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Brincando com Esporte gera novas experiências para professores de educação física

 
As atividades do programa Brincando com Esporte estão movimentando as férias de crianças e jovens em vários cantos do país. Além de proporcionar diversão e lazer, a ação é uma oportunidade também para professores de educação física. Eles desenvolvem habilidades voltadas para inclusão social por meio do esporte e estreitam laços com a juventude local.
 
Moisés no núcleo de Acarape: "contato direto com a comunidade". Fotos: Guilherme Rocha/MEMoisés no núcleo de Acarape: "contato direto com a comunidade". Fotos: Guilherme Rocha/ME
"Aqui há um contato direto com a comunidade que eu não conhecia", afirmou Moisés Silva Costa, de 27 anos, coordenador do núcleo de Acarape, no interior do Ceará. O professor já trabalhou em outros dois programas do Ministério do Esporte: Segundo Tempo e Esporte e Lazer da Cidade (PELC). Nas oportunidades anteriores, trabalhou no município de Pacatuba, a cerca de 48 km do núcleo do Brincando com Esporte em Acarape.
 
“Mesmo tendo trabalhado em dois outros projetos do Ministério do Esporte, agora está sendo um grande aprendizado. O Segundo Tempo é associado à escola. O PELC não tem faixa etária definida. Já o Brincando com Esporte tem um público determinado, até os 17 anos”.
 
O coordenador destaca o envolvimento dos pais dos alunos desde o início das atividades, em 15 de janeiro. Segundo Moisés, muitos dos atendidos gostam tanto que querem participar tanto no período da manhã quanto da tarde. “A gente pega o gancho dos relatos que escutamos durante a entrega dos uniformes. As mães deixaram claro que nesse período de ociosidade, o projeto tem o poder de tirar as crianças das ruas, além de envolver socialmente muitos jovens que são tímidos”, disse.
 
Desenvolvido pelo Ministério do Esporte, o Brincando com Esporte oferece opções de esporte e lazer que preencham o tempo livre de crianças e adolescentes no período de férias escolares. Nas aulas, eles contam com atividades físicas em diferentes modalidades, além de ações com viés cultural e artístico, como dança e teatro.
 
 
Localizado a cerca de 60 km da capital do Ceará, Acarape reúne em torno de 16 mil habitantes, mas, mesmo sendo pequena, sofre com o problema de criminalidade, como nos grandes centros urbanos. Assim, o projeto cumpre adicionalmente um papel de distanciar os jovens de influências negativas. “É uma ferramenta importante para a mudança dos jovens. É uma pena que um programa tão rico seja somente no período das férias. Gostaríamos que fosse estendido para mais meses do ano”, disse Moisés.
 
Em Acarape, os alunos têm a oportunidade de brincar de futsal, basquete, handebol, vôlei, aulas de arte, pintura, caratê, jogos lúdicos e de tabuleiro. Além do coordenador, o núcleo conta com o apoio de cinco monitores e dois auxiliares. 
 
“Os alunos gostam muito da organização das atividades, que envolvem uniforme, alimentação e ações lúdicas. Temos ainda o passeio, que motiva muito os jovens. Aqui, tem a dificuldade de ser uma cidade pequena e não tem diversidade de atrações. Estamos programando para eles conhecerem o Zoológico de Fortaleza, o Pico Alto (na Serra de Baturité) e a Arena Castelão, estádio da Copa do Mundo”, revelou.
 
As atividades do Brincando com Esporte no Ceará tiveram início na última segunda-feira (15.01). A ação é realizada por meio da Secretaria de Esporte do Ceará (Sesporte) e promove as atividades em 13 municípios, com núcleos em Acarape, Crateús, Eusébio, Iguatu, Ipu, Itapipoca, Itarema, Fortaleza, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Quixeramobim, Sobral e Tauá.
 
A previsão é de que cerca de 1,3 mil jovens sejam atendidos no Ceará em janeiro de 2018. O Brincando com Esporte conta com cerca de 110 profissionais trabalhando no estado, entre coordenadores de polo, agentes recreativos e auxiliares recreativos.
 
De Acarape (CE), Breno Barros
 
 
 
 

Ministério do Esporte se reúne com a Chapecoense para tratar sobre segurança na Arena Condá

A Coordenação-Geral de Governança, Gestão e Segurança em Eventos Esportivos (Coges), do Ministério do Esporte, esteve nesta segunda-feira (23.01) na Associação Chapecoense de Futebol, em Chapecó (Santa Catarina), para orientar o clube a como adequar seu estádio, a Arena Condá, às especificações de segurança estabelecidas pelo ministério. A visita técnica foi solicitada pelo time catarinense, que trabalha para adequar o local às exigências legais com vistas à realização de seus jogos pela Copa Libertadores da América e pelas demais competições que vai disputar.

O encontro não tratou somente da orientação sobre a questão do sistema de segurança na Arena Condá, mas abordou outro aspecto relevante que é a elaboração de laudos técnicos das partidas (eventos) conforme as especificações definidas pelo Ministério do Esporte.

O coordenador-geral da Coges, o coronel Aristeu Leonardo, prestou uma consultoria técnica sobre o sistema de segurança e a formatação dos laudos. Participaram da reunião os gerentes administrativo e de infraestrutura da Chapecoense, Carlos Porto de Almeida e Enrico Valdameri; o comandante do Batalhão dos Bombeiros Militar da cidade, tenente coronel Hilton Zeferino; o assessor jurídico do clube, Marcelo Zolet; o comandante do Segundo Batalhão de Polícia Militar (SC), tenente coronel Ricardo Alves da Silva; e o assessor especial do Ministério do Esporte, Marcello Martinelli.

Um dos responsáveis pela segurança dos eventos realizados na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, Aristeu também é ex-árbitro de futebol e pôde passar à Chapecoense sua experiência e vivência também dentro dos gramados.

Ao final do encontro - considerado por todos bem produtivo -, as autoridades e os representantes do clube foram até a Arena Condá a fim de conhecer as instalações do estádio.

Curso de avaliação de risco

O coronel Aristeu esteve também reunido com oficiais da Polícia Militar de Santa Catarina e do Corpo de Bombeiros para tratar do curso de avaliação de riscos em estádios, que vai ser implantado em breve pelo Ministério do Esporte em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Ministério do Esporte

CBDU realiza primeira visita técnica do JUBs Maringá 2018

Dirigentes da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) estão em Maringá, no Paraná, para a primeira visita técnica da 66ª edição dos Jogos Universitários Brasileiros ( JUBs), que serão realizados na cidade entre 4 e 11 de novembro de 2018. Participam da visita o vice-presidente Regional da CBDU e presidente da Federação Paranaense de Desportos Universitários (FPDU), Ney de Lucca Mecking; o diretor de Eventos da CBDU, Alessandro Battiste; e o coordenador de Hospedagem do JUBs, Paulo Souza.

A 66ª edição dos JUBs deve receber mais de 4 mil participantes de 26 estados e do Distrito Federal em Maringá, a terceira maior cidade do estado Paraná e a sétima mais populosa da região sul do Brasil. Os alunos-atletas competirão em modalidades como atletismo, basquete, jogos eletrônicos, voleibol, judô, natação, taekwondo, além das paradesportivas.

Nesta segunda-feira (22.01), a comitiva se reuniu com o secretário de Esportes e Lazer do município, Valmir Fassina, e com integrantes da diretoria do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau. Foram tratados assuntos referentes ao formato do JUBs 2018, as necessidades das praças esportivas e locais de convivência e a forma de contratação da rede hoteleira.

Foto: CBDUFoto: CBDU

Após uma primeira visita a alguns locais de jogos, Ney de Lucca Mecking confirmou mais uma vez as condições da cidade para receber os jogos. “Esta visita tem como objetivo definir os locais esportivos e não-esportivos que serão utilizados para o JUBs. Além de ginásios, a estrutura demanda o local para a alimentação dos atletas, para acomodar os organizadores e o espaço de confraternização dos participantes, chamado de Boulevard dos Atletas. Já sabemos que a cidade tem condições de receber os Jogos, agora, faremos esse planejamento”, afirmou Mecking.

O secretário Valmir Fassina destacou o trabalho que será feito em conjunto entre todas as Secretarias Municipais para a realização do JUBs Maringá 2018. “Nos candidatamos no ano passado e vencemos o pleito, então esta semana é uma vistoria para verificar quais estruturas serão utilizadas, o que precisa ser melhorado, e a questão da rede hoteleira. Agora é trabalhar com todas as Secretarias para fazermos o melhor JUBs da história. Toda a nossa estrutura estará à disposição e acreditamos que será um ótimo evento para a cidade”.

Rede hoteleira

Durante a reunião com o Convention & Visitors Bureau, o vice-presidente da entidade, Alysson Thomasi, destacou a importância do evento para o trade turístico maringaense. “Além de promover e colocar Maringá como vitrine, quando o assunto é destino de eventos esportivos de grande porte, os Jogos Universitários Brasileiros movimentarão o nosso turismo. Esses visitantes lotarão a nossa rede hoteleira, além de utilizar o nosso transporte e fazer compras, por exemplo”.

Alessandro Battiste, diretor de Eventos da CBDU, falou sobre os próximos passos com relação à rede hoteleira. “No encontro com o Convention & Visitors Bureau nos foi passado o número de leitos da cidade, e com isso faremos as análises da capacidade hoteleira para a partir de abril podermos começar o processo de editais de chamamento público para contratação dos hotéis”, explicou.

Praças esportivas

Nesta terça-feira, a comitiva cumpriu mais um dia de vistorias nas praças esportivas de Maringá. O grande espaço a ser utilizado é a Vila Olímpica da cidade, onde estão previstos jogos nas modalidades individuais e coletivas, além do Boulevard dos Atletas e refeitório.
Alessandro Battiste elencou as atividades que serão realizadas a partir desta vistoria. “Já havíamos realizado uma visita em outubro para conhecer a cidade e, através dessa visita, identificamos uma excelente estrutura para a realização do evento em Maringá. Agora, vamos começar nossas visitas de trabalho para a verificação técnica de todos os locais, um trabalho que será realizado mês a mês, vindo a Maringá, para definição de todas as ações do evento em si”.

Fonte: Confederação Brasileira do Desporto Universitário
 

Brincando com Esporte promove vivências e afasta o "modo celular" em Eusébio (CE)

A família de Gabriel dos Santos Medeiros, 14 anos, estava preocupada com o isolamento do jovem. Ele passava grande parte do dia dentro de casa. O celular e a televisão eram as formas de distração preferenciais. Acostumado a estudar em período integral, no mês de janeiro Gabriel tem poucas opções de lazer no município cearense de Eusébio. Com a maioria dos amigos morando distante, a família ficou preocupada até com uma possível depressão. Foi quando as atividades do projeto Brincando com Esporte chegaram à cidade e trouxeram uma lista de novas opções ao jovem.
 
Mais do que atividades esportivas e lúdicas dentro do ginásio da Escola de Ensino Fundamental Neusa de Freitas Sá, no centro da cidade, o Brincando com Esporte proporciona a Gabriel e a outras dezenas de crianças vivência social, novos círculos de amizades e afasta o isolamento.   
 
Gabriel em três tempos no Brincando com Esporte em Eusébio, no Ceará. Fotos: Guilherme Rocha/MEGabriel em três tempos no Brincando com Esporte em Eusébio, no Ceará. Fotos: Guilherme Rocha/ME
 
“Posso dizer que estou muito mais feliz convivendo com as pessoas aqui do que dentro de casa. Comecei a me encontrar com mais gente, a me socializar mais. Como meus amigos não moram perto da minha casa, eu ficava o dia todo mexendo no celular. A minha família achava que eu estava muito isolado. O Brincando com Esporte melhorou a minha autoestima”, disse Gabriel.
 
Desenvolvido pelo Ministério do Esporte, o Brincando com Esporte oferece opções de esporte e lazer que preencham o tempo livre de crianças e adolescentes no período de férias, de forma prazerosa e ao mesmo tempo construtiva. Nas aulas, eles contam com atividades físicas em diferentes modalidades, além de ações lúdicas, como dança e teatro.
 
“Espero que os próximos dias sejam inesquecíveis. É divertido vir para cá. Sempre tem brincadeiras novas, com pessoas interagindo. Tem dia que jogamos futsal na quadra, outros vamos para a areia jogar vôlei de praia e tem até badminton. Sempre a gente consegue encontrar algo novo”, acrescentou Gabriel.
 
As atividades do Brincando com Esporte no Ceará começaram na última segunda-feira (15.01). A ação é realizada por meio da Secretaria de Esporte do Ceará (Sesporte) e promove as atividades em 13 municípios, com núcleos em Acarape, Crateús, Eusébio, Iguatu, Ipu, Itapipoca, Itarema, Fortaleza, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Quixeramobim, Sobral e Tauá.
 
As atividades são desenvolvidas para atender crianças e jovens com idade entre seis e 17 anos. A previsão é de que cerca de 1,3 mil jovens sejam atendidos no Ceará em janeiro de 2018. O Brincando com Esporte conta com cerca de 110 profissionais trabalhando no estado, entre coordenadores de polo, agentes recreativos e auxiliares recreativos.
 
Grupo integrado ao Brincando com Esporte em Eusébio, no CearáGrupo integrado ao Brincando com Esporte em Eusébio, no Ceará
 
Francisco Claudemir, coordenador do núcleo de Eusébio, explica que a socialização, a diversão, a prática do esporte e o lazer garantem às crianças o entendimento de que o esporte é um direito e que faz parte das atribuições do poder público oferecer atividades que beneficiem a população.
 
“Nós sabemos que quanto mais distante a cidade vai ficando dos centros, o volume de opções de esporte vai ficando escasso. O Brincando com Esporte é interessante porque vem atender a um público que normalmente não tem condições de colocar os filhos em colônias de férias e outras atividades pagas”, explicou o coordenador.  
 
Em Eusébio, as atividades são desenvolvidas, de segunda a sexta-feira, no ginásio da escola municipal, além de utilizar a praça pública ao lado, onde são realizadas atividades complementares como vôlei de praia e futebol de 7. No período escolar, a escola oferece o ensino integral. Muitos alunos que participam do projeto já tinham uma rotina que ocupava o dia com atividades escolares. Já no Brincando com Esporte, os alunos ainda têm a oportunidade de desenvolver habilidades com pintura, desenho, recorte e colagem, com diversidade de atividades para garantir a dinâmica.
 
“O nosso feedback maior é dos pais. Eles vêm conversar com os professores, falando sobre o contexto de realidade em que as crianças não saem para brincar nos espaços públicos por causa da violência, mesmo nas cidades pequenas. Mas no projeto, as crianças contam com uma equipe de profissionais e outros recursos que garantem segurança para trazer os filhos”, explicou Francisco.
 

De Fortaleza, Breno Barros   
 
 
 
 
 
 
 

Brincando com Esporte leva atividades lúdicas e oportunidade a áreas de vulnerabilidade no Ceará

Quando chegava o período de férias, o jovem Agloiton Freires Pires (foto), de 12 anos, tinha que se conformar em passar o tempo todo dentro de casa, sem ter o que fazer, ou brincar de bola na rua com outras crianças do bairro cearense de São Miguel, em Fortaleza. Em 2018, porém, foi diferente. O jovem teve de superar a vergonha e a timidez para se socializar nas atividades recreativas, esportivas e culturais do projeto Brincando com Esporte, desenvolvido na Vila Olímpica de Messejana.  
 
Agloiton faz parte de um grupo de cerca de 100 crianças e adolescentes que tem a oportunidade de participar de atividades que as distanciam de um cenário de vulnerabilidade social na capital do estado. Na Vila Messejana, a ideia é garantir aos meninos e meninas férias alegres, com diversão durante todo o mês. Nas aulas, eles contam com atividades físicas, em diferentes modalidades, além de ações lúdicas, como dança e teatro.
 
“Acho muito legal participar do projeto, porque a gente fica brincando com outras crianças. Antigamente, os meninos daqui só viviam brigando na rua. Agora, no lugar de brigar, estamos brincando de futsal, dama ou basquete”, disse Agloiton, que sonha em ser jogador de futebol.
 
Desenvolvido pelo Ministério do Esporte, o Brincando com Esporte oferece opções de esporte e lazer que preencham o tempo livre de crianças e adolescentes no período de férias escolares, de forma prazerosa e ao mesmo tempo construtiva. Fátima Andrade, coordenadora de núcleo da Vila Messejana, explica que muitos que estão participando do projeto mudaram a forma de agir, principalmente pelo trabalho desenvolvido com atividades esportivas.
 
“Tínhamos muitas crianças zangadas, querendo brigar e não queriam obedecer aos professores. Em pouco tempo estamos vendo uma melhora no comportamento delas. Como eles vivem em área de risco, com influência direta da violência, eles queriam trazer para cá essa violência também. Assim, podemos ver como o esporte modifica a vida de muitos”, revelou.  
 
 
As atividades do Brincando com Esporte no Ceará começaram na última segunda-feira (15.01). A ação é realizada por meio da Secretaria de Esporte do Ceará (Sesporte) e promove as atividades em 13 municípios, com núcleos em Acarape, Crateús, Eusébio, Iguatu, Ipu, Itapipoca, Itarema, Fortaleza, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Quixeramobim, Sobral e Tauá.
 
“A gente já trabalhou o badminton, a dança, a capoeira, o futsal, o basquete adaptado, pois tempos crianças no projeto que são deficientes, como um cadeirante e outro deficiente visual. É um projeto interessante porque apresentamos diferentes modalidades esportivas”, acrescenta Fátima.
 
“Como é um projeto novo aqui em Fortaleza, muitas crianças estão empolgadas em participar. Tem crianças que vêm de manhã e gostam tanto que voltam à tarde. É gratificante ver”, disse Fátima, que explica que as atividades no núcleo serão desenvolvidas até 17 de fevereiro.
 
O Brincando com Esporte conta com cerca de 110 profissionais no Ceará, entre coordenadores de polo, agentes recreativos e auxiliares recreativos, no qual atuarão neste período realizando atividades que beneficiarão 1.300 crianças e adolescentes de seis até 17 anos de idade. 
 
“Os participantes além de se divertirem bastante, estão recebendo kits com lanches e uniformes, composto por camiseta, shorts, mochila, squeeze e boné. Será um tempo produtivo para cada um deles, onde estarão bem amparados por profissionais capacitados”, ressalta o secretário do Esporte, Euler Barbosa.
 

De Fortaleza, Breno Barros - Ministério do Esporte
 

Bauru (SP) será sede do Sul-Americano de Polo Aquático Sub-16

A Arena da Associação Bauruense de Desportos Aquáticos (ABDA), na cidade de Bauru, interior paulista, vai receber o Campeonato Sul-Americano sub-16 de polo aquático, entre os dias 15 e 20 de abril. As partidas serão disputadas nas duas piscinas da entidade. O evento contará com jogadores do Chile, Venezuela, Peru, Argentina e Colômbia, países com tradição no polo aquático, além de Paraguai, Equador, Bolívia e Uruguai que ainda não confirmaram presença.

A ABDA espera que o campeonato aqueça o turismo e o comércio da região, além de abrir as portas para outras competições internacionais. “É a primeira vez que Bauru receberá um evento esportivo aquático internacional”, afirmou Jota Crepaldi do departamento de marketing da associação.

A estrutura da ABDA foi decisiva na escolha da cidade. Associação Bauruense foi fundada em 2010. No projeto são oferecidas aulas de natação, polo aquático e atletismo. Atualmente, o projeto atende cerca de 3,9 mil alunos.

Para isso, a associação conta com patrocinadores que viraram parceiros. A entidade conta com seis projetos aprovados no Ministério do Esporte pela Lei de Incentivo ao Esporte. A primeira captação por meio da legislação foi em 2012. Os recursos são da Zopone Engenharia e Comércio LTDA., Z-Incorporações, CVC, Pernambucanas, BNP Paribas, Grupo Multicobra, Semel e BTC.

Fonte: ABDA
 

Esporte e Cidadania para Todos abre inscrições para aulas no Parque Olímpico da Barra

O projeto social Esporte e Cidadania para Todos, desenvolvido pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, (SNELIS), vinculada ao Ministério do Esporte, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), abriu as inscrições para crianças e adolescentes aprenderam a pedalar no Velódromo do Rio. A pista é considerada a mais rápida do mundo e foi palco de 33 recordes mundiais, batidos nos Jogos Rio 2016.

As aulas são conduzidas por três professores ciclistas profissionais. “Os adolescentes aprendem a pedalar com bicicletas do projeto. As crianças entre 6 e 7 anos, que já estão acostumadas com as suas bicicletas, devem levá-las para as aulas. Aqui, o espaço é perfeito. Não tem carro, nem pedestre, não tem lombada e nem meio fio. A estrutura conta com cones e todos os equipamentos de segurança para desenvolver a habilidade da criança”, explicou o professor Álvaro Ferreira.

Foto: Graciela Vizzotto /AGLOFoto: Graciela Vizzotto /AGLO

O Esporte e Cidadania para Todos, criado em 2017, pretende atender a mais de 5 mil crianças em todos os núcleos do Rio de Janeiro até o 2019, oferecendo aulas para crianças e adolescentes, de 6 a 21 anos, de segunda a sexta, das 8h às 18h, no Parque Olímpico da Barra. Além das aulas de ciclismo, 450 crianças, divididas em três núcleos, têm aulas de judô e jiu-jitsu, além de esportes coletivos como basquete, futebol e vôlei.

A ideia do projeto é ampliar o acesso da população ao esporte e ao lazer, preservando valores éticos como a inclusão, a participação, a cooperação e a responsabilidade, além de descobrir novos talentos.

Outro projeto que tem início em fevereiro nas quadras externas do Centro Olímpico de Tênis é o Núcleo Esportivo Rio Open, em parceria com o Rio Open, que vai beneficiar 50 crianças com aulas de tênis.

Confira as atividades e os horários:

» Jiu-jitsu
Dias: Segunda e quinta, com o mestre Rafael Braga
Local: Velódromo
Horário: das 8h às 18h

» Judô
Dias: quarta e sexta, com o sensei Antônio Sá
Local: Velódromo
Horário: das 8h às 18h

» Basquete, futebol e vôlei
Dias: terça e quinta
Local: Arena 2
Horário: das 8h às 18h

» Ciclismo
Dias: segunda, quarta e sexta,
Local: Velódromo
Horário: das 14 às 18h

Mais informações:
Parque Olímpico da Barra
Avenida Embaixador Abelardo Bueno, s/n
Velódromo do Rio
Entrada pelo portão da Via Olímpica
Telefone: (21) 96835-9777

Fonte: Autoridade de Governança do Legado Olímpico - AGLO
 

Com auxílio da Lei de Incentivo, judô e atletismo da Sogipa promovem mudança no eixo nacional de investimentos

A judoca Érika Miranda encerrou o ano de 2016 desacreditada. A brasiliense, então com 29 anos, chegou aos Jogos Olímpicos do Rio como favorita na categoria até 52kg por ter alcançado o pódio em todos os campeonatos mundiais do ciclo. Não demorou para que a esperança virasse frustação. Érika caiu nas quartas de final, ganhou fôlego na repescagem, mas perdeu o bronze no golden score para a tricampeã mundial Misato Nakamura, do Japão. O sonho da medalha olímpica teve que ser adiado por mais quatro anos. Entretanto, a incerteza do futuro deixou a judoca sem direção.

Depois de defender diferentes clubes pelo país, Érika Miranda percebeu que era o momento de uma nova mudança. Preferiu recomeçar. A judoca foi na direção oposta de muitos atletas de alto rendimento que saem das suas cidades para buscar evolução nos principais centros do país, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Érika preferiu trocar a capital fluminense pelo Sul do país para fazer parte de uma das principais equipes da modalidade: o clube gaúcho Sogipa (Sociedade de Ginástica Porto Alegre).

A judoca mora e treina em Porto Alegre desde o início de 2017. A mudança para o Sul do país surtiu efeito. Os resultados da última temporada mostraram que as mudanças fizeram bem para Érika Miranda. Aos 30 anos, ela conquistou um bronze no Campeonato Mundial de Budapeste, na Hungria, e terminou o ano no primeiro lugar no ranking internacional.

“Eu estava muito perdida no final de 2016. Bateu aquela dúvida de qual rumo tomar na vida. Conversei com a minha família para decidir qual destino tomar, e foi quando surgiu a possibilidade de vir para a Sogipa. Nunca tinha treinado aqui, mas tinha boas amizades, companheiros de seleção e de vida. Quando cheguei, tinha me esquecido como era treinar com pessoas com o mesmo objetivo”, revelou Érika, que conquistou medalha nos últimos quatro Mundiais de judô (prata em 2013, bronze em 2014, 2015, e 2017), sendo a única atleta da categoria a conseguir o feito.

“Estou feliz e com as energias totalmente recarregadas. O diferencial é que todo mundo se ajuda na Sogipa, além de ter um treino muito forte e intenso. Todo treino é uma competição, ninguém quer perder. Eu morava no Rio e eu era a minha própria equipe, praticamente. A mudança foi muito boa e refletiu nos tatames, além de reacender a chama da motivação que estava se apagando dentro de mim”, acrescentou a atleta beneficiária do programa Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte.

A ida da judoca para o clube gaúcho foi viabilizada graças ao Projeto Olímpico da agremiação. Atualmente, a Sogipa conta com equipes de alto rendimento em dois esportes: judô e atletismo. São cerca de 50 atletas que são atendidos. Os recursos, captados por meio de projeto aprovado pela Lei de Incentivo ao Esporte, garantem aos atletas uma dedicação integral para buscar resultados nacionais e internacionais.

Segundo o gerente de Esportes da Sogipa, Alberto Molnar, o ponto de virada no esporte de alto rendimento dentro do clube veio com os projetos desenvolvidos por meio de recursos captados pelo mecanismo legal. Atualmente, o Projeto Olímpico é a prioridade da agremiação gaúcha.

“A Lei de Incentivo ao Esporte evita com que os nossos atletas vão embora. Como a gente não tem uma cultura empresarial aqui, é muito difícil manter os atletas no Rio Grande do Sul. Era normal vê-los irem para Rio, São Paulo ou Minas, onde está o grande volume de recursos e que tem a cultura competitiva. Hoje, a gente está conseguindo manter os atletas, além de trazer grandes nomes do esporte, garantindo medalhas em mundiais e em campeonatos internacionais”, explicou Alberto Molnar.

Com a Érika Miranda, a equipe de judô da Sogipa conta com 12 atletas que fazem parte da seleção nacional 2018, incluindo a bicampeã mundial Mayra Aguiar, o medalhista olímpico Felipe Kitadai e Maria Portela. Na última temporada, a equipe conquistou 41 medalhas em competições internacionais.

Suporte legal

Nos últimos três anos, a estrutura da equipe é garantida por meio de recursos captados com base na lei federal. “O primeiro campeão mundial de judô brasileiro foi João Derly, que treinava na Sogipa. Assim, conseguimos juntar apoiadores e parceiros até chegar ao patamar de profissionalismo atual. Antes, o bom atleta de Porto Alegre tinha que sair da cidade para treinar em São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais. Hoje, não. Grandes nomes desses três estados - e de outros - vêm para a Sogipa treinar. Conseguimos fazer essa mudança drástica de rota”, explicou Antônio Carlos de Oliveira Pereira, coordenador técnico do time de judô da Sogipa, que lembra que o Brasil tem sete atletas campeões mundiais, dos quais cinco são da Sogipa.

O gerente de esportes do clube explica que o desejo da entidade é de ampliar o número de modalidades de alto rendimento atendidas. “Gostaríamos de ter outras modalidades de nível internacional, mas não conseguimos pela dificuldade em captar recursos. As empresas gaúchas ainda são resistentes em patrocinar por meio da Lei de Incentivo. Algumas não conhecem realmente o mecanismo, mas outras pensam que a lei é fiscalizatória, achando que o governo vai entrar dentro da empresa”, disse.

Transformando vidas no Atletismo

O atletismo é outra modalidade na qual o clube apoia atletas de alto rendimento. Uma das grandes revelações da Sogipa vem do salto triplo. Almir Júnior, 24 anos, foi o sexto brasileiro a obter o índice exigido pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) para representar o país no Campeonato Mundial Indoor de Birmingham, no Reino Unido. A competição será disputada entre os dias 1º e 4 de março.

Natural de Matupá, Mato Grosso, Almir treina há sete anos em Porto Alegre e vem se destacando no cenário nacional. Fechou a temporada 2017 na liderança do ranking nacional ao alcançar 16,92m, no dia 18 de dezembro, em competição na capital gaúcha.

No início de janeiro, Almir saltou 17,06m e venceu a prova do Meeting Internacional Doug Raymond Invitation, em Ohio, nos Estados Unidos. Segundo o treinador de atletismo, José Haroldo Loureiro Gomes (Arataca), com a marca, o atleta assumiu a liderança do ranking Mundial Indoor da temporada da IAAF.

Outra revelação é Samory Uiki Bandeira Fraga, de 21 anos. O jovem começou a treinar no clube aos 8 anos por meio do Projeto Olímpico. Então morador da Vila Cefer, no Jardim Carvalho, ele praticava esportes diariamente na Sogipa por ser vinculado à iniciativa, recebia vale-transporte e doações de tênis, que auxiliaram no desenvolvimento no esporte. A jóia evoluiu e conseguiu a quinta melhor marca brasileira no salto em distância na categoria sub-23. Como consequência, ganhou oportunidade pessoal e profissional dentro do clube, e atualmente cursa o terceiro ano de Relações Internacionais na Universidade de Kent, em Ohio, nos Estados Unidos.

Samory chegou na universidade norte-americana depois de vários bons resultados em campeonatos importantes, que despertou a atenção das instituições. Antes de optar pela Universidade de Kent, ele precisou escolher entre oito convites recebidos para estudar nos Estados Unidos.

O mato-grossense Pedro Luiz Burmann de Oliveira treina desde 2010 na Sogipa. Ele representou o clube no revezamento 4x400m nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Descoberto na escola pelo técnico Arataca, passou por testes e começou a treinar na agremiação gaúcha.

“Para mim, o clube é a melhor estrutura de atletismo do Brasil, porque tenho tudo próximo. Aqui temos um lugar adequado para sentar, temos sombra dentro da pista, água em cada canto da pista e as piscinas próximas”, disse o atleta, que pretende disputar o Mundial Indoor em março.

O treinador de atletismo, Arataca, explica que atualmente o clube conta com um projeto que trabalha da formação até os Jogos Olímpicos. “Com a Lei de Incentivo temos a possiblidade de dar continuidade para que um atleta jovem, depois de desenvolvido, possa chegar ao alto rendimento. Esse é o grande diferencial, depois que passamos a utilizar a lei. Éramos um celeiro de atletas, mas eles acabavam indo embora de Porto Alegre pelo motivo financeiro”, disse.

Para conseguir segurar os atletas, Arataca revela que tem que competir com assédio de outros grandes clubes, além das universidades norte-americanas. “Temos cinco atletas nos Estados Unidos estudando em universidades. Eles têm a possibilidade de criar uma grande oportunidade de vida. Aqui, todos os atletas de atletismo estudam e sabem falar ao menos uma língua estrangeira”, revela.

Fidelização dos Parceiros

Com o Projeto Olímpico, a Sogipa enxergou a necessidade de profissionalizar o departamento de marketing esportivo. Com a estruturação, eles conseguiram fidelizar os patrocinadores, além de abrir caminho para novos parceiros comerciais.

“No nosso Projeto Olímpico, nós conseguimos fazer o processo de fidelização. Já temos três ou quatro empresas nos apoiando. Neste ano, conseguimos abrir para mais empresas. Com a fidelização, elas passam a nos conhecer e confiar na nossa credibilidade, pois sabem que fazemos um bom uso dos recursos públicos aportados”, explicou.

A experiência mostrou que o pós-venda do projeto esportivo é o segredo para fidelizar os parceiros. O clube busca manter os patrocinadores atualizados, tanto em prestação de contas quanto em resultados dos atletas. Além disso, abre as portas da agremiação para as contrapartidas, como a utilização dos salões, piscinas e espaços comuns da Sogipa. O marketing conta com três profissionais especializados na área de projetos, elaboração, controle, prestação de contas e execução.

De Porto Alegre, Breno Barros – rededoesporte.gov.br
  

Chapecoense é finalista do Prêmio Laureus na categoria "Retorno do Ano"

A Chapecoense é finalista do Prêmio Laureus na categoria Retorno do Ano (Comeback of The Year). O time catarinense foi indicado por causa da reconstrução que foi feita após a tragédia aérea de novembro de 2016, que matou 71 pessoas. O recomeço da Chapecoense, em 2017, terminou com a conquista de expressivos resultados em campo, como o título do campeonato estadual e a classificação para a Libertadores 2018.

Os outros indicados na categoria são o time de futebol do Barcelona, que superou um placar adverso de 6 x 1 frente ao Paris Saint Germain, o tenista Roger Federer, o motociclista Valentino Rossi e a campeã mundial dos 100m com barreiras, Sally Pearson, que foram indicados por seus impressionantes retornos após sofrerem lesões. O velocista Justin Gatlin, campeão mundial dos 100m rasos, também está na disputa.

Além da categoria Retorno do Ano, em que um júri especializado vai escolher o vencedor, a Chapecoense já tinha sido anunciada como uma das indicadas ao Prêmio Laureus de Melhor Momento Esportivo do Ano (Best Sporting Moment of The Year). Um vídeo batizado de Eternos Campeões foi divulgado no site mylaureus.com e mostra a trajetória do time catarinense desde a queda do avião na Colômbia em novembro do ano passado. Nessa categoria, a votação é pública e foi computada pelo site mylaureus.com até novembro do ano passado.

Além da Chapecoense, outros cinco momentos esportivos disputam o prêmio. Entre eles estão a trajetória do arqueiro norte-americano Matt Stutzman, que nasceu sem os braços e mesmo assim alcançou conquistas importantes no tiro com arco competindo com arqueiros sem deficiência, e a redenção do atleta sul-africano Luvo Manyonga, que superou um vício em drogas para se tornar campeão mundial no salto em distância.

O anúncio dos vencedores está marcado para o dia 27 de fevereiro, durante cerimônia em Mônaco. O Prêmio Laureus é considerado o "Oscar do esporte".

Sobrevivente da tragédia, Alan Ruschel voltou aos gramados num amistoso contra o Barcelona no ano passado. Foto: Arquivo pessoalSobrevivente da tragédia, Alan Ruschel voltou aos gramados num amistoso contra o Barcelona no ano passado. Foto: Arquivo pessoal

Mais indicados

Na categoria Atleta Masculino do Ano, foram indicados o tenista Roger Federer, o jogador de futebol Cristiano Ronaldo, o corredor Mo Farah, o ciclista Chris Froome, o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton e o também tenista Rafael Nadal.

Entre as mulheres, competem na categoria Atleta Feminina do Ano a tenista Garbiñe Muguruza, a corredora Caster Semenya, a também tenista Serena Williams, a velocista Allyson Felix, a nadadora Katie Ledecky e a esquiadora Mikaela Shiffrin.

Na categoria Equipe do Ano, competem a seleção francês ade tênis que disputou a Copa Davis, os campeões do basquete norte-americano Golden State Warriors, a Mercedes, campeã de Fórmula Um, os vencedores do Super Bowl New England Patriots, a equipe de vela da Nova Zelândia e o Real Madrid.

Fonte: laureus.com

Na série Geração de Valor, Ana Sátila conta como superou frustrações e garantiu resultados inéditos para o país

Em 2012, Ana Sátila tinha apenas 16 anos quando representou o Brasil nos Jogos Olímpicos. A mineira, de Iturama, foi a brasileira mais jovem a defender o país na maior competição esportiva do mundo. Quatro anos depois, a canoísta voltou aos Jogos e passou por uma grande frustação no Rio 2016. Cotada entre as favoritas na canoagem slalom, ela foi eliminada na primeira fase. Pouco tempo depois, Ana soube se reinventar, passou por cima da tristeza e conquistou resultados expressivos para o país.

Ascom - Ministério do Esporte

Artigo: Melhor gestão, mais investimentos nos atletas

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

Publicado no dia 14 de janeiro de 2018, no jornal O Dia

Quando assumimos o Ministério do Esporte, em maio de 2016, tínhamos um desafio olímpico para cumprir. Além da realização dos Jogos propriamente ditos, acreditávamos que o esporte nacional não poderia ser mais o mesmo depois desse grandioso evento, sucesso de público e de crítica. Se até ali havíamos chegado focados e imbuídos de atingir uma marca histórica - o que logramos fazer, com a 13a posição conquistada no número de medalhas -, o dia seguinte do espetáculo não poderia ser de desmonte, mas, sim, de construção.

Desde que, em 2009, o Brasil ganhou o direito de sediar o maior evento esportivo do mundo, as ações governamentais foram planejadas para fazermos bonito perante o mundo. Muitos recursos foram investidos na construção das arenas, em melhorias no transporte público e na preparação dos atletas. Terminado aquele ciclo, outras necessidades se apresentaram.

Ministro Leonardo Picciani. Foto: Roberto Castro/MEMinistro Leonardo Picciani. Foto: Roberto Castro/ME

Além de cuidar do legado olímpico, o Ministério do Esporte também teve de colocar em dia série de providências administrativas que, para o público externo, podem não estar aparentes à primeira vista, mas, para o bem do esporte como um todo e, principalmente, para o desempenho dos atletas, são da mais absoluta importância.

É nessa direção que estamos avançando. Com uma equipe enxuta, mas comprometida, reduzimos o estoque de prestação de contas de convênios. Com isso, asseguramos o ressarcimento aos cofres púbicos de mais de R$ 26,3 milhões. Mais dinheiro recuperado e, portanto, mais recursos para investimentos nos atletas.

Num período de dificuldades financeiras pelas quais passou o país, não descuidamos do Bolsa Atleta. Terminamos o ano atendendo 7.586 esportistas, com R$ 125,7 milhões, e, para 2018, apesar das restrições orçamentárias, asseguramos a continuidade desse importante programa, com a missão de aprimorá-lo.

Os atletas têm tido uma participação muito importante na gestão dos recursos e na participação. E contam com nosso total apoio. Graças ao suporte deles, conseguimos melhorar, e muito, nosso orçamento inicial. Eles participaram de audiências públicas na câmara, enviaram sugestões para que os congressistas dedicassem mais recursos para a pasta e foram parceiros em nossas empreitadas.

Essa gana de participação desses atores primordiais para a melhoria do nosso esporte não poderia deixar de contar também com nosso suporte. No ano de 2017, em que uma das palavras de ordem foi a melhoria da gestão, os atletas reivindicaram uma voz mais ativa nas entidades administrativas. E nós não emudecemos diante desse pleito. Pelo contrário. Como a música que tem seu tempo de silêncio e seu temo de notas mais acentuadas, esperamos o momento certo para fazer coro a esse refrão.

Por isso, nos engajamos na defesa por uma maior participação deles no Comitê Olímpico do Brasil. E fizemos isso publicamente porque consideramos que a diversidade de opiniões pode produzir resultados melhores.

Antes disso, demos importante passo na tarefa de administrar melhor os recursos federais. Pela primeira vez, entidades como o Comitê Paralímpico Brasileiro e o Comitê Brasileiro de Clubes apresentaram suas contas para análise do Conselho Nacional do Esporte. E o COB, embalado pelos novos ares que por lá sopram, assinou termo de ajustamento de conduta para estar em consonância com a lei, garantindo os repasses da Lei Agnelo-Piva, o que, no final, significa investimento direto nos atletas.

Outras medidas serão tomadas por nossa gestão para melhorar ainda mais a aplicação das verbas federais. E esperamos que os atletas nos auxiliem.

Leonardo Picciani
Ministro do Esporte

 

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