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Centro de Treinamento Paralímpico inicia suas operações
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- Publicado em Segunda, 23 Maio 2016 16:30
A cerca de 100 dias para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, atletas de diferentes modalidades ocuparam pela primeira vez as instalações do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. Durante a cerimônia na capital paulista que oficializou o início das atividades na instalação, a atleta Shirlene Coelho expressou, nesta segunda-feira (23.05), o sentimento dos atletas brasileiros. "É um prazer está aqui neste centro que podemos chamar de casa. Agora termos uma casa para chamar de nossa. Quero agradecer aos apoiadores do esporte e gostaria de fazer um pedido: que esse sonho não acabe", disse Shirlene, integrante da seleção brasileira de atletismo paralímpico.
O complexo na capital paulista é o maior do mundo em número de modalidades contempladas: 15 no total. O equipamento é o principal legado dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 para a infraestrutura dos esportes adaptados.
A seleção nacional de atletismo utilizará o equipamento pela primeira vez na próxima semana, quando os atletas participarão de período de treinamento. A agenda de atividades está completa para os meses seguintes. As provas do circuito nacional de atletismo, natação e halterofilismo ocuparão o local nos meses de junho e julho.
O termo de uso da estrutura pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para o período de 12 meses foi assinado durante a cerimônia.
Para o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, a casa do esporte paralímpico brasileiro permitirá não somente o desenvolvimento dos talentos que temos atualmente, mas principalmente os talentos do futuro. "Aqui é um ponto de partida fundamental. Ele só foi possível por meio da parceria com o governo do estado. Tenho certeza que os Jogos Paralímpicos emocionarão o Brasil. Pelas conquistas que os nossos atletas terão e pelo exemplo de superação, garra, força de vontade e esperança que certamente irão deixar para toda a população brasileira", disse.
O governador do estado, Geraldo Alckmin, ressaltou, durante a cerimônia, a parceria com o Governo Federal que concretizou a construção do equipamento. "Essa região era conhecida como Febem Imigrantes. Nós temos hoje aqui de um lado a beleza do Parque Zoológico e ao lado o maior centro de eventos da América do Sul. Quando o Governo Federal pensou em investir em um centro nós nos candidatamos. A cidade tem o Time São Paulo Paralímpico e não poderíamos perder a oportunidade. Hoje, não há no mundo nada melhor do que este equipamento", explicou.
Atletas
Bruna Alexandre, uma das revelações do tênis de mesa paralímpico, ficou ainda mais feliz por ter uma estrutura de ponta perto de casa. "Eu estava chegando na avenida e achei espetacular o tamanho do local. Fico mais feliz em morar perto, ali em São Caetano do Sul. Acho um grande passo, não só para mim, mas para todos os atletas que irão treinar juntos na estrutura", explicou.
Clodoaldo Silva, o tubarão das piscinas, entrou pela primeira vez na estrutura e também se sentiu em casa. "Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar. Comecei numa época em que o esporte paralímpico não tinha divulgação e investimento. O Centro vai colaborar para a consolidação do esporte paralímpico brasileiro. É muito bom chegar aqui e se sentir em casa", disse.
Na terceira visita ao Centro, o também nadador Ronystony Cordeiro comemorou a entrega do equipamento. "Quando eu visitei pela primeira vez fiquei olhando e pensando quanto tempo iria demorar para construir. Agora, é gratificante receber a estrutura com uma piscina rápida para os treinamentos específicos. Essa é a melhor piscina que temos, toda adaptada para o paralímpico. Não temos do que reclamar. É só agradecer e trabalhar", comemorou.
Aclimatação Rio 2016
A delegação brasileira entrará no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro para o período final de treinamento para as Paralimpíadas no dia 21 de agosto. Os atletas intensificarão os treinamentos até o dia 1º de setembro.
Estrutura
Com obras iniciadas em dezembro de 2013, o Centro de Treinamento conta com um terreno de cerca de 100 mil m² (sendo em torno de 65 mil m² de área construída), localizado no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. A estrutura foi construída seguindo os princípios da acessibilidade, com rampas de acesso e elevadores.
A estrutura, uma das principais da Rede Nacional de Treinamento, conta com 86 alojamentos, capazes de receber entre 280 e 300 pessoas, e áreas para o treinamento de 15 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado. A unidade está dividida em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.
O empreendimento recebeu investimentos de R$ 305 milhões, sendo R$ 187 milhões do Governo Federal (R$ 167 milhões foram investidos na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem).
Breno Barros, de São Paulo
Ascom - Ministério do Esporte
Litoral baiano recebe chama olímpica e renova sentimento de esperança
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- Publicado em Domingo, 22 Maio 2016 23:03
As praias do litoral baiano tiveram, neste domingo (22.05), um atrativo turístico a mais para compor o belo cenário: a chama olímpica. Itacaré, uma antiga vila de pescadores, pulou cedo da cama para ver o revezamento. Mesmo sem aula, crianças e adolescentes se encontraram nas escolas e se dividiram pelo percurso de um quilômetro até a praça do Canhão, em frente à praia da Coroinha.
