta-feira com as duplas. Na final feminina, ouro para Natália Mayara e Rejane Cândida, que derrotaram as atletas da Colômbia por 2 sets a 1 (2/6, 6/2 e 8/10). Na decisão masculina, Carlos Santos, o Jordan, e Daniel Rodrigues ficaram com a prata depois de perderem para a Argentina por 2 sets a 0 (6/2 e 6/2).
 
(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)
 
Vôlei sentado
Nas semifinais do vôlei sentado, o Brasil venceu tanto no feminino quanto no masculino. Os homens bateram a seleção da Colômbia por 3 sets a 0, com parciais de 25/9, 25/18 e 25/12, enquanto as mulheres derrotaram as canadenses, também por 3 sets a 0 (25/20, 25/11 e 25/12). Nesta sexta-feira, a partir das 18h (de Brasília), as duas equipes buscarão a medalha de ouro contra os times masculino e feminino dos Estados Unidos.
 
Basquete em cadeira de rodas
A seleção feminina do Brasil foi derrotada pela norte-americana na noite desta quinta por 80 x 32, em partida válida pela semifinal da competição. Assim, as brasileiras vão brigar pelo bronze com a Argentina, nesta sexta, às 17h30. Antes disso, o masculino também entra em ação, na semifinal, contra o Canadá, às 13h45 (de Brasília).
 
Rúgbi em cadeira de rodas
A seleção do Brasil foi derrotada pelo Canadá nesta quinta por 62 x 38. Assim, o país perdeu a chance de disputar a final da modalidade no Parapan e vai em busca do bronze nesta sexta, às 19h30 (horário de Brasília), contra a Colômbia. Os Estados Unidos brigam pelo título com os donos da casa.
 
Fonte: brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
 

Uma difícil decisão de Daniel Rodrigues o levou ao pódio no tênis em cadeira de rodas

 
A medalha de prata conquistada por Daniel Rodrigues ao lado de Carlos Jordan no Parapan de Toronto simbolizou a confirmação do acerto de uma difícil decisão tomada pelo atleta em setembro de 2013, numa cirurgia para amputação da perna direita. Na disputa contra a Argentina na final de duplas, o Brasil ficou com a prata. Foram dois sets a zero, parciais de 6/2 e 6/2, ao lado do experiente Carlos “Jordan”. Na dupla feminina, Natália Mayara e Rejane Cândida venceram a Colômbia por 2 sets a 1 (6/2, 2/6 e 10/8) e levaram o ouro.
 
“O resultado está aí. Dois anos depois ganho a minha primeira medalha em Jogos Parapan-americanos. Tenho nove anos de tênis, joguei em Guadalajara e perdi na primeira rodada. Hoje, para mim, essa prata tem gosto especial”, afirma Rodrigues, eleito o melhor do ano no Prêmio Brasil Paralímpico em 2014.
 
Daniel nasceu com má formação na perna direita – 20cm menor que a esquerda, e decidiu amputá-la em 2013 em função de problemas decorrentes de uma das diversas cirurgias que fez para tentar reverter a o quadro. “Fiz várias operações tentando alongar a perna, mas não tive sucesso. Inclusive deu um erro médico em uma delas e perdi a movimentação do joelho. Fiquei com a perna dura”, conta. Com isso, o atleta, que já usava muletas, passou a ter ainda mais dificuldades para caminhar.
 
(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)
 
“Eu já estava no tênis em cadeira de rodas. Deixava as muletas e ia para a quadra com a perna esticada. Quando comecei a viajar para fora do país para competir, comecei a ver pessoas andando com próteses e elas me incentivavam a amputar para ser mais independente”, relata o tenista. “Deixei os anos passarem até conseguir uma vaga no Hospital Sarah, em Brasília. Na época, tentaram uma órtese para que eu andasse com uma muleta só e tivesse um braço independente. Não funcionou”, conta Daniel, convencido pelo médico do hospital a colocar o nome na lista de espera para a cirurgia.
 
Em setembro de 2013, o atleta viajou aos Estados Unidos para um torneio. Na volta, descobriu em uma consulta de rotina que a cirurgia seria três dias depois. “Eu falei: ‘O quê? Como assim? Mas vamos lá. Estou pronto. Estou preparado’”, relata. 
 
