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Biamputada que disputou Ironman revela como a determinação ajudou a expandir seus limites

A determinação pode transformar a diversidade em combustível para as maiores conquistas na vida. No terceiro episódio da websérie Gerações de Valores, conheça a história da paratriatleta Adriele Silva, de Jundiaí, interior paulista. Ela usou a força de vontade como combustível para realizar os seus sonhos. Em maio de 2017, Adriele se tornou a primeira biamputada a disputar uma etapa do Ironman, em Florianópolis (SC).

 

Ascom - Ministério do Esporte

Lei Agnelo/Piva: Comitê Olímpico do Brasil divulga calendário de atividades dos atletas em janeiro

Isaquias Queiroz e os atletas da seleção iniciam atividades em Lagoa Santa (MG). Foto: Divulgação.Isaquias Queiroz e os atletas da seleção iniciam atividades em Lagoa Santa (MG). Foto: Divulgação.
 
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e as Confederações Brasileiras Olímpicas estão empenhados em prover as melhores condições de treinamento e preparação para atletas individuais e equipes no ciclo Olímpico Tóquio 2020.
 
Com base nos recursos da Lei Agnelo/Piva investidos diretamente na preparação de atletas e equipes, o COB divulgou as ações que serão realizadas neste mês de janeiro. As atividades estão alinhadas com o planejamento das confederações para Tóquio 2020.
 
Confira o cronograma de atividades:
 
Atletismo (COB/CBAt) – Treinamento de 7 velocistas na UNIFA com o técnico americano Loren Seagrave - 07 a 13/01
 
Atletismo (COB/CBAt) – Treinamento do campeão olímpico Thiago Braz, do salto com vara, em Padova, na Itália – 05 a 25/01
 
Canoagem Slalom (COB/CBCA) – treinamento de 7 atletas da Seleção Brasileira no Rio de Janeiro (Deodoro + CT Time Brasil) – janeiro até março
 
Canoagem velocidade (COB/CBCA) – Recomeço das atividades com 5 atletas da equipe comandada pelo espanhol Jesus Morlán em Lagoa Santa (MG)
 
Ginástica Artística (COB/CBG) – treinamento de 40 atletas (masculino e feminino) no Rio de Janeiro, no CT Time Brasil – 15 a 27/01
 
Judô (COB/CBJ) – Treinamento de 10 atletas das categorias de base, em Mettersill, na Áustria - 08 a 16/01
 
Judô (COB/CBJ) – Treinamento de 50 atletas das categorias adulta e de base em Pindamonhangaba (SP) - 20 a 26/01
 
Natação (COB/CBDA) – Treinamento do atleta Bruno Fratus em Tenerife (ESP) – 03 a 29/01
 
Tiro com arco (COB/CBTArco) – 6 semanas de treinamento dos atletas Marcus Vinicius D´Almeida e Marcelo Silva, na Archery School Training Center, na Coreia do Sul – 12/01 a 25/02
 
Triatlo (COB/CBTri) – Avaliações científicas com a atleta Pâmela Oliveira no Laboratório Olímpico – 12/01
 
Vôlei de praia (COB/CBV) – Avaliações científicas com as duplas:
 
Guto e Vitor Felipe, no Laboratório Olímpico (RJ) – 09/01
Ágatha e Duda, no Laboratório Olímpico (RJ) – 18/01
Alison e Bruno Schmidt, em Vila Velha (ES) – 15 a 19/01
 
Vela (COB/ CBVela) - Suporte logístico e operacional para a participação brasileira na Copa do Mundo de Miami de vela. Coordenação do treinador-chefe e bicampeão olímpico Torben Grael - 10 a 28/01
 
Fonte: Comitê Olímpico do Brasil

Ministro dos Jogos de Tóquio visita instalações olímpicas no Rio

O ministro japonês encarregado de organizar os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, Shunichi Suzuki, veio ao Rio de Janeiro para fazer um tour pelas instalações esportivas e de suporte aos Jogos Olímpicos de 2016. Na segunda-feira, (08.01), ele conheceu o Centro Integrado de Comando e Controle, órgão que centralizou as ações de segurança durante o megaevento, e fez um tour pelas instalações do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD). Nesta terça (09.01), viu de perto o Parque Olímpico da Barra e o programa de gestão do legado brasileiro.

No LBCD, a visita foi acompanhada pelo secretário Nacional de Alto Rendimento, Rogério Sampaio, e teve como objetivo conhecer a estrutura criada para os Jogos Rio 2016. Em pouco mais de uma hora, Suzuki assistiu a uma apresentação sobre a atuação do laboratório, os investimentos realizados e os profissionais envolvidos no controle de dopagem. Depois, o ministro conheceu a sala de equipamentos, um dos laboratórios de preparação de amostras e a recepção olímpica, espaço onde se concentravam vários funcionários durante os Jogos para otimizar e acelerar a liberação de resultados.

Rogério Sampaio, Henrique Pereira e o ministro japonês Shunichi Suzuki no LBCD. Foto: Rafael Brais/MERogério Sampaio, Henrique Pereira e o ministro japonês Shunichi Suzuki no LBCD. Foto: Rafael Brais/ME

O LBCD é o principal instrumento da política do Estado brasileiro de combate à dopagem no esporte, implementada pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). O Laboratório integra o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e atua em ensino, pesquisa e extensão. O Ladetec congrega vários outros laboratórios satélites.

Para o secretário Nacional de Alto Rendimento, Rogério Sampaio, é fundamental que o Brasil auxilie a próxima sede olímpica com a experiência construída durante a preparação dos Jogos Olímpicos. "Essa visita demonstra a importância do laboratório brasileiro e o respeito internacional por ele. É importante que o conhecimento adquirido seja transferido para a próxima sede olímpica. Fazer a análise de quase 6 mil amostras no período das competições é um grande desafio".

Capacitação

Sampaio reforçou que o trabalho desenvolvido pelo LBCD é uma das heranças da Rio 2016. "Demonstramos também que o LBCD segue funcionando em nível de excelência e se consolidando como um dos principais legados dos Jogos no Brasil. Além dos equipamentos, formamos uma equipe altamente capacitada", afirmou.

Shunichi Suzuki afirmou ter ficado bem impressionado com o LBCD e destacou o know how adquirido pelo Brasil nos últimos anos. "O Brasil sediou muitas competições internacionais e adquiriu conhecimento tanto na preparação de um laboratório antidopagem quanto na realização de grandes eventos", disse.

Suzuki destacou a importância de traçar desde já os planos para uso dos equipamentos esportivos em Tóquio após 2020. "Pela manhã estive em alguns equipamentos usados nos Jogos do Rio. O governo japonês está analisando possibilidades de uso das instalações no pós-Jogos e vai levar daqui do Brasil algumas experiências para implementar lá", afirmou.

Diretor do LBCD e responsável por apresentar a estrutura do laboratório à comitiva, Henrique Pereira enfatizou que, para a equipe dele, os Jogos foram apenas o ponto de partida. "Estamos vivendo o legado. O Laboratório e a Universidade se orgulham da forma como o investimento aqui tem sido aproveitado".

Para o diretor de Educação da ABCD, Sandro Teixeira, a importância da visita da comitiva japonesa é reafirmar para o Brasil e para o mundo o legado olímpico. "Tanto a ABCD como o Laboratório têm uma responsabilidade muito grande para com os próximos Jogos, em Tóquio. Esse legado criado aqui tem reverberado em todo o mundo", comentou. "A responsabilidade do Japão com os Jogos e a própria cultura japonesa em relação a sua maneira de agir mostra pra gente, numa visita dessas, o quão relevante somos e qual a importância do Brasil em relação a esse legado".

Investimentos

O Ministério do Esporte investiu R$ 61,3 milhões na Escola de Educação Física da UFRJ e R$ 163,7 milhões no LBCD. Os recursos foram aplicados em obras físicas, compra de novos equipamentos, de materiais, de insumos, de mobiliário e operação do Laboratório, além de atividades realizadas durante os Jogos Rio 2016.

Em primeiro plano, Paulo Márcio, presidente da AGLO, Suzuki e a secretária de Esporte da prefeitura do Rio, Patrícia Amorim. Foto: Marco Senna/MEEm primeiro plano, Paulo Márcio, presidente da AGLO, Suzuki e a secretária de Esporte da prefeitura do Rio, Patrícia Amorim. Foto: Marco Senna/ME

Parque Olímpico da Barra

Nesta terça (09.01), a comitiva japonesa visitou o Parque Olímpico da Barra, na companhia do presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico, Paulo Márcio Dias Mello.

Suzuki passou pelo Velódromo, pela Arena Carioca 1, pelo Centro Olímpico de Tênis e até se arriscou a jogar tênis de mesa com a garotada que treinava na Arena Carioca 3. Ao longo do percurso, acompanhado de uma intérprete, Suzuki fez diversas perguntas e quis saber do Presidente da AGLO detalhes sobre a utilização social dos espaços esportivos.

"Essa é uma preocupação que nós, no Japão, temos. Fazer com que as instalações de Tóquio possam ser bem aproveitadas pela população no período pós-Olimpíada”, disse, enfatizando que a concessão dos espaços esportivos é outro tema de interesse da comitiva.

O presidente da AGLO explicou os conceitos de gestão do legado da entidade ligada ao Ministério do Esporte, em especial os programas sociais voltados para beneficiar a juventude. Suzuki assistiu, ainda, a um vídeo sobre o legado, após breve palestra do presidente da AGLO e da fala da subsecretária municipal de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Patrícia Amorim. Depois, foi presenteado pela AGLO com uma réplica da tocha olímpica dos Jogos de 2016 e uma miniatura do Cristo Redentor, e deu em troca ao presidente Paulo Márcio uma escultura tradicional do Japão.

Rafael Brais e Marco Senna, Ministério do Esporte
 

Artigo: Superando os 7 x 1 na gestão do futebol

Publicado em 10.01.2018 na Folha de S. Paulo
 
No futebol, algumas imagens são tão resistentes que não perdem força mesmo diante dos fatos. A seleção brasileira voltou a encantar a torcida, mas os ecos dos 7 x 1 na última Copa do Mundo ainda são ouvidos nas entrevistas do técnico Tite. O assunto também vem à tona sempre que se debate a (falta de) gestão nos clubes.
 
O cenário se repete quando o tema é o PROFUT (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). A iniciativa vem tendo sucesso no aprimoramento da gestão das entidades esportivas, mas as falácias sobre a criação de um PROFUT 2 ainda geram repercussão. Portanto, precisamos mostrar o que já foi feito.
 
Primeiro, é importante lembrar que entre as 137 entidades esportivas inscritas, 40 representam mais de 90% da dívida. Por essa razão, para efeitos do PROFUT, menos pode ser considerado mais. Essas mesmas entidades já recolheram valores superiores a R$ 230 milhões em tributos, o que reforça o sucesso do programa, jogando por terra os boatos de que os clubes não estão cumprindo suas obrigações.
 
Esses fatos já seriam um grande indicativo dos acertos do PROFUT, mas é possível enumerar outros pontos positivos. Pela primeira vez, um órgão de controle externo, a APFUT (Autoridade Pública de Governança do Futebol), tem poder para obrigar os clubes que aderiram ao programa a apresentarem as demonstrações financeiras anuais e trimestrais, além das previsões orçamentárias. O que em muitos setores é considerado trivial, no âmbito do futebol, com algumas exceções, pode ser tratado como novidade.
 
Como o mercado ainda não se encontra totalmente regulamentado, para melhorar a padronização das informações foi criado um Manual de Contabilidade específico para as entidades esportivas. Seu processo de elaboração teve a participação dos clubes, de forma a melhor entender suas necessidades, chegando a uma norma específica para o setor, com a chancela dos órgãos de classe competentes.
 
Atenta à mudança de paradigma, a APFUT entendeu que as contrapartidas exigidas demandariam um processo de mudança de mentalidade. Em vez de apenas excluir as entidades, iniciou-se um trabalho de conscientização para implementação das alterações, de acordo com o devido processo legal.
 
Esse trabalho, um pouco mais demorado do que a simples exclusão de uma entidade por descumprir as contrapartidas legais, não se reduz à punição, mas visa promover uma transição para um modelo de gestão profissional, gerando efetivamente um legado para o futebol brasileiro.
 
Está claro que alguns ficarão pelo caminho, como já acontece no processo de fiscalização da APFUT. A título de informação, mais de 10% das entidades que aderiram ao programa foram excluídas por não cumprirem as obrigações.
 
A boa gestão de um clube não pode ser julgada apenas pelas conquistas de campeonatos. Controle orçamentário, pagamento de obrigações e salários, busca por novas receitas e responsabilidade fiscal devem coexistir de maneira harmônica nas vitórias e nas derrotas. A sustentabilidade financeira de longo prazo é um gol a ser comemorado.
 
O Brasil vem passando por momentos de profunda transformação sobre os deveres e os objetivos de cada instituição. O futebol, por tudo que representa para o povo brasileiro, não pode se dar ao luxo de ficar de fora dessas mudanças, sob risco de, daqui a 50 anos, ainda nos lembrarmos dos 7 x 1 e de tentativas frustradas de salvar os clubes brasileiros por meio do PROFUT 2, PROFUT 3, PROFUT 4...
 
Luiz André Mello, presidente da APFUT

Com 12 atletas na seleção, Sogipa apresenta "dream team" de judô para a temporada 2018

Quem entrava no auditório poderia até imaginar que estava em um evento da seleção brasileira de judô. Com Mayra Aguiar, Felipe Kitadai, Maria Portela e Érika Miranda, junto com outros nomes da nova geração da modalidade, o clube Sogipa (Sociedade de Ginástica Porto Alegre) apresentou, nesta segunda-feira (08.01), os atletas que representarão a agremiação na temporada. Com 12 judocas que fazem parte da seleção nacional 2018, os atletas do clube gaúcho fizeram o balanço de 2017, projetaram as metas para a temporada e realizaram o primeiro treino do ano. Nos últimos três anos, a equipe conta com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Foto: Abelardo Mendes Jr/MEFoto: Abelardo Mendes Jr/ME

A equipe de judô da Sogipa já conta com 50 anos de tradição. Porém, o salto de profissionalismo ocorreu nos últimos 12. Quando o gaúcho João Derly venceu por ippon o então campeão olímpico Masato Uchishiba e conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial do Cairo (Egito), em 2005, a vitória abriu as portas para a consolidação do judô gaúcho. Na última temporada, a equipe da Sogipa conquistou 41 medalhas em competições internacionais. E agora, no segundo ano do ciclo olímpico de Tóquio 2020, a equipe passou de cinco para 12 judocas representantes do clube dentro da seleção.

Foto: Abelardo Mendes Jr/MEFoto: Abelardo Mendes Jr/ME

"O primeiro campeão mundial de judô brasileiro foi João Derly. Assim, conseguimos juntar apoiadores e parceiros até chegar ao patamar de profissionalismo atual. Antes, o bom atleta de Porto Alegre tinha que sair da cidade para treinar em São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais. Hoje, não. Grandes nomes desses três estados - e de outros - vêm para a Sogipa treinar. Conseguimos fazer essa mudança drástica de rota", explicou Antônio Carlos de Oliveira Pereira, coordenador técnico do time de judô da Sogipa, que lembra que o Brasil tem sete atletas campeões mundiais, dos quais cinco são da Sogipa.

» Veja mais fotos da apresentação dos atletas no Flickr do Ministério do Esporte
 

Celeiro de medalhistas

A fórmula de trabalho desenvolvida pelo clube nos últimos anos mescla metas traçadas com a participação ativa dos atletas, aliada ao ambiente familiar e a cobrança de resultado de forma coletiva. "Nos últimos 12 anos conseguimos conquistar quatro medalhas olímpicas, cinco campeonatos mundiais, além de várias medalhas em Jogos Pan-Americanos. É um projeto que nos dá muito orgulho. Mesmo em uma posição geográfica em desvantagem dentro do país, a gente tem uma modalidade esportiva com tantos resultados. Do clube vieram as únicas medalhas olímpicas do Estado do Rio Grande do Sul em esporte individual. É só motivo de orgulho", acrescentou Antônio Carlos.

A reapresentação da equipe, que marcou o início das atividades, contou com a presença do presidente do clube Carlos Wüppel, do primeiro vice-presidente, José Carlos Hruby, do vice de esporte, Sandro Viero, além de judocas das categorias sub-18, sub-21 e da equipe principal.

Mayra Aguiar, Felipe Kitadai, Maria Portela e Érika Miranda. Fotos: Abelardo Mendes Jr/MEMayra Aguiar, Felipe Kitadai, Maria Portela e Érika Miranda. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ME

Com o bicampeonato mundial conquistado em setembro, na Hungria, Mayra Aguiar manteve a regularidade nas grandes competições internacionais na última temporada e consolidou o posto de maior judoca do país aos 26 anos, com cinco medalhas em campeonatos mundiais e duas em Jogos Olímpicos.

"Vou em busca do tricampeonato Mundial neste ano. Sei o quanto é importante esse título para o país. Pretendo lutar em sete competições em 2018. Tenho muita coisa para melhorar ainda. Sei também que as metas para esta temporadas estão ao meu alcance. Além disso, a equipe da Sogipa está bem forte e espero que seja um ano maravilhoso", analisou Mayra, que também recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte.

Para o medalhista olímpico Felipe Kitadai, bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o diferencial do clube é o espírito vivo de competição dentro da equipe. "O clima de vitória é grande. Estamos acostumados de ver vencedores na Sogipa, desde João Derly até a Mayra. A gente tem grandes referências aqui e acredito que assim fica mais fácil sonhar e acreditar na vitória", frisou o atleta que treina no clube desde 2010.

Por conta de uma lesão, Kitadai ficou de fora do Campeonato Mundial do ano passado. Em 2018, segundo ano do ciclo olímpico de Tóquio 2020, o judoca espera garantir a vaga e representar o país na principal competição da temporada. "A gente treina para ganhar tudo. Assim, em 2018, espero conquistar uma vaga para representar o país no Campeonato Mundial, já que fiquei fora em 2017. Neste ano, eu volto com tudo", disse o judoca que conquistou seis vezes o título pan-americano. Ele também é apoiado pela Bolsa Pódio.

Maria Portela, a medalhista de ouro no World Masters 2017, disputado na Rússia, considera a equipe gaúcha uma família. "A Sogipa para mim é uma família. É um clube que me abraçou e acreditou no meu potencial. Cheguei aqui como 38ª no ranking mundial. Ganhei títulos e consegui duas participações olímpicas treinando aqui. Isso mostra o quanto evoluí e tudo o que cresci como pessoa. Esse espírito de família e a vontade de evoluir não é visto em qualquer lugar. Tenho orgulho de representar esse clube.", disse que também recebe o benefício da Bolsa Pódio.

Com duas participações olímpicas, em Londres 2012 e Rio 2016, Portela é atual número 2 do ranking mundial. "O ano de 2017 foi muito importante, principalmente porque conquistei dois títulos relevantes, no Grand Slam e no World Masters. Encerrar o ano entre as melhores do ranking mundial fortalece e motiva. Assim, começo o novo ciclo mais experiente, motivada e tranquila", acrescentou.

Portela espera, em 2018, quebrar o jejum de pódios em mundiais. "Meu principal objetivo é o Campeonato Mundial. Venho batendo na trave e cometendo alguns erros em decisões, mas como o ano passado foi bem produtivo, a minha expectativa é de que neste ano seja melhor ainda e que eu ganhe uma medalha no mundial", projetou.

Depois de defender diferentes clubes pelo país, Érika Miranda mora e treina em Porto Alegre desde 2017. A mudança para o Sul do país representou um recomeço para atleta brasiliense. "Tenho amigos para a vida aqui na Sogipa. Eu morava no Rio de Janeiro e eu era a minha própria equipe, praticamente. Em 2017 me mudei para Porto Alegre. A mudança foi muito boa e refletiu nos tatames, além de reacender a chama da motivação que estava se apagando dentro de mim", revelou a atleta que recebe a Bolsa Pódio.

Os resultados de 2017 mostram que as mudanças fizeram bem para Érika Miranda. Aos 30 anos, ela um bronze medalha no Campeonato Mundial e terminou o ano no primeiro lugar no ranking internacional. "Estou feliz. Estou com as energias totalmente recarregadas. O diferencial é que todo mundo se ajuda aqui dentro do dojo, além de ter um treino muito forte e intenso. Todo treino é uma competição, ninguém quer perder", disse Érika, que conquistou medalha nos últimos quatro Campeonatos Mundiais de judô (prata em 2013, bronze em 2014,15, e 17), sendo a única atleta da categoria a conseguir o feito.

Foto: Abelardo Mendes Jr/MEFoto: Abelardo Mendes Jr/ME

A equipe de judô da Sogipa tem patrocínio do Banrisul, da Oi e da Parmalat, por meio do Pró-Esporte/RS e do Governo do Rio Grande do Sul, Supermercados Zaffari, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Sulgás, Lojas Pompéia, Grupo Savar, Farmácias São João, Fitesa e apoio Protecaes, Sponchido Jardine, Iesa Veículos, Kley Hertz, Medlive, Jackwall Belenzier, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, do Ministério do Esporte. As equipes de base têm o apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), que descentraliza recursos oriundos da Lei Pelé.

De Porto Alegre, Breno Barros - Ministério do Esporte

 

Artigo: legado olímpico a todo vapor!

Paulo Márcio Dias Mello, presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo)
Texto publicado pelo jornal O Dia em 4 de janeiro de 2018


Os Jogos Olímpicos Rio 2016 terminaram há pouco mais de 500 dias, mas o espírito esportivo continua forte não só para os cariocas, mas para todos os brasileiros. E a expectativa é de que esse cenário fique ainda melhor em 2018.

Em menos de um ano de existência, a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) conseguiu implantar diversas melhorias, cumprindo a missão dada pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, em março do último ano.

O intuito é basicamente viabilizar a utilização das instalações olímpicas e incentivar as atividades esportivas no Brasil, por meio do plano de legado. Além disso, a AGLO elaborou projetos de interesse público com e sem fins lucrativos, 111 eventos no geral, com uma média de 14 por mês.

Enquanto o Parque Olímpico da Barra (POB) foi palco de 85 eventos, o Complexo Esportivo de Deodoro recebeu outros 88, de modo a democratizar o acesso para todos os moradores. Os destaques sobre grandes eventos ficam para a etapa brasileira do Circuito Mundial de Vôlei de Praia e o Comic Com, voltado para a cultura pop e geek, que aconteceu pela primeira vez no Rio de Janeiro, durante o Rock In Rio.

Com tudo isso, até novembro, tivemos um público presente de mais de 290 mil pessoas e quase 1,8 mil esportistas atendidos. Desses, a maioria foram atletas de base, mas também tiveram muitos de alto rendimento, como atletas olímpicos que participam de grandes competições internacionais.

Ao longo de 2017 foram muitos marcos alcançados. A AGLO fez a reestreia do Centro Olímpico de Tênis, do Velódromo e da Arena 1 no modo legado. Além disso, a autarquia ainda construiu uma quadra de areia totalmente adaptada para competições internacionais de diversas modalidades esportivas. A AGLO ainda colaborou

O Parque Olímpico da Barra (POB) foi palco de 85 eventos; o Complexo Esportivo de Deodoro recebeu 88, de modo a democratizar o acesso para os moradores

com o desenvolvimento de projetos sociais voltados para comunidades do entorno do Parque Olímpico da Barra, como o "Esporte e Cidadania para Todos", de iniciativa do Ministério do Esporte; e o Núcleo Esportivo Rio Open, que visa beneficiar 50 crianças com aulas de tênis. O projeto de visita guiada também não pode ser esquecido e, em 2018, deve ser intensificado. Somente junho a novembro do ano passado, a média foi de 67 visitantes/mês, totalizando

Um público de quase 500 pessoas

Na parte de conservação das instalações olímpicas também houve grande avanço, já que a AGLO concluiu a contração de serviços elétricos, limpeza, manutenção predial e brigadistas.

Para 2018, a lista de objetivos é grande, incluindo especialmente a implantação do Centro Esportivo de Treinamento na Arena 2, sem contar com a continuidade do estudo de viabilidade técnica-economica e ambiental do POB, com auxílio do Banco Nacional para o Desenvolvimento Social (BNDES) e a instalação de um Museu Nacional do Esporte dentro do Velódromo da Barra.

Com tudo isso, temos a certeza de estar no caminho certo para viabilizar o legado olímpico que os atletas e amantes do esporte merecem. Queremos que os brasileiros participem cada vez mais de atividades esportivas e façam uso efetivo das instalações olímpicas.
 

Ministério do Esporte lança edital para ação Brincando com Esporte 2018/2019

O Ministério do Esporte divulgou, nesta quarta-feira (03.01), o edital de chamada pública para implantação e desenvolvimento da ação Brincando com Esporte exercício 2018/2019. A seleção de propostas, publicada no Diário Oficial da União, visa promover saúde e educação por meio ao acesso à prática de esporte e de lazer para crianças e jovens, com idade entre 06 e 17 anos, durante os dois períodos de férias escolares. Os interessados terão até o dia 02 de fevereiro para cadastrar e enviar as propostas por meio do Sistema de Convênios (Siconv).

» Confira o Edital de Chamada Pública

Mais informações: 61 - 3217-9470

O Brincando com Esporte é desenvolvido pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS) do Ministério do Esporte e pretende oferecer a crianças e adolescentes de diversas regiões do Brasil, nos dois períodos anuais de férias escolares, opções de esporte e lazer que preencham o tempo livre de forma prazerosa e construtiva, por meio do desenvolvimento de atividades lúdicas, esportivas, artísticas, culturais, sociais e turísticas.

No edital, o governo federal vai selecionar propostas de entes públicos (estaduais, municipais e distrital) e de instituições públicas (federais, estaduais, municipais e distritais). Por meio de formalização de Termo de Convênio ou de Termo de Execução Descentralizada (TED), as entidades receberão recursos para implantar e desenvolver em duas edições, nos períodos de férias escolares, com no mínimo um núcleo, atendendo 200 participantes, lanche diário e oferta de um passeio por edição.

As entidades interessadas deverão apresentar o Plano de Trabalho com justificativa para celebração o convênio, descrição completa do objeto a ser executado, metas a serem atingidas, etapas ou fases da execução, compatibilidade de custos com o objeto a ser executado, cronograma de execução do objeto e cronograma de desembolso e plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pelo concedente e da contrapartida financeira do proponente, se for o caso.

O processo seletivo será realizado em três etapas. Na primeira, a União vai avaliar todas as propostas. Os planos de trabalho de acordo com as orientações estabelecidas serão encaminhados para a segunda etapa. A fase seguinte será de avaliar as propostas para fins de classificação. A divulgação e homologação das propostas serão na terceira etapa, a data limite será de 12 de abril.

Ascom – Ministério do Esporte 

Temporada de esporte olímpico reserva competições internacionais em janeiro

Janeiro não será de descanso para muitos atletas brasileiros. No segundo ano do ciclo olímpico visando aos Jogos de 2020, os esportistas do Time Brasil buscam evolução para representar bem o país nas Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio, no Japão. Neste mês, serão disputadas competições de vôlei de praia, taekwondo, tênis, tênis de mesa, badminton, judô, ciclismo de pista, tiro com arco, canoagem, caratê e rúgbi de sete.

Ágatha (dir.) e Duda disputam a etapa do Circuito Mundial de vôlei de praia (Foto: Divulgação/FIVB)Ágatha (dir.) e Duda disputam a etapa do Circuito Mundial de vôlei de praia (Foto: Divulgação/FIVB)

A temporada 2018 do Circuito Mundial de vôlei de praia começa nesta terça-feira (03.01), com a etapa de Haia, na Holanda, que prossegue até o domingo (07.01). O evento holandês reúne duplas de todas as partes do mundo que irão encarar diferentes etapas ao longo do ano. A final do Circuito Mundial de vôlei de praia 2018 será disputada em agosto, em Hamburgo, na Alemanha.

O vôlei brasileiro será representado por quatro times no torneio feminino e três no masculino: Elize Maia/Taiana, Bárbara Seixas/Fernanda Berti, Maria Elisa/Carol, Ágatha/Duda, Vinicius/Luciano, Guto/Vitor Felipe e Pedro Solberg/George.

Na China, os lutadores disputam, a partir deste sábado (06.01), a segunda etapa do Grand Slam de Taekwondo, na cidade de Wuxi. Os atletas voltarão a disputar o Grand Slam no dia 20, durante a terceira etapa, na mesma cidade.

Entre os dias 15 e 28, o Aberto da Austrália reserva as emoções do primeiro Grand Slam da temporada de tênis. Trata-se de um dos quatro torneios mais importantes do ano, ao lado de Roland Garros, Wimbledon e do US Open.

No tênis de mesa, o Circuito Mundial será movimentado neste mês com a etapa de Budapeste, na Hungria, entre os dias 18 e 21.

O judô, esporte em que o Brasil conquistou cinco pódios em 2017 no Campeonato Mundial, terá a primeira competição no dia 19 de janeiro. A etapa de Tunes do Grand Prix da modalidade será disputada até o dia 21, na Tunísia. Em seguida, os judocas seguem para Marrakesh, para a etapa de Marrocos do Grand Prix de Judô.

No fim do mês, será realizada a etapa de Paris da Premier League de Caratê, entre os dias 26 e 28. No mesmo período, as melhores seleções do mundo do rúgbi de sete disputam a etapa de Sydney da série mundial, masculina e feminina.

Esporte em 2018
O calendário esportivo de 2018 será marcado por grandes eventos mundiais: os Jogos Olímpicos de Inverno, na cidade de PyeongChang, na Coreia do Sul, em fevereiro; a Copa América de futebol feminino em abril, no Chile; e a Copa do Mundo FIFA de futebol, na Rússia, em junho.

Outro megaevento são os Jogos Olímpicos de Verão da Juventude, que reunirão a futura geração de atletas dos esportes olímpicos na cidade de Buenos Aires, na Argentina, no mês de outubro. Antes disso, os Jogos Sul-Americanos, maior evento multiesportivo do continente, serão disputados em Cochabamba, na Bolívia, em maio.

Confira o calendário dos principais eventos esportivos de janeiro:

» 03 a 07 - Etapa de Hague (NED) do Circuito Mundial de Vôlei de praia
» 06 - Segunda etapa do Grand Slam de Taekwondo - Wuxi, na China
» 15 a 28 - Grand Slam de Tênis - Aberto da Austrália
» 16 a 21 - Masters da Malásia de Badminton - Kuala Lumpur (MAS)
» 18 a 21 - Etapa de Budapeste (HUN) do Circuito Mundial do Tênis de mesa
» 19 a 21 - Etapa de Tunis (TUN) do Grand Prix de Judô
» 19 a 21 - Etapa da Copa do Mundo de Ciclismo de pista - Minsk, na Bielorrússia
» 19 a 21 – Etapa da Copa do Mundo indoor de tiro com arco 2017/2018
» 20 e 21 - Canoagem velocidade Seletiva Nacional para a Olimpíada da Juventude - Muzambinho (MG)
» 20 - Etapa do Grand Slam de Taekwondo - Wuxi, China
» 23 a 28 - Masters da Indonésia de Badminton - Jacarta (IND)
» 26 a 28 - Etapa de Marrakech (MAR) do Grand Prix de Judô
» 26 a 28 - Etapa de Paris (FRA) da Premier League de Caratê
» 26 a 28 - Etapa de Sydney (AUS) da Série Mundial feminina de Rugby Sevens
» 26 a 28 - Etapa de Sydney (AUS) da Série Mundial masculina de Rugby Sevens
» 30 a 04 de fevereiro - Aberto da Índia de Badminton - Nova Déli (IND)

Breno Barros, rededoesporte.gov.br

Artigo: O futuro do esporte

Paulo Wanderley, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB)
Texto publicado pelo jornal O Globo em 2 de janeiro de 2018
 
O esporte olímpico do Brasil passa por um período de grandes avanços. Assim como os diversos setores da sociedade, o esporte acompanha a necessidade de modernizar sua gestão e as relações entre seus diversos agentes. A aprovação do novo estatuto do Comitê Olímpico do Brasil já é resultado dessa nova política, a partir do diálogo e do trabalho que envolveu as Confederações, entidades organizadas dos atletas e o COB.
 
Atendendo à antiga reivindicação da comunidade esportiva, os atletas obtiveram maior representatividade na Assembleia do COB, passando de um para 12 votos. Cabe agora a esses 12 atletas entenderem seu importante papel nesse contexto histórico e, com dedicação e empenho, justificarem a expectativa positiva em tomo de sua participação. Este é um avanço histórico, que pretendo ver multiplicado em todas as Confederações Brasileiras Olímpicas do país.
 
A criação do Conselho de Administração é outra mudança que impactará diretamente a gestão do COB. Seguindo os modernos conceitos de gestão, as principais decisões do COB passam a ser tomadas por um colegiado de 15 pessoas, incluindo atletas, representantes do COB, das Confederações, do Comitê Olímpico Internacional e dois membros independentes. Além disso, o COB passa a contar também com um Conselho de Ética, composto por cinco membros eleitos, sendo no mínimo três independentes, e será integrado por um Comitê de Integridade e outro de Conformidade. O objetivo aqui é garantir a qualidade dos candidatos às funções eletivas e dos principais executivos do COB, como também resguardar a entidade de eventuais conflitos de interesse.
 
O critério de elegibilidade para presidente e vice-presidente também se tornou mais acessível e abrangente. Antes, apenas um membro da Assembleia por mais de cinco anos podia apresentar candidatura, com o apoio de no mínimo dez membros. Agora, desde que atenda aos princípios de integridade, o candidato precisa do apoio de três membros para concorrer à presidência do COB, seja ele membro ou não da Assembleia.
 
Desde que assumi a presidência do Comitê Olímpico do Brasil, no dia 11 de outubro passado, três conceitos passaram a nortear todos os passos da entidade: transparência, meritocracia e austeridade. E esses conceitos vão além do discurso. A assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério do Esporte, a mudança da sede para o Parque Aquático Maria Lenk, em 2018, e a reestruturação financeira e administrativa da entidade, com maior controle de gastos, são alguns exemplos que respaldam o novo modelo de gestão do COB. Precisamos otimizar recursos para investir mais na preparação dos atletas, estes que são o objetivo final do COB.
 
O Comitê Olímpico do Brasil é uma entidade centenária que tem a missão de preparar e organizar as delegações brasileiras nas principais competições multiesportivas do calendário mundial. Mas o trabalho voltado ao alto rendimento não se encerra com a conquista de medalhas. O fortalecimento do esporte olímpico é fundamental para a inserção social e prática da cidadania de milhões de jovens brasileiros.
 
A experiência que tive à frente da Confederação Brasileira de Judô, a partir de 2001, me faz acreditar que as mudanças implementadas no COB trarão mais credibilidade e maior reconhecimento ao excelente trabalho que já é realizado pela entidade, seja através dos cursos de capacitação de gestores, a cargo do Instituto Olímpico Brasileiro, seja pelo apoio direto às Confederações à preparação dos atletas.
 
O mundo está mudando, o Brasil está mudando. É preciso evoluir e essa premissa se aplica a todos: entidades, organizações, dirigentes e atletas. Este é um processo sem volta. O desafio é do tamanho da oportunidade de fazer do esporte uma referência para a nossa sociedade, e também um norte para milhões de jovens e crianças de todo o país.

Diário Oficial da União publica lista da Bolsa Atleta com 5.830 contemplados

Foi publicada nesta sexta-feira (29.12), em edição extra do Diário Oficial da União, a lista dos atletas contemplados no exercício 2017 do Programa Bolsa Atleta nas diferentes categorias das modalidades que pertencem ao calendário dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Com investimento de cerca de R$ 79,3 milhões, o Ministério do Esporte vai atender 5.830 atletas.
 
Do total, serão contemplados 3.367 homens e 2.463 mulheres. O atletismo é o esporte com o maior número de esportistas patrocinados, com 899 atendidos, seguido por natação (464), handebol (305), tiro esportivo (299) e judô (254).
 
O pleito tem como base os resultados esportivos de 2016 nas modalidades que compõem o programa dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos. O edital prevê a concessão de bolsas nas categorias Atleta de Base (R$ 370), Estudantil (R$ 370), Nacional (R$ 925), Internacional (R$ 1.850), e Olímpica/Paralímpica (R$ 3.100). O atleta contemplado recebe 12 parcelas do valor definido na categoria.
 
Atletismo é a modalidade com o maior número de atletas contemplados Foto: Roberto Castro/MEAtletismo é a modalidade com o maior número de atletas contemplados Foto: Roberto Castro/ME
 
Concorreram à Bolsa Atleta os esportistas que obtiveram bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades vinculados a uma entidade de prática desportiva. Esportistas da categoria Estudantil devem estar regularmente matriculados em instituição de ensino, pública ou privada.
 
Apoio direto
Considerado o maior programa de patrocínio esportivo individual e direto do mundo, a ação é uma das iniciativas do Governo Federal que têm contribuído para a formação de atletas que representem o país em competições nacionais e internacionais.
 
Desde a criação, em 2005, 20,7 mil atletas brasileiros foram patrocinados, num investimento que ultrapassa R$ 890 milhões, distribuídos em aproximadamente 51 mil bolsas. No exercício de 2016, 6.217 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas foram contemplados e outros 1.080 de modalidades não olímpicas e não paralímpicas.
 
Retorno em medalhas
A importância do Bolsa Atleta no rendimento dos atletas brasileiro pôde ser medida nos Jogos Rio 2016. Na edição olímpica, 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros – a maior campanha da história –, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas.
 
Já nos Jogos Paralímpicos, o Brasil teve a maior delegação da história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio financeiro do Ministério do Esporte. O resultado se repetiu no Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado em Londres, em julho. As 21 medalhas conquistadas na competição foram alcançadas por atletas patrocinados pelo Programa.
 
Ascom – Ministério do Esporte

A inspiradora história de Rafael Baby até o bronze nos Jogos Rio 2016

Rafael Baby tem uma trajetória não muito usual no esporte de alto rendimento. Iniciou a vida nos tatames "tardiamente", aos 15 anos. Teve de absorver todos os ensinamentos e técnicas muito rapidamente para crescer e atingir o patamar de brigar por vagas na seleção brasileira na categoria pesado do judô.
 
Consolidado como referência, Baby tinha em 2015 o ano todo planejado para ajustar detalhes e chegar no melhor de sua forma às Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Uma semana antes dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, contudo, uma séria lesão deixou toda a trajetória em suspenso.
 
"Eu rompi a musculatura do peitoral maior fazendo supino na musculação. Eram uns 200 quilos e caiu o peso todo no meu peito. Uma lesão grave, cirúrgica. Aí você pensa: 'Nossa, o que vou fazer agora, um ano antes da Olimpíada?'. Imediatamente, deixei de viajar para o Pan, fui cortado e mudei o foco para a recuperação", recordou o atleta.
 
Foram seis meses de fisioterapia até a volta aos tatames. "Bateu muito medo, insegurança. A lesão foi uma coisa realmente ruim, mas acho que me ajudou no ponto de parar e ver: 'Poxa, o que está acontecendo com meu corpo? O que posso melhorar para ter mais saúde competindo e treinando em alto rendimento?", disse.
 
 
Paralelamente, Baby precisou participar e se destacar em várias competições em sequência em seu retorno. Isso porque havia uma disputa acirrada pela vaga com o jovem David Moura. Baby conseguiu bons resultados e assegurou a vaga às vésperas dos Jogos. Por isso, o sentimento quando conquistou o bronze em casa, no Rio de Janeiro, foi de grande alívio. "Você de fato dá aquela respirada aliviada, por ter conquistado aquele pedacinho do que você construiu durante toda a vida, a materialização do negócio, uma medalha. É realmente muito especial".
 
Na conversa com Tande, Baby enfatiza, ainda, a importância estratégica dos patrocínios para garantir a preparação da forma mais adequada. "A gente vivia muito aquele negócio do "paitrocínio", de a família botar uma grana para viajar, para treinar. O Bolsa Atleta mudou essa história na base do negócio, de poder ter esse dinheiro para viajar ou pagar uma suplementação, uma nutricionista ou uma preparação física adequada. E, no alto rendimento, a Bolsa Pódio faz toda a diferença. O atleta de alto rendimento está envolto em detalhes, o resultado depende de detalhes, e você ter tranquilidade para só pensar em  treinar, em melhorar o desempenho, é algo especial e traz resultados".
 
Fonte: Ministério do Esporte
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