Ministério do Esporte Fique por dentro
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

Ouvidos atentos também são diferencial no judô paralímpico

Postados frente a frente, com a pegada do judô previamente estabelecida pelo árbitro para o início do combate, é óbvio que o sentido do tato seja preponderante na versão paralímpica da modalidade dos tatames. Mas, aliado ao trabalho das mãos na gola e nas mangas do rival, a audição ocupa função de destaque para o sucesso dos atletas. Na abertura do judô, no Parapan de Toronto, o Brasil conquistou dois ouros e um bronze, todos com meninas das categorias mais leves. Michele Aparecida Ferreira e Karla Cardoso souberam unir a técnica que trabalham até seis vezes por semana a uma "linha direta" com os treinadores da seleção, que ficam postados ao lado da área de jogo.

"Chega a ser uma coisa automática. A gente já tem isso mais aguçado. Eu esqueço tudo o que está em volta e fica como um canal direto com o que eles falam, com certeza", afirmou Karla, prata Paralímpica nas edições de Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008, e vencedora em Toronto na categoria até 48kg. O pódio ainda teve a argentina Paula Gómez, prata, e a brasileira Luiza Oliano, bronze.  

"Acho que no judô é um conjunto, porque é movimento o tempo inteiro. A audição nos ajuda a prestar atenção às instruções do técnico, a ouvir e sentir o adversário. Todos os sentidos ficam alertas", afirmou Michele Aparecida Ferreira, que superou quatro adversárias, duas por punições e as duas últimas por imobilizações, para chegar ao ouro na categoria até 52kg. A prata ficou a canadense Priscilla Gagne e o bronze com a argentina Rocio Ledesma

Ainda um pouco chateado por não ter sido "ouvido" como gostaria nos combates da tarde, em que tanto Rayfran Mesquita quanto Mayco Souza caíram na semifinal e perderam em seguida a disputa do bronze, o técnico Alexandre Garcia explica que, diferentemente do judô olímpico, a orientação é liberada em 100% do tempo na versão paralímpica.

"No Olímpico, o técnico só pode falar quando o árbitro para a luta. Aqui é liberado. É a hora que a gente tem de, narrando o que está vendo por eles, explicar ao atleta algo que ele não está fazendo, ou algo que está errando na movimentação, na pegada. Muitas vezes a gente monta uma estratégia para a luta, mas o adversário vem com uma posição ou nos impõe uma situação diferente. Aí temos de ser rápidos para pensar rapidamente uma outra estratégia", afirmou.

O bronze do dia ficou com Luiza Oliano, na categoria até 48kg. Nesta quinta-feira, quatro atletas brasileiros estão nas disputas. Abner Nascimento será o representante na categoria até 73kg. Lúcia Teixeira, prata nos Jogos Paralímpicos de Londres, defenderá o país na categoria até 57kg. Victoria Santos disputará entre os atletas de até 63kg e Harley Pereira tentará melhorar o bronze conquistado no Parapan de Guadalajara na categoria até 81kg.

Termômetro
A participação brasileira no Parapan é vista pelo coordenador da modalidade, Jaime Bragança, como um degrau necessário para expor os atletas a uma situação similar à que eles vão experimentar no Rio de Janeiro, no ano que vem.

"Como o Brasil já tem vaga em todas as categorias por ser o país-sede, não temos esse peso. O importante é termos a vivência de um evento no padrão paralímpico, com a Vila, o apartamento, o refeitório, a visibilidade. É importante para preparar todos psicologicamente, principalmente os mais novos da delegação", afirmou.

Nos Jogos de 2016, o Brasil sabe que terá páreos duros tanto contra países que têm histórico forte na modalidade olímpica, como Japão, Coreia e França, mas também em escolas fortes nos últimos tempos entre os paralímpicos. "O Uzbequistão revelou recentemente uma equipe completa e teve ótimos resultados no Mundial mais recente. A Geórgia tem um atleta na categoria mais pesada que é fora de série", disse Bragança. Alemanha e Rússia também são apontados pelos atletas como fortes concorrentes.

Preparação consistente
Para garantir uma preparação nacional adequada, uma vez por mês são realizados treinamentos de uma semana com os atletas da seleção em um Centro de Treinamento na região da Mooca, em São Paulo.

Os deslocamentos estavam tão frequentes que Karla Cardoso preferiu mudar-se de vez para São Paulo e deixar família e filhos para amplificar as chances de ir bem em casa.

Segundo ela, o fato de ser contemplada pela Bolsa Pódio, do Governo Federal, foi decisivo para referendar a decisão. "É graças a ela que estou investindo só no judô. Os recursos ajudam a me sustentar em São Paulo. Lá estou perto da seleção, dos técnicos, e posso corrigir possíveis erros e aprimorar a minha técnica com mais qualidade", afirmou.

Para Michele Ferreira, que também recebe a Bolsa Pódio, o incentivo financeiro transformou sua relação com o esporte em algo mais profissional. "Hoje é meu trabalho. É disso que vivo", disse a atleta, que mora e treina em Campo Grande (MS) quando não está com a seleção Brasileira em São Paulo.

