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O voo de Ricardo Oliveira para o topo do pódio: brasileiro é ouro no salto em distância

O nome de Ricardo Oliveira foi mais uma vez anunciado no Engenhão. O público vibrou e o atleta se encheu de energia. Era a sexta e última tentativa na final do salto em distância da classe F11 (deficientes visuais) nesta quinta-feira (08.09), primeiro dia de competições de atletismo nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Ele não sabia, mas naquele momento Ricardo tinha 6.43m, enquanto o atual campeão mundial e recordista, o norte-americano Lex Gillette, estava com o ouro no peito por um centímetro (6.44m). Era preciso saltar como nunca. E Ricardo voou para o lugar mais alto do pódio. Saltou 6.52m para garantir o primeiro ouro do Brasil na competição.
 
Ricardo Oliveira voa para o ouro: na última tentativa, brasileiro alcançou a marca de 6.52m e conquistou o título paralímpico no Engenhão. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Ricardo Oliveira voa para o ouro: na última tentativa, brasileiro alcançou a marca de 6.52m e conquistou o título paralímpico no Engenhão. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
“Acreditei que foi um bom salto a partir do momento que eu fiz a fase de voo. Geralmente, eu conto 1 e fecho a fase, e nesse último salto deu tempo de contar 1 e meio. Quando eu finalizei o salto eu senti que era o ouro se eu não tivesse queimado”, contou.  “Estou muito emocionado, um momento que vou levar para o resto da minha vida. É algo incomparável”, resumiu.
 
A sede de vitória era grande e Ricardo queria garantir logo um bom salto. Ele queimou o primeiro e aquilo o incomodou. “Fiquei mais pilhado e pensei: ‘agora não vou errar mais nenhum’. E fui para cima”, contou. Na segunda tentativa, conseguiu 6.41m, a melhor marcada validada da carreira. Até o quarto salto, ele liderava a prova. Na quinta oportunidade, Lex Gillette saltou 6.44m e Ricardo fez 6.43m logo depois. Mas o brasileiro contou que não sabia esses números.
 
"Eu não me preocupo com os adversários, meus guias são orientados a isso. Concentro eu, meu guia e a prova.  Meu técnico (Everaldo Braz) disse: ‘Ricardo, você ficou em segundo’. Ele não falou ‘ele saltou x’. Ele disse: ‘Ricardo, você está a um centímetro de diferença’, mas não falou número nem nome, porque aí eu me concentro e coloco em prática o que eu vim para fazer”, explicou.
 
No salto em distância para os cegos, o silêncio é importante porque os atletas são orientados na execução do movimento. Mas assim que Ricardo fez o sexto salto, o público explodiu. “Fiquei muito emocionado, agradeço a todos que torceram por mim, me ajudou muito e me deixou com aquela pegada de brasileiro”, afirmou o atleta, que ficou totalmente cego na adolescência em decorrência da doença de Stargardt.
 
Lex Gillette ficou com a quarta prata paralímpica consecutiva da carreira no salto em distância com 6.44m. O bronze foi para o ucraniano Ruslan Katyshev (6.29m).
 
Aos 34 anos, Ricardo está apenas em sua segunda grande competição. Estreou no Mundial de Doha, em 2015, e ficou em quarto. O “quase” nos Emirados Árabes Unidos deu ainda mais estímulo para o Rio 2016. O sul-mato-grossense de Três Lagoas ainda vai disputar os 100m T11 neste sábado (10.09) e promete dar trabalho aos oponentes. Mas a maior expectativa da família a partir de agora não está em cima dele.
 
Com a bandeira do Brasil, Ricardo comemora o primeiro ouro paralímpico da carreira. (Foto:André Motta/Brasil2016.gov.br)Com a bandeira do Brasil, Ricardo comemora o primeiro ouro paralímpico da carreira. (Foto:André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
Irmãos dourados?
 
O brasileiro tem duas irmãs que também são deficientes visuais. Uma delas divide com Ricardo a paixão pelo esporte. Atual campeã mundial na mesma classe do feminino, Silvânia Costa é a caçula e vai competir no dia 16 de setembro.
 
“Eu sempre quis ter um irmão, e a Silvânia, por ser a caçula e estar sempre do meu lado, preencheu esse espaço sem dificuldade. Somos muitos unidos, até no material de esporte. Eu comecei primeiro, chamei a Silvânia, ela foi melhorando e um foi incentivando o outro. A gente chegou aonde chegou através de superação e confiança”, contou.
 
Confiança não falta de que o próximo ouro paralímpico da família está próximo. Mas o primeiro já está garantido: o menino que, por causa da deficiência, viveu por tanto tempo isolado, sem querer sair de casa, viu no esporte a libertação e um estímulo para ir cada vez mais longe. Talvez não imaginasse que o voo mais alto seria tão perto de casa.
 
Carol Delmazo e Vagner Vargas, Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

É prata! Odair Santos conquista primeira medalha do Brasil no Rio 2016 nos 5.000m

No Mundial de Atletismo Paralímpico de Doha, em 2015, Odair Santos sofreu com uma hipertermia, caiu três vezes, levantou-se e completou os 5.000m T11 (deficientes visuais) carregado por seu guia. Menos de um ano depois, Odair correu até o fim, completou o percurso em 15m17s55 e conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a primeira do Brasil no evento. O ouro ficou com o queniano Mushai Kimani (15m16s11), enquanto o bronze foi para Bil Wilson, também do Quênia, com 15m22s96.
 
Odair Santos (E) e o queniano Klmani cruzaram a linha de chegada dos 5.000m T11 muito próximos. Brasileiro ficou com a prata. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos (E) e o queniano Klmani cruzaram a linha de chegada dos 5.000m T11 muito próximos. Brasileiro ficou com a prata. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
 “Tenho tempo mais baixo que o de hoje, 15m11s, infelizmente não consegui repetir. Mas foi minha segunda melhor marca no ano, então estou muito satisfeito. Fico frustrado pelo fato de não ter vencido, mas fico feliz por ter conquistado a primeira medalha para o meu país”, disse Odair.
 
O drama vivido no Catar no ano passado é um borrão na memória do brasileiro. Odair disse não se lembrar direito da prova no Mundial. “Me disseram que fui bastante ovacionado. Eu estava inconsciente, desmaiado. Acordei e estava no hospital”, lembrou.
 
No Engenhão, a história foi outra. Odair liderava na última volta e acabou ultrapassado, mas desta vez pôde comemorar e ouvir os aplausos que vieram da arquibancada para o primeiro medalhista do país nos Jogos Rio 2016. “Hoje foi a redenção. Entrei bastante focado e acabei conquistando a medalha”, comemorou, destacando o público brasileiro no estádio.
 
“É uma energia fantástica. O povo brasileiro é diferenciado, inigualável. Em nenhum lugar do mundo você vai encontrar esse calor humano. Só tenho que dar parabéns a todo esse pessoal que veio prestigiar o esporte paralímpico”, comentou o medalhista de prata, que correu com fotos das filhas Júlia e Milena estampadas nas lentes dos óculos.
 
Odair Santos homenageou as filhas com fotos delas nas lentes dos óculos que usou na prova. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos homenageou as filhas com fotos delas nas lentes dos óculos que usou na prova. (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
 
“Elas correm comigo na lente e no coração. Hoje não ia ser diferente. Quis fazer essa homenagem. Elas estão aqui no estádio e
têm muita participação nessa medalha”, destacou Odair.
 
Com o resultado no Engenhão, Odair conquistou sua oitava medalha paralímpica, a quarta de prata. Ele ainda tem outras quatro de bronze. O brasileiro lamentou ter sido ultrapassado por Kimani na última volta dos 5.000m, mas não deixou de comemorar mais um pódio em sua carreira.
 
O brasileiro volta à pista do Estádio Olímpico no domingo (11.09) para disputar os 1.500m T11. Odair é o atual bicampeão mundial da distância e conquistou a medalha de prata nos Jogos de Londres 2012. “Agora é focar e descansar bastante. Vou entrar com tudo e, quem sabe, conquistar mais uma medalha para o meu país”, declarou.
 
A prova
 
O percurso de 5.000m tem 12 voltas e meia. Odair se manteve na maior parte da prova em quarto lugar, mas no primeiro pelotão junto com os outros três atletas quenianos. Quando faltavam menos de três voltas, o brasileiro assumiu a ponta e levou o Engenhão à loucura. Ele liderou até os últimos 150m, quando o queniano Mushai Kimani acelerou para vencer a prova. Odair cruzou a linha de chegada em segundo e garantiu a primeira medalha brasileira nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O bronze foi para o queniano Bil Wilson.
 
“Adotei essa estratégia de dosar um pouco mais no início para fechar um pouco mais forte. Infelizmente acabou não dando certo. O queniano é um pouco mais veloz e acabou me surpreendendo no fim”, explicou o brasileiro.
 
Primeiro ouro
 
Na final do salto em distância da classe F11 (deficientes visuais), Ricardo Costa ficou com o ouro ao conquistar a marca de 6.52m na sexta e última tentativa. A prata foi para o norte-americano Lex Gillette, que liderava até o último salto com 6.44m. O bronze ficou com o ucraniano Ruslan Katyshev, com 6.20m.
 
Odair Santos - Medalha de prata (Foto: Andre Motta/Brasil2016.gov.br)Odair Santos - Medalha de prata (Foto: Andre Motta/Brasil2016.gov.br)
 
Brasileiras nas semifinais
 
Nas eliminatórias dos 100m rasos feminino classe T 11 (deficientes visuais), as três brasileiras se classificaram para as semifinais. Lorena Spoladore venceu a sua série com 12s49 e Jerusa Santos fez o mesmo com o tempo de 12s34. Terezinha Guilhermina ficou em segundo na sua eliminatória, mas com o tempo de 12s19 também se qualificou para a próxima fase.
“Estou realmente motivada para fazer melhor na hora certa. É uma corrida para quebrar o gelo da estreia, com certeza amanhã vou estar bem melhor. Mas estou feliz com este tempo, é o melhor deste ano”, disse Terezinha, atual recordista mundial e paralímpica.
 
Recordes desta manhã
 
Nos 100m feminino da classe T12 (também para deficientes visuais), a atual recordista mundial, a cubana Omara Duran, venceu a sua série em 11s58 e bateu o recorde paralímpico, que era da chinesa Guohua Zhou  (11s91) de Londres 2012.  A brasileira Alice Correa foi para as semifinais com o tempo de 12s31, melhor marca pessoal.
 
No arremesso de peso classe F32 (paralisados cerebrais), o grego Athanasios Konstantinidis bateu o recorde mundial com a marca de 10.09m. Já na classe F12 (deficientes visuais), Caio Vinícius (5º)  e Alessandro Rodrigo (10º) ficaram fora do pódio.
Outro recorde mundial veio na eliminatória dos 100m classe T53 (competidores em cadeiras de rodas): a chinesa bateu sua própria marca ao terminar a prova em 16s19.
 
Vagner Vargas e Carol Delmazo – Brasil2016.gov.br
Ascom – Ministério do Esporte

Seis edições, seis medalhas: Tenório vai atrás do pódio final em Paralimpíadas

O judoca Antônio Tenório (-100kg) chega ao Rio 2016 com 45 anos e cinco medalhas paralímpicas (quatro ouros e um bronze) no histórico, mas garante que a empolgação é parecida com a que tinha aos 25, quando conquistou o primeiro pódio em Atlanta, 1996. No próximo 10 de setembro, na Arena Carioca 3, ele quer acrescentar mais uma medalha à sua coleção.
“Minha expectativa é a mesma, a ansiedade é a mesma, estou chegando para lutar por um lugar no pódio, respeitando todos os adversários. Quero representar bem o meu país”, disse.
 