O carteiro Jailton Batista foi o primeiro a conduzir a chama e teve o desafio de levar uma mensagem diferente das que está acostumado a entregar. "Já andei muito pelas ruas do Brasil levando as correspondências para as pessoas. Hoje, espero levar emoções, e que este momento transmita um sentimento de confraternização e paz", disse o funcionário dos Correios que vive na vizinha Ilhéus.
Assim como Batista, o professor Itamar Soares recebeu o desafio de conduzir a tocha e dar uma aula diferente a seus alunos. Nascido na zona rural de Jequié-BA e vindo de família pobre da lavoura cacauicultora, o acadêmico considera que a própria vida serve de inspiração. "Procuro mostrar possibilidades de superação por meio do conhecimento, da força e da determinação, que é a chave para o sucesso", afirma. Soares relembra que passou por dificuldades para conquistar os sonhos, mas revela que ganhou a recompensa ao participar do revezamento. "A chama traz a mensagem dos princípios olímpicos de amizade, excelência e respeito. É essa a lição de hoje" diz.
Com apenas cinco condutores no percurso, a chama emocionou e inspirou quem estava perto, como a estudante de fisioterapia Liliane Ramos. "Infelizmente o esporte não tem o valor que merece na nossa cidade e a passagem da tocha pode mudar isso", conta. A jovem sonha trabalhar com pessoas com deficiência e, quem sabe, chegar aos Jogos Paralímpicos. "As Paralimpíadas deveriam ser mais populares. Quero abrir minha clínica aqui e trabalhar nos Jogos um dia", revela.
Coragem para sonhar
A tocha também passou pelas cidades de Camamu, Ituberá e Morro de São Paulo, em Cairu, antes de ancorar em Valença, onde a professora de ginástica rítmica Gilcelia Barbosa acendeu a pira olímpica na Praça da Bandeira. "Hoje é um marco na minha história e na vida das minhas atletas que sonham. E o esporte nos encoraja a correr atrás desses sonhos", revela.
Apaixonada por esportes, Gilcelia teve que abandonar o sonho do profissionalismo quando mudou para Valença. Dar aulas foi a solução para manter a chama acesa. "Eu precisava preservar a ginástica rítmica na minha vida e o trabalho voluntário foi o primeiro passo. No início eram oito crianças. Atualmente são mais de 217 em quatro núcleos". O trabalho de mais de 25 anos recebeu, além de apoio com o material e infraestrutura, um reconhecimento maior: o dia 6 de setembro, Dia Municipal da Ginástica Rítmica.
Roteiro
Nesta segunda-feira (23.05), o revezamento da tocha fará uma rota cheia de aventuras, com passagem por piscinas naturais, cavernas, cachoeiras, escaladas, trilhas e rapel na Chapada Diamantina, ainda na Bahia.
Rafael Brais, Lilian Amaral e Lorena Castro, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esportre
Leonardo de Deus carrega tocha em Valença e mira medalha no Rio
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- Publicado em Domingo, 22 Maio 2016 21:55
Cercado por uma multidão de moradores do bairro de Tento, em Valença-BA, o nadador Leonardo de Deus participou, neste domingo (22.05), do revezamento da tocha olímpica Rio 2016. Sonhando com uma medalha em agosto, o atleta, que recebe o Bolsa Pódio do governo federal, aproveitou cada metro de sua missão com a chama olímpica na cidade baiana. "É uma experiência única, um orgulho muito grande", disse. "É uma sensação maravilhosa estar nas Olimpíadas em seu país e ter a chance de carregar a tocha", destacou. "Só falta subir ao pódio olímpico para completar esse símbolo na vida do atleta", completou.
Campeão pan-americano, semifinalista olímpico, vice campeão do Pan Pacific Championship e já classificado para a Rio 2016, nos 200m borboleta e 200m costas, Leonardo elogiou o programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte e o investimento em atletas que estão iniciando até aqueles de alto rendimento. "A Bolsa-Atleta, não apenas a Bolsa Pódio, é um incentivo que o governo dá para os atletas, não apenas para os top, mas também para a base. A criação do Bolsa-Atleta Pódio foi primordial", reforçou.
Para ele, o suporte oferecido para treinamento, viagens e contratação de equipe multidisciplinar é essencial para os resultados. "E agora é hora de mostrar que todo esse rendimento valeu a pena. Vamos colocar em prática tudo o que recebemos", prometeu.
Por fim, o nadador convocou a população a apoiar todos os esportistas do país durante os Jogos Rio 2016. "Fiquem na torcida pelos atletas brasileiros. É o maior evento esportivo do mundo, acontece no Brasil e temos que estar de braços abertos, botando energia positiva nos atletas."
Rafael Brais
Ascom - Ministério do Esporte
Chama Olímpica passa pela Costa do Cacau na Bahia e conhece cenário de filmes e romances
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- Publicado em Sábado, 21 Maio 2016 23:47
A cidade de Ilhéus, no litoral da Bahia, ganhou mais um capítulo da sua história. Cenário da obra mais famosa do baiano Jorge Amado, a Terra do Chocolate recebeu neste sábado (21.05) o Revezamento da Tocha dos Jogos Rio 2016. O símbolo olímpico se misturou com lugares da época áurea do cacau e com páginas dos livros do escritor de Gabriela, Cravo e Canela. O bar Vesúvio, o famoso Bataclan e a Praça do Cacau fizeram parte do trajeto de 9 quilômetros com 30 condutores.
Após passar por Itambé, Floresta Azul, Ibicaraí e Itabuna - todas na Bahia -, a tocha olímpica chegou em Ilhéus, cidade celebração do dia. Com partida na Avenida Litorânea Norte, a tocha encantou primeiro os moradores do bairro Malhado e Cidade Nova, onde o campeão brasileiro de triatlo em 1997, Beto Kruschewsky, ouviu a multidão gritar seu nome ao conduzir o fogo sagrado.
"As pessoas não têm a dimensão do que é a chama olímpica passar por Ilhéus. Não existe equação possível para calcular o legado da tocha e a mudança no espírito das pessoas com os valores olímpicos", disse o esportista, que hoje atua como árbitro da modalidade. Segundo ele, o pontapé inicial é agora, pois nos Jogos Rio 2016, Beto fará parte da equipe de arbitragem.
Filho de cacauicultor, Beto (foto) sabe da importância da cidade para a história que remonta ao período em que a produção e exportação do cacau eram a atividade principal da economia brasileira. "Jorge Amado expôs nos seus livros todos os nossos aspectos socioculturais, a questão cacaueira e como essa terra se desenvolveu. O interessante é que Ilhéus conseguiu manter aquela coisa bucólica também de cidade do interior", explica. A cidade já recebeu quatro Copas do Mundo de Triatlo graças às belezas naturais e a sua história.
A tocha que passou pela Praça Perpétua Marques e foi recebida pelo grupo Afro Yorubá. Com cores e ritmos, continuou no sentido da Praia do Cristo até chegar ao Centro e se transportar para os cenários dos livros de Jorge Amado. O escritor morou na cidade durante a infância e adolescência e tem seus personagens vivos em nomes de bares e restaurantes, além da Casa de Cultura Jorge Amado, local onde ele viveu e imortalizou seu nome em Ilhéus.
Filhos do Cacau
Mesmo com a crise da lavoura cacaueira, o Brasil é o quinto maior produtor do mundo. Marly Britto ainda vive do fruto na cidade vizinha Itacaré. "Eu via meu pai trabalhar plantando cacau e as pessoas dizerem que aquilo viraria chocolate. Me perguntava como era isso", relembra. Filha de pequeno agricultor, a consultora de preservação ambiental soube, assim como o pai, tirar o sustento do fruto tão comum na região.
Passou por momentos difíceis, chegou a ser doméstica em Brasília e, em 2000, começou a mudança. "Fui convidada para representar o Instituto Floresta Viva e ajudar os pequenos agricultores a desenvolver novos projetos com o cacau", conta a itacareense que conduziu a chama olímpica em Ilhéus. "A tocha brilha igual o cacau. Eles têm o mesmo significado para nós hoje, de união e amor. Sinto a mesma felicidade de quando eu estava gerando meus filhos na minha barriga", fala emocionada.
Reconhecimento
Embora a fama de Ilhéus tenha se espalhado por causa do cacau e de Jorge Amado, a cidade também possui cidadãos ilustres no esporte e reconhecidos pelo trabalho que desenvolvem até hoje, como o ex-atleta e atual técnico da seleção de vôlei feminino da Associação Desportiva Ilhéus Cacau (Adic), Nildo Ribeiro. Aos 83 anos, ele foi o primeiro a carregar a tocha olímpica na cidade e fala que após dedicar uma vida às diversas modalidades participa enfim, da primeira Olimpíada. "Sempre assisti os Jogos pela televisão. Essa é minha vida, morava em um ginásio, meus filhos dormiam nas arquibancadas e, hoje, tenho a chance de fazer parte do Rio 2016", comemora."Estou emocionado e dedico este momento àqueles que lutaram comigo pelo esporte e não estão mais aqui". O técnico conclui que não pensa em parar. "Me sinto bem, vou continuar trabalhando até quando puder".
Legado Olímpico
A tocha passou por Ilhéus, mas o legado dos Jogos ficará no município. A cidade recebeu um Centro de Iniciação do Esporte e uma pista de atletismo. Os CIEs são essencais no processo de massificação da prática esportiva no país para que crianças e jovens possam iniciar a prática de várias modalidades olímpicas e paraolímpicas.
Roteiro
Neste domingo (22.05), o Revezamento da Tocha promete diversidade de cenários passando por rios, mar e ar, com passeio em uma tirolesa. O dia começa em Itacaré, passa por Camamu, Ituberá, Morro de São Paulo, em Cairu, e dorme em Valença.
Lorena Castro e Lilian Amaral - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Brasil vence Open de atletismo paralímpico, que encerra testes no Engenhão
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- Publicado em Sábado, 21 Maio 2016 17:29
Após passar pelo crivo do atletismo olímpico, o Engenhão também foi colocado à prova, entre 18 e 21 de maio, com a realização do Open Internacional de Atletismo Paralímpico, evento-teste da modalidade para o Rio 2016, vencido pelo Brasil com 124 pódios. A pista de competição, mais uma vez, recebeu elogios, mesmo com várias provas disputadas sob chuva. A pista de aquecimento ainda precisa de ajustes, que o torneio ajudou a mostrar. Com atletas cegos, cadeirantes e com dificuldade de mobilidade, a acessibilidade também foi observada, enquanto 330 homens cuidaram da segurança na instalação, cumprindo protocolos e seguindo o modelo que será aplicado nos Jogos.
Além dos testes feitos pelo Comitê Organizador Rio 2016, como a área de competição e o sistema de resultados, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) aproveitou para observar pontos como a arbitragem e a logística para os atletas.
“Vimos pequenos ajustes que precisam ser feitos, mas já testamos como vão reagir nossos atletas dentro do estádio em que nós pretendemos ganhar muitas medalhas. Ele já tem uma história e foi remodelado. Temos a pista mais atual do mundo e a estrutura está sendo finalizada na parte externa. Então para mim já é uma sensação ótima de ter trabalhado aqui em 2007 e agora ver essa pista ser utilizada já com uma perspectiva de futuro”, disse Ciro Winckler, coordenador-técnico de atletismo do CPB, lembrando que o Engenhão foi construído para os Jogos Pan e Parapan-Americanos Rio 2007.
O presidente do CPB, Andrew Parsons, dividiu as avaliações em dois aspectos: esportivo e operacional. Para ele, o saldo é positivo em ambos. “Como participante, nosso time está muito satisfeito. Atletas e técnicos deram um ótimo retorno. E como parte do Comitê Organizador, a gente viu que a operação funcionou. É óbvio que a gente tira algumas lições, esse é o último evento-teste, então está sendo bem útil para a gente afinar e melhorar ainda mais para os Jogos”, afirmou o dirigente.
Chuva e sol
O clima instável ajudou nos testes da pista do Engenhão. Nos dois primeiros dias, chuva, frio e vento. Nos dois últimos, o sol apareceu. No fim, a pista foi aprovada. “A gente teve várias experiências nesse evento-teste, corremos em pista seca, molhada... Eu fiz minha melhor marca da temporada, corri ao lado de um campeão mundial (o cubano Leinier Pineda), então eu já tive o gostinho das Paralimpíadas e estou achando lindo”, disse Diogo Ualisson Silva, prata na prova dos 100m classe T12, perdendo apenas para o rival cubano.
O Engenhão agradou também ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). “A instalação é ótima. A pista é nova e aguentou a chuva. Os atletas disseram que a pista é bem rápida e tivemos recordes mundiais neste evento, então acho que podemos esperar mais recordes em setembro”, previu Craig Spence, diretor de comunicação e mídia do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).
Na pista externa da instalação, onde é feito o aquecimento dos atletas, alguns ajustes e acabamentos ainda precisam ser feitos, mas o Comitê Rio 2016 garante que tudo estará pronto para os Jogos. “A pista de aquecimento vai ficar pronta com todas as observações que foram feitas aqui. Já começamos também a mexer na pista de aquecimento para lançamento e arremesso (para o atletismo olímpico), que é aqui do lado. Estamos em contato com o CPB, com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), com o IPC e com a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) para nos ajudar nos ajustes até os Jogos”, disse Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes do Rio 2016.
Acessibilidade
De acordo com Craig Spence, do IPC, algumas áreas precisam ser melhoradas no que diz respeito à acessibilidade. “Precisamos melhorar um pouco, particularmente nas áreas para os espectadores e nos corredores de acesso para os atletas. E é nisso que vamos concentrar nossas ações agora”, afirmou.
Para Ciro Winckler, do CPB, as adaptações são parte do legado que ficará para a população e os atletas que vão utilizar o Engenhão após os Jogos. “O estádio foi construído já com todas as normas de acessibilidade, mas o que acaba sendo o conflito do Engenhão é que vivemos no país do futebol, então existe uma lógica de futebol no estádio: o corredor de entrada para os atletas não é pensado para cadeiras de roda. Ajustes, com rampas, estão sendo feitos para que o atleta tenha acesso à área de competição e premiação, e isso vai ficar de legado pós-Jogos”, explicou.
A atleta cadeirante Raissa Rocha Machado achou grande a distância até a área de competição. “Da câmara de chamada até chegar onde a gente tem que competir, está muito longe. A gente tem que dar a volta inteira e isso atrapalha o aquecimento. A gente aquece mais do que pode, porque a gente vem empurrando a cadeira. Muitas pessoas que têm perna amputada também têm dificuldades. A estrutura está superbonita, a única coisa que atrapalha é essa questão da distância”, disse.
“Existem coisas que você pode mudar e outras que não. Em qualquer estádio, você não consegue colocar tudo perto. O posicionamento da área de aquecimento é só um. O que pudermos fazer para minimizar o transtorno para os atletas será feito”, explicou Agberto Guimarães.
Segurança
Seguindo o modelo que será adotado nos Jogos, 330 homens de diversos órgãos de segurança foram acionados para o evento, incluindo 208 da Força Nacional. A avaliação do trabalho, de acordo com o Diretor de Operações da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (Sesge-MJ), Cristiano Sampaio, é positiva.
“Na instalação, temos um centro de coordenação de segurança local, que cuida do cercamento para dentro. A gente testou a coordenação e a comunicação deste centro com o centro setorial, que funciona no estádio Maracanã e cuida da chamada região Maracanã e, ao mesmo tempo, ativamos o centro regional, que vai integrar as quatro regiões de competição”, explicou. “O evento transcorreu com tranquilidade. Tivemos atividades desde a supervisão do controle de acesso, a varredura dos veículos, passando pela segurança do campo de jogo, do patrimônio, até o policiamento externo, e isso integrado com alguma atividade de segurança privada”, acrescentou.
Ao colocar em prática o plano integrado de ação, alguns protocolos foram testados, como em um episódio de uma mochila esquecida no estádio, no dia 18 de maio. “A célula de inteligência foi ativada e rapidamente. Você aciona um protocolo, recupera imagens, porque a ideia é tentar identificar se aquela mochila foi esquecida ou se apresenta uma ameaça. O protocolo foi acionado adequadamente e foi detectada a pessoa que esqueceu”, contou.
A revista rigorosa na entrada, reforçou Cristiano, é algo a que o público tem que se acostumar. “Passar pelas raquetes de detecção de metais é mais trabalhoso (nos Jogos haverá aparelhos de raio-x), então a fluência nos Jogos será maior, mas as pessoas têm que se acostumar com o conceito de segurança, com a ideia de que a instalação é segura. Daqui a pouco a gente começa a montar as estruturas definitivas, aí teremos o mesmo resultado com menos esforço”, explicou Cristiano Sampaio.
Resultados
Um dos destaques do dia foi Felipe Gomes, que ganhou a terceira medalha de ouro no campeonato, nos 400m da classe T11. Ainda melhorando a sincronia com o novo guia, Jonas Alexandre, o resultado da competição agradou o velocista. “O Jonas é um guia que está aprendendo a guiar, mas tem se mostrado muito capaz, além de ser ex-atleta. Estou confiante na parceria. Foi nossa primeira competição juntos e foram três ouros, isso nunca tinha me acontecido”, disse, em referência às vitórias nos 100m, 200m e 400m.
O Brasil liderou com sobras o Open Internacional de Atletismo Paralímpico, tendo conquistado 124 medalhas, sendo 49 ouros, 36 pratas e 39 bronzes. “Tivemos resultados excelentes e temos alguns novos atletas aparecendo, mesmo no período próximo aos Jogos. Isso é ótimo e pode modificar os nomes convocados. A gente pode falar que 90% da delegação está fechada e 10% ainda podem ser de gratas surpresas”, encerrou Cio Winckler.
Carol Delmazo e Mateus Baeta, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Revezamento promove encontro histórico entre esporte, música e cinema na Bahia
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- Publicado em Sábado, 21 Maio 2016 14:43
Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. A famosa frase do cineasta Glauber Rocha conduziu a celebração do Revezamento da Tocha, em Vitória da Conquista (BA), nesta sexta-feira (20.05). Ao mesmo tempo em que foram exibidos vídeos e documentários de Glauber, a pira olímpica foi acesa na cidade natal do cineasta. O acendimento marcou o fim do dia do revezamento da tocha que começou em Eunápolis e passou por Itapetinga.
A chama escalou a Serra do Marçal e ganhou os altiplanos dos Sertões da Ressacada. Assim descreveu Allan Kardec, um artista plástico que disse ter orgulho de ser conterrâneo de Glauber. O conquistense não só conduziu a tocha, como acendeu a pira do símbolo olímpico. "Conquista é a terra do Glauber, tão conhecido mundialmente. Para a gente é uma honra pertencer à mesma cidade de uma pessoa tão grande nas artes cinematográficas", contou.
