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Bode Gaiato participa da festa do Revezamento da Tocha

À primeira vista, o pernambucano Breno Melo, de 22 anos, não dá sinais de ser uma celebridade da internet. Sorriso tímido, topete esticado à base de gel, ele não usa a própria imagem nas redes sociais, mas assume o alter ego de um animal bem nordestino: o bode. Nesta segunda-feira (30.05), o criador do personagem Bode Gaiato foi um dos condutores da tocha olímpica, durante o revezamento realizado em Caruaru, cidade localizada no agreste pernambucano.

Há quatro anos, Breno vivia a rotina de um adolescente normal. Estudava Engenharia Elétrica em Campina Grande, na Paraíba, e explorava a veia humorística apenas entre as pessoas mais próximas. Até que um dia decidiu compartilhar piadas com os amigos e criou um grupo de personagens inusitados, uma família de bodes com comportamento típico dos humanos.

Breno cria tirinhas de um bode que faz piadas regionais. (Foto: Ivo Lima/ brasil2016.gov.br)Breno cria tirinhas de um bode que faz piadas regionais. (Foto: Ivo Lima/ brasil2016.gov.br)

A primeira postagem a agradar em cheio a audiência foi uma piada feita com a linguagem e o humor típicos da região. Em um diálogo, um dos personagens dizia ao outro: "Quer frescar, fresque, mas não fique frescando não". No primeiro dia, foram dois mil novos fãs.

As postagens seguintes viralizaram, uma legião de internautas passou a compartilhar as aventuras do bode Junin, Mainha e companhia e, em cerca de três meses, a página já contabilizava mais de um milhão de seguidores. A partir daí, sua vida seguiu o script dos blogueiros de sucesso: vieram os posts publicitários, a notoriedade e a hora de tomar uma decisão: seus personagens seriam diversão ou trabalho?

» Conheça a página do Bode Gaiato no Facebook

Há três anos e meio, Melo trancou a faculdade e se dedica integralmente à manutenção da página. "Crio conteúdo, monitoro as postagens, respondo e-mails. Todo dia, a primeira coisa que faço quando acordo é olhar notícias. Uso o que está em alta para fazer sátiras", destaca. Hoje, ele contabiliza quase sete milhões de seguidores em três redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram). Suas postagens alcançam cerca de 20 milhões de internautas por semana.

Celebridade
Enquanto esperava sua vez de conduzir a chama em Caruaru, Breno aproveitava o tratamento de celebridade. Posava para fotos e respondia a perguntas sem parar. Ansioso, dizia a todo momento que nem sequer esperava um dia participar de um ritual olímpico e não escondia o orgulho em viver a experiência na cidade que adotou para viver. "Caruaru é uma das cidades que melhor representa a cultura nordestina e o bode tem tudo a ver com o Nordeste", comparou.

Quando o ônibus que distribui os condutores chegou ao ponto onde Breno faria sua participação na festa, encontrou uma multidão à espera dele. Cercado, ele pulava sem parar, vibrava, balançava a tocha, sem conter a ansiedade. Quando chegou a sua vez de conduzir a chama, Breno improvisou uma dança desajeitada, enquanto os espectadores o saudavam aos gritos: "Bodinho! Bodinho!". Se o próprio Junim, protagonista de suas cômicas tirinhas, assistisse à cena, certamente diria: "Armaria, mainha, tô feliz demais!"

Mariana Moreira, de Caruaru (PE) - brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

Websérie: Conheça o funk inspirado no velocista paralímpico Petrúcio Ferreira

O velocista paralímpico Petrúcio Ferreira, de 19 anos, se prepara para disputar sua primeira Paralimpíada no Rio de Janeiro. O jovem corredor é o atual campeão do Open Internacional de Atletismo Paralímpico, que foi o evento-teste da modalidade para os Jogos Paralímpicos. Com o tempo de 10s85, sua melhor marca neste ano, o paraibano venceu os 100m na categoria T47.

Petrúcio realiza seus treinamentos na estrutura de atletismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A instituição integra a Rede Nacional de Treinamento, um dos maiores legados dos Jogos do Rio 2016. Mesmo sendo novato, Petrúcio Ferreira é considerado um dos atletas favoritos ao ouro paralímpico nos 100m – categoria T47, juntamente com o já experiente Yohansson do Nascimento, a quem, inclusive, o paraibano tem como inspiração.

E não foi a falta de experiência em paralimpíadas que impediu o jovem velocista de ganhar uma homenagem em forma de música. 'MC Tota' é encarregado de serviços gerais na UFPB, mas tem o grande sonho de ser cantor. Inspirado pela garra de Petrúcio foi que Tota criou o "Raio Desgovernado" e espera que o funk vire hit, nas pistas e fora delas.

» Assista ao vídeo:

Ascom - Mininstério do Esporte

Em preparação para os Jogos Rio 2016, seleção feminina de handebol vence a Dinamarca

Mayssa foi a destaque do Brasil. (Foto: CBHb)Mayssa foi a destaque do Brasil. (Foto: CBHb)A seleção feminina de handebol venceu o amistoso realizado nesta segunda-feira (30.05) contra a Dinamarca, por 23 a 17 (13 a 7 no primeiro tempo), no país europeu. Na partida, o Brasil mostrou boa evolução em relação ao jogo-treino de domingo (29.05), quando foi superado pela mesma Dinamarca, de virada, por 26 a 24 (9 a 13).

O grande diferencial da seleção no jogo de hoje foram as melhoras do retorno defensivo e a atuação das goleiras. Na primeira etapa, quando o Brasil fez 13 a 7 nas adversárias, Mayssa Pessoa foi o destaque da equipe, com grande número de defesas importantes.

As brasileiras estão concentradas na Europa desde a última quinta-feira (26.05) e permanecem no Velho Continente até o dia 10 de junho. A equipe continua com os treinamentos na Dinamarca e viaja no dia 1º para a Áustria, onde realiza mais atividades. Depois, a seleção vai até a Eslováquia e enfrenta a equipe anfitriã também em dois duelos, um no dia 7 de junho e outro no dia 8 do mesmo mês. A fase de treinamentos faz parte da preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Seleção Feminina
Goleiras - Bárbara Arenhart (Nykobing F. Handboldklub- Noruega), Jéssica Oliveira (São Caetano-SP) e Mayssa Pessoa (CSM Bucaresti-Romênia).
Armadoras - Deonise Fachinello (CSM Bucaresti-Romênia), Eduarda Amorim "Duda" (Gyor Audi ETO KC-Hungria), Jaqueline Anastácio (SG BBM Bietigheim-Alemanha) e Juliana Malta (MKS Zaglebier Lubin-Polônia).
Centrais - Ana Paula Rodrigues (CSM Bucaresti-Romênia), Deborah Hannah (Pinheiros-SP), Francielle Gomes da Rocha "Fran" (Hypo Nö-Áustria) e Mayara Moura (Pinheiros-SP).
Pontas - Alexandra Nascimento "Alê" (Baia Mare-Romênia), Célia Costa Coppi (Metodista/São Bernardo-SP), Fernanda França (CSM Bucaresti-Romênia), Jéssica Quintino (MKS Selgros Lublin-Polônia), Larissa Araújo (AAU - Handebol Concórdia-SC) e Samira Rocha (OGC Nice-França).

Fonte: CBHb

Ascom - Ministério do Esporte
Pivôs - Daniela Piedade "Dani" (Siofok KC-Hungria), Fabiana Diniz "Dara" (SG BBM Bietigheim-Alemanha) e Tamires Morena (Gyor Audi ETO KC-Hungria).

Brasil domina Regional das Américas de Esgrima em Cadeira de Rodas e terá quatro atletas nos Jogos Rio 2016

O Regional das Américas de Esgrima em Cadeira de Rodas foi encerrado neste sábado (28.05) com um grande desempenho dos atletas brasileiros. Além de dominarem as duas disputas por equipes do dia (espada e florete), os brasileiros fecharam a competição com 19 medalhas, sendo sete ouros, cinco pratas e sete bronzes. O país também garantiu mais três atletas nos Jogos Paralímpicos, que, somados a Jovane Guissone, que já estava classificado, formarão a maior equipe brasileira de esgrima em uma edição de Paralimpíada, com quatro competidores.

Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPBFoto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

O técnico-chefe da seleção, César Augusto Leiria, gostou da postura de seus comandados e comemorou os resultados do campeonato. “Ficamos todos animados porque nossas possibilidades se consolidaram. Esperávamos, desde 2013, conseguir essas três vagas pelo Regional e a do Jovane, pelo ranking mundial. Hoje encerramos esta competição com quatro atletas nos Jogos e vamos disputar seis provas lá”, analisou Leiria.

O treinador ainda ressaltou a evolução do esporte dentro do Brasil e no continente em geral. “Há quatro anos, tínhamos apenas um representante nos Jogos, e agora teremos quatro. E podemos ver que aqui nas Américas, o Brasil domina as competições”, concluiu.

Nos três dias de disputa, Mônica Santos pegou a vaga nos Jogos Paralímpicos no florete A feminino, Rodrigo Massarutt se classificou na espada B masculino, Fábio Damasceno garantiu sua vaga na espada A e florete A masculino e Jovane Guissone, que já estava garantido na espada B pelo ranking mundial, assegurou a participação também no florete B.

Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPBFoto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Nas provas do último dia, o Brasil venceu a final da disputa por equipes na espada e no florete, ambas contra os Estados Unidos. Na primeira arma do dia, a espada, os brasileiros superaram os norte-americanos por 45 a 16. No florete, que começou na parte da tarde, o duelo entre Brasil e Estados Unidos estava acirrado, mas os norte-americanos acabaram se retirando do duelo após um de seus atletas passar por problemas de saúde. Como não tinham um reserva para a substituição, avisaram aos árbitros e a vitória ficou com os comandados de César Leiria.

Durante a competição, 36 atletas de cinco países (Brasil, Argentina, Chile, Canadá e Estados Unidos) participaram das disputas no hotel Novotel Center Norte, na Zona Norte de São Paulo.

Fonte: CPB

Ascom - MInistério do Esporte

Juliana dos Santos consegue índice olímpico nos 3.000m com obstáculos

A paulista Juliana Paula dos Santos conseguiu neste sábado (28.05) o índice exigido pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) nos 3.000m com obstáculos para os Jogos Olímpicos Rio 2016. A atleta venceu a prova na Flanders Cup - Meeting de Oordegem, na Bélgica, com o tempo de 9min39s33. A francesa Danois Maeva ficou em segundo lugar, com 9min40s19, seguida da polonesa Kowal Matylda, com 9min40s39.

Foto: Saulo Cruz/Exemplus/COBFoto: Saulo Cruz/Exemplus/COB

Com o resultado, Juliana superou a marca mínima de 9min45s00 e, de quebra, bateu os recordes brasileiro e sul-americano da especialidade, que pertenciam a também brasileira Sabine Leticia Heitling, com 9min41s22, desde 25 de julho de 2009.

A corredora, medalhista de ouro nos 5.000m dos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, no Canadá, resolveu competir na Europa com o objetivo de lutar justamente pelo índice, de acordo com o técnico Adauto Domingues, já que no Brasil seria mais difícil conseguir a marca exigida.

Também em Oordegem, Lutimar Paes, qualificado para os Jogos Rio 2016, terminou em quinto lugar nos 800m, com 1min47s39. O britânico Jamie Webb foi o campeão, com 1min46s59.

No Meeting de Berna, na Suíça, disputado no Estádio Wankdorf, os brasileiros conseguiram bons resultados na excursão que estão fazendo em uma parceira entre a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB), como preparação para Rio 2016.

Nos 100m (vento de 0.1), o pódio foi formado por Paulo André de Oliveira, com 10s41, seguido de Aldemir Gomes Junior (10s49) e Derick Silva (10s57). Paulo André ainda venceu os 200m, com 20s87 (-0.5).

Vitória Cristina Rosa (EMFCA) ganhou a medalha de ouro nos 100 e nos 200m, com 11s74 (1.4) e 23s68 (-0.5), respectivamente, enquanto Geisa Coutinho venceu os 400m, com 52s63.

Fonte: COB

Ascom - MInistério do Esporte

Nova geração de piloto faz bonito no Mundial de BMX na Colômbia

Eduardo Rezende conquistou o título mundial Foto: FVPhotoEduardo Rezende conquistou o título mundial Foto: FVPhoto
 
 A nova geração de pilotos brasileiros mostrou como o BMX nacional deu um salto de qualidade nas categorias de base. Durante o Campeonato Mundial da modalidade, disputado em Medellín, na Colômbia, 19 brasileiros foram finalistas, faturando uma medalha de ouro e duas de bronze. 
 
Eduardo Rezende, irmão do piloto da seleção brasileira Renato Rezende, foi o destaque nacional. Pelo segundo ano consecutivo, o jovem faturou o título na categoria Men 17-24 Cruiser e ainda voltou para casa com a medalha de bronze na categoria Men 17-24 da aro 20.
 
“Gostei muito dos resultados dos nossos atletas, mostrando muita garra e determinação em cada bateria. Fazia muito tempo que não tínhamos tantos atletas disputando as oito primeiras posições num campeonato mundial e isto é muito importante para o crescimento da modalidade em nosso País”, afirmou o técnico Guilherme Pussieldi.
 
Na categoria Boys 10 anos, Lucas Moresco Zimmerman ficou com a 5ª colocação em uma disputa contra mais 77 atletas. Na categoria Men 17-24, Fellipe Gonçalves terminou na 6ª colocação. Na categoria Boys 14, Iago Reinheimer Machado terminou em 7º lugar enquanto Julia Lauffer Schuler alcançou o 4º Lugar na categoria Girls 13 anos e Maite Naves Barreto ficou na 8ª posição na categoria Girls 16 anos.
 
Foto: FVPhotoFoto: FVPhoto
 
Na Cruiser, Felllipe Gonçalves por pouco não subiu ao pódio, terminando na 4ª colocação da categoria Men 17-24. Iago Reinhemer Machado conquistou 3º lugar na Boys 13-14, prova que teve ainda Pedro Vinicius Santos Medeiros de Queiroz finalizando em 5o lugar. 
 
Experientes mantém Brasil no Top-8
Gustavo Mesquita alcançou a medalha de prata na categoria Men 25-29 da aro 20 e ainda foi 4º colocado na Cruiser 25-29 Men. Ainda na aro 20, Person Pauletto conquistou o 7º Lugar na Master e enquanto Ricardo Fernando Belter e Giovanni Fernandes Vieira terminaram em 7º e 8º Lugar, respectivamente, na Categoria 30+. Na Cruiser 35-39 Men, Edmilson Gomes da Silva ficou em 5º lugar, uma posição a mais que Vitor José Plentz, 6º na Cruiser 45+ Men. Entre as mulheres, Leticia Martins Alves Pereira conquistou a 4ª colocação na Cruiser 17-29 Women, pouco a frente de Thaise Lanusa Ribeiro de Souza, que cruzou em 6º lugar.
 
Fonte: CBC
Ascom – Ministério do Esporte
 

Maceió aposta na cultura e na gastronomia regionais para receber a tocha olímpica

Manifestações culturais diversas tiveram espaço durante a passagem da tocha pela capital alagoana. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.brManifestações culturais diversas tiveram espaço durante a passagem da tocha pela capital alagoana. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br
 
A chuva não deu trégua neste domingo (29/05), em Maceió (AL), e trouxe um "ar londrino" à cidade nordestina que costuma ter um cenário tropical durante a maior parte do ano. Isso, porém, não alterou a condução da tocha olímpica nem o espírito da festa, que teve como componente um forte apelo cultural ao longo dos 20,5 km de revezamento da chama. Para valorizar suas tradições, a capital alagoana criou o Festival Cultural da Tocha Olímpica e 16 tablados foram estrategicamente posicionados nas ruas, abrindo espaço para artistas locais de todos os gêneros.
 
O percurso no estado de Alagoas começou cedo. Depois de sair de Sergipe pela cidade de Propriá, a chama passou por São Sebastião, Arapiraca e São Miguel dos Campos, até chegar à capital, já à noite. Maceió é a 27ª cidade celebração do tour da tocha, presente nos 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. A festa ainda terá muitas paradas: faltam 68 cidades celebrações. Nelas, shows e apresentações antecedem o acendimento da chama em uma pira, onde o fogo olímpico passa a noite para seguir viagem no dia seguinte.
 
Mesmo debaixo d'água em alguns momentos do revezamento, músicos e dançarinos cantaram e dançaram maracatu, jogaram capoeira e fizeram apresentações folclóricas, como o Bumba Meu Boi. Na plateia, as sombrinhas e guarda-chuvas ajudavam a dar cor às apresentações.
 
A cultura popular esteve presente desde os primeiros instantes da festa. Antes da largada, na Praça Multieventos, no bairro de Pajuçara, um grupo de músicos mostrava habilidade com pífanos - uma espécie de "primo" da flauta. Um deles era Washington da Anunciação, professor universitário e músico. Há 35 anos ele integra uma banda de pífanos com os irmãos. "A banda de pífano é a representação e a presença viva da identidade cultural de Maceió", disse o músico. O artista não descartou a possibilidade de continuar seguindo a chama Brasil afora, para divulgar o gênero musical a que se dedica.
 
Em outro ponto da cidade, o produtor cultural Elvis dos Santos Pereira ocupava um dos 16 tablados espalhados pelos bairros da cidade. Ele é criador do grupo de coco de roda Raízes Nordestinas, em atividade há cinco anos. Vestidos com roupas coloridas e saias rodadas, os integrantes batiam os pés, passo tradicional da dança de origem africana e ensaiavam, no meio da rua, circulando entre carros que diminuíam a velocidade para acompanhar a coreografia. "A tocha olímpica deu as mãos à cultura e ao esporte, dois elementos importantes no combate às desigualdades sociais", acredita Elvis.
 

Revezamento Tocha - MaceióRevezamento Tocha - Maceió

Gastronomia
Durante o revezamento, a primeira condução ficou a cargo da oito vezes campeã mundial de jiu-jitsu e duas vezes campeã mundial de bodyboard, Bianca Andrade. Aos 43 anos, ela se orgulhava de representar as duas modalidades na cidade onde nasceu. "Para mim é importante e simbólico estar aqui. O esporte é fundamental na minha vida", comemorou.
 
O esporte se misturou ao tempero de um festival gastronômico no ponto de largada de Bianca. Exibindo a bandeja com Arrumadinho, Cintia Albuquerque se apressava em explicar os sabores do prato: carne de sol puxada na manteiga de garrafa, acompanhada de vinagrete e feijão tropeiro. "Como passa pelas diferentes localidades, a tocha ajuda a ressaltar ingredientes e folclores locais", afirmou. Para ela, a vocação turística da capital alagoana, que já era imensa, chegará a um novo patamar após a exposição gerada pela passagem da chama olímpica.
 
O estudante de Odontologia Victor Guimarães, de 24 anos, foi com dois amigos à praça da Praia de Pajuçara, uma das mais conhecidas de Maceió. Para ele, os Jogos Rio 2016 estarão longe do Nordeste brasileiro, mas Alagoas teve sua representação no maior evento esportivo do mundo. "Incluir Maceió na rota é incluir a cidade na rota das Olimpíadas".
 
Mara Barros, de 51 anos, é publicitária, mora em São Paulo, mas suas raízes nordestinas a levaram a conduzir a tocha na cidade onde seus pais nasceram. A alegria para ela já estava completa por ter sua família prestigiando a participação, que representou mais do que uma simples transição com o símbolo olímpico. "A chama traz para mim uma mensagem de união das pessoas e de que não vale a pena brigarmos com aqueles que amamos", defendeu.
 
Condutor mirim
Uma situação incomum é ver crianças conduzindo o fogo olímpico, mas algumas quebram o predomínio dos adultos. É o caso do tenista Gabriel Barbosa, de 12 anos. Segundo colocado no ranking brasileiro em sua categoria, ele encara o esporte com seriedade há três anos. Nos últimos dias, disputava um torneio em Porto Alegre, mas, ao ter seu nome confirmado como condutor, decidiu voltar para casa, mesmo sabendo que perderia a final de duplas do campeonato. "Carregar a tocha é mais importante que uma final de campeonato. É uma oportunidade única ", avaliou o atleta.
 
Dalton Costa, último condutor do dia, acende a pira olímpica em Maceió. Pernambuco é o destino nesta segunda.Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.brDalton Costa, último condutor do dia, acende a pira olímpica em Maceió. Pernambuco é o destino nesta segunda.Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br
 
Investimento
Em Maceió, 23 atletas de modalidades olímpicas residentes na cidade e sete de modalidades não olímpicas são patrocinados pelo Bolsa-Atleta, programa de apoio ao esporte do governo federal. Existem categorias diferentes de acordo com o desempenho. Outros quatro atletas que nasceram na capital alagoana fazem parte do Bolsa Pódio – voltado a atletas de alta performance com elevado índice de premiação.
 
Numa parceria com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o Ministério do Esporte empenhou R$ 9,1 milhões na construção de uma pista de atletismo. A pasta ainda descentralizou outros R$ 13,6 milhões para melhoria na infraestrutura esportiva da instituição. As obras contemplam a construção de um campo de futebol, uma quadra coberta, duas quadras de vôlei de praia e futebol de areia, a reforma do ginásio e da piscina.
 
Os equipamentos esportivos da cidade também receberam suporte de manutenção do governo federal. A Federação Alagoana de Judô, em Maceió, recebeu 144 placas de tatames e dois kits de placares e equipamentos do sistema de videomonitoramento (para replay). A equipagem é resultado de convênio com a Confederação Brasileira de Judô no total de R$ 3,8 milhões. Já a Federação Alagoana de Taekwondo recebeu investimentos como tatames e telões, fruto de convênio no valor global de R$ 3 milhões.
 
A Federação Aquática do Estado de Alagoas, em Maceió, recebeu um pórtico de chegada inflável, quatro boias náuticas, um GPS, três rádios a prova d'água, três cronômetros com impressoras, um termômetro digital infravermelho e duas câmeras filmadoras. A ação é resultado de convênio firmado com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos no valor total de R$ 1,1 milhão.
 
Nesta segunda-feira (30.05), a chama olímpica se despede de Alagoas por Murici e União dos Palmares, para então entrar no estado de Pernambuco por Garanhuns, percorrer Lajedo e chegar à noite em Caruaru - cidade que disputa com Campina Grande (PB) o título de maior São João do mundo.
 
Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Maceió (AL)
Ascom - Ministério do Esporte
 

Brasil encerra o World Masters de judô com duas prata

O judô brasileiro terminou o World Masters Guadalajara, neste domingo (29.05), com duas pratas. Sarah Menezes ficou com a prata na categoria até 48kg e Mayra Aguiar foi vice-campeã no meio-pesado. Mayra fez duelo duro contra a campeã olímpica, Kayla Harrison, dos Estados Unidos, que superou a brasileira por ippon com um juji-gatame (chave de braço).  
 
 
“É claro que eu queria a vitória, que acabou não vindo. Mas, acho que tirei muitos detalhes que estavam faltando, o que eu tenho que arrumar. Eu vim com essa finalidade de aproveitar como um treinamento. E, sair com uma medalha foi um resultado bom também, além de poder ter tido um treino luxo”, avaliou a brasileira que fez sua terceira final consecutiva de World Masters, já tendo no histórico dois ouros (Almaty 2013 e Tyumen 2014). 
 
A gaúcha estreou com vitória contra a russa Anastasiya Dmitrieva por waza-ari e avançou às quartas-de-final, onde derrotou a ucraniana Victoriia Turks pelo mesmo placar. Na semifinal, Mayra pontuou com um waza-ari e um yuko para superar a holandesa Guusje Steenhuis, número três do mundo, para se classificar à final. Com a prata, Mayra somará mais 420 pontos no ranking mundial da FIJ e deve ser uma das cabeças-de-chave dos Jogos Olímpicos. 
 
“O que precisa ser feito para chegar bem nos Jogos Olímpicos a gente já vem fazendo há bastante tempo. É realmente ajeitar esses detalhes que faltam, porque o nível olímpico é muito parelho. O físico, o técnico. Então, quem estiver com a cabeça melhor, tanto dentro do tatame, quanto fora, com esses detalhes ajeitados, vai sair campeão. É isso que eu vou fazer. Voltar para casa, ajeitar esses detalhes e treinar feliz, treinar bem. É um momento único que a gente vai ter, competir em casa uma Olimpíada, então vou dar, com certeza, o melhor de mim ali dentro”, projeta a medalhista de bronze em Londres 2012.  
 
Além dela, o Brasil teve outra chance de medalha neste domingo com Maria Suelen Altheman (+78kg), que chegou à repescagem. Ela venceu a bielorussa Maryna Slutskaya por ippon na primeira luta, mas foi derrotada nas punições (2 a 1) pela campeã olímpica e mundial, Idalys Ortis, de Cuba, nas quartas-de-final. A brasileira tentou se recuperar na repescagem, mas sofreu imobilização da ucraniana Svitlana Iaromka, número oito do mundo, e terminou em sétimo lugar.    
 
Tiago Camilo (90kg), Luciano Corrêa (100kg), Rafael Buzacarini (100kg), David Moura (+100kg) e Rafael Silva (+100kg) também competiram e não chegaram às disputas por medalhas. Camilo foi superado pelo russo Khusen Khalmurzaev, vice-campeão do Masters, enquanto Luciano e Buzacarini perderam respectivamente para Elmar Gazimov e Cyrille Maret, campeã e vice do meio-pesado neste domingo. Rafael Silva não passou por Ushangi Kokauri (AZE) e David parou em Aslan Kambiev, da Rússia.  
 
Os 14 convocados pela CBJ para representar o Brasil nos Jogos do Rio serão anunciados no dia 1º de junho, na página oficial da CBJ no Facebook.
 
Fonte: CBJ
Ascom – Ministério do Esporte 
 

Brasil terá delegação recorde. Aclimatação será no Centro de Treinamento de São Paulo

Após observações e análises feitas durante o cronograma de eventos-teste de modalidades paralímpicas, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) inicia, a 100 dias dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a reta final de preparação. A expectativa é de que a maior delegação brasileira da história dos Jogos tenha entre 260 e 280 atletas em todas as 23 modalidades. Em Londres-2012, o programa paralímpico tinha 20 modalidades, e o Brasil classificou atletas para 18.

A partir da definição das últimas vagas para o Rio 2016, é possível planejar e adaptar a parte médica, administrativa, técnica e de suporte ao redor dos atletas. A previsão é de que a delegação brasileira conte com mais de 400 pessoas. Em Londres, foram 316. Nos 100 dias que faltam para a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, marcada para 7 de setembro, a preparação será intensificada à medida que os nomes que vão ocupar cada uma das vagas sejam definidos.
 
 
"Cada modalidade tem sua programação. Alguns ainda participam de eventos internacionais. Conforme forem chegando os Jogos, a tendência é não ter tantas competições, mas a gente vai ter muito intercâmbio. Temos seleções vindo ao Brasil mesmo antes do período de aclimatação. Então começa agora essa programação", diz Andrew Parsons, presidente do CPB.
 
O dirigente alerta também para os riscos de contusões a tão pouco tempo dos Jogos. "É época de cuidar para seguir o treinamento de uma forma que o planejamento de pico seja atingido em setembro, mas sem lesões. Uma lesão séria significa sair dos Jogos, então tem que ter um ajuste fino. E também é época de cuidar da cabeça dos atletas. É importante que a gente consiga transformar efetivamente o fator casa em vantagem psicológica e não em ferramenta de pressão", explica.
 
 
Centro de Treinamento Paralímpico
No dia 21 de agosto, a delegação brasileira segue para o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Construída seguindo parâmetros de acessibilidade, com rampas de acesso e elevadores, a estrutura conta com 86 alojamentos, capazes de receber entre 280 e 300 pessoas, e áreas para o treinamento de 15 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.
 
No planejamento do CPB, a delegação faz a aclimatação oficial entre 21 e 31 de agosto, quando segue para a Vila Paralímpica, no Rio. "Lá no Centro de Treinamento você consegue fazer 15 modalidades. Outras, como canoagem, não vão treinar a parte específica da modalidade lá, mas vão estar junto, fazendo a parte de preparação física, academia. O hipismo faz aclimatação em outro lugar, porque nossa base de treinamento é na Europa, tem a vinda dos cavalos, toda uma peculiaridade. E, se não me engano, o tiro também vai aclimatar em outro lugar", conta Andrew Parsons.
 
Para que tudo funcione perfeitamente, o CPB testará as áreas do Centro de Treinamento e realizará eventos esportivos no local antes da aclimatação. "A gente vai começar a testar modalidade por modalidade. É uma estrutura grande, que foi entregue de uma vez só e não em módulos. Então a gente tem que ir fazendo quase como se fossem eventos-teste do Centro. No treinamento de goalball, por exemplo, vamos analisar a estrutura, se funciona, se tem problema, se o piso foi bem colocado", explica.
 

 
Antes da aclimatação, duas etapas do Circuito Caixa Loterias estão programadas para o Centro de Treinamento. Nos dias 25 e 26 de junho, a competição terá natação e atletismo. Entre 15 e 17 de julho, além dessas duas modalidades, o halterofilismo entra na programação.
 
Para Andrew Parsons, a aclimatação no Centro de Treinamento Paralímpico vai ajudar a unir a delegação brasileira. "Quando a gente fala aclimatação, é óbvio que o clima de São Paulo não é igual ao do Rio, mas é colocar a equipe junta, fazer a delegação funcionar como delegação. É diferente de uma delegação específica em um Mundial de uma modalidade. Você tem uma delegação que é multimodalidade", conta.
 
"Eu acho que o Centro vai ser um diferencial para os Jogos de 2020, não acho que vai ser um diferencial para 2016 ainda, e nem era planejado que fosse, porque a gente sabia que a entrega seria próxima aos Jogos, mas obviamente é bom treinar na nossa casa, fazer a aclimatação no nosso Centro. É diferente da aclimatação que a gente teve em Manchester, por exemplo, para Londres. Estar todo mundo junto bastante tempo, treinando, é importante para ganhar o espírito de corpo da delegação. Não somos um conjunto de 22 delegações, somos uma delegação brasileira", completa o dirigente.
 

Balanço positivo

Se depender do número de eventos-teste feitos para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, o sucesso do evento está garantido. Nunca foram feitos tantos testes paralímpicos quanto nessa edição. Foram oito no total: bocha, halterofilismo, rúgbi em cadeira de rodas, natação paralímpica, goalball, atletismo paralímpico, canoagem e paratriatlo, sendo que os dois últimos foram feitos junto das modalidades olímpicas.
 
"Eu acho que foi muito positivo. A operação funcionou, os níveis de acessibilidade, que é uma especificidade do atleta paralímpico, ficaram muito bons, bem satisfatório. É claro que são diferentes de instalação para instalação, mas acho que a operação está bem montada, bem planejada. Claro que sempre tem o que aprender, uma ou outra falha que você pode observar e melhorar, mas, de uma forma geral, minha avaliação é a melhor possível", diz Andrew Parsons.
 
Evento-teste do atletismo no Estádio Olímpico, Engenhão. (Foto: André Motta/ Brasil2016)Evento-teste do atletismo no Estádio Olímpico, Engenhão. (Foto: André Motta/ Brasil2016)
 
O presidente do CPB lembrou que também foram feitos testes de acessibilidade no Aeroporto do Galeão. "Acho que o que mais chamou atenção foi o rúgbi em cadeira de rodas. Primeiro porque eram seleções de fora, acostumadas com um nível alto de acessibilidade, como a seleção canadense, e são atletas que têm deficiência severa, na sua maioria tetraplégicos ou amputação nos quatro membros. E a opinião dos atletas estrangeiros foi muito positiva no que diz respeito à acessibilidade e à operação de chegada no Aeroporto do Galeão. Acho que o Galeão melhorou muito. Ele era um exemplo bastante negativo há alguns anos em termos de acessibilidade, e tem se mostrado muito melhor na recepção e operação para passageiros ou atletas com deficiência", afirma Andrew.
 
O legado de acessibilidade também já é visível, segundo o dirigente, em outras partes da cidade. "Intervenções feitas na cidade, de calçamentos refeitos ou construídos novos; de transporte, como o BRT e o VLT; novas estações de metrô, que já levam desde o planejamento a questão da acessibilidade; hotéis novos construídos já dentro de uma nova legislação, instalações esportivas que vão ficar como legado tanto para atletas quanto espectadores... Eu acho que há um legado bastante significativo para o Rio no que diz respeito à acessibilidade", opina Parsons.
 
Para ele, no entanto, o principal legado que será deixado pelos Jogos Paralímpicos Rio 2016 deve ser o intangível. "Tem o legado pós-Jogos, porque aí tem uma 'invasão' de mais de 4.300 pessoas com deficiência de uma só vez no Rio e que chamam a atenção para a questão da acessibilidade, das pessoas com deficiência, da diversidade. Os Jogos Paralímpicos são conhecidos por isso, por mudar a percepção das pessoas. Esse legado intangível pode ser até mais importante que o legado tangível", projeta.
 
Mateus Baeta - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

Quase tudo pronto para o mais desafiante dos megaeventos esportivos

 
A 100 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, marcada para 7 de setembro, a capital fluminense acerta os últimos detalhes para deixar tudo pronto para o grande desafio que está por vir. Os Jogos Paralímpicos, além de toda a agitação nas áreas de competição – o evento reunirá mais de quatro mil atletas, de 176 países, em 23 modalidades – ganham ainda mais complexidade por conta das necessidades especiais de atletas, técnicos e do público envolvido.
 
A edição brasileira já traz, antes mesmo da abertura, uma marca histórica. Nunca foram feitos tantos testes paralímpicos quanto nesta edição. Foram oito no total: bocha, halterofilismo, rúgbi em cadeira de rodas, natação paralímpica, goalball, atletismo paralímpico, canoagem e paratriatlo, sendo que os dois últimos foram feitos junto das modalidades olímpicas.
 

“A gente procurou testar a acessibilidade não apenas para atletas, mas em relação ao público, ao serviço de mobilidade, ao transporte das delegações, às rotas acessíveis dentro das instalações, ao piso tátil para deficientes visuais, e também na infraestrutura da instalação em si, como banheiros, assentos acessíveis, e também a visão do torcedor na arquibancada em relação à área de competição”, explica Augusto Fernandes, coordenador de acessibilidade do Comitê Rio 2016.
 
“De maneira geral, foi isso que foi testado e tudo foi de suma importância para que a gente pudesse ter uma avaliação do que pode ser melhorado, do que funcionou e do que já está de acordo com as expectativas”, prossegue. “Óbvio que tudo foi mais reduzido nos eventos-teste, mas eles deram uma noção das dificuldades e do que deve ser melhorado”.
 
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, endossou a avaliação de Fernandes. "A operação funcionou, os níveis de acessibilidade, que é uma especificidade do atleta paralímpico, ficaram muito bons, bem satisfatórios. É claro que são diferentes de instalação para instalação, mas acho que a operação está bem montada. Sempre tem o que aprender, uma ou outra falha que você pode observar e melhorar, mas, de uma forma geral, minha avaliação é a melhor possível", diz Andrew Parsons.
 
Aeroportos 
Os Jogos Paralímpicos geram impacto em muitas áreas fora dos locais de competições, em especial nos aeroportos e na Vila dos Atletas. “Houve um trabalho de informação, de sensibilização e de acompanhamento em relação aos aeroportos, inclusive com simulados”, lembra o coordenador do Comitê Rio 2016.  “O pessoal de chegadas e partidas conseguiu prover essa comunicação direta com os aeroportos e passar as informações necessárias para que eles pudessem se adequar”, lembra Augusto. 
 
Um desses testes foi com atletas do rúgbi em cadeira de rodas, no Galeão. "Foi o que mais me chamou a atenção", diz Andrew Parsons. "Primeiro porque eram seleções de fora, acostumadas com um nível alto de acessibilidade, como a seleção canadense, e são atletas que têm deficiência severa, na sua maioria tetraplégicos ou amputação nos quatro membros. E a opinião dos atletas estrangeiros foi positiva. O Galeão melhorou muito. Era um exemplo negativo há alguns anos em termos de acessibilidade, e tem se mostrado muito melhor na recepção e operação para passageiros ou atletas com deficiência", completa.
 
No teste, os atletas contaram com assistência especial desde a saída da aeronave, para troca de cadeira de rodas, passagem pela imigração e retirada de bagagens e equipamentos. “Estive no Brasil em 2007 e vejo que hoje tudo está mais rápido. Foi ágil a passagem de toda a equipe. As cadeiras chegaram em ótimas condições e muito rapidamente até nós. Esse é um passo muito importante, fomos tratados com muita eficiência”, disse, à época, Kevin Orr, técnico da seleção canadense de rúgbi em cadeira de rodas.
 
Outro ponto de monitoramento constante dos organizadores é a Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca. “É uma área de não competição, mas de suma importância. Eu tenho passado muito tempo lá para identificar necessidades e fazer ajustes. Temos feito um trabalho de entendimento do fluxo que os atletas vão fazer e trabalhado com informações em termos de sinalização para que os atletas possam ter facilidade no deslocamento. Na parte de acomodação, os apartamentos estão prontos e já estão terminando a instalação das barras de apoio. Agora vamos iniciar um procedimento de teste da resistência das barras”, explica Augusto Fernandes.
 
O coordenador de acessibilidade do Rio 2016 destaca ainda o foco nos profissionais que trabalharão nos Jogos Paralímpicos dentro e fora das arenas. “Nós nos preocupamos não somente com a estrutura física, mas também com o pessoal. Tem sido feito um trabalho de capacitação e sensibilização com as equipes da parte de segurança, da Força Nacional, e também com os voluntários para que eles possam atender a todos da melhor forma, para que tenhamos uma experiência única de serviço durante os Jogos”, conclui.
 
Ansiedades e otimismo
Ansiedade define o sentimento dos atletas a 100 dias dos Jogos. Para alguns deles, a oportunidade de participar de uma edição do evento em casa mexe com o lado emocional e transforma a espera pelo começo das competições em um sentimento que beira a angústia.
 
“Estou bastante ansioso”, admite o velocista Petrúcio Ferreira. “Vai ser a minha primeira Paralimpíada. Além disso, vou disputar em casa, com a torcida de todos”, diz o jovem de 19 anos, que tem outro desafio pela frente até setembro: convencer a mãe a assisti-lo em ação. “Ela não está querendo ir porque não quer viajar de avião. Mas vou fazer de tudo para levá-la”, diz o atleta.
 
Enquanto Petrúcio aguarda a chegada da primeira Paralimpíada, o nadador Ronystony da Silva tem bem viva na memória a lembrança de Londres 2012, onde encontrou um estádio lotado de britânicos torcendo e fazendo barulho para os atletas da casa.
 
“Era um cubo fechado, com 20 mil pessoas gritando o nome dos britânicos. Você nem escutava o locutor”, conta. “Para nós, brasileiros, nem precisa ser 20 mil. Cinco mil já estaria bom. Vai ser emocionante para quem estiver lá, nadando ou assistindo”, aposta.
 
Um dos mais experientes da delegação, o também nadador Clodoaldo Silva acredita que o esporte paralímpico vive seu melhor momento com a chegada dos Jogos em casa e a inauguração do Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, em São Paulo. Para ele, são sinais de que o Brasil pode chegar ao topo e se tornar a principal potência mundial.
 
“Comecei em uma época em que o esporte paralímpico não tinha divulgação, visibilidade e investimento. Hoje temos tudo isso. Somos potências mundiais indo para os Jogos em casa, buscando a quinta colocação no quadro de medalhas. Depois, em 2020 e nas edições seguintes, temos certeza de que, com o Centro de Treinamento, o Brasil pode ser o primeiro do mundo”, afirma o “Tubarão”.
 

 

Investimentos em várias frentes
A preparação dos atletas paralímpicos conta com investimentos substanciais do Governo Federal. Desde 2010, foram celebrados 17 convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que somam R$ 67,3 milhões. Os convênios contemplam a preparação das seleções em 16 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tiro esportivo, vela, e voleibol sentado) para o ciclo de 2016. Essa preparação inclui treinamentos no Brasil e no exterior e participação em competições internacionais.
 
O Ministério do Esporte também celebrou, entre 2013 e 2015, dois convênios com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, que somam R$ 7,1 milhões. A parceria permitiu estruturar dois centros de treinamento para a seleção paralímpica, em Brasília (cadeirantes) e Piracicaba (andantes), e viabilizar a participação da seleção paralímpica nas principais competições do calendário internacional na Europa, Ásia e América.
 
Além disso, desde a criação do Bolsa Atleta, em 2005, 11.700 bolsas foram concedidas a atletas paralímpicos, num investimento de R$ 164,8 milhões. Somente no último exercício (2015), 1.323 atletas foram patrocinados, num investimento total de R$ 19,2 milhões.
 
Criado para apoiar atletas com chances de disputar finais e medalhas nos Jogos Rio 2016, o Bolsa Pódio atua como complemento nesse cardápio, com bolsas de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais. Atualmente, 104 atletas paralímpicos de modalidades individuais são patrocinados, num investimento anual de R$ 15,4 milhões. Adicionalmente, por meio do Plano Brasil Medalhas, 60 atletas das modalidades coletivas de vôlei sentado, futebol de 5, futebol de 7 e goalball são apoiados.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Centro de Treinamento
Com obras iniciadas em dezembro de 2013, o Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo iniciou as atividades na última semana e é um dos pontos de referência da Rede Nacional de Treinamento que vem sendo montada em todo país pelo Ministério do Esporte.
 
Construída seguindo parâmetros de acessibilidade, com rampas de acesso e elevadores, a estrutura conta com 86 alojamentos, capazes de receber entre 280 e 300 pessoas, e áreas para treinamento de 15 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.
 
A unidade está dividida em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia. O empreendimento recebeu investimento de R$ 305 milhões, sendo R$ 187 milhões em recursos federais. Do total do aporte do Ministério do Esporte, R$ 167 milhões foram investidos na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem.
 
Lei de inclusão
Uma frente de investimento permanente para o esporte paralímpico se consolidou em 6 de julho de 2015, quando foi sancionada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A legislação ampliou de 2% para 2,7% o valor das loterias repassado ao Comitê Olímpico do Brasil e ao Comitê Paralímpico Brasileiro, e mudou de 15% para 37,04% a fatia destinada ao Comitê Paralímpico.
 
Entre 2007 e 2014, o total de repasses ao CPB chegou a R$ 210 milhões. Com a nova lei, o esporte paralímpico atinge um novo patamar de recursos, com aumento estimado de R$ 90 milhões anuais. "Com a aprovação da lei, a gente está saindo de uma arrecadação anual de R$ 39 milhões da Lei Agnelo/Piva para cerca de R$ 130 milhões. Isso muda a realidade e nos dá uma tranquilidade muito grande", afirma o presidente do CPB, Andrew Parsons.
 
Luiz Roberto Magalhães e Vagner Vargas – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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