Dos 15 atletas do judô no Parapan, 13 recebem insumos do Ministério do Esporte. Seis são integrantes da Bolsa Atleta e sete recebem a Bolsa Pódio, que varia de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais e é voltada para atletas de destaque no ranking mundial de suas modalidades.

Infraestrutura
O Ministério do Esporte mantém, ainda, dois convênios ativos com o Comitê Paralímpico, que somam R$ 40 milhões. Um deles, de R$ 1,8 milhão, serviu para custear a participação brasileira no Parapan de Toronto.

O outro, no valor de R$ 38,2 milhões, é destinado à preparação e treinamento de seleções permanentes em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado) para o ciclo olímpico de 2016.

O convênio engloba custos de transporte terrestre e aéreo no Brasil e no exterior, hospedagens, alimentação, contratação de recursos humanos (coordenador de modalidade, técnicos, assistentes técnicos, psicólogo, fisioterapeuta, fisiologista, nutricionista, médico, massoterapeutas, mecânicos, preparador físico, árbitros, classificador funcional, delegado técnico, enfermeiro), aquisição de uniformes, materiais e equipamentos esportivos.

Confira os vídeos do Parapan 2015



Gustavo Cunha, de Toronto - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Nawal exalta união na organização do Rio 2016 e destaca eventos-teste

A nona visita da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Rio 2016 terminou com um discurso de otimismo e satisfação com o andamento da preparação da cidade e do país para o megaevento do ano que vem. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (12.08), no Rio de Janeiro, a presidente da comissão, Nawal El Moutawakel, destacou o sucesso dos primeiros eventos-teste.

Foto: Matthew Stockman/Getty ImagesFoto: Matthew Stockman/Getty Images“Os excelentes eventos-teste que vêm sendo realizados nas instalações olímpicas e os elogios que atletas e federações fizeram demonstram a capacidade dos organizadores de entregar Jogos Olímpicos extraordinários no ano que vem. Daqui pra frente, muito trabalho permanece para ser feito, teremos que discutir milhões de detalhes operacionais. A experiência prática é importante, aproveitem cada evento-este para treinar equipes e instalações para os Jogos”, disse,  lembrando que conferiu pessoalmente no evento-teste de hipismo, em Deodoro. Para ela, a  qualidade da instalação e o nível de organização  “devem deixar todos os brasileiros orgulhosos”.

Nawal também enfatizou a importância da união entre os entes organizadores dos Jogos – as três esferas de governo e o Comitê Rio 2016 – para o sucesso do evento e para a concretização de um legado.

“A unidade mostrada pelos organizadores está ajudando a estabelecer um legado muito importante, que vai além das instalações olímpicas. Haverá um Brasil e um Rio antes e depois dos Jogos. Trabalhando como uma única equipe, o Brasil está demonstrando que pode entregar grandes Jogos Olímpicos. Nós encorajamos vocês a manter essa unidade e a continuar trabalhando duro”, reforçou.

Qualidade da água
Questionados sobre a preocupação com a qualidade da água nas instalações olímpicas e sobre o possível não cumprimento da meta de 80% de despoluição da Baía de Guanabara, Nawal e o diretor executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos, Christophe Dubi, afirmaram que a prioridade é garantir um ambiente seguro e saudável para os atletas.

“A meta sempre foi de que as condições seriam tais que as provas poderiam ocorrer, dos eventos-teste até os Jogos Olímpicos. Já tivemos uma série de metas, uma série de investimentos e muitos deles estão sendo materializados. Será que se chega aos 80%? Complicado é como medir os 80%.  Nosso objetivo é a qualidade da água para os atletas e é isso que está sendo entregue. O sistema de monitoramento vai continuar, a qualidade da agua vai melhorar. Na época dos Jogos, teremos os melhores atletas no melhor ambiente que já foi visto em uma competição olímpica de vela”, disse Dubi.

O diretor executivo do COI havia dito, em entrevista à BBC em maio deste ano, que mergulharia na Baía de Guanabara. Na coletiva desta quarta, ele foi questionado se manteria a promessa, mas foi Nawal quem respondeu, de forma descontraída, finalizando a coletiva: “Nós vamos mergulhar juntos e vamos levar alguns dos nossos colegas”.

A última visita da Comissão de Coordenação ao Rio de Janeiro será realizada no primeiro semestre do ano que vem.

Imagens dos eventos-teste Aquece Rio



Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Comissão de Educação do Senado discute Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

 

Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoFoto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal debateu nesta quarta-feira (12.08), em audiência pública, os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, evento que acontecerá de 20 de outubro a 1º de novembro, na cidade de Palmas. A expectativa do mundial é reunir cerca de 2,5 mil atletas indígenas de 24 etnias brasileiras e 30 países.

“O ministro do Esporte, George Hilton, está empenhado na realização dos Jogos Mundiais Indígenas e junto com o governo do Tocantins, o ITC e a prefeitura de Palmas, foi até Nova York firmar uma parceria com o Programa das Nações Unidas (PNUD) para a realização dos jogos”, afirmou o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Evandro Garla. Ele salientou a importância da parceria dos órgãos envolvidos e falou dos desafios e da relevância dos jogos para o Brasil e o mundo.