Allan, que há 20 anos trabalha com artes, como esculturas e pinturas, preferiu desta vez poematizar sobre a experiência de ser um dos condutores. "Eu vi, porque ela passou no fundo do meu quintal. Aliás eu a conduzi. Saímos, eu e ela de mãos dadas, pelas ruas como dois enamorados e, em dado instante, ela se fundiu com minha chama interior e formaram a grande chama da esperança". Aos 52 anos, Alan ficou na celebração até o fim da festa, pois os moradores queriam chegar perto da tocha. "Essa felicidade você tem que compartilhar com as pessoas, fiquei lá até atender todo mundo", sorriu.
Esse orgulho do filho ilustre é consenso entre os moradores de Vitória da Conquista e a passagem da chama olímpica pela cidade intensifica o poder transformador que ambos possuem. "Acredito que as Olimpíadas apresentam uma proposta de transformação do pensamento da sociedade. E Glauber foi isso. Ele representa esse sentimento de mudança, de ousadia, de audácia. Essa fusão [esporte e cinema] é justa e tem uma sincronia perfeita", afirma o consultor ambiental Fabian Félix, que aguardava a passagem da tocha com curiosidade.
Celebração
Diferentemente de como vem acontecendo nas últimas cidades, a celebração em Vitória da Conquista, realizada no Centro Glauber Rocha Educação e Cultura, exibiu algumas obras do cineasta, como Terra em Transe, Deus e o Diabo na Terra do Sol, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro e Câncer, além de entrevistas com ele. O secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Nagib Barroso, explicou que a ideia de unir o cinema ao show musical do momento da celebração da tocha surgiu da importância do intercâmbio cultural. "São duas artes distintas, mas que se entrelaçam no decorrer do caminho", disse.
Baiana de coração
A profissional de educação física Vanessa Sales veio do Rio de Janeiro especialmente para carregar a tocha. Envolvida com o esporte olímpico e paralímpico desde os 18 anos, a condutora estava duplamente feliz . "Minha vida inteira sempre foi focada em organizar eventos esportivos para pessoas com deficiência. Me dedico ao esporte brasileiro, mas ninguém nos vê nos bastidores", lembra Vanessa, que tem pai baiano. Segundo ela, estar no estado de boa parte da família deixou o momento ainda mais especial.
Roteiro
Neste sábado (20.05), a chama olímpica visitará a região do cacau, no sul da Bahia. Passará por Itambé, Floresta Azul, Ibicaraí e Itabuna. Ao fim do dia, a tocha olímpica encontrará Gabriela e outros tantos personagens de Jorge Amado em Ilhéus.
Lilian Amaral e Lorena Castro - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Flamengo é campeão do Brasileiro de Futebol Feminino 2016
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- Publicado em Sábado, 21 Maio 2016 12:15
O Flamengo conquistou pela primeira vez na história o título do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. A equipe carioca venceu o Rio Preto (SP) por 2x1, fora de casa, e levantou a taça nesta sexta-feira (20.05). Na ida, as paulistas venceram por 1x0, mas pelo critério de desempate dos gols qualificados marcados no campo do adversário, as rubro-negras impediram o bicampeonato do time alviverde.
A finalíssima entre Rio Preto e Flamengo começou a mil por hora. Com um pênalti para cada lado no início da partida, o placar do jogo de volta já marcava 1x1, com apenas 10 minutos de disputa. Após ver a vantagem do gol marcado fora de casa, no Rio de Janeiro, escapar com a penalidade convertida pela rubro-negra Larissa, as mandantes reagiram na mesma moeda e deixaram tudo igual com a zagueira Simeia. Retrato do equilíbrio entre as duas equipes, o marcador se manteve empatado até os 43 minutos do primeiro tempo, quando, em boa trama ofensiva, o Flamengo voltou a frente no placar. Atenta, Gaby mostrou oportunismo, aproveitou o rebote da goleira Luciana e fez 2x1.
A tensão aumentou na volta do intervalo. Jogando diante de sua torcida e correndo contra o tempo, o Rio Preto tentou pressionar desde o reinício da partida. Pelo lado das visitantes, as jogadoras do Flamengo, com muita entrega na marcação, apostavam nos contra ataques para ampliar a vantagem e conquistar o título inédito. Segurando a pressão até o fim, o Flamengo desperdiçou a chance de matar a partida, aos 44 minutos, em contra golpe da artilheira Larissa, mas confirmou o triunfo e ficou com o troféu.
A quarta edição do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino contou com a participação de 20 equipes. A edição de 2013 foi vencida por Centro Olímpico (SP), a de 2014 pela Ferroviária (SP) e a de 2015 pelo Rio Preto (SP). Desde que o Brasileiro de Futebol Feminino foi retomado, em 2013, o Governo Federal investe R$ 10 milhões por ano na realização do torneio. (Confira todas as ações do Ministério do Esporte na modalidade)
Ascom - Ministério do Esporte, com informações da CBF
Ministro do Esporte visita o Parque Olímpico da Barra e reafirma compromisso com realização dos Jogos
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- Publicado em Sexta, 20 Maio 2016 22:30
A menos de três meses para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no dia 5 de agosto, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, acompanhado do secretário de Governo da prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Carvalho, visitou, nesta sexta-feira (20.5) à tarde o Parque Olímpico da Barra.
Principal área de competição dos Jogos Rio 2016, o complexo, como um todo, superou, segundo informações da prefeitura do Rio de Janeiro, os 98% de conclusão. A área, com 1,18 milhão de metros quadrados, receberá 16 modalidades olímpicas e paralímpicas em instalações como o Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, Velódromo, Arenas Cariocas 1, 2 e 3, Parque Aquático Maria Lenk, Arena do Rio e Estádio Olímpico de Tênis, além da estrutura para a imprensa, com o Centro Internacional de Transmissão e o Centro Principal de Mídia.
“Estou muito animado. Na medida em que pudermos mostrar a conclusão e os equipamentos à população tenho certeza de que o espírito olímpico irá aflorar cada vez mais nos brasileiros e nos turistas que pretendem participar dos Jogos”, declarou Picciani.
O ministro reafirmou, durante a visita, o compromisso com a entrega das instalações e a realização dos Jogos. “Pudemos verificar que a maioria dos equipamentos está concluída e já pronta para o começo dos Jogos. Os que não estão (prontos) já estão na fase finalíssima de obras, apenas com ajustes”, disse Picciani.
Ao fim da vistoria no Parque Olímpico da Barra, Picciani analisou positivamente o andamento das obras. O Velódromo, estrutura que apresentou atraso e causou preocupação na entrega, foi pontualmente citado pelo ministro, que mostrou tranquilidade e garantiu a entrega da instalação. “O velódromo, que é o mais distante da conclusão, está com 88% da obra concluída. Esta é uma ótima oportunidade para o país se mostrar ao mundo. Não há palco melhor do que os Jogos Olímpicos e não há experiência melhor do que realizar as Olímpiadas com êxito”, declarou.
O Parque Olímpico
O Ministério do Esporte investiu cerca de R$ 903 milhões no Parque Olímpico da Barra, sendo R$ 379 milhões na construção e manutenção de instalações esportivas permanentes e R$ 365,4 milhões nas temporárias.
O Centro Olímpico de Tênis ocupa área de nove hectares e contará com 16 quadras. A quadra Maria Esther Bueno é a principal e maior delas, com capacidade para 10 mil torcedores. O espaço receberá as competições de tênis olímpico e paralímpico, além do futebol de 5. Após os Jogos, a estrutura ficará com nove quadras e abrigará competições nacionais e internacionais, treinamento de tenistas profissionais e jovens participantes de escolinhas de projetos sociais.
O Velódromo Olímpico terá capacidade para 5 mil pessoas. A arena será a sede das competições de ciclismo e paraciclismo de pista. Depois dos Jogos, o espaço ficará com um legado para o Rio e o Brasil, permitindo que o país sedie competições em nível internacional.
A Arena Carioca 1, com capacidade para 16 mil pessoas, receberá competições do basquete, basquete em cadeira de rodas e rúgbi em cadeira de rodas. A Arena Carioca 2, que pode receber até 10 mil torcedores, será a sede do judô (olímpico e paralímpico), da luta olímpica e da bocha. E a Arena Carioca 3 será palco das disputas do taekwondo, da esgrima e do judô paralímpico, podendo receber até 10 mil pessoas.
O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos é composto por uma arena de competição, uma área para aquecimento e uma área externa para circulação de pessoas e apoio operacional. A instalação receberá as modalidades de natação (olímpica e paralímpica) e polo aquático. Após os Jogos, a estrutura temporária, com 18 mil lugares, será desmembrada e montada em outros locais do Rio de Janeiro.
O Ministério do Esporte também está investindo outros R$ 159,2 milhões para construção das primeiras linhas de transmissão de alimentação do Parque, construção da subestação de energia elétrica e da primeira linha de alimentação do campo de golfe.
Leonardo Dalla, do Rio de Janeiro – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso conquistam vaga nos saltos ornamentais para o Rio 2016
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- Publicado em Sexta, 20 Maio 2016 16:26
Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso conquistaram nesta sexta-feira (20.05) uma vaga nos saltos ornamentais para os Jogos Olímpicos Rio 2016 na plataforma sincronizada. Depois de conquistar a primeira medalha de prata do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 em uma prova sincronizada, as jovens de 20 e 17 anos, respectivamente, venceram o Troféu Brasil 2016, no Centro de Excelência de Saltos Ornamentais, em Brasília, e asseguraram a vaga.
A dupla somou 265,86 pontos na final, confirmando o favoritismo e superando as rivais. Nicoli Cruz e Natali Cruz ficaram na segunda colocação, com 244,02 pontos, enquanto Milena Sae e Thais Rocha foram as terceiras, com 224,76.
“Estava muito nervosa, cheguei a passar mal. Não podia dar nada errado agora na última hora. Agora é só felicidade”, comemorou Giovanna. “A pressão era grande. Dominamos esta prova nos últimos tempos, mas a tensão era evidente. Já imaginou logo agora dar alguma coisa errada? Não fomos bem nos primeiros saltos, mas depois nos soltamos”, comentou Ingrid.
Com a classificação das duas, o Brasil tem agora sete atletas classificados para o Rio 2016 na modalidade. Juliana Veloso, Tammy Galera, César Castro, Hugo Parisi e Jackson Rondinelli já haviam conquistado suas vagas anteriormente.
Fonte: Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
Chama Olímpica volta ao passado e visita a Costa do Descobrimento
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- Publicado em Sexta, 20 Maio 2016 09:09
Diante dos olhos de turistas e moradores, o símbolo olímpico chegou a Costa do Descobrimento do Brasil. Uma volta ao passado seguindo os passos dos portugueses que chegaram à Terra Mãe, em abril de 1500. Mas, diferentemente de Pero Vaz de Caminha, as pessoas não encontraram palavras para descrever a emoção da passagem da tocha onde nasceu a primeira vila do país.
O revezamento começou na antiga vila de pescadores, Arraial D´Ajuda, com partida na praça São Pedro até a Igreja Nossa Senhora D´Ajuda, primeiro santuário do Brasil. Não precisou ir longe para avistar os índios Pataxós que, bem antes do descobrimento, já ocupavam o sul da Bahia. O indígena Manganga ficou emocionado ao ver a tocha no lugar onde sua etnia faz história.
"Hoje a comunidade indígena é privilegiada em fazer parte do revezamento e ter dois índios condutores", afirma Manganga, antes de se apresentar ao público com o tradicional canto e dança da etnia. Na reserva de Arraial vivem hoje 280 famílias e, segundo ele, todos estão orgulhosos. "Não sabemos se os Jogos irão voltar um dia para cá.
Do pequeno vilarejo, a chama seguiu de balsa até Porto Seguro com destino a Santa Cruz Cabrália, onde foi realizada a primeira missa no Brasil. Por falar em história, o primeiro condutor da tocha em Cabrália foi Sidrach Carvalho Neto, diretor do Arquivo Público Municipal. Para ele, o fogo olímpico nunca deveria se apagar. "A chama representa a paz, o amor e a união entre os povos". Outro cabralense surpreso com o feito de participar do revezamento foi o bancário Wellington Gonçalves. "Eu não sei nem o que dizer!", lamentou, por não ter palavras ao conduzir a tocha.
Porto Seguro
O centro histórico de Porto Seguro foi o primeiro local a receber o comboio após as passagens por Arraial e Cabrália. Um museu a céu aberto que abriga imponente arquitetura e peças do século XVI, como o Marco do Descobrimento trazido de Portugal pelas caravelas da capitania de Cabral. Ao fim do percurso, a chama foi levada para a Passarela do Descobrimento, onde uma multidão esperava o acendimento da pira.
Diferentemente de outras cidades em que houve a celebração, muitos condutores foram ao encerramento e desfilaram com a tocha olímpica. O atleta de Jiu-Jitsu Adriano Moraes foi um deles. Apesar da modalidade não fazer parte das Olimpíadas, o baiano revelou que sempre sonhou ser um grande esportista. "Nunca estarei nos Jogos, mas estar aqui representando o jiu-jitsu me deixa sem palavras", disse, com lágrimas nos olhos ao beijar a tocha.
Tóquio 2020
Um intercâmbio para troca de experiências. Esse é o objetivo do coreano Hoon Kim em sua terceira passagem pelo Brasil. "Estou encantado com a grandiosidade dos Jogos e até assustado", conta o executivo radicado no Japão e envolvido com a organização das Olimpíadas de Tóquio 2020. Hoon não só visitou o Parque Olímpico no Rio, como elogiou o trabalho dos brasileiros e conduziu a tocha. "Já sediamos os Jogos três vezes e queremos fazer algo semelhante, com essa ideia da nacionalização do evento no país".
Bahia
Antes de iniciar o percurso na rota do Descobrimento, a tocha passou por Teixeira de Freitas e Itamarajú. Nesta sexta-feira (20.05), a chama olímpica continua desbravando o estado da Bahia, começando o dia ainda na rota do descobrimento em Eunápolis, passando por Itapetinga, a "Cidade do Boi Gordo" e encerrando o dia em Vitória da Conquista, com uma homenagem ao cineasta Glauber Rocha, o conquistense ilustre.
Lilian Amaral e Lorena Castro - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte