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Tênis de mesa encerra participação no Parapan com melhor campanha da história

(Leandra Benjamim/MPIX/CPB)(Leandra Benjamim/MPIX/CPB)
 
Em uma campanha histórica, a melhor já alcançada por um país em edições dos Jogos Parapan-Americanos, o Brasil faturou 31 medalhas no tênis de mesa em Toronto. Foram 15 ouros, 10 pratas e seis bronzes para colocar a delegação na liderança do quadro da modalidade. A bandeira verde e amarela e o Hino Nacional foram presença garantida até o último dia das disputas no Centro Markham. Nesta quinta-feira (13.08), os mesatenistas brasileiros levaram três ouros e uma prata.
 
(Leandra Benjamim/MPix/CPB)(Leandra Benjamim/MPix/CPB)
 
Foi por pouco que Maria Luiza Passos, de 64 anos, não realizou o grande sonho. A prata, conquistada ao lado de Joyce Oliveira na disputa por equipes da classe 4/5, foi o sétimo pódio da mesatenista em edições do Parapan: três pratas e três bronzes somando as participações em Santo Domingo-2003, Rio-2007 e Guadalajara-2011. Na final desta quinta, contra as mexicanas Maria Paredes e Martha Verdin, as brasileiras foram derrotadas por 2 x 1. “A Joyce mora em Brasília e eu, em Curitiba. Então cada uma treinou na sua cidade. Só nós encontramos e treinamos aqui”, afirma Maria Luiza.
 
Sem se preocupar com a idade, ela avisa: não pretende parar tão cedo. “Vou continuar treinando e viajando. Não vou parar, até porque tenho uma neta de 14 anos que é classe 10, porque nasceu com má formação no braço, e ela já está jogando. Quero dar esse apoio para ela”, conta a avó mesatenista.
 
Parceira de Maria Luiza, Joyce teve um grande obstáculo no Parapan. “Eu tenho uma haste na coluna, e um parafuso está fora do lugar. Tenho que fazer uma cirurgia, estou sentindo essa dor há quatro meses. Nos Abertos da Eslovênia e da Eslováquia (em maio), nem consegui jogar de dor. Fiquei dois meses parada e treinei só um mês para estar aqui”, diz a jovem de 25 anos, que chegou a adiar o procedimento para competir no Canadá e carimbar a vaga para os Jogos de 2016. “A gente queria o ouro (na equipe), mas eu nem esperava chegar à final porque estou com muita dor”, admite. 
 
O esforço foi recompensado com o ouro no individual na última segunda-feira (10) e a garantia de estar no Rio de Janeiro no ano que vem. “Na minha classe vão 12 atletas, e estou em nono no ranking mundial. Estava ‘na trave’ e poderia ser passada por qualquer bobeira. Então o objetivo era ganhar aqui para fazer a cirurgia e voltar em janeiro com tudo perfeito e treinando firme”, adianta a atleta, que tem uma das histórias mais impressionantes da delegação brasileira.
 
Em 2002, Joyce estava em um ponto de ônibus quando a estrutura desabou sobre ela, deixando a jovem paraplégica. “Pensei em desistir de tudo, tinha vergonha de sair de casa. Quando conheci o esporte, em 2005, vi que não era a única deficiente”, recorda a paulista, que entrou no tênis de mesa depois de usar o esporte como reabilitação durante o tratamento em Brasília. A jogadora deixa as mesas de Toronto sem ser perder sequer um set nas partidas individuais.
 
(Leandra Benjamim/MPix/CPB)(Leandra Benjamim/MPix/CPB)
 
Festa em família
Luiz Filipe Manara e Paulo Salmin também garantiram a participação nos Jogos Paralímpicos de 2016. Na final por equipes da classe 6/8, os brasileiros venceram os canadenses Ian Kent e Masoud Mojtahed por 2 x 0 após uma disputa eletrizante. “Foi muito emocionante. A gente sabia que enfrentar o Canadá seria nosso principal desafio, mas a gente queria ter essa emoção do jogo disputado e com torcida. Isso valorizou o espetáculo e a nossa medalha de ouro”, avalia Manara, que contou com apoio especial nas arquibancadas.
 
A mãe, Eliana, o pai, Luiz Carlos, e o irmão, Luiz Carlos Júnior, viajaram pela primeira vez ao exterior para acompanhar uma competição de Luiz Filipe. “Meu pai tem um jeito peculiar de torcer porque sempre grita muito. A família dá uma força diferente, ajudou bastante”, diverte-se o jogador. “Passamos por muitas dificuldades por causa da deficiência, então as duas medalhas de ouro são para eles”, acrescenta o jovem de 23 anos, que também foi campeão individual.
 
Emocionado, o pai Luiz Carlos já estava praticamente sem voz ao fim da manhã. “Eu acompanho desde o começo e incentivei bastante para chegar até aqui. Com um puxando e outro colaborando na mesa, a gente faz uma torcida bem maior”, comenta. “Onde vamos, deixamos a nossa marca e, graças a Deus, ele deixa a dele, sempre com a medalha de ouro no peito”, elogia. Abraçada ao filho, Eliana ainda respirava com certo alívio. “Eu só não infartei porque não tenho problema de coração”, brincou.
 
(Leandra Benjamim/MPix/CPB)(Leandra Benjamim/MPix/CPB)
 
Próximas metas
Também com dois ouros e a vaga paralímpica, Paulo Salmin acredita que a seleção brasileira chegará ainda mais forte aos Jogos do Rio. “A gente vem em uma evolução mês após mês e, chegando em casa, já vamos traçar metas para o melhor chaveamento em 2016”, explica.
 
As outras medalhas de ouro desta quinta foram conquistadas por Claudio Massad e Carlos Carbinatti, que derrotaram os norte-americanos Lim Ming Chui e Tahl Leibovitz por 2 x 0 na final da classe 9/10, e por David Andrade e Welder Knaf, que venceram os mexicanos Jesus Sanchez e Jesus Salgueiro, também por 2 x 0. “O sentimento é de missão cumprida. Trabalhamos duro para isso, então merecemos viver esse momento”, resume Massad. “Quando tem investimento nas modalidades e um trabalho bem feito, o resultado é esse”, aponta o atleta.
 
Em 2013, um convênio firmado entre a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e o Ministério do Esporte, no valor de R$ 2,3 milhões, permitiu a estruturação de dois centros de treinamento paralímpicos para a modalidade. O local destinado a atletas cadeirantes fica em Brasília (DF), enquanto o de andantes é em Piracicaba (SP). Além disso, os recursos permitiram a aquisição de equipamentos de ponta e a formação de uma equipe multidisciplinar.
 