Segundo o secretário, há Jogos Indígenas (nacionais) desde 1996 e o Ministério do Esporte desenvolve muitas ações e programas para as comunidades indígenas, entre eles o Esporte e Lazer da Cidade para as comunidades tradicionais, e o Segundo Tempo, em Manaus, uma experiência para expandir as políticas públicas esportivas voltadas para esses povos. Em abril, a pasta promoveu, em Cuiabá, o primeiro Fórum Nacional de Políticas Públicas para os Povos Indígenas.

O presidente do ITC, Marcos Terena, reforçou a importância do apoio do governo federal, da presidente Dilma Rousseff, que esteve no lançamento dos jogos, e fez uma menção sobre a base alimentar da força física dos povos indígenas. “Os índios brasileiros não treinam, ao contrário dos canadenses, panamenhos e dos nicaraguenses. Todos estão treinando, menos os brasileiros, pois a força física vem da base alimentar, então uma das discussões durante os jogos vai ser a soberania alimentar, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Dia Internacional dos Povos Indígenas
“No dia 9 de agosto comemorou-se o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Eu estava em Nova York, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Após as comemorações e o discurso do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em homenagem aos indígenas, convidei-o para participar dos Jogos Mundiais, em Palmas. Ele foi bastante receptivo, ressaltou a importância dos Jogos Mundiais Indígenas e, sorrindo, disse ‘muito obrigado’, em português”, ressaltou Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal.

Também participaram da audiência a vice-governadora do Tocantins, Claudia Martins Lelis, o secretário extraordinário dos Jogos Mundiais Indígenas, Hector Franco, e os senadores Telmário Mota e Lídice da Mata, responsáveis pelo requerimento da audiência pública.

Cleide Passos
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Ministro George Hilton discursará em seminário promovido pelo TCU

O ministro do Esporte, George Hilton, fará uma palestra nesta quinta-feira (13.08), como parte da programação do Seminário Diálogo Público: Desafios para o sucesso das Olimpíadas Rio 2016 – Realização e Legado, promovido pelo Tribunal de Contas da União. O evento começa às 14h e vai até às 18h15, no auditório do TCU, do Rio de Janeiro.
 
De acordo com a programação, George Hilton discursará às 15h. O tema de sua palestra é “Evolução da Prática Esportiva, Aumento do Potencial de Resultados em Alto Rendimento e Destinação dos Equipamentos”. Ao explanar suas ideias, Hilton falará a respeito de programas do Ministério e ideias que tem colocado em prática.
 

» Participação do Ministro George Hilton em Seminário promovido pelo Tribunal de Contas da União
Data: 13 de agosto de 2015
Horário: 14h
Local: Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro - Praça da República, 70 – Centro

Ascom – Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

 
 
 

Entrevista: a paixão além da vista de Lúcia Teixeira pelo judô

(Danilo Borges/ME)(Danilo Borges/ME)

Na terceira série, ela fingia que enxergava a lousa da escola. Depois de um tempo, contudo, já não queria mais estudar: era difícil lidar com a diferença, que nem a família reconhecia nela. Só no judô Lúcia Teixeira se sentia bem, mesmo sendo fraca nos tatames durante a adolescência. Antes de encontrar a pegada da rival, era derrubada. Ainda assim, não queria tirar os quimonos, uma meta que não conseguiu cumprir durante seis anos, entre 2000 e 2006.
 
Foi contra a vontade da família que a paulistana, que nasceu com baixa visão devido a uma toxoplasmose, retomou a sua grande paixão, desta vez já reconhecendo a sua deficiência e entre pessoas que sabiam das suas dificuldades até mais do que ela mesma. O primeiro campeonato teve de ser disputado às escondidas e, logo de cara, lhe rendeu o título brasileiro. Era apenas a primeira das tantas medalhas que hoje Lúcia não precisa mais esconder, como a prata nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, e o bronze individual e a prata por equipes no Mundial da Turquia, no ano passado.
 
Fã dos campeões olímpicos Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, além do companheiro de equipe Antônio Tenório, a judoca recebe a Bolsa Pódio do governo federal e, com os recursos, conseguiu se mudar para mais perto do local de treinos, no Centro de Referência do Judô Paralímpico, na Mooca (SP). As atividades são intensas, seis vezes por semana, e com um objetivo maior: os Jogos do Rio, no ano que vem. “Meu maior objetivo é ser campeã, nos Jogos e em tudo que eu me dispuser a fazer”, resume.
 
 
 
Fingimento na escola
Eu tenho toxoplasmose congênita. É um protozoário que minha mãe adquiriu na gravidez e que podia ter se instalado em qualquer parte do meu organismo. Eu digo que ele se instalou na parte mais suave, que é a visão. Se fosse no sangue, nos ossos, seria mais complicado. A minha família, por falta de conhecimento, sempre me tratou como se eu não tivesse deficiência. Na terceira série, eu fingia que via a lousa. Chegou uma hora em que eu não queria mais ir à escola porque na época era complicada essa questão das diferenças, de você não ser, entre aspas, o padrão.
 
Espelho para os “normais”
A informação te faz pensar diferente. Você só presta atenção em uma rua, se ela tem buraco ou não, se você conhece um deficiente. Caso contrário, isso passa desapercebido. A gente ter bons resultados no paralímpico faz a pessoa olhar com outros olhos e pensar também no outro. Acredito que a sociedade está se abrindo mais para isso. As pessoas que se dizem normais também se espelham na gente, pedem fotos, autógrafos. Conforme tem divulgação, a pessoa vai se preocupando mais, e isso é importante, não olhar para um deficiente como se ele fosse um coitado, um incapaz. É a educação que você dá para o seu filho que faz ele ser dependente ou independente, tendo ou não uma deficiência. 
 
Tatame mágico
Eu tenho dois irmãos e eles faziam judô, aí com 15 anos eu comecei. Eu sempre amei o judô. Tem uma magia, sabe? Não dá para explicar. Quando você põe o quimono, quando está lá em cima. Eu lembro que, quando minha mãe queria me tirar alguma coisa, era só ameaçar me tirar do judô. Era uma coisa que fazia parte de mim. Eu chegava da escola ao meio dia, almoçava e ficava no judô a tarde toda. Era maravilhoso, mas com 19 anos me mudei e só podia fazer judô aos sábados, até que acabei parando. Larguei com aquela sensação de que nunca mais ia colocar um quimono. 
 
“Admirável mundo novo”
Em 2006, depois de uma viagem para a Espanha, voltei para o Brasil para fazer um curso específico de massagem para pessoas com deficiência visual. Eu estava começando a aceitar que tinha deficiência. Conheci uma atleta cega, a Renata, que fazia goalball, e ela me mostrou um mundo diferente, mostrou que eu podia fazer qualquer coisa. Ela tinha um celular que falava, um recurso audiovisual de computador que nunca tinha visto. Com quinze anos, eu desisti de fazer Direito porque me falaram que eu nunca ia poder fazer porque não enxergava. Você se frustra e quer fazer o mais fácil, mas ela me mostrou uma acessibilidade que cresci sem conhecer. Junto com isso, ela ainda era atleta e tinha ido para Atenas. Uma vez, ela me emprestou um agasalho dela e, quando vesti, pensei como devia ser fazer parte da seleção, mas nunca imaginei que eu fosse estar aqui hoje e viver tudo que eu vivo. 
 
O quimono como lar
A Renata me apresentou à associação dela e lá ficaram sabendo que eu já tinha feito judô e me chamaram para voltar, dizendo que eu seria campeã. Eu disse que era muito ruim quando eu treinava e que não tinha nem quimono, mas eles me deram um e decidi voltar. Colocar o quimono de novo, estar no tatame, é como fazer algo que você não consegue se imaginar sem aquilo. Não sei como fiquei tanto tempo longe. É como voltar para casa depois de uma viagem de 10 anos. 
 
(Danilo Borges/ME)(Danilo Borges/ME)
 
Rebeldia recompensada
Eu tinha pessoas como eu, que entendiam as minhas dificuldades até mais do que eu, que sabiam o que eu sentia. Eles diziam que eu era muito boa, que ia ser campeã, mas na minha cabeça não entrava isso. Então fui competir escondida da minha família, que tinha me proibido de fazer judô. Eu deixava os quimonos na casa da Renata. Viajei para o Rio de Janeiro sozinha e lutei. Fiz a final com a que era a campeã da categoria e fui campeã brasileira, depois de “trocentos” anos longe do judô. Era uma coisa que eu precisava provar para mim. Eu queria ver até onde eu ia. Independentemente do resultado, era uma coisa que eu precisava viver. No ano seguinte, já estava na seleção B, depois veio Mundial, Parapan e estou aqui! 
 
“Não é não errar”
Meu maior objetivo hoje é ser campeã, nos Jogos e em tudo que me dispuser a fazer. Ser campeã não é não errar, mas é não desistir do que eu me determinar a fazer. Esse é meu sonho. É poder aproveitar o melhor que a minha carreira hoje me dá, porque a vida de atleta é curta. Então enquanto estiver no auge, disputando por igual, eu vou estar. 
 
Londres 2012: Mais feliz que a campeã
Eu perdi (na final) e saí mal da luta. Aí, estava na fila para a premiação, muito chateada, e veio uma voluntária e me disse: “Por que você está chateada? Você está em Londres, em uma Paralimpíada, e foi prata!”. Aí eu falei: “Caraca! Verdade!”. Normalmente você vê a foto de um pódio e o medalhista de prata sempre está triste, mas agora olho minhas fotos e, se bobear, estava mais feliz que a campeã. Eu queria ser campeã, ouvir o hino, como atleta, como brasileira e por tudo que eu estava trabalhando até ali, mas vivi bem esse momento, que foi muito forte e feliz. Meu irmão estava lá, com a bandeira do Brasil e vibrando. Foi muita emoção. 
 
Mala mais cheia
As minhas expectativas (em Toronto) são as melhores. Eu me vejo bem preparada e acredito que vou sair daqui com a mala mais cheia, vou voltar com a minha medalha e espero, do fundo do coração, que seja de ouro. Quero subir no pódio, ouvir o hino. A ideia é sair daqui campeã e sem errar porque um erro pode ser fatal.
 
Rio 2016: Sem prata engasgada
Dá até arrepio quando penso. Estar lá, com toda a família e o seu país torcendo por você, é o final de tudo, de todas as mudanças, de tudo o que fiz e deixei de fazer. É a conclusão. Meu objetivo é a Paralimpíada, é não sair com a prata engasgada. Então trabalho para isso. Estou aqui no Pan, mas não consigo parar de pensar no Rio. Vou sair desta competição, guardar a medalha e continuar o trabalho.
 
Ana Felizola - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Salva pela natação, Verônica Almeida conquista bronze que faltava no Parapan

Histórias em que o esporte muda e até salva vidas são de certa forma recorrentes. Existem diversos exemplos de pessoas que tiveram seus destinos transformados no momento em que se tornaram atletas. Mas poucas vezes a aplicação é tão literal como no caso da nadadora brasileira Verônica Almeida, medalha de bronze nos 50 m livre S7 nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto na segunda-feira (10.08), com o tempo de 38s13.

Diagnosticada em 2007 com Ehlers-Danlos, síndrome rara e degenerativa que a fez perder força e movimento nos membros inferiores e ter limitações no movimento de rotação do braço direito, Verônica recebeu dos médicos um prognóstico de apenas um ano de vida. Oito anos depois, a atleta credita à natação o fato de ainda estar viva.

“É uma síndrome degenerativa e progressiva. A grosso modo, a gente deixa de produzir um pouco de colágeno e perde os ligamentos. Você, literalmente, começa a deslocar”, explica. “Logo após o diagnóstico eu voltei a nadar por indicação médica. Hoje eu defino a natação como a minha vida de verdade, pois além do tratamento que faço, é esse esporte que me mantém viva”, relata.

Graças ao esporte, a nadadora também pôde comemorar no Canadá uma conquista tida por ela como especial. “Só me faltava uma medalha em Parapan e aqui está ela”, diz a brasileira, dona de um bronze nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 e outro no Mundial de Natação de Eindhoven 2010, ambas nos 50 m borboleta S7.

História
Graduada em Educação Física em 1998, Verônica exerceu a profissão por oito anos como coordenadora de academia. Mãe de um casal de gêmeos, Bianca e Marcelo, ela descobriu a síndrome ainda na gravidez. “Minha sorte foi ter ficado grávida antes do diagnóstico”, conta a educadora, que deixou a profissão quando passou para a cadeira de rodas. “Fui demitida por que acharam que eu não causaria uma boa impressão como professora”, conta.

A gravidez foi sustentada, apesar da Ehlers-Danlos, algo considerado quase impossível pela medicina, pois há falta de colágeno para manter a placenta ligada ao útero. Fator que torna a medalha ainda mais especial e digna de dedicatória. “Esta medalha é para os meus filhos. Antes de eu viajar, o Marcelo ficou doente e falou: ‘mãe, traz a medalha’. Então, dedico a vitória a ele”.

Com o diagnóstico, a nadadora encontrou um programa experimental em Paris, na França, que selecionava voluntários para tratamento com células-tronco. “É um tratamento que faço não para curar a síndrome, pois não tem cura. Faço para estabilizar”, explica Verônica, a única que permanece no estudo de uma turma inicial de 20 pessoas.

Para garantir tanto o tratamento quanto as conquistas, Almeida tem o apoio do Ministério do Esporte com a Bolsa Pódio. “Sem ela eu não teria nem o suporte nem a estrutura que tenho. Para mim, em particular, o programa ajuda até no tratamento em Paris, que tem custo muito alto. Assim como a natação, a bolsa é uma maneira de continuar a minha vida”, explica.

Leonardo Dalla, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

“Copa de Futebol Feminino teve organização perfeita”, diz a coordenadora do Ministério do Esporte, Michael Jackson

(Divulgação/CBDU)(Divulgação/CBDU)
Organizado em parceria entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), a Copa Brasil Universitária de Futebol Feminino (CBUFF) terminou no fim de semana passado, com a vitória da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe, representando o estado de Santa Catarina. 
 
O governo federal investiu R$ 2,4 milhões na competição e a coordenadora-geral de futebol do Ministério do Esporte, Michael Jackson foi uma das autoridades a entregar as premiações ao final da competição disputada por 700 atletas das 27 unidades da Federação, em Maceió (AL). 
 
(Divulgação/CBDU)(Divulgação/CBDU)
 
Para a ex-jogadora que acompanhou o torneio desde o início, o estado de Santa Catarina levou o ouro, mas quem mais ganhou com a competição foi o futebol feminino. “A organização foi excelente, não deixou nada a desejar. Correspondeu em todos os aspectos e o que me deixou ainda mais feliz foi que o nível técnico que vem crescendo e muito ano a ano”, declarou Michael Jackson.
 
Coordenadora de futebol do Ministério, ela ainda lembrou que é preciso que a evolução continue, tendo em vista que as próximas Olimpíadas ocorrerão no Brasil. “Estamos no caminho certo, mas não podemos parar. A competição foi muito boa. As meninas da seleção brasileira ganharam o ouro no Pan-Americano e não podemos fazer feio em casa. Por isso, seguiremos trabalhando com toda a força”, destacou. 
 
(Divulgação/CBDU)(Divulgação/CBDU)
 
O campeonato   
Em uma partida acirrada, decidida aos 42 minutos do segundo tempo, Santa Catarina venceu o Ceará por 1 x0. A vitória fez com que a equipe se tornasse bicampeã da Copa Brasil Universitária de Futebol Feminino (CBUFF) e garantisse vaga para representar o país nos Jogos Sul-Americanos de Futebol Feminino em 2016, na Argentina.
 
Petronilo Oliveira, com informações da CBDU
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
 
 

Ministério do Esporte capacita professores para o Segundo Tempo Mais Educação

O Ministério do Esporte por meio de uma parceria com o da Educação deu início nos dias 6 e 7 de agosto, no Rio Grande do Norte, ao Curso de Extensão Esporte da Escola, uma vertente do Programa Segundo Tempo Mais Educação. Esta semana, 10 a 14 de agosto, as cidades de Viana (MA), Criciúma (SC), Uberaba (MG) e Bragança (PA) são as contempladas com as atividades.


Até o dia 1º de setembro a capacitação será ministrada em 18 cidades polo com previsão de atender até o final desse período 1.889 monitores que atuam nas escolas vinculadas ao Programa Mais Educação.

A atividade é uma importante ação das duas instituições, juntamente com os demais programas, que tem como finalidade ampliar o acesso ao esporte educacional, reafirmando sua importância no contexto sócio-educativo, além de integrar a política esportiva educacional com a política de educação, de forma a incentivar e universalizar a prática esportiva nas escolas.

A aplicação efetiva da proposta pedagógica da Atividade do Esporte da Escola acontece por meio de uma parceria entre o Ministério do Esporte com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Já as prefeituras ofertam, por meio de cursos de extensão, nos formatos presencial e a distância, um processo de capacitação e acompanhamento das escolas que aderiram as atividades.

Os cursos de capacitação visam qualificar a atuação dos professores e monitores a fim de melhor atender os beneficiados que participam da Atividade Esporte da Escola. O Curso de Extensão presencial é realizado em dois dias, composto de aulas teóricas e práticas e tem como proposta as múltiplas vivências esportivas no esporte de invasão (basquete, futebol, futsal, handebol, ultimate frisbee); no Esporte de Marca e de Rede (badminton, peteca, tênis de campo, tênis de mesa, voleibol e atletismo); e na ginástica, dança e atividades circenses (lutas, capoeira e práticas corporais de aventura).

Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação

Após o Curso de Extensão Presencial, os professores e monitores são convidados a participar da segunda etapa – a formação continuada – Curso de Extensão no formato EaD, realizado na plataforma Moodle (http://esportedaescola.ufrgs.br).

Nos dias 12 e 13 de agosto as atividades do Esporte da Escola acontecem no polo de Uberaba. O curso deve beneficiar 200 participantes que atuam nas atividades de esporte em cem escolas da região de Minas Gerais.

Confira o calendário dos cursos de extensão:

Rio Grande do Norte 06 e 07/08 - Natal
Maranhão 10 e 11/8 - Viana
Santa Catarina  12 e 13/08 - Criciúma
Minas Gerais 12 e 13/08 - Uberaba
Pará 13 e 14/08 - Bragança
Espírito Santo 18 e 19/08 - Cariacica
Minas Gerais 20 e 21/8 - Uberlândia
Maranhão 20 e 21/08 - São Luiz
Pará 20 e 21/08 - Santarém
Espírito Santo 20 e 21/8 - Serra
Bahia 20 e 21/08 - Ilhéus
Bahia 24 e 25/08 - Vitória da Conquista
Amazonas 26 e 27/08 - Manaus
Minas Gerais 27 e 28/08 - Vespasiano
Bahia 27 e 28/08 - Irecê
Ceará 31/08 e 01/09 - Camocim
Rio Grande do Norte 31/08 e 01/09 - Ceará – Mirim

Cleide Passos
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Brasileiro supera 108 rivais e é 9º em etapa da Copa do Mundo de Tiro Esportivo

(Divulgação/CBTE)(Divulgação/CBTE)
O paranaense Cassio Rippel, que no mês passado conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto na prova da pistola rápida 50m, por muito pouco não avançou para a final da etapa da Copa do Mundo de Tiro Esportivo, disputado na cidade de Gabala, no Azerbaijão.
 
Na terça-feira (11.08), o brasileiro, competindo na prova carabina deitado, terminou em 9º lugar. Para isso, ele teve que deixar para trás 108 rivais, já que 117 atletas disputaram as três eliminatórias.
Cassio somou 625,6 pontos e por apenas 7 décimos não avançou para a final, que reuniu apenas os oito melhores. A prova foi vencida pelo russo Kirill Grigoryan. A prata ficou com o norte-americano Matthew Emmon e o bronze com o tcheco Thomas Jerabek.
 
Com a 9ª colocação na prova, Rippel subirá algumas posições no ranking mundial e segue, assim, sua ascensão no ranking, já visando aos Jogos Olímpicos Rio 2016. 
 
Fonte: CBTE
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

No quarto dia de competições, Brasil leva mais 41 medalhas

Antonio Leme conquistou o bronze na Categoria BC3 da bocha. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPBAntonio Leme conquistou o bronze na Categoria BC3 da bocha. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB

O Brasil disparou no quadro de medalhas dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Com 135 medalhas (55 de ouro, 37 de prata e 43 de bronze), o país está na liderança e bem distante do segundo colocado, o Canadá, que tem 84 medalhas até o momento, sendo 25 de ouro. Nesta terça-feira (11.08), os brasileiros subiram ao pódio de atletismo, bocha, ciclismo de pista, halterofilismo e natação.



Bocha
As disputas individuais encerraram a participação da bocha no Parapan de Toronto. O Brasil bateu o recorde de ouros ao conquistar seis medalhas dentre sete possíveis. Nesta terça, o país venceu as quatro finais, três contra os donos da casa, e ainda levou dois bronzes. Ao todo, foram nove medalhas, seis de ouro e três de bronze, levando em conta as provas de duplas e equipe.

Natação
A natação chegou ao seu quarto dia de competições em Toronto e, como de costume, rendeu mais medalhas ao Brasil. Nesta terça-feira, foram 13: três de ouro, duas de prata e oito de bronze. Talisson Glock (200m medley SM6), Matheus Rheine (50m livre S11) e Carlos Farrenberg (50m livre S13) foram os responsáveis pelo topo do pódio. Já são 54 medalhas brasileiras na modalidade, sendo 19 de ouro, 14 de prata e 21 de bronze.

Halterofilismo
A modalidade chegou ao seu fim no Parapan de Toronto e totalizou a conquista de oito medalhas, a melhor campanha do Brasil na história. O país terminou em segundo lugar no quadro do halterofilismo, atrás apenas do México. Nesta terça, as medalhas vieram com Joseano dos Santos, ouro na categoria até 97kg, e Rodrigo Rosa de Carvalho, bronze na até 88kg.

Atletismo
Nas pistas e no campo da Universidade de York, o Brasil conquistou mais 19 medalhas no atletismo, incluindo dois pódios 100% nacionais. Foram oito ouros, oito pratas e três bronzes nesta terça.  Assim, o país continua na liderança do quadro de medalhas da modalidade, com 34 pódios até o momento.

A modalidade também contou com o retorno do campeão paralímpico Alan Fonteles, que não competia desde o Mundial de Lyon, em 2013, e conquistou a prata nos 100m T43/T44.

Ciclismo de pista
O brasileiro Lauro Chamam, que já havia conquistado o ouro na modalidade de estrada, voltou ao pódio nesta terça-feira, agora competindo no ciclismo de pista. A prata veio na prova de perseguição individual C4/5. Ouro e bronze para os colombianos Diego Dueñas e Edwin Matiz.

Tênis de mesa
Os mesatenistas garantiram nesta terça-feira as cinco primeiras medalhas do Brasil nas disputas por equipes. Esses pódios serão somados aos 24 já conquistados pela seleção nas disputas individuais (dez de ouro, oito de prata e seis de bronze). Esta já é a melhor campanha da história de um país no tênis de mesa do Parapan.

Goalball
O Brasil marcou duas goleadas nas disputas do goalball desta terça. No masculino, vitória por 10 x 0 em cima da Venezuela, mesmo placar que deu a vitória às mulheres contra a Nicarágua. Amanhã, a seleção feminina enfrenta a Guatemala, enquanto os homens encaram os canadenses.

Vôlei sentado
Os homens venceram a Colômbia por 3 sets a 0 (25/10, 25/16, 25/19), enquanto as mulheres foram derrotadas pelas norte-americanas, também por 3 sets a 0 (25/20, 25/20, 25/11). O vôlei sentado só conhecerá seus campeões na sexta-feira (14).

Basquete em cadeira de rodas
O Brasil perdeu a partida contra o Canadá no basquete feminino. Placar final: 82 x 51 para as donas da casa. Amanhã será a vez dos homens enfrentarem o México, às 17h15 (horário de Brasília).

Rúgbi em cadeira de rodas
Vitória brasileira em cima dos rivais argentinos no rúgbi em cadeira de rodas, por 63 x 37. Amanhã o adversário será o Chile, às 16h30 (horário de Brasília).

Tênis em cadeira de rodas
Em dia de disputas em duplas no tênis, o Brasil venceu as três partidas que disputou. Daniel Rodrigues e Carlos Santos venceram os mexicanos Carlos Muro e Raúl Ortega por 2 sets a 0 (0/6, 2/6), nas quartas de final. Já na semi, a dupla brasileira derrotou os canadenses Philippe Bedard e Joel Dembe por 2 sets a 1 (4/6, 6/4, 8/10), mesmo placar final da partida que deu a vitória a Rejane Cândida e Natália Mayara em cima das chilenas Macarena Cabrillana e Francisca Mardones (6/4, 3/6, 10/8).

 

Confira os vídeos do Parapan 2015


Fonte: Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Ministério do Esporte apoia maior competição júnior de luta olímpica do planeta

Teve início nesta terça-feira (11), em Lauro de Freitas (BA), o Mundial Júnior de Wrestling (Luta Olímpica), a maior competição júnior da modalidade do planeta. O evento acontece até o próximo domingo (16), no Centro Pan-Americano de Judô (CPJ), instalação esportiva que faz parte da Rede Nacional de Treinamento. Participam mais de 600 atletas na faixa de 18 e 21 anos de 62 países, como Azerbaijão, Japão e Estados Unidos, potências no esporte.
 
Pela primeira vez na América do Sul, o campeonato conta com apoio do Ministério do Esporte. A pasta investiu recursos da ordem de R$ 3 milhões para realização do campeonato, por meio de convênio assinado com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) do Estado. 
 
Na cerimônia de abertura, o Secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Carlos Geraldo Santana, destacou a importância da realização do campeonato no país. “Esta é uma oportunidade para divulgação e desenvolvimento da modalidade ainda pouco conhecida no Brasil, mas que já tem resultados importantes”, disse. 
 
(Cynthia Ribeiro/ME)(Cynthia Ribeiro/ME)
 
No Pan-Americano de Toronto, realizado em julho no Canadá, a atleta Joice Souza da Silva conquistou ouro inédito para o país na luta livre, na categoria até 58K. Aline Ferreira e Davi Albino também ganharam medalhas de bronze nas modalidades luta livre categoria até 75k e greco-romana na categoria 98kg, respectivamente, na competição. 
 
Vinte e quatro atletas brasileiros representam o Brasil no mundial júnior: oito do estilo greco-romano, oito do estilo livre feminino e oito do estilo livre masculino. No estilo greco-romano estão os medalhistas de prata no pan-americano Júnior 2015: Guilherme Evangelista, até 84kg, e Douglas Rocha, até 96kg. Participarão também do campeonato Joílson Júnior, até 66kg, e Calebe Corrêa, até 60kg, e Brenda Palheta do estilo livre feminino, até 63kg. 
 
Nesta terça-feira, primeiro dia de competição, foram realizadas lutas do estilo greco-romano nas categorias 50kg, até 60kg, até 74kg e até 96kg.
 
Investimentos na modalidade
Mesmo ainda pouco conhecida no Brasil, a luta olímpica conta com incentivos do Ministério do Esporte para estimular a prática da modalidade pelo país. A pasta celebrou sete convênios, nos últimos cinco anos, com a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) que resultaram em investimentos superiores a R$ 14 milhões. 
 
Os convênios objetivaram, por exemplo, a preparação dos atletas das seleções brasileiras com perspectivas de conquistas de medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Também proporcionaram a aquisição de materiais para Luta Livre, Greco-Romano e Luta Feminina para suprir a necessidade das regiões do país; implantação de núcleos de treinamento nos estados dos atletas selecionados; intercâmbio entre os estados; modernização e aquisição de materiais para o Centro Nacional de Alto Rendimento da CBLA, no Rio de Janeiro, para treinamento da equipe olímpica (Greco Romano, Livre e Luta Feminina); e contratação de equipe técnica e de técnicos internacionais.
 
Destaque também para o Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual a atletas do mundo. No exercício de 2015, 151 atletas da modalidade foram contemplados. O investimento previsto é de R$ 1,8 milhão no ano. Entre 2010 e 2014, 637 bolsas foram concedidas, num investimento da ordem de R$ 7,9 milhões. Do total dos competidores brasileiros no Mundial Júnior de Wrestling, 13 são contemplados pelo programa que completou dez anos em 2015.
 
Já pela Bolsa Pódio, categoria mais alta do programa e destinada a atletas com chances de disputar medalhas nos Jogos Rio 2016, três atletas são contemplados atualmente, o que representa um patrocínio de R$ 228 mil. 
 
(Cynthia Ribeiro/ME)(Cynthia Ribeiro/ME)
 
CPJ
Considerado o maior centro de treinamento das Américas e um dos maiores do mundo, o Centro Pan-Americano de Judô é resultado de um investimento de R$ 43,2 milhões, sendo R$ 19,8 milhões do Ministério do Esporte e R$ 18,3 milhões do estado da Bahia, por meio da Setre. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) aportou outros R$ 5,1 milhões para o projeto executivo e para a compra de uma parte dos equipamentos e mobiliário.
 
Trata-se de um complexo de 20 mil m² de área construída e conta com ginásio climatizado, quatro áreas oficiais para competições, arquibancadas para 1.900 pessoas, salas de apoio, restaurante, vestiários e academia. Há ainda um prédio administrativo, com auditório para até 200 pessoas, e alojamentos para 72 atletas. O local tem ainda quadra poliesportiva, piscina e pista de corrida de 100m.
 
Cynthia Ribeiro, de Lauro de Freitas (BA)
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook
Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla