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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Ações federais no esporte e preparativos para Tóquio são tema de encontro da cadeia produtiva do desporto em São Paulo

O Secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, participou, na tarde desta segunda-feira (30.09), de reunião do Comitê da Cadeia Produtiva do Desporto da Fiesp (Code), em São Paulo. O evento teve como pauta um painel sobre os preparativos dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020, com o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Andrew Parsons, e abriu espaço para que Décio Brasil detalhasse as diretrizes de atuação de sua área.

O secretário explicou ao público ligado ao setor empresarial que no último dia 12 de setembro os integrantes do Conselho Nacional do Esporte (CNE) aprovaram o Plano Nacional do Desporte (PND). O documento, que estava na Casa Civil após uma versão ser aprovada em 2018, foi resgatado e revisado na atual gestão do federal e exposta à apreciação dos integrantes do CNE.

Foto: Abelardo Mendes Jr./ Min. CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr./ Min. Cidadania"

"Os conselheiros do CNE tiveram a oportunidade de opinar sobre o novo plano e ele foi aprovado. Está agora na fase de ajustes de observações feitas pelos conselheiros. Assim que terminarmos, vamos encaminhar à Consultoria Jurídica para fazer a avaliação final e encaminharmos à Casa Civil. A alteração mais importante foi colocarmos objetivos e indicadores de metas bem definidos em cada tema. Incluímos também o futebol, que não tinha referência anterior. É um norte da política de desporto nacional", afirmou o secretário.

Décio Brasil relatou que um outro documento discutido no CNE foi a Política Nacional de Infraestrutura Esportiva. "Fizemos um diagnóstico e levantamos instalações e equipamentos esportivos abandonados. São muitos e em várias regiões. Queremos propor uma regra que, quando aprovada, exija planos de gestão municipal para equipamentos esportivos a serem construídos. Precisamos mudar a cultura de inaugurar e não fazer gestão", disse o secretário.

Ele enfatizou, ainda, que a pasta iniciou uma caravana pelo país para apresentar projetos e produtos da Secretaria Especial do Esporte para os municípios brasileiros. Uma iniciativa que, segundo Décio Brasil, se encaixa no conceito federal de mais Brasil e menos Brasília. "É uma ação de democratização das políticas públicas. Um investimento na municipalização. Começamos com Fortaleza e pretendemos ampliar. Tínhamos um diagnóstico de que nossos programas estavam concentrados no eixo Sul-Sudeste", comentou. 

Tóquio 2020

Presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons fez uma exposição das linhas gerais, dos conceitos e dos números dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, no Japão. Integrante também do Comitê Olímpico Internacional, o dirigente explicou que o conceito mais amplo dos Jogos de 2020 está organizado no tripé de lutar pelo seu melhor (Personal Best, expressão muito difundida no esporte), da unidade na diversidade e de uma conexão com o amanhã. "O Japão ainda é um país de pouca diversidade. Esse é um desafio deles. Há apenas 300 mil estrangeiros hoje no país", comentou.

Segundo Parsons, uma outra frente de trabalho conceitual dos jogos é naturalizar a presença da pessoa com deficiênci na sociedade japonesa. "É pouco comum ver em Tóquio pessoas com deficiência andando na rua. Na cultura japonesa, isso ocorre por uma proteção a mais, uma cuidado com os deficientes, mas um dos desafios que temos é mostrar que a população com deficiência não precisa ser protegida, mas necessita de oportunidade de ser produtiva. O deficiente é uma pessoa que paga imposto, trabalha, namora, casa e consome", listou.

De acordo com o dirigente, já há efeitos palpáveis das mudanças potencialmente promovidas pelos Jogos no Japão. "Os níveis de acessibilidade já eram altos lá, mas hoje são ainda maiores. Hoje já há 90% das estações de trem com acessibilidade plena. Esse número já chegou a 94% dos terminais de ônibus. O Aeroporto de Haneda passou por intervenções desde que Tóquio ganhou direito de sediar os Jogos que o transformaram no mais acessível do planeta", disse o presidente do IPC.

Outra frente de discussão por lá passa pelo setor hoteleiro. A legislação do país exigia que apenas um quarto em hotéis com mais de 50 fossem adaptados a pessoas com deficiência. "Eles estão debatendo alterações legais a partir das exigências dos Jogos e de uma perspectiva de entender que deficiente viaja, se desloca, trabalha e tem momentos de lazer", disse Parsons.

Segundo informações do Comitê Paralímpico Internacional, 15% da população mundial têm algum tipo de deficiência. Isso significa quase um bilhão de pessoas no planeta. "O esporte tem a capacidade de mudar esse chip na cabeça das pessoas. De fazê-las entender que estamos falando de um contingente muito grande", afirmou.

Andrew Parsons. Foto: Abelardo Mendes Jr./ Min. CidadaniaAndrew Parsons. Foto: Abelardo Mendes Jr./ Min. Cidadania

4.400 atletas

Os Jogos Paralímpicos de 2020 serão disputados de 25 de agosto a 6 de setembro, e vão reunir 4.400 atletas de 170 países para a disputa de 22 modalidades. Duas novidades no programa são o badminton e o taekwondo. Ao todo, serão 540 eventos que contarão com 80 mil voluntários no suporte. Os profissionais de imprensa já fizeram 3.400 solicitações de credenciamento.

Segundo Parsons, 19 modalidades serão transmitidas ao vivo. Nos Jogos Rio 2016, foram 12. A audiência acumulada dos Jogos do Brasil foi estimada em 4,1 bilhões de espectadores. Para Tóquio, a perspectiva é de que mais 300 milhões sejam adicionadas a essa conta e que as imagens cheguem a 160 países. Há, ainda, uma estimativa de que todos ou quase todos os 2,3 milhões de ingressos sejam comercializados.

CPB projeta até 75 medalhas

O Brasil, segundo estimativa do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, tem potencial para levar à capital japonesa uma delegação de até 400 pessoas para brigar por até 75 medalhas.

Para dar ainda mais suporte à preparação nacional nesse ciclo e nos próximos, o Secretário Especial do Esporte, Décio Brasil, afirmou que pretende aproveitar uma viagem que fará à China em outubro para acompanhar os Jogos Mundiais Militares para esboçar parcerias técnicas com os chineses. 

"Os chineses têm interesse na formação de profissionais de educação física para ensinar o futebol, enquanto nós temos interesse em técnicas chinesas para trabalhar o tênis de mesa e o badminton", exemplificou o secretário.

Paixão pelo vôlei

O evento na sede da FIESP, em São Paulo, contou com a presença da atleta Gizele Costa Dias, do vôlei sentado. Medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e eleita a melhor levantadora do torneio, além de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019, ela já projeta a perspectiva de brigar pelo pódio novamente em Tóquio.

"Sou apaixonada pelo voleibol. Não me vejo fora da modalidade. Sempre fui atleta amadora. Tive uma lesão no joelho em 2007 e uma intercorrência durante uma cirurgia limitou meus movimentos. Com isso surgiu a perspectiva do esporte paralímpico e do vôlei sentado. Isso me permitiu várias conquistas. Eu sempre quis ser da seleção. Ano que vem, se Deus quiser, estarei em Tóquio. Quero muito dar orgulho à minha família e aos brasileiros".

Reunião do Comitê da Cadeia Produtiva do Desporto - FIESPReunião do Comitê da Cadeia Produtiva do Desporto - FIESP

Gustavo Cunha - Ascom - Ministério da Cidadania 

CPB estima até 75 medalhas em Tóquio 2020 durante visita de secretário ao CT Paralímpico

Na pista de atletismo, o velocista Lucas Prado vai ao limite físico e técnico no treino para garantir as chances de brigar pelo ouro no Mundial de Dubai, em novembro. Três pisos abaixo, na área médica, a fisiologista Lorena Contesini e a psicóloga Maria Cristina Nunes Miguel mapeiam diariamente os atletas para definir intensidade de treinos físicos na academia, a possível necessidade de preservar musculaturas para prevenir lesões e o trabalho mental para que todos respondam da melhor forma em situações limite típicas do alto rendimento. Na piscina olímpica, atletas de escolinha dão as primeiras braçadas. Na área do tênis de mesa, Jennyfer Parinos e Guilherme Costa treinam forte para buscar as vagas que faltam em Tóquio. Nos ginásios abertos, a Copa América de Bocha tem a participação da seleção e o monitoramento da equipe de Ciro Winckler, para avaliações de movimento e performance e feedbacks aos atletas em tempo real. 
 
Secretário Décio Brasil visitou as instalações do CT Paralímpico ao lado do presidente do CPB, Mizael ConradoSecretário Décio Brasil visitou as instalações do CT Paralímpico ao lado do presidente do CPB, Mizael Conrado
 
O panorama descrito é apenas uma parte da realidade diária do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Um dos principais legados dos Jogos Rio 2016, a estrutura que contou com R$ 187 milhões federais na construção e equipagem recebeu, nesta segunda-feira (30.09), a visita do Secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil. 
 
Ao lado do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, eles percorreram as instalações que, em três anos de trabalho, receberam mais de 16 mil atletas de mais de 90 instituições, clubes e seleções em mais de 500 eventos. Uma estrutura casada com refeitório comandado por nutricionistas especializadas em esporte que serve 25 mil refeições mensais e por um alojamento com capacidade para hospedar 280 pessoas de forma simultânea. 
 
"Embora eu já tivesse vindo aqui em outra oportunidade, não tive como conhecer o espaço como um todo. Hoje vimos todas as possibilidades do CPB na preparação de equipe, na condução de eventos, na parte de inclusão social, com crianças que eles buscam nas comunidades vizinhas e levam para treinar. É um trabalho de referência não só no alto rendimento, mas na inclusão social de crianças com deficiência", afirmou Décio Brasil. 
 
Segundo o presidente do CPB, o espaço tem recebido uma média de 600 crianças em escolinhas das diversas modalidades do programa paralímpico. A ideia da entidade é criar um fluxo que permita alimentar continuamente a formação de atletas para suprir o alto rendimento e garantir a prática esportiva ao maior número possível de crianças e adolescentes com deficiência. 
 
Campings e fomento
 
Um trabalho paralelo é feito a partir das Paralimpíadas Escolares. No evento, a entidade seleciona 150 atletas com propensão ao alto rendimento e leva para campings, em janeiro e julho, período de férias escolares, para dez dias de trabalho no Centro de Treinamento.
 
"Esse grupo de crianças vem, fica dez dias, é supervisionado por treinadores da seleção, treina ao lado de medalhistas paralímpicos, passa pelo acompanhamento de nutricionistas e fisiologistas e volta para seu estado com um protocolo de treinamento detalhado. Seis meses depois, eles voltam e passam por novas avaliações para ver se estão cumprindo direitinho e atualizar o que for necessário. É um trabalho de longo prazo. Para o ciclo de 2028 realmente vamos ter toda a pujança da estrutura desse CT em nossos resultados", afirmou Mizael Conrado. 
 

Centro de Treinamento Paralímpico - Visita do secretário Décio BrasilCentro de Treinamento Paralímpico - Visita do secretário Décio Brasil

 

Descentralização
 
Outra frente de investimento do CPB é na descentralização do treinamento. A ideia da entidade é criar polos regionais para que haja cada vez mais treinadores, árbitros, representantes de área médica e atletas formados com qualidade em todas as regiões do país. Os primeiros 14 polos, segundo Mizael, serão estruturados até o fim de 2019. 
 
"Vamos começar com Manaus (AM), Aracaju (SE), Blumenau (SC) e Goiânia (GO). São centros equipados em parceria com universidades e secretarias de educação dos estados. A ideia é replicar o que fazemos aqui. Em Manaus já temos uma previsão de 300 crianças e adolescentes. Com isso, tenho certeza de que em 2028 vamos brigar entre os cinco melhores do mundo e em 2040 temos potencial para superar a China", comentou Mizael. 
 
Para 2020, ele aponta, a partir dos resultados e projeções da área técnica, que o Brasil tem potencial para conquistar entre 60 e 75 medalhas nos Jogos Paralímpicos. "Esporte não é ciência exata. Depende de ser humano. Estamos falando de alto rendimento. Todos treinam e querem o mesmo. Um só ganha. Vamos com atletas com possibilidade de ganhar essas 75 medalhas, mas sempre há o imponderável", comentou o presidente do CPB. Nos Jogos Rio 2016, a delegação nacional conquistou 72 medalhas, 14 delas de ouro. 
 
"A gestão que eles realizam lá consegue aplicar bem os recursos públicos das loterias. Vemos ali possibilidades reais de termos um resultado expressivo em 2020, pautado até pelo que tivemos no Parapan de Lima", afirmou Décio Brasil. No Parapan de Lima, a delegação nacional teve a melhor performance de sua história, com 308 pódios, (124 ouro, 99 pratas e 85 bronzes). Mais de 93% dos pódios tiveram a digital do programa Bolsa Atleta, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. "Fica muito clara a importância do Bolsa Atleta na realidade do alto rendimento", completou o secretário. "Foi uma visita dentro de um clima de cordialidade, amizade, de respeito pelo trabalho que nós e eles fazem. Uma aproximação entre a secretaria e um de seus entes esportivos mais importantes", definiu o secretário Décio Brasil.  
 