Tenório em dois momentos: em ação em Pequim 2008 e com a medalha de bronze de Londres 2012. (Fotos: Flickr CPB)Tenório em dois momentos: em ação em Pequim 2008 e com a medalha de bronze de Londres 2012. (Fotos: Flickr CPB)
 
A diferença está no fato de competir em casa, algo que Tenório encara com tranquilidade e cautela, para não se empolgar demais com a torcida. O judoca também está mais maduro, com a segurança de ter feito uma boa preparação.
“Eu sempre fui atleta, desde os sete anos. Com nove, comecei a competir, então para mim foi só manter o nível de treinamento. E eu tenho um grupo de trabalho muito bom que me manteve até hoje nesse nível. Tenho nutricionista, preparador físico, clínico geral que cuidam da minha saúde”, explicou Tenório, que perdeu a visão do olho esquerdo aos 13 devido ao descolamento de retina. Seis anos mais tarde, uma infecção no olho direito deixou-o totalmente cego.
 
Willians com uma das várias medalhas conquistadas ao longo do último ciclo: agora é a vez de tentar o ouro paralímpico. (Foto: Guto Marcondes/CPB)Willians com uma das várias medalhas conquistadas ao longo do último ciclo: agora é a vez de tentar o ouro paralímpico. (Foto: Guto Marcondes/CPB)
 
Sucessores
 
Tenório vai se despedir nos Jogos Paralímpicos no Rio, mas planeja disputar mais um Mundial. Na seleção brasileira, ele vê diversos nomes que podem consolidar carreiras  de sucesso.  “O Willians (Araújo) é um que tem chance de medalha (no Rio 2016). Tem também o Arthur (Cavalcante), o Abner (Oliveira) e temos uma menina fortíssima no feminino que é a Alana (Maldonado), vocês vão gostar dela”, apostou.
 
Carioca de 24 anos, Willians (+100kg) sentiu-se honrado por ter o nome citado pelo ídolo. Mais um estímulo para quem saiu de Londres 2012 desanimado e contou com a família para se reerguer. “Tive um empurrãozinho do meu irmão Wellington. Em 2012, voltei lesionado (rompimento da clavícula) e ele me abraçou, chorou e disse: ‘Você é meu herói, você representa 200 milhões de pessoas, você é meu ídolo’. Não tem como não emocionar, naquele momento foi um empurrão enorme”, contou.
 
Willians chega com outro espírito ao Rio 2016. “O Willians de Londres evoluiu, está em 1º lugar do ranking, medalhas em todas as competições deste ciclo, e isso mostra amadurecimento não só fisicamente, como psicologicamente e tecnicamente, então isso é muito legal. Minha meta é estar no pódio, não vai faltar raça e vontade. Quero lutar bem. Eu vim para fazer história”, disse o judoca, que perdeu a visão aos 10 anos em acidente com tiro de espingarda e pratica o esporte desde 2009.
 
Se a delegação brasileira fica mais confiante por estar em casa, Willians se sente mais em casa ainda. Criado no Complexo do Alemão, ele quer ser exemplo para todo o país, mas em especial para a comunidade onde passou a maior parte da vida.
“Em toda comunidade tem dois caminhos, o do bem e o do mal, e graças a Deus tive a oportunidade de seguir o caminho do bem e hoje estar representando o país, a cidade, o bairro de Olaria, o Alemão nos Jogos do Rio. Para mim é um momento importante, eu fico feliz em ser um exemplo para essas pessoas que cresceram e estão crescendo no Complexo do Alemão.
Acho que realmente é possível mudar o nosso futuro, basta querer e as oportunidades aparecerem”, afirmou.
 
Falando em oportunidade, Willians não quer perder a chance de ter um resultado histórico no mesmo dia de Tenório. Ambos vão lutar em 10 de setembro e o carioca quer levar para casa não só a medalha. “É um cara que eu admiro bastante, é um grande ícone do judô paralímpico, uma referência para todos nós brasileiros e até internacionalmente. Vai ser no mesmo dia, vai ser marcante. Seria legal ter essa foto: eu com a medalha e ele com a dele para mostrar os meus filhos e netos”, disse.
 
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 

Brasil inicia sua busca pela ousada meta do top 5 paralímpico

 
Abertura da Paralimpíada emocionou aos participantes e ao público. (Foto:Getty Imagens/Brasil2016.gov.br)Abertura da Paralimpíada emocionou aos participantes e ao público. (Foto:Getty Imagens/Brasil2016.gov.br)
 
A frieza dos números elenca 4.432 atletas, 20 instalações esportivas, 23 modalidades e 528 eventos com medalhas, com representantes de 159 países e dois atletas refugiados sob a bandeira do Movimento Paralímpico Internacional. A objetividade estatística indica que os Jogos Paralímpicos do Rio serão vistos por uma audiência acumulada de até 4 bilhões de espectadores mundo afora, em 154 países, um aumento de 3,8 milhões em relação a Londres (2012) e Pequim (2008). 
 
Mas, para quem prefere transcender a matemática pura e simples, os Jogos são um manancial de histórias. Histórias que contemplam muito do que o ser humano é capaz de alcançar e produzir quando transforma limitações em expressão vazia, pronta para ser transmutada em conquista ou competitividade e a receita inclui persistência, engenhosidade, treinamento qualificado e desenvolvimento técnico.
 
Histórias que se contam, sim, com medalhas e pódios, porque os atletas são de altíssimo rendimento. Mas que nem por isso impedem exemplos de transcendência. Casos como do arqueiro Matt Stutzman, medalhista de prata pelos Estados Unidos nos Jogos Paralímpicos de Londres no tiro com arco. Isso atirando com a boca e os pés, já que não tem os dois braços. Ou do egípcio Ibrahim Hamadtou, que joga tênis de mesa com a raquete na boca, por não ter os braços, e sonha com pódio no Rio na Classe 6.
 
No plano da força, o iraniano Siamand Rahman chega à capital fluminense com oito recordes mundiais batidos nos últimos dois anos e a pretensão de levantar nada menos que 300kg no halterofilismo. Já na face geopolítica, o angolano Maurício Dumbo perdeu a visão em função do sarampo em meio à guerra civil em seu país. Numa janela de oportunidade, veio parar no Brasil, foi alfabetizado, naturalizado, se formou em direito e se fixou como um dos talentos nacionais no futebol de cinco. Talento a ponto de ter sido convocado na última hora para representar a equipe brasileira, atual tricampeã da modalidade e que estreia na sexta, contra o Marrocos, na busca pelo tetra em casa.
 
"Esses serão os jogos do povo. Você não poderia estar num país mais apaixonado por esporte, mas você precisa conquistar o coração dos brasileiros. Eu acho que o aumento massivo na venda de ingressos mostra que os brasileiros e os cariocas estão prontos para os Jogos e querem muito ver a delegação brasileira alcançar grandes resultados", afirmou Philip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional. Segundo eles, quase 1,7 milhão de entradas foram vendidas, o que vai superar a marca de Pequim (2008). 
 
Ambição
 
Anfitriã dos Jogos, a delegação brasileira pretende conjugar boa parte desses ingredientes durante os 12 dias de competições a partir desta quarta-feira (08.09). Com a ambiciosa meta de chegar ao Top 5 no quadro de medalhas, o país chega com 289 atletas e representantes em todos os esportes. Até hoje, o melhor resultado obtido pelo Brasil foi o sétimo lugar nos Jogos de Londres, quatro anos atrás. 
 
Durante o ciclo até 2016, a preparação das seleções paralímpicas permanentes contou com apoio financeiro do Ministério do Esporte. Desde 2010, houve 17 convênios entre o governo federal e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os valores somam R$ 67,3 milhões. O investimento federal proporcionou o treinamento de atletas no Brasil e no exterior, além da participação em competições internacionais.  
 
Uma das beneficiárias do investimento, Bruna Alexandre, do tênis de mesa, é uma das esperanças de medalha da delegação. Ela é uma das estreantes do país nesta quarta, a partir das 16h, diante da australiana Andrea McDonnell, no Pavilhão 3 do Riocentro.
 
"Minha classe são só dois grupos. A estreia é com a australiana e vai ser difícil. Espero conseguir encaixar tudo o que venho treinando e estou conseguindo colocar na mesa e manter o foco e a disciplina", disse a atleta, que também tem na chave a chinesa Qian Yang, prata nos Jogos de Londres no individual e ouro por equipes, além da croata Mirjana Lucic.
 
Recorde feminino 
 
Bruna e suas adversárias representam um contingente de 1.621 mulheres inscritas nos Jogos. É a maior participação feminina na história da competição, 12% superior a Londres e mais do que o dobro das 790 mulheres que estiveram em Atlanta, há 20 anos, segundo Philip Craven, presidente do IPC. 
 
Além do tênis de mesa, o Brasil estreia nesta quarta no atletismo, na natação, no goalball, no judô, no futebol de sete e no basquete em cadeira de rodas (veja lista completa abaixo). 
 
A fase final de preparação de boa parte dos atletas foi realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. O complexo na capital paulista é o maior do mundo em número de modalidades contempladas: são 15 no total. O equipamento, um dos principais da Rede Nacional de Treinamento, conta com 86 alojamentos, capazes de receber cerca de 280 pessoas. A unidade está dividida em 11 setores, que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.  
 
O empreendimento recebeu investimento de R$ 305 milhões, sendo R$ 187 milhões em recursos federais. Do total do aporte do Ministério do Esporte, R$ 167 milhões foram investidos na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem.
 
Confira a agenda do Brasil nesta quarta:
 
Goalball Masculino
9h - Brasil X Suécia
Local: Arena do Futuro (Parque Olímpico da Barra)
Natação
Local: Estádio Aquático Olímpico
Classificatórias - manhã
9h30 – 100m costas masculino S6 – Talisson Glock
9h46 – 400m livre masculino S8 – Caio Oliveira
10h01 – 400m livre feminino S8 – Cecília Jerônimo de Araújo
10h17 – 100m peito masculino SB9 – Ruan Felipe Lima de Souza e Lucas Lamente Mozela
10h42 – 100m livre feminino S3 – Maiara Regina Pereira Barreto
10h54 – 100m costas masculino S14 – Felipe Vila Real
11h10 – 100m borboleta masculino S13 – Thomaz Rocha Matera
11h31 – 200m livre masculino S5 – Daniel Dias
11h43 – 200m livre feminino S5 – Joana Maria Silva e Susana Schnarndorf Ribeiro
11h56 – 100m costas masculino S7 – Italo Pereira
Finais - tarde *caso se classifiquem
17h30 – 100m costas masculino S6 – Talisson Glock
17h44– 400m livre masculino S8 – Caio Oliveira
17h54 – 400m livre feminino S8 – Cecília Jerônimo de Araújo
18h05 – 100m peito masculino SB9 – Ruan Felipe Lima de Souza e Lucas Lamente Mozela
18h41 – 100m livre feminino S3 – Maiara Regina Pereira Barreto
19h04 – 100m costas masculino S14 – Felipe Vila Real
19h32 – 100m borboleta masculino S13 – Thomas Rocha Matera
19h59 – 200m livre masculino S5 – Daniel Dias
20h08 – 200m livre feminino S5 – Joana Maria Silva e Susana Schnarndorf Ribeiro
20h32 – 100m costas masculino S7 – Italo Pereira
Futebol de 7
10h - Brasil x Grã-Bretanha
Local: Estádio de Deodoro
Judô
Local: Arena Carioca 3 (Parque Olímpico da Barra)
A partir de 10h:
Até 48 kg (B3) – Quartas de final - Karla Cardoso (BRA) x Yuliya Halinska (UCR)
Até 52 kg (B2) – Quartas de final - Michele Ferreira (BRA) x Ramona Brussig (ALE)
Até 60 kg (B1) – Oitavas de final – Rayfran Mesquita (BRA) x Uugankhuu Bolormaa (MGL)
Até 66 kg (B2) – Oitavas de final - Halyson Bôto (BRA) x Miguel Vieira (POR)
Goalball Feminino
10h15 - Brasil x EUA
Local: Arena do Futuro (Parque Olímpico da Barra)
Atletismo
Local: Estádio Olímpico (Engenhão)
Manhã
10h – 5000m masculino T11 (final) – Odair Santos
10h25 – Salto em distância masculino F11 (final) – Ricardo Costa
10h35 – Arremesso de peso masculino F12 (final) – Caio Vinícius e Alessandro Rodrigo
10h22, 10h31, 10h40 e 10h49 – classificatórias da prova de 100m rasos feminino T11 – Terezinha Guilhermina, Jerusa Santos e Lorena Spoladore.
10h57, 11h05, 11h13 e 11h21 – classificatórias da prova de 100m rasos feminino T12 – Alice Correa
Tarde/Noite
17h33 – Arremesso de peso feminino F57 (final) – Roseane Santos
17h47 – Arremesso de peso masculino F41 (final) – Jonathan Souza
18h09 – Lançamento de disco masculino F37 (final) – João Victor
18h11 – Salto em distância feminino T47 (final) – Sheila Finder
17h30 e 17h37 – classificatórias da prova de 100m rasos feminino T36 – Tascitha Cruz
17h45 e 17h52 - classificatórias da prova de 100m rasos masculino T44 – Alan Fonteles e Renato Cruz
18h13 e 18h21 - classificatórias da prova de 400m rasos masculino T20 – Daniel Tavares
19h19 e 19h27 - classificatórias da prova de 100m rasos masculino T13 – Gustavo Henrique e Kesley Josué
20h05 e 20h12 - classificatórias da prova de 100m rasos feminino T38 – Verônica Hipólito e Jenifer Martins
Tênis de mesa
Local: Riocentro – Pavilhão 3
12h20 - 1ª fase Classe 5 – Claudiomiro Segatto (BRA) x Valentin Baus (ALE)
13h40 - 1ª fase Classe 4 – Joyce Oliveira (BRA) x Borislava Peric-Rankovic (SRB)
16h - 1ª fase Classe 1 – Aloisio Lima (BRA) x Chang Ho Lee (COR)
16h - 1ª fase Classe 10 – Bruna Alexandre (BRA) x Andrea McDonnel (AUS)
16h40 - 1ª fase Classe 10 – Carlos Carbinatti (BRA) x Jose Manuel (ESP)
18h - 1ª fase Classe 7 – Israel Pereira Stroh (BRA) x Will Bayley (GBR)
Basquete em CR Feminino
12h15 - Brasil x Argentina
Local: Arena Carioca 1 (Parque Olímpico da Barra)
Basquete em CR Masculino
15h15 - Brasil X EUA
Local: Arena Olímpica do Rio (Parque Olímpico da Barra)
 
Gustavo Cunha, brasil2016.gov.br
Ascom- Ministério do Esporte

Seleção masculina de vôlei sentado se prepara para a estreia contra os EUA

O feriado de 7 de setembro foi sinônimo de muito trabalho para a seleção brasileira masculina de vôlei sentado, que treinou nesta manhã no Marina Barra Clube, na zona oeste do Rio de Janeiro. Na sexta-feira (09.09) o Brasil faz sua estreia na Paralimpíada contra os Estados Unidos, no Pavilhão 6 do Riocentro, a partir das 10h. Os compromissos seguintes do Brasil na fase de grupos serão diante das equipes do Egito e da Alemanha. 
 
Equipe brasileira treina na Barra da Tijuca para a estreia nos Jogos Paralímpicos do Rio. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)Equipe brasileira treina na Barra da Tijuca para a estreia nos Jogos Paralímpicos do Rio. (Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br)
 
“É o jogo de estreia, tem toda aquela ansiedade, mas acredito na atmosfera a nosso favor, assim como foi no Parapan de 2007, quando a seleção americana era favorita na final e a gente conseguiu, com o apoio da torcida, virar o jogo e ganhar o ouro. Então eu quero muito, mais uma vez, contar com esse calor do torcedor que é tão importante para o nosso grupo”, diz Renato Leite, jogador de vôlei sentado desde 2002, quando a modalidade passou a ser praticada no Brasil. 
 
O sonho da seleção é unânime: a medalha de ouro. Mas a primeira meta, segundo o levantador, é disputar jogo a jogo como se fosse o único. “Nosso time está em uma evolução grande. É uma equipe alta e estamos conseguindo equilibrar a linha de passe. Sabemos que o ouro é palpável, mas o nosso foco é jogo após jogo e chegar a uma primeira semifinal da história da modalidade e, assim, vamos brigando pelo pote de ouro, o metal mais precioso que existe”, completa o atleta de 34 anos, com mais de 400 jogos pela seleção.
 
A atividade da equipe comandada pelo treinador Fernando Guimarães teve início às 9h no clube da Barra da Tijuca e se estendeu até as 11h. “A base desse grupo está treinando junta desde 2013. Tivemos uma série de conquistas importantes durante o ciclo e tudo faz parte da nossa busca pelo melhor desempenho. Sabemos o que queremos e sabemos que todas as equipes querem a mesma coisa, então temos que treinar com muito foco para alcançarmos o melhor resultado possível”, explica o técnico, ressaltando que o trabalho em dois períodos é uma necessidade para quem quer chegar longe, sobretudo às vésperas da competição. 
 
“O meu time, modéstia à parte, é espetacular. O protocolo prevê 1h30 de treinamento por dia, mas entendemos que é fundamental ter mais um período porque o nosso trabalho normalmente funciona assim, então treinar só em um horário seria como dar um passo para trás”, explica Fernando Guimarães, acrescentando, ainda, a importância de atividades complementares, além do treino com bola, ao longo de toda a preparação. “Também trabalhamos bastante com a parte tática, psicológica, teórica, essa coisa de assistir vídeo para fazer leitura de jogo, estudar, enfim. Procurei desde o início mostrar que esses fundamentos teóricos são deveres reais do atleta de alto rendimento e fundamentais para o resultado prático a ser alcançado”, comenta Guimarães.
 
Excepcionalmente hoje, o time teve trabalho físico apenas pela manhã, já que ao final do dia atletas e comissão técnica teriam um compromisso agendado e aguardado com ansiedade: a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, a partir das 18h15, no Maracanã. “Vai ser uma cerimônia muito legal e emocionante. Estamos ansiosos para saber quem vai participar porque até agora está tudo pela surpresa. Aí fica uma curiosidade, mas tenho certeza de que será inesquecível. É a oportunidade de mostrarmos a nossa cultura ao mundo, tal qual fizemos na Olimpíada, e também de enfatizar a importância do movimento paralímpico, do qual tenho o maior orgulho de fazer parte e levantar a bandeira”, finaliza o veterano Renato Leite.  
 
Valéria Barbarotto, brasil2016.gov.br
Ascom -Ministério do Esporte

Nota da ABCD

A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) informa que vem trabalhando no sentido de regulamentar e instalar de forma definitiva o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (JAD). A instituição tem prazo até o final de outubro de 2016 para finalizar a portaria e nomear seus membros. A partir daí, o JAD passará a ser o tribunal único para o julgamento de casos de dopagem e violação às regras do Código Mundial Antidopagem da Agência Mundial Antidoping (WADA-AMA).

A criação de uma jurisdição disciplinar centralizada, responsável pelos casos de dopagem, e a jurisdição exclusiva da ABCD no Brasil são as exigências da WADA-AMA para que o país esteja em conformidade com as diretrizes estabelecidas no código. Não há problemas em relação ao Laboratório Brasileiro de Controle Antidopagem, que está em pleno funcionamento, e só durante as Olimpíadas Rio 2016 realizou cerca de 5 mil análises de amostras e deve realizar outras 1 mil no período da Paralimpíada.

No dia 28 de julho de 2016, foi sancionada a Lei nº 13.322, que alterou a Lei Geral do Esporte (Lei 9.615/1998) para ajustar a legislação brasileira ao Código Mundial Antidopagem. Com isso, foram definidas as atribuições da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, entre elas, ser a responsável por estabelecer a política nacional de prevenção e de combate à dopagem, conduzir os testes de controle de dopagem e gerir resultados, investigações e outras atividades relacionadas à dopagem. A ABCD também passou a ser a única instituição nacional responsável por emitir as Autorizações de Uso Terapêutico – AUTs e certificar os Agentes de Controle de Dopagem. A legislação também instituiu a criação do JAD.

O JAD será composto por um tribunal e uma procuradoria, autônomos e independentes, com competência para julgar violações de regras antidopagem, aplicar sanções e homologar decisões de órgãos internacionais sobre essas violações. O tribunal ainda precisa de uma regulamentação especifica para funcionar, e a ABCD vem tratando dessa questão, ao mesmo tempo em que acompanhou os trabalhos de controle de dopagem que foram realizados nos Jogos Olímpicos Rio 2016 (sob o comando do Comitê Olímpico Internacional), bem como está acompanhando os Jogos Paralímpicos (sob o comando do Comitê Paralímpico Internacional), que se iniciaram na quarta-feira( 07.09).

A adequação aos requisitos da WADA é condição imprescindível para a consolidação da política de combate à dopagem no Brasil, trabalho que vem sendo conduzido pela ABCD desde sua criação, com resultados expressivos, como a reacreditação do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, efetuada pela WADA em maio de 2015; a formação e a certificação de mais de 130 oficiais de coleta de amostras de urina e sangue, bem como os testes realizados dentro e fora de competição, que de janeiro a julho de 2016 alcançaram 2.277 amostras coletadas em atletas que integram o Grupo Alvo de Testes e ainda outros desportistas que participam de competições oficiais no país. 

Ascom - Ministério do Esporte

Conselho Nacional do Esporte se reuniu nesta terça no Rio de Janeiro

A 33ª reunião do Conselho Nacional do Esporte (CNE) foi realizada nesta terça-feira (06.09) no escritório do Ministério do Esporte no Rio de Janeiro. A pauta do encontro tratou dos temas Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), Plano Nacional de Desporto e Legado Olímpico.
 
Ministro Picciani preside 33ª reunião do CNE, no Rio de Janeiro. Foto: Francisco Medeiros/MEMinistro Picciani preside 33ª reunião do CNE, no Rio de Janeiro. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
“O grande desafio após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos é o legado, pois não podemos perder este momento. Esses eventos colocaram o esporte na ponta das atenções. Precisamos aproveitar o legado material, que são instalações e equipamentos, em conjunto com o legado imaterial, que é essa atenção, esse desejo de crianças, jovens e adultos têm de praticar esportes após verem os eventos. Isso tudo só reforça que o assunto deve ser tratado como política pública de primeira grandeza”, afirmou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ao abrir a reunião. “Cabe ao Ministério do Esporte e a esses conselho que se reúne aqui hoje atuar na formulação e aperfeiçoamento dessas políticas públicas de esporte.”
 
Presidida por Leonardo Picciani, a reunião contou ainda com participação de secretários da pasta, representantes do Comitê Olímpico do Brasil, da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, da Comissão Nacional de Atletas, de Clubes Sociais,do Conselho Federal de Educação Física, do Conselho Brasileiro de Ciências do Esporte, da Comissão Desportiva Militar Brasileira, da Confederação Brasileira de Futebol, além de secretários estaduais e municipais de Esporte e Lazer, dirigentes desportivos e ex-atletas.
 
Ascom - Ministério do Esporte

Ministro Picciani destaca preparação e garante investimentos no esporte paralímpico

Duas grandes gerações de atletas, grandes parceiros, melhor preparação e estrutura de ponta no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, foram os ingredientes utilizados pelo Brasil para alcançar a meta ambiciosa de ficar na quinta colocação no quadro geral de medalhas dos Jogos Paralímpicos. Essas ações foram ressaltadas nesta terça-feira (06.09) pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, durante coletiva de imprensa no Rio Media Center, na capital fluminense.
 
"O Ministério do Esporte é um forte apoiador do esporte paralímpico. O governo federal é parceiro do comitê e estimula a formação de atletas da base ao alto rendimento. O governo considera a parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro algo positivo. Ao longo dos anos o governo tem ajudado na preparação dos atletas e na estruturação das modalidades Paralímpicas”, disse Leonardo Picciani.
 
Ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o presidente do CPB, Andrew Parsons. Foto: Francisco Medeiros/MEMinistro do Esporte, Leonardo Picciani, e o presidente do CPB, Andrew Parsons. Foto: Francisco Medeiros/ME
 
Andrew Parsons mostrou confiança ao falar dos atletas nacionais que irão defender o país. “Nós temos a maior e melhor delegação Paralímpica de todos os tempos. São 289 atletas nas 22 modalidades do programa. Brasil nunca esteve presente em todas as modalidades. É importante dizer que em nenhuma modalidade o Brasil vai simplesmente participar. Somos competitivos nas 22 modalidades. Isso é fruto de investimentos”, revelou.  
 
Durante o ciclo de 2016, a preparação das seleções paralímpicas permanentes em diversas modalidades contou com apoio financeiro do Ministério do Esporte. Desde 2010, foram firmados 17 convênios entre o governo federal e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os valores somam R$ 67,3 milhões.
 
O presidente do CPB acrescentou que todo o crescimento é fruto de trabalho realizado com os parceiros. “Nosso maior parceiro é o governo federal. As Loterias Caixa são o principal patrocinador. A 14 anos elas apoiam o esporte Paralímpico brasileiro. O maior convênio que o Ministério do Esporte tem em vigência atualmente é com o CPB”, contou.
 
O investimento do governo federal proporcionou o treinamento de atletas no Brasil e no exterior, além da participação em competições internacionais. A fase final de preparação foi realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro.
 
O complexo na capital paulista é o maior do mundo em número de modalidades contempladas: são 15 no total. O equipamento é o principal legado dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 para a infraestrutura dos esportes adaptados. O equipamento, um dos principais da Rede Nacional de Treinamento, conta com 86 alojamentos, capazes de receber cerca de 280 pessoas, e áreas para o treinamento de 15 modalidades paralímpicas. A unidade está dividida em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.
 
Para o ministro do Esporte, o trabalho realizado garante o país entre as potências mundiais. “O governo brasileiro vai investir cada vez mais no esporte paralímpico. Ele vem numa espiral crescente, que a cada ciclo vem conquistando uma evolução de resultados. Temos a certeza de que teremos no Rio de Janeiro uma evolução em relação ao excelente resultado que tivemos na edição de Londres”, ressalta.
 
Na última edição do evento, em Londres, o Brasil ficou na sétima colocação, quando conquistou 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes. No Rio, os brasileiros pretendem terminar os Jogos entre os cinco melhores no quadro geral de medalhas. A delegação nacional vai encarar o desafio de se manter entre as potências paralímpicas com 289 atletas, dos quais 262 (90,6%) são patrocinados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.
 
“Nós temos uma união entre duas gerações fortes. É aquela geração que brilhou em Londres, que ficou em sétimo lugar. Com 21 medalhas de ouro, com Daniel Dias, André Brasil, Terezinha e o time de futebol de 5, com uma nova geração que chamamos de pós-Londres, que vem muito forte. Temos a Silvânia Costa, o Petrúcio, a Joana Neves e modalidades novas, como a paracanoagem”, acrescentou Parsons.   
 
Ingressos
A projeção do Comitê Paralímpico Internacional é vender no Rio 2016 cerca de 2 milhões de ingressos. Andrew acredito que o país vai bater a meta. “Temos uma cerimônia de abertura extraordinária amanhã. Isso ajudou muito nos Jogos Olímpicos, pois deu a confiança e a vontade de estar no evento”, afirmou.
 
O gestor revelou que foram vendidos mais ingressos para o primeiro fim de semana no Parque Olímpico das Paralimpíadas do que dos Jogos Olímpicos. “Percebemos durante os Jogos Olímpicos o aumento do público nas instalações na segunda semana de evento. Vamos ter agora mais gente no Parque Olímpico neste fim de semana do que naquela ocasião”, revela. 
 
Apostas do Brasil
Natação e atletismo são as modalidades que ajudarão o país a atingir a meta de ficar na quinta colocação. Segundo o presidente do CPB, a grande maioria das medalhas sairão das duas modalidades. “Assim como aconteceu em Londres, a gente não só espera ganhar medalhas nas duas modalidades, mas também em outros esportes. Apostamos no halterofilismo, tiro e canoagem como modalidades que podem surpreender de forma positiva. Mas é a força do conjunto que vai nos levar para o quinto lugar no quadro de medalhas”, apontou.
 
Breno Barros, brasil2016.gov.br
 
 
 
 

Crianças carentes participam de oficinas esportivas na Casa Brasil

Oficinas esportivas em grupo, palestras de sensibilização e a exibição de trechos do filme "Mais forte que o Mundo", sobre a história do lutador José Aldo, ajudaram as crianças carentes a entender o poder transformador do esporte. A ação ocorreu na tarde desta terça-feira, 6, na Casa Brasil, Píer Mauá.
 
Crianças participaram das atividades e assistiram ao filme do lutador José Aldo. (Foto: Rafael Azeredo/ME)Crianças participaram das atividades e assistiram ao filme do lutador José Aldo. (Foto: Rafael Azeredo/ME)
 
"A ideia é divulgar o esporte como instrumento de inclusão e transformação social", comentou Caio Márcio de Barros Filho, coordenador-geral de Esporte e Educação, da Secretaria Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social. Entre as atividades desenvolvida estavam o vôlei adaptado, aula de boxe e karatê.
PST Crianças
 
Cerca de 200 crianças envolvidas do Programa Segundo Tempo/Força do Esporte, do Ministério do Esporte em parceria com o Ministério da Defesa, participaram da ação. Após o encerramento das oficinas e apresentação dos grupos no palco, foram exibidos trechos do filme "Mais forte que o mundo", como forma de motivar os presentes, por meio da história de sucesso e superação no esporte, a partir da história do "padrinho" do Programa Luta pela Cidadania, José Aldo.
 
Números do Programa Segundo Tempo
 
O PST/Força no Esporte é destinado viabilizar o acesso à prática e à cultura do esporte educacional e foi criado em 2003, com o objetivo de promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens entre 06 e 17 anos
- Programa Segundo Tempo Padrão - para crianças e adolescentes de 06 a 17 anos, devidamente matriculados em escolas públicas;
- PST Universitário - para os acadêmicos nas Universidades parceiras;
- PST Adaptado - para pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais, a partir de 06 anos de idade.
 
Atendimento PST (de 2013 a 2015)
Nordeste - 215,6 mil crianças
Sudeste - 140,8 mil crianças
Sul - 47,6 mil crianças
Centro-Oeste - 29,2 mil crianças
Norte - 23,8 mil crianças
 
Casa Brasil
Ascom – Ministério do Esporte

Brasil sonha em duplicar ou até triplicar as medalhas no tênis de mesa

Marcio Rodrigues/CPBMarcio Rodrigues/CPB
Na história do esporte brasileiro em Jogos Paralímpicos, o tênis de mesa é uma das 12 modalidades na qual o país viu atletas subirem ao pódio – as outras são atletismo, bocha, hipismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, Lawn bowls, remo, natação e esgrima em cadeira de rodas. Do total, cinco esportes, entre eles o tênis de mesa, conquistaram até aqui apenas uma medalha (goalball, lawn bowls, remo, esgrima em cadeira de rodas completam a lista). Mas essa é uma escrita que os mesatenistas do Brasil esperam mudar nas Paralimpíadas do Rio.
 
Foi na edição de 2008, em Pequim, que Welder Knaf e Luiz Algacir conquistaram, na competição por equipe da classe 3 masculina, a prata que até hoje se mantém como a única do país na modalidade. Agora, competindo em casa, os planos são duplicar ou até triplicar esse número, como explica Luciano Possamai, coordenador-técnico da delegação nacional, que terá 17 atletas na luta por pódios no Rio.
 
“O investimento que a modalidade teve neste ciclo paralímpico, com projetos do Ministério do Esporte, a Lei de Incentivo e outros mecanismos, foi determinante para que pudéssemos ter essa meta”, destaca Luciano. “Pudemos ter uma equipe permanente, intercâmbios, os atletas disputaram mais competições internacionais e pudemos contar com equipes técnicas maiores e multidisciplinares. Tudo isso nos permitiu uma preparação como nunca tivemos. Sabemos das dificuldades (para chegarmos ao pódio), mas em termos de preparação foi a melhor do Brasil para uma Paralimpíada”, ressalta.
 
Aos 21 anos e número 3 do ranking mundial, a paulista Bruna Alexandre é uma das esperanças de medalha para o Brasil. Em sua segunda participação nos Jogos, ela disputará a classe 10 no individual e a classe 6-10 por equipe, ao lado de Daniele Rauen e Jennyfer Parinos, onde o país também tem chance de pódio.
 
“A gente trabalhou bastante esses quatro anos e treinamos bastante. Isso faz toda diferença. Eu acredito muito que todo o esforço é recompensado. Não só eu, mas toda a equipe e toda a delegação brasileira têm todas as condições de ir bem nessas Paralimpíadas”, diz Bruna. Para ela, a meta de duas ou três medalhas não é irreal. “Acredito que é possível. A gente jogando em casa ajuda bastante e quem sabe não conseguimos até mais, né?”.
 
Fernando Maia/MPIX/CPBFernando Maia/MPIX/CPB
 
Aos 35 anos e com a experiência de quem já tem uma medalha dos Jogos Paralimpícos no currículo, o paranaense Welder Knaf compartilha o otimismo de Bruna quando o assunto são as metas do Brasil. Ele conta que muita coisa mudou do ciclo de Pequim para este e, por isso, confia que o país tem tudo para ir bem.
 
“Todo mundo teve uma oportunidade bem melhor, com recursos não só financeiros, mas humanos e estruturais”, elogia. “Acredito que o resultado deva aparecer aqui”, continua o mesatenista, que aponta quem são os mais cotados para chegar a uma medalha no Rio. “Particularmente, acho que a Bruna leva uma e a Cátia Oliveira (paulista de 25 anos, da classe 2) também. E talvez a gente possa brigar por um bronze por equipe”, diz Welder, referindo-se ao time formado por ele e pelo cearense David Freitas na classe 3.
 
As competições do tênis de mesa começam na quinta-feira (8.9), no Pavilhão 3 do Riocentro. No primeiro dia de disputa da modalidade, 19 jogos terão brasileiros em ação. A rodada para os atletas do país começa às 9h40, quando os três primeiros mesatenistas da casa se apresentam, entre eles Welder Knaf, que estreia contra o sueco Victor Sjoqvist. Bruna Alexandre joga sua primeira partida às 16h, contra a australiana Andrea McDonnell. Os últimos jogos de quinta-feira com brasileiros estão marcados para às 21h20.
 
Luiz Roberto Magalhães, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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