A modalidade conta ainda com 110 contemplados atualmente pela Bolsa-Atleta (investimento de R$ 1,8 milhão), segundo a lista de 2015, e com cinco pela Bolsa Pódio (R$ 816 mil). “O Ministério do Esporte sempre acreditou no tênis de mesa, tanto olímpico quanto paralímpico, e está nos dando condições ideais de trabalho”, afirma o presidente da CBTM, Alaor Azevedo, radiante com as conquistas no Canadá.
 
“Nós estabelecemos uma meta de 15 medalhas de ouro e conseguimos exatamente isso. E isso com uma renovação importante, já que mais de 50% da equipe não estava em Guadalajara. É um resultado que nos anima muito para futuros títulos. A campanha foi irretocável”, define. Para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, a meta brasileira é conquistar ao menos três medalhas.
 
O tênis de mesa brasileiro deixa Toronto superando a marca das 27 medalhas de Santo Domingo, em 2003, e com vagas garantidas em 2016 para os dez brasileiros medalhistas de ouro individuais. Outras vagas podem ser conquistadas por meio do ranking mundial. A equipe participa em setembro de um treinamento na Inglaterra antes de disputar o Aberto da República Tcheca.
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Ana Cláudia Felizola, de Toronto – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Em nova categoria, Antônio Tenório busca mais uma medalha para a coleção

Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.brFoto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br

Aos 45 anos, o paulista Antônio Tenório segue como o grande adversário a ser batido nas competições do judô. A fama não é obra do acaso, mas construída por uma sequência invejável de títulos: são quatro medalhas de ouro (Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008) e uma de bronze (Londres-2012) em edições dos Jogos Paralímpicos. Em Parapans, o brasileiro foi campeão no Rio de Janeiro, em 2007, e vice em Guadalajara, em 2011. Instalado na Vila dos Atletas, onde segue seus treinamentos até o dia da competição em Toronto, na próxima sexta-feira (14.08), o judoca adotou uma nova estratégia com foco nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

“Desci da categoria 100kg para a 90kg porque meus adversários eram muito altos, então eu já não conseguia mais desenvolver um bom judô”, explica Tenório, que tem 1,85m de altura. Com a dieta feita e a preparação intensa de treinamentos, o atleta espera disputar no Rio de Janeiro a sua última Paralimpíada, antes de começar a dizer adeus aos tatames, onde já está há quase quatro décadas. “Eu sou da época em que não existia dinheiro, nada. Estou há 36 anos praticando o judô e ele é a minha vida”, resume o lutador, que é contemplado com a Bolsa Pódio do governo federal.

O judô paralímpico é praticado por atletas cegos e, assim como em sua versão convencional, os lutadores são divididos em categorias de pesos e têm cinco minutos para fechar uma luta. A principal diferença é que, na modalidade adaptada, os judocas já iniciam o confronto segurando o quimono do rival. A luta é interrompida quando o contato é perdido. “Eu achava que era brincadeira que tinha esporte para deficientes”, conta Tenório, em entrevista concedida ao brasil2016.gov.br na Vila dos Atletas.

Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.brFoto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br


Toronto e troca de categoria
Minha expectativa é fazer uma boa competição. Estou trocando de categoria, saindo da 100kg e descendo para a 90kg, então ainda estou me adaptando para ter um bom desempenho na Paralimpíada em 2016, no Rio de Janeiro. Se eu estiver em cima do pódio, vai ser uma boa colocação para mim. A categoria (100kg) tinha pessoas muito altas, eu era o mais baixo, então já não conseguia mais desenvolver um bom judô. Descendo de categoria, os meus adversários têm a mesma estatura que eu.

Nível do judô paralímpico
O nível sempre foi muito elevado dentro de uma Paralimpíada. Nossos adversários do masculino sempre são muito fortes. Acho que está aumentando a quantidade de pessoas que estão saindo do judô regular, que descobrem que têm uma deficiência visual, e migram para o desporto paralímpico.

Treinamento e apoio
Em fase de competição, treino seis horas por dia, em três períodos. É bem pesado, mas o judô está no sangue. Eu sou da época em que não existia dinheiro, nada. Estou há 36 anos praticando o judô e ele é a minha vida. O dinheiro que há hoje, com apoio do governo federal, traz uma tranquilidade muito maior para o atleta desenvolver a sua modalidade e focar só nos treinamentos, com uma equipe multidisciplinar e podendo comprar seus suplementos e viajar.

Rivalidade
A gente sempre pensa no Rio 2016, mas nós ainda temos que fazer a lição de casa, que é ganhar dentro da nossa própria casa, na seletiva. Em nível internacional, aqui no Canadá teremos os Estados Unidos, Cuba, Argentina e o próprio canadense, que é muito forte. Todos os atletas são grandes rivais e a gente não pode subestimar alguém dizendo que o país dele não tem um judô desenvolvido. Luta é luta, é uma de cada vez.

Rio 2016
Vamos competir dentro de casa e o governo federal está voltado para essa realidade do desporto olímpico e paralímpico. Nós nunca tivemos tanta ajuda. Então, queremos fazer bonito para esse apoio continuar e a gente deixar um grande legado no Rio de Janeiro, que são as medalhas e as obras que estão sendo feitas.

Mudança cultural
Quando as pessoas assistem a gente na televisão, começam a perceber que são capazes de fazer uma rampa em um lugar que não existia, um elevador para um cadeirante... Então hoje transmitimos uma outra realidade para o Brasil.

Início no judô
Comecei por influência do meu pai, aos 7 anos. Fiquei deficiente visual aos 13 anos, da vista esquerda. Perdi o primeiro olho com uma mamonada, brincando de estilingue. A minha segunda vista eu acabei perdendo aos 19 anos, trabalhando em uma empresa. Foram dois acidentes. Em 1993, ainda competia no judô regular. Fiquei deficiente visual em 1990 e só conheci o judô paralímpico três anos depois, quando um professor me viu competindo em um Campeonato Paulista e me convidou a integrar a Seleção Brasileira naquela época. Em um primeiro momento, achava que era brincadeira que tinha esporte para deficientes. Guardei o cartão dele por uma semana e depois fui visitar. Lá encontrei mais atletas com o mesmo problema que eu tinha.

Futuro
Estou com 45 anos e vou chegar na Paralimpíada de 2016 com quase 46. Espero que eu possa representar bem o meu país. Depois de 2016, vou colocando o pé no freio. Não vou chegar até Tóquio (2020), mas pretendo parar devagar. Estou focado também nos meus estudos.

Ana Cláudia Felizola, de Toronto – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Futebol de sete ensaia para "último ato paralímpico" no topo do pódio

 
 
Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro já teriam, por definição, uma projeção decisiva nas carreiras dos atletas brasileiros do futebol de sete. Mas há uma chance de que o torneio no Brasil tenha um ingrediente adicional, um tom de "último ato paralímpico" da modalidade. Com o número de países praticantes concentrado na Europa e no continente americano, o esporte está virtualmente cortado do programa de 2020, em Tóquio, no Japão. E, se nada ocorrer de diferente no plano político e de popularização, pode não estar também nas edições seguintes.
 
"Ao que sabemos, não há condições de reverter em relação ao Japão, para 2020. Estamos focados no Rio. Nosso objetivo é 2016, mas não é porque não vai ter no Japão que o futebol de sete vai acabar. Já se pensa, por exemplo, em um campeonato nos moldes paralímpicos durante a própria Olimpíada do Japão, mas em outra cidade", afirmou Paulo Cabral, técnico da equipe brasileira.
 
(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)
 
"Foi uma notícia que nos pegou um pouco de surpresa. A questão é que o futebol de sete teria de ter presença forte nos cinco continentes. Hoje temos mais de 30 países praticando, mas em algumas regiões, como o continente africano e o sudeste asiático, não há número suficiente nem campeonatos interno, mas estamos trabalhando forte para que em 2024 retorne ao programa", afirmou Hélio dos Santos, coordenador da Seleção Brasileira de Futebol de Sete no Parapan de Toronto.
 
De acordo com Hélio dos Santos, as ideias na mesa são fomentar o esporte nos locais onde é incipiente e realizar mini-torneios com grandes forças do esporte, como Brasil, Ucrânia e Rússia. "É um trabalho conjunto com a Federação Internacional e os países de mais tradição, até porque sair do programa paralímpico repercute no apoio de empresas e de patrocinadores", disse. Segundo Hélio, no Brasil, a modalidade praticada por atletas com paralisia cerebral reúne, em torneios nacionais, representantes de até 16 estados.
 
(Daniel Zappe/MPIX/CPB)(Daniel Zappe/MPIX/CPB)Intensamente no Rio
Entre os atletas, o efeito é de ampliar ainda mais a dimensão das Paralimpíadas brasileiras. "Independentemente de 2020, o sonho de todos é ganhar em casa. Temos de deixar um pouco de lado essa questão de 2020 e viver 2016 intensamente, que é o mais importante", afirmou Jan, meio-campista da equipe no Parapan de Toronto.
 
"Já tínhamos a responsabilidade de fazer uma bonita Paralimpíada. Sabendo que provavelmente vamos ficar fora em 2020, aumenta ainda mais a vontade de terminar esse ciclo com um ouro", disse Wanderson, eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, em 2009 e em 2013. "Como amante da modalidade, vou sempre acreditar que vai ser possível essa volta", disse.
 
Coordenador de classificação do Comitê Paralímpico Brasileiro, Claudio Diehl Nogueira explica que a Federação Internacional está trabalhando para atender as demandas do Comitê Paralímpico Internacional. "A princípio, para 2020 a decisão está tomada mesmo, mas estamos encaminhados para reverter em 2024".
 
No Canadá, o país vem confirmando a disparidade técnica em relação ao adversários. Em quatro jogos no campo montado na Universidade de Toronto, foram 28 gols marcados e nenhum sofrido. Nesta quinta-feira, no último duelo da fase de classificação, o Brasil aplicou 6 x 0 nos Estados Unidos, com gols de Maycon (2), Wanderson (2), Gabriell e Jonatas. A final será no próximo sábado, a partir das 12h, contra a Argentina. Na primeira fase, o Brasil venceu os adversários sul-americanos por 7 x 0.
 
"Ganhamos bem na primeira fase, mas agora é outra história. Eles estavam desfalcados e agora vêm completos. Vamos entrar com atenção para ir em busca desse ouro", afirmou Wanderson.
 
"A gente sempre entra pensando na vitória e temos totais condições de levarmos o ouro. Mas se você é surpreendido no campo e acontece de a bola não entrar muitas vezes, como aconteceu em alguns instantes hoje diante dos Estados Unidos, as coisas complicam. Então vamos estudar direitinho como temos de entrar, tentar decidir logo no início e depois controlar o jogo, disse o treinador Paulo Cabral.
 

Confira os vídeos do Parapan 2015

 
Gustavo Cunha - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministro George Hilton participa de evento sobre o revezamento da tocha olímpica em Goiânia nesta sexta (14)

O ministro do Esporte, George Hilton, participa, nesta sexta-feira (14.08), em Goiânia, de um evento interministerial que marcará o início da preparação do estado de Goiás para o revezamento da tocha olímpica.

O revezamento da tocha olímpica, um dos símbolos máximos dos Jogos, terá início, no Brasil, no dia 3 de maio de 2016, em Brasília. Antes de chegar ao Rio de Janeiro para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em 5 de agosto, a chama olímpica percorrerá cerca de 500 municípios do país, dos 26 estados da federação, além do Distrito Federal.

Esse revezamento exige uma enorme logística em sua preparação envolvendo várias questões, entre outras, de segurança e de promoções turísticas e culturais com os municípios. A série de reuniões para a organização do revezamento da tocha olímpica teve início no dia 7 de agosto, em Aracaju e, nesta sexta-feira será a vez de Goiânia iniciar sua preparação.

O evento na capital de Goiás terá início às 9h30, com uma visita do ministro George Hilton e demais autoridades ao Centro de Treinamento de Luta Olímpica e Centro Paralímpico, localizado na Universidade Federal de Goiás.

Às 11h as autoridades participam da cerimônia de abertura do evento “Revezamento da Tocha Olímpica”, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira – Auditório Governador Mauro Góis. Além do ministro do Esporte, participam do evento o governador de Goiás, Marconi Perillo; o vice-governador de Goiás, José Helio de Souza; o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, Hélio de Souza; a secretária de Educação, Cultura e Esporte do Estado de Goiás, Raquel Teixeira; e o secretário geral da Presidência da República, José Claudenor, entre outras autoridades.

» Serviço
Reunião de Trabalho – Revezamento da Tocha Olímpica
Data: 14 de agosto de 2015
Cidade: Goiânia
Eventos:
» 9h30 – visita ao Centro de Treinamento de Luta Olímpica e Centro Paralímpico
Local: Universidade Federal de Goiás
» 11h – abertura do evento “Revezamento da Tocha Olímpica”
Local: Palácio Pedro Ludovico Teixeira – Auditório Governador Mauro Góis
 
Ascom – Ministério do Esporte
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Rúgbi em cadeira de rodas brasileiro mostra evolução e vai atrás de resultado inédito

(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)
 
 
Debutante em Jogos Parapan-Americanos e um dos esportes favoritos dos donos da casa, o Brasil terá de superar a pressão da torcida para desbancar o Canadá na semifinal do rúgbi em cadeira de rodas. O confronto será nesta quinta-feira (13.08) às 18h45 (de Brasília). Na fase de classificação, em que todas as equipes jogam entre si, os canadenses levaram a melhor e fizeram 65 x 32. A outra disputa pela vaga na decisão será entre Estados Unidos e Colômbia.
 
(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)
 
Para o treinador Luiz Gustavo Pena, o principal objetivo é manter a terceira posição continental, conquistada nas últimas edições da Copa América. Ele sabe que a equipe ainda está a uma distância grande de canadenses, inventores da modalidade, e Estados Unidos, mas já vê este caminho encurtar. “Fizemos um primeiro período muito bom contra os EUA e a gente quer cada vez mais competir de igual para igual, visando 2016, onde as melhores equipes do mundo estarão presentes”.
 
Com um sistema implantado por um treinador canadense, que ficou entre 2013 e 2014 auxiliando a equipe, Luiz Gustavo percebe uma padronização e um fortalecimento do time. “Além dos resultados em quadra, a gente conseguiu melhorar a nossa organização. Temos um grupo forte, não dependemos apenas dos quatro jogadores em quadra, as substituições acontecem a todo o momento e toda hora alguém pode entrar e decidir a partida”. Agora, ele quer que a equipe ganhe mais rodagem. “Hoje, o que nos separa das grandes potências, dentre outras coisas, é a experiência de jogo. A gente tenta jogar o máximo de torneios possíveis para ir aprendendo e desenvolvendo”. 
 
Para Davi Abreu, é importante a maior competitividade continental para a modalidade se desenvolver. "A gente vem conquistando um pouco mais de respeito e já conseguimos que Estados Unidos e Canadá deem o máximo contra nós. Eu gosto de ver como equipes novas como Chile e Colômbiavem numa crescente muito grande. A América do Sul ganha muito com isso”, afirma o atleta da seleção, que faz parte de um projeto para esporte adaptado em Belo Horizonte para captação de novos praticantes da modalidade. 
 
(Fernando Maia/MPIX/CPB)(Fernando Maia/MPIX/CPB)Assim que saiu de uma internação no Hospital Sarah Kubitscheck, em Brasília, José Higino procurou um time no Gama, cidade satélite do Distrito Federal, e dois meses depois participou de seu primeiro campeonato brasileiro.Vítima de um mergulho no mar em 2002, quando bateu com a cabeça em um banco de areia que o deixou tetraplégico,ele revela a meta nas Paralimpíadas do Rio em 2016.
 
“Nossa perspectiva, como somos novos no rúgbi em relação ao resto do mundo, é alcanças um sexto, ou quinto lugar. A medalha é muito difícil porque o top 4 mundial é muito alto, mas a gente quer jogar bonito lá”.
 
Os treinamentos da seleção ocorrem na Associação Niteroiense de Deficientes Físicos, no Rio de Janeiro, por algumas semanas ao longo do ano. Da equipe que representa o Brasil no Parapan, oito jogadores são contemplados com a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. No total, a modalidade possui 31 beneficiados. Um investimento de mais de R$ 344 mil por ano.
 
Modalidade
A quadra do rúgbi mede 15m de largura por 28m de comprimento. Os jogos são divididos em quatro períodos de 8 minutos. O objetivo é anotar o maior número de gols, que acontece quando um jogador que tem a posse da bola toca com as duas rodas da cadeira a linha de fundo. O “gol” fica dentro de uma área demarcada por dois cones e que mede oito metros de comprimento.
 
A cada dez segundo o jogador deve quicar a bola, similar a de vôlei, ou passá-la para algum companheiro. Da defesa para o ataque o meio da quadra deve ser ultrapassado em 12 segundos e o gol deve ser feito em 40 segundos.
 
Assim como no rúgbi convencional, a modalidade tem muito contato físico e as cadeiras são adaptadas para suportar os choques. Além disso, neste esporte não há divisão por gênero, homens e mulheres podem competir pela mesma equipe.
 
Ao todo são quatro cadeirantes em quadrae mais oito reservas. Voltado para pessoas com tetraplegia, a classificação funcional no rúgbi está dividida em sete classes: 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5. Quanto menor o número, mais limitado é o atleta. Para garantir o equilíbrio das equipes, a soma das classes dos jogadores em quadra não pode ultrapassar o total de oito.
 
Gabriel Fialho, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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Brasil deslancha no terceiro quarto e vence as Ilhas Virgens por 72 x 58 na Copa América

(José Jiménez Tirado/FIBA Americas)(José Jiménez Tirado/FIBA Americas)
Foi mais difícil do que se esperava, mas a seleção feminina de basquete venceu as Ilhas Virgens pela Copa América de Basquete, em Edmonton, no Canadá, e assegurou sua vaga na semifinal do torneio. Após um primeiro tempo equilibrado, o Brasil deslanchou apenas a partir do terceiro quarto e venceu por 72 x 58. Nesta quinta-feira (13.08), às 23h45, a equipe enfrenta a Argentina para definir a primeira posição do Grupo B.
 
Favoritas a vencer o duelo, as brasileiras encontraram dificuldades no começo. O primeiro quarto terminou com uma vantagem de apenas três pontos da seleção: 20 x 17. No quarto seguinte, a vantagem aumentou um pouco, mas ainda longe do que se esperava: 39 x 31.
 
O melhor momento do Brasil veio no terceiro período da partida, quando a equipe enfim conseguiu se impor dentro de quadra e fez 22 x 11 nas Ilhas Virgens. Com 61 x 42 no marcador, as brasileiras relaxaram e viram as adversárias vencer o período final por 16 x 11.
 
Os destaques do Brasil foram a pivô Nadia, com 15 pontos e nove rebotes, a ala Izabela Ramona, com 12 pontos e sete rebotes, e a armadora Débora, com 11 pontos, três rebotes e duas assistências.
 
Com 10 pontos e seis assistências na partida, a armadora Tainá reconheceu que o Brasil deixou a desejar no confronto. “Estou contente com a vitória, mas com certeza poderíamos ter jogado melhor. É claro que fizemos um bom trabalho de equipe e essa tem sido a nossa principal característica, o jogo coletivo. Contra a Argentina vai ser uma partida difícil para os dois lados, já que são eternas rivais em tudo. Da mesma forma que conhecemos o jogo delas, as argentinas também sabem como atuamos. Mas vamos entrar com tudo para garantir a vitória”, projetou a jogadora.
 
Fonte: brasil2016.gov.br
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Quinto dia de competições marca estreia do judô e mantém Brasil na ponta

 
O quinto dia de competições no Parapan de Toronto marcou a estreia do judô paralímpico. E, como tem sido praxe desde o início dos Jogos, houve Hino Nacional. Karla Cardoso, na categoria até 48kg, e Michele Ferreira, na categoria até 52kg, conquistaram o ouro. Luiza Oliano ficou com o bronze na mesma categoria de Karla. » Leia a matéria
 
No quadro geral da competição, o Brasil soma 166 medalhas, com 69 de ouro, 48 de prata e 49 de bronze. Em segundo lugar aparece o Canadá, com 113 pódios e 37 ouros. Veja outros resultados:
 
Tênis de mesa
Seguindo a boa campanha da modalidade em Toronto, os mesa-tenistas brasileiros conquistaram mais duas medalhas de ouro nesta quarta-feira nas disputas por equipes. Os times das classes 1/2, formado por Iranildo Espíndola, Ronaldo Souza e Guilherme Costa, e da classe 5, com Claudiomiro Segatto, Eziquiel Babos e Ivanildo Freitas, venceram seus confrontos e garantiram o lugar mais alto do pódio. Com o resultado, a seleção chegou a 12 ouros e quebrou o recorde de títulos em uma única edição do evento. A marca anterior era de 11, alcançada nos Jogos de Guadalajara (11) e do Rio (11). Os brasileiros poderão conquistar mais quatro ouros nesta quinta, último dia de competições. Serão três finais, nas Classes 6/8 e 9/10 masculinas e 4/5 feminina, e a última rodada do torneio 3/4 masculino, em que o Brasil decidirá o título contra o México. Todas as partidas estão marcadas para as 10h. 
 
(Leandro Benjamin/MPIX/CPB)(Leandro Benjamin/MPIX/CPB)
 
Goalball
As Seleções Brasileiras voltaram a vencer. O time feminino entrou em campo primeiro e bateu com facilidade a Guatemala por
10 x 0. Já os homens venceram o Canadá por 12 x 2. Com os resultados, as duas equipes estão classificadas para a semifinal da disputa, que ocorrerá na sexta-feira, 14. » Leia a matéria 
 
(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)
 
Atletismo
A quarta-feira trouxe mais 13 medalhas para o Brasil no atletismo: seis de ouro, quatro de prata e três de bronze. As medalhas douradas vieram com Paulo Ferreira (400m T37), João dos Santos (arremesso de disco F46), Jonas Licurgo Ferreira (arremesso de dardo F53/54/55), Alessandro da Silva (arremesso de peso F11/12), Izabela Silva Campos (arremesso de disco F11/12) e Adriele de Moraes (salto em distância T20/37/38). Na soma, o atletismo já rendeu 47 pódios ao país: 20 ouros, 16 pratas e 11 bronzes, desempenho que garante ao Brasil o topo do quadro de medalhas na modalidade. » Leia a matéria
 
Futebol de 5
Depois de passar por Chile (6 x 0), Colômbia (3 x 0) e Uruguai (4 x 0), o Brasil fez um jogo muitíssimo equilibrado diante da rival Argentina. As duas equipes não conseguiram sair do 0 x 0. Nesta quinta-feira o Brasil volta a campo para a última partida da fase de classificação, diante do México. A bola rola a partir das 21h (de Brasília). Os dois melhores times no somatório dos pontos farão a final no sábado, a partir das 19h (de Brasília).
 
(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)(Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)
 
Futebol de 7
O time brasileiro da modalidade venceu mais uma vez e manteve-se com 100% de aproveitamento. A partida desta quarta foi diante do Canadá e terminou com o placar de 8 x O. O próximo jogo será já nesta quinta-feira, 13, contra os Estados Unidos. O duelo vale uma vaga na final, que será disputada no sábado, 15.
 
(Washington Alves/MPIX/CPB)(Washington Alves/MPIX/CPB)
 
Tênis
Natalia Mayara colocou o Brasil na decisão da medalha de ouro da chave de simples feminina da modalidade. Em jogo emocionante, ela venceu a americana Emmy Kaiser por 2 sets a 1, com parciais de 6-7, 6-2 e 7-5. Na decisão, que ocorrerá na sexta-feira, 14, ela enfrentará outra americana, Kaitlyn Verfuerth. O outro brasileiro que disputará medalha será Daniel Rodrigues. Ele foi derrotado na semifinal pelo americano Jon Rydberg por 2 sets 0, 6-3 e 6-4. Assim, disputará o bronze também na sexta-feira.
 
Natação
Os representantes do país conquistaram 14 medalhas na piscina do Parapan Am Aquatics Centre, sendo cinco de ouro, seis de prata e três de bronze. Os destaque do dia foram as três dobradinhas brasileiras e a escalada de Edênia Garcia no ranking mundial da modalidade.  » Leia a matéria
 

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Fonte: brasil2016.gov.br
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Dez brasileiros estreiam na Copa do Mundo de tiro com arco, na Polônia

(Worldarchery.org)(Worldarchery.org)
A etapa de Wroclaw da Copa do Mundo de tiro com arco, na Polônia, começou nesta quarta-feira (12.08). Entre os atletas brasileiros que competem, destaque mais uma vez para Marcus Vinícius D’Almeida, que ficou na 10ª posição no arco recurvo masculino na etapa de qualificação. O jovem de 17 anos fez um total de 664 pontos. O melhor colocado foi o norte-americano Collin Klimitchek, com 678.
 
Vice-campeão da final da Copa do Mundo de 2014, campeão mundial júnior em 2015 e medalhista de bronze por equipes ao lado de Daniel Rezende e Bernardo Oliveira no Pan de Toronto, Marcus Vinícius avançou direto para a segunda fase da competição. Ele aguarda o vencedor do duelo entre o irlandês Michael Irwin e o belga Rick Martens.
 
Daniel e Bernardo também participam da Copa do Mundo na Polônia e fizeram a 45ª e a 46ª melhor marca, respectivamente, com a marca de 642 pontos. Além deles, Lugui da Cruz também disputa o arco recurvo em Wroclaw e foi o 69º, com 623. Daniel duela com o suíço Adrian Faber na etapa eliminatória, enquanto Bernardo enfrenta o francês Pierre Plihon e Lugui pega o espanhol Antonio Fernandez.
 
No arco recurvo feminino, Ane Marcelle dos Santos foi a melhor ranqueada do país no torneio, com 627 pontos e a 40ª posição. Depois dela, Marina Gobbi aparece em 47ª com 624, Sarah Nikitin em 50ª com 621, e Larissa Rodrigues em 63ª com 593. Ane Marcelle pega a letã Jelena Kononova; Marina enfrenta a finlandesa Heli Kukkohovi; e Larissa e Sarah protagonizam um duelo brasileiro.
 
(Foto: Divulgação/Worldarchery.org)(Foto: Divulgação/Worldarchery.org)
 
Já no arco composto, Marcelo Roriz Júnior e Roberval dos Santos ficaram no top 30 da primeira etapa da Copa do Mundo. Marcelo somou 695 pontos e foi o 23º, enquanto Roberval conseguiu 694 e foi o 26º. O primeiro encara o polonês Marcin Affek na fase eliminatória, enquanto o outro duela com o colombiano Sebastian Arenas.
 
Os brasileiros também competiram por equipes. No arco recurvo masculino, o país ficou em oitavo lugar, com 1.948, e enfrenta a Rússia, nona, por um lugar nas quartas de final. No feminino, as brasileiras ficaram 11º e duelam com a Alemanha. No arco recurvo misto, o Brasil se classificou em 12º e foi eliminado pela China nas oitavas de final, por 6 x 2.
 
Todos os atletas do Brasil que competem na Polônia são contemplados pelo programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Entre eles, Marcus Vinícius D’Almeida, sexto colocado no ranking mundial do arco recurvo, recebe a Bolsa Pódio. A Copa do Mundo de tiro com arco vai até o próximo domingo (16.08). 
 
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Parapan: mais 14 medalhas na conta da natação, com três dobradinhas no pódio

(Washington Alves/MPIX/CPB)(Washington Alves/MPIX/CPB)
 
 
A natação brasileira seguiu a rotina de vitórias e pódios nesta quarta-feira, no Parapan de Toronto. Ao todo, os representantes do país conquistaram 14 medalhas na piscina do Aquatics Centre: cinco de ouro, seis de prata e três de bronze. No quadro geral da modalidade, o Brasil lidera com 68 medalhas, com 24 ouros, 20 pratas e 24 bronzes. O Canadá aparece logo atrás, com 66 medalhas, 18 delas de ouro. Os destaques do dia foram três dobradinhas brasileiras e a escalada de Edênia Garcia no ranking mundial.
 
(Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)(Foto: Washington Alves/MPIX/CPB)
 
Edênia foi a campeã nos 50m costas S4, prova que é sua especialidade. A nadadora fechou a distância em 53s73 para pegar a medalha de ouro em uma disputa acirrada até os últimos centímetros com a mexicana Nely Miranda. A nadadora comemorou a vitória e a volta à terceira posição do ranking mundial da prova.
 
“Ela veio forte na eliminatória e eu já estava com o pensamento de que teria que nadar para o meu melhor tempo e nadei muito. O recorde Parapan-Americano ainda é meu [51s51] e com esse tempo de hoje eu volto a ser a terceira melhor do mundo. É esse o objetivo: continuar baixando o tempo. Para fazer isso eu tenho que treinar e prestar atenção nos mínimos detalhes. Há 20 dias a mexicana quebrou duas vezes o recorde mundial dos 50m livre, e fui lá e peguei o ouro. Isso é muito bom”, celebrou Edênia.
 
Pouco depois da vitória de Edênia, os brasileiros comemoraram três dobradinhas. Na primeira, Daniel Dias liderou os 50m livre S5 para ficar com o ouro. Logo atrás dele chegou Clodoaldo Silva, que ficou com a prata. Na mesma prova, entre as mulheres, o Brasil ocupou os dois postos mais altos do pódio, com Joana Neves em primeiro e Esthefany Rodrigues em segundo.
 
A terceira dobradinha do dia saiu na classe SM9, nos 200m medley. Ruiter Silva e Lucas Mozela dominaram a prova para fechar a distância colocando o Brasil novamente em evidência nos dois primeiros lugares. Ruiter foi o mais rápido e ficou com o ouro, e Lucas ficou com a prata.
 
Outro atleta acostumado ao ponto mais alto do pódio que levou medalha foi Andre Brasil. O multicampeão venceu os 200m medley SM10 em prova emocionante contra o canadense Benoit Huot, que contou com a ajuda da animada torcida local, mas não conseguiu ultrapassar Andre. 
 
Confira abaixo as medalhas conquistadas por brasileiros nesta quarta-feira na natação:
 
Ouro
Edênia Garcia – 50m costas S4 – 53s73
Daniel Dias – 50m livre S5 – 32s41 (PR)
Joana Neves – 50m livre S5 – 38s90 (PR)
Ruiter Silva – 200m medley SM9 – 2min26s42
Andre Brasil – 200m medley SM10 – 2min12s22
 
Prata
Raquel Viel – 400m livre S11-13 – 5min16s25
Clodoaldo Silva – 50m livre S5 – 34s94
Esthefany Rodrigues – 50m livre S5 – 45s72
Verônica Almeida – 100m peito SB7 – 1min40s79
Lucas Mozela – 200m medley SM9 – 2min29s18
Felipe Caltran – 100m peito SB14 – 1min14s33
 
Bronze
Ítalo Gomes – 100m livre S7 – 1min10s33
Talisson Glock – 100m livre S6 – 1min10s84
Ronystony Cordeiro – 50m costas S1-4 – 47s85
 
Fonte: CPB
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Referência mundial, goalball brasileiro alia teoria e prática para se desenvolver

O silêncio na quadra é total. O jogo se desenvolve ao som do guizo colocado dentro da bola. Mas naqueles fones a partida ia sendo construída em palavras. Cada movimento era descrito com precisão e o pequeno Owan Parkin, 13 anos, montava o panorama da disputa. Ao lado do pai, ele estava na arquibancada do Centro de Esportes Mississauga acompanhando as disputas do goalball dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto pelo serviço de audiodescrição disponibilizado no ginásio.

“Eles explicam o que acontece na quadra, os pênaltis, o que as pessoas estão fazendo, onde a bola está”, conta o canadense Owan, que nasceu cego devido a uma doença rara. No colégio, ele já teve contato com algumas práticas esportivas, além de ser encorajado pelo pai, Scott Parkin, a praticar esportes. Mas no Parapan, o que ele tem acompanhado é o goalball. “Imagino que seja um esporte divertido de jogar”, conta cheio de expectativas, já que a modalidade estará no currículo escolar dele este ano.

Uma oportunidade para Owan aprofundar o contato com um esporte que mudou a perspectiva de vida de pessoas como Victoria Nascimento, da seleção brasileira feminina. “O goalball supriu uma necessidade dentro de mim. Eu perdi a visão com 11 anos, numa fase da infância de brincar. Comecei a jogar, a viver mais, conhecer lugares novos e a falta da visão não foi tão forte”, descreve a jogadora, que antes de conhecer o esporte não tinha a mesma disposição em sair de casa.

(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)

"Comecei a jogar porque não tinha nada para fazer e me descobrir no esporte”, confessa Victoria, para acrescentar que sua percepção sensorial melhorou com a modalidade. “O goalball é maravilhoso porque faz você ter noção espacial e a audição melhora. No meu caso, ainda é uma forma de expor meu sentimento, seja raiva, ou alegria. Eu coloco tudo para fora em quadra”.

História semelhante à de Ana Carolina Custódio, que também conheceu o goalball enquanto estudava no Instituto Benjamim Constant, no Rio de Janeiro, e que encontrou no esporte uma forma de inclusão. “Quando fiquei cega, pensava que não podia fazer nada. Meu sonho de ser bailarina foi por água abaixo, mas percebi que com o goalball a gente pode romper esse limite que a gente acha que tem”, contou a jogadora da seleção após a vitória contra a Guatemala por 10 x 0 no encerramento da fase de grupos, nesta quarta-feira (12.08). Equipe adversária que será a mesma da semifinal, marcada para sexta-feira (14.08).

Prata no Parapan de Guadalajara 2011, Ana Carolina confia em um resultado melhor desta vez. “Nós mostramos que podemos conseguir. Tivemos jogos difíceis contra os Estados Unidos e o Canadá, mas ganhamos delas”. Os dois países da América do Norte fazem a outra semifinal e perderam para o Brasil na primeira fase por 3 x 1.

Victória Nascimento, Neusimar Santos e Ana Carolina Custódio acompanham partida da seleção masculina. (Foto: Gabriel Fialho/ ME) Victória Nascimento, Neusimar Santos e Ana Carolina Custódio acompanham partida da seleção masculina. (Foto: Gabriel Fialho/ ME)

No sangue
Enquanto as meninas buscam o topo do cenário mundial do goalball, a equipe masculina já coleciona alguns importantes feitos, como o título mundial de 2014, a prata nos Jogos Paralímpicos Londres 2012 e o ouro na última edição do Parapan.

Um dos destaques do time, Leomon Moreno da Silva carrega apenas as iniciais nas costas da camisa. Uma forma de homenagear os irmãos Leonardo e Leandro, também deficientes visuais, e que já integraram a equipe ao lado dele. “Conheci o goalball por eles. Levava os dois para os treinos, porque enxergava mais. Ficava com vontade de jogar, mas ainda não tinha idade”, recorda.

Com a vitória de hoje por 12 x 2 sobre o Canadá, o Brasil também conquistou 100% de aproveitamento na fase de classificação do masculino. Os adversários da semifinal serão os argentinos, no mesmo dia da disputa feminina.

Modelo
Exclusivo dos Jogos Parapan-Americanos e das Paralimpíadas, o goalball ainda não é muito conhecido no Brasil, mesmo o país sendo uma referência. Ações fora das quatro linhas, realizadas pela seleção brasileira, buscam divulgar o esporte. Em Jundiaí (SP), local de treinamentos da equipe masculina durante 15 dias por mês, os atletas e comissão técnica vão às escolas incentivar a prática da modalidade, segundo o treinador Alessandro Tosin.

Professor de educação física em uma universidade, ele promove campeonatos de goalball com os alunos, mesmo aqueles que não são deficientes. “No Brasil a gente não tem muito essa cultura, mas na Europa muitas pessoas jogam goalball com os atletas deficientes. O que faço é promover alguns torneios internos com os alunos e entre faculdades. Isso ajuda a divulgar o esporte e as pessoas passam a jogar”.

(Marcelo Regua/MPIX/CPB)(Marcelo Regua/MPIX/CPB)

O treinador conheceu o goalball quando ainda era estudante e fez estágio em uma instituição voltada para deficientes visuais. De 2001 para cá não parou mais de estudar, pesquisar e escrever sobre a modalidade. Conhecimentos que ele leva para a quadra. “Quando você começa a associar teoria e prática, dá resultado. Todo nosso treinamento é embasado teoricamente. Nós temos o Altemir, que é o analista de desempenho. Temos dados de todas as fases de treinamento, sabemos quantas bolas foram no alvo, quantas foram retidas”, explica.

Os dados ainda servirão para futuras pesquisas sobre o esporte. Na partida contra os canadenses, a seleção teve 94% de bolas no alvo, quando o arremesso obriga o adversário a defender com a mão ou com o pé fora da demarcação da área de defesa. “Não é qualquer equipe no mundo que faz isso. Estamos coletando essas informações, para formar um software, que vai virar uma publicação. A gente vai o tempo todo aprimorando e sempre buscando a máxima excelência”, afirma Tosin.

A análise e o trabalho tático, no entanto, não significam um engessamento do jogo. O treinador conta que a primeira noção transmitida aos atletas é para que “brinquem” de goalball. “Eles são muito inteligentes e em cima disso construímos algumas ações. A gente deixa eles brincarem, porque a criatividade faz parte desta inteligência. A ideia é que eles se movimentem. Dificilmente você encontra cegos se movimentarem de um lado para o outro como eles. Depois vamos fazendo as ações táticas e eles ficam com um volume grande de jogo”.

Os investimentos realizados pelo Ministério do Esporte, os recursos advindos da Lei Agnelo/Piva e o apoio do Comitê Paralímpica Brasileiro (CPB) são os outros fatores apontados pelo técnico para o alto desempenho da equipe. “Hoje, sem dúvidas, somos uma referência no goalball, mas porque temos condições de treinar fora das fases específicas de preparação. A continuidade gera a manutenção da performance, o que é decisivo em uma competição como essa”.

O goalball tem 42 desportistas contemplados com a Bolsa-Atleta em todo o país, dentre eles 11 dos 12 participantes do Parapan-Americano de Toronto. O Ministério do Esporte ainda tem convênio com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que somados ultrapassam R$ 40 milhões, para a preparação das equipes visando ao ciclo paralímpico de 2016 e à participação nos Jogos de Toronto 2015.   

A modalidade
Praticado exclusivamente por pessoas com deficiência visual, o goalball está, ao lado da bocha, entre as únicas modalidades paralímpicas que não têm uma versão correspondente no programa olímpico. O jogo reúne atletas com diferentes graus de deficiência (BC1, BC2 e BC3), mas que sempre usam vendas nos olhos, a fim de que as duas equipes rivais disputem em condição de igualdade.

A quadra que recebe a disputa tem as mesmas dimensões da de vôlei, com 9m de largura e 18m de comprimento. Cada partida tem dois tempos com duração de 12 minutos cada, com três minutos de intervalo. São três jogadores em cada time, além de outros três reservas. O gol, bem amplo, tem a mesma largura da quadra, com 1,30m de altura.

Durante o jogo, os atletas, que atuam como arremessadores e defensores ao mesmo tempo, precisam lançar a bola rasteira ou tocando em uma das áreas obrigatórias. Dentro da bola há um guizo que emite som para orientar os atletas cegos e, por isso, todo o público deve permanecer em silêncio durante o jogo.

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Gabriel Fialho, de Toronto, Canadá
Ascom - Ministério do Esporte
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Destinados ao pódio: os convites inusitados de brasileiros ao atletismo paralímpico

No esporte adaptado, é bastante comum ver atletas que iniciaram nas modalidades por uma recomendação médica. Foi assim na criação do próprio movimento paralímpico, quando o neurologista Ludwig Guttmann organizou, no Hospital de Stoke Mandeville, na Inglaterra, uma reabilitação com o uso do esporte para soldados que voltaram feridos da 2a Guerra Mundial. Contudo, com algumas pessoas esse primeiro contato ocorreu de uma forma bem diferente.

A maranhense Teresinha de Jesus, por exemplo, só conheceu o atletismo em 2013, aos 32 anos. A iniciação esportiva foi motivada por um convite recebido de um desconhecido no meio da rua. “Um rapaz, que já treinava em uma associação no meu estado, me viu na rua e simplesmente me convidou. Eu falei ‘tá bom, não estou fazendo nada, só estudando e trabalhando, vamos ver no que vai dar!’”, conta, bem humorada. “Fui na louca, sempre fui doida mesmo”, diverte-se a velocista, que nesta quarta-feira (12.08) conquistou a medalha de prata nos 100m T47, para amputados, nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto.

Teresinha perdeu o braço esquerdo aos oito anos, quando sofreu um acidente no muro de casa. “Nunca passou pela minha cabeça, nunca imaginei que um dia eu poderia sair do meu país com o esporte paralímpico e representar o Brasil”, comenta. “Hoje sou uma pessoa totalmente diferente”, completa a atleta, que carrega o mesmo nome da cega mais rápida do mundo, a brasileira Terezinha Guilhermina.

Outro início curioso foi o de Yohansson do Nascimento, dono de sete medalhas em Parapans, além de títulos mundiais e paralímpicos. O Brasil poderia ter ficado sem as várias conquistas do alagoano se ele tivesse embarcado em outro ônibus para ir ao dentista, aos 17 anos. “Eu nunca tive problemas em mostrar que sou deficiente. Estava sentado com os braços à mostra e a Valquíria (Campelo) viu e me convidou para o atletismo”, recorda-se. “Um simples ‘sim’ ou ‘não’ mudou a minha vida. Eu podia ter dito ‘não, não quero ficar correndo’, mas eu aceitei e hoje estou aqui, muito honrado de representar a minha nação. Foi uma descoberta em cheio dela”, define o atleta, que na infância já gostava de apostar corrida.

 “Comecei sem pretensão e nunca imaginei que levaria isso tão a sério. Era uma recreação, uma oportunidade que a vida estava me dando, mas as coisas foram acontecendo muito rápido”, explica. Nesta quarta, Yohansson não conseguiu subir ao pódio na prova dos 400m T47, terminando com a quinta colocação. Ele vai buscar sua oitava medalha em Parapans na próxima sexta-feira (14), na final dos 200m.

Já Alessandro da Silva, que chegou à sua segunda medalha de ouro em Toronto, desta vez no arremesso de peso F11/12, foi convidado para o esporte durante uma aula de braile. “Eu fazia braile numa escola e conheci um professor que me mostrou o arremesso de peso”, conta o atleta que, até um ano e meio atrás, só tinha a musculação como prática esportiva. “O atletismo me tirou de casa e de ficar pensando besteira. Me levou para uma vida onde eu pude ter novas conquistas”, comemora.

Prova cancelada
As pessoas que acompanharam a prova dos 800m T53 nesta quarta-feira levaram um susto na Universidade de York. Em uma dura briga por espaço na pista, o colombiano Edisson Andres Martinez levou uma fechada do canadense Jean-Philippe Maranda e, com o choque das cadeiras de rodas, acabou no chão. A prova seguiu e o brasileiro Ariosvaldo da Silva, o Parré, chegou a comemorar a medalha de prata, mas depois os resultados foram cancelados. “A batida é normal em prova acima de 800m. Os atletas imprimem uma velocidade muito alta e andam muito próximos”, explicou Parré. A disputa foi remarcada para esta quinta-feira (13), com o canadense desclassificado. O brasileiro, que ainda corre os 400m na sexta, será poupado.

Liderança no quadro de medalhas
Além de Alessandro da Silva, o Brasil ainda foi ouro com Izabela Campos (lançamento do disco F11/12), Paulo Flaviano Pereira (400m T37), João Luis dos Santos (lançamento do disco F46), Jonas Licurgo Ferreira (arremesso de dardo F53/54/55) e Adriele de Moraes (salto em distância T20/37/38). As pratas do dia foram conquistadas por Verônica Hipólito (salto em distância T20/37/38), Elizabeth Rodrigues (arremesso do peso F53/54/55), Teresinha de Jesus (100m T47) e Diogo Ualisson (200m T12). O país ainda levou duas medalhas de bronze, com Shirlene Coelho (arremesso de peso F20/37/38 e lançamento do disco F37/38/44), e uma com Sheila Finder (100m T47).

Com as 13 novas medalhas desta quarta, o atletismo já rendeu 47 pódios ao país: 20 ouros, 16 pratas e 11 bronzes, desempenho que garante ao Brasil o topo do quadro de medalhas na modalidade.

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Ana Cláudia Felizola, de Toronto – brasil2016.gov.br
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