Atrás do recorde
 
Lucas Prado, o velocista citado no início da reportagem, corre atrás de dois sonhos em Dubai, nos Emirados Árabes, em novembro. Ele tenta ratificar o ouro que conquistou no Parapan de Lima, no Peru, e reaver o recorde mundial na Classe T11, para deficientes visuais, que já foi dele mas hoje pertence ao americano David Brown, atual campeão paralímpico da prova. 
 
"Quero que ele esteja bem lá, para conseguir vencê-lo na pista sem que ninguém possa dar qualquer desculpa. No Mundial passado fiquei fora porque me machuquei. Agora quero ir atrás do ouro e do recorde mundial, que hoje é de 10s92. Quero correr 10s89", disse o atleta matogrossense de 34 anos anos, que já tem 13 anos de atletismo e coleciona cinco medalhas paralímpicas, sendo três ouros nos Jogos de Pequim, em 2008 (100m, 200m e 400m) e duas pratas em Londres, 2012 (100m e 400m).
 
Gustavo Cunha - Ministério da Cidadania
 

Com recursos captados via Lei de Incentivo ao Esporte, Circuito Todo Mundo Vai de corrida de rua é disputado em Brasília

A 6ª edição do Circuito Todo Mundo Vai de corrida de rua foi disputada neste domingo (29.09), em Brasília. O evento, que teve largada e chegada na Praça do Buriti, em frente ao Memorial dos Povos Indígenas, contou com cerca de 1.500 pessoas inscritas, que disputaram provas de 4km e 8km.

Fotos: DivulgaçãoFotos: Divulgação

A corrida foi viabilizada com recursos captados via Lei de Incentivo ao Esporte e durante a prova o coordenador-geral de Desenvolvimento da Política de Financiamento ao Esporte, Walter Jander de Andrade; a chefe de divisão de Desenvolvimento da Política de Financiamento ao Esporte, Solange Souza dos Santos; além de colaboradores do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania fizeram uma visita técnica ao evento esportivo.

Além de Brasília, o Circuito Todo Mundo Vai de corrida de rua será disputado em Porto Alegre, no dia 3 de novembro, no Parque Marinha do Brasil.

Ascom - Ministério da Cidadania

 

Departamento de Infraestrutura visita Pará e Paraná e trabalha parar agilizar a implantação de obras esportivas no país

Seguindo seu trabalho de tentar agilizar a conclusão de obras de infraestrutura esportiva espalhadas em todo o país, a equipe do Departamento de Infraestrutura do Esporte (DIE) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania visitou, em setembro, instalações em quatro municípios do Pará: Marabá, Ananindeua, Peixe-Boi e Marapanim.

A missão representou a primeira Visita de Orientação Técnica (VOT) da equipe do DIE e teve como objetivo complementar as ações de monitoramento das obras cujos indicadores sugerem a necessidade de uma maior atenção. Além disso, os engenheiros da DIE envolvidos na viagem, Hotto Lawrence e Maria Goretti Torres, atuaram no sentido de proporcionar orientações aos gestores dos municípios convenentes visando à entrega das edificações e espaços esportivos para o uso da sociedade.

As Estações Cidadania - Esporte em Curitib, São José dos Pinhais e Pinhais são exemplos a serem seguidos pelos municípios brasileiros: agilidade nas obras e planejamento eficiente. Fotos: DIE/DivulgaçãoAs Estações Cidadania - Esporte em Curitib, São José dos Pinhais e Pinhais são exemplos a serem seguidos pelos municípios brasileiros: agilidade nas obras e planejamento eficiente. Fotos: DIE/Divulgação

A visita foi realizada entre os dias 23 e 27 e, segundo Hotto Lawrence, duas cidades, em especial, já avançaram em seus projetos. “Nessas quatro obras que foram objetos da visita, o que nós observamos foi que algumas delas foram iniciadas e paralisadas em determinadas épocas por motivos diversos, como problemas com a licitação ou com o repasse de recursos, por exemplo”, pontua o engenheiro.

“Mas vimos que algumas delas já foram retomadas e apresentam, nesse momento, um andamento satisfatório. Podemos destacar as obras em Peixe-Boi e Marapanim, que já não estão paralisadas. A gente vislumbra que na medida em que elas tenham os recursos disponíveis a conclusão se dê em um período curto de tempo”, destaca Hotto.

Para a engenheira Maria Goretti, a equipe do DIE foi muito bem recebida nas quatro cidades, o que demonstra que a presença de técnicos do Ministério da Cidadania é bem-vinda no sentido de apoiar os gestores a encontrar soluções que possam viabilizar a conclusão das obras mais rapidamente.

“Como essa foi a primeira de várias visitas de orientação técnica, o que nós notamos foi que os gestores desses municípios ficaram admirados com a nossa presença. Geralmente é a Caixa que faz esse papel, pois a responsabilidade é dela de fazer a vistoria. Mas nós não estávamos lá para fazer uma vistoria. Fizemos uma visita para observar quais os problemas existentes e que podem ser solucionados para dar andamento nessas obras”, ressalta Maria Goretti.

Bons exemplos

Ainda em setembro, entre os dias 12 e 14, uma segunda equipe do DIE esteve no Paraná para uma visita a quatro polos do projeto Estação Cidadania – Esporte. Os engenheiros Debora Mara Caldeira e Kennedy Silva visitaram duas estações em Curitiba, uma em São José dos Pinhais e outra em Pinhais, todas já em operação.

O objetivo, desta vez, foi colher informações dos gestores desses equipamentos sobre aspectos relevantes que permitiram que essas Estações Cidadania fossem construídas no período entre um ano e um ano e meio, enquanto a maioria dos projetos do país leva mais de dois anos para serem entregues.

As informações trazidas por Debora e Kennedy para o DIE permitirão a criação de um benchmarking - processo de comparação de produtos, serviços e práticas empresariais que é um importante instrumento de gestão das empresas ou órgãos públicos - que possa ser compartilhado com outros municípios sobre boas práticas, de modo que o exemplo de eficiência aplicado no Paraná possa ser repetido em outras cidades.

“Nós estamos há muito tempo tentando fomentar a execução das obras. Fizemos workshops, portarias, orientações técnicas, manuais... Só que temos um grupo de municípios que ainda não estão indo tão bem nesse sentido. Então, pensamos em atuar de uma outra forma: conhecer os casos positivos e fazer um benchmarking”, explica Débora.

Obras nos municípios de Marabá, Ananindeua, Peixe-Boi e Marapanim, no Pará: Visita de orientação técnica da equipe do DIE buscou auxiliar os gestores a solucionar os problemas e agilizar a conclusão das obras. Fotos: DIE/divulgaçãoObras nos municípios de Marabá, Ananindeua, Peixe-Boi e Marapanim, no Pará: Visita de orientação técnica da equipe do DIE buscou auxiliar os gestores a solucionar os problemas e agilizar a conclusão das obras. Fotos: DIE/divulgação

“Curitiba foi escolhida não só porque tinha se desenvolvido bem, mas porque apresentava uma logística mais adequada. Indo para lá, nós conseguiríamos visitar quatro unidades que foram muito bem avaliadas. Nós mandamos para eles antecipadamente um relatório com vários itens que a gente entendia que podiam ter interferido no resultado, que a gente chama de quantitativos, e uma outra parte da nossa visita foi o qualitativo, através da conversa e da nossa percepção”, continua a engenheira.

Segundo Débora, quatro pontos foram determinantes para o sucesso desses projetos em Curitiba, São José dos Pinhais e Pinhais: ter o alto escalão dos poderes municipais apoiando as iniciativas; ter equipes envolvidas com os projetos desde o início e interessadas no sucesso dos empreendimentos; possuir um sistema desburocratizado na gestão e na implantação dos processos; e, por último, a proximidade com a contratada no acompanhamento do que foi planejado.

Do nascedouro à execução

Para o diretor do DIE, Mario Brasil, seu departamento tem buscado trabalhar em todas as frentes ligadas aos projetos de infraestrutura esportiva do país, de modo que toda a operação possa ser feita de modo mais eficiente e célere.

“Nós estamos procurando atuar em todo o processo. Primeiro é no nascedouro, onde julgamos que esteja a maior fonte de problemas, porque se nasceu errado o problema deve repercutir ao longo de todo o projeto”, ressalta Mario Brasil.

Para ele, a solução dessa questão passa pela implantação de uma Política Nacional de Infraestrutura. “A tentativa de resolver esse problema no nascedouro está em uma Política Nacional de Infraestrutura, ou seja, uma ação para que as obras estejam previstas em um Plano Diretor, de modo que seja feita uma avaliação em função do efetivo populacional, da cultura esportiva do local, das potencialidades, do clima, enfim, de uma série de aspectos”, continua o diretor do DIE.

Outro aspecto-chave nesse processo é permitir que os envolvidos tenham acesso a todas as fases do planejamento. “Depois disso, temos um manual que orienta os procedimentos e que vai regular a questão da avaliação da viabilidade sob a percepção técnica, econômica, ambiental, social e legal”, prossegue Mario Brasil.

“Temos, ainda, o caminho de disponibilizar projetos de referência para auxiliar nesse nascedouro, pois muitas prefeituras têm dificuldades em ter equipes técnicas com conhecimento mais aprofundado nesse sentido. Por isso, estamos no processo de elaboração de um manual técnico de orientação detalhado nessa questão dos projetos para guiar os engenheiros que vão trabalhar na construção e na implantação. Com isso, planejamos encerrar essa questão do nascedouro”.

O passo seguinte á a execução dos projetos. “Na execução entra a questão do acompanhamento. Temos um trabalho que é sistemático de acompanhamento das obras. No caso dessas obras que visitamos no Pará, elas fazem parte de um conjunto que classificamos como especialmente críticas. Para isso, avaliamos a materialidade, o valor da obra, a questão do tempo de paralisação e a relevância. Nesse caso, damos como prioridade obras voltadas para a parte educacional e para o alto rendimento. A partir daí, pontuamos essas obras e partimos para os trabalhos de visitas de orientação técnica”, explica.

“Nossa intenção é reduzir todas as fontes de problemas e, no caso da visita ao Paraná, multiplicar os casos de boas práticas e de sucesso para que seja replicado dentro da maior quantidade de municípios. Isso tudo vai ajudar a agilizar essa cadeira de infraestrutura esportiva que temos em todo o país”, encerra Mario Brasil.

Luiz Roberto Magalhães - Ascom - Ministério da Cidadania

 

José Roberto Reynoso chega ao tetra no tradicional Concurso Nacional Indoor de Saltos da Sociedade Hípica Paulista

A capital paulista recebeu, neste domingo (29.09), 22 dos principais conjuntos brasileiros na disputa do Concurso Nacional de Saltos Indoor, na Sociedade Hípica Paulista. A tradicional competição foi realizada em duas etapas. A primeira previa um percurso de 400m com 13 obstáculos de até 1,60m, a ser cumprido em até 83s. A segunda, só com os 12 melhores da primeira fase, reunia outros 13 obstáculos, em nova disposição, para serem cumpridos em até 69s.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

Ao fim da disputa que levou em conta o resultado das duas passagens, o vencedor foi uma figurinha carimbada. O paulista José Roberto Reynoso Fernandez teve apenas uma falta nos dois percursos e chegou ao quarto título da competição (2010, 2017, 2018 e 2019), o terceiro seguido com a mesma montaria, Azrael W. A prata ficou com Alberto Bento Sinimbu, montando Quidam Forever, e o bronze com Thiago Mattos, com Sulki do Santo Antonio.

"Mais importante do que as vitórias consecutivas é a vitória com o mesmo cavalo. Ele é realmente magnífico. É meu melhor amigo e meu pior amigo em algumas situações, mas amo ele de paixão e ele contribuiu demais para mais essa conquista", comentou José Roberto. "É mais uma história que a gente escreve. É muito prazeroso e gratificante", completou o cavaleiro, que treinou dos cinco aos 22 anos na Sociedade Hípica Paulista e há outros 20 anos pratica a modalidade em Santo Amaro.

O Secretário Especial do Esporte, Décio Brasil, acompanhou a prova e participou da cerimônia de premiação aos vencedores. "Faz parte da nossa atividade apoiar todos os esportes. O evento aqui é de grande importância não só para o hipismo, mas para o esporte nacional. Aqui estão alguns dos melhores conjuntos do país. No âmbito federal, temos hoje 24 cavaleiros olímpicos contemplados pelo Bolsa Atleta", afirmou o secretário.

Para o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Ronaldo Bittencourt Filho, o evento na capital paulista é um dos melhores do país e das Américas em termos de estrutura. "No Brasil é um grande destaque. Ser indoor é um grande diferencial. A competição reúne os melhores do Brasil, e a relevância está não só na prova, mas nos aspectos sociais", afirmou.

"Nós aproveitamos os intervalos para divulgar outras modalidades do hipismo, temos eventos de música à noite e uma parte voltada para crianças lá fora, inclusive com pôneis para incentivar meninos e meninas a se apaixonarem pelo esporte", completou. Entre os atrativos adicionais à prova principal neste domingo estavam apresentações da modalidade rédeas, em que os cavaleiros precisam mostrar domínio, técnica e manobras feitas com leveza, e uma prova que tinha um misto de "carro e cavalo". Nessa competição em tom mais de lazer, os conjuntos precisavam saltar obstáculos baixos com velocidade. Depois, o cavaleiro descia da montaria, saltava sozinho um último obstáculo e entrava em um carro ao lado de um piloto para superar obstáculos ao veículo.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

Investimentos federais

O investimento federal anual no grupo de 24 atletas olímpicos contemplados pelo Bolsa Atleta é de R$ 567,9 mil. O programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania também chega a dez atletas paralímpicos no hipismo, num investimento anual de R$ 189,3 mil. O secretário Décio Brasil pontuou ainda os resultados expressivos conquistados pelo hipismo no Pan de Lima, no Peru, e as boas perspectivas olímpicas da modalidade.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

No Pan de Lima, o hipismo nacional conquistou cinco medalhas. Foram dois ouros, no salto por equipes e com Marlon Zanotelli, no salto individual, esta último o primeiro do país na história dos Jogos Pan-Americanos. A equipe nacional também saiu com uma prata no Concurso Completo de Equitação e dois bronzes, no adestramento por equipes e no CCE individual, com Carlos Parra. Os resultados renderam nove vagas olímpicas para os Brasil nos Jogos de Tóquio, em 2020, nas três modalidades do hipismo.

"O hipismo brasileiro sempre aparece como modalidade com expectativa de bons resultados. Às vezes por detalhe nesse nível, no alto rendimento, ficamos dentro ou fora do pódio, mas o Brasil sempre desempenha um excelente papel", avaliou Décio Brasil, que chegou a disputar competições de salto e de polo quando era mais jovem. "Na juventude vivi próximo a centros que tinham cavalos e eu costumava montar. Na academia militar, competi e cheguei a ganhar provas, mas foi só naquela fase", disse.

Galeria de fotos

Concurso Nacional Indoor de Saltos da Sociedade Hípica PaulistaConcurso Nacional Indoor de Saltos da Sociedade Hípica Paulista

Deodoro

Outro investimento federal expressivo no hipismo se dá no âmbito da infraestrutura. O Ministério da Cidadania é responsável por parte das instalações do Complexo Esportivo de Deodoro, no Rio de Janeiro, que recebeu aporte de R$ 951 milhões em reformas e modernizações para receber os Jogos Olímpicos Rio 2016. Com o fim do megaevento, o Exército Brasileiro cuida da manutenção do Centro Nacional de Hipismo, que é utilizado no dia a dia de forma mista, tanto por civis quanto por militares, e contempla as modalidades de Adestramento, Concurso Completo de Equitação e Saltos. O complexo reúne quatro pistas de salto com piso de areia irrigada. Uma delas conta com arquibancada coberta. Há ainda um picadeiro coberto, pista de cross country de 6km, além de pista de aquecimento e de galope, hospital veterinário e 240 baias.

Ascom - Ministério da Cidadania 

SNELIS apresenta programas a bancadas no Senado e na Câmara

O secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Washington Cerqueira, tem comparecido a reuniões de bancadas para apresentar as principais iniciativas da SNELIS. Detalhes sobre os programas Segundo Tempo, Esporte e Lazer na Cidade e Vida Saudável foram levados a plenários do Congresso pelo secretário, com o objetivo de expor resultados de cada programa e levantar questões sobre as aplicabilidades. 
 
Na terça-feira (24.9), Washington fez uma apresentação geral sobre a secretaria para assessores, parlamentares, coordenadores de bancadas estaduais e consultores no auditório da Secretaria Especial do Esporte, em Brasília.
 
Em seguida, o secretário esteve presente na Câmara dos Deputados para expor programas e projetos a parlamentares e gestores sulistas. O coordenador da bancada gaúcha, deputado Giovani Cherini (PR), e os deputados Bohn Gass (PT), Lucas Redecker (PSDB), Ronaldo Santini (PTB) e Daniel Trezeciak (PSDB) salientaram que os parlamentares terão até dia 10 de outubro para eleger “com justiça” as emendas impositivas de bancada, estimadas em R$ 249 milhões para o ano de 2020.
 
Na sexta-feira (27.9), Washington Cerqueira compareceu a reunião da bancada do Distrito Federal, coordenada pelo senador Izalci Lucas (PSDB), no Senado. Em conjunto com secretário, foram também exibidas demandas de Institutos Federais de Educação, Universidade de Brasília, Embrapa, Ministério da Defesa e de representantes do Museu da Educação e Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). 
 
 
Entre os representantes do DF, estiveram presentes os deputados Júlio Cesar (PRB), Professor Israel (PV), Erica Kokay (PT) e Paula Belmonte (Cidadania). Os parlamentares têm de até 21 de outubro para apresentar as emendas, com os seguintes valores: R$ 16 milhões, para emendas individuais e R$ 250 milhões para as de bancada.
 
Ascom – Ministério da Cidadania
 
 
 

Dante e João Derly visitam a Secretaria Especial do Esporte

Dois expoentes do esporte brasileiros visitaram diversos secretários da Secretaria Especial do Esporte nesta quarta-feira (25.09). Campeão olímpico com a Seleção Brasileira em Atenas 2004 e medalhista de prata nas edições de Pequim 2008 e Londres 2012, Dante esteve em Brasília acompanhando, como assessor, o secretário municipal de esporte de Anápolis, Kim Abrahão. Os dois tiveram uma reunião com a equipe da Lei de Incentivo ao Esporte e, na sequência, se reuniram com o secretário Nacional de Alto Rendimento da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Emanuel Rego.

Já João Derly, bicampeão mundial de judô no Cairo, em 2005, e no Rio de Janeiro, em 2007, hoje secretário estadual de esporte do Rio Grande Sul, além da agenda com Emanuel, se encontrou com Washington Cerqueira, Secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social da Secretaria Especial do Esporte, e com Luisa Parente, secretária da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).

Durante a reunião na Secretaria Nacional de Alto Rendimento (SNEAR), os três conversaram sobre programas de suas secretarias e, ao final, Emanuel ressaltou a importância de que ex-atletas participem das várias esferas da administração e planejamento do esporte nacional.

“A visita que aconteceu na SNEAR, quando recebi o campeão olímpico Dante e o João Derly, bicampeão mundo, além do secretário Kim Abrahão, para mim não foi só uma visita de cortesia de ícones do esporte. Eles são atletas que logo após encerrarem suas longas carreiras representando o Brasil com várias conquistas se capacitaram e agora estão fazendo a gestão do esporte”, frisou Emanuel.

“Esse é um dos movimentos muito importantes do esporte no Brasil atualmente, que é fazer com que atletas bem-sucedidos consigam entrar para a gestão de clubes, de instituições, entrar também no mundo político ou no mundo público. Eles podem ajudar muito em mudanças que tenham referências com as experiências que eles tiveram no esporte. Durante a nossa vida de esportista nós aprendemos a ter disciplina, a fazer um planejamento bem feito, coordenar o trabalho de equipe e a ter pessoas experientes de outras áreas nos ajudando. Acho que essa experiência é importante no mundo corportivo que temos hoje, principalmente na reconstrução da imagem do esporte depois dos megaeventos”, prosseguiu o secretário.

Coincidentemente, Emanuel subiu ao pódio do vôlei de praia nas mesmas edições olímpicas de Dante: foi ouro em Atenas 2004, prata em Londres 2012 e bronze em Pequim 2008.

Luiz Roberto Magalhães - Ascom - Ministério da Cidadania   

Audiência na Câmara debate possibilidade de adotar projetos de inclusão social e esportiva em vez de priorizar estruturas físicas

A ampliação de escala na oferta de projetos com vocação esportiva e de inclusão social foi o tom de audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira (25.09) pela Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados, em Brasília. Programas do Ministério da Cidadania - como Segundo Tempo, Vida Saudável, Esporte e Lazer da Cidade e Forças no Esporte - foram apresentados em detalhes para uma plateia composta por deputados, prefeitos, assessores e especialistas no setor.

O Secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social da Secretaria Especial do Esporte, Washington Cerqueira, aproveitou a oportunidade para incentivar os parlamentares a aproveitarem as emendas individuais e de bancada para investirem em programas da pasta.

Washington Cerqueira diante de parlamentares e especialistas em audiência pública na Câmara: alternativas de investimento. Foto: Francisco Medeiros/ Min. CidadaniaWashington Cerqueira diante de parlamentares e especialistas em audiência pública na Câmara: alternativas de investimento. Foto: Francisco Medeiros/ Min. Cidadania

Segundo o secretário, há uma distorção que merece atenção. Mais de 73% das emendas parlamentares voltadas para o esporte atualmente priorizam infraestrutura, e mais de 60% dessas estruturas esportivas estariam em estado de subutilização ou abandono, porque muitas vezes não há um pensamento de manutenção ou gestão do equipamento. Enquanto isso, apenas 18% das emendas no setor se voltam para a programas e eventos de vocação esportiva e social.

"Há muitas quadras, ginásios, campos de futebol abandonados. E quando há abandono, pessoas ligadas à drogadição e à bandidagem chegam e dominam. É uma realidade importante. Temos de tomar cuidado. Peço aos deputados que se preocupem com isso", afirmou Washington.

Presidente da Associação Brasileira de Secretários Municipais de Esporte e Lazer, Humberto Panzetti reforçou a questão da distorção dos investimentos voltados para infraestrutura. "Investir em custeio e em projetos sociais na ponta é muitas vezes mais interessante do que em equipamento. É muito comum construirmos sem antes perguntarmos ao município se ele tem dinheiro para manutenção, para gestão. Para limpar a piscina. Para comprar papel higiênico. Para contratar funcionários. Muitos prefeitos desconhecem que existem outras formas de investir", afirmou. "A criança de um projeto social vai frequentar aquele local durante dois anos. Os pais vão levar e buscar. Há inclusive um ganho político nisso", afirmou.

Caminhos e alternativas

Para apontar caminhos, o secretário detalhou as premissas do Segundo Tempo, que atua no contraturno escolar, em áreas de vulnerabilidade social e de forma prioritária com alunos de escolas públicas. A ação oferece atividades esportivas três vezes por semana, duas horas por dia. "A ideia é democratizar o acesso à pratica e cultura do esporte educacional. Promover o desenvolvimento integral. O Segundo Tempo já atendeu quatro milhões de crianças e adolescentes desde o início. Hoje são 23.740 no país inteiro. É pouco em termos nacionais. É o que conseguimos com o recurso que a secretaria tem, mas pode ser muito maior com a ajuda das emendas dos parlamentares", convidou.

No mesmo tom, o secretário detalhou o Esporte e Lazer da Cidade, programa voltado para levar atividades físicas, de lazer e culturais para pessoas de todas as idades. "É um programa que enfatiza o esporte e o lazer como política de Estado para todos. De crianças a adultos. Proporciona atividades físicas em ginásios, praças, espaços públicos e tem coordenadores, professores, material próprio. Muda a vida de uma região", ressaltou.

Washington apresentou ainda o Vida Saudável, especificamente voltado para a terceira idade, que hoje chega a 46 núcleos e 9.200 beneficiados. "Já fizemos uma parceria com a Secretaria Especial do Desenvolvimento Social para pular de 46 para 400 núcleos. É um salto importante. Mas temos potencial para muito mais", comentou.

Forças no Esporte

O general Jorge Antônio Smicelato, diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, fez uma apresentação sobre o Forças no Esporte, vertente do Segundo Tempo realizada em parceria com instituições militares país afora e que atende, atualmente, 28 mil crianças, que praticam atividades físicas três vezes por semana, no contraturno escolar, com transporte e duas refeições toda vez que são atendidos nas unidades militares.

"São atividades que reforçam valores como soberania, meritocracia, hábitos saudáveis, pertencimento, confiança e autoestima", listou Smicelato, que também ressaltou o caráter de valorização das pessoas e de redução de riscos sociais, além da possibilidade de revelar talentos para o alto rendimento com um investimento muito baixo.

"Não é a nossa prioridade, mas é natural que em um universo de 28 mil crianças atendidas surjam talentos. E cada criança tem o custo mensal para nós de R$ 240. Se pensarmos que o custo mensal de um preso é de R$ 2.800, isso nos dá a pensar sobre onde devemos priorizar os investimentos se quisermos uma perspectiva melhor de futuro", ressaltou.

Caravana pelo país

O deputado federal Fábio Mitidieri, de Sergipe, sugeriu que Washington e representantes da Secretaria Especial do Esporte levem esses projetos, conceitos e possibilidades para estados e municípios. "Muitas vezes no gabinete ficamos reféns dos pedidos de prefeitos. Facilitaria muito a secretaria apresentar um programa como esse antes. Mostrar que, em vez de elefantes brancos ou de uma quadra longe sem previsão de manutenção, ele poderia implementar um programa com maior chance de sucesso", disse, reforçando inclusive que pretende avaliar a possibilidade de destinar recursos para adoção de projetos da secretaria em Estações da Cidadania em seu estado.

Washington, por sua vez, respondeu a Mitidieri explicando que a Secretaria Especial do Esporte já iniciou esse trabalho de conscientização de parlamentares, prefeitos, secretários e demais atores políticos. "Já tivemos um evento importante ontem com coordenadores de bancada aqui em Brasília. E já iniciamos também esse tour pelo país para apresentar nossos programas. A primeira oportunidade que tivemos foi em Fortaleza, com a Jornada Esporte Cidadão. Vamos dar sequência nos demais estados", concluiu o secretário.

Ascom - Ministério da Cidadania 

Compromisso do Rio 2016, Floresta dos Atletas começa a ser plantada no Rio de Janeiro

Um dos compromissos mais simbólicos assumidos pelo Comitê Organizador Rio 2016 durante a cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016, a Floresta dos Atletas começou a ganhar forma nesta quarta-feira (25.09), três anos depois do encerramento do megaevento sediado na capital fluminense.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, plantou a primeira muda de Pau-Brasil no Parque Radical, em Deodoro, um dos palcos de competições dos Jogos Olímpicos. O evento contou com a presença de diversas autoridades e também do medalhista de prata na ginástica artística Diego Hypolito, que também plantou uma muda de Pau-Brasil. O Governo Federal foi representado pelo diretor de projetos da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Celso Perlucio.

Diego Hypolito: alegria por ver a Floresta dos Atletas prestes a ganhar forma no Parque Radical, em Deodoro. Foto: Luiz Roberto Magalhães/Ministério da CidadaniaDiego Hypolito: alegria por ver a Floresta dos Atletas prestes a ganhar forma no Parque Radical, em Deodoro. Foto: Luiz Roberto Magalhães/Ministério da Cidadania

À época dos Jogos, os atletas que competiram no Brasil depositaram em tubetes sementes de 207 espécies da Mata Atlântica do Rio de Janeiro para serem plantadas na Floresta dos Atletas. O número de espécies representou cada um dos países que participaram da primeira edição dos Jogos Olímpicos realizada na América do Sul.

“Eu fico muito contente, primeiro pela questão do reflorestamento. É uma questão simbólica visando os Jogos Olímpicos e nos lembrando que nós tivemos os Jogos Olímpicos no Brasil. A medalha que eu conquistei foi quando eu me consagrei e pensar que eu vou fazer parte dessa floresta é muito bom. Acho que toda iniciativa que vem em torno da cidade, como é um reflorestamento, tem um benefício para todos. Saber que aqui teremos mais de 11 mil sementinhas que foram entregues na abertura dos Jogos Olímpicos sendo plantadas, eu inclusive vou plantar uma hoje, é algo que me deixa muito honrado”, ressaltou Diego Hypolito. 

O Rio 2016 foi a primeira Olimpíada a firmar um compromisso ambiental e, no total, a Floresta dos Atletas terá 11.237 árvores, que representam o número de atletas que competiram nas Olimpíadas no Brasil. Além disso, o Parque Radical será a casa do Bosque dos Medalhistas, que terá outras 2.488 árvores, representando os atletas que subiram ao pódio nos Jogos Olímpicos do Rio. Ao todo, serão plantadas 13.725 árvores.

“Não há palavras que possam expressar com exatidão a importância de termos a floresta aqui. Quero dizer que ela faz parte de um projeto muito grande, que é unir a Serra de Madureira até o Maciço da Pena Branca. Queremos que esses biomas voltem a estar unidos, o que será para o Rio de Janeiro o maior de todos os legados”, afirmou Marcelo Crivella.

Em setembro de 2016, a Prefeitura do Rio de Janeiro já havia iniciado formalmente o plantio das 100 primeiras mudas da Floresta dos Atletas no Parque Radical. Aquelas mudas, contudo, eram simbólicas e não haviam sido semeadas pelos milhares de atletas que disputaram os Jogos. Elas foram plantadas para celebrar o Dia da Árvore e, depois disso, o projeto do plantio da Floresta dos Atletas propriamente dita acabou sendo adiado até ser retomado nesta quarta-feira.

Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Floresta dos Atletas será viabilizada sem o uso de recursos públicos. Para investir os cerca de R$ 3,3 milhões necessários para o plantio de todas as mudas da Floresta dos Atletas e do Bosque dos Medalhistas, que ocuparam uma área de cerca de 10 hectares em Deodoro, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente utilizou as chamadas compensações ambientais. Trata-se de um mecanismo legal de contrapartida para que empresas cujas atividades que causem impacto ao meio ambiente compensem os danos plantando árvores em áreas determinadas pela Secretaria.

O prefeito Marcelo Crivella planta a primeira muda de Pau-Brasil na Floresta dos Atletas: Legado olímpico. Foto: Luiz Roberto Magalhães/Ministério da CidadaniaO prefeito Marcelo Crivella planta a primeira muda de Pau-Brasil na Floresta dos Atletas: Legado olímpico. Foto: Luiz Roberto Magalhães/Ministério da Cidadania

“Esse foi um compromisso assumido pelo país perante mais de dois bilhões de pessoas que acompanharam ao redor do mundo a cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016”, lembrou Celso Perlucio. “Hoje é um dia marcante para todo o esporte brasileiro com a cerimônia que marcou o início do plantio da Floresta dos Atletas. Isso aqui será um local de muita visitação, porque tem um apelo ecológico, esportivo, cultural e histórico. Ano que vem teremos os Jogos Pan-Americanos Master Rio 2020 e acredito que esses atletas que vão participar vão querer visitar esse local”, prosseguiu o representante do Ministério da Cidadania.

Crescimento exponecial

As espécies da Floresta dos Atletas foram selecionadas de acordo com a ordem de entrada dos atletas na cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016, realizada no Maracanã. As nações foram separadas por ordem alfabética, unindo dessa forma o país à espécie. As exceções foram a Grécia, que abriu, e o Brasil, que encerrou o desfile.

Das 207 espécies selecionadas, 42 possuem algum grau de ameaça de extinção e 92 possuem frutos que atraem a fauna e que podem ser consumidos. Na primeira fase do plantio da Floresta dos Atletas, o Parque Radical vai receber 75 espécies, entre elas mudas de Pau-Brasil, Pau-Ferro, Jequitibá, Aldrago, além de árvores frutíferas como Pitanga, Cambucá e Grumixama.

Desde que os tubetes foram semeados, o cuidado com as espécies ficou por conta da Biovert Florestal e Agrícola. “A Biovert é a responsável por todo o projeto. A ideia da Olimpíada verde foi do Fernando Meirelles. A gente sugeriu a ele que cada país fosse representado por uma espécie do bioma Mata Atlântica do Rio de Janeiro e nós começamos esse trabalho em 2015, selecionando as espécies e colhendo os frutos para conseguir as sementes”, explica Marcelo de Carvalho, sócio-administrador da Biovert.

A área onde será plantada a Floresta dos Atletas: novo cenário dois anos após o plantio de todas as mudas. Foto: Luiz Roberto Magalhães/Ministério da CidadaniaA área onde será plantada a Floresta dos Atletas: novo cenário dois anos após o plantio de todas as mudas. Foto: Luiz Roberto Magalhães/Ministério da Cidadania

“Depois da cerimônia de abertura, nós ficamos responsáveis por cuidar das mudas e somos os responsáveis também por plantar e manter a Floresta até junho de 2020, quando vamos apresentar um pequeno documentário contando a história de todo esse processo antes das Olimpíadas de Tóquio. É importante que as pessoas vejam que a gente cumpriu o compromisso assumido em 2016”, prossegue Marcelo.

As sementes, que hoje estão no viveiro da Biovert, no município de Silva Jardim, germinaram e cresceram nos últimos três anos. Algumas espécies já têm dois metros de altura e, com isso, serão necessárias cerca de 30 viagens de caminhão para o transporte de todas as mudas para o Parque Radical. “Em 2016, seriam necessárias três viagens apenas. Mas agora as mudas estão grandes”, explica o representante da Biovert.

Marcelo calcula que depois de plantadas as árvores não devem levar muito tempo para crescer. Todas as mudas serão depositadas em berços que terão meio metro cúbico de substratos ricos em matéria orgânica, preparados especialmente para as árvores da Floresta dos Atletas e do Bosque dos Medalhistas. A Biovert espera concluir todo o plantio até dezembro, mas, segundo a Prefeitura, esse processo pode ser estendido até março, a depender do período das chuvas.

Seja como for, daqui a alguns anos o Parque Radical sofrerá uma enorme transformação em seu cenário. “A partir do segundo ano, o crescimento dessas mudas será exponencial. Daqui a dois anos isso aqui será uma paisagem completamente diferente”, calcula Marcelo de Carvalho.

“Conseguimos assumir um compromisso que não era nosso, era do Comitê Rio 2016. Mas conseguimos isso através da conversa com os órgãos, com a Procuradoria dos municípios e, obviamente, baseado nos pareceres do Tribunal de Contas da União. Falava-se inclusive em estelionato moral da cidade”, ressaltou o secretário Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Marcelo Queiroz.

“Quando você não tem um responsável, a Prefeitura e o Governo do Estado, todos nós, somos responsáveis. O grande benefício nosso é estar plantando, no local onde foi designado, as 13.725 mudas, de 207 espécies. A Floresta dos Atletas vai fazer parte de um projeto muito maior, que é a Floresta da Zona Oeste. No Parque de Deodoro serão plantados mais ou menos dez hectares. A Floresta da Zona Oeste como um todo chegará a ter entre 220 e 230 hectares. Temos a Floresta dos Atletas, mas não é só isso. Vamos deixar um legado de fato para o meio ambiente da cidade”, continuou o secretário.

Do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Magalhães – Ascom – Ministério da Cidadania
 

ABCD se aproxima da Liga Nacional de Basquete para promover o jogo limpo no NBB

A Liga Nacional de Basquete (LNB) se aliou à Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) para disseminar informações referentes ao jogo limpo em suas competições, em especial o Novo Basquete Brasil, um dos principais torneios de clubes do país. Representantes da ABCD estiveram reunidos na última terça (24.09), em São Paulo, com dirigentes, médicos, técnicos, preparadores físicos e fisioterapeutas dos 16 clubes que integram o NBB.

"Esse é um público que a gente entende como muito relevante para multiplicar o conteúdo sobre antidopagem. Essas oportunidades servem para levar conhecimento sobre o tema para as equipes de apoio aos atletas. Isso dá braços mais longos à ABCD", afirmou Adriana Taboza, coordenadora-geral científica da diretoria técnica da ABCD. "Isso ajuda a desmistificar a questão da antidopagem como algo para punir e fiscalizar. Nossa intenção é proteger e resguardar o atleta", completou Taboza, que também estava acompanhada de Anthony Ruy Moreira, diretor executivo da ABCD.

Dirigentes da Liga Nacional de Basquete e da ABCD durante evento realizado em São Paulo. Foto: DivulgaçãoDirigentes da Liga Nacional de Basquete e da ABCD durante evento realizado em São Paulo. Foto: Divulgação

Durante a conversa, os especialistas explicaram questões referentes ao modelo de coleta, às formas de abordagem dos profissionais da ABCD em competições, o trabalho dos técnicos da entidade e a importância de os atletas e profissionais que trabalham com ele conhecerem e prevenirem o uso de substâncias proibidas.

Para o diretor técnico da LNB, Paulo Bassul, trabalhar em conjunto com a ABCD, que é o braço da Agência Mundial Antidopagem (Wada) no Brasil, é essencial para conferir um alto grau de credibilidade às competições da liga. “Isso é crucial. Garante a justiça esportiva, no sentido de que você define o esporte pelo esporte, sem uso de substâncias proibidas para ter uma certa vantagem. Estamos juntos à ABCD nesse sentido”, disse Bassul.

Técnico do Pinheiros, César Guidetti defendeu que esse tipo de encontro seja recorrente, para garantir que todos estejam sempre atentos às regras específicas. “Esse é o tipo de evento que deve ser feito anualmente, de forma renovável. Todos os profissionais envolvidos, desde os atletas até os dirigentes, precisam estar cientes das condutas. É uma coisa séria, que pode atingir qualquer atleta ou entidade”.

Camila Vasseur/LNBCamila Vasseur/LNB

Na opinião de Luisa Parente, secretária nacional da ABCD, o basquete é um esporte essencial para ser envolvido nessa discussão, pelo nível de interesse que desperta nos torcedores e por contar com uma ampla comunidade de praticantes. "É uma modalidade importante, com muitos altetas em patamar profissional. É muito bom que eles percebam essa corresponsabilidade. Para o ecossistema do combate à dopagem, é fundamental que todos se vejam como entes responsáveis".

Ascom - Ministério da Cidadania, com informações da Liga Nacional de Basquete  

 
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