Hoje, não tem dúvidas sobre o acerto. "Se pudesse teria tomado a decisão quando era criança e teria evitado todas as dores do caminho. Em 19 de setembro fiz a cirurgia. Em novembro comecei a andar com a prótese”. Em seguida, veio a readaptação às quadras. “Foi estranho porque a cadeira era adaptada, feita sob medida para a minha perna. Com a nova, tive de me readaptar”, explica. 
 
(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)Da peteca ao pódio
Daniel sempre se dedicou aos esportes. Ainda pequeno jogou futebol, futsal, handebol e peteca com os amigos em Belo Horizonte. “Comecei jogando com pessoas sem deficiência e nunca me trataram diferente. Eu era ligeiro. Perto de casa jogava muito com os amigos. Aí entrei num torneio no colégio aos 19 anos. Dominei na peteca. Aí meu professor na época chamou todo mundo pra ver eu jogando pois ele ficou surpreso e perguntava: ‘como alguém joga peteca com uma muleta?’”, conta Rodrigues, que foi ajudado pelo professor, que o indicou à ONG Tênis Para Todos, onde deu inicio à carreira.
 
“Pensei que era algo de gente rica e que não ia conseguir. É um esporte caro. A raquete, o material, a cadeira. Até hoje não consigo bancar tudo o que gasto e preciso de apoio, como a Bolsa-Atleta, que é um ganho extra. É importante porque dedico minha vida ao tênis”, conta o atleta, que no início teve de se ajustar à cadeira de rodas.
 
"Tocar a cadeira, acertar a bola e girar ao mesmo tempo era complicado”, lembra Daniel, que pegava três ônibus para treinar uma vez por semana. “Quando joguei o primeiro torneio, tomei gosto e comecei a treinar duas vezes”, afirma o atleta, que hoje não precisa mais se desdobrar em tantas conduções e pratica todos os dias, em dois turnos . 
 
A modalidade
O tênis em cadeira de rodas tem praticamente as mesmas regras do tênis convencional, com exceção da possibilidade de a bola quicar até duas vezes na quadra antes da rebatida. As cadeiras utilizadas são esportivas, com rodas adaptadas para melhor equilíbrio e mobilidade. Não há diferença em relação às raquetes e às bolas. Para disputar, o único requisito é que o atleta tenha sido medicamente diagnosticado com deficiência relacionada à locomoção. Para isso, é necessário ter total ou substancial perda funcional de pelo menos uma das duas pernas. 
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Leonardo Dalla, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Provas de campo são destaque no penúltimo dia do atletismo em Toronto

A equipe brasileira de atletismo faturou 14 medalhas (quatro de ouro, seis de prata e quatro de bronze) no sexto dia de competições dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. A equipe nacional brilhou sobretudo nas provas de campo nesta quinta-feira (13.08). Seis das 14 medalhas vieram em disputas fora das pistas de York.
 
Três dos quatro ouros vieram nas provas de campo: João Vitor Teixeira, da classe F37, venceu o arremesso de peso. Mesmo caso de Thiago Paulino, que conquistou a prova na classe F57. Por fim, Claudiney Batista venceu no lançamento de dardo da classe F34/57.
 
(Washington Alves/MPIX/CPB)(Washington Alves/MPIX/CPB)
 
O outro ouro veio de Verônica Hipólito. A velocista, que já havia levado os 100m da classe T38, faturou também os 200m. Ela soma agora três medalhas, depois também do vice-campeonato no salto em distância, e comemorou a dobradinha com Jenifer Santos.
 
"Mais uma das muitas dobradinhas que ainda vão ter. Eu e a Jenifer estamos nos esforçando muito e estamos mostrando só um pouquinho do Brasil aqui!", disse Verônica, de apenas 19 anos, e que ainda competirá nos 400m nesta sexta-feira (14).
 
Medalhas do dia:
Ouro
João Vitor Teixeira – arremesso de peso – F37
Thiago Paulino – arremesso de peso – F57
Verônica Hipólito – 200m – T38
Claudiney Batista – lançamento de dardo – F34/57
 
Prata 
Felipe Gomes – 200m – T11
Flavio Reitz – Salto em altura – T42/44/47
Renata Teixeira – 1.500m – T11
Jenifer Santos – 200m – T38
Teresinha de Jesus – 200m – T47
Izabela Campos – arremesso de peso – F11/12
 
Bronze
Daniel Mendes – 200m – T11
Edson Pinheiro – 200m – T38
Claudiney Batista – arremesso de peso – F57
Sheila Finder – 200m – T47
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
 

Em seminário organizado pelos Tribunais de Conta, ministro defende nacionalização do legado olímpico

(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
Os desafios e o legado dos Jogos Olímpicos foram tema de seminário organizado nesta quinta-feira (13.08), no Rio de Janeiro, pelos Tribunais de Contas do Município (TCM), do Estado do Rio (TCE-RJ) e da União (TCU), com a presença de representantes das três esferas de governo e do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. O ministro do Esporte, George Hilton, destacou a nacionalização do legado do megaevento de uma forma organizada, por meio do Sistema Nacional do Esporte.
 
“A cidade do Rio é a grande protagonista, mas estamos trabalhando para que as Olimpíadas sejam de todo o país. Queremos projetar o esporte olímpico e paralímpico através de investimentos públicos e privados. O ministério do Esporte está desenvolvendo um trabalho para ter um sistema nacional que defina exatamente o papel dos entes hoje, antes dos Jogos, durante os Jogos e após os Jogos”, disse Hilton.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Segundo o ministro, entidades privadas como o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) são parceiras fundamentais na consolidação desse sistema. George Hilton explicou que grupos interministeriais trabalham para a elaboração de uma Lei de Diretrizes e Bases do Esporte.
 
“Precisamos de uma ação de governo para entregar equipamentos em todo o país e para permitir não só o treinamento dos atletas, mas também a iniciação esportiva”, explicou.
 
Fiscalização
O presidente do TCU, Aroldo Cedraz, ressaltou o desafio que cabe aos tribunais a supervisão constante das obras olímpicas, sempre buscando a economia do dinheiro público.
 
“É nosso compromisso ver todos os órgãos trabalhando em conjunto para ter, ao final, à disposição da sociedade brasileira, obras de qualidade e com a melhor relação custo-benefício. Temos que ser parceiros e ampliar a vigilância desse complexo processo para ver eventuais falhas e determinar correção de rumos visando sempre à otimização dos gastos estatais”, disse Cedraz.
 
Além das instalações esportivas
O governador do estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, deu destaque ao legado de mobilidade urbana que será deixado pelos Jogos Rio 2016.  “Os BRTs  são cases de sucesso. Estamos renovamos toda a frota de trens e estamos reformando seis estações ferroviárias para os Jogos. No metrô, compramos 49 trens e  a Linha 4, que estará em funcionamento para os Jogos (Ipanema-Barra da Tijuca), está com a obra adiantada em 40 dias. A mobilidade é um dos maiores legados das Olimpíadas”, disse.
 
Ao abordar o legado ambiental, Pezão informou que a taxa de tratamento de esgoto da Baía de Guanabara passou de 11% em 2007 para 51% em 2015. “Lançamos o Observatório da Baía de Guanabara, junto com universidades públicas, a Marinha e outros órgãos que já fazem o monitoramento das águas. Já temos novos ecobarcos, teremos novas ecobarreiras. Segundo os especialistas – e as universidades podem confirmar isso -  o  Cinturão da Marina da Glória, que entregaremos até o fim do ano, e a Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR) de Irajá devem impactar em cerca de 10 a 15% a mais na despoluição na Baía”, disse.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Visto para norte-americanos
O ministro do Turismo, Henrique Alves, deu detalhes da proposta de dispensa unilateral de vistos para turistas dos Estados Unidos. Segundo ele, seria uma permissão em caráter excepcional, válida entre janeiro e outubro de 2016. Para o Brasil, as vantagens seriam ganhos turísticos e econômicos.
 
“Os Estado Unidos são o segundo maior mercado emissor de turistas para o Brasil e o país que mais gasta e permanece no país a lazer. A medida pode injetar até US$ 1,7 bilhão a mais na economia brasileira”, explicou. 
 
A proposta deve ser incluída em emenda a uma medida provisória. O texto tratará da permissão aos Ministérios da Justiça, do Turismo e das Relações Exteriores  para assinarem, em conjunto, uma portaria que determine a dispensa provisória do visto aos norte-americanos.
 
O ministro informou ainda que serão capacitados cerca de 10 mil profissionais ligados ao setor de turismo no Rio e nas cinco cidades do futebol.
 
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, também participaram do seminário.
 
Brasil2016
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla