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Comissão aprova MP que cria a AGLO para administrar legado olímpico
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- Publicado em Quinta, 22 Junho 2017 10:59
A comissão mista da Medida Provisória 771/17 aprovou, nesta quarta-feira (21.06), o relatório do deputado Altineu Côrtes (PMDB-RJ). A MP criou uma autarquia federal de caráter temporário, vinculada ao Ministério do Esporte, para administrar o legado patrimonial e financeiro deixado pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) substituiu, desde a edição da medida provisória, a Autoridade Pública Olímpica (APO), um consórcio público interfederativo formado pelo governo federal, Estado e Prefeitura do Rio de Janeiro. Criada pela Lei Federal nº 12.396, de 21 de março de 2011, a APO foi uma das garantias oferecidas pelo Brasil ao Comitê Olímpico Internacional (COI) durante a candidatura da cidade do Rio para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. A instituição tinha como objetivo coordenar as ações governamentais para o planejamento e a entrega das obras e dos serviços necessários à realização dos Jogos.
A AGLO terá prazo de funcionamento: ela será extinta após tomadas todas as providências necessárias à destinação do legado olímpico ou no dia 30 de junho de 2019, o que ocorrer primeiro. No Parque Olímpico da Barra, estão sob responsabilidade da AGLO o Velódromo, o Centro Olímpico de Tênis e as Arenas Carioca 1 e 2.
O relatório de Altineu Côrtes será votado no Plenário da Câmara dos Deputados. O texto precisa ser aprovado até 10 de agosto, último dia de vigência da MP 771.
» ÍNTEGRA DA PROPOSTA DA MPV-771/2017
Menos custo
O deputado destacou que a nova autarquia representa economia para os cofres públicos. Segundo ele, a estrutura da Governança do Legado Olímpico é mais barata do que a da Autoridade Pública Olímpica.
“Ela reduz o número de funcionários da então Autoridade Olímpica. A gente quer que todo esse equipamento público possa atender a população da forma mais benéfica possível, com o menor custo para o Brasil”, disse Côrtes.
Funções
A competência principal da AGLO é gerir o legado das instalações esportivas para os dois eventos esportivos - Olimpíadas e Paraolimpíadas - sob posse ou domínio da União, no Parque Olímpico da Barra (Arenas Cariocas 1 e 2, Velódromo e Centro Olímpico de Tênis), regiões da Zona Oeste do Rio de Janeiro, sem prejuízo de outros espaços que venham a ser cedidos, no futuro, para a União pelo Município do Rio de Janeiro.
Este trabalho envolve a viabilização da utilização das instalações esportivas; a promoção de estudos que subsidiem a adoção de modelo de gestão sustentável dos equipamentos; e a definição das contrapartidas para quem utilizar as instalações. A AGLO terá ainda como missão incentivar as atividades esportivas de alto rendimento.
Sediada no Rio, a autarquia é administrada por Paulo Márcio Dias Mello, que conta com o auxílio de uma diretoria. A AGLO poderá requisitar pessoal de órgãos da administração pública federal e militares das Forças Armadas. A medida provisória define, em três anexos, a quantidade e a remuneração dos cargos em comissão e das funções de confiança da nova autarquia federal.
Fonte: Câmara dos Deputados
1º Encontro das Faculdades de Educação Física promovido pela ABCD já tem mais de 160 participantes confirmados
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- Publicado em Terça, 20 Junho 2017 17:24
No próximo dia 28, no auditório do Ministério do Esporte, em Brasília, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) promoverá o 1º Encontro de Faculdades de Educação Física do Brasil 2017. Com inscrições encerradas, o evento já conta com 163 participantes confirmados de todo o país, mas a expectativa é de que 200 pessoas participem do encontro, que reunirá, além de diretores de faculdades de educação física, representantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB), do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), além de confederações que possuem acordo de cooperação com o ABCD e representantes de Conselhos Regionais de Educação Física (CREF) de 15 estados.
O principal objetivo do evento, que terá entre seus palestrantes, além do secretário nacional da ABCD Rogério Sampaio, a diretora do Escritório Regional da América Latina da Agência Mundial Antidopagem (WADA), Maria José Pesce Cutri, é debater a importância do papel da prevenção na luta contra a dopagem no esporte e estimular as faculdades de educação física a inserirem a matéria em suas grades de ensino.
“A organização desse encontro é fruto de seis meses de trabalho por parte da equipe da ABCD” ressalta o secretário Rogério Sampaio. “Tenho certeza de que esse evento trará benefícios para o contexto atual de informação e prevenção do conteúdo antidopagem no país”, prossegue.
Rogério lembra que a iniciativa da ABCD junto às faculdades de educação física é fruto de um projeto da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem de repercussão internacional. “As ações da ABCD nesse sentido repercutiram internacionalmente na medida em que a ABCD elaborou e apresentou junto a Unesco um projeto semelhante ao que vamos debater no encontro da próxima semana. Esse projeto chegou ao conhecimento da Universidade Paris Nanterre (Université Paris Nanterre), que adotou a disciplina antidopagem em seu currículo e o lançou no início deste mês em Paris”, comemora Rogério Sampaio.
Para estimular a comunidade acadêmica a se engajar na luta antidopagem no Brasil, os participantes do 1º Encontro de Faculdades de Educação Física serão encorajados a criarem projetos voltados ao combate ao doping. Durante o encontro em Brasília, serão empossados dois comitês, um científico e outro de extensão, que serão responsáveis por avaliar esses projetos. “Os dois principais projetos avaliados pelos comitês serão enviados pela ABCD para a Unesco e concorrerão, no ano que vem, a um prêmio de 20 mil dólares que serão usados para que o projeto vencedor possa ser implantado”, adianta Rogério.
Palestras
A programação do 1º Encontro de Faculdades de Educação Física terá, além da abertura do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e das palestras de Rogério Sampaio e Maria José Pesce Cutri, palestras com o professor Pablo Juan Grecco e com o professor Fernando Vitor Lima, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e com o professor Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF). Haverá ainda um painel com atletas olímpicos, paralímpicos e ex-atletas e encerramento ficará a cargo do diretor do Departamento de Informação e Educação da ABCD, professor Luiz Celso Giacomini.
“O significado desse evento em termos de disseminação da ideia do controle de dopagem no país se reveste de uma importância capital para a ABCD”, afirma o professor Luiz Celso Giacomini. “Esse conteúdo, uma vez sendo absorvido pelas comunidades e disseminado pelos meios acadêmicos, trará uma contribuição fantástica para a conscientização dos futuros profissionais de educação física no sentido de promover a informação, a educação e a prevenção antidopagem nos segmentos em que eles irão trabalhar no futuro: escolas, clubes e academias”, encerra o diretor da ABCD.
1º Encontro das Faculdades de Educação Física do Brasil 2017
Data: 28 de junho
Horário: Credenciamento às 8h30, abertura oficial às 9h e encerramento às 16h30
Local: Auditório do Ministério do Esporte – Condomínio Financial Center – Brasília
Setor de Indústrias Gráficas – SIG Qd. 04, Lote 83, Bloco C – Térreo
Luiz Roberto Magalhães - Ministério do Esporte
AGLO apresenta Plano de Legado das Instalações Olímpicas e Matriz de Responsabilidades dos Jogos Rio 2016
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- Publicado em Quarta, 14 Junho 2017 11:25
Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (14.06) no Velódromo do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) apresentou o plano de legado para a utilização das instalações do Parque Olímpico, coração dos Jogos Rio 2016, e de Deodoro, região que também recebeu competições durante o megaevento.
Na mesma ocasião, a AGLO apresentou a última atualização da Matriz de Responsabilidade. O documento trouxe os dados de custos da União e outros entes federativos e da iniciativa privada, relativos aos Jogos Rio 2016, aplicados em instalações esportivas e outras obrigações indispensáveis à realização das Olimpíadas e Paralimpíadas no Brasil.
A audiência pública contou com a presença, além de Paulo Márcio Dias Mello, presidente da AGLO; de Pedro Sotomayor, diretor executivo da AGLO; Ricardo Almeida, procurador federal da AGLO; Marlos Lancellotti, representante do Tribunal de Contas da União do Rio de Janeiro (TCU-RJ); Leandro Mitidieri, procurador do Ministério Público Federal (MPF); Thiago Pampolha, secretário de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro; Patrícia Amorim, subsecretária municipal de esporte do Rio de Janeiro; Walter da Silva Junior, representante da extinta Autoridade Pública Olímpica (APO); e Lindberg Cury Junior, representante da Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados.
De acordo com a matriz apresentada nesta quarta-feira pela AGLO a partir de dados requeridos aos dirigentes da extinta-APO, R$ 7,232 bilhões foram investidos pelo poder público federal, estadual e municipal e iniciativa privada, que bancou 58,6% dos custos. Do total, R$ 2,222 bilhões vieram da União, recursos usados na construção e em obras no Parque Olímpico da Barra e no Complexo Esportivo de Deodoro, valor que inclui também as despesas com energia elétrica na Região Barra, na Região Deodoro e na Região Copacabana, além de instalações complementares (arquibancadas temporárias e outros itens).
Na avaliação de Paulo Márcio, a audiência foi bem-sucedida e serviu para elucidar vários pontos relativos a números e principalmente ao papel da AGLO no processo de construção do legado olímpico. "Acho que foi bastante positiva a audiência em que foram apresentados dois assuntos distintos, uma Matriz de Responsabilidade e um Plano de Legado", afirmou o presidente da AGLO. "Haverá questionamentos e isso é normal, tanto da Matriz quanto do Plano de Legado pelos órgãos de controle externos, mas eu fiquei bastante satisfeito com a participação do público e com as perguntas dos jornalistas. Acho que foram bem elucidados os fatos e aqueles que não conseguiram obter alguns dados eles serão apresentados aos órgãos de controle externo no momento oportuno", prosseguiu Paulo Márcio.
Confira os documentos:
» Plano de Legado das Instalações Olímpicas
» Versão final da Matriz de Responsabilidades dos Jogos Rio 2016
» Carteira de Projetos Olímpicos – 6ª Atualização
Criada no fim de março deste ano para suceder a Autoridade Pública Olímpica (APO), a AGLO é responsável por administrar e viabilizar a utilização das instalações do Parque Olímpico da Barra sob sua responsabilidade – Velódromo, Centro Olímpico de Tênis e Arenas Cariocas 1 e 2 –, bem como fazer o mesmo com instalações de Deodoro sob seus cuidados – Centro Nacional de Tiro, os Centros Nacionais de Pentatlo Moderno e Hóquei Sobre Grama, o Parque Equestre e a Arena da Juventude (Arena Wenceslau Malta).
Desde sua criação, a AGLO trabalha na transição do modo Jogos para o modo Legado e para isso assinou acordos de cooperação com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Confederação Brasileira de Clubes (CBC). O calendário de eventos organizados pela AGLO já promoveu, no Parque Olímpico, em maio de 2017, o primeiro torneio oficial internacional realizado no local após os Jogos Rio 2016. Na ocasião, o Centro Olímpico de Tênis foi adaptado para a disputa da etapa carioca do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. O Velódromo foi outra instalação que retomou sua utilização no fim de maio, quando foi palco da 1ª edição do Rio Bike Fest. Também em maio, o Complexo Olímpico de Deodoro voltou a ser utilizado após os Jogos, quando a Arena da Juventude recebeu mais de três mil pessoas durante o Campeonato Carioca de Judô.
Antes disso, o Parque Olímpico já havia recebido, em fevereiro, um torneio amistoso internacional de vôlei de Praia, o Gigantes da Praia, também disputado no Centro Olímpico de Tênis, e abriu suas portas para o crianças e jovens do projeto Brincando com o Esporte, quando mais de 700 crianças puderam conhecer de perto as instalações olímpicas.
Apenas no mês de maio mais de 200 atletas do alto rendimento utilizaram as instalações olímpicas e foram acompanhados por um público de mais de sete mil pessoas. Mais recentemente, no dia 10 de junho, a Arena Carioca 1 sediou, ainda, a abertura dos Jogos da Baixada.
Transparência
Para o representante do Tribunal de Contas da União do Rio de Janeiro, a Autoridade de Governança do Legado Olímpico, apesar do pouco tempo de criação, tem mostrado resultados positivos. "A AGLO está fazendo um trabalho muito interessante", avaliou Marlos Lancellotti. "A transparência aqui é total e o que foi dito aqui está dentro do previsto e do que foi demandado. A documentação que sustenta toda essa apresentação ainda será protocolada no Tribunal e nós vamos fazer a análise", continuou.
"A AGLO ainda teve muito pouco tempo para exercer suas competências. O quadro da AGLO ainda não está completo, faltam servidores, e a gente entende que ainda está em uma fase muito inicial. Mas eu acho que a partir da gestão do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, a gente tem visto uma certa agilidade nos processos, tanto do ministério quando da AGLO. A gente espera que se dê continuidade a isso e que a gente consiga atingir nosso objetivo, que é o plano de legado de longo prazo", encerrou.
Plano de Legado
Durante a audiência pública, Paulo Márcio ressaltou que o principal objetivo da AGLO, que deverá ser extinta em 30 de junho de 2019, é pôr em prática um plano de legado consistente e que contemple não apenas o esporte de alto rendimento, mas o esporte educacional e projetos sociais e culturais.
Isso já está em curso. Entre julho e novembro de 2017, o calendário no Parque Olímpico já tem dez eventos confirmados, com competições de tênis de mesa, jiu jitsu, badminton, tênis e futebol em cadeira de rodas, além de eventos culturais como o Rock In Rio, a Comic Com e o Garmin XP. A AGLO ainda tenta viabilizar outros sete eventos neste período, que dependem da confirmação de seus organizadores.
Em Deodoro, o Centro militar de Tiro Esportivo já recebeu 14 eventos entre março e a segunda semana de junho e outros 21 eventos estão confirmados até dezembro. Entre fevereiro e abril, o Centro de Treinamento de Pentatlo Moderno foi utilizado nove vezes para treinamentos de atletas militares e da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno, e a Arena Wenceslau Malta (Arena da Juventude) já tem confirmados o Campeonato Estadual Individual e o Troféu Rio de Janeiro de judô em julho e outubro, respectivamente.
O Centro de Treinamento de Hóquei e o Parque Equestre também já foram utilizados para treinos e competições entre março e maio e o Parque Equestre tem 11 eventos confirmados até o final de 2017.
Para Leandro Mitidieri, o Ministério Público Federal tem, agora, um plano de legado nos moldes do esperado. "Nós recebemos esse documento e pela primeira vez nos chega um plano mais consistente, com as previsões de gastos. Mas precisamos analisar", afirmou. "Nós notamos um empenho maior por parte da AGLO, uma busca por uma estruturação, porque a questão do legado foi tratada anteriormente de forma muito negligente. Essa é a nossa conclusão, inclusive da ação civil pública, de que não houve o devido planejamento. E agora é essa questão de tentar virar esse jogo e transformar essas estruturas em algo com uso sustentável para a população e ao mesmo tempo não isso não seja um gasto absurdo", prosseguiu o procurador.
Sobre essa questão, Paulo Márcio lembrou que a AGLO tem trabalhado no sentido de obter contra partidas por parte dos parceiros que utilizam as instalações, de modo que essas contrapartidas sejam revertidas em benefícios às arenas, como ocorreu na realização da etapa carioca da Copa do Mundo de Vôlei de Praia, quando a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) empenhou R$ 60 mil na obtenção de guarda-corpos, sem os quais o Centro Olímpico de Tênis não poderia ser liberado para uso.
Do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte
Alimentos arrecadados no Rio Bike Fest são doados a instituição
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- Publicado em Terça, 13 Junho 2017 16:06
Aviso de pauta: AGLO apresenta plano de legado
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- Publicado em Terça, 13 Junho 2017 12:35
A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) realiza audiência pública nesta quarta-feira (14.06), às 9h30, para apresentar o plano de legado das instalações olímpicas, que consistem no planejamento estratégico e operacional da autarquia, e da versão final da matriz de responsabilidades dos Jogos Rio 2016, visando exaurir a responsabilidade do consórcio Autoridade Pública Olímpica e afastar o estado de indefinição que pode haver sobre as competências dos entes públicos. e privados envolvidos na realização das Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Apresentação do Plano de Legado
Local: Velódromo Olímpico, do Parque Olímpico da Barra
Horário: 9h30
Entrada: A partir das 9h, pelo Portão 7
Credenciamento de Imprensa: Até às 17h, desta terça-feira (13), pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Em evento no Parque Olímpico, atletas ressaltam a importância da Bolsa Pódio
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- Publicado em Terça, 13 Junho 2017 11:51
Ministério prorroga prazo para edital do Programa Segundo Tempo Paradesporto
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- Publicado em Terça, 13 Junho 2017 11:37
Zico é eleito presidente da Comissão Nacional de Atletas e prioridade é construir um projeto que una esporte e educação
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- Publicado em Segunda, 12 Junho 2017 22:00
Um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, Zico foi eleito, nesta segunda-feira (12.06), presidente do Conselho Nacional de Atletas (CNA). Ele foi escolhido para liderar o CNA durante reunião realizada no escritório do Ministério do Esporte no Rio de Janeiro, localizado no Velódromo, no Parque Olímpico da Barra. Os participantes também definiram que Lars Grael será o vice-presidente e elegeram a ex-jogadora de vôlei Leila como secretária.
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, participaram da reunião. Durante sua fala de abertura, Picciani destacou a importância da CNA para o desenvolvimento do esporte brasileiro desde sua criação, em 2001. “Creio que a Comissão Nacional de Atletas tem um papel relevantíssimo e que a gente quer que também funcione no dia a dia, ajudando o ministério na definição das prioridades e na definição das políticas públicas”, afirmou o ministro.
“Estamos vivendo um momento especial do esporte brasileiro; É um momento em que a gente discute os novos rumos, os novos caminhos e os aperfeiçoamentos que precisam ser feitos na gestão do esporte brasileiro”, prosseguiu Leonardo Picciani.
Além de Zico, Lars Grael e Leila, a reunião da CNA desta segunda-feira contou com outras personalidades do esporte brasileiro que integram a comissão, entre eles Maurren Maggi, campeã olímpica do salto em distância em Pequim 2008, e Yohansson Nascimento, dono de seis medalhas em Jogos Paralímpicos no atletismo. Ao todo, 21 atletas e ex-atletas integram esta gestão da CNA.
Os participantes debateram sobre vários temas ligados ao esporte, desde as categorias de base até exemplos bem-sucedidos em seus estados, e, motivados pelas palavras de Leila, chegaram ao consenso de que o mais importante neste momento para o esporte brasileiro é encontrar uma forma eficiente de fomentar o esporte escolar no país. Assim, eles prometem tentar construir um projeto no qual o ministério do Esporte e o ministério da Educação possam trabalhar, juntos, um programa que permita que crianças e jovens tenham mais acesso ao esporte nas escolas e universidades.
“É uma satisfação muito grande ter sido escolhido presidente por essas grandes feras aí do nosso esporte”, agradeceu Zico, que chegou à CNA indicado pela Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT). “Acho que a gente tem um trabalho de alta relevância para o esporte no país. É uma comissão que de dois em dois anos se renova e sempre com projetos importantes, como a Bolsa Atleta e Lei de Incentivo, que se tornaram uma realidade”, lembrou o ex-jogador.
“Agora mais um ponto que foi atacado é a questão da união com a educação, que é tão importante no nosso país. Eu acho que o esporte é fundamental nesse projeto da educação. Esses grandes ídolos do Brasil são referências. Eu fui secretário de esporte e sei o quanto sofri de dificuldade para unir isso. Mas acho que nunca é tarde. Acho que essa comissão está pronta e preparada para trabalhar em cima disso e entregar um produto para o ministro para que ele possa, com o ministro da Educação, sentar e analisar com carinho para que o esporte seja mais uma vez ouvido e que o esporte traga mais uma vez algo que possa beneficiar o nosso país”, concluiu Zico.
Bolsa Atleta e Lei de Incentivo
Antes de passar a palavra aos membros da CNA, ainda no início da reunião, Lars Grael fez uma breve apresentação do histórico da CNA. O embrião do Conselho Nacional de Esportes nasceu em dezembro de 2000, quando, em Brasília, um grupo de atletas liderado por Adhemar Ferreira da Silva, primeiro bicampeão olímpico brasileiro – foi ouro no salto triplo nos Jogos de Helsinque 1952 e Melbourne 1956 –, entregou ao então presidente Fernando Henrique Cardoso uma reivindicação que pedia maior participação dos atletas no processo decisório do esporte nacional.
O ex-presidente criou uma comissão de atletas para que o grupo pudesse apoiar os trabalhos do então ministério do Esporte e Turismo e Adhemar Ferreira da Silva foi escolhido como o primeiro presidente da CNA.
Durante 2001 até 2006, a Comissão Nacional de Atletas trabalhou ativamente, mas depois disso acabou adormecida. A portaria que criava a CNA nunca foi revogada, mas a comissão deixou de ser convocada depois de 2006 e com isso perdeu prestígio. O grupo só voltaria a se reunir para valer na gestão do ex-ministro do Esporte George Hilton, que indicou um novo grupo, formado por 35 atletas.
“De lá pra cá, eu posso falar com muita clareza, a comissão nunca teve tanto prestígio como tem neste momento na gestão do ministro Leonardo Picciani”, afirmou Lars Grael. “Primeiro porque é um ministro que prestigiou o esporte deste sua posse e que trouxe atletas olímpicos e medalhistas olímpicos para sua equipe, com destaque para o secretário nacional de alto rendimento, Luiz Lima, e para o campeão olímpico (de judô) Rogério Sampaio, à frente da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem)”, prosseguiu Lars Grael, que já foi presidente da CNA.
Lars lembrou ainda que a Comissão Nacional de Atletas teve papel decisivo em dois grandes avanços do esporte brasileiro. Foi a partir de projetos da CNA que a Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte foram criadas. Agora, caberá ao grupo liderado por Zico, Lars Grael e Leila o desafio de unir de forma eficiente educação e esporte no Brasil.
A próxima reunião da CNA deve ocorrer em julho, em data ainda a ser confirmada. Até lá, os integrantes seguirão apresentando propostas e ideias via WhatsApp, principal ferramenta usada no período entre uma reunião presencial e outra.
Do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte
COB cria festival multiesportivo para levar espírito olímpico para diferentes regiões do país
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- Publicado em Segunda, 12 Junho 2017 15:02
Segunda lista da Bolsa Pódio de 2017 contempla medalhistas olímpicos e paralímpicos do Rio
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- Publicado em Segunda, 12 Junho 2017 10:06
Após a publicação da primeira lista de 2017, no último dia 26, em que a Bolsa Pódio contemplou 183 atletas olímpicos e paralímpicos para receberem os recursos que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil por mês, chegou a vez de mais 56 nomes serem divulgados. A lista publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (12.06) contempla 23 medalhistas dos Jogos Rio 2016. O investimento é de R$ 5,256 milhões para os 38 atletas paralímpicos beneficiados, e de outros R$ 2,448 milhões para 18 representantes de modalidades olímpicas, totalizando um desembolso anual de R$ 7,7 milhões.
O anúncio oficial da nova lista será realizado pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, nesta segunda, no Rio de Janeiro, às 13h. O evento será no Muro dos Campeões, no Parque Olímpico da Barra e contará com a participação de Karla Cardoso (judô paralímpico), Felipe Gomes (atletismo paralímpico), Flávia Saraiva (ginástica) e Isabel Clark (snowboard), que assinarão o termo de adesão ao programa, entre os atletas. Também estarão no evento José Antônio Martins Fernandes, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo; Rafael Westrupp, presidente da Confederação Brasileira de Tênis; e Ivaldo Brandão, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, entre outras autoridades.
"Muita gente pensa que ser atleta é um hobby, mas é uma profissão. Não somos atletas por apenas quatro horas, mas 24h. Temos que treinar, descansar e comer como atletas. A Bolsa Pódio é uma super ajuda que a gente tem para manter o rendimento e melhorar cada vez mais. Desde que ela surgiu, os resultados dos brasileiros deram um salto enorme, e continuam dando", avalia Verônica Hipólito, medalhista de prata (100m T38) e de bronze (400m T38) no atletismo dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. "Com a bolsa, eu pude me dedicar mais ao esporte sem me preocupar com o resto. Antes, muita gente me falava que eu precisava de um emprego, que não podia me dedicar 24h ao atletismo", compara.
Outra contemplada entre os paralímpicos é Jane Karla Rodrigues, ex-atleta do tênis de mesa e que, desde 2015, representa o país no tiro com arco. Em sua estreia nos Jogos pela nova modalidade, a arqueira por pouco não beliscou o pódio, caindo nas quartas de final do arco composto diante da chinesa vice-campeã mundial Yueshan Lin. A brasileira foi campeã dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015.
"O investimento engloba tudo: equipamentos, viagens. Eu me dedico 100% ao esporte, não tenho outra renda, então ela também mantém a minha casa. Fiz até uma salinha de treinamento"Jane Karla, tiro com arco paralímpico
"A Bolsa Pódio é uma força muito grande para a gente porque no esporte, em geral, é difícil conseguir patrocínio. Se não fosse a bolsa, eu não teria chegado tão longe, e esse novo apoio vai trazer ainda mais resultados", acredita. "O investimento engloba tudo: equipamentos, viagens. Eu me dedico 100% ao esporte, não tenho outra renda, então ela também mantém a minha casa. Fiz até uma salinha de treinamento", conta.
Agora com um ciclo completo pela frente para se dedicar ao tiro com arco, Jane Karla já considera os Jogos de Tóquio 2020 como um grande sonho a ser concretizado. "Quero muito estar lá. Vou disputar uma seletiva no fim do mês, em Goiânia, que vale vaga para o Mundial de setembro, em Pequim. Se Deus quiser estarei representando o Brasil", deseja.
Novos nomes
A relação publicada nesta segunda-feira conta com 10 estreantes na categoria Pódio, um deles beneficiado pela primeira vez dentro do programa Bolsa Atleta. Julio Cesar Agripino, do atletismo paralímpico, disputou os Jogos do Rio 2016. No Circuito Caixa Nacional de 2016, foi campeão nos 1.500m. Já no Circuito Loterias Caixa deste mês, levou o ouro nos 1.500m e nos 5.000m.
Ainda entre os paralímpicos, integram a lista da Bolsa Pódio pela primeira vez: Fábio Bordignon, Cícero Nobre, Gabriela Ferreira, Kesley Teodoro e Mauro Evaristo, todos do atletismo, além de Marcelo dos Santos, prata nas duplas mistas na bocha (BC4), e de Patrícia dos Santos, da natação. Já os dois atletas olímpicos estreantes são Ane Marcelle, do tiro com arco, e Evandro Gonçalves, do vôlei de praia.
No time dos atletas que já eram bolsistas estão os medalhistas Thiago Braz, que conquistou o inédito ouro na prova de salto com vara, além de quebrar o recorde olímpico; o ginasta Arthur Zanetti, ouro nas argolas em Londres-2012 e prata no Rio; Felipe Wu, medalhista de prata na pistola de ar 10m do tiro esportivo; a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs na classe 49er FX, o primeiro ouro feminino brasileiro da vela na história das Olimpíadas; e Poliana Okimoto, bronze em maratonas aquáticas, a primeira medalha do país na modalidade.
Poliana acredita que o apoio da Bolsa Pódio teve participação na conquista do bronze no Rio de Janeiro. "Recebo desde 2013 e isso me ajudou muito no último ciclo. Fui para três Olimpíadas, e nas duas anteriores (Londres e Pequim) não tínhamos esse auxílio. Para o Rio 2016, o patrocínio foi fundamental para ganhar a medalha de bronze", destaca a campeã mundial de 2013. "Todo detalhe faz diferença no esporte de alto rendimento. O Bolsa Pódio me deu estrutura, tranquilidade para treinar, para comprar os meus suplementos e equipamentos, fazer as viagens que precisava fazer. Acho que uma parte da medalha foi graças à Bolsa Pódio", acrescenta.
Entre os atletas paralímpicos que já eram bolsistas estão também: Daniel Martins, ouro nos 400m livre (classe T20) e recorde mundial da prova; Phelipe Rodrigues, com quatro medalhas na natação; Antônio Tenório, que conquistou sua sexta medalha paralímpica da carreira com a prata na categoria até 100kg; e Bruna Alexandre, que se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha no tênis de mesa nos Jogos, com o bronze na classe 10.
Novas listas
O prazo para indicação de atletas à Bolsa Pódio neste ciclo olímpico, conforme o primeiro edital, lançado em dezembro de 2016, segue até 10 de outubro. Outras listas de contemplados devem ser publicadas até o fim deste ano. Para concorrer, o atleta deve estar em plena atividade, vinculado a uma entidade de prática esportiva ou a alguma entidade nacional de administração do desporto, e entre os 20 primeiros no ranking mundial da modalidade ou prova específica.
O atleta deve, ainda, ser indicado pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto em conjunto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Ministério do Esporte. Também precisa apresentar declaração de recebimento, ou não, de qualquer tipo de patrocínio de pessoas jurídicas, públicas ou privadas, apontando valores efetivamente recebidos e os períodos de vigência dos contratos. Os bolsistas que conquistaram medalhas na última edição dos Jogos Rio 2016 têm prioridade na renovação das bolsas, conforme determina a Lei nº 12.395, de 2011.
A análise das indicações e dos planos esportivos é realizada pelos grupos de trabalho instituídos pela Portaria nº 456, de 24 de novembro de 2016, do Ministério do Esporte, respeitada a modalidade específica de cada atleta. Após a aprovação da indicação, o atleta é notificado para, em até sete dias úteis, preencher o cadastro on-line e apresentar o plano esportivo.
A permanência do atleta é reavaliada anualmente e está condicionada ao cumprimento do plano esportivo, previamente aprovado pelo grupo de trabalho, e à permanência no ranqueamento da respectiva entidade internacional.
Apoio direto
A categoria Pódio é a mais alta do programa Bolsa Atleta e foi criada, em 2013, com o objetivo de patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais nos Jogos Rio 2016. No período, foram contemplados 322 atletas, num investimento de R$ 60 milhões. Até maio deste ano, o desembolso do programa alcança a marca de R$ 83,5 milhões.
Considerado o maior programa de patrocínio individual do mundo, o Bolsa Atleta, criado em 2005, já concedeu cerca de 51 mil bolsas para 20,7 mil atletas de todo o país. No exercício de 2016, 6.217 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas estão contemplados e outros 1.080 de modalidades não olímpicas e não paralímpicas. Na década, os recursos destinados ao programa superam R$ 890 milhões.
São apoiados pelo programa atletas que tenham obtido bons resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades. O contemplado recebe o equivalente a 12 parcelas do valor definido na categoria: Atleta de Base (R$ 370); Estudantil (R$ 370); Nacional (R$ 925); Internacional (R$ 1.850); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).
O impacto da Bolsa Atleta foi medido nos Jogos Rio 2016. Na edição olímpica, 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros – a maior campanha da história –, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas. Já nos Jogos Paralímpicos, o Brasil teve a maior delegação da história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio financeiro do Ministério do Esporte.
Ana Cláudia Felizola, Breno Barros e Cynthia Ribeiro - Ministério do